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Jornal do Sindicato dos Bancários da Paraíba - João Pessoa, 15 a 30 de setembro de 2010. Ano XIX. Nº 524
CUTCENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
BR
ASI
L
Trocandoem miúdos
BANQUEIROS PROVOCAM E
BANCÁRIOS REAGEM:
AGORA É GREVE! AGORA É GREVE! AGORA É GREVE!
Humor Marcio | SEEB-SP
02trocando em miúdos
opinião
Editorial
Todos os anos, quando chega a
campanha nacional dos bancários, a cantilena
dos banqueiros é uma só: é de pior a pior, como a
cantiga da perua. Lucram cada vez mais, à custa
do trabalho dos bancários e da exploração aos
clientes e usuários, e mesmo assim ainda se
negam a conceder um reajuste salarial de apenas
11%. E não dão satisfações a ninguém.Essa prepotência e arrogância dos
banqueiros vêm de longas datas. Segundo a
história, quando Cristóvão Colombo quis saber
do banqueiro Santagel o motivo pelo qual o
mesmo iria financiar sua expedição, a resposta
foi imediata: “Fé, esperança, caridade. Mas,
maior do que tudo isso é o banco”. E olhe que no
Século XV não se falava ainda no “tal”
capitalismo selvagem. Mas, os banqueiros já
eram ávidos por dinheiro e poder.E esse poderio continua nos dias atuais,
como se pode sentir no início das negociações
com os bancários. Os representantes da
Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), logo
na primeira rodada de negociação, afirmaram
que a concessão de 11% de reajuste era
inviável, diante de uma inflação próxima de 4% e
que esse número teria que se aproximar da
realidade. Dos bancos federais, os bancários
arrancaram apenas “não” e o adiamento das
negociações para rodadas futuras.Sabe por quê? Porque estamos em um
ano eleitoral, com a mídia totalmente voltada
para as eleições gerais, fazendo a cobertura
jornalística ao bel prazer dos donos das
empresas de comunicação. E convém lembrar
que os bancos hoje são os maiores anunciantes
midiáticos, investindo pesado no horário nobre
e patrocinando os maiores telejornais. Portanto,
exercendo muita influência sobre “o quarto
poder”, como é chamada a mídia.E é bom tomar muito cuidado com as
informações, tanto as veiculadas pelos
tradicionais meios de comunicação como as que
Hoje, o que temos é uma terceirização
de mão-de-obra barata para o contratado e
muito cara para a Caixa. E o que é pior, abre
brechas para todo tipo de apadrinhamento, em
detrimento do concursado, que não deve favor a
ninguém, faz a escolha de sua conveniência e
vota livremente.E o mais lamentável é que tudo isso
esteja acontecendo e o povo brasileiro fique
dominado pela indiferença, corroborando com
aquela máxima de que “não é comigo!”Imagine quem passou a maior parte de
sua vida dentro de um Banco, que só sabe, é
claro, fazer tarefas bancárias e, de repente, se vê
jogado no olho da rua sem ter condições de
competir no mercado de trabalho, por conta da
idade avançada.Pena que esse povo brasileiro esteja
hoje embevecido pela enxurrada de novelas,
inúmeros eventos carnavalescos fora de época e
shows de todos os tipos e gostos; elementos
muito bem usados propositadamente para
desviar sua atenção da realidade nua e crua dos
problemas básicos do nosso País. E assim, vamos naufragando como se
estivéssemos todos a bordo do Titanic, à espera
do pior. Que pena mesmo!
Trocandoem miúdos
Informativo do Sindicato dos Bancários da ParaíbaAv. Beira Rio, 3.100, Tambauzinho, João Pessoa-PB.Fone: (83) 3224-2054 Fax: (83) 3224-4837Site: www.bancariospb.com.bre-mail: [email protected]
Presidente: Marcos Henriques e SilvaDiretor de Comunicação: Lucius Fabiani
Jornalista responsável: Otávio Ivson (DRT-PB 1778/96)Reportagem: Otávio IvsonDiagramação: Paletta arquitetura, comunicação e designFotos: Otávio Ivson, Paletta e Arquivo do SEEB-PBTiragem: 2.500
circulam pela Internet. Convém checar o que
lemos e assistimos para não repassarmos
factóides, mentiras e infâmias para os nossos
amigos e nossos contatos. O terreno é fértil para os banqueiros,
que têm o poder de influenciar a opinião pública
e de financiar os candidatos que lhes sejam mais
úteis. Mas para nós, os bancários, é um terreno
perigoso, movediço. Portanto, temos de estar
mais atentos e mais unidos, se quisermos fazer
uma campanha vitoriosa. Este ano, além da necessidade de
escolhermos criteriosamente os candidatos
mais afinados com os nossos interesses e a nossa
luta, temos de fazer a nossa parte também na
construção de uma campanha forte, com muita
mobilização e unidade.Acreditamos na força de nossa base
para acabarmos de vez com essa cantiga da
perua e fazermos acontecer as coisas, mas 'de
melhor a melhor...'
15 a 30 de setembro de 2010
Os empregados da Caixa Econômica
Federal e os passageiros do Titanic têm tudo a
ver: os não comissionados são os passageiros da
3ª classe, sem nenhuma chance, presos no
porão; os caixas são iguais aos passageiros da 2ª
classe, alguns vão conseguir subir derrubando
os da 1ª classe; os da 1ª classe são os
comiss ionados, os últ imos a sucumbir
derrubando uns aos outros até a última hora.Só se salvarão mesmo aqueles que
conseguiram lugares nos botes salva-vidas. Ou
seja, aqueles que não dedicaram suas vidas
exclusivamente à Caixa e que arranjaram outro
meio de sobrevivência, através de negócios ou
atividades fora da instituição. Quem não se lembra, em um passado
assim nem tão distante, dos corriqueiros
comentários nos seio de nossas famílias, que
diziam: “meu filho, você estude para passar no
concurso da Caixa, Banco do Brasil ou Banco do
Nordeste, que seu futuro estará garantido!” Era
na época da “Revolução”, que instituiu concurso
sério e sem apadrinhamento político, dando
oportunidade a todos que fizessem jus a uma
vaga e com um salário digno de sua capacidade. E
os concursos eram realizados em intervalos de
poucos anos.
Fala Bancário
Por Roberto Svendsen Bezerra, aposentado da Caixa Econômica Federal
Caixa X Titanic
De pior a pior
em destaque
O sindicalista Paulo Raniere, demitido injustamente pelo Bic Banco no primeiro semestre deste ano, foi reintegrado na terça-feira, 14 de setembro, em cumprimento à sentença prolatada pelo Juiz Albérico Viana Bezerra, Titular da 2ª Vara do Trabalho da Capital.
Paulo Raniere foi reintegrado aos quadros do Bic Banco na presença da diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, dos advogados José Araújo e Sahiochiam Araújo (Araújo & Filhos Advogados) e dos Oficiais de Justiça que foram cumprir a sentença.
Na ocasião, advogados e sindicalistas exaltaram a reintegração do sindicalista como uma vitória do movimento sindical e dos bancários. Enquanto José Araujo disse de sua alegria pelo dever cumprido em nome da justiça e em defesa de um trabalhador, Sahiochiam resgatou sua admiração pela Justiça do Trabalho: “de todos os segmentos do judiciário, adoro atuar na área trabalhista, onde prevalece a razão e o pequeno consegue ganhar do grande!”
Marcelo Alves, secretário geral do SEEB – PB, em nome da diretoria agradeceu o empenho dos advogados, exaltou a decisão da Justiça e valorizou o trabalho em defesa dos bancários. “Hoje, foi Paulo Raniere o beneficiado com a ação política do Sindicato e o empenho da assessoria jurídica. Amanhã, estaremos aqui da mesma forma e com o mesmo empenho para defender qualquer bancário que seja desrespeitado nos seus direitos. É essa união que nos fortalece para a luta em defesa da categoria”, concluiu.
Paulo Raniere agradeceu a todos, falou do seu desejo de voltar ao
03 trocando em miúdos
Começou a carreira bancária em junho de 1994, como contínuo do Banco Itaú. Depois, trabalhou no arquivo e no almoxarifado, foi auxiliar de captação e passou 14 anos como caixa executivo. Hoje, Léo, como é conhecido no meio bancário, é o titular da secretaria executiva dos bancos privados da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Nordeste (Fetec-NE) e está liberado à disposição do SEEB – PB. Esse paraibano de João Pessoa, que é técnico em contabilidade, afirma que “é muito gratificante lutar e desenvolver um trabalho em defesa dos interesses dos bancários do Nordeste”.
Marcílio, como é mais conhecido o piscineiro do Sindicato dos Bancários da Paraíba, é natural da cidade de Cacimba de Dentro, na microrregião do Curimataú, de onde migrou para a capital do Estado em 1999, para procurar melhores condições de vida e de trabalho. Aqui chegando, de tudo fez um pouco para sobreviver com dignidade. Foi monitor de conhecimentos básicos em informática no Colégio Menino Jesus, trabalhou como motoboy do Restaurante Couve-Flor e motorista da Revista Acrópolis, antes de fazer parte dos quadros do SEEB - PB. Simples, atencioso e bem humorado merece o nosso reconhecimento.
Gente nossa
Justiça manda Bic Banco reintegrar Paulo Raniere
Raimundo Leonardo Amorim Lima Diretor da Fetec-NE
José Marcílio Dantas NascimentoPiscineiro
trabalho imediatamente e continuar a ser o bancário produtivo de sempre. “Volto sem rancor, feliz por ter os meus direitos reconhecidos e continuarei a luta em defesa da categoria, sempre colocando as pessoas em primeiro lugar”, arrematou.
No dia seguinte, Paulo Raniere recebeu uma correspondência da administração da agência do Bic Banco em João Pessoa, liberando-o do comparecimento ao trabalho e lhe assegurando todos os direitos, como se em pleno exercício permanecesse. Pela missiva, o banco estaria interpondo recursos para reverter a sentença favorável ao bancário sindicalista.
15 a 30 de setembro de 2010
Sindicato presta contas das principaisações judiciais em tramitação
O diretor Jurandi Pereira, responsável pelo departamento jurídico do Sindicato dos Bancários da Paraíba disponibilizou para o Trocando em Miúdos a posição das principais ações judiciais impetradas pela Entidade em favor da categoria profissional.
Reflexos das gratificações semestrais sobre a PLR – As ações contra os bancos privados para reaver os reflexos das gratificações semestrais sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) estão todas em tramitação bastante adiantada, inclusive com pagamentos já efetuados aos beneficiários do ABN Real e Mercantil do Brasil.
A posição em 1º de setembro de 2010 das ações contra os demais bancos reclamados é a seguinte: Santander - entrou com agravo de petição para anular a intimação para pagamentos dos valores, numa clara atitude protelatória e o processo foi encaminhado ao TRT; Bradesco – teve seu recurso negado pelo TST, com acórdão publicado em 27/08/2010; HSBC – a Ação Rescisória se encontra no TST, no gabinete do ministro Caputo Bastos, desde 14/05/2010; Itaú – teve seu Recurso de Agravo de Instrumento em Recurso de Revista negado em 30/08/2010; Banco Rural – entrou com Agravo
de Petição de caráter meramente procrastinatório em abril e aguarda pauta para julgamento pelo TRT.
Banco do Brasil – Em abril deste ano, o Sindicato ajuizou 17 ações contra o BB, em nome dos Assistentes de Negócios (ASNEG), Auxiliares Administrativos (AUXAD), Analistas e Assistentes cobrando a transformação em horas extras das 7ª e 8ª horas.
No dia 23 de agosto, foi ajuizada Ação Rescisória contra o BB, cobrando o restabelecimento dos Anuênios dos funcionários pré-98, com base em ganhos de causa nesse sentido em seis Estados e o Distrito Federal, onde o direito já foi reconhecido.
Caixa Econômica Federal – A Ação movida para a incorporação do Vale Alimentação aos funcionários admitidos antes de 20/05/2001 foi ganha em primeira instância e a Caixa teve seu Recurso de Revista denegado em 28/01/2010, quando intentou Agravo de Instrumento, que seguiu para o TST. Quanto às Ações visando barrar os efeitos maléficos da reestruturação, houve julgamento do mérito da ação alusiva aos empregados da Caixa em Cabedelo - PB, que foi julgada procedente.
Banco do Nordeste do Brasil – O Sindicato ajuizou seis Ações para o restabelecimento da Licença Prêmio dos funcionários pré-98, do BNB, com base no que foi deliberado nos Encontros de Advogados que prestam serviços jurídicos aos Sindicatos de Bancários do Nordeste.
Banqueiros rejeitam proposta, negam aumento real
e bancários reagem: agora é greve!
04trocando em miúdos
Depois de um mês de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rejeitou a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, no dia 22 de setembro. Alegou que o índice de 11% de reajuste salarial é exorbitante e ofereceu a reposição da inflação, ou seja, apenas 4,29%. A reação dos bancários foi imediata: greve por tempo indeterminado.
No dia 23, o Comando Nacional dos Bancários sentou para negociar com os representantes do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que não levaram nenhuma proposta para as mesas específicas.
Para Marcos Henriques, presidente do
Sindicato dos Bancários da Paraíba, os banqueiros faltaram com o respeito aos bancários, ao negarem aumento real de salário. “O lucro dos bancos cresceu em média 32% no primeiro semestre; mesmo assim, os banqueiros negaram o aumento real de 5% e insistem em afirmar que 11% de reajuste é um índice irreal. E essa postura arrogante empurrou a categoria para a greve por tempo indeterminado”, ressaltou.
A assembleia geral extraordinária para deflagração da greve foi marcada para o dia 28 de setembro. “Se até essa data os banqueiros não fizerem uma proposta decente os bancários vão cruzar os braços por tempo indeterminado”, afirmou Marcos Henriques.
Para mobilizar a categoria, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba vem percorrendo sistematicamente as agências e promovendo reuniões nos locais de trabalho, inclusive nas microrregiões do Brejo, Cariri e Sertão, onde os bancários têm demonstrado disposição para arrancar as reivindicações na luta.
Além das questões econômicas – aumento real de salário, melhoria na distribuição da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e valorização dos pisos – os bancários exigem melhores condições de trabalho, preservação da saúde com o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e a garantia de emprego.
campanha salarial
O que os bancários reivindicam:
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11% de reajuste salarial.
Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para
escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas,
R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro
gerente.
P L R d e t r ê s s a l á r i o s m a i s R $ 4 m i l f i x o s .
Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do
auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e
auxílio-creche/babá.
Prev idênc ia complementar em todos os bancos .
Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas
abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
Medidas para proteger o emprego, como garantias contra
demissões imotivadas e fim das terceirizações.
Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho,
acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
Planos de carreira, cargos e salários (PCCS) em todos os bancos.
BANCO DO BRASIL
José de Arimatéia Silva – Ag. Solânea
Victor Souza Menezes – Ag. Bessa
Dirce Moreira P. Nascimento – Ag. Espaço Cultural
Otacílio de Souza Formiga Neto* – Espaço Cultural
Franizak Alves Matias – Ag. João Pessoa
Carmen Lúcia Costa e Silva – Ag. Treze de Maio
Sylvia Helena Lima Xavier – Ag. Praça 1817
Maria Susana Alves S. Queiroga – Ag. Estilo
Isaú José C. Vasconcelos – Ag. Setor Público
Eloiza Oliveira Mendes – Ag. Torre
Aluizio Firmino do N. Júnior – Ag. Cruz das Armas
Cézar Augusto Marinho Duarte* – Ag. Cruz das Armas
Niedson Pederneiras C. Ribeiro - Mangabeira
Pedro Paulo de A. Perez – Ag. Cabedelo
Adriana Coelho Maletta – Ag. UFPB
Silvânio Alves de Souza – Ag. Santa Rita
Diogo Rodrigues da Silva – Ag. Bayeux
Joaquim Olímpio da S. C. Neto* – Ag. Varadouro
Francisco Márcio Fontes Amaro – Ag. Empresarial
João Carlos Barros Peixoto – Ag. Epitácio Pessoa
Antônio Freire Duarte – Ag. Manaíra Shopping
Carlos Peixoto Mangueira* – Ag. Manaíra Shopping
Rogério Ricardo de Souza – Ag. Shopping Sul
Bruna Carlos de Souza Peixoto – Ag. P. Solon Lucena
Ana Catarina Lucena de Oliveira – Ag. Tambáu
Raimundo Nonato da S. Dantas – Gerat/PNA Tambaú
Martinho Fernando S. Mota – Ag. Serra Branca
Áurea Lene de M. Bezerra – Ag. Picuí
Júlio Afrânio Soares – Ag. Pirpirituba
Marcos Antônio da S. Oliveira – Ag. Bananeiras
Nielson Nunes de Farias – Ag. Monteiro
Alexsandra Alves – Ag. Pombal
Francisco Alves Feitosa Neto – Ag. Alhandra
Giliard Klévio de O. Gonçalves – Ag. Princesa Isabel
José Cícero Alves da Costa – Ag. Caiçara
Sara Maria N. Neves – Ag. Sumé
Jane de Fátima da C. Castro – Ag. Guarabira
Fernando Luiz do N. Júnior – Ag. Varadouro
Eleitos os delegados sindicais do BB, Caixa e BNB
05 trocando em miúdos
Compensação não é serviço essencialDeputado Luiz Couto propõe alterar Lei de Greve
O artifício mais utilizado pelos bancos para tentar
desmobilizar os bancários é o uso indiscriminado dos Interditos
Proibitórios, que causam muitos problemas no encaminhamento de
uma greve. E, apesar de já termos bastante experiência para lidar
contra este tipo de abuso, recentemente tivemos uma decisão
inédita do Supremo Tribunal Federal favorável ao movimento
sindical. O STF acolheu recurso do Sindicato dos Bancários do Rio de
Janeiro, anulando todas as decisões judiciais favoráveis ao pedido de
interdito proibitório movido pelo Santander, durante a greve de
2006.Para Jurandi Pereira, d iretor responsável pelo
Departamento Jurídico do Sindicato, a medida foi mais uma vitória
para os trabalhadores. “A decisão do STF foi fundamental para
garantir o nosso direito legítimo de usarmos a única arma que temos
para enfrentar os banqueiros, que é a greve, sem sermos ameaçados
por essas práticas antissindicais”, concluiu.
15 a 30 de setembro de 2010
O deputado federal Luiz Couto (PT – PB) encaminhou projeto para alterar o item XI, do Art. 10, da Lei n° 7.783, de 28/06/0989, a Lei de Greve, que considera a compensação bancária com um serviço essencial. É que, na época, o uso do cheque era a segunda alternativa financeira para a sociedade movimentar a conta corrente, que tinha como primeira alternativa o saque direto no caixa do banco.
Hoje, por existirem mais alternativas para a movimentação financeira – uso de cartão de débito, caixas em autoatendimentos, casas lotér icas , supermercados, farmácias e correspondentes bancários, uso da Internet, etc – a compensação de cheques deixou de ser um
“serviço essencial” para os clientes bancários. No Brasil, com o uso do cheque pré-
datado em larga escala, o cliente fica prejudicado, pois o cheque é compensado normalmente, mas nem sempre o correntista pode efetuar em t e m p o h á b i l o d e p ó s i t o d a q u a n t i a correspondente. E a falta de cobertura do cheque acarreta uma série de problemas para o cliente: devolução do cheque, inscrição do nome do correntista no cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF), cobrança de taxas e tarifas.
Fo i com base na sugestão do companheiro Francisco de Assis Chaves 'Chicão' que o deputado federal Luiz Couto encaminhou o projeto para alterar a Lei 7783 e excluir a
compensação bancária dos serviços essenciais, em virtude de o objetivo original de proteção ao cidadão ter ficado sem sentido.
No período de 20 a 24 de setembro, o Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou as eleições para Delegado Sindical nas unidades do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil. A posse dos eleitos vai acontecer no dia 1º de outubro.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
José Homero Nascimento Sá – Ag. Justiça Federal
Walmi Cavalcanti Costa – PAB TRT
José de Assis – Ag. Tambaú
Carlos Hugo Honorato da Silva* – Ag. Tambaú
Ana Beatriz S. Carvalho – Exmra/JP
Tecka Moreira Choairy* - Exmra/JP
Adalberto Correia de S. Filho – Ag. Cabedelo
José Correia Filho – Reret Cabo Branco
José Sérgio R. Nepomuceno – Ag. Manaíra Shopping
Sinval Alves Rocha – Ag. Cefet
Severino dos Ramos de Oliveira – Ag. Trincheiras
Liomar Valentini Bastos – Gidur
Evando Mangueira Carneiro – Ag. Cruz das Armas
Jaime Vidal Silva de Lima – Ag. Cabo Branco
Ana Valéria F. Albuquerque - Ag. Epitácio Pessoa
Alexandre Brindeiro de Amorim – Ag. Beira Rio
Marconi Rodrigues de Oliveira – Ag. Cidade Antiga
Cosme silva dos Santos – Ag. Santa Rita
Natascha Brayner Sobreira – Ag. Bayeux
Silvana Maria Ramalho Rodrigues – PAB UFPB
Edson Rodrigues – Ag. Bananeiras
Rodrigo de Assis Dantas – Ag. Pombal
Francisco de Assis D. Mendes – Ag. Guarabira
Marcos Evane D. Cecílio – Ag. Monteiro
Itamar Antônio Duarte de Farias* - Ag. Monteiro
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
Maria do Socorro Sousa Ferraz – Ag. Epitácio Pessoa
Marcus Augusto R. Soares – Ag. Sumé
Severino de Aguiar Silva – Ag. Guarabira
Robson Luís Andrade Araújo – Ag. Alagoa Grande
Milton Paulo de Sousa – Ag. Solânea
Antônia Catharina R. Silva* – Ag. Solânea
Diego de Assis Vieira – Ag. Pombal
Marcos Antônio S. de Oliveira – Ag. Centro J. Pessoa
José de Oliveira Ayres – Ag. Central Retaguarda
Os Delegados Sindicais suplentes, estão marcados com um asterisco.
No STF, Sindicato do Rio consegue vitória histórica contra ‘‘interdito’’
Há nove anos estamos sem o Paraiban,privatizado por José Maranhão,que vendeu a Saelpa e agora quer se livrar da UEPB
No dia 8 de novembro deste ano vai fazer nove anos que José Maranhão privatizou o Paraiban. Para o governador, latifundiário e acostumado a negociar com gado, foi um negócio da china; mas para os funcionários que conseguiram ser absorvidos pelo conglomerado financeiro holandês foi um péssimo negócio. “Ôôôô... Vida de gado... Povo marcado...” Povo infeliz!
Na época, além de rasgar a Constituição e migrar os recursos do Estado de um banco oficial para um banco privado de bandeira estrangeira, provocou a demissão de mais de 500 pais e mães de família paraibanos.
A luta do Paraiban – A luta dos funcionários do banco estadual privatizado foi muito dura e desigual (vide cronologia). Enquanto os bancários faziam reuniões, assembleias, atos públicos, caminhadas, protestos, participavam de sessões especiais em câmaras de vereadores e na Assembléia Legislativa, a 'Tropa de Choque' de Maranhão
passava por cima de tudo e de todos para transformar o Paraiban em recursos para o governador e sua turma. À frente de todo esse processo de privatização se destacaram os deputados Vital do Rego Filho (Vitalzinho) e Wilson Santiago, que conseguiram fazer as vontades de José Maranhão.
Privatizado o banco estadual, aos trancos e barrancos, o Banco Real foi se adequando ao pagamento das folhas do Estado e se estruturou para melhor atender aos servidores públicos estaduais. Só que quando tudo funcionava mais ou menos a contento, José Maranhão que tinha acabado de assumir o governo, quebrou o contrato e vendeu a folha de pagamentos do Estado ao Banco do Brasil., no finalzinho do ano passado, sem o banco estatal ter sequer uma infraestrutura capaz de absorver o impacto de 120 mil contas; ainda hoje os funcionários do BB sentem os reflexos.
Foi mais um caos provocado pelos negócios de Zé. Aliás, um negócio de R$ 250
milhões. Isso mesmo: duzentos e cinqüenta milhões de reais só pelas folhas de pagamento do Estado. Desde o mês de dezembro do ano passado que clientes, usuários de serviços bancários e funcionários do BB estão estressados por conta do atendimento precário, em detrimento do aumento da demanda.
E, se no Banco do Brasil a pressão e o assédio moral ganham fôlego por conta de todo esse sufoco provocado pela absorção das contas do Estado, no banco Real a situação é ainda mais preocupante com o início das demissões.
E tudo isso foi alertado pela diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba durante a campanha salarial do ano passado. Em uma assembléia geral, uma Nota denunciando o caos que viria foi submetida à plenária dos funcionários do BB, que aprovaram por unanimidade. Mesmo assim, alguns dos nossos companheiros da base ficaram insatisfeitos com o posicionamento da diretoria. Entretanto, hoje reconhecem que estávamos corretos no encaminhamento do caso.
E é sempre bom lembrar que a população paraibana não tem nada a comemorar com a mania privatista do governador Maranhão, que vendeu a Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (SAELPA) ao grupo mineiro Cataguazes Leopoldina. Aí, o político também fez um grande negócio. Para ele, pois o povo paraibano paga hoje uma das mais altas tarifas de energia elétrica do País à Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A, fundada em 1964 e adquirida em leilão de privatização em dezembro de 2000.
Candidato ao governo do Estado para um terceiro mandado, se eleito já tem um projeto pronto para nacionalizar a Universidade Estadual da Paraíba. Logo agora, quando a UEPB tem autonomia administrativa e financeira, concedida pelo ex-governador Cássio Cunha Lima.
Por tudo isso, convém fazer a melhor escolha para a Paraíba nas eleições deste ano.
pelos bancos 15 a 30 de setembro de 2010
06trocando em miúdos
Ago-1999
Set-1999
Fev-2001
Mar-2001
Abr-2001
Mai-2001
Set-2001
Out-2001
Nov-2001
Governo da Paraíba anuncia a proposta de privatização do Paraiban
Rômulo Gouveia (Pres. Assembléia) retira o Paraiban da linha de privatizações
Prefeito de Campina Grande, Cássio Cunha Lima, recebe os presidentes do SEEB – PB e doSEEB – CG, que solicitam apoio a não privatização do Paraiban.
Comissão de Constituição e Justiça da AL-PB aprova projeto de privtização do Paraiban
Funcionários decretam greve no 9 e retornam ao trabalho no dia 19, quando foi julgada a ilegalidadedo movimento
AL-PB aprovou abertura de crédito de R$ 1,2 milhão para o PDV
Funcionários decretam greve por tempo indeterminado, no dia 28,quando foi anunciada a data do leilão para a venda do Paraiban
Funcionários suspendem a greve por um dia
No dia 8, o Paraiban foi privatizado e passou a ser controladopelo ABN Amro Real, por R$ 76,5 milhões,
PRIVATIZAÇÃO DO PARAIBAN – CRONOLOGIA
07 trocando em miúdos
Dei um quadro pra ajudar numa campanha dele pra vereador. Dois quando se candidatou a deputado estadual. Valeu a pena. N ã o q u e m e u s t r a b a l h o s f o s s e m extraordinários, mas era o melhor que eu podia fazer, na época, e considerei aquilo como um ato de cidadania. Quando ele pleiteou a prefeitura da capital, fui convidado por sua equipe pra ser âncora de sua campanha na televisão mas, como eu estava de saída pra Londres, limitei-me – sem remorsos – a gravar um pequeno mas eficiente texto criado por seus marqueteiros, pois sabia que a vitória dele era mais do que certa. Como se esperava, Ricardo Coutinho foi o melhor administrador que esta cidade já teve. Agora fui chamado pra gravar um FT de um minuto para sua campanha pra governador do estado. Aceitei na hora.
Tenho algum interesse pessoal na vitória de Ricardo Coutinho? Claro: não vivo em Wimbledon, Quartier Latin nem lá em Sorocaba, mas na Paraíba!
Se é necessário que dê prova de minha isenção, lembro que fui contrariado quando a Funjope me convidou pra fazer um texto pra Semana Santa de 2010 e meu trabalho – não remunerado, diga-se de passagem – foi, embora tendo seus méritos cênicos reconhecidos por Chico César, vetado. Aquilo me pareceu tremendamente injusto. Acontece, porém, que não estou declarando meu voto a um modelo de perfeição, mas ao candidato que me parece o melhor possível. Quem é perfeito? O Alemão Einstein escreveu ao presidente dos Estados Unidos, cobrando-lhe pressa na confecção da primeira Bomba Atômica, antes que... a Alemanha o fizesse. Leonardo criou armas de terrível crueldade apesar de sua cara e
discurso de santo. Betinho aceitou dinheiro do narcotráfico pra sua campanha contra a fome. Segundo Hamlet, aliás, “se cada um recebesse o que merece, ninguém escaparia da chibata.” Isso pra não citar o Evangelho, onde se concita os que não têm pecado a jogarem a primeira pedra.
OK, muita gente me diz que não aprova a parceria que Ricardo Coutinho fez para poder eleger-se. Que político já não
contrariou seus seguidores? Que tal Lula buscando apoio de Toínho Malvadeza e Orestes Quércia, para chegar à presidência? O problema é que o SISTEMA é terrível!
Lembro-me de que – indiferente à política da cidade, quando vivia em Pombal nos anos 60 – de repente vi no Dr. Atêncio Bezerra Wanderley (a pessoa mais admirável que conheci na Paraíba) o inesperado prefeito ideal para a cidade. E ele o foi. Mas quantos estavam contra ele! Do mesmo modo, agora, vejo Ricardo Coutinho como o grande governador que todos merecemos. Ah, ele é casmurro, autoritário? É, se isso fez com que, um dia, eu visse um espetáculo meu, que me parecia ter tudo pra dar muito certo, ser boicotdo sem remissão, vi, no entanto, muita, mas muita coisa excelente ser concretizada pela iniciativa de arrasa-quarteirão de nosso prefeito, e somente sendo cego e surdo eu não entenderia isso!
Converso muito com taxistas. A maioria anda triste porque conhece bem João Pessoa e sabe o excepcional prefeito que tivemos. “Mas o outro lado está no Poder e montado na grana – me dizem -. Não tem quem lhe tome o estado”. É, pode ser. Mas acredito muito no bom combate de Davi contra Golias, Oliveiros contra Ferrabrás, Ulisses contra o Ciclope, o Vietnã contra os Estados Unidos. A Paraíba, no meu entender, vai perder a grande oportunidade de sua História, se não eleger Ricardo Coutinho. A terra que produziu Augusto dos Anjos e o Zé Lins, o Celso Furtado e Assis Chateaubriand, o Pedro Américo e Ariano, o Walter Carvalho e um Zé Rufino, o Sérgio de Castro Pinto e Zé Ramalho, o maestro Siqueira e um Jackson do Pandeiro – etc, etc, e bote etc nisso – não pode e nem vai errar tanto assim!
Porque voto em Ricardo CoutinhoPor W. J. Solha
A Paraíba, no meu “ perder a entender, vai grande oportunidade de sua História, se não eleger Ricardo Coutinho. ” W. J. Solha
política 15 a 30 de setembro de 2010
Deputado FederalFlávio Menezes - 4444
Bancários na disputa eleitoral
Deputado EstadualGilma Germano - 23456
Gi lma Germano é funcionária do Banco do Brasil desde o ano de 1984. Lotada na Ag. Manaíra Shopping, em 2005 se licencia do BB para se dedicar à militância cidadã à frente da Secretaria da Promoção e Assistência Social do Município de Picuí
Tem se destacado por sua atuação na execução das políticas públicas da Assistência Social, principalmente nos Programas Municipais Adote Uma Criança e Bebê do Futuro, idealizados por ela, que agora, coloca seu nome à disposição do eleitorado paraibano.
F l á v i o M e n e z e s ingressou na Caixa Econômica Federal, em 26/07/1982, na Ag. Catolé do Rocha. Nesses 28 anos de Caixa, trabalhou em diversas agências e atualmente é lotado na Agência Cefet – Jaguaribe, em João Pessoa. Militou no movimento estudantil, ingressando posteriormente no sindicalismo bancário, sendo eleito Delegado Sindical em todas as unidades da Caixa onde trabalhou. Foi diretor do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região e atualmente é diretor de relações trabalhistas da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef).
08trocando em miúdos
esporte e cultura 15 a 30 de setembro de 2010
No sábado, 29 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Paraíba promoveu uma grande festa para comemorar O Dia do Bancário. No Espaço Cultural Marcos Lucena, muita música com as Bandas R2 e Pegada Boa. Na área verde, a animação ficou por conta de Beto Tavares, que animou os bancários e convidados.
No ginásio de esportes houve o Torneio Início do 44º Campeonato Bancário
A primeira rodada do 44º Campeonato Bancário de Futsal foi realizada na terça-feira, 21 de setembro, com os jogos BNB 2 X 1 Bradesco e Unicred 2 x 8 Sindicato. O Torneio Início da competição aconteceu no sábado, 28 de agosto, durante as comemorações do Dia do Bancário. E quem levou o troféu foi a equipe do Banco do Brasil, ao derrotar o Bradesco pelo placar de 2 x 1.
Estão inscritas para a disputa deste ano, as seguintes equipes: Banco do Brasil, Bradesco, Sindicato dos Bancários, Banco do Nordeste do Brasil, Unicred e Agências do Brejo. Esta última equipe é formada pelos bancários do BB, Caixa e Bradesco que trabalham nas agências l o c a l i z a d a s n o B r e j o Paraibano.
Chame seus amigos, reúna sua família e venha torcer pela sua equipe no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários.
de Futsal, ganho pela equipe do Banco do Brasil.
Cerveja a preço promocional, feijoada grátis, música de primeira qualidade, ambiente agradável, gente animada e o sorteio de um TV LCD de 32', ganho pela funcionária do BB - Ag. Parque Solon de Lucena, Amasile Karl ine Franca do Nascimento Farias, esposa do nosso companheiro Elmiro Farias.
E conquista o torneio-início do 44º Campeonato Bancário
Futsal: BB leva a melhor
Para Marcos Henriques, presidente do SEEB - PB, os bancários mereciam uma festa à altura de sua capacidade de trabalho e de luta. "E, como estamos em Campanha Nacional, o momento foi mais do que oportuno para fazermos uma grande confraternização, fortalecendo a unidade e estimulando ainda mais a categoria para o embate com os banqueiros", concluiu.
Visitas ilustres – O deputado federal Luiz Couto e o vereador Benilton Lucena vieram prestigiar as comemorações Do Dia do Bancário e cumprimentar os trabalhadores bancários pela data alusiva à categoria profissional.
Foi comemorado em grande estilo no Sindicato
O Dia do Bancário
Coral dos BancáriosA Associação do Pessoal da Caixa
Econômica Federal (Apcef – PB) e o Sindicato dos Bancários da Paraíba (SEEB – PB) firmaram uma parceria que propicia o ingresso de funcionários de outros bancos no Coral da Apcef, que agora passa a denominar-se Coral dos Bancários.
Os ensaios, sob a regência do maestro Tom-K, acontece às terças e quintas-feiras, às 18h, na Ag. Epitácio Pessoa, da Caixa. Os interessados devem contatar o secretário geral do Coral, Brás de Melo Filho, através do telefone (83) 8803-3657.