Arcadismo
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ORIGENSIdeologia da aristocracia em decadência
Burguesia em ascensão:
Insatisfeita com o absolutismo dos reis; Com a solenidade do barroco e com; Com as formas de convivência social rígidas, artificiais e complicadas.
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A RELAÇÃO COM O ILUMINISMO
A razão (e não mais a crença religiosa) aparece como sinônimo de verdade.
Simplificação da arte Domínio da razão; Aproximação da natureza; Valorização das atividades galantes.
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CARACTERÍSTICASBusca da simplicidade (verdade = razão =
simplicidade);
Imitação da natureza: “locus amoenus” = local aprazível = culto ao homem natural;
Pastoralismo = celebração da vida pastoril (modismo e artificialismo);
Bucolismo = adequação à harmonia e serenidade da natureza = valorização da vida no campo;
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CARACTERÍSTICAS
Imitação dos clássicos (autores consagrados da antiguidade greco-romana);
Modelo máximo: Horácio “inutilia truncat” (cortar o inútil) “carpe diem” (aproveitar o dia) “fugere urbem” (fugir da cidade) “aurea mediocritas” (vida materialmente simples, mas rica em realizações espirituais);
Uso eventual da mitologia clássica
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CARACTERÍSTICASRenúncia do “eu poético” e adoção de uma
personalidade pastoril;
O poeta deve expressar apenas sentimentos comuns e genéricos;
Amor galante (convencional): declarações educadas e discretas;
Surgimento de academias e arcádias literárias.
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ARCADISMO NO BRASIL
CONTEXTOAUTORES & OBRAS
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ARCADISMO NO BRASILDecorrência da atividade mineradora (MG) =
enriquecimento das cidades;
Surgimento de novas classes: profissionais liberais = rompimento com o dualismo: senhor-escravo;
Existência citadina intensificando as relações sociais;
Surgimento dos “saraus” = música e poesia surgimento dos primeiros núcleos permanentes e regulares de um público interessado em arte (literatura);
Primeiro e decisivo passo no processo de fundação da literatura brasileira.
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CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
OBRAS: Obras poéticas (1768) + Vila Rica (1839)
Pseudônimo pastoril = Glauceste Satúrnio
Musa = Nice
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CLÁUDIO MANUEL DA COSTA (1729 – 1789)Poeta de transição (barroco – arcadismo);Utilização de princípios estéticos do arcadismo;Influências barrocas: o sofrimentoInfluência camoniana: gosto pela antítese e
pelo soneto;É racionalmente árcade e emotivamente
barroco;Temas barrocos:
O desencanto com a vida; A brevidade dolorosa do amor; A rapidez com que todos os sentimentos passam .
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CLÁUDIO MANUEL DA COSTAO sofrimento barroco:“Ouvi pois o meu fúnebre lamento Se é que de compaixão sois animados.”
A impossibilidade amorosa:“Nise? Nise? Onde estás? Aonde
espera] Achar-te uma alma que por ti suspira,”
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TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA (1744 – 1810)OBRAS: Marília de Dirceu (Parte I –
1792; Parte II – 1799; Parte III – 1812); Cartas Chilenas (1845)
Pseudônimo pastoril = Dirceu
Musa = Marília
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TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
MARÍLIA DE DIRCEU: Texto árcade + dimensão romântica
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TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE I
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MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IToda escrita em Vila Rica, com Gonzaga
ainda em liberdade, em um tom otimista e afirmativo
Presença de elementos árcades: o canto da natureza convencional, a vida pastoril, a recusa em intensificar a subjetividade, a galanteria, o racionalismo neoclássico e a clareza do estilo.
Liras autobiográficas dentro dos limites que as regras árcades impunham à confissão pessoal.
![Page 15: Arcadismo](https://reader036.fdocuments.net/reader036/viewer/2022073019/563db791550346aa9a8c483f/html5/thumbnails/15.jpg)
MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IEm suas liras, um pastor (o próprio poeta) celebra, em tom moderadamente apaixonado, as graças da pastora Marília, que conquistara seu coração:
“Tu, Marília, agora vendoDo Amor o lindo retratoContigo estarás dizendoQue é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,Que Cupido é Deus suposto: Sé há Cupido, é só teu rosto
Que ele foi quem me venceu.”
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MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IO CARPE DIEM:
“Que havemos de esperar, Marília bela?Que vão passando os florescentes dias?As glórias que vêm tarde já vem frias,E pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.Ah! não, minha Marília,Aproveite-se o tempo, antes que façaO estrago de roubar ao corpo as forçasE ao semblante a graça!”
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MARÍLIA DE DIRCEU PARTE II
A tristeza domina a segunda parte do poema, toda ela escrita na prisão;
Motivo básico: as agruras vividas por Dirceu;
Tendência maior à confissão + tom de desabafo;
Pré-romantismo: passagens mais subjetivas e sentimentais;
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MARÍLIA DE DIRCEU PARTE II
Tendência pré-romântica - sentimentalismo
“Eu tenho um coração maior que o mundo,]
Tu formosa Marília, bem o sabes:Um coração, e basta,Onde tu mesma cabes.”