Aula de antifúngicos

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MICOSES E AGENTES ANTIFÚNGICOS ANANZA ABREU ANDREZA ALVES ALLYNE MARQUES DANILO DANTAS ISABELA C. AMORIM JORDANA MARTINS MAURÍCIO FERNANDES THATIANY CASTRO Farmacologia II Profa. Dione Marçal Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE FARMÁCIA

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Seminário sobre Antifúngicos - Jordana, Ananza, Andreza, Maurício, Allyne, Isabella Cristina e Danilo Dantas e Thatiany

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Page 1: Aula de antifúngicos

MICOSES E AGENTES

ANTIFÚNGICOS ANANZA ABREU

ANDREZA ALVES

ALLYNE MARQUES

DANILO DANTAS

ISABELA C. AMORIM

JORDANA MARTINS

MAURÍCIO FERNANDES

THATIANY CASTRO

Farmacologia II – Profa. Dione Marçal Lima

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE FARMÁCIA

Page 2: Aula de antifúngicos

Introdução

Existem mais de 50.000 fungos espécies de fungos,

cuja maioria é benéfica aos seres humanos.

Alguns podem produzir alimentos, bebidas

alcoólicas. Outros antióticos, imunossupressores. Há

espécies que são fitopatógenos.

Algumas centenas de espécies apenas são

implicadas como causadoras de doenças humanas,

e 90% infecções humanas podem ser atribuídas a

algumas dúzias de fungos.

Page 3: Aula de antifúngicos

Introdução

Eucarióticos;

Unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (fungos filamentosos);

Não constituem tecidos;

Reprodução sexuada ou assexuada;

Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos;

Heterotróficos;

Não móveis.

Page 4: Aula de antifúngicos

Constituintes dos fungos

Parede celular: confere forma e proteção à célula

Polissacarídios

Glucano (polissacarídeos associados por ligações )

Quitina

Obs: leveduras tem glucano em maior quantidade em sua estrutura,

enquanto fungos filamentosos apresentam mais quitina.

Outros componentes:

Melanina (confere resistência aos raios ultravioletas e a enzimas

líticas de outros microorganismos)

Mucina ( proteção a dessecação e a efeitos tóxicos por polifenóis

das plantas)

Page 5: Aula de antifúngicos

Constituintes dos fungos

Membrana celular: função de proteção e permeabilidade seletiva

Bicamada de fosfolipídeos com proteínas. O principal esterol da membrana celular dos fungos é o

ergosterol.

Núcleo

Carioteca (separa núcleo e citoplasma)

Cromossomos (número variável)

Nucléolo.

Mitocôndrias

Retículo endoplasmático

Complexo de Golgi

Vacúolos

Page 6: Aula de antifúngicos

Classificação

Os fungos são classificados em 4 filos:

- Ascomycota (ou ascomicetos);

- Basidiomycota (ou basiodiomicetos);

- Zigomycota (ou zigomicetos);

- Clytridiomycota (ou clitridiomicetos).

Page 7: Aula de antifúngicos

Introdução

Serão discutidos acerca dos agentes antifúngicos o

espectro, a potência, modo de ação, e indicações

clínicas para o uso como agentes terapêuticos e

também os mecanismos de resistências às classes de

antifúngicos.

Page 8: Aula de antifúngicos

Terminologias

Espectro antifúngico:

Variedade de atividade de um agente antifúngico

contra fungos. Um agente antifúngico de amplo

espectro inibe uma ampla variedade de fungos,

incluindo os fungos leveduriformes e fungos

filamentosos, enquanto que um agente de espectro

restrito é ativo somente contra um número limitado de

fungos.

Page 9: Aula de antifúngicos

Terminologias

Atividade fungistática:

Nível da atividade fúngica que inibe o crescimento de

um organismo. Isto é determinado in vitro testando-se

uma concentração padronizada de organismos contra

uma série de diluições do antifúngico. A menor

concentração da droga que inibe o crescimento do

organismo é referida como concentração inibitória

mínima (CIM).

Page 10: Aula de antifúngicos

Terminologias

Atividade fungicida:

Habilidade de um agente antifúngico em matar um

organismo in vitro ou in vivo. A menor concentração da

droga que mata 99,9% da população de fungos é a

concentração fungicida mínima (CFM).

Combinações antifúngicas:

Combinações de agentes antifúngicos podem ser utilizadas

para: aumentar a eficácia no tratamento de uma infecção

fúngica refratária; para ampliar o espectro da terapia

antifúngica; para prevenir a emergência de organismos

resistentes; e para alcançar um sinergismo.

Page 11: Aula de antifúngicos

Terminologias

Sinergismo antifúgico:

Combinações de agentes antifúngicos que têm

atividade antifúngica intensificada quando utilizados

juntos comparada a atividade de cada agente

isoladamente.

Antagonismo antifúngico:

Combinação de agentes antifúngicos em que a

atividade de um dos agentes interfere com a atividade

do outro agente.

Page 12: Aula de antifúngicos

Terminologias

Bombas de efluxo:

Grupo de transportadores de drogas que servem para

bombear ativamente agentes antifúngicos para fora

das células fúngicas, diminuindo assim a quantidade de

droga intracelular disponível para ligar em seu alvo.

Page 13: Aula de antifúngicos

Antibióticos Poliênicos

Polienos consistem em substâncias formadas por átomos de carbono com dupla ligação.

Alguns antibióticos com essa estrutura são alvo contra fungos, protozoários e algas, não demonstrando ação antibacteriana importante.

São substâncias tóxicas para o homem e outros mamíferos por provocarem lesões nas células de animais semelhantes às causadas nos microorganismos citados acimas.

Page 14: Aula de antifúngicos

Antibióticos Poliênicos

Mecanismo de ação:

Ligam-se a membranas citoplasmáticas que contêm esteróis, provocando sua desorganização funcional.

Nos fungos os poliênicos ligam-se principalmente a ergosterol, que constitui o esterol prevalente de sua membrana citoplasmática.

Com isso, ligam-se menos à célula do hospedeiro animal, já que o esterol de membrana deste é o colesterol.

Page 15: Aula de antifúngicos

Antibióticos Poliênicos

A ação fungicida ou fungistática é dependente da concentração da droga no meio.

Anfotericina B em baixas concentrações liga-se de forma reversível à membrana fúngica Inibição do crescimento.

Anfotericina B em elevadas concentrações se liga à membrana fúngica de forma irreversível Morte celular.

Page 16: Aula de antifúngicos

Anfotericina B

A Anfotericina B é um antibiótico poliênico, demonstrado em 1955 a partir do Streptomyces nodosus.

É instável em pH muito ácido ou muito básico, não absorvível por via oral e somente administrada por via endovenosa (EV).

É insolúvel em água, mas aumenta sua solubilidade quando complexada com o deoxicolato, constituindo, assim, a anfotericina B convencional.

Dissolve-se essa apresentação em solução glicosada à 5%, formando-se uma solução coloidal apropriada para uso EV.

Page 17: Aula de antifúngicos

Anfotericina B

Apresentações lipídicas da Anfotericina B:

Reduzem os efeitos colaterais (toxicidade renal) ao serem administradas por via EV.

Anfotericina B Anfotericina B

dissolvida em incorporada

solução a lipossoma.

lipídica. (AmBisome)

( Intralipid )

Page 18: Aula de antifúngicos

Anfotericina B

Atividade contra:

Fungos: Histoplasma capsulatum, Paracoccidioides brasilienses, Cryptococcus neoformans, Coccidioides immitis, Candida albicans e outras espécies de Candida, Aspergillus fulmigatus e outras espécies de Aspergillus...

Protozoários: Leishmania donovani, Leishmania chagasi, Leishmania brasiliensis, Plasmodium falciparum e algumas amebas de vida livre.

Algas aclorofiladas: do gênero Prototheca.

Page 19: Aula de antifúngicos

Anfotericina B

Resistência:

A resistência adquirida à Anfotericina B é um

evento muito raro.

Como adquirem resistência:

Alterações na composição dos esteróis de

membrana, com diminuição ou ausência do

ergosterol.

Formação de esteróis modificados, com menor

afinidade pela anfotericina B.

Page 20: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Absorção:

A anfotericina B não é absorvida por via oral e sofre inativação no meio ácido do estômago.

Por via IM, sua absorção é mínima, não dando níveis sanguíneos úteis.

Uso tópico: é feito com cremes e pomadas contendo anfotericina B microcristalina.

Principal via de administração: via endovenosa, dissolvida em soro glicosilado a 5%. Essa administração é feita em infusão lenta, num período de 3 à 6 horas, afim de se evitar os efeitos colaterais decorrentes da toxicidade da droga.

Page 21: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e metabolismo

A Anfotericina B apresenta baixa difusão através

da barreira hematoencefálica.

Sendo assim, no caso de meningoencefalite por

fungos, deve-se administrar esse fármaco por via

intratecal, por punção lombar ou cisternal.

Page 22: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Difusão e Metabolismo:

A anfotericina B é organodepositária,

permanecendo na circulação em níveis terapêuticos

por 48 horas e sendo detectada no soro, em níveis

baixos, por vários dias após sua administração.

Sua meia vida sérica é de 15 dias.

Não atravessa bem a barreira hematoencefálica

normal.

Atravessa a barreira placentária.

Page 23: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Excreção:

Via principal de eliminação: rins

A insuficiência hepática e a insuficiência renal não

causam retenção importante do fármaco.

Page 24: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Interações Medicamentosas:

Qualquer adição de eletrólitos às soluções do antibiótico causa sua precipitação.

Ação sinérgica com flucitosina contra Candica albicans e Cryptococcus neoformans, o que permite a redução da dosagem da anfotericina B.

Com a rifampicina sua potência (da anfotericina B) aumenta contra alguns fungos.

As tetraciclinas em associação com a anfotericina B potencializa a ação desta última.

Em associação com corticosteróides, provoca hipopotassemia agravada.

Page 25: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Indicações Clínicas:

Paracoccidioidomicose grave.

Criptococose

Histoplasmose grave

Candidíase generalizada

Leishmanioses

Meningites e infecções sistêmicas por amebas de vida livre.

Para prevenir a infecção pulmonar ou invasiva por Aspergillus em pacientes neutropênicos submetidos à quimioterapia imunosupressora.

Page 26: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Efeitos Adversos:

É um dos antibióticos que mais causam efeitos adversos. São eles:

Irritação do endotélio vascular (flebite). As apresentações lipídicas são menos irritantes.

Mal-estar, cefaléia, calafrios, febre durante infusão EV do antibiótico.

A toxicidade da anfotericina B se manifesta em vários órgãos: aparelho renal, hemácias e coração (lesa a membrana citoplasmática da célula miocárdica, podendo causar morte por parada cardíaca se injetado rapidamente).

Page 27: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Efeitos Adversos:

Com o uso prolongado pode causar hipotensão

arterial, arritmias, anemia normocítica e normocrômica.

Hipotassemia, devido à permeabilidade aumentada

das células que perdem o potássio intracelular para o

sangue, ocorrendo sua excreção pela urina.

Nefrotoxicidade: principal ação tóxica da anfotericina

B. Provoca constrição vascular renal redução do

fluxo sanguíneo diminuição da filtração glomerular.

Page 28: Aula de antifúngicos

Farmacocinética e Metabolismo

Disponibilidade da droga:

São disponíveis no Brasil as apresentações da

anfotericina B na fórmula convencional, em

lipossomas e em dispersão coloidal.

A Anfotericina B na forma convencional, faz parte

da RENAME.

Page 29: Aula de antifúngicos

Nistatina

A nistatina é um antibiótico poliênico descoberto em 1950, extraído de culturas de Strptomyces noursei, pouco solúvel em água.

Grande espectro de ação contra leveduras.

É mais empregada em uso tópico: não é absorvida por via oral, e por via IM e EV é muito tóxica.

Devido à imediata ligação da

nistatina aos esteróis das membranas

das hemácias e células tissulares,

levando à sua destruição. Nistatina

Page 30: Aula de antifúngicos

Nistatina

Indicações:

Candidíase superficial, de pele e mucosa.

Além da forma tópica, apresenta-se também na forma de suspensão, sendo altamente eficaz no tratamento da candidíase oral.

Por via oral também é indicada para o tratamento da candidíase esofagiana e intestinal.

Candidíase vaginal, na forma de óvulos ou cremes vaginais; candidíase cutânea e periungueal, na forma de cremes, loções e pomadas.

Page 31: Aula de antifúngicos

Nistatina

Praticamente não causa efeitos colaterais com o uso

oral ou tópico, podendo, ocasionalmente ocorrer

quadros de dermatite atópica ou vômitos e

diarréia.

A nistatina faz parte da RENAME.

Page 32: Aula de antifúngicos

Partricina e Mepartricina

A partricina é ativa contra leveduras do gênero Candida e contra o protozoário Trichomonas vaginalis, agindo também sobre outros fungos.

Seu derivado éster-metílico, o mepartricina, mostra potência antimicrobiana maior e menor toxicidade do que a partricina e é o usado na clínica.

A mepartricina é insolúvel em água e não é absorvida por via oral, sendo somente utilizada sob a forma tópica, para o tratamento de candidíase e tricomoníase vaginal.

Page 33: Aula de antifúngicos

Antibiótico Antifúngicos Não-Poliênicos:

Equinocandinas

Equinocandinas são antibióticos lipopeptídeos obtidos originalmente de fungos da espécie Aspergillus nidulans.

Mecanismo de ação: inibem a síntese da glucana da parede celular dos fungos. Inibem especificamente a enzima glucana-sintase, a enzima que forma o polímero da glucana.

Podem ser obtidas por via semissintética.

Têm atividade antifúngica contra espécies de Candida, Torulopsis, Aspergillus e Histoplasma.

Page 34: Aula de antifúngicos

Caspofungina

Solúvel em água, utilizada na clínica, sobretudo para o tratamento de infecções por Candida e Aspergillus.

Não é absorvida por via oral e é administrada por via endovenosa.

É metabolizada no fígado, adrenal e baço e sua excreção se dá por via biliar.

Portanto, pode ser usada

em pacientes com

insuficiência renal.

Page 35: Aula de antifúngicos

Caspofungina

Sua tolerabilidade é boa e são mínimos os seus efeitos

adversos, manifestando-se por cefaléia, febre, flebite e

exantema cutâneo por liberação de histamina.

Quadros de hemólise e hepatotoxicidade são

observados com o emprego de doses elevadas.

Substâncias indutoras do metabolismo gepático

provocam pequena diminuição do nível sérico da

caspofungina.

Não é recomendado seu uso em paciente sob terapia

com ciclosporina, devido à soma da hepatotoxicidade.

Page 36: Aula de antifúngicos

Caspofungina

Indicações:

Aspergilose pulmonar e invasiva de seres humanos.

Candidíase sistêmica.

Histoplasmose por fungos resistentes ou em

pacientes com contraindicações para os antibióticos

poliênicos ou aos derivados azólicos.

Page 37: Aula de antifúngicos

Micafungina

É uma equinocandina que apresenta propriedades antifúngicas, mecanismo de ação e farmacocinética similar às da caposfungina.

Indicações: tratamento de infecções sistêmicas por Candida albicans, e outras espécies de Candida, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Candidemia. Candidíase esofágica.

Administração: dose única por via EV, em infusão.

Efeitos adversos: é muito bem tolerada, causando, raramente, diarréia, náuseas, vômitos, cefaléia, hipocalcemia e trombocitopenia.

Não deve ser utilizada em pacientes com hepatopatias prévias.

Page 38: Aula de antifúngicos

Anidulafungina

Também apresenta propriedades antigúngicas,

mecanismo de ação e farmacocinética similar às da

caspofungina.

Não é absorvida por via oral, devendo ser

administrada por via EV.

Sofre metabolização proteases e peptidades humanas,

e, dessa maneira, não acumula em pacientes com

insuficiência hepática, podendo ser utilizadas por estes.

Indicações: candidíase esofágica e peritoneal;

candidíase sistêmicas em pacientes não-neutropênicos.

Page 39: Aula de antifúngicos

Azóis

Classificação:

Imidazólicos Triazólicos

Page 40: Aula de antifúngicos

Azóis

Mecanismo de ação: 14-alfa-demetilase

LANOSTEROL ERGOSTEROL

Azóis

Os azóis agem por inibição da enzima 14-alfa-demetilase (citocromo P-450), sendo essa

enzima envolvida na conversão do lanosterol em ergosterol (principal esterol encontrado

na membrana das células fúngicas). Assim, há a inibição da síntese na membrana da

célula fúngica. Dependendo do organismo e do azólico específico, a inibição da síntese do

ergosterol resulta na inibição do crescimento da célula fúngica (fungiostático) ou na morte

celular.

Page 41: Aula de antifúngicos

Cetoconazol

Amplo espectro de ação: dermatófitos (Tricophyton, Epidermophyton, Microsporum), Malassezia fufur, Candida albicans, Crytococcus neoformans, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, Blastomyces dermatitidis, Pseudallescheria boydii e Paracoccidioides brasiliensis;

Não tem ação: Candida não-albicans, Aspergillus fumigatus, Rhizopus, Norcadia brasiliensis, Acremonium, Actinomadura;

Fungicida;

Apresenta alta ligação proteica (99%);

Distribuição adequada pelos líquidos e tecidos orgânicos, mas não atinge concentrações terapêutica no líquido cefalorraquidiano não usada no tratamento de meningite por fungos.

Page 42: Aula de antifúngicos

Cetoconazol

Não é administrado por via parenteral pouco solúvel em água;

Rapidamente absorvido por via oral necessita da acidez gástrica (pH igual ou inferior a 2);

Absorção prejudicada pela ingestão de alimentos ricos em carboidratos;

Efeitos adversos: náuseas, vômitos, desconforto abdominal, tonteiras, alopecia, diminuição da libido, erupção maculopapular e diarreia. Tratamentos prolongados > alterações hepáticas

Page 43: Aula de antifúngicos

Triazóis

1ª geração: Fluconazol e Itraconazol

Espectro de ação contra fungos filamentos e leveduras

Deficientes ação contra Aspergillus e outros fungos

oportunistas

2ªgeração: Voriconazol, Posoconazol e

Ravuconazol

Page 44: Aula de antifúngicos

Fluconazol

Amplo espectro de ação: Candida albicans, C. tropicalis, C.

glabrata e outras espécies de candida, Cryptococcus neoformans,

Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, Paracoccidioides

brasiliensis, dermatófitos

Não é ativo: fungos oportinistas (Aspergillus spp, Fusarium spp,

zigomicetos)

Via oral e parenteral

Boa penetração no líquido cefalorraquidiano e nos tecidos

Alta biodisponibilidade oral

Interações: menos efeitos nas enzimas microssômicas hepáticas.

Terfenadina: arritmias

Atividade fungistática contra a maioria dos fungos

leveduriformes

Page 45: Aula de antifúngicos

Fluconazol

Efeitos adversos: Baixa toxicidade

8%: náuses, cefaléias, vômitos e dor abdominal de pequena intensidade.

Transaminases elevadas

Indicações clínicas: dermatomicoses (candidíase, tinhas, ptiríase versicolor), candidíase oral, esofagiana, vulvovaginal e sistêmica, endocardite por Candida parapsilosis, histoplasmose, paracoccidioidomicose e infecções por Coccidioides immitis e Cryptococcus neoformans, inclusive mengite por esses fungos

Doses: 100 a 800 mg/ dia

Page 46: Aula de antifúngicos

Itraconazol

Antifúngico de escolha para doenças causadas pelos fungos dimórficos histoplasma, Blastomyces e Sporothrix; Psedallescheria boydii, Aspergillus, fungos patogênicos oportunistas geralmente resistente a Anfotericina B

Oral e endovenoso

Aumento da absorção pela presença de alimentos

Alta eficácia, mas possui biodisponibilidade reduzida

Utilização de ciclodextrana como molécula carreadora para aumentar a solubilidade e biodisponibilidade

Page 47: Aula de antifúngicos

Itraconazol

Interações: Rifampicina e fenitoína – redução dos níveis plasmáticos. Ciclosporinas – aumento da [ ] sérica

Efeitos adversos: náuseas, tonteiras, cefaléia, dor abdominal (5-8%). Raramente elevação das transaminases séricas e leucopenia

Contra-indicado: gestantes

Indicações clínicas: dermatofitoses, candidíase oral, cutânea e vaginal, candidíase monocutânea crônica, onicomicoses, esporotricose, histoplasmose e paraccidioidomicose

- Escolha para o tratamento da arpegilose

- Não é eficaz: criptococose e na candidíase urogenital

Page 48: Aula de antifúngicos

Voriconazol

1ª triazol de 2ª geração introduzido na clínica

Espectro de ação: excelente atividade contra espécies de Candida (incluindo espécies resistentes ao fluconazol – C. cruzei ) e contra fungos dimórficos. Espectro se assemelha com do itraconazol.

Oral e intravenoso

Boa biodisponibilidade

Ação fungicida sobre os fungis sensíveis

Interações: Fenitoína, rifampicina, ciclosporina e rifabutina – diminuição dos níveis séricos do voriconazol

Dose: 400 mg/dia

Page 49: Aula de antifúngicos

Voriconazol

Opções para o tratamento: aspergilose invasiva e infecções por fungos oportunistas em fungos imunocomprometidos;

Indicações clínicas: candidíase esofagiana e sistêmica resistente a outros antimicrobianos, aspergilose invasiva e infecções por Scedosporium apiospermum (Psedallescheria boydii) e Fusarium sp.

Efeitos adversos: Exantema, elevação das enzimas hepáticas e distúrbios visuais ( visão embaçada, alteração na visão para cores ou luminosidade).

Page 50: Aula de antifúngicos

Posoconazol

Atividade fungicida contra Candida,

Aspergillus, Cryptococcus e outros fungos que

tenham resistência ao Fluconazol;

Somente via oral, em suspensão oral (800 mg/

dia);

Resultados favoráveis: zigomicoses, fusariose e

infecções por Pseudallescheria boydii e

Candida não-responsivas a outros antifúngicos.

Page 51: Aula de antifúngicos

Antimetabólitos

FLUCITOSINA

Mecanismo de ação: a flucitosina é captada

pelas células fúngicas através na enzima citocina

permease. No interior da célula, é convertida em

fluoruracila (5-FU) e, a seguir em monofosfato de 5-

fluorodesoxiuridina (FdUMP) e trifosfato de

fluoruridina (FUTP), que inibem a síntese de DNA e

RNA, respectivamente.

Flucitosina

Citocina

permease

5-FU FdUMP

FUTP

DNA

RNA

Page 52: Aula de antifúngicos

Flucitosina

Espectro de ação: Cyptococcus neoformans, algumas espécies de

Candida e fungos dematiáceos que causam cromoblastomicose

Não é usada como monoterapia – apresenta sinergismo com

outras substâncias (Anfotericina B) > evitar desenvolvimento de

resistência

Indicações clínicas: criptococose, candidíse sistêmica e cromicose

Dose: 100 a 150 mg/kg/ dia

Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, sonolência e

cefaleia. Anemia, leucopenia e trombocitopenia (depressão

medular)

Contra-indicações: gestantes e pessoas com comprometimento

renal

Page 53: Aula de antifúngicos

Terbinafina

Indicações clínicas: dermatofitoses (tinhas das mãos, pés, corpo), ptiríase versicolor e oncomicoses, utilizadas por via oral ou tópica. Candidíase cutânea sob forma tópica;

Dose: 250 mg/dia;

Efeitos adversos: raros e são cefaléia e desconforto gastrointestinal;

Parece não afetar o citocromo P-450;

Apresentações comerciais: comprimidos com 125 e 250 mg, spray, gel e creme para uso tópico.

Page 54: Aula de antifúngicos

Alilaminas

TERBINAFINA

Mecanismo de ação: inibe a síntese do ergosterol da membrana citoplasmática dos fungos sensíveis e provoca o acúmulo do esqualeno (precursor do lanosterol) no interior da célula

Ação fungicida

Espectro de ação: dermatófitos ( Tricophyton, Epidermophyton) e a Malassezia Fufur e pequena ação contra espécies de Candida

Via oral

Alcança altas concentrações em tecidos adiposos, pele, cabelos e unhas (medicação ceratofílica)

Page 55: Aula de antifúngicos

Griseofulvina

Antibiótico não-poliênico, derivado de espécies de Penicillium

Mecanismo de ação: interfere, desorganizando, o sistema de microtúbulos do fuso mitótico

Efeito fungistático contra dermatófitos e ação contra fungos quitinosos através da inibição da síntese da parede celular das hifas

Indicações clínicas: dermatofitoses causadas por Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum

Via oral , administrada na forma microcristalina (1g/dia)

Se deposita nas células queratinizadas da pele, cabelo e unhas

Não possui ação contras os agentes da histoplasmose, crocomicose e outras micoses profundas

Page 56: Aula de antifúngicos

Griseofulvina

Efeitos adversos: cefaléia, náuseas, vômitos,

manifestações alérgicas e fotodermatite e

hepatite;

Interações: anticoagulantes, bebidas alcoolicas

(reação do dissulfiram), anticoncepcionais orais

e fenobarbital;

Contra-indicação: pacientes com insuficiência

hepática.

Page 57: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Tolnaftato

• Sintetizado em 1960 ( 1º composto químico sintético com ação antifúngica para uso tópico)

• Mecanismo de ação: ação antimicótica por interferir na síntese de ácidos graxos que compoem a menbrana celular lipídica dos fungos

• Ativo contra: Dermatófitos (Tricophyton, epidermophyton, microsporum) e a malassezia furfur

• Não tem ação contra bactérias nem leveduras (inativo contra candida)

• Empregado em aplicações duas ou três vezes ao dia por um prazo de uma semana, dependendo da duração do tratamento.

• Apresentada em cremes e pomadas associados à betametasona

Page 58: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Ciclopirox Olamina

Agente antifungico de amplo spectro de ação pertencente à classe química

das hidroxipiridonas.

Ação contra fungos prevalentes nas micoses superficiais agindo contra dermatófitos , malassezia furfur e sobre espécies de candida.

Boa penetração na pele sob forma de creme.

Aplicação duas vezes ao dia por períodos de 2 a 4 semanas.

Usado no tratamento da candidíase vaginal, em aplicação tópica e sob a forma de esmalte de unha para as onicomicoses.

Page 59: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Amorolfina Antifúngico da classe de medicamentos morfolínicos.

Ação fungistática tópica, sendo eficaz por via sistêmica devido ao seu rápido metabolismo.

Idicada no tratamento das dermatofitoses, candidíase cutaneomucosa e pitiríase versicolor.

No Brasil é apresentada sob a forma de creme.

Aplicações semanais

Page 60: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Sulfeto de selênio

Substância de ação queratolítica facilitando a descamação das células queratinizadas do epitélio córneo

Utilizada na terapia da dermatite seborreica e da pitiríase versicolor sob a forma de xampu

Usado diariamente por cerca de uma semana sendo recomendável o seu uso uma ou duas vezes por semana

Hipossulfito de sódio

Eficaz no tratamento da pitiríase versisolor

Deve ser aplicado topicamente na pele duas vezes ao dia durante 3 ou 4 semanas

Medicamento deve ser formulado. Porém cheiro desagradável

Page 61: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Ácido salicílico e Ácido benzóico Antissépticas fracas com ação queratolítica e antisseborreica

Provoca descamação e remoção da camada córnea da pele( mais util a ação de medicamentos aplicados topicamente

Indicado em quadros dermatológicos com hiperqueratose e são utilizados na quimioterapia de micoses superficiais em associação com drogas antimicóticas.

Pode ser encontrados em cremes, pomadas e soluções.

Sua principal utilização é na preservação de alimentos devido à sua atividade bacteriostática e fungistática( desprovido de sabor).

Page 62: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Hipoclorito de sódio

Age pela liberação do cloro ( antisséptico fraco)

Está superada devido à pequena eficácia e por provocar a dissolução do coágulo sanguíneo

Pode causar efeitos tóxicos em ferimentos extensos

Água sanitária: solução de hipoclorito de sódio com pequena porção de hidróxido de sódio.

Cobre

Bactericida (principalmente estfilococos)

Sulfato de cobre e sulfato de zinco ( antimicrobianos ,adstringentes e deesodorizantes)

Tratamento de feridas e eczemas infectados, infecções fungicas agudas e piodermites.

Page 63: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Ácidos undecilênico, propiônico e capróico Ácidos graxos de ação fungistática sobre dermatófitos.

Tratamento tópico de micoses superficiais a pele em apresentações contendo outras substâncias associadas.

Tratamento de tinea pedis. Porém, infecção fúngica persiste.

Sem valor no tratamento da tinea capitis.

Igualmente no tratamento do herpes simples labial.

Page 64: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Permanganato de potássio Agente oxidante que atua como antisséptico pela liberação do oxigênio oxidando

enzimas celulares

Age também nas células do hospedeiro

Ação antifungica e antibacteriana

Tratamento de lesões dermatológicas úmidas, sejam feridas infectadas, lesões ulceradas eczemas e vesículas e bolhas de causa bacteriana, micótica, viral ou alérgica.

Utilizado sob forma de compressas ou banhos em concentrações durante 20 a 30 minutos 2 a 3 vezes ao dia.

Apresentado em pastilhas ou em pó (diluição no momento de uso)

Page 65: Aula de antifúngicos

Quimioterápicos antifúngicos de ação

tópica

Violeta de genciana

Corante com ação tóxica celular

Via oral na terapêutica de estrongiloisíase, enterobíase e clonorquíase

Via tópica em feridas com infecções bacterianas

Profilaxia da transmissão da doença de chagas( adicionada ao sangue para transfusão em situações de risco)

Uso sucessivo produz irritação local e dificulta a regeneração tissular (interfere na formação do colágeno)

Pigmentação azul duradoura (mascarar a evolução da infecção)

Page 66: Aula de antifúngicos

Mecanismos de resistência aos agentes

anifúngicos

Não há evidências de que os fungos são capazes

de destruir ou modificar os agentes antifúngicos

como meio de adquirir resistência, e nem transmitir

genes de resistência de uma célula a outra como

ocorre com as bactérias.

Porém, é sabido que bombas de efluxo

multidrogas, alterações do alvo, e acesso reduzido

aos alvos dos medicamentos são mecanismos

importantes de resistência a agentes antifúngicos

Page 67: Aula de antifúngicos

Polienos e anfotericina B

O mecanismo de resistência `a anfotericina pode ser devido a alterações qualitativas e quantitativas na célula fúngica.

Mutantes de anfotericina B resistentes (Candida spp. E Cryptococcus spp.) já mostraram ter conteúdos reduzidos de ergosterol, substituição de esteróis de ligação polieno (ergosterol) por outros que ligam menos (fecosterol), ou proteção do ergosterol por fatores estéricos e termodinâmicos que torna a ligação com os polienos impedida.

Resistência primária pode ser observada, mas a maioria da resistência à anfotericina B entre Candida spp. é secundária a exposição ao medicamento durante a terapia. Resistência em Cryptococcus spp. é rara. Aspergillus terreus – resistente.

Page 68: Aula de antifúngicos

Azólicos

A resistência primária aos azólicos (fluconazol) são raras em casos de Candida spp. e Cryptococcus spp. Um pequeno número de Aspergillus spp. demonstram resistência a alguns medicamentos da classe;

Os mecanismos de resistência podem ser devido a uma modificação na quantidade ou qualidade das enzimas-alvo (lanosterol 14α-demetilase), acesso reduzido da droga ao alvo, ou uma combinação desses mecanismos. A indução da expressão dos genes que codificam bomba de efluxo do tipo facilitador leva resistência a fluconazol e expressão de genes dos transportadores ATP-binding cassete leva resistência a múltiplos azólicos.

Page 69: Aula de antifúngicos

Equinocandinas

Equinocandinas demonstram potente atividade fungicida mesmo contra cepas azólicos-resistentes de Candida spp. Não existem casos de Aspergillus spp. não susceptíveis.

Mecanismo de resistência à caspofungina, caracterizado em laboratório em mutantes de C. albicans, é um complexo enzimático de síntese de glucana alterada . Isto é devido a uma mutação no gene FSK1 responsável por codificar a proteína de membrana integral que é a subunidade catalítica deste complexo enzimático. Esta mutação gera cepas resistentes a todas as equinocandinas, mas são susceptíveis a polienos e azólicos.

Page 70: Aula de antifúngicos

Flucitosina

Em isolados de Candida spp. e Cryptococcus spp. é incomum resistência primária, mas a secundária é bem documentada durante monoterapias;

A resistência pode se desenvolver devido à diminuída captação da droga (perda da atividade de permease) ou por perda da atividade enzimática necessária para converter a flucitosina em citosina deaminase e ácido 5-fluoridilíco (FUMP). A uracil fosforibosiltransferase, outra enzima na via da pirimidina, também é importante na formação do FUMP, e a perda de sua atividade é suficiente para gerar resistência.

Page 71: Aula de antifúngicos

Alilaminas

Falhas no tratamento com terbinafina e naftifina

podem ocorrer, mas nunca se constatou-se com

certeza que foi por resistência dos patógenos. Tem-

se demonstrado que a bomba de efluxo CDR1

pode usar a terbinafina como um substrato,

sugerindo que a resistência mediada por efluxo às

alilaminas é uma possibilidade.

Page 72: Aula de antifúngicos

Fatores clínicos que contribuem para a

resistência

A terapia antifúngica pode falhar clinicamente, apesar do fato de a droga utilizada ser ativa contra o fungo infectante. A interação complexa do hospedeiro, a droga e o patógeno fúngico pode ser influenciada por uma ampla variedade de fatores, incluindo o estado imune do hospedeiro, o local e a gravidade da infecção, presença de corpo estranho, a atividade da droga no local da infecção, a dose e a duração da terapia, e a aderência do paciente ao tratamento. Deve ser reconhecido a presença de neutrófilos, o uso de drogas imunomoduladoras, infecções concomitantes, procedimentos cirúrgicos, idade e condição nutricional do hospedeiro podem ser mais determinantes que a capacidade do antifúngico .

Page 73: Aula de antifúngicos

Combinação de Agentes Antifúngicos

no Tratamento de Micoses

Obter melhor resultado clínico;

Sinergismo.

Page 74: Aula de antifúngicos

Mecanismos

Inibição de diferentes estágios da mesma via

bioquímica. Ex.: terfenabina e azólico;

Penetraçao aumentada. Ex.: anfotericina B e

flucitocina;

Inibição do transporte de um agente para fora da

célula por outro agente;

Inibição simultânea de diferentes alvos da célula

fúngica.Ex.: Caspofungina e azólico.

Page 75: Aula de antifúngicos

Micoses Superficiais

Camadas queratinizadas

Assintomáticas

Fáceis de diagnosticar e tratar

Page 76: Aula de antifúngicos

Pitiríase Versicolor

Infecção fúngica superficial

Agente etiológico: Malassezia

spp.

Regiões tropicais e

subtropicais

Manifestações: Manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores.

Page 77: Aula de antifúngicos

Tratamento

Agentes Tópicos

O agente mais freqüentemente usado é o sulfeto

de selênio 2,5% a 5% na forma de xampu

aplicado uma vez ao dia. O tratamento deve ser

realizado durante período que varia de sete a

14 dias ou mais, algumas vezes indefinidamente.

Tópicos azóis: tem a mesma eficácia no

tratamento da PV. Mais estudado: cetoconazol

creme

Page 78: Aula de antifúngicos

Tratamento

Agentes Sistêmicos

Cetoconazol: 200mg/dia por 10 dias. A taxa de cura é alta (de 90 a 100%). Existe risco de hepatotoxicidade.

Fluconazol: 150mg/semana por três semanas.

Itraconazol: 200mg/dia por sete dias. Trata-se de uma droga bem tolerada. Quando há indicação para uso prolongado, mais de sete dias, alguns efeitos gastrointestinais podem manifestar-se. Cefaléia, náusea e dor abdominal.

Page 79: Aula de antifúngicos

Tinea nigra

Agente etiológico: Hortaea

werneckii

Condição tropical ou subtropical

Inoculação traumática do fungo

Crianças e jovens adultos,

especialmente mulheres

Hifas demáceas de Hortaea

wernickii

Page 80: Aula de antifúngicos

Tinea nigra

Mácula isolada, pigmentada,

irregular na palma das mãos

ou planta dos pés

Não é contagiosa

Assintomática e sem

reação

Page 81: Aula de antifúngicos

Tratamento

Pomada de Whitfield: ácido salicílico, ácido

benzóico e base pomada de propilenoglicol

Cremes com azólicos

Terbinafina

Page 82: Aula de antifúngicos

Piedra Branca

Agente etiológico: Trichosporon: T.

inkin, T. asahii, T. cutaneum.

Regiões tropicais e subtropicais

Relacionada a falta de higiene

Pelos região inguinal e axilas

O fungo fica ao redor da haste do

pelo e forma nódulos ao longo do

pelo

Page 83: Aula de antifúngicos

Tratamento

Melhora da higiene

Depilação dos pelos infectados

Azólicos tópicos

Page 84: Aula de antifúngicos

Piedra Preta

Agente etiológico: Piedraia hortae

Afeta pelos, principalmente couro

cabeludo

Áreas tropicais da América Latina e

África

Relacionada a falta de higiene

Nódulos pequenos e escuros ao redor da

haste do pelo

Tratamento: Corte de cabelo e lavagens

regulares

Page 85: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Dermatofitose : Se refere a um complexo de doenças causadas por quaisquer das várias espécies de fungos filamentosos taxonomicamente relacionados nos gêneros:Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton.

Microsporum Canis. Macronídeos seta

preta e microconídeos seta vermelha.

Epidermophyton floccosum

Page 86: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Estes possuem habilidades em causar doenças em

humanos e/ou animais, todos tem em comum a

habilidade de invadir a pele, pêlos e unhas. São

queratinofílicos e queratinolíticos.

Nas infecções de pele,os dermatófitos invadem

somente a camada superior e mais externa da

epiderme,o estrato córneo.Sendo que os pêlos e

unhas tem somente as camadas queratinizadas

invadidas.

Page 87: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Clinicamente as tinhas são classificadas de acordo

com o local anatômico ou a estrutura afetada:

Tinha capitis do couro cabeludo,sobrancelha e cílios

Tinha barbae

Tinha corpus pele gabra ou macia

tinha cruris da região inguinal

tinha pedis do pé

tinha unguium da unha

(6)

(2)

(1)

Page 88: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Epidemiologia: As espécies de dermatófitos que são consideradas antropofílicos tendem a causar infecções relativamente não inflamatórias,crônicas que são difíceis de curar.

Em contraste dermatófitos zoofílicos e geofílicos tendem a provocar uma intensa reação no hospedeiro causando lesões altamente inflamatórias respondendo bem a terapia.Em alguns casos essas lesões curam-se espontaneamente.

Page 89: Aula de antifúngicos
Page 90: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Trasmissão : Pode ser adquirida pela trasferência

de artroconídios ou hifas, ou material queratínico

contendo elementos doe um hospedeiro infectado a

outro hospedeiro não infectado e sucetível.A

infecção pode ser tanto por contato direto quanto

indireto via fômites.

Page 91: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Síndromes clínicas : Dependem da espécie

de dermatófito,quantidade do inoculo,o local

da infecção,e a condição himune do

hospedeiro. O padrão clássico é a presença

de um anel de escamação inflamatória com

diminuição da inflamação em direção ao

centro da lesão.

Manchas elevadas de alopécia

com eritrema e escamação

Pápulas,pustula e

vesículas.Inflamaçã o severa

envolvendo a haste do pêlo

unhas grossas,descoloridas,elevadas,friáveis e deformadas

unhas grossas,

descoloridas,

elevadas,friáveis

e deformadas

Page 92: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Diagnóstico :Pode ser realizado por microscopia direta de amostras da pele, pêlos e unhas, e no isolamento dos organismos em culturas.

Page 93: Aula de antifúngicos

Micoses cutâneas

Tratamento: As infecções dermatofídicas localizadas e que não afetam pêlos e unhas podem ser tratadas efetivamente por agente tópicos. Os agentes tópicos incluem:

Azólicos(miconazol,clotrinazol,econazoltioconazol e itraconazol), terbinafina e haloprogina. A pomada de whitfield (ácido salicílico e benzóico) é um agente opcional.

Angentes anti-fúngicos orais: griseofulvina, itraconazol, fluconazol e terbinafina.

Page 94: Aula de antifúngicos

Micoses Subcutâneas

Patógenos fúngicos podem produzir lesões

subcutâneas como parte de seu processo

patológico;

São introduzidos de maneira traumática

através da pele e tendem a envolver

camadas mais profundas da pele, tecido

subcutâneo e osso;

Curso clínico crônico e insidioso;

Page 95: Aula de antifúngicos

Infecções refratárias à maioria da terapia antifúngica;

São comumente isolados do solo, de madeira, , ou de

vegetação em decomposição;

Exposição é geralmente ocupacional ou relacionada a

passatempos (Jardinagem, trabalho com madeira).

Page 96: Aula de antifúngicos

Principais infecçoes fungicas

Subcutâneas

Esporotricose linfocutânea

Cromoblastomicose

Micetoma eumicótico

Zigomicose subcutânea

Feohifomicose subcutânea

Obs: Embora a Esporotricose linfocutânea seja causada por um só patógeno fúngico( Sporothrix schenkii) as outras micoses são síndromes clínicas causadas por múltiplas etiologias fúngicas.

Page 97: Aula de antifúngicos

Esporotricose Linfocutânea

Caracteristicas gerais:

Causada pelo Sporothrix schenckii ( fungo dimórfico, filamentoso e leveduras)

Infecção crônica caracterizada por lesões nodulares e ulcerativas

Em tecido é uma levedura pleomórfica( esféricas, ovais ou alongadas)

As formas de levedura são raramente observadas no exame histopatológico.

Page 98: Aula de antifúngicos

Esporotricose Linfocutânea

Epidemiologia e Sindromes Clínicas

Geralmente esporádica e mais comum em climas mais quentes ( Japão, Mexico, Brasil, Uruguai, Peru, Colombia).

Surto relacionados ao trabalho em floresta, minerção e jardinagem.

Infecção associada a inoculação traumática de solo, vegetais ou matéria orgânica contaminada com o fungo.

Local da infecção aparece como um nódulo pequeno, podendo ucerar.

Cerca de 2 semanas depois nódulos linfáticos aparecem em uma cadeia linear de nódulos subcutâneos indolores que se estendem ao longo do curso da drenagem linfática da lesão primária

Lesões cutâneas primárias lembram grosseiramente um processo maligno com carcinoma de células escamosas.

Page 99: Aula de antifúngicos

Esporotricose Linfocutânea

Diagnóstico laboratorial e Tratamento

Cultura do pus ou tecido infectado ( crescimento em 2 a 5 dias nas

condições ideais);

Confirmação se estabelece na conversão da fase filamentosa em levedura;

Teste exoantígeno;

Iodeto de potássio( tratamento clássico) , via oral. Vantagem de eficácia e baixo custo;

Itraconazol, terbinafina e Fluconazol. Este ultimo só pode ser usado se o paciente não tolerar os outros agentes;

Remissão espontânea rara.

Page 100: Aula de antifúngicos

Cromoblastomicose

Caracteristicas gerais

Infecção crônica caracterizada por nódulos ou placas verrucosas de crescimento lento;

Comumente observada nos trópicos ( calor e umidade);

Se associam a falta de calçados protetores e roupas predispõe a inoculação direta com solo ou matéria orgânica infectada;

Fungos associados: Gêneros Fonsecaea, Cladosporium, Exophiala, Cladophialophora, Rhinocladiela e Phialophora ( Fungos pigmentados, demáceos).

Page 101: Aula de antifúngicos

Cromoblastomicose

Diagnóstico Laboratorial e Tratamento

Achados histopatológicos das células muriformes castanhas e

isolamento em cultura de um dos fungos causais;

Não a testes sorológicos disponíveis;

Tratamento geralmente ineficaz devido ao estágio avançado da infecção no momento da apresentação;

Itraconazol e Terbinafina 1ª escolha . Posoconazol usado com sucesso moderado;

Agentes combinados com flucitosina em casos refratários;

Carcinoma de células escamosas podem se desenvolver em lesões de longa duração.

Page 102: Aula de antifúngicos

Cromoblastomicose

Epidemiologia e Síndromes Clínicas Afetam pessoas que trabalham em áreas rurais dos trópicos

Agentes etiológicos crescem em plantas silvestres e no solo

Infecções comuns a exposição ocupacional (pernas e braços)

Não a relatos de transmissão pessoa a pessoa

Tende a ser Crônica, pruriginosa, progressiva, indolores e resistente ao tratamento

Variam de lesões verrugosas( semelhante a uma couve-flor) a placas planas

Lesões satélites secundárias devido a autoinoculação

Membro grosseiramente distorcido devido à fibrose e ao linfoedema secundário

Page 103: Aula de antifúngicos

Micetoma Eumicótico

Características gerais

Causados por fungos verdadeiros causados por actiomicetos aeróbicos;

Ocorre nos trópicos;

Definido clinicamente por processo infeccioso localizado, crônico e granulomatoso;

Formação de multiplos granulomas e abscessos (agregados de hifas fúngicas);

Processo pode ser extenso e deformativo, com destruição do musculo , tecido conjuntivo e ossos ;

Agentes fungicos: Phaeoacremonium, Curvularia, Fusarium, Masurella, Exophiala, Pyrenochaeta, Leptosphaeria e espécies de Scedosporium.

Page 104: Aula de antifúngicos

Micetoma Eumicótico

Epidemiologia e Síndromes Clínicas Áreas tropicais com baixos índices pluviométricos ( África e Índia);

Tem sido observado também no Brasil, Venezuela e no oriente médio;

Infecção via implantação percutânea traumática do agente etiológico em partes expostas do corpo( pés e mãos principalmente);

Afetam mas homens que mulheres e não são contagiosos;

Infecção de longa duração semelhante cromoblastomicose;

Enquanto se desenvolve a área afetada aumenta gradualmente e se torna desfigurada;

Infecção comumente rompe planos teciduais e destrói localmente, o músculo e osso.

Page 105: Aula de antifúngicos

Micetoma Eumicótico

Diagnostico laboratorial e Tratamento Demonstração de grãos ou grânulos;

Biópsia cirúrgica profunda;

Visualizados microscopicamente por montagem em KOH 20%;

Tratamento geralmente sem sucesso (resposta geralmente fraca a anfotericina B, cetoconazol ou itraconazol). Porém pode diminuir o curso da infecção;

Respostas promissoras para terbinafina, voriconazol e posaconazol;

Amputação é o único tratamento definitivo.

Page 106: Aula de antifúngicos

Zigomicose Subcutânea

Características gerais Também conhecida como entomoftoromicose;

Causada por zigomicetos da ordem Entomophtorales ( Conidiobolus coronatus e basidiobolus ranarum);

Diferem por ocasionar infecções com diferentes localizações anatômicas;

Resposta inflamatória é granulomatosa e rica em eosinófilos.

Page 107: Aula de antifúngicos

Zigomicose Subcutânea

Epidemiologia e Síndromes Clínicas

Comumente na África e em extensão menos na Índia( com relatos no Oriente Médio, Ásia e Europa );

Relatos de infecções por Conidiobolus coronatus na América latina;

Ocorre por implantação traumática do fungo nos tecidos subcutâneos das coxas, nádegas e tronco;

Atinge principalmente crianças e mais homens do que mulheres;

Infecções por C. coronatus ocorrem por inalação dos esporos fungicos que invadem os tecidos da cavidade nasal, seios paranasais e tecidos moles faciais;

Ela é observada predominantemente em adultos jovens e em crianças são raramente afetadas;

Massas discoides, flexiveis e móveis que podem ser muito grandes e localizadas no ombro, na pelve, nos quadris e nas coxas podendo ucerar;

Tumefação firme e indolor evidente da parte superior do lábio ou da face. Pode envolver a ponte nasal epartes superior e inferio da face( C. coronatus).

Page 108: Aula de antifúngicos

Zigomicose Subcutânea

Diagnóstico Laboratorial e Tratamento Biópsia;

Zonas focais de inflamação com eosinófilos e hifas zigomicóticas típicas;

Os dois tipos de infecção podem ser tratados com Itraconazol;

Alternativamente se tem usado iodeto de potássio via oral;

Cirurgia facial reconstrutiva pode ser necessária no caso de infecção por C. Coronatus;

Extensa fibrose permanece após erradicação do fungo;

Extensão intracraniana não ocorre.

Page 109: Aula de antifúngicos

Micoses Sistêmicas devidas a Fungos

Dimórficos

Os fungos dimórficos são organismos que existem na forma de

fungo filamentoso na natureza ou em laboratório, quando cultivados

entre 25°C e 30°C e na forma de levedura ou esférula em tecido,

ou quando cultivados em meios enriquecidos em laboratório a 37°C.

Page 110: Aula de antifúngicos

Micoses Sistêmicas

Os organismos desse grupo são considerados patógenos sistêmicos primários devido às suas habilidades em causar infecção em hospedeiros sadios e imunocomprometidos e por suas propensões em envolver as vísceras após a disseminação do fungo a partir dos pulmões depois de sua inalação da natureza;

Esses organismos são conhecidos como patógenos endêmicos e a infecção gerada por esses fungos é adquirida pela inalação de esporos de um ambiente e localização geográfica específica.

Page 111: Aula de antifúngicos

Blastomicose

- Blastomyces dermatitidis;

- Muitas infecções se originam na região

- sudeste dos EUA. Também em outras partes

- do mundo ,

- incluindo África, Europa e Oriente Médio;

- Infecção adquirida após a inalação de conídios;

- Não é transmitida de paciente para paciente;

- A doença pode se apresentar como doença

- pulmonar ou extrapulmonar disseminada (pele, osso,

- sistema genitourinário, SNC);

Page 112: Aula de antifúngicos

Blastomicose

A infecção mais grave lembra a pneumonia bacteriana com início agudo, febre alta, infiltrados lobares e tosse;

Uma forma clássica de blastomicose é o envolvimento cultâneo, resultado da disseminação hematogênea do pulmão. São geralmente, indolores e localizadas em áreas expostas, como face, couro cabeludo, pecoço e mãos.

Page 113: Aula de antifúngicos

Blastomicose - Tratamento

O tratamento deve levar em consideração a gravidade da doença, a condição imune do paciente e a toxicidade dos agentes antifúngicos;

Pacientes imunocomprometidos, com evidência de disseminação hematogênea (p. ex., pele, osso) ou pacientes com doença pulmonar progressiva, devem receber terapia antifúngica;

A anfotericina B é o agente de escolha no tratamento da doença meníngea ou com risco à vida. Doença branda ou moderada pode ser tratada com itraconazol. O fluconazol pode ser uma alternativa para pacientes incapazes de tolerar o itraconazol.

Page 114: Aula de antifúngicos

Coccidioidomicose

Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii;

Causada pela inalação de antroconídios infecciosos;

A coccidioidomicose é endêmica no sudoeste desértico dos EUA, norte do México e em áreas dispersas da América Central e do Sul;

A coccidioidomicose primária pode ser assintomática ou semelhante a um resfriado com sintomas de tosse dor toráxica e perda de peso;

Page 115: Aula de antifúngicos

Coccidioidomicose

Em pacientes sintomáticos por 6 semanas ou mais a doença progride para a cocodioidomicose secundária pode incluir nódulos, doença pulmonar progressiva, disseminação;

Os sítios extrapulmonares da infecção incluem pele, tecidos moles, ossos articulações e meninges;

Page 116: Aula de antifúngicos

Coccidioidomicose – Tratamento

A maioria das pessoas com coccidioidomicose primária não necessita de terapia antifíngica específica;

Os pacientes imunossuprimidos ou outros com pneumonia difusa devem ser tratados com anfotericina B seguida por um azólico (fluconazol ou itraconazol) como terapia de manutenção – pelo menos1 ano de terapia;

Infecções disseminadas extrapulmonares não meníngeas se baseia na terapia por azólico via oral com fluconazol ou itraconazol;

A cocidioidomicose meníngea é tratada com administração de fluconazol ou itraconazol (escolha secundária) indefinidamente. Em caso de fracasso com azólico deve ser feito a administração de anfotericina B intratecal.

Page 117: Aula de antifúngicos

Histoplamose

Histoplasma capsulatum;

Localiza-se em regiões amplas dos vales dos rios Ohio e Mississipi, nos EUA, e ocorre por todo o México e Américas Central e do Sul;

Infecção é adquirida pela inalação de microconídios;

Encontrado em áreas contaminadas com excreto de pássaros ou morcegos (solos ricos em nitrogênio);

Page 118: Aula de antifúngicos

Histoplamose

A forma autolimitada de histoplasmose aguda é marcada por sintomas de resfriado com febre, calafrios, cefaléia, tosse e dor toráxica;

A doença disseminada pode seguir o curso crônico (perda de peso, fadiga, ulceras orais), subagudo (febre, mal-estar, úlceras orofaríngeas) e aguda (hipotensão, úlceras gastrointestinais, meningite, endocardite).

Page 119: Aula de antifúngicos

Histoplamose – Tratamento

Muitas infecções agudas pulmonares se resolvem com cuidados assistenciais e não necessitam de antifúngicos. Exceto pacientes imunocomprometidos devem receber tratamento com itraconazol;

Em caso de histoplasmose pulmonar aguda grave deve ser administrado anfotericina B seguida por itraconazol via oral para completar o curso de 12 semanas;

Na histoplasmose pulmonar crônica é recomendado anfotericina B seguida por itraconazol por 12 a 24 meses;

A hitoplasmose disseminada, em geral, responde bem a anfotericina B;

A histoplasmose no SNC a terapia de escolha é a anfotericina B seguida por 9 a 12 meses.

Page 120: Aula de antifúngicos

Paracoccidioidomicose

Paracoccidioides brasiliensis;

É a principal infecção fúngica endêmica dimórfica nos países da América Latina;

A maior incidência é observada no Brasil;

Porta de entrada pela via inalatória;

Muitos pacientes com doenças clinicamente aparente vivem em áreas rurais e têm contato próximo com o solo;

Page 121: Aula de antifúngicos

Paracoccidioidomicose

A paracoccidioidomicose pode ser subclínica ou progressiva com formas pulmonares aguda ou crônica, ou formas disseminadas aguda, subaguda, ou crônica da doença;

A doença progride lentamente por meses a anos com tosse persistente, escarro, dispinéia e febre;

As localizações extrapulmonares proeminentes incluem pele, mucosa, linfonodos, fígado, baço, SNC e ossos.

Page 122: Aula de antifúngicos

Paracoccidioidomicose- Tratamento

O itraconazol é o tratamento de escolha na maioria das formas da doença e, geralmente, deve ser dado por, pelo menos, 6 meses;

As infecções mais graves ou refratárias podem requerer terapia com anfotericina B acompanhada por terapia com itraconazol ou sulfonamida;

Recaídas são comuns com a terapia por sulfonamida, e a dose e duração requerem ajustes baseados em parâmetros clínicos e micológicos.

Page 123: Aula de antifúngicos

Micoses Oportunistas

O ser humano possui uma microbiota natural e está

constantemente exposto à fungos com baixa

virulência;

Em condições normais esses fungos não causam

patogenia;

Como seria de esperar, numa situação de

debilitação ou imunossupressão o ser humano torna-

se susceptível a certas infecções por fungos.

Page 124: Aula de antifúngicos

Micoses oportunistas

Ou seja, a maioria dos tipos de micoses

oportunistas são endógenas: provindas do próprio

paciente;

Estas infecções têm vindo a tornar-se cada vez mais

frequente devido a um aumento do número de

indivíduos imunodeprimidos, quer seja devido a

transplantes, radioterapia, quimioterapia ou mesmo

a AIDS.

Page 125: Aula de antifúngicos

Candidíase

Candida spp.

Quarta causa mais comum de infecções sanguíneas

e nosocomiais (adquiridas nos hospitais) superando

qualquer Gram negativo;

Há mais de 100 espécies de Candida, mas só

algumas são mais frequentes em infecções clínicas

(quadro).

Page 126: Aula de antifúngicos

Candidíase

Page 127: Aula de antifúngicos

Candidíase

Morfologia:

São leveduras ovaladas;

Formam colônias lisas, cremosas e convexas, mas algumas podem sofrer alteração de fenótipo e se apresentarem com colônias “felpudas” com hifas e pseudo-hifas;

O que pode explicar a sobrevivência da Candida, princiapalemente a C. albicans em diferentes microambientes do nosso corpo.

Page 128: Aula de antifúngicos

Candidíase - Síndromes Clínicas

Candidíase Muco-Cutânea Crónica (CMC)

É um grupo heterogêneo de síndromes clínicas

caracterizadas por infecções superficiais crónicas

da pele, unhas, orofaringe por Candidas resistentes

ao tratamento. O hipoparatiroidismo,

hipoadrenalismo, hipotireoidismo e presença de

anticorposauto-imunológicos circulantes foram

associadas à CMC.

Page 129: Aula de antifúngicos

Candidíase - Síndromes Clínicas

Candidíase Disseminada

É geralmente propagada pela corrente sanguínea,

podendo por isso envolver muitos órgãos.

Candidíase Oral

Está associado a doentes que tenham feito

antibioticoterapia de largo espectro, tratamento

com corticoesteróides, podendo ainda ser uma

doença indicadora de AIDS.

Page 130: Aula de antifúngicos

Candidíase

As infecções de sítios genitais, cutâneos e orais quase sempre envolvem C. albicans.

Page 131: Aula de antifúngicos

Candidíase – Infecções mais comuns

Page 132: Aula de antifúngicos

Candidíase – Infecções mais comuns

*

Page 133: Aula de antifúngicos

Candidíase – Tratamento

Infecções mucosas e cutâneas podem ser tratadas

com agentes tópicos à base de azólicos e se

precisar usar terapia sistêmica oral com fluconazol

ou com itraconazol;

Cistite ou colonização da bexiga pode se fazer

uma lavagem na bexiga com anfotericina B ou por

administração oral de Fluconazol;

Page 134: Aula de antifúngicos

Candidíase – Tratamento

Infecções mais profundas, como peritonite, exige

terapia sistêmica oral com Fluconazol. Em pacientes

não neutropênicos pode-se usar pela via

intravenosa, por ser mais eficiente;

Em resistência pelo fluconazol se usa a Anfotericina

B ou equinocandina;

Lembrar de retirar o foco da infecção, por exemplo

um cateter ou um abcesso.

Page 135: Aula de antifúngicos

Candidíase - Profilaxia

Evitar o uso de antimicrobianos de espectro muito

ampliado;

Cuidados com cateteres ou qualquer objeto que

possa ser colonizado;

Pode-se usar fluconazol como preventivo pra

pacientes com infecções recorrentes;

Obediência rigorosa às precauções de controle de

infecções.

Page 136: Aula de antifúngicos

Criptococose

Cryptoccus spp.

Organismo leveduriforme

encapsulado;

Micose oportunista sistêmica;

É encontrado em solos ricos

em excrementos de aves;

É adquirido pela inalação

destes fungos no meio

ambiente.

bio.tamu.edu

Page 137: Aula de antifúngicos

Criptococose

Processo pneumônico ou infecção do SNC secundária

a partir de um foco pulmonar primário;

C. Neoformans é altamente neurotrópico atingindo as

meninges, causando uma meningite que é fatal se não

tratada. Inclui febre cefaleia, distúrbios visuais, estado

mental anormal e convulsões.

Page 138: Aula de antifúngicos

Criptococose cerebral

anatpat.unicamp.br

Page 139: Aula de antifúngicos

Criptococose Tratamento

A meningite criptocócica (e as outras formas

disseminadas de criptococose) tem rigor no

tratamento devido sua gravidade:

Anfotericina B e flucitosina por 2 semanas, seguidas

de consolidação durante 8 semanas com fluconazol

oral (preferido) ou itraconazol.

Page 140: Aula de antifúngicos

Aspergilose

Doença que engloba o Gênero Aspergillus;

Fungos filamentosos hialinos, com cabeças conidiais.

Reações alérgicas em hospedeiros hipersensíveis ou então doença pulmonar invasiva, destrutiva.

anatpat.unicamp.br

Page 141: Aula de antifúngicos

Aspergilose Tratamento e prevenção

Pacientes neutropênicos e outros riscos ficam

instalados em local com ar filtrado;

Administração de anfotericina B ou de uma de suas

formulações lipídicas;

É importante lembrar que A. terreus é resistente a

anfotericina B e é recomendável o uso de

voriconazol, mais eficiente e menos tóxica.

Page 142: Aula de antifúngicos

FIM