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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil 11-19 Novembro 2012, Portugal Pousada da Juventude de São Pedro do Sul Contexto Não é claro, nem na Convenção Europeia sobre os Direitos Humanos nem na Declaração Universal dos Direitos Humanos, como é que a participação (juvenil) na sociedade civil é ‘assegurada’ como Direito Humano, nem até que ponto é que os actores sociais consideram a participação (juvenil) como uma protecção (e responsabilidade) fundamental da Democracia. Um dos desafios da participação juvenil é, de facto, que, por vezes, os jovens não acreditam nas autoridades, incorporando uma atitude passiva ou um criticismo-cego; outras vezes, são as autoridades quem não acredita nos jovens, relevando falta de permeabi- lidade em relação à voz dos jovens e uma falta de investimento no seu envolvimento. 2011 foi um exemplo rico em exemplos deste fenómeno: “Movimento de 12 de Março”, “Movimento da Democracia Real” (Espanha e Portugal), “15 Outubro” (Global). Devido às políticas estatais actuais, Portugal tem ainda uma abordagem que se baseia na ‘suavização’ de assuntos que podem surgir devido à falta de conhecimento sobre os Direitos Humanos e sobre boas práticas, em vez de se basear num investimento na prevenção destas questões, com recurso à Educação para os Direitos Humanos (EDH). Como herança do sistema, a educação formal em Portugal trabalha sobretudo na aprendizagem de competências e conheci- mentos, e os jovens acabam com frequência o ensino obrigatório sem oportunidades claras de desenvolvimento da sua aprendi- zagem de atitudes, nomeadamente na dimensão dos Direitos Humanos. Por outro lado, a Educação Não Formal (ENF) ainda é considerada, genericamente, como trabalho social e não necessariamente como trabalho “educacional”. Existem alguns programas governamentais que apoiam a ENF para os jovens, mas não existem ‘esco- las’ onde se possa aprender a ENF. Assim, é frequente que os trabalhadores socioeducativos em prol dos jovens e educadores em Portugal acabem por trabalhar no sentido de providenciar aos jovens serviços e apoios nas suas necessidades básicas, e não neces- sariamente no empowerment nem, assim sendo, no seu envolvimento na vida local/regional. Tendo em conta os factos acima expostos, a promoção de espaços onde possa haver ENF é de grande pertinência, envolvendo vários actores sociais, de diferentes sectores, público e privado, da sociedade portuguesa. A EDH será progressivamente reconhecida, por um lado, como um pilar dos valores e atitudes da sociedade, e, por outro, como uma prioridade do governo para fomentar uma Democracia participativa, e direccionada por e para pessoas. Estas agendas levam-nos a este projecto de formação nacional onde, por um lado, a EDH é promovida através da cooperação entre os sectores da educação formal e da educação não-formal, e onde, por outro, a participação juvenil é o foco principal enquanto Direito Humano a atingir na perspectiva da cooperação entre os sectores público e privado da sociedade portuguesa. Esta formação tem por finalidade: Contribuir para a integração da Educação para os Direitos Humanos em Portugal desenvolvendo competências através da aprendizagem não-formal de um espectro diverso de multiplicadores de boas práticas no trabalho socioeducativo em prol dos jovens, na Educação e nas políticas de juventude, desde o âmbito local até ao nacional. 1

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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil

11-19 Novembro 2012, Portugal

Pousada da Juventude de São Pedro do Sul

Contexto

Não é claro, nem na Convenção Europeia sobre os Direitos Humanos nem na Declaração Universal dos Direitos Humanos, como é que a participação (juvenil) na sociedade civil é ‘assegurada’ como Direito Humano, nem até que ponto é que os actores sociais consideram a participação (juvenil) como uma protecção (e responsabilidade) fundamental da Democracia.

Um dos desafios da participação juvenil é, de facto, que, por vezes, os jovens não acreditam nas autoridades, incorporando uma atitude passiva ou um criticismo-cego; outras vezes, são as autoridades quem não acredita nos jovens, relevando falta de permeabi-lidade em relação à voz dos jovens e uma falta de investimento no seu envolvimento. 2011 foi um exemplo rico em exemplos deste fenómeno: “Movimento de 12 de Março”, “Movimento da Democracia Real” (Espanha e Portugal), “15 Outubro” (Global).

Devido às políticas estatais actuais, Portugal tem ainda uma abordagem que se baseia na ‘suavização’ de assuntos que podem surgir devido à falta de conhecimento sobre os Direitos Humanos e sobre boas práticas, em vez de se basear num investimento na prevenção destas questões, com recurso à Educação para os Direitos Humanos (EDH).

Como herança do sistema, a educação formal em Portugal trabalha sobretudo na aprendizagem de competências e conheci-mentos, e os jovens acabam com frequência o ensino obrigatório sem oportunidades claras de desenvolvimento da sua aprendi-zagem de atitudes, nomeadamente na dimensão dos Direitos Humanos.

Por outro lado, a Educação Não Formal (ENF) ainda é considerada, genericamente, como trabalho social e não necessariamente como trabalho “educacional”. Existem alguns programas governamentais que apoiam a ENF para os jovens, mas não existem ‘esco-las’ onde se possa aprender a ENF. Assim, é frequente que os trabalhadores socioeducativos em prol dos jovens e educadores em Portugal acabem por trabalhar no sentido de providenciar aos jovens serviços e apoios nas suas necessidades básicas, e não neces-sariamente no empowerment nem, assim sendo, no seu envolvimento na vida local/regional.

Tendo em conta os factos acima expostos, a promoção de espaços onde possa haver ENF é de grande pertinência, envolvendo vários actores sociais, de diferentes sectores, público e privado, da sociedade portuguesa. A EDH será progressivamente reconhecida, por um lado, como um pilar dos valores e atitudes da sociedade, e, por outro, como uma prioridade do governo para fomentar uma Democracia participativa, e direccionada por e para pessoas.

Estas agendas levam-nos a este projecto de formação nacional onde, por um lado, a EDH é promovida através da cooperação entre os sectores da educação formal e da educação não-formal, e onde, por outro, a participação juvenil é o foco principal enquanto Direito Humano a atingir na perspectiva da cooperação entre os sectores público e privado da sociedade portuguesa.

Esta formação tem por finalidade:

Contribuir para a integração da Educação para os Direitos Humanos em Portugal desenvolvendo competências através da aprendizagem não-formal de um espectro diverso de multiplicadores de boas práticas no trabalho socioeducativo em prol dos jovens, na Educação e nas políticas de juventude, desde o âmbito local até ao nacional.

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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil

11-19 Novembro 2012, Portugal

Pousada da Juventude de São Pedro do Sul

Objectivos:

Preparar os participantes para o desenvolvimento de actividades e programas para jovens e multiplicadores em educação para os Direitos Humanos, nomeadamente na área da participação juvenil;

Introduzir e fomentar a aprendizagem não formal como uma boa prática na Educação para os Direitos Humanos, especialmente no que concerne o desenvolvimento de atitudes;

Compreender conceitos-chave da participação juvenil bem como o papel da cidadania democrática na garantia de qualidade na democracia e nas políticas baseadas em necessidades;

Compreender os principais desafios à participação juvenil em contextos participativos e desenvolver ferramentas educacionais para enfrentar estes desafios, considerando a edição revista do “Compass/Farol” (manual de Educação para os Direitos Humanos com jovens) do “Have your say!” (manual da Carta Europeia revista sobre a participação dos jovens na vida local/regional) e a Carta do Conselho da Europa sobre Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos;

Partilhar experiências, ferramentas e boas práticas relacionadas com a Educação para os Direitos Humanos, nomeadamente na área da participação juvenil;

Contribuir para o desenvolvimento de uma bolsa portuguesa de formadores em Educação para os Direitos Humanos com jovens, nomeadamente na área da participação juvenil e da cidadania democrática.

Competências abordadas:

Conhecimento e compreensão dos princípios dos Direitos Humanos, valores associados, bem como a história e filosofia dos Direitos Humanos;

Conhecimento sobre diferentes instrumentos para a protecção e promoção dos Direitos Humanos bem como sobre as com-petências para os usar através da EDH;

Capacidade de adaptar as actividades existentes do Compass, bem como abordagens educativas diferentes na EDH, tendo em conta realidades locais, diferentes contextos e grupos-alvo;

Competências no desenvolvimento e realização de actividades e programas de EDH, tendo em conta as necessidades e preo-cupações dos jovens;

Compreensão da situação actual e desafios da participação juvenil, com especial enfoque nos níveis nacional, local e organi-zacional;

Conhecimento de abordagens educativas em EDH e capacidade de as implementar;

Compreensão dos princípios-chave da educação não-formal e da sua relação com a EDH;

Compreensão do papel do facilitar nos processos de EDH e a capacidade de planear a sua aprendizagem de forma eficaz;

Capacidade de criar redes e contactos com outras pessoas e organizações/instituições de um espectro social variado;

Conhecimento do “Compass”, “Have your say!” e da Carta para ao Direitos Humanos e Cidadania Democrática bem como da sua relevância para a EDH;

Capacidade de trabalhar em cooperação e de forma socialmente transversal;

Capacidade de traduzir o enquadramento dos valores dos Direitos Humanos, em acções pessoais, sociais e profissionais, in-cluindo nos sectores público e privado e em contextos de aprendizagem mais ou menos formais;

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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil

11-19 Novembro 2012, Portugal

Pousada da Juventude de São Pedro do Sul

Capacidade de integrar a educação para os Direitos Humanos no trabalho em prol dos jovens e nas políticas de juventude;

Conhecimento sobre os diferentes actores envolvidos na EDH e na participação juvenil em Portugal;

Conhecimento sobre as políticas juvenis portuguesas e locais, nomeadamente as que promovem a participação juvenil;

Capacidade de ser um cidadão activo e de promover a participação dos jovens nas políticas juvenis portuguesas, quer a nível nacional como a nível local.

O grupo será composto por 24 participantes.

A equipa será composta por 4 formadores com experiência em educação não formal, na educação para os Direitos Humanos, na participação juvenil e na cidadania democrática.

Perfil dos participantes:Um dos principais desafios desta formação é o facto de ser direcionada a diferentes sectores em Portugal, do domínio público

bem como do domínio privado.

Espera-se que, deste grupo diverso, resulte uma oportunidade para desenvolver a eficácia em termos de integração da EDH uma vez que ao envolver diferentes actores sociais aumenta também o potencial de networking e advocacy para os Direitos Humanos.Assim, esta formação tem como público-alvo:

Trabalhadores socioeducativos em prol dos jovens (de ONGs bem como de contextos institucionais);

Trabalhadores sociais em ambientes educacionais (de ONGs bem como de contextos institucionais);

Decisores políticos e gestores de políticas de juventude ou de educação;

Formadores de jovens;

Professores de jovens;

Líderes jovens interessados na EDH;

Formadores de professores.

Como chegar?Autocarro

Lisboa (327 Km), Porto (151 Km), Faro (572 Km): Rede Expressos até São Pedro do Sul Termas (a 100m da Pousada)

Comboio Lisboa

(Gare do Oriente ou Sta. Apolónia), Porto (Campanhã), Faro: – saída Mangualde (a 52 Km da Pousada) – Autocarro para São Pedro do Sul Termas

Automóvel

A1 – saída: Albergaria – Aveiro – Vilar Formoso - A25 – saída 13 – Vouzela – S. Pedro do Sul

A24 – saída: Castro Daire / S. Pedro do Sul

Nacional 228 (27Km / 25 m aprox.)

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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil

11-19 Novembro 2012, Portugal

Pousada da Juventude de São Pedro do Sul

Alojamento?

A Pousada de Juventude localiza-se no tecido urbano das Termas de São Pedro do Sul. Conforto, espaço, luz e boa gastronomia são o seu ex-libris.

A pousada não podia estar melhor localizada. Na envolvente, a Natureza e tudo o que a ela está ligado!

Os/as participantes estarão alojados/as em quartos duplos com wc ou quartos triplos com WC partilhado.

Alimentação:

Restrições pessoais serão considerados.

Custos?

Taxa de Participação (75€). Alimentação e alojamento inteiramente gratuitos.

Como efectuar a candidatura?

Preencher o formulário de inscrição on-line AQUI.

Mais informações? Contactar Matia Losego, através do endereço [email protected]

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Formação Nacional de Formadores para a Participação Juvenil

11-19 Novembro 2012, Portugal

Pousada da Juventude de São Pedro do Sul

SECRETÁRIO DE ESTADO

DO DESPORTO E JUVENTUDE

Programa Preliminar

DOMINGO - 11Nov 2ª F - 12 Nov 3ª F - 13 Nov 4ª F - 14 Nov 5ª F - 15 Nov 6ª F - 16 Nov Sáb. - 17 Nov Dom. - 18 Nov

até 9h Peq. Almoço Peq. Almoço Peq. Almoço Peq. Almoço Peq. Almoço Peq. Almoço Peq. Almoço

9h15-11h Introdução Aprender a Aprender

Formador/a para a Participação Juvenil

Preparação de workshop em grupos

Implementação dos Workshops

11h-11h30 Pausa Pausa Pausa Pausa Pausa

11h30-13h

Construção de Grupo

Educação para os Direitos Humanos - O que é, para quem,

como se faz?

Intervenção de Especialista (Conselho

da Europa)

Preparação de workshop em grupos

Implementação dos Workshops

13h-14h30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

14h30-16h

Enquadramento Direitos Humanos e Participação Juvenil

Participação Juvenil - Conceitos e Contexto(s)

Sessões paralelas: 1 - Liderança - Focos e

Estilos | 2 - Comunicação -

Tipos e Estilos | 3 - Feedback - Dar e

Receber | 4 - Transformação de

Conflito

Implementação dos Workshops

Meta-Reflexão e Feedback sobre os

Workshops

16h-16h30 Pausa Pausa Pausa Pausa Pausa

16h30-18h

Eu e a Educação para a Participação

Juvenil

Participação Juvenil e Educação para a

Cidadania Democrática

Plano de Sessão - preparação de

workshop em grupos

Implementação dos Workshops

A estrada não acaba aqui

18h-19h Grupos de Reflexão Grupos de Reflexão Avaliação Intermédia

Meta-Reflexão Grupos de Reflexão Avaliação Final

19h-20h Tempo Livre Tempo Livre Tempo Livre Tempo Livre Tempo Livre Tempo Livre

20h-21h30 Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Diferente Jantar Jantar Jantar

21h30-23h

Coquetail de Boas Vindas

Noite LivreNoite

InterparticipativaNoite Livre Noite Livre

O Papel das Artes na EDH e na Participação Juvenil - Teatro Fórum

Noite Livre Noite de Despedida

Dia

de

cheg

ada

- at

é 19

h30

Tempo Livre

FNacionaldFPJ

Participação: Tod@s a bordo!

Sessões paralelas: (tópicos a aferir

consoante necessidades

expressas pelos participantes) Tópico fixo: Políticas de

Juventude e de Educação em

Portugal

O Papel das Artes na EDH e na Participação

Juvenil - Teatro do Oprimido