Ascaridida_2011
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Ordem AscarididaArthur GruberBMP0222 Introduo Parasitologia Veterinria Instituto de Cincias Biomdicas Universidade de So PauloAG-ICB-USP
Classificao dos Nematoda (vermesredondos)Ordem Strongylida Superfamilia Trichostrongyloidea Strongyloidea Ancylostomatoidea Metastrongyloidea Ascaridoidea Oxyuroidea Rhabditoidea Spiruroidea Thelazioidea Filaroidea Habronematoidea Trichuroidea (Trichinelloidea) Dioctophymatoidea Comentrios nematides "bursados"
Ascaridida Oxyurida Rhabditida Spirurida
nematides "no bursados"
Enoplida
SUFIXO GRUPO TAXONMICO
ida oidea idae inae
ORDEM SUPERFAMLIA FAMLIA SUBFAMLIA
Ascaridida
caractersticas
Grupo muito grande de espcies Vermes grandes e encorpados com 3 lbios proeminentes Numerosas papilas labiais e caudais Alguns apresentam par de asas cervicaisFonte: Mehlhorn, 2008
Ascaridida
caractersticas
Devido ao seu tamanho, h relatos bastante antigos de vermes desta ordem. Ascaris lumbricoides: mencionado
nos papiros de Ebers (tratado mdico escrito no Antigo Egito em 1550 a.C.)
Fonte: Mehlhorn, 2008
Ascaridida
caractersticas
Fmeas: maiores (20 a 49 cm) , ovrio extenso e o tero pode conter de milhares a milhes de ovos. Machos: menores, caudaToxocara canis Macho (acima) Fmea (abaixo)
curvada na direo ventral
Ascaridida
caractersticas
Adultos parasitam o intestino delgado de vertebrados Apresentam motilidade contnua contra a corrente peristltica. Algumas vezes se fixam por meio de seus lbios. Alimentam-se de microrganismos e materiais existentes na luz do rgo. Ingesto de partculas: movimentos peristlticos do esfago e mecanismo valvular. So aerbios facultativos, mas vivem bem em anaerobiose
Ascaridida
caractersticas
Podem ter ciclo direto ou utilizar hospedeiro paratnico ou intermedirio Podem apresentar migraes e serem eliminados por vias transplacentria e transmamria
Ascaridida
caractersticas
Casca do ovo extremamente resistente ovos podem resistir no ambiente por vrios anos
Parasitologia, Rey, 2008
Ascaridida
caractersticas
Ovos: h formao das larvas L1 e L2. A formao do embrio se d no meio externo e requer oxignio Temperatura (20 a 30 C) e umidade Para continuar vivel, quando atinge o estgio infectante reduz bastante seu metabolismo.
Parasitologia, Rey, 2008
Ascaridida
caractersticas
Estmulo para a ecloso: gs carbnico associado presena de agentes redutores, pH, temperatura e presena de sais. Durante o processo de ecloso h secreo de vrias enzimas (quitinase, lipase, protease) que digerem a camada externa do ovo
Parasitologia, Rey, 2008
Ascaridida
caractersticas
A larva que sai do ovo aerbia no consegue se desenvolver na luz intestinal, necessita fazer migrao pelos tecidos do hospedeiro at atingir a maturidade
Larva de um ascardeo
Ascaridida
especificidade de hospedeiros
Geralmente bastante especficos Toxocara canis ces Toxocara cati gatos Toxascaris leonina candeos e feldeos Toxocara vitulorum bovinos Ascaris suum sunos Parascaris equorum eqinos Ascaridia galli galinceos Heterakis galinarum - aves
Toxocara canis
Toxocara canis
Introduo
Importncia mdica veterinria (ces jovens) Zoonose: larva migrans visceral no homem. Hospedeiro: ces Localizao Adultos: intestino delgado Larva: migram pelo fgado, pulmo, intestino
Toxocara canis Fmea maior que o macho
Vermes adultos
Grande verme branco de at 18 cm de comprimento.
Fonte: Mehlhorn, 2008
Toxocara canis
Vermes adultos
Toxocara canis Macho (acima) Fmea (abaixo)
Toxocara canis Intestino delgado de co
Fonte: Taira et al., 2003
Toxocara canis Lbios
Extremidade anterior
Asas cervicais
Fonte: bTaira et al., 2003
Toxocara canis
Extremidade posterior
nus Apndice terminal
Macho
Fmea
Fonte: Taira et al., 2003
Toxocara canis
OvosOvo de colorao castanho escuro
Tem casca espessa
Fonte: aTaira et al., 2003; bMehlhorn, 2008
Toxocara canis
Ciclo de vida
Toxocara canis
Transmisso
Transmisso direta ingesto de ovos infectantes Transmisso por hospedeiro paratnico predao de roedores Transmisso transmamria filhotes em amamentao ingerem larvas L3 no leite da me. No h migrao de L3 quando ingerida por esta via. Transmisso transplacentria (pr-natal)
Toxocara canis
Transmisso
Transmisso transplacentria (pr-natal) Filhotes j nascem doentes: migrao de L2s de tecidos da me atravs da placenta e veia umbilical para o fgado fetal (trs semanas antes do parto). L2 migram para os pulmes do feto onde mudam para L3, em ces recm-nascidos o ciclo se completa, larvas seguem para o intestino via traquia. Uma vez infectada, a cadela pode conter larvas suficientes para infectar vrias ninhadas sem necessidade de ser reinfectada. Durante a gestao, algumas larvas, ao invs de ir para o tero, completam a migrao, se transformam em adulto: maior produo de ovos logo aps o parto.
Toxocara canis
Patognese
As larvas migrantes podem realizar dois tipos de migraes: Traqueal As larvas atingem os pulmes pela circulao, rompem os alvolos e migram para a traquia so deglutidas e se tranformam em adultos no intestino mais comum em filhotes
Somtica As larvas migram pela circulao e atingem outros tecidos larva se encista e torna-se larva infectante inibida (hipobiose) mais comum em animais > 3 meses
Toxocara canis
Sintomas clnicos
Infeces discretas: no h sintomatologia pulmonar. Infees macias: leso pulmonar, tosse, aumento da frequencia respiratria, corrimento nasal espumoso Desconforto abdominal intenso, especialmente em filhotes Filhotes choram e gritam de modo contnuo Vermes imaturos podem aparecer em fezes e vmitos Obstruo ou ruptura intestinal pode levar morte Falha no desenvolvimento do animal menor tamanho, pelagem opaca, abdmen distendido
Toxocara canis Ovos
Histopatologia
T. canis no lmen intestinal de um co. Notar os segmentos uterinos repletos de ovosFonte: Gardiner & Poynton, 1999
Toxocara canis
Diagnstico
Sintomas associados ao encontro de ovos tpicos nas fezes ou vermes nas fezes e vmitos Perodo pr-patente 1 a 2,5 meses no se encontram ovos nas fezes, mas animais podem ter sintomas
Toxocara canis
epidemiologia
A alta distribuio e disseminao esto relacionadas : Fmeas dos parasitas produzem grande quantidade de ovos (700 ovos/grama de fezes/dia) Ovos extremamente resistentes Reservatrio constante de infeco nos tecidos somticos da cadela e as larvas nesses locais no so susceptveis maioria dos anti-helmnticos
Toxocara canis
Controle/tratamento
Os ovos podem permanecer infectantes por anos no ambiente Animais de canis devem ficar em pisos de concreto higienizados regularmente Atentar que cadelas podem transmitir a doena para a prenhe Medicao anti-helmntica ex. Piperazina, fenbendazol, pamoto de pirantel Cezinhos com 2 a 3 semanas de idade com repetio aps 2 a 3 semanas. Tratar a cadela simultaneamente. Tratar ces aos 2 meses de idade (infeco aps o nascimento) Tratar ces recm-adquiridos e ces adultos
Toxocara cati
Toxocara cati Hospedeiro: gato Localizao
Introduo
Adulto: intestino delgado Larvas: migrao somtica Distribuio: mundial Caracterstica: asas cervicais em forma de ponta de flecha, bordas em ngulo quase reto com o corpo.
Toxocara cati Grande verme de
Vermes adultos
colorao branca
a
Toxocara cati Macho (acima) Fmea (abaixo)Fonte: Taira et al., 2003;
b
Toxocara cati
Vermes adultos
Caracterstica: asas cervicais
em forma de ponta de flecha, bordas em ngulo quase reto com o corpo
Fonte:Mehlhorn, 2008
Toxocara cati
Extremidade anterior
a
b
c
Fontes: ahttp://users.unimi.it/parassit/images/toxocaracati.jpg b http://plpnemweb.ucdavis.edu/nemaplex/images/tcatialae.jpg c Taira et al., 2003
Toxocara cati
Extremidade posterior
Macho: processo digitiforme na extremidade da cauda
Macho
Fmea
Fonte: Taira et al., 2003
Toxocara cati
Ovos
b
Casca espessaa Fonte: aTaira et al., 2003 b http://www.catnmore.com/images/Toxocara_cati_9-4-04b.jpgbbb
Toxocara catiNo h infeco pr-natal
Ciclo de vida
Toxocara cati
Transmisso
No ocorre infeco pr-natal (transplacentria) Alta proporo de larvas traqueal mesmo em adultos fazem migrao
Transmisso transmamria a maior via de infeco em filhotes Alm de camundongos, vrios outros animais podem ser hospedeiros paratnicos galinhas, minhocas, baratas Hospedeiros paratnicos tm maior importncia devido ao comportamento predatrio dos gatos
Toxocara cati
Sintomas
Quando a infeco adquirida pelo leite materno ou por ingesto do hospedeiro paratnico: no h migrao, sintomas intestinais: aumento de volume abdominal, diarria, pelagem feia, desenvolvimento insuficiente.
Toxocara cati Sintomas
Diagnstico
Presena de ovos caractersticos nas fezes
www.ksu.edu/.../625tutorials/FIGtcati01.jpg
Toxocara spp.
Controle/tratamento
Semelhante ao de Toxocara canis Reduzir possibilidade de encontro entre os hospedeiros definitivos e os paratnicos Aleitamento artificial A limpeza permanente do ambiente necessria Pode-se usar hipoclorito de sdio remove a camada superficial da casca do ovos facilita a remoo dos ovos Uso de jato de gua e vapor
Toxocara spp.
Larva migrans visceral Toxocarase uma zoonose! Mais comum para T. canis (mas talvez importncia de T. cati esteja subestimada!) Larvas errantes podem se concentrar no fgado, sistema nervoso central e globo ocular
Leso ocular
Retinite granulomatosa
Fonte: a http://www.revoptom.com/handbook/IMAGES/oct02_sec5_fig7.jpg
Toxocara spp.
Larva migrans visceral Toxocarase uma zoonose! responsabilidade do veterinrio alertar os proprietrios sobre os riscos, tomar medidas para o controle e eliminao das fontes de infeco Evitar que crianas brinquem em locais aonde ces e gatos podem ter defecado areia e terra em parques pblicos Nunca usar fezes de ces e gatos para adubao
Toxascaris leonina
Toxascaris leonina
Introduo
Toxascaris leonina mais importante em animais adultos Verme adulto muito semelhante ao Toxocara canis, pelos ovos possvel se diferenciar as espcies Tem o ciclo mais simples dos ascardeos de ces e gatos Especificidade de hospedeiros baixa infecta muitas espcies de candeos e feldeos domsticos e silvestres Geralmente associados ao Toxocara spp.
Toxascaris leoninaCiclo de vida
Toxascaris leonina Infeco se d por 2 formas:
Transmisso
Ingesto de ovos contendo L2 Ingesto de contendo L2 hospedeiros paratnico
No h migrao somtica no h transmisso transplacentria e mamria Larvas somente migram dentro da mucosa no h transmisso transplacentria ou transmamria
Toxascaris leonina
Vermes adultos
Fonte: http://caltest.vet.upenn.edu/paralab/images/labimage/lab4/4_08a.gif
Toxascaris leonina
Ovos
Ovo levemente ovide, casca espessa e lisa
Fonte: http:// instruction.cvhs.okstate.edu/.../img0036.gif
Toxascaris leonina
Extremidade anterior
Lbios
Asas cervicais
Fonte: http://caltest.vet.upenn.edu/paralab/images/labimage/lab4/4_07.gif
Toxocara vitulorum
Toxocara vitulorum Hospedeiros: bovinos, bubalinos Localizao: Adulto: intestino delgado Larva: migrao somtica
Introduo
Toxocara vitulorum
Introduo
Maior parasita intestinal de bovinos (fmea at 30 cm de comprimento)
a248.e.akamai.net/.../mvm/img/tn/tn_digpr17.jpg
Toxocara vitulorum
Introduo
Ovo: subglobular, casca espessa escavada
www.rvc.ac.uk/.../T-vitulorum-egg-_-p-54.jpg
Toxocara vitulorum Semelhante ao Toxocara cati Suspeita-se que haja infeco pr-natal.
Ciclo biolgico
Bezerros: adquirem a larva pelo leite materno, no h migrao da larva, vai para o intestino, transformam em adultos, eliminando ovos. Bezerros com menos de 4 a 6 meses de idade: ao ingerir ovos, h migrao larvar resultando em eliminao de ovos Bezerros com mais de 6 meses de idade, possuem imunidade, larvas migram para os tecidos onde ficam quiescentes. Nas fmeas retomam o desenvolvimento no final da prenhez ocorrendo transmisso transmamria.
Toxocara vitulorum Intestinais: bezerros at 6 meses
Sintomas
Infeco macia: diarria intermitente, desenvolvimento insuficiente.
Toxocara vitulorum
Epidemiologia
Aspecto mais importante: fmeas como reservatrio de larvas, transmisso pelo leite.
Toxocara vitulorum
Diagnstico
Presena de ovos caractersticos nas fezes
Toxocara vitulorum Controle tratamento Antihelmnticos: piperazina Tratamento de bezerros de 3 a 6 semanas de idade impedindo que os vermes em desenvolvimento eliminem ovos para o meio ambiente.
Ascaris suum
Ascaris suum Distribuio: cosmopolita Ocorrncia sazonal
Introduo
o maior nematdeo parasita de sunos do intestino delgado.
Frequente em regies tropicais e subtropicais Prejuzo econmico para leites. Aos 4 meses de idade os animais tornam-se resistentes ao Ascaris Localizao: Adulto: intestino delgado Larva: migrao fgado, pulmo, intestino
Ascaris suum
Introduo
A via de transmisso mais importante a ingesto de ovos infectantes presentes no solo contaminado ou aderidos nas mamas de porcas (ciclo direto)
Ascaris suum
Vermes adultos
Ascaris suum Fmea (esquerda) 25-40 cm Macho (direita) 15-25 cm
Ascaris suum Intestino delgado de suno
Fonte: Taira et al., 2003
Ascaris suum
Extremidade posterior
Macho EspculasFonte: Taira et al., 2003
Ascaris suum
Vermes adultos
Fmeas medem de 20 a 40 cm e aps a cpula pem ovos no segmentados que so eliminados pelas fezes. Uma fmea pem em mdia 200.000 ovos/dia. Ovo: desenvolvimento at L2 que infectante.
Ascaris suum Intestino delgado de suno
Fonte: ucdnema.ucdavis.edu/.../upenn/pig_ascf.jpg
Ascaris suum
Ovos
Casca espessa e rugosa
Larva no interior do ovo
Fonte: aTaira et al., 2003 a http://cal.vet.upenn.edu/dxendopar/images/parasiteimages/ascarids/egg%20with%20L3.GIF
Ascaris suum
Ciclo de vida Eliminao de ovos para o ambiente (A) Desenvolvimento de L2 dentro do ovo (B a C) Minhocas e besouros (hospedeiros paratnicos) podem ingerir os ovos embrionados (D) (L2 eclode e permanece no tecido do hospedeiro paratnico) Infeco pela ingesto de ovos ou hospedeiros paratnicos (E)
Ascaris suum
Ciclo de vida Ecloso dos ovos no estmago e intestino delgado L2 penetra parece de ceco ou clon e migra atravs do sistema porta (F) para o fgado (G) L3 migra do fgado para pulmes via sistema venoso, corao direito e artrias pulmonares Nos pulmes (H) rompem os alvolos pulmonares e migram para faringe (I) onde so engolidas
Perodo pr-patente: 6 a 8 semanas
No intestino delgado (F) sofrem 2 mudas, originando adultos jovens
Ascaris suum
Patognese
Larvas podem causar inflamao no fgado, destruio do tecido e hemorragia Geralmente levam a uma resposta de hipersensibilidade eosinofilia marcante Leses tpicas no fgado manchas leitosas (fibrose) indicao de infeco recente (prejuzo: condenao do fgado) Em mltiplas infeces o fgado pode ficar fibrtico Migrao de larvas nos pulmes leses hemorrgicas, infiltraes eosinoflicas, edema, enfisema Sunos jovens podem apresentar dificuldade respiratria, pneumonia transitria
Ascaris suum
Leses
Fgado leses com aspecto de manchas leitosas
Fonte: http://cal.vet.upenn.edu/dxendopar/images/parasiteimages/ascarids/milkspots.GIF
Ascaris suum
Leses
Fgado hemorragias pontuais
Fonte: Taira et al., 2003
Ascaris suum
Histopatologia
Larvas enroladas de A. suum no parnquima pulmonar de suno. Notar as asas laterais e os grandes cordes laterais que preenchem o pseudoceloma.Fonte: Gardiner & Poynton, 1999
Ascaris suum
Patognese
Vermes adultos: pouca leso aparente Grande quantidade de vermes: obstruo intestinal Prejuzo econmico: menor ganho de peso
uk.merial.com/.../weight_evidence/intro_06.jpg
Ascaris suum
Diagnstico
Durante a migrao das larvas para os pulmes pode no haver ovos nas fezes Necrpsia fragmentos pulmonares examinados pelo mtodo de Baermann evidenciao de larvas Principais sintomas aparecem durante o perodo pr-patente Em infeces mais antigas pode-se encontrar ovos nas fezes flutuao em sal
Ascaris suum
Prejuzos econmicos
Menor crescimento dos leites, menor ganho de peso, baixa converso alimentar, maior perodo de engorda Aumento da condenao de rgos em abatedouros, especialmente fgado
Ascaris suum
Controle e preveno
Tratamento dos animais com drogas como piperazina, diclorvs, fenbendazol, etc. Lavagem das porcas antes da maternidade remoo de ovos aderidos nas tetas Tratamento anti-helmntico da porca Criao em piso cimentado e higienizaes frequentes Lembrar: ovo bastante resistente no meio ambiente (higiene rigorosa!!!)
Parascaris equorum
Parascaris equorum Hospedeiros: equinos e asininos
Introduo
Dimenses grandes (at cerca de 50 cm) Acomete preferencialmente potros jovens, animais com mais de um ano so resistentes infeco Ocorrncia sazonal Distribuio mundial Localizao adulto: intestino delgado Ciclo e epidemiologia semelhantes ao A. suum Perodo pr-patente mais de 2,5 meses Ovos muito resistentes ao ambiente
Parascaris equorum
Vermes adultos
a
b
Parascaris equorum Vermes adultos Fmea (acima) at 50 cm Macho (abaixo) at 28 cmFontes: aTaira et al., 2003 b http://cal.vet.upenn.edu/merial/Ascarids/images/Asc20aF.jpg
Parascaris equorum Ruptura do intestino delgado de gua
Parascaris equorum
Extremidades
Extremidadade anterior Lbios com fendas profundasFonte: Taira et al., 2003
Extremidadade posterior: pequenas asas caudais Macho
Extremidadade posterior Fmea
Parascaris equorum
Ovos
a
b
Casca espessa e rugosaFonte: aTaira et al., 2003 b http://www.cvm.okstate.edu/~users/jcfox/htdocs/DISK1/Images/Img0039.jpg
Parascaris equorum
Ciclo de vida
Ingesto de ovos contendo L2 Ecloso no intestino e migrao da L2 atravs da parede intestinal (A) para o fgado (B) pelo sistema porta heptico Muda de L2 a L3 Migrao para os pulmes (C) atravs das artrias cardacas e pulmonares L3 rompe os capilares alveolares e migram para a traquia e faringe Aps a tosse e deglutio as larvas sofrem mudas no intestino Perodo pr-patente de 12-16 semanas
Parascaris equorum
Patognese
Migraes larvais causam perfuraes nos rgos Reaes alrgicas com infiltraes eosinoflicas nos rgos afetados Enterite moderada Desnutrio pela competio com nutrientes Obstruo intestinal Perfurao intestinal pode ocorrer peritonite e morte
Parascaris equorum
Patognese
equivetinfo.de/assets/images/Spulwurm.jpg
Parascaris equorum
Sintomas
Tosse e descargas nasais migraes larvais Infees intestinais leves so bem toleradas. Infees moderadas: menor ingesto de alimento, menor ganho de peso/perda de peso Infeces intestinais macias: distrbios intestinais como clica, perfuraes intestinais, enterite crnica, morte (seguindo ruptura intestinal)
Parascaris equorum
Diagnstico
Tosse e descarga nasal perodo pr-patente Encontro de ovos tpicos nas fezes flutuao em sal
Parascaris equorum Dois fatores importantes:
Epidemiologia
Eliminao de milhes de ovos/dia nas fezes dos potros parasitados. Extrema resistncia dos persistncia por vrios anos. ovos no meio ambiente:
Parascaris equorum controle
Tratamento e
Semelhante ao de outros ascardeos: piperazina, ivermectina, pamoato de pirantel Atentar ao fato que a morte dos vermes em infeces macias pode levar obstruo total do intestino Os ovos so muito resistentes e no h desinfetantes com ao direta efetiva Limpeza e remoo das fezes periodicamente, utilizao de jato de gua com vapor, limpeza do bere das guas Evitar o uso dos mesmos piquetes para gua lactantes e seus potros em anos sucessivos.
Ascaridia galli Semelhante ao de Heterakis
Ovos
Fonte: www.rvc.ac.uk
Heterakis galinarum
Heterakis galinarum introduo Hospedeiros: aves domsticas e silvestres Localizao: cecos Distribuio: mundial
Heterakis galinarum morfologia Vermes esbranquiados de at 1,5 cm de comprimento. Cauda pontiaguda e alongada
Heterakis galinarum morfologiaExtremidade anterior Esfago com bulbo posterior ntido
Heterakis galinarum morfologia Macho: Espculos diferentes. Asas caudais de tamanhos
Ventosa pr-cloacal
Extremidade posterior macho
Heterakis galinarum morfologia Fmea: Extremidade posterior afilada Vulva no tero mdio do corpo.
Extremidade posterior fmea Fmea em oviposio
Heterakis galinarum morfologia Ovo formato ovide, casca fina, muito semelhante ao ovo de Ascaridia spp.
Heterakis galinarum ciclo biolgico1. Vermes adultos nos cecos. 2. Fmea: postura de ovos que so eliminados com as fezes. 3. No ambiente L1 e L2. Podem permanecer infectante no solo por 4 anos. 4. Ovo com L2 pode ser ingerido: Pela ave Pelo inseto, moscas Por minhoca (hospedeiro paratnico) ecloso da L2 (as larvas podem permanecer viveis nestes hospedeiros por pelo menos 1 ano).
Heterakis galinarum ciclo biolgico Ave ingere ovo, mosca ou minhoca contendo L2 liberao da L2 na moela ou duodeno ceco muda parasitria adulto. Algumas larvas penetram superficialmente na mucosa, ficam por 2 a 5 dias antes de se transformarem em adultos As fmeas iniciam a ovipostura 24 a 36 dias aps a ingesto dos ovos infectantes.
Heterakis galinarum ciclo biolgico Minhocas que ingerem os ovos pertencem aos gneros: Lumbricus, Allolbophora e Eisenia
Lumbricus spp Eisenia spp
Heterakis galinarum importncia Ao sobre o hospedeiro: Geralmente no patognico. Importncia como vetor do protozorio Histomonas meleagridis (entero-hepatite dos perus).
Heterakis galinarum Diagnstico: H. gallinarum - exame parasitolgico de fezes (ovos) e necrpsia (presena dos vermes) Tratamento: Piperazina, levamisol (na gua de bebida ou na rao). Controle: Principalmente quando h casos de histomonose. Evitar de criar galinhas juntamente com perus. Remoo e destinao adequada da cama utilizada nas criaes.
Ascaridia galli
Ascaridia galli Hospedeiros: galinceos Ciclo direto monoxnico
caractersticas
Ovos no ambiente podem ser ingeridos por minhocas (hospedeiro paratnico) Vermes penetram na parede intestinal No apresenta migraes viscerais Fmeas atingem at 12 cm de comprimento Infeco ocorre pela ingesto de ovos no ambiente ou hospedeiro paratnico Infeces secundrias no intestino e anemia so comuns
Ascaridia galli
ciclo biolgico
Fonte: Foreyt, 2008
Ascaridia galli
Vermes adultos
Ascaridia galli Vermes adultos
Ascaridia galli Intestino delgado de galinha
Fonte: Taira et al., 2003
Ascaridia galli Lbios
Extremidadesnus
Ventosa pr-anal
Extremidade anteriorFonte: http://www.dsp.kvl.dk/picture.htm
Extremidade posterior
Ascaridia galli
Extremidade posterior
Espculas Ventosa pr-anal nus
Macho - vista lateralFonte: Taira et al., 2003
Fmea vista ventral
Bibliografia Bowman, D.D.; Lynn, R.C.; Eberhard, M.L. & Alcaraz, A. (2006). ParasitologiaVeterinria de Georgis. 8 edio. Editora Manole, Brasil. Foreyt, W.J. (2005). Parasitologia Veterinria. Manual de referncia Editora Roca, Brasil. Freitas, M.G. (1976). Helmintologia Veterinria. Editora Nobel, Brasil. Gardiner, C,H, & Poynton, S.L. (1999). An Atlas of Metazoan Parasites in Animal Tissues. Armed Forces Institute of Pathology, Washington DC, USA. Lee, A.C.Y.; Schantz, P.M.; Kazacos, K.R.; Montgomery, S.P. & Bowman, D.D. (2010). Epidemiologic and zoonotic aspects of ascarid infections in dogs and cats. Trends in Parasitology 26(4): 156-161. Mehlhorn, H. (2008). Encyclopedia of Parasitology. Third Edition. SpringerVerlag, Berlin, Germany. Roberts, L.S.; Janovy Jr, J. & Schmidt, P. (2004). Foundations of Parasitology. Seventh Edition. McGraw-Hill Science/Engineering/Math, USA. Taira, N.; Ando, Y. & Williams, J.C. (2003). A Color Atlas of Clinical Helminthology of Domestic Animals (Revised edition). Elsevier Science BV, Amsterdam, The Netherlands.