Prevenção Primária e Secundária da Aterosclerose: perspectivas ...
Analise primária e secundária
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Este projeto destina-se a capacitação em suporte básico de vida SBV, visando ampliar os
conhecimentos técnicos dos profissionais que atuarão como socorristas, é de livre uso, sendo
permitido copiar e/ou distribuir, devendo assim permanecer em constante evolução.
O treinamento constante e reciclagem consistem a base para a adequada
formação/requalificação do profissional .
*Emergências que requeiram ações médicas e de enfermagem deverão ser realizadas
pelos competentes profissionais do serviço público ou do setor privado de saúde
Sugestões para alteração e/ou correção para [email protected] (citando eventuais
fontes originarias destas alterações)
Santiago Amaro da Silva
subdelegado municipal da cidade de Ferraz de Vasconcelos – SP
BUSF-BRASIL
Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras
COMUNIDADE DE PAISES DE LINGUA PORTUGUESA
BUSF-BRASIL
Primeiros socorrosAtendimento prestado, inclusive por leigos, para manter a
vida e evitar o agravamento das condições até o
recebimento da assistência especializada.
Atendimento pré-hospitalarAtendimento prestado por profissionais da área da
saúde,treinados e capacitados para prover
os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e
sistematizada, seguido de transporte até serviço
de saúde que proporcionará o tratamento definitivo.
ResgateConsiste na retirada do indivíduo de um local, por vezes
de difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair
sozinho em segurança. Pode ser necessário o uso de
materiais e equipamentos especiais para efetuar a
retirada, além de treinamento específico para realizar
esses procedimentos.
Avaliação inicial
No atendimento às vítimas, deve-se seguir procedimentos que permitirão determinar qual
o principal problema associado á lesão ou doença e quais serão as medidas a serem
tomadas para corrigi-lo.
Essa sequencia padronizada é conhecida como exame, a vítima deve ser examinada
para que, com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as prioridades do
atendimento sejam estabelecidas, levando em conta aspectos subjetivos, tais como:
O local da ocorrência é seguro?
Será necessário movimentar a vítima?
Há mais de uma vítima, se sim pode-se dar conta de todas as vítimas?
A vítima está consciente, tenta falar algo, ou aponta para qualquer parte?
As testemunhas estão tentando dar alguma informação?
Qual o mecanismos da lesão, há algum objeto caído próximo da vítima, como escada,
moto, bicicleta, andaime e etc.
Co relação a deformidades e lesões, a vítima está caída em posição estranha, está
queimada ou há sinais de esmagamento de algum membro?
Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima, ela vomitou, ela está tendo convulsões?
As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns
segundos, são extremamente valiosas na sequencia do exame, que é subdividido em
duas partes: a análise primária e secundária da vítima.
Abordagem inicial
Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da
mesma está voltada, garantindo-lhe o controle cervical.
Observar se a vítima está consciente e respirando.
Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da
abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela, uma resposta adequada permite
esclarecer que a vítima está consciente, que as vias
aéreas estão permeáveis e que respira.
Caso não haja resposta, estimule a vitima tátil e
verbalmente, pressionando-a gentilmente pelos ombros e
perguntando por três vezes: "Ei, você está bem?".
Caso não haja resposta inicie a analise primária.
Obs. Cuidado para evitar manipular a vítima mais do que o necessário.
Analise primária
É uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é necessária para
se detectar as condições que colocam em risco iminente a vida da vítima.
Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas:
A - Permeabilidade da via aérea e proteção da coluna cervical;
B - Ventilação e respiração;
C - Circulação e controle de hemorragias;
D - Avaliação neurológica
E - Exposição e proteção da hipotermia
Obs. Tradução do inglês: A airway, B breathing, C circulation, D dsability e E exposure.
Chin Lift (inclinação da cabeça e elevação do mento)
Para as vítimas que tem afastada a possibilidade de
lesão cervical, o método consiste na colocação dos
dedos, indicador, médio e anular, no maxilar da vítima,
com o indicador na parte central do queixo, que será
suavemente empurrado para cima enquanto a palma da
outra mão será colocada na testa, empurrando a cabeça
e fazendo-a realizar uma suave rotação.
Jaw Thrust (tração da mandíbula)
Para as vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical,
o método anterior é contraindicado. Para esses casos,
deve-se empregar a tríplice manobra, na qual o
socorrista, posicionando-se ajoelhado, atrás da cabeça
da vítima, coloca os polegares na região zigomática
(maça do rosto da vítima), os indicadores na mandíbula e
os demais dedos na nuca da vítima e exerce tração em
sua direção. Enquanto traciona, os indicadores,
posicionados nos ângulos da mandíbula, empurram-na
para cima.
Permeabilidade da via aérea e proteção da coluna cervical
Manobra de tração do queixoExecutada por socorrista atendendo isoladamente uma
vítima de trauma, o socorrista apoia os dedos indicador,
médio e anelar de uma de suas mãos abaixo do queixo
da vítima e com o polegar da mesma mão posicionado
anteriormente ao mento, traciona a mandíbula para frente
e para cima, segurando-a firmemente, mantendo a boca
aberta. A outra mão deverá estar sobre a região frontal
(testa), mantendo a cabeça fixa.
Atenção: a manipulação errada pode resultar em
consequências graves, como lesão na medula espinhal
ou agravar o trauma na coluna (além do sintoma mais
aparente da tetraplegia, pessoas que sobrevivem à lesão
têm risco de outras complicações médicas como dor
crônica, disfunções na bexiga e intestino, assim como
elevação na probabilidade de problemas cardíacos e
respiratórios.
Ventilação e respiração
Empregar a técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”,
através da seguinte forma:
Após liberar as vias aéreas superiores da vitima
através da manobra indicada, Aproximar o
ouvido da boca e nariz da vítima voltando a face
para seu tórax
Ver - Observar os movimentos do tórax
(expansão torácica);
Ouvir - Ouvir os ruídos próprios da respiração;
Sentir - Sentir a saída de ar das VAS da vítima.
Circulação e controle de hemorragias
Palpar pulso carotídeo (adulto)
Localizando a artéria carótidaSe a vítima não respirar, deve-se determinar o pulso na
artéria carótida. Começar por localizar na vítima a
proeminência laríngea (pomo de Adão), colocando o
dedo indicador e médio nesse local e deslizando-o para
a lateral do pescoço, entre a traquéia e a parede do
músculo ali existente. Nesse local encontra-se uma
depressão, onde poderá ser sentido o pulso carotídeo
(a palpação deve ser suave, pois a aplicação de
pressão excessiva causa compressão da artéria)
Procurar a presença de pulso por cinco segundos, para
evitar confusões em pacientes bradicárdicos (pulso
lento).
Obs. a realização de compressões torácicas em pacientes com pulso pode causar complicações.
Circulação e controle de hemorragias
Palpar pulso radial (adulto)
Localizando a artéria radial
O pulso radial é palpado no pulso ao lado do polegar
lateralmente ao tendão, é verificado geralmente em
pacientes adultos e responsivos sendo que para palpá-
los empregam-se os dedos indicador e médio, com o
polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo
que o examinador usa a mão direita para examinar o
pulso esquerdo e vice versa.
Artéria radial
Circulação e controle de hemorragias
Palpar pulso braquial (recém-nascido/lactente)
Localizando a artéria braquial
No recém-nascido/lactente (consciente ou
inconsciente) pode-se constar circulação palpando
pulso braquial, palpado na parte carnosa do braço,
logo abaixo do bíceps o pulso braquial é o mais
fácil de localizar e o mais confiável em uma criança pequena.
Circulação e controle de hemorragias
Verificar a perfusão capilar na extremidade
É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha
ou nos lábios, passando a coloração de rosada para
pálida. Retirando a pressão, a coloração rosada deve
retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o
tempo ultrapassar dois segundos é sinal de que a
circulação periférica está comprometida
(oxigenação/perfusão inadequadas).
Obs. Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação é prejudicada.
Perfusão Motivador de alterações
Retorna-se em até 2 segundos Normal
Retorna-se após 2 segundos Hemorragia intensa
Se não retorna Choque - PCR
Exposição e proteção da hipotermia
Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será
efetuado.
- Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para
identificar sinais de lesões ou de emergências clínicas.
- Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia.
- Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos.
- Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as partes íntimas
de seu corpo.
- Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que
isso não implique em prejuízo para o atendimento com consequente risco de vida.
- Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados; quando necessário
cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba, evitando meios de fortuna que
possam contaminar ou agravar ferimentos.
- Relacionar os pertences do acidentado, mesmo danificados, e entregá-los no hospital,
à pessoa responsável pela vítima devidamente identificada ou à Chefia de Enfermagem,
no hospital.
Verificar a temperatura, umidade e coloração da pele na testa da
vítima (TUC)
A temperatura normal do corpo é de 36.2 a 36.8 ºC. A pele é responsável, em grande parte,
pela regulação desta temperatura, irradiando o calor através dos vasos sanguíneos
subcutâneos e evaporando água sob forma de suor.
Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a um
traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente produz
uma pele fria e seca.
Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma doença, ou ser o resultado de
uma exposição excessiva ao calor, como na insolação.
A pele humana é a grande responsável pela regulação da temperatura. Poderá apresentar-se: normal, quente, fria, seca ou úmida.
Utilize o dorso da mão colocada na testa da vítima, remova parcialmente a luva de
procedimento expondo o dorso da mão para a verificação, observe a face da vítima durante
a verificação.
Analise:
1 - Temperatura e umidade da pele.
2 - Coloração da pele.
A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos
sanguíneos subcutâneos.
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque
ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência
cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento.
Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido
de carbono (CO) e na insolação.
Alterações na coloração da pele podem indicar patologias (doenças) ou alterações
vasculares periféricas decorrentes de traumatismos. Em pessoas de raça negra, a cianose da pele deve ser verificada na mucosa nasal e na parte interna dos lábios.
Temperatura e umidade da pele Motivador de alterações
Pele fria, pálida e úmida Perda sanguínea
Pele fria e seca Exposição ao frio
Pele quente e seca Insolação
Pele quente e úmida Hipertermia (febre), intermação
Verificar a presença de hemorragias que ameacem a vida
1 - Visualizar a parte anterior do corpo da vítima;
2 - Apalpar a parte posterior do corpo da vítima;
3 - Dispensar atenção inicialmente às hemorragias intensas, direcionando o exame da
cabeça em direção aos pés;4 - Procurar por poças e manchas de sangue nas vestes.
Cor da pele Motivador das alterações
Pálida Choque hemodinâmico, ataque cardíaco, hemorragia.
Cianose (arroxeada) Deficiência respiratória, arritmia cardíaca, hipóxia, doenças
pulmonares, envenenamentos.
Icterícia (amarelada) Doença hepática (fígado)
Hiperemia (avermelhada) Hipertensão, insolação, alergias, diabetes, choque anafilático.
Avaliação neurológica
Realizar exame neurológico sucinto AVDI
Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e
físicos. Quaisquer alterações deste estado podem ser indicativas de doença ou trauma.
O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do
sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão
mental por embriaguez, até coma profundo, como resultado de uma lesão craniana ou
envenenamento.Serve para indicar se há ou não comprometimento neurológico (como se
fosse uma Escala de Coma de Glasgow simplificada) e fornecer parâmetros para o
socorrista definir a gravidade do caso.
Alerta: está orientado no tempo, espaço e contexto > fornece informações corretas
relativos à data e dia da semana, sabe o próprio nome, indica para onde se dirigia no
momento do acidente, está ciente de que está envolvido em um acidente ou que apresenta
um problema de saúde;
Verbal: responde somente quando estimulado > abre os olhos quando o socorrista
determina, mesmo que torne a fechá-lo novamente; aperta a mão do socorrista quando
ordenado;
Doloroso: somente responde ao estímulo doloroso > quando estimulado através de fricção
no esterno apresenta respostas motoras que indicam o grau de comprometimento
neurológico, em geral está inconsciente ou incapaz de se comunicar com o socorrista;
Irresponsivo: não apresenta nenhum tipo de resposta, mesmo sendo estimulado através
de ordens verbais ou dor. Apresenta um nível de consciência rebaixado indicando lesão
cerebral grave.
Analise secundária
O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas diversos
que possam ameaçar a sobrevivência da vítima, se não forem tratados
convenientemente. É um processo sistemático de obter informações e ajudar a
tranquilizar a vítima, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu
estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.
Os elementos que constituem a análise secundária são:
Entrevista Objetiva - Conseguir informações através da observação do local e do
mecanismo da lesão, questionando a vítima, seus parentes e as testemunhas.
Exame da cabeça aos pés - Realizar um avaliação pormenorizada da vítima, utilizando
os sentidos do tato, da visão, da audição e do olfato. Sintomas - são as impressões
transmitidas pela vítima, tais como: tontura, náusea, dores, etc.
Sinais vitais - Pulso e respiração.
Outros sinais - Cor e temperatura da pele, diâmetro das pupilas, etc.
Entrevista Subjetiva
A análise secundária não é um método fixo e imutável,
pelo contrário, ele é flexível e será conduzido de acordo
com as características do acidente e experiência do
socorrista.
De modo geral, deve-se, nessa fase, conseguir
informações como: nome da vítima, sua idade, se é
alérgica, se toma algum medicamento, se tem qualquer
problema de saúde, qual sua principal queixa, o que
aconteceu, onde estão seus pais ou parentes (se for uma
criança), se tem feito uso de algum medicamento ou se
apresenta algum antecedente clínico relevante para a sua
melhora.
Exame da cabeça aos pés
Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos.
O tempo total gasto para uma análise secundária poderá
ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os
sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o
exame do acidentado.
Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para
não movimentar desnecessariamente a vítima, pois
lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não
detectadas, poderão ser agravadas.
Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou
agravar lesões. Não explorar dentro de ferimentos,
fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao
redor dessas lesões.
O exame da cabeça aos pés é uma denominação
tradicional. Atualmente tem sido pacífico o entendimento
que a avaliação propriamente dita deva começar pelo
pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna
cervical.
Frequência respiratória e qualidade da
respiração
a) A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço;
b) Observar a expansão do tórax da vítima;
c) Palpar o pulso radial para evitar que a vítima perceba
que o socorrista está checando a respiração;
d) Observar os movimentos torácicos e contar durante
30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois),
obtendo a freqüência de movimentos respiratórios por
minuto (m.r.m.)
e) Se a respiração for irregular, contar durante 1 minuto.
Verificar frequência respiratória e qualidade da respiração
Quanto a qualidade:
- Normal;
- Superficial;
- Profunda;
- Rápida;
- Lenta
Quanto ao tipo
- Regular;
- Simétrica;
- Ruídos anormais.
Respiração em repouso
Frequência
Idade acima de 8 anos Normal – de12 a 20 RPM
Lento – menor que 12 RPM
Rápido – maior que 20 RPM
Idade entre 1 a 8 anos Normal – de 20 a 40 RPM
Lento – menor que 20 RPM
Rápido – maior que 40 RPM
Idade abaixo de 1 ano Normal – de 40 a 60 RPM
Lento – menor que 40 RPM
Rápido – maior que 60 RPM
Verificar frequência cardíaca e qualidade do pulso
Quanto a qualidade:
- Regular ou irregular;
- Fraco ou forte;
- Lento normal ou rápido.
Quanto ao tipo
- Regular;
- Simétrica;
- Ruídos anormais.
Cor da pele Motivador de alterações
Pulso rápido e forte Hipertensão, susto, medo
Pulso rápido e fraco Hemorragia, desidratação
Pulso ausente Parada cardíaca, lesão arterial
Verificar pressão arterial
1 - Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do
coração. Use, sempre que possível, o braço não
traumatizado.
2 - Localize o manômetro de modo a visualizar
claramente os valores da medida.
3 - Selecione o tamanho da braçadeira para adultos ou
crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40%
da circunferência braquial e seu comprimento a 80%.
4 - Localize a artéria braquial ao longo da face interna
superior do braço palpando - a.
5 - Envolva a braçadeira, suave e confortavelmente, em
torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria
braquial. Mantenha a margem inferior da braçadeira
2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontre o centro do
manguito dobrando ao meio.
6 - Determine o nível máximo de insuflação palpando o
pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor
(pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg
7 - Desinsufle rapidamente o manguito e espere de 15 a 30
segundos antes de insuflá-lo novamente.
8 - Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada
abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve
ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a
pele em todos os pontos.
9 - Feche a válvula da pera e insufle o manguito rapidamente
até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada.
10 - Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2
a 3 mmHg por segundo.
11 - Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no
manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento
regular audível.
12 - Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no
manômetro o ponto correspondente ao último batimento
regular audível.
13 - Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao
completo desaparecimento dos batimentos.
14) Retire o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente
afim de evitar danos.
15) Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min
Valores normais de pressão arterial
O resultado poderá apresentar-se:
- Normal (normotenso);
- Alterado (hipertensão ou hipotensão);
- Na faixa etária adulta os valores limites de PA são: PAS 140 mmHg – PAD 90 mmHg.
Idoso – acima de 50 anos 140-160/90-100 mmHg
Idade acima de 16 anos 120/80 mmHg
Idade – 16 anos 118/75 mmHg Idade – 6 anos 95/62 mmHg
Idade – 12 anos 108/67 mmHg Idade – 4 anos 85/60 mmHg
Idade – 10 anos 100/65 mmHg RN (3Kg) 52/30 mmHg
Avaliação das pupilas
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e
possuem contornos regulares.
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas
viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de
relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação
ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas
vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular
cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas
e não respondem à luz.
Observe: reatividade, igualdade e tamanho das pupilas.
Analise as alterações:
1 - Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as
em: reativas ou arreativas;
2 - Observar a simetria entre as pupilas classificando-as
em: isocóricas ou anisocóricas;
3 - Observar o tamanho das pupilas classificando-as em:
midriáticas (midríase) ou mióticas (miose).
Alterações das pupilas
Tipo Possível motivador das alterações
Midríase paralítica Morte cerebral
Miose Uso de alguns tipos de drogas
Anisocoria Lesão cerebral localizada devido a TCE,
AVC
Exame da cabeça aos pés
Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos.
O tempo total gasto para uma análise secundária poderá
ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os
sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o
exame do acidentado.
Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para
não movimentar desnecessariamente a vítima, pois
lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não
detectadas, poderão ser agravadas.
Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou
agravar lesões. Não explorar dentro de ferimentos,
fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao
redor dessas lesões.
O exame da cabeça aos pés é uma denominação
tradicional. Atualmente tem sido pacífico o entendimento
que a avaliação propriamente dita deva começar pelo
pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna
cervical.
Exame da cabeça aos pés
1 - Cabeça: palpar o crânio com os polegares fixos na
região frontal, mantendo o controle cervical. Palpar as
órbitas.
Simultaneamente, inspecionar cor e integridade da pele
da face, hemorragia e liqüorragia pelo nariz e ouvidos,
hematoma retroauricular (sugestivo de fratura de coluna
cervical alta ou base de crânio), simetria da face,
hemorragia e laceração dos olhos e fotorreatividade
pupilar (não a valorize em olho traumatizado). Retirar
corpos estranhos (lentes de contato e próteses dentárias
móveis) eventualmente remanescentes.
Exame da cabeça aos pés
2 - Pescoço: inspecionar o alinhamento da traquéia e a
simetria do pescoço. Palpar a cartilagem tireoide e a
musculatura bilateral. Inspecionar as veias jugulares: se
ingurgitadas, principalmente com piora na inspiração,
preocupar-se com lesão intratorácica grave (derrame de
sangue no pericárdio, impedindo os movimentos
normais do coração: hemopericárdio com
tamponamento cardíaco). Palpar as artérias carótidas
separadamente e a coluna cervical, verificando
alinhamento, aumento de volume, crepitação e rigidez
muscular. Completado o exame, colocar o colar cervical.
Escolha e colocação do colar cervical
Colocação do colar cervical
Exame da cabeça aos pés
4 - Abdômen: inspecionar sinais de contusão,
distensão e mobilidade. Palpar delicadamente,
analisando sensibilidade e rigidez de parede
(abdômen em tábua).
3 - Tórax: inspecionar a caixa torácica (face anterior),
buscando simetria anatômica e funcional, respiração
paradoxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma
(sinais de contusão) e ferimentos. Palpar as clavículas
separadamente, buscando dor e crepitação. Palpar
os arcos costais e esterno em busca de rigidez
muscular, flacidez e crepitação. Examinar até a linha
axilar posterior.
Exame da cabeça aos pés
5 - Quadril: afastar e aproximar a crista ilíaca em relação
à linha média, analisando mobilidade anormal e produção
de dor. Palpar o púbis no sentido antero-posterior. A
região genital também deve ser avaliada, sugerindo haver
lesão conforme as queixas da vítima ou o mecanismo de
trauma.
6 - Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das
coxas até os pés. Observar ferimento, alinhamento,
deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a
roupa onde suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar
calçados e meias. Examinar a mobilidade articular ativa e
passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão,
extensão e rotação de todas as articulações. Palpar
pulsos em tornozelos e pés. Testar sensibilidade,
motricidade e enchimento capilar.
Exame da cabeça aos pés
7 - Membros superiores: inspecionar e palpar dos
ombros às mãos. Observar ferimento, alinhamento,
deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa
onde suspeitar de ferimento ou fratura. Palpar os pulsos
radiais. Testar a mobilidade ativa e passiva. Executar
movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e
rotação de todas as articulações. Testar a simetria da
força muscular nas mãos. Verificar sensibilidade,
motricidade e enchimento capilar.
8 - Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa
graus para examinar o dorso. Inspecionar alinhamento da
coluna vertebral e simetria das duas metades do dorso.
Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à procura
de edema, hematoma e crepitação. Terminado o exame
do dorso, rolar a vítima sobre a prancha de imobilização
dorsal.
Entrevista – Análise subjetiva
Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o
atendimento, concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar
no atendimento, usando a regra mnemônica AMPLA:
A Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer
substância que saiba ser alérgico ou que tenha tido contato;
M Medicamentos em uso: toma medicamento regularmente, prescrito por
médico ou automedicação, tipo, destinado a que problema; use as palavras
“medicação” ou “remédio”, evite o uso da expressão “droga”, pois pode inibir a
pessoa ou quem esteja sendo questionado;
P Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco,
renal crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais
os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações hospitalares?;
L Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu?
(alguns alimentos podem causar consequências no organismo ou agravar a
condição clínica da vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a
equipe médica que vier a receber a vítima no hospital, precisa saber quando foi
a última refeição);
A Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem
dar indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos
de medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.
A expressão Treinamento refere-se à aquisição de conhecimento, habilidades e competências como resultado de formação
profissional ou do ensino de habilidades práticas relacionadas à competências úteis específicas, Além do treino básico exigido
por um ofício, ocupação ou profissão, os avanços tecnológicos e a competitividade do mundo moderno exigem que os
trabalhadores atualizem constantemente suas habilidades, ao longo de toda sua vida profissional.
FIM
Referências: Manual de atendimento pré-hospitalar CBPR/SIATE 2006 Protocolo de operações padrão POP - SAMU 2011Guidelines AHA 2010
Santiago Amaro da Silva
subdelegado municipal da cidade de Ferraz de Vasconcelos – SP
A Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma associação especializada na
realização de projetos de emergência para os impactos dos riscos naturais, com efeitos
catastróficos, e realização de projetos de cooperação para o desenvolvimento de instituições
Latino-Americanas de Incêndio desfavorecidas. A Organização é formada por profissionais
de diferentes setores da área de atendimento a emergências, bem como outros profissionais
de diversos outros setores técnicos que compartilham a seguinte declaração:
As motivações dos membros Bombeiros Unidos Sem Fronteiras para aderir à Associação
são variados e pessoais, com o ponto de junção a crença de que a formação e a experiência
podem ajudar em situações de desastre e desenvolvimento da Rede Latino-Americana de
Instituições de Incêndio e Atendimento a Emergências.
Os membros do Bombeiros Unidos Sem Fronteiras respeitam qualquer credo religioso ou
ideologia política, mas não sujeitas à influência de ninguém, portanto, a Associação de
Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma entidade a política.
Aceita o princípio da fraternidade e colaboração entre todos os povos da Terra, baseando
sua assistência em critérios objetivos, sem preferência de qualquer espécie.
A ajuda deve ser solicitada e totalmente aceita pela população da área atingida, que sempre
participa ativamente no desenvolvimento dos projetos. Não existe por membros dos
bombeiros Unidos Sem Fronteiras, associação na interferência nos assuntos locais.
Os membros dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras respeitam e valorizam em todos os
momentos, a cultura, costumes, religião, meio ambiente e outros aspectos da área de
recepção de apoio, tem por obrigação se adaptarem as necessidades específicas do local e
incorporando as técnicas de trabalho em conjunto com outras organizações locais que
devem ser executadas. Estão comprometidos em servir como elementos operacionais, de
conscientização e sensibilização da situação dessas áreas dentro da cultura social local.
Os Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma entidade declarada como autônoma e
independente de qualquer pressão, estado, governo, associação política ou religiosa ou de
qualquer empresa ou do sindicato nacional e internacional.
Os Bombeiros Unidos Sem Fronteiras não prestarão os seus serviços às causas para fins
bélicos, ou atividades que ameaçam o meio ambiente ou à dignidade humana.
Anônima e voluntariamente, o membro dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras – Brasil não
procurará status em suas ações ou mesmo obter lucros financeiros ou profissionais das
atividades de respostas emergenciais. Os projetos desenvolvidos de controle ou de riscos
realizados em outros países, deverão ser cumpridos de acordo com as obrigações
anteriormente acertadas desde que sem riscos para seus membros, comprometendo-se a
terminar a missão, uma vez aceita, estando ciente de que representam a instituição. A
obtenção de fundos será dedicada exclusivamente para a realização dos seus objetivos.
Além das finalidades de atendimento a emergências dentro do Território Brasileiro, a
Bombeiros Unidos Sem Fronteiras pode dentro dos recursos financeiros existentes e
condições humanas capacitadas, atender quaisquer países componentes da CPLP -
Comunidade de Países de Língua Portuguesa ou outros demais que venham a solicitar
ajudar ou autorizar entrada dos membros da entidade em seus territórios.