Boletim Olhares

CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 34 SETEMBRO / OUTUBRO 2015

ED

ITO

RIA

L D

O O

LH

AR

ES

Caros Leitores…

Apesar da chegada do frio de Outo-

no que limita as atividades no exte-

rior, setembro e outubro foram

meses de muitos passeios, festivida-

des e celebrações nas Irmãs Hospi-

taleiras - Casa de Saúde Nª Sª da

Conceição. Assim, nesta 34ª edição

do Boletim Olhares, damos a

conhecer o que de mais relevante se

realizou durante os últimos dois

meses neste estabelecimento de

saúde.

Em outubro celebrou-se o Dia Mun-

dial da Saúde Mental com um semi-

nário de comunicações científicas, e

com uma semana repleta de work-

shops. visitas da comunidade local e

outras atividades que tiveram como

objetivo a partilha de conhecimentos

e boas práticas na prestação de cui-

dados em saúde mental e a diminui-

ção do estigma associado à doença

mental grave -um dos maiores obs-

táculos à adesão ao tratamento ade-

quado e à reinserção psicossocial.

Referimos aqui também o papel do

Grupo de Cantares da CSNSC que

nas suas várias atuações em institui-

ções e eventos na comunidade local

tem promovido a sensibilização e

informação sobre o trabalho desen-

volvido pela Casa de Saúde Nª Sª da

Conceição, no âmbito da reabilitação

em saúde mental.

Relembramos que poderá consultar

todas as nossas atividades, projetos

e programas através da nossa página

web:

www.irmashospitaleiras.pt/csnsc

N o âmbito da comemoração do

Dia Mundial da Saúde Mental,

de 5 a 9 de Outubro de 2015, as

Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saú-

de Nª Sª da Conceição, em conjunto

com outras instituições da área da

saúde mental, organizaram

o IV Roteiro de Saúde Mental da

Região Autónoma dos Açores.

O programa incluiu o dia 7 de Outu-

bro de 2015, o Seminário "Avaliar e

Intervir em Saúde Mental", realizado

no auditório do Laboratório Regional

de Engenharia Civil, em Ponta Delga-

da. Este evento, que contou com a

presença de representantes de enti-

dades públicas e privadas e de pro-

fissionais da saúde de diversas áreas,

encerrou com uma atuação do Grupo

de Cantares da CSNSC.

A 8 de Outubro, a Casa de Saúde Nª

Sª da Conceição acolheu entidades

parceiras, profissionais de saúde e

comunidade local para o “Dia Aber-

to” que inclui o workshop

“Musicoterapia em Saúde Mental”, a

visita a uma unidade de internamen-

to, e uma apresentação do Serviço de

Reabilitação, onde os inscritos pude-

ram descobrir os diversos projetos e

atividades dinamizadas, integrar

os ateliers ocupacionais e interagir

com utentes e colaboradores.

Olhares... Página 2

Espaço do Utente

Viagem de barco até à Povoação

Um grupo (de utentes e colaboradores) da

CSNSC “navegou” até ao concelho da

Povoação numa viagem de ida e volta no

mesmo dia, com partida de Ponta Delgada,

ao início da tarde. Dêmos uma

“escapadinha” pelo mar até um dos conce-

lhos mais lindos de S. Miguel, a convite da

Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Uma experiência única, de conforto e como-

didade, forjada no convívio e amizade. Foi

muito agradável navegar “sem poluição”

nas águas límpidas e cristalinas do oceano

Atlântico. No início, os anfitriões deram

informações sobre a navegação da embar-

cação e fizeram uma explanação histórica

dos concelhos por onde navegamos, o que

enriqueceu a viagem.

Ora víamos a costa do mar, ora dêmos um

pé de dança ao ritmo da música do artista

Carlos Galvão. Antes de regressarmos ao

final do dia, fomos ainda presenteados com

um delicioso lanche.

Grupo de Utentes

Testemunho

Estou em tratamento na CSNSC. Agora sin-

to-me muito bem cá. As dificuldades maio-

res foram as saudades da minha casa, do

meu quarto e do cheiro dos meus livros.

Mas foi o convívio com as outras utentes,

com os colaboradores, com os técnicos e

com as Irmãs Hospitaleiras que facilitou a

minha adaptação. Por enquanto, os meus

problemas de saúde recomendam continuar

com o tratamento. E hoje estou feliz aqui.

Ana S.

Missa a Nª Sª de Fátima

A 13 de outubro, o Padre Norberto Brum

celebrou a Missa e presidiu à procissão de

Nossa Senhora de Fátima. Na Missa foram

evocados o culto mariano e a devoção a

Nossa Senhora. O Grupo de Cantares elo-

giou a Mãe de Jesus com cânticos de louvor

à Rainha de Portugal.

Seguiu-se a procissão pelo jardim à frente

da “nossa casa” e foram muitos os fiéis que

se juntaram.

Eu levei o andor, a meu pedido, por razões

pessoais, mas também porque o amor a

Nossa Senhora de Fátima palpita no meu

coração. Já a amava mas fortaleci este senti-

mento na Legião de Maria, em que a Rainha

é o seu estandarte. Obrigado Irmãs Hospita-

leiras.

Ana S.

Passeio ao Forte de S. Brás

Passeio marítimo ao longo da costa sul de S. Miguel

Olhares... Página 3

Seminário do Roteiro de Saúde Mental

O Grupo de Cantares atuou na sessão de

encerramento do seminário realizado no

âmbito do Roteiro de Saúde Mental, no

anfiteatro do Laboratório de Engenharia

Civil.

Neste encontro, estávamos particularmente

alegres pois vestíamos o novo traje do gru-

po. A nova indumentária é composta por

uma blusa rosa salmão e um par de calças

pretas.

Fomos muito aplaudidas ao longo da atua-

ção com o público a participar ativamente

nas músicas mais populares e tradicionais.

1º Festival de Sopas nas Capelas

Ainda no mês de Outubro, e no dia mun-

dial da Alimentação, o Grupo de Cantares

atuou no primeiro festival de sopas das

Capelas. Organizado pela Unidade de Saú-

de das Capelas o Festival de Sopas contou

com seis sopas diferentes que nos foram

dadas a provar. Também

bebemos chá e come-

mos arroz doce. A Casa

de Saúde Nª Sª da Con-

ceição é também cola-

borou neste projeto

subordinado ao tema

“Comer sopa é saudável!

Poupe mais! Viva com

mais saúde”. O Centro

de Convívio de Idosos

também apresentou as

“Dez Razoes para Comer

Sopa”.

Encontro de CAO da Santa Casa

da Misericórdia da Maia

O Grupo de Cantares foi convidado a parti-

cipar no Encontro de CAOs da Santa Casa

da Misericórdia da Maia. Foi uma manhã

muito divertida com muita música, dança e

animação. Cantamos duas músicas: Bom

dia e Ó Rama do Oliveira. Fomos muito

aplaudidas e foi-nos oferecido o almoço. A

Santa Casa da Misericórdia da Maia apro-

veitou o momento para festejar o seu 96º

aniversário de existência e ofereceu uma

lembrança comemorativa a todos os pre-

sentes.

Missa de Maria Josefa Récio

Na Casa de Saúde Nª Sª da Conceição, o

grupo de cantares abrilhantou a missa

comemorativa do aniversário do falecimen-

to de Maria Josefa Recio e animou a tarde

recreativa.

Ana S.

Atuações do

Grupo de Cantares da CSNSC

Atuação do Grupo de Cantares no Roteiro de Saúde Mental

Olhares... Página 4

Procissão de Nª Sª de Fátima na Capela da CSNSC

Procissão de Nª Sª de Fátima na CSNSC Atuação do Grupo de Cantares da CSNSC

Imagem de Nª Sª de Fátima da CSNSC

Preparação do workshop

“Musicoterapia em Saúde Mental”

Retrato de Maria Josefa, confundadora das Irmãs Hospitalei-

ras na Capela da CSNSC para a celebração do Dia 30 outubro

Página 5 Olhares...

No fim de semana de 23 a 25

de outubro, nós, um grupo

de jovens pertencentes à

Associação de Guias de Por-

tugal (AGP), de várias Com-

panhias de Ponta Delgada

(Ramo Caravela), quisemos

marcar presença na CSNSC

através de um ato de solida-

riedade.

Quisemos acolher o "grito"

de quem sofre, mostrando

aos utentes o quanto valem!

Um obrigado por estarem...

"SEMPRE ALERTA" PARA SERVIR E AMAR COM ALEGRIA!

Mariana F., Inês B., Andreia A., Tatiana C., Sara M., Nádia A., Ana P., Ana R.

Solidariedade

Hospitaleira

O Serviço de Voluntariado Hospi-

taleiro agradece a todos os que

contribuíram na Semana Missio-

nária Hospitaleira para a missão

das Irmãs Hospitaleiras em

Moçambique sob o lema: "um

coração pode fazer alguém feliz".

Um bem haja a todos e o nosso

muito obrigada pela vossa soli-

dariedade que permitiu concreti-

zar pelo 2º ano consecutivo este

projeto!

Madalena B. Voluntária na CSNSC

Jovens Guias da AGP visitam CSNSC num projeto solidário

Olhares... Página 6

Acolhimento

A palavra “acolhimento”, vem do latim acolligere que significa “levar em consideração,

receber, reunir”. Saber acolher o utente e família é uma competência primordial na área

de intervenção de todos os profissionais de saúde, dado que a admissão para tratamento

é, frequentemente, um período de fragilidade, cansaço e tristeza para familiares e utente.

O acolhimento representa também, para os profissionais de saúde, uma oportunidade de

proximidade e empatia com os utentes e seus familiares, algo que vai permitir iniciar um

processo de socialização para que durante o tratamento, haja um maior à vontade na

comunicação entre todos e uma facilidade de partilha de informações importantes que

irão servir de suporte à realização de um plano personalizado de tratamento baseado nas

necessidades, potencialidades e expetativas acordados por todos.

Nas Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da Conceição, o acolhimento é ainda mais

especial porque nos orientamos pelo valor nuclear da Hospitalidade. Presente desde o

início da prestação de cuidados de saúde, é a Hospitalidade que nos orienta para a pes-

soa assistida e para um acompanhamento personalizado, de máxima qualidade e resul-

tante num bem-estar biopsicossocial e espiritual de quem nos procura.

Tatiana Moniz, Enfermeira na CSNSC

A Opinião do Familiar Cuidador

Na vida, nada nos prepara para a doença de Alzheimer. Para um cuidador informal, ver o

seu familiar com doença de Alzheimer não é fácil de aceitar. Porquê? Porque nós, familia-

res, queremos ver a pessoa como ela era, mas temos de nos confrontar com o que

mudou com a doença. Uma pessoa boa, inteligente, educada, muito independente, enfim,

com muitas qualidades. Assim, aconteceu com a minha Mãe.

No início foi muito difícil, mas com a força que Deus nos dá e a Sua graça, tudo se faz. Eu,

como filha, tento ultrapassar esta fase difícil da vida. Já lá vão 8 anos desde o início da

doença da minha Mãe e desde que foi deixando de conseguir de cuidar de si própria

como alimentar-se, vestir-se e cuidar da sua higiene pessoal. Para nós, familiares, resta-

nos manter uma atitude carinhosa e tranquila. Mesmo quando, em certas alturas o doen-

te se torna mais agitado ou ansioso. Não nos podemos esquecer que, para a pessoa

doente, reconhecer que está a perder a independência e autonomia é muito frustrante.

Mas com tudo isto, sinto-me feliz a cuidar da minha queria Mãe, com todo o amor e cari-

nho. Que foi aquilo que ela me deu.

Agora, neste momento, atendendo à evolução da doença da Mãe, é difícil para nós man-

ter o doente em casa e dar-lhe a melhor qualidade de vida possível. Com muito custo

temos de deixá-la ter acesso a um sítio melhor, onde possa receber cuidados especializa-

dos e adequados. Por isso sinto-me feliz onde a Mãe está, porque está bem nas Irmãs

Hospitaleira, nesta Casa de Saúde da Nª Sª da Conceição.

Maria de Deus Cabral, Familiar de um Utente

Olhares... Página 7

PRÓXIMOS EVENTOS & ATIVIDADES

NOVEMBRO

11 > Festa de S. Martinho

21 > Canonização de S. Bento Menni

29 > Missa dos Aniversários

DEZEMBRO

05 > Dia Mundial do Voluntariado

08 > Imaculada Conceição - Padroeira da CSNSC

08 > Abertura do Ano da Misericórdia

14 > Reflexão de Natal dos Utentes

14 e 15 > Reflexão de Natal dos Colaboradores

16 > Missa de Natal para toda a Família Hospitaleira

18 > Natal Hospitaleiro - Atividade da Juventude Hospitaleira (JH)

19 > Festa de Natal

27 > Missa dos Aniversários

31 > Missa com Te Deum

01 Donaciana J. B2

03 Lumena C.

03 Manuel A.

04 Valdomira S.

05 Maria Eduarda M.

06 Maria Alzira S.

06 Fernanda da S.

09 Florinda J.

10 Lurdes S.

10 Nídia C.

12 Marlene V.

14 Susana C.

15 Fátima C.

17 Conceição C.

20 Mónica A.

20 Fernanda M.

20 Conceição V.

21 Maria Auxílio F.

21 Fátima C.

22 Graça C.

22 Norberto B.

23 Emília P.

23 Nélia M.

28 Luciano R.

29 Raquel C.

29 Francisco M.

04 Dina S.

04 Maria Luísa F.

05 Madalena B.

07 Mariana C.

09 Márcia P.

09 Maria João P.

12 Conceição F.

14 Hirondina A.

15 Madalena S.

17 Mª Carmo O.

18 Guiomar O.

18 Maria A. T.

18 Maria Jesus L.

19 Lúcia C.

23 Rosa C.

24 Graça M.

24 Carla M.

26 Irondina B.

28 Ana Cristina V.

28 Maria da Graça T.

28 Antónia B.

Aniversários da Família Hospitaleira

NOVEMBRO DEZEMBRO

Olhares... Página 8

Equipa Técnica

Nuno Nunes (Psicólogo)

Teresa Vale (Psicóloga)

Tatiana Pereira (Assistente Social)

Colaboradores

Ir. Mariana Camacho

Tatiana Moniz

Ana Sousa

Madalena Benevides

Maria de Deus Cabral

Jovens Guias da AGP

Deseja ser Assinante?

Valor Anual=3.80€ (0.65€ p/ Boletim)

Contactos

Largo do Bom Despacho nº 22

9500-167 Ponta Delgada

Tel. 296306320 | Fax. 296306321

csnsc@irmashospitaleiras.pt

www.irmashospitaleiras.pt/csnsc

SoPa De LeTRaS

A I C Y P Z G T S B D S Ç

C G B Ã F S Q D W E Y A H

O D Q P Á V Z I D G Z Ú B

L A R O T E I R O L O D W

H V G S I H F Ç E N F E V

I Q T Ç M L P W N V Q B Z

M G Y H A O B T Ç T O G F

E I X W B H C K A Z E N U

N O F A M Í L I A N O H N

T D B Z F D Q G I A C Í D

O T A Ó N H V Ú Ç B T S A

N H G I C U I D A D O R D

É V Y W Ã P O N F Z E L O

G Z T X I T Q V D O X N R

C A N T A R E S Y P G H A

O B P N G T V B Ç A S Z T

Passeios de verão ajudam utentes a

(re)descobrir as belezas dos Açores

As belezas naturais dos Açores não são só para serem apre-

ciadas pelos turistas que nos visitam. Também nós, residen-

tes, gostamos de disfrutar e redescobrir tudo o que mais

bonito se revela na ilha de S. Miguel e no concelho de Pon-

ta Delgada, onde se situa a Casa de Saúde Nª Sª da Concei-

ção. Dando continuidade a anos anteriores, foram vários os

passeios e atividades que se realizaram com o intuito de

proporcionar aos utentes diferentes oportunidades para

disfrutar aquilo que temos de melhor. Em 2015, estas expe-

riências incluíram diferentes passeios à Lagoa das Furnas, o

Passeio Anual de Verão, que este ano foi às Sete Cidades, e

os roteiros da cidade de Ponta Delgada no comboio turísti-

co “A Lagarta” e no “Tuk Tuk”. Para alguns utentes houve

ainda a oportunidade de conhecerem a costa sul da ilha

através de um passeio marítimo organizado pelo município

de Ponta Delgada. Outras atividades foram realizadas e

relatadas em edições anteriores do “Olhares” e poderão ser

consultadas no nosso website: www.irmashospitaleiras.pt

ACOLHIMENTO FÁTIMA ROTEIRO

FAMÍLIA SAÚDE FUNDADORA

CUIDADOR CANTARES DOENÇA

Passeio de Tuk Tuk a Ponta Delgada

Fotografia tirada no Passeio às Sete Cidades