Cefaclor.pdf
-
Upload
ludmila-moreno -
Category
Documents
-
view
41 -
download
0
Transcript of Cefaclor.pdf
-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE FARMCIA
DEPARTAMENTO DE PRODUTOS FARMACUTICOS
PFA029 ANLISES FARMACOPEICAS
CRISTIANA MOREIRA
LUDMILA MORENO
CEFACLOR
INSUMO FARMACUTICO ATIVO, CAPSULAS,
E SOLUO INJETAVEL
Belo Horizonte - MG
2015
-
CRISTIANA MOREIRA
LUDMILA MORENO
CEFACLOR
INSUMO FARMACUTICO ATIVO, CAPSULAS,
E SOLUO INJETAVEL
Trabalho complementar, em dupla, da
Disciplina Anlises Farmacopeicas, para
desenvolver o esprito crtico dos alunos e
melhor usar a Farmacopeia Brasileira, 5
edio e uma estrangeira, submetido ao
professor orientador para avaliar e atribuir nota
de 1 a 10.
Orientador Profa. Isabella da Costa Cesar
FAFAR-UFMG.
Belo Horizonte
2015
-
ESPAO PARA ATRIBUIO DE NOTA PELO ORIENTADOR
-
SUMRIO
1 INTRODUO 4
2 DESCRIO DO INSUMO FARMACUTICO ATIVO 6
3 DESCRIO DA ESPECIALIDADE FARMACUTICA 10
4 ANALISE CRTICA - CONTEDOS DAS FARMACOPEIAS
ISELECIONADAS_______________________________________________ _ __ _ 21
5 CONCLUSO ___________________ ______________________________ 22
6 REFERNCIAS 24
-
4
1 INTRODUO
1.1 DEFINIO
A Farmacopeia o cdigo oficial farmacutico de um pas, em que esto
estabelecidos os parmetros de qualidade para insumos farmacuticos,
medicamentos e produtos sujeitos vigilncia sanitria. A adoo desses
parmetros de qualidade obrigatria para qualquer insumo farmacutico
comercializado no pas cuja monografia esteja na Farmacopeia.
A elaborao de uma Farmacopeia prpria no obrigatria para nenhum pas, mas
possui vantagens; alm de trazer um maior grau de segurana quanto regulao
do comrcio de insumos farmacuticos, possibilita a adaptao dos rgidos padres
internacionais de qualidade para a realidade tecnolgica local (por exemplo,
estabelecendo mtodos alternativos).
1.2 A FARMACOPEIA BRASILEIRA
A Farmacopeia Brasileira elaborada pela Comisso Permanente de Reviso da
Farmacopeia Brasileira (CPRFB), a qual faz parte da ANVISA e cujos integrantes
so nomeados pelo Diretor-Presidente desse rgo. A comisso conta com
entidades colaboradoras para auxlio na elaborao da Farmacopeia, sendo elas
universidades, indstria farmacutica e rgos oficiais de controle de qualidade.
Segundo a RDC n 37 de 06 de julho de 2009, no caso de um produto (matria-
prima, formas farmacuticas, correlatos) que no possua monografia oficial na
Farmacopeia Brasileira, 5 edio (FB 5) ou na ausncia de um mtodo geral,
admite-se o uso das Farmacopeias Alem, Americana, Argentina, Britnica,
Europeia, Francesa, Internacional (OMS), Japonesa, Mexicana e Portuguesa em sua
ltima edio.
-
5
1.3 REGISTRO DO INSUMO FARMACUTICO ATIVO
CEFACLOR
Estrutura qumica:
Denominao Comum Internacional: Cefaclorum
Frmula molecular e massa molecular (g/mol): C15H14ClN3O4 S; 367,81
Denominao Comum Brasileira e nmero DCB: cloridrato de lidocana; 05314.
Nome qumico Registro CAS: cido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
3-cloro-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2- carboxlico [53994-73-3]
cido(6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-3-cloro-8-oxo-5-tia-1-
azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2- carboxlico hidratado (1:1) [70356-03-5]
Farmacopeias que contm as monografias da substncia escolhida: Farmacopeia
Brasileira, 5 edio, e Farmacopeia Britnica.
-
6
2 DESCRIO DO INSUMO FARMACUTICO
2.1 ESPECIFICAO
Segundo a FB 5, o IFA deve conter, no mnimo, 95,0 % e, no mximo, 102,0% de
C15H14ClN3O4 S. Os mesmos valores em porcentagem so descritos na
Farmacopeia Britnica 2013.
2.2 DESCRIO DO IFA
2.2.1 Caractersticas fsicas.
P cristalino, branco ou quase branco.
2.2.2 Solubilidade.
Pouco solvel em gua, praticamente insolvel em etanol, em clorofrmio e em
benzeno.
2.2.3 Constantes fsico-qumicas.
Poder rotatrio especfico (5.2.8): +101 a +111, em relao substncia anidra.
Determinar em soluo da amostra a 1% (p/v) em cido clordrico a 1% (p/v).
2.3 IDENTIFICAO
2.3.1 Espectrofotometria de absoro no infravermelho FB 5 (5.2.14) e Farmacopeia Britnica (2.2.24).
O espectro de absoro no infravermelho da amostra, dispersa em brometo de potssio, apresenta mximos de absoro somente nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no espectro de cefaclor SQR, preparado de maneira idntica. FB 5(5.2.14)
Essa tcnica se fundamenta na absoro da energia eletromagntica por molculas que depende tanto da concentrao quanto da estrutura das mesmas. As bandas dos espectros fornecem informaes sobre os seus grupos funcionais. possvel identificar uma substncia comparando seu espectro com o espectro da substncia
-
7
padro de referncia.
2.3 ENSAIOS DE PUREZA
A. pH (5.2.19): 3,0 a 4,5. Determinar em soluo aquosa a 2,5% (p/v). FB 5. e
Farmacopeia Britnica
B. Substncias relacionadas: Proceder conforme descrito em Cromatografia a
lquido de alta eficincia FB 5 (5.2.17.4) e Farmacopeia Britnica (2.2.29).
Utilizar cromatgrafo provido de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250
mm de comprimento e 4,6 mm de dimetro interno, empacotada com slica
quimicamente ligada grupo octadecilsilano (5 m ou 10 m), mantida
temperatura ambiente; fluxo da Fase mvel de 1,0 mL/ minuto.
Diluente: dissolver 2,4 g de fosfato de sdio monobsico em 1000 mL de gua e
ajustar o pH para 2,5 utilizando cido fosfrico.
Eluente A: dissolver 6,9 g de fosfato de sdio monobsico em 1000 mL de gua e
ajustar o pH para 4,0 utilizando cido fosfrico.
Eluente B: mistura da Eluente A e acetonitrila (55:45).
Gradiente da Fase mvel: adotar o sistema de gradiente descrito na tabela a
seguir:
Soluo amostra: transferir, exatamente, 50 mg da amostra para balo
volumtrico de 10 mL e sonicar se necessrio. Completar o volume com
Diluente, homogeneizar e filtrar. Usar essa soluo em at 3 horas, se
estocada temperatura ambiente, ou em at 20 horas, se estocada sob
refrigerao.
-
8
Soluo padro: dissolver quantidade sufi ciente de cefaclor SQR em
Diluente, de modo a obter soluo a 50 g/mL.
Soluo de resoluo: dissolver quantidade de delta-3- cefaclor SQR em
Soluo padro de modo a obter soluo a 50 g/mL. Injetar replicatas de 20
L da Soluo de resoluo. O tempo de reteno para o pico do cefaclor
est compreendido entre 23 minutos e 29 minutos. O fator de cauda para o
pico do cefaclor no maior do que 1,2. A resoluo entre delta-3- cefaclor e
cefaclor no menor que 2,0. Injetar o Diluente. Desconsiderar qualquer pico
referente ao Diluente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 L da Soluo padro e da Soluo
amostra, registrar os cromatogramas e medir as reas sob os picos. Calcular
a quantidade de cada substncia relacionada segundo a expresso:
em que
C = concentrao, em mg/mL, de cefaclor na Soluo padro;
P = potncia, em g/mg, de cefaclor SQR;
ri = rea sob o pico de cada substncia relacionada no cromatograma obtido com
a Soluo amostra;
rp = rea sob o pico relativo ao cefaclor no cromatograma obtido com a Soluo
padro.
No mximo 1,0% para qualquer substncia relacionada e no mximo 3,0% para a
soma de todas as substncias relacionadas. Excluir qualquer pico com resultado
inferior a 0,1%.
C. gua FB 5. (5.2.20.1) e Farmacopeia Britnica (2.5.12). 3,0% a 6,5%.
O mtodo volumtrico direto baseia-se na reao quantitativa da gua com soluo
anidra de dixido de enxofre e iodo em presena de uma soluo tampo que reage
com ons hidrognio.
-
9
2.6 DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a lquido de alta eficincia - FB 5 (5.2.17.4) e Farmacopeia Britnica (2.2.29). Soluo amostra: transferir, exatamente, cerca de 15 mg da amostra, para balo volumtrico de 50 mL, completar o volume com Fase mvel e homogeneizar. Utilizar essa soluo em at 8 horas, se estocada temperatura ambiente, ou em at 20 horas, se estocada sob refrigerao. Soluo padro: transferir, exatamente, cerca de 15 mg de cefaclor SQR para balo volumtrico de 50 mL, completar o volume com Fase mvel e homogeneizar.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 L da Soluo padro e da Soluo amostra, registrar os cromatogramas e medir as reas sob os picos. Calcular o teor
em g de cefaclor (C15H14ClN3 O4 S) por miligrama na amostra, a partir do teor do padro e das respostas obtidas com a Soluo padro e a Soluo amostra.
2.7 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados. FB 5. A suspenso oral deve ser armazenada na temperatura estabelecida pelo rtulo e utilizada dentro do perodo no mesmo. Farmacopeia Britnica.
2.8 ROTULAGEM
Segundo a FB 5, necessrio para a rotulagem, observar a legislao vigente.
Quando a matria-prima utilizada no processo de fabricao de injetveis ou
outras formas farmacuticas estreis, o rtulo deve indicar se o produto estril ou
se deve ser esterilizado durante o processo.
Quando o rtulo indicar que a substncia estril, ela deve cumprir os testes de
esterilidade e endotoxinas bacterianas.
Quando o rtulo indicar que a substncia deve ser esterilizada durante a produo
ou a substncia destinada a produo de preparaes estreis no-parenterais,
ela deve cumprir o teste de endotoxinas bacterianas.
A quantidade de ingredientes ativos estabelecida em termos da quantidade equivalente de cefaclor anidro. Farmacopeia Britnica.
-
10
2.9 CLASSE TERAPUTICA
Segundo a FB 5 e a farmacopeia Britnica o Cefaclor um antibitico.
3 DESCRIO DAS ESPECIALIDADES FAMACUTICAS
3.1 CEFACLOR CPSULAS
3.1.1 ESPECIFICAO
Na FB 5. a especificao diz que o IFA deve conter, no mnimo, 90,0% e, no
mximo, 120,0% da quantidade declarada de C15H14ClN3O4S. Na farmacopeia
britnica a especificao diz que o contedo deve ser, no mnimo, 95,0% e, no
mximo, 105,0%
3.1.2 IDENTIFICAO
3.1.2.1 Identificao segundo a FB 5.
A. Realizar o teste de doseamento determinado anteriormente para o IFA, em
Cromatografia a lquido de alta eficincia (5.2.17.4), comparando os picos
da soluo padro e amostra obtidos.
3.1.2.2 Identificao segundo a Britnica.
A. Espectofotometria de absoro atmica (apndice II B) Transferir
quantidade de p equivalente a 03 g de cefaclor anidro e acrescentar 100 mL
de agua. Filtar e diluir 1 mL do filtrado para 100 mL de agua. Medir a
absorvncia das soluo final entre 190 a 310 nm. A absorvancia da soluo
no deve exceder 264 nm.
B. Realizar Cromatografia a lquido de alta eficincia (apndice III D), usar os
-
11
picos obtidos para o IFA da soluo padro e amostra.
3.1.3 CARACTERSTICAS
As caractersticas segundo a FB 5 so:
A. Determinao de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
B. Teste de desintegrao (5.1.4.1). Cumpre o teste.
C. Uniformidade de doses unitrias (5.1.6). Cumpre o teste
Na Farmacopeia Britnica no se estabelece testes para determinao da
caracterstica da forma farmacutica.
3.1.4 TESTE DE DISSOLUO
3.1.4.1 Teste de dissoluo (5.1.5) segundo a FB 5.
Meio de dissoluo: gua, 900 mL
Aparelhagem: cestas, 50 rpm
Tempo: 30 minutos
Procedimento: aps o teste, retirar alquota do meio de dissoluo, filtrar e diluir
em gua at concentrao adequada. Medir as absorvncias das solues em 264
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C15H14ClN3O4S dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas
com a da soluo de cefaclor SQR na concentrao de 0,001% (p/v), preparada
no mesmo solvente.
Tolerncia: no menos que 80% (Q) da quantidade declarada de C15H14ClN3O4S
se dissolvem em 30 minutos.
3.1.4.2 Teste de dissoluo (5.1.5) segundo a Britnica.
Meio de dissoluo: gua, 900 mL
Aparelhagem: cestas, 50 rpm
Tempo: 30 minutos
-
12
Procedimento: aps 45 minutos de teste, retirar alquota de 10 mL do meio de
dissoluo, filtrar e diluir em gua at concentrao adequada de 0,025 %(v/v).
Medir as absorvncias das solues em 264 nm (apndice II B), utilizando o
mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C15H14ClN3O4S
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a da soluo de cefaclor
SQR na concentrao de 0,025% (v/v), preparada no mesmo solvente.
3.1.5 ENSAIO DE PUREZA
3.1.5.1 Ensaio de pureza segundo a FB 5
Substncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Substncias
relacionadas da monografia de Cefaclor.
Preparar a Soluo amostra como descrito a seguir.
Soluo amostra: pesar 20 cpsulas, remover o contedo e pes-las novamente.
Homogeneizar o contedo das cpsulas. Transferir quantidade do p equivalente a
50 mg de cefaclor para balo volumtrico de 10 mL. Completar o volume com
Diluente, homogeneizar e filtrar. Usar essa soluo em at 3 horas, se estocada
temperatura ambiente, ou em at 20 horas, se estocada sob refrigerao.
Injetar replicatas de 20 L da Soluo de resoluo. O tempo de reteno para o
pico do cefaclor est compreendido entre 23 minutos e 29 minutos. O fator de cauda
para o pico do cefaclor no maior do que 1,2. A resoluo entre os picos de delta-
3-cefaclor e cefaclor no menor que 2,0. Injetar o Diluente. Desconsiderar
qualquer pico referente ao Diluente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 L da Soluo padro e da Soluo
amostra, registrar os cromatogramas e medir as reas sob os picos. Calcular a
quantidade de cada substncia relacionada atravs da seguinte expresso:
C = concentrao, em mg/mL, de cefaclor na Soluo padro;
-
13
P = potncia, em g/mg, de cefaclor SQR;
Ri = rea sob o pico de cada substncia relacionada no cromatograma obtido com a
Soluo teste;
Rp = rea sob o pico relativo ao cefaclor no cromatograma obtido com a Soluo
padro.
No mximo 1,0% para qualquer substncia relacionada. A soma das reas de todos
os picos obtidos com as substncias relacionadas de no mximo 3,0%. No
considerar picos com rea inferior a 0,1%.
gua (5.2.20.1). No mximo 8,0%.
3.1.5.2 Ensaio de pureza segundo a Britnica
Na Farmacopeia Britnica est estabelecido o mesmo procedimento salvo algumas
modificaes como, o cromatgrafo deve ser equipado com detector a 220 nm e
uma coluna de 250 mm e 4,6 mm de dimetro interno, empacotada com slica
quimicamente ligada octadecilsilano. O fluxo deve ser de cerca de 1,0 mL por
minuto,
o volume de injeo na cromatografia de 20 L e a concentrao da soluo de
cefaclor deve ser 0,0025% (v/v).
3.1.6 TESTES DE SEGURANA BIOLGICA
3.1.6.1 Segundo a FB 5 os testes so:
a) Contagem do nmero total de micro-organismos mesofilos (5.5.3.1.2).
Cumpre o teste.
Possvel determinar o nmero total de bactrias mesfilas e fungos em
produtos e matrias-primas no estreis e aplicado para determinar se o
produto satisfaz s exigncias microbiolgicas farmacopeias.
O teste no aplicado para produtos que contm micro-organismos viveis
como ingrediente ativo. Esse teste consiste na contagem da populao de
microorganismos que apresentam crescimento visvel, em at 5 dias, em gar
-
14
casena-soja a 32,5 o C 2,5 o C e em at 7 dias, em gar Sabouraud-
dextrose a 22,5 o C 2,5 o C.
b) Pesquisa de micro-organismos patognicos (5.5.3.1.3). Cumpre o teste.
Esse mtodo possibilita verificar a presena ou a ausncia de micro-
organismos especficos em meios seletivos. Os procedimentos experimentais
devem incluir etapas de pr-enriquecimento para garantir a recuperao dos
micro-organismos, se presentes no produto.
So estratificados em:
BACTRIAS GRAM-NEGATIVAS BILE TOLERANTES - O
crescimento de colnias bem desenvolvidas de bactrias Gram-
negativas, geralmente vermelhas ou avermelhadas, indica
contaminao (resultado positivo)
SALMONELLA - O crescimento de colnias bem desenvolvidas,
vermelhas com ou sem centro negro em placa contendo Agar
Xilose Lisina Desoxicolato, indica presena provvel de
Salmonella que deve ser confirmada por testes de identificao
microbiana. O produto cumpre o teste se no for observado
crescimento de tais colnias ou se as provas microbianas forem
negativas.
PSEUDOMONAS AERUGINOSA - O crescimento de colnias
em placa contendo Agar Cetrimida, indica presena provvel de
Pseudomonas aeruginosa que deve ser confirmada por testes
de identificao microbiana. O produto cumpre o teste se no for
observado crescimento de tais colnias ou se as provas de
identificao forem negativas.
STAPHYLOCOCCUS AUREUS - O crescimento de colnias
amarelas ou brancas rodeada por uma zona amarela, em placa
contendo Agar Sal Manitol, indica presena provvel de S.
aureus que deve ser confirmada por testes de identificao
microbiana. O produto cumpre o teste se no for observado
crescimento de tais colnias ou se as provas de identificao
foram negativas.
-
15
Na farmacopeia britnica no existem especificaes para tais testes.
3.1.7 DOSEAMENTO
3.1.7.1 Segundo a FB 5 os mtodos de doseamento so
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia a lquido de alta eficincia
(5.2.17.4). Utilizar cromatgrafo provido de detector ultravioleta a 265 nm;
coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de dimetro interno, empacotada
com slica quimicamente ligada grupo octadecilsilano (5 m), mantida
temperatura ambiente; fluxo da Fase mvel de 1,5 mL/minuto.
Fase mvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sdio em uma mistura de
780 mL de gua e 10 mL de trietilamina e ajustar o pH para 2,5 0,1 com cido
fosfrico. Adicionar 220 mL de metanol e misturar.
Soluo amostra: pesar 20 cpsulas, remover o contedo e pes-las
novamente. Homogeneizar o contedo das cpsulas. Transferir quantidade de
p equivalente a 30 mg de cefaclor para balo volumtrico de 100 mL,
adicionar 70 mL de Fase mvel e deixar em ultrassom at dissoluo.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar.
Soluo padro: dissolver quantidade, exatamente pesada, de cefaclor SQR
em Fase mvel de modo a obter concentrao final de 0,3 mg/mL.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 L da Soluo padro e da Soluo
amostra, registrar os cromatogramas e medir as reas sob os picos. Calcular a
quantidade de C15H14ClN3O4S nas cpsulas a partir das respostas obtidas com
a Soluo padro e a Soluo amostra
-
16
3.1.7.2 Segundo a Britnica os mtodos de doseamento so
Na Farmacopeia Britnica est estabelecido o mesmo procedimento, Cromatografia
a lquido de alta eficincia (apndice III D), realizado para o doseamento do IFA.
3.1.8 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em ambas as farmacopeias as instrues so para preservar soluo em recipientes
bem fechados. Ainda, a farmacopeia Britnica indica que as capsulas no devem ser
armazenadas em ambientes de temperatura superior a 30 .
3.1.9 ROTULAGEM
3.1.9.1 Segundo a FB 5.
Observar a legislao vigente.
3.1.9.2 Segundo a Farmacopeia Britnica
O rotulo dever indicar a concentrao do IFA em relao a quantidade de cefaclor
anidro presente na cpsula.
3.2 CEFACLOR SUSPENSO ORAL
3.2.1 ESPECIFICAO
Em ambas as farmacopeias devem conter, no mnimo, 80,0% e, no mximo, 120,0%
da quantidade declarada de C15H14ClN3O4S. A FB 5. Ainda atenta para o fato de que
a suspenso oral pode conter agentes corantes, agentes suspensores,
aromatizantes, tampes, adoantes e conservantes em veculo aquoso.
-
17
3.2.2 IDENTIFICAO
3.2.2.1 Ensaio de identificao segundo a FB 5
A. O espectro de absoro no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 190 nm a 310 nm,
de uma soluo da amostra a 30 g/ mL, diluda em gua e filtrada, exibe
mximo em 264 nm.
B. O tempo de reteno do pico principal do cromatograma da Soluo amostra,
obtida em Doseamento, corresponde quele do pico principal da Soluo padro.
3.2.2.2 Ensaio de identificao segundo a Britnica
A. Espectrofotometria de absoro atmica (apndice II B) Transferir
quantidade de p equivalente a 0,3 g de cefaclor anidro e acrescentar 500 mL
de agua. Filtrar e usar o filtrado. Medir a absorvncia das soluo final entre
190 a 310 nm. A absorvncia da soluo no deve exceder 264 nm.
B. Realizar Cromatografia a lquido de alta eficincia (apndice III D), usar os
picos obtidos para o IFA da soluo padro e soluo amostra.
3.2.3 CARACTERISTICAS
3.2.3.1 Segundo a FB 5.
Determinao de volume (5.1.2). Cumpre o teste
3.2.4 ENSAIO DE PUREZA
3.2.4.1 Ensaio de pureza segundo a FB 5
Substncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Cromatografia a
lquido de alta eficincia (5.2.17.4). Utilizar cromatgrafo provido de detector
ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de dimetro
interno, empacotada com slica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 m);
fl uxo da Fase mvel de 1,0 mL/minuto.
-
18
Diluente: dissolver 2,4 g de fosfato de sdio monobsico em 1000 mL de gua,
ajustar o pH para 2,5 com cido fosfrico.
Eluente A: dissolver 6,9 g de fosfato de sdio monobsico em 1000 mL de gua,
ajustar o pH para 4,0 com cido fosfrico.
Eluente B: preparar uma mistura de Eluente A e acetonitrila (55:45). Gradiente da
Fase mvel: adotar o sistema de gradiente descrito na tabela a seguir:
Soluo amostra: diluir quantidade da amostra no Diluente de modo a obter uma
soluo de concentrao 5 mg/mL. Agitar e sonicar, se necessrio. Filtrar.
Soluo padro: dissolver quantidade exatamente pesada de cefaclor SQR em
Diluente de modo a obter uma soluo de concentrao 0,05 mg/mL.
Soluo de resoluo: dissolver quantidade exatamente pesada de delta-3-cefaclor
SQR na Soluo padro de modo a obter uma soluo de concentrao 0,05
mg/mL.
Procedimento: injetar 20 L da Soluo de resoluo. A resoluo entre os picos
relativos ao delta 3-cefaclor e o cefaclor no inferior a 2,0. Injetar, separadamente,
20 L da Soluo padro e da Soluo amostra, registrar os cromatogramas por, no
mnimo, duas vezes o tempo de reteno do pico principal e medir as reas sob os
-
19
picos. A porcentagem mxima tolerada de 1,0% para cada impureza individual e
de, no mximo, 3,0% para a soma de todas as impurezas presentes. No considerar
picos relativos ao solvente ou com rea inferior 0,1%.
3.2.4.2 Ensaio de pureza segundo a Britnica
Na Farmacopeia Britnica est estabelecido o mesmo procedimento salvo algumas
modificaes como, o cromatgrafo deve ser equipado com detector a 220 nm .
3.2.5 TESTES DE SEGURANA BIOLGICA
3.2.5.1 Segundo a FB 5 os testes so:
c) Contagem do nmero total de micro-organismos mesofilos (5.5.3.1.2).
Cumpre o teste.
d) Pesquisa de micro-organismos patognicos (5.5.3.1.3). Cumpre o teste.
Na farmacopeia britnica no existem especificaes para tais testes.
3.2.6 DOSEAMENTO
3.2.6.1 Doseamento segundo a FB 5.
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia a lquido de alta eficincia
(5.2.17.4). Utilizar cromatgrafo provido de detector ultravioleta a 265 nm; coluna
de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de dimetro interno, empacotada com
slica quimicamente ligada grupo octadecilsilano (5 m), mantida temperatura
ambiente; fluxo da Fase mvel de 1,5 mL/minuto.
Fase mvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sdio em uma mistura de
780 mL de gua e 10 mL de trietilamina e ajustar o pH para 2,5 0,1 com cido
fosfrico. Adicionar 220 mL de metanol e misturar.
Soluo amostra: quantidade da suspenso, equivalente a 75 mg de cefaclor,
transferir para balo volumtrico de 250 mL. Agitar durante 30 minutos e
-
20
completar o volume com Fase mvel para obter uma concentrao de 0,3
mg/mL. Filtrar em filtro quantitativo
Soluo padro: dissolver quantidade, exatamente pesada, de cefaclor SQR em
Fase mvel de modo a obter concentrao final de 0,3 mg/mL.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 L da Soluo padro e da Soluo
amostra, registrar os cromatogramas e medir as reas sob os picos. Calcular o
teor de C15H14ClN3O4S na amostra a partir das respostas obtidas com a Soluo
padro e a Soluo amostra
3.2.6.2 Doseamento segundo a Britnica.
Determinar a % (p/v) da suspenso oral (apndice V G), e calcular o contedo do
C15H14ClN3O4S em % (p/v) usando o valor declarado do cefaclor SQR.
3.2.7 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em ambas as farmacopeias as instrues so para preservar soluo em recipientes
bem fechados, a temperatura ambiente e ao abrigo de luz. Ainda, a farmacopeia
Britnica indica que a soluo deve ser consumida dentro do perodo determinado
pelo rotulo.
3.2.8 ROTULAGEM
3.2.8.1 Segundo a FB 5.
Observar a legislao vigente.
3.2.8.2 Segundo a Farmacopeia Britnica
O rotulo dever indicar a concentrao do IFA em relao a quantidade de cefaclor
anidro.
-
21
4 - ANLISE CRTICA
Como cdigo oficial farmacutico de um pas, a farmacopeia a principal referncia
para o profissional farmacutico acerca dos requisitos de qualidade para frmacos e
especialidades farmacuticas. Contudo, preciso que a farmacopeia esteja ajustada
legislao e infraestrutura tecnolgica de seu pas. Dessa forma, se pode observar
diferenas entre os mtodos; equipamentos; solues e reagentes utilizados em
monografias de um mesmo insumo farmacutico ativo ou especialidade
farmacutica nas diferentes farmacopeias.
Na Farmacopeia Brasileira, 5 edio h o registro de um maior nmero de mtodos
para identificao, ensaios e doseamentos que a Farmacopeia Britnica. Isso se
deve dificuldade existente no Brasil de se implantar tecnologias de ponta. Dessa
forma testes mais simples, rpidos e com custos reduzidos se fazem necessrios
para garantir que IFA e especialidades farmacuticas passem por um controle de
qualidade.
Na Farmacopeia Britnica est descrito um maior nmero de formas farmacuticas,
quando comparamos com a FB 5. Por exemplo, a Britnica possui a forma
farmacutica de cefaclor comprimido de ao prolongada e cefaclor colrio, que no
so apresentadas na FB 5.
Na anlise comparativa entre as duas farmacopeias, percebemos que a FB 5 mais
rigorosa na avalio do princpio ativo e formas farmacuticas do cefaclor, estudado
para a realizao esse trabalho. Por estar em sua 5 edio, ainda h muito que ser
melhorado, revisado e includo na Farmacopeia Brasileira
.
-
22
5 CONCLUSO
Com a realizao desse trabalho nossa dupla pde ter um maior conhecimento e ter
maior e mais profundo acesso ao contedo das farmacopeias brasileira e britnica
pela observao das diferenas nos mtodos, organizao e descries das
monografias.
Na FB 5 h mtodos alternativos para as anlises de identificao, pureza e
doseamento que geralmente so mais baratos e viveis para determinados
laboratrios. J na britnica os mtodos em sua maioria so realizados por
Cromatografia a lquido de alta eficincia e espectrofotometria de absoro atmica.
Em relao aos ensaios microbiolgicos a FB 5. bem mais exigente, exige testes
de crescimento microbiano e identificao de tal crescimento mesmo para
formulaes que no so estreis. J a farmacopeia britnica exige tais testes
somente para formulaes que so estreis.
A maior familiaridade com a FB 5, e sua forma de organizao, nos proporcionou a
melhor compreenso dos mtodos utilizados para obteno de controle de qualidade
dos produtos farmacuticos.
-
23
6 REFERNCIAS
FARMACOPEIA Brasileira, 5. ed. Braslia: Agncia Nacional de Vigilncia
Sanitria, 2010, v. 1 e 2.
British Pharmacopeia. London: Her Majestys Stationery
Office, 2006.
.
-
24
Folha final do Trabalho Prtico de Anlises Farmacopeicas
Belo Horizonte, 12 de junho de 2015
________________________________
CRISTIANA MOREIRA
________________________________
LUDMILA MORENO