ESTRABISMO Armando N.C. Filho HUPE – Fev/2013. HUPE - OFTALMOLOGIA Estrabismo é o desalinhamento...
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ESTRABISMOESTRABISMO
Armando N.C. FilhoArmando N.C. Filho
HUPE – Fev/2013HUPE – Fev/2013
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HUPE - OFTALMOLOGIA Estrabismo é o
desalinhamento dos olhos, onde cada olho aponta para uma direção diferente. Acomete aproximadamente 4% das crianças, podendo também surgir na vida adulta.
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Classificação
• Direção do desvio• Variação do ângulo
do desvio• Constância do
desvio• Idade do início do
desvio
• Grau de normalidade do sistema vergencial
• Grau de normalidade do sistema binocular
• Tipo de fixação• Topografia da lesão
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Classificação
Constantes: Podem ser classificados em: monoculares ou alternantes.
Intermitentes.Latentes.Pseudoestrabismo.
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PSEUDOESTRABISMO
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Ângulo Kappa
• O ângulo kappa está situado entre o eixo visual e o eixo anatômico. Normalmente é de +5º.
• É dito positivo quando o reflexo corneano situa-se medial ao centro da córnea e negativo quando ocorre o oposto.
• O ângulo kappa positivo simula uma EXOTROPIA ou atenua uma ESOTROPIA e quando negativo simula uma ESOTROPIA ou atenua uma EXOTROPIA
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Pseudoestrabismo
• Ângulo Kappa (positivo ou negativo)• Prega epicantal• Epicanto• Distância interpupilar curta• Distância interpupilar grande• Assimetrias faciais
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Pseudoestrabismo
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Causas de estrabismo
Essencial: Não se sabe a causa exata do desequilíbrio entre as forças musculares e os mecanismos fusionais responsáveis pelo alinhamento dos olhos.
Secundário: Relacionado a qualquer problema que acometa o SNC, os músculos extra-oculares ou o olho propriamente dito.
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Causas de estrabismo Causas sistêmicas: Hipertensão arterial,
diabetes, tumores cerebrais, tireoideopatias, doenças metabólicas, viroses, meningite.
Causas oculares: Catarata, alta ametropia, opacidade vitrea, opacidade corneana, lesões ou tumores retinianos
Outros: Traumatismos cranianos, de face, do assoalho da órbita, síndromes restritivas (pós-trauma, Graves, Brown),paralisias dos nervos oculomotores (III°,IV°e VI° nervos)
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Tratamento Clínico Prescrição da correção óptica adequada. Oclusão do olho bom quando houver
suspeita ou confirmação de ambliopia (em crianças).
Exercícios ortópticos. Nos estrabismos secundários, tratar
quando possível a lesão ocular primária e, nos paralíticos, realizar uma avaliação neurológica e sistêmica completa, na busca de uma etiologia para o desvio.
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Tratamento Clínico
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Tratamento Farmacológico
Toxina Botulínica tipo A
• Paralisias recentes do III ou VI par• Desvios comitantes pequenos (até
20DP) e moderados (de 20DP a 40DP)
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Tratamento Cirúrgico Indicado quando o paciente já passou por todas
as fases indicadas do tratamento clínico, e ainda apresenta um desvio manifesto.
Nos estrabismos paralíticos, aguarda-se cerca de 6 meses pela possibilidade de regressão espontânea total ou parcial do desvio.
Nos outros estrabismos, o tratamento cirúrgico é funcional, quando existirem chances de melhora da binocularidade pós-cirúrgica e, estética quando não existir nenhum prognóstico para binocularidade.
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Tratamento Cirúrgico
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Tratamento Cirúrgico
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Consequências do estrabismo Do ponto de vista sensorial, toda vez que
ocorre um desvio ocular, ocorrerão mecanismos de adaptação que afetam a Visão Binocular
Pode ocorrer então: Confusão e diplopia, que posteriormente geram os fenômenos de supressão e correspondência retiniana anômala.
Abaixo dos 7 a 12 anos de idade, tudo isso (se não tratado ou tratado incorretamente) leva à AMBLIOPIA
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AMBLIOPIA Definição I: “Acuidade visual reduzida,
sem anomalias observadas ao exame oftalmológico.” (Von Noorden, 1967)
Definição II: Alteração do desenvolvimento caracterizada pela baixa acuidade visual e sensibilidade ao contraste, que persiste mesmo com a melhor correção óptica e/ou remoção de qualquer obstáculo patológico para a visão.
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AMBLIOPIA
• Diferença na melhor acuidade visual corrigida de duas ou mais linhas
• Melhor acuidade visual corrigida, pior ou igual a 20/40 em um ou ambos os olhos
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AMBLIOPIA• Plasticidade sensorial.• Período de latência: Durante o período de
latência (6 semanas), os efeitos da privação não se manifestam. (1992 – Elstom e Timms)
• Período sensível ou crítico:2 meses a 8 anos na ambliopia estrábica.2 meses a 12 anos na ambliopia
anisometrópica.
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Ambliopia - Classificação Estrábica (supressão monocular) Refrativa (privação de forma, bilateral,
altas ametropias, hipermetropia) Anisometrópica (1D.esf, aniseiconia,
interação binocular anormal) Por privação (catarata, ptose,
hemorragias)
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Ambliopia - Patologia O desenvolvimento normal da visão binocular
depende do estímulo constante, sincrônico e binocular das fóveas e áreas retinianas correspondentes, durante o período de maturação sensorial.
Trabalhos experimentais demonstraram que a ambliopia tem como substrato morfológico a diminuição de células do corpo geniculado lateral, alteração da fissura calcarina e das áreas estriadas
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Ambliopia - Patologia
• Redução de células corticais que recebem o impulso do olho deprivado e mudança na dominância cortical para o lado do olho não deprivado
• Redução do número de células binoculares corticais, de 80% para 15% (ocorre mesmo sem ambliopia)
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Ambliopia - Tratamento A ambliopia é tão mais grave e profunda,
quanto mais precoce se instala, portanto o tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível.
A fase de plasticidade sensorial vai até cerca de 12 anos de idade.
O tratamento de uma privação severa deve ocorrer dentro dos primeiros 6m de vida (se possivel, nas primeiras semanas em casos de catarata congênita)
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Ambliopia – Tratamento (cont.)
Correção óptica
Oclusão
Penalização
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Ambliopia – Tratamento
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Considerações finaisBoa acuidade visual em cada olho, com a
prevenção da ambliopia.Boa aparência estética, alcançada com a
modificação ou eliminação do ângulo do desvio.Boa visão binocular, quando se consegue o
equilíbrio entre o sistema sensorial e motor.A criança deve ser avaliada por um
oftalmologista tão logo se suspeite do diagnostico de estrabismo.
Não há nenhum tipo de estrabismo que se cure espontaneamente.