Analise primária e secundária

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Antes de qualquer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-se obedecer a uma sequencia padronizada de procedimentos que permitirá determinar qual o principal problema associado com a lesão ou doença e quais serão as medidas a serem tomadas para corrigi-lo.

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Este projeto destina-se a capacitação em suporte básico de vida SBV, visando ampliar os

conhecimentos técnicos dos profissionais que atuarão como socorristas, é de livre uso, sendo

permitido copiar e/ou distribuir, devendo assim permanecer em constante evolução.

O treinamento constante e reciclagem consistem a base para a adequada

formação/requalificação do profissional .

*Emergências que requeiram ações médicas e de enfermagem deverão ser realizadas

pelos competentes profissionais do serviço público ou do setor privado de saúde

Sugestões para alteração e/ou correção para [email protected] (citando eventuais

fontes originarias destas alterações)

Santiago Amaro da Silva

subdelegado municipal da cidade de Ferraz de Vasconcelos – SP

[email protected]

[email protected]

BUSF-BRASIL

Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras

COMUNIDADE DE PAISES DE LINGUA PORTUGUESA

BUSF-BRASIL

Page 3: Analise primária e secundária

Primeiros socorrosAtendimento prestado, inclusive por leigos, para manter a

vida e evitar o agravamento das condições até o

recebimento da assistência especializada.

Atendimento pré-hospitalarAtendimento prestado por profissionais da área da

saúde,treinados e capacitados para prover

os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e

sistematizada, seguido de transporte até serviço

de saúde que proporcionará o tratamento definitivo.

ResgateConsiste na retirada do indivíduo de um local, por vezes

de difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair

sozinho em segurança. Pode ser necessário o uso de

materiais e equipamentos especiais para efetuar a

retirada, além de treinamento específico para realizar

esses procedimentos.

Page 4: Analise primária e secundária

Avaliação inicial

No atendimento às vítimas, deve-se seguir procedimentos que permitirão determinar qual

o principal problema associado á lesão ou doença e quais serão as medidas a serem

tomadas para corrigi-lo.

Essa sequencia padronizada é conhecida como exame, a vítima deve ser examinada

para que, com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as prioridades do

atendimento sejam estabelecidas, levando em conta aspectos subjetivos, tais como:

O local da ocorrência é seguro?

Será necessário movimentar a vítima?

Há mais de uma vítima, se sim pode-se dar conta de todas as vítimas?

A vítima está consciente, tenta falar algo, ou aponta para qualquer parte?

As testemunhas estão tentando dar alguma informação?

Qual o mecanismos da lesão, há algum objeto caído próximo da vítima, como escada,

moto, bicicleta, andaime e etc.

Co relação a deformidades e lesões, a vítima está caída em posição estranha, está

queimada ou há sinais de esmagamento de algum membro?

Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima, ela vomitou, ela está tendo convulsões?

As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns

segundos, são extremamente valiosas na sequencia do exame, que é subdividido em

duas partes: a análise primária e secundária da vítima.

Page 5: Analise primária e secundária

Abordagem inicial

Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da

mesma está voltada, garantindo-lhe o controle cervical.

Observar se a vítima está consciente e respirando.

Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da

abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que

aconteceu com ela, uma resposta adequada permite

esclarecer que a vítima está consciente, que as vias

aéreas estão permeáveis e que respira.

Caso não haja resposta, estimule a vitima tátil e

verbalmente, pressionando-a gentilmente pelos ombros e

perguntando por três vezes: "Ei, você está bem?".

Caso não haja resposta inicie a analise primária.

Obs. Cuidado para evitar manipular a vítima mais do que o necessário.

Page 6: Analise primária e secundária

Analise primária

É uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é necessária para

se detectar as condições que colocam em risco iminente a vida da vítima.

Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas:

A - Permeabilidade da via aérea e proteção da coluna cervical;

B - Ventilação e respiração;

C - Circulação e controle de hemorragias;

D - Avaliação neurológica

E - Exposição e proteção da hipotermia

Obs. Tradução do inglês: A airway, B breathing, C circulation, D dsability e E exposure.

Page 7: Analise primária e secundária

Chin Lift (inclinação da cabeça e elevação do mento)

Para as vítimas que tem afastada a possibilidade de

lesão cervical, o método consiste na colocação dos

dedos, indicador, médio e anular, no maxilar da vítima,

com o indicador na parte central do queixo, que será

suavemente empurrado para cima enquanto a palma da

outra mão será colocada na testa, empurrando a cabeça

e fazendo-a realizar uma suave rotação.

Jaw Thrust (tração da mandíbula)

Para as vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical,

o método anterior é contraindicado. Para esses casos,

deve-se empregar a tríplice manobra, na qual o

socorrista, posicionando-se ajoelhado, atrás da cabeça

da vítima, coloca os polegares na região zigomática

(maça do rosto da vítima), os indicadores na mandíbula e

os demais dedos na nuca da vítima e exerce tração em

sua direção. Enquanto traciona, os indicadores,

posicionados nos ângulos da mandíbula, empurram-na

para cima.

Permeabilidade da via aérea e proteção da coluna cervical

Page 8: Analise primária e secundária

Manobra de tração do queixoExecutada por socorrista atendendo isoladamente uma

vítima de trauma, o socorrista apoia os dedos indicador,

médio e anelar de uma de suas mãos abaixo do queixo

da vítima e com o polegar da mesma mão posicionado

anteriormente ao mento, traciona a mandíbula para frente

e para cima, segurando-a firmemente, mantendo a boca

aberta. A outra mão deverá estar sobre a região frontal

(testa), mantendo a cabeça fixa.

Atenção: a manipulação errada pode resultar em

consequências graves, como lesão na medula espinhal

ou agravar o trauma na coluna (além do sintoma mais

aparente da tetraplegia, pessoas que sobrevivem à lesão

têm risco de outras complicações médicas como dor

crônica, disfunções na bexiga e intestino, assim como

elevação na probabilidade de problemas cardíacos e

respiratórios.

Page 9: Analise primária e secundária

Ventilação e respiração

Empregar a técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”,

através da seguinte forma:

Após liberar as vias aéreas superiores da vitima

através da manobra indicada, Aproximar o

ouvido da boca e nariz da vítima voltando a face

para seu tórax

Ver - Observar os movimentos do tórax

(expansão torácica);

Ouvir - Ouvir os ruídos próprios da respiração;

Sentir - Sentir a saída de ar das VAS da vítima.

Page 10: Analise primária e secundária

Circulação e controle de hemorragias

Palpar pulso carotídeo (adulto)

Localizando a artéria carótidaSe a vítima não respirar, deve-se determinar o pulso na

artéria carótida. Começar por localizar na vítima a

proeminência laríngea (pomo de Adão), colocando o

dedo indicador e médio nesse local e deslizando-o para

a lateral do pescoço, entre a traquéia e a parede do

músculo ali existente. Nesse local encontra-se uma

depressão, onde poderá ser sentido o pulso carotídeo

(a palpação deve ser suave, pois a aplicação de

pressão excessiva causa compressão da artéria)

Procurar a presença de pulso por cinco segundos, para

evitar confusões em pacientes bradicárdicos (pulso

lento).

Obs. a realização de compressões torácicas em pacientes com pulso pode causar complicações.

Page 11: Analise primária e secundária

Circulação e controle de hemorragias

Palpar pulso radial (adulto)

Localizando a artéria radial

O pulso radial é palpado no pulso ao lado do polegar

lateralmente ao tendão, é verificado geralmente em

pacientes adultos e responsivos sendo que para palpá-

los empregam-se os dedos indicador e médio, com o

polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo

que o examinador usa a mão direita para examinar o

pulso esquerdo e vice versa.

Artéria radial

Page 12: Analise primária e secundária

Circulação e controle de hemorragias

Palpar pulso braquial (recém-nascido/lactente)

Localizando a artéria braquial

No recém-nascido/lactente (consciente ou

inconsciente) pode-se constar circulação palpando

pulso braquial, palpado na parte carnosa do braço,

logo abaixo do bíceps o pulso braquial é o mais

fácil de localizar e o mais confiável em uma criança pequena.

Page 13: Analise primária e secundária

Circulação e controle de hemorragias

Verificar a perfusão capilar na extremidade

É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha

ou nos lábios, passando a coloração de rosada para

pálida. Retirando a pressão, a coloração rosada deve

retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o

tempo ultrapassar dois segundos é sinal de que a

circulação periférica está comprometida

(oxigenação/perfusão inadequadas).

Obs. Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação é prejudicada.

Perfusão Motivador de alterações

Retorna-se em até 2 segundos Normal

Retorna-se após 2 segundos Hemorragia intensa

Se não retorna Choque - PCR

Page 14: Analise primária e secundária

Exposição e proteção da hipotermia

Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será

efetuado.

- Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para

identificar sinais de lesões ou de emergências clínicas.

- Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia.

- Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos.

- Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as partes íntimas

de seu corpo.

- Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que

isso não implique em prejuízo para o atendimento com consequente risco de vida.

- Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados; quando necessário

cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba, evitando meios de fortuna que

possam contaminar ou agravar ferimentos.

- Relacionar os pertences do acidentado, mesmo danificados, e entregá-los no hospital,

à pessoa responsável pela vítima devidamente identificada ou à Chefia de Enfermagem,

no hospital.

Page 15: Analise primária e secundária

Verificar a temperatura, umidade e coloração da pele na testa da

vítima (TUC)

A temperatura normal do corpo é de 36.2 a 36.8 ºC. A pele é responsável, em grande parte,

pela regulação desta temperatura, irradiando o calor através dos vasos sanguíneos

subcutâneos e evaporando água sob forma de suor.

Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a um

traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente produz

uma pele fria e seca.

Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma doença, ou ser o resultado de

uma exposição excessiva ao calor, como na insolação.

A pele humana é a grande responsável pela regulação da temperatura. Poderá apresentar-se: normal, quente, fria, seca ou úmida.

Utilize o dorso da mão colocada na testa da vítima, remova parcialmente a luva de

procedimento expondo o dorso da mão para a verificação, observe a face da vítima durante

a verificação.

Page 16: Analise primária e secundária

Analise:

1 - Temperatura e umidade da pele.

2 - Coloração da pele.

A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos

sanguíneos subcutâneos.

Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque

ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência

cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento.

Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido

de carbono (CO) e na insolação.

Alterações na coloração da pele podem indicar patologias (doenças) ou alterações

vasculares periféricas decorrentes de traumatismos. Em pessoas de raça negra, a cianose da pele deve ser verificada na mucosa nasal e na parte interna dos lábios.

Temperatura e umidade da pele Motivador de alterações

Pele fria, pálida e úmida Perda sanguínea

Pele fria e seca Exposição ao frio

Pele quente e seca Insolação

Pele quente e úmida Hipertermia (febre), intermação

Page 17: Analise primária e secundária

Verificar a presença de hemorragias que ameacem a vida

1 - Visualizar a parte anterior do corpo da vítima;

2 - Apalpar a parte posterior do corpo da vítima;

3 - Dispensar atenção inicialmente às hemorragias intensas, direcionando o exame da

cabeça em direção aos pés;4 - Procurar por poças e manchas de sangue nas vestes.

Cor da pele Motivador das alterações

Pálida Choque hemodinâmico, ataque cardíaco, hemorragia.

Cianose (arroxeada) Deficiência respiratória, arritmia cardíaca, hipóxia, doenças

pulmonares, envenenamentos.

Icterícia (amarelada) Doença hepática (fígado)

Hiperemia (avermelhada) Hipertensão, insolação, alergias, diabetes, choque anafilático.

Page 18: Analise primária e secundária

Avaliação neurológica

Realizar exame neurológico sucinto AVDI

Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e

físicos. Quaisquer alterações deste estado podem ser indicativas de doença ou trauma.

O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do

sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão

mental por embriaguez, até coma profundo, como resultado de uma lesão craniana ou

envenenamento.Serve para indicar se há ou não comprometimento neurológico (como se

fosse uma Escala de Coma de Glasgow simplificada) e fornecer parâmetros para o

socorrista definir a gravidade do caso.

Alerta: está orientado no tempo, espaço e contexto > fornece informações corretas

relativos à data e dia da semana, sabe o próprio nome, indica para onde se dirigia no

momento do acidente, está ciente de que está envolvido em um acidente ou que apresenta

um problema de saúde;

Verbal: responde somente quando estimulado > abre os olhos quando o socorrista

determina, mesmo que torne a fechá-lo novamente; aperta a mão do socorrista quando

ordenado;

Doloroso: somente responde ao estímulo doloroso > quando estimulado através de fricção

no esterno apresenta respostas motoras que indicam o grau de comprometimento

neurológico, em geral está inconsciente ou incapaz de se comunicar com o socorrista;

Irresponsivo: não apresenta nenhum tipo de resposta, mesmo sendo estimulado através

de ordens verbais ou dor. Apresenta um nível de consciência rebaixado indicando lesão

cerebral grave.

Page 19: Analise primária e secundária

Analise secundária

O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas diversos

que possam ameaçar a sobrevivência da vítima, se não forem tratados

convenientemente. É um processo sistemático de obter informações e ajudar a

tranquilizar a vítima, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu

estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.

Os elementos que constituem a análise secundária são:

Entrevista Objetiva - Conseguir informações através da observação do local e do

mecanismo da lesão, questionando a vítima, seus parentes e as testemunhas.

Exame da cabeça aos pés - Realizar um avaliação pormenorizada da vítima, utilizando

os sentidos do tato, da visão, da audição e do olfato. Sintomas - são as impressões

transmitidas pela vítima, tais como: tontura, náusea, dores, etc.

Sinais vitais - Pulso e respiração.

Outros sinais - Cor e temperatura da pele, diâmetro das pupilas, etc.

Page 20: Analise primária e secundária

Entrevista Subjetiva

A análise secundária não é um método fixo e imutável,

pelo contrário, ele é flexível e será conduzido de acordo

com as características do acidente e experiência do

socorrista.

De modo geral, deve-se, nessa fase, conseguir

informações como: nome da vítima, sua idade, se é

alérgica, se toma algum medicamento, se tem qualquer

problema de saúde, qual sua principal queixa, o que

aconteceu, onde estão seus pais ou parentes (se for uma

criança), se tem feito uso de algum medicamento ou se

apresenta algum antecedente clínico relevante para a sua

melhora.

Page 21: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos.

O tempo total gasto para uma análise secundária poderá

ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os

sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o

exame do acidentado.

Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para

não movimentar desnecessariamente a vítima, pois

lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não

detectadas, poderão ser agravadas.

Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou

agravar lesões. Não explorar dentro de ferimentos,

fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao

redor dessas lesões.

O exame da cabeça aos pés é uma denominação

tradicional. Atualmente tem sido pacífico o entendimento

que a avaliação propriamente dita deva começar pelo

pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna

cervical.

Page 22: Analise primária e secundária

Frequência respiratória e qualidade da

respiração

a) A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço;

b) Observar a expansão do tórax da vítima;

c) Palpar o pulso radial para evitar que a vítima perceba

que o socorrista está checando a respiração;

d) Observar os movimentos torácicos e contar durante

30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois),

obtendo a freqüência de movimentos respiratórios por

minuto (m.r.m.)

e) Se a respiração for irregular, contar durante 1 minuto.

Page 23: Analise primária e secundária

Verificar frequência respiratória e qualidade da respiração

Quanto a qualidade:

- Normal;

- Superficial;

- Profunda;

- Rápida;

- Lenta

Quanto ao tipo

- Regular;

- Simétrica;

- Ruídos anormais.

Respiração em repouso

Frequência

Idade acima de 8 anos Normal – de12 a 20 RPM

Lento – menor que 12 RPM

Rápido – maior que 20 RPM

Idade entre 1 a 8 anos Normal – de 20 a 40 RPM

Lento – menor que 20 RPM

Rápido – maior que 40 RPM

Idade abaixo de 1 ano Normal – de 40 a 60 RPM

Lento – menor que 40 RPM

Rápido – maior que 60 RPM

Page 24: Analise primária e secundária

Verificar frequência cardíaca e qualidade do pulso

Quanto a qualidade:

- Regular ou irregular;

- Fraco ou forte;

- Lento normal ou rápido.

Quanto ao tipo

- Regular;

- Simétrica;

- Ruídos anormais.

Cor da pele Motivador de alterações

Pulso rápido e forte Hipertensão, susto, medo

Pulso rápido e fraco Hemorragia, desidratação

Pulso ausente Parada cardíaca, lesão arterial

Page 25: Analise primária e secundária

Verificar pressão arterial

1 - Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do

coração. Use, sempre que possível, o braço não

traumatizado.

2 - Localize o manômetro de modo a visualizar

claramente os valores da medida.

3 - Selecione o tamanho da braçadeira para adultos ou

crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40%

da circunferência braquial e seu comprimento a 80%.

4 - Localize a artéria braquial ao longo da face interna

superior do braço palpando - a.

5 - Envolva a braçadeira, suave e confortavelmente, em

torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria

braquial. Mantenha a margem inferior da braçadeira

2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontre o centro do

manguito dobrando ao meio.

6 - Determine o nível máximo de insuflação palpando o

pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor

(pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg

Page 26: Analise primária e secundária

7 - Desinsufle rapidamente o manguito e espere de 15 a 30

segundos antes de insuflá-lo novamente.

8 - Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada

abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve

ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a

pele em todos os pontos.

9 - Feche a válvula da pera e insufle o manguito rapidamente

até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada.

10 - Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2

a 3 mmHg por segundo.

11 - Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no

manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento

regular audível.

12 - Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no

manômetro o ponto correspondente ao último batimento

regular audível.

13 - Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao

completo desaparecimento dos batimentos.

14) Retire o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente

afim de evitar danos.

15) Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min

Page 27: Analise primária e secundária

Valores normais de pressão arterial

O resultado poderá apresentar-se:

- Normal (normotenso);

- Alterado (hipertensão ou hipotensão);

- Na faixa etária adulta os valores limites de PA são: PAS 140 mmHg – PAD 90 mmHg.

Idoso – acima de 50 anos 140-160/90-100 mmHg

Idade acima de 16 anos 120/80 mmHg

Idade – 16 anos 118/75 mmHg Idade – 6 anos 95/62 mmHg

Idade – 12 anos 108/67 mmHg Idade – 4 anos 85/60 mmHg

Idade – 10 anos 100/65 mmHg RN (3Kg) 52/30 mmHg

Page 28: Analise primária e secundária

Avaliação das pupilas

As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e

possuem contornos regulares.

Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas

viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de

relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação

ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.

As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas

vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular

cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas

e não respondem à luz.

Observe: reatividade, igualdade e tamanho das pupilas.

Analise as alterações:

1 - Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as

em: reativas ou arreativas;

2 - Observar a simetria entre as pupilas classificando-as

em: isocóricas ou anisocóricas;

3 - Observar o tamanho das pupilas classificando-as em:

midriáticas (midríase) ou mióticas (miose).

Page 29: Analise primária e secundária

Alterações das pupilas

Tipo Possível motivador das alterações

Midríase paralítica Morte cerebral

Miose Uso de alguns tipos de drogas

Anisocoria Lesão cerebral localizada devido a TCE,

AVC

Page 30: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos.

O tempo total gasto para uma análise secundária poderá

ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os

sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o

exame do acidentado.

Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para

não movimentar desnecessariamente a vítima, pois

lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não

detectadas, poderão ser agravadas.

Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou

agravar lesões. Não explorar dentro de ferimentos,

fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao

redor dessas lesões.

O exame da cabeça aos pés é uma denominação

tradicional. Atualmente tem sido pacífico o entendimento

que a avaliação propriamente dita deva começar pelo

pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna

cervical.

Page 31: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

1 - Cabeça: palpar o crânio com os polegares fixos na

região frontal, mantendo o controle cervical. Palpar as

órbitas.

Simultaneamente, inspecionar cor e integridade da pele

da face, hemorragia e liqüorragia pelo nariz e ouvidos,

hematoma retroauricular (sugestivo de fratura de coluna

cervical alta ou base de crânio), simetria da face,

hemorragia e laceração dos olhos e fotorreatividade

pupilar (não a valorize em olho traumatizado). Retirar

corpos estranhos (lentes de contato e próteses dentárias

móveis) eventualmente remanescentes.

Page 32: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

2 - Pescoço: inspecionar o alinhamento da traquéia e a

simetria do pescoço. Palpar a cartilagem tireoide e a

musculatura bilateral. Inspecionar as veias jugulares: se

ingurgitadas, principalmente com piora na inspiração,

preocupar-se com lesão intratorácica grave (derrame de

sangue no pericárdio, impedindo os movimentos

normais do coração: hemopericárdio com

tamponamento cardíaco). Palpar as artérias carótidas

separadamente e a coluna cervical, verificando

alinhamento, aumento de volume, crepitação e rigidez

muscular. Completado o exame, colocar o colar cervical.

Page 33: Analise primária e secundária

Escolha e colocação do colar cervical

Page 34: Analise primária e secundária

Colocação do colar cervical

Page 35: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

4 - Abdômen: inspecionar sinais de contusão,

distensão e mobilidade. Palpar delicadamente,

analisando sensibilidade e rigidez de parede

(abdômen em tábua).

3 - Tórax: inspecionar a caixa torácica (face anterior),

buscando simetria anatômica e funcional, respiração

paradoxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma

(sinais de contusão) e ferimentos. Palpar as clavículas

separadamente, buscando dor e crepitação. Palpar

os arcos costais e esterno em busca de rigidez

muscular, flacidez e crepitação. Examinar até a linha

axilar posterior.

Page 36: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

5 - Quadril: afastar e aproximar a crista ilíaca em relação

à linha média, analisando mobilidade anormal e produção

de dor. Palpar o púbis no sentido antero-posterior. A

região genital também deve ser avaliada, sugerindo haver

lesão conforme as queixas da vítima ou o mecanismo de

trauma.

6 - Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das

coxas até os pés. Observar ferimento, alinhamento,

deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a

roupa onde suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar

calçados e meias. Examinar a mobilidade articular ativa e

passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão,

extensão e rotação de todas as articulações. Palpar

pulsos em tornozelos e pés. Testar sensibilidade,

motricidade e enchimento capilar.

Page 37: Analise primária e secundária

Exame da cabeça aos pés

7 - Membros superiores: inspecionar e palpar dos

ombros às mãos. Observar ferimento, alinhamento,

deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa

onde suspeitar de ferimento ou fratura. Palpar os pulsos

radiais. Testar a mobilidade ativa e passiva. Executar

movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e

rotação de todas as articulações. Testar a simetria da

força muscular nas mãos. Verificar sensibilidade,

motricidade e enchimento capilar.

8 - Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa

graus para examinar o dorso. Inspecionar alinhamento da

coluna vertebral e simetria das duas metades do dorso.

Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à procura

de edema, hematoma e crepitação. Terminado o exame

do dorso, rolar a vítima sobre a prancha de imobilização

dorsal.

Page 38: Analise primária e secundária

Entrevista – Análise subjetiva

Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o

atendimento, concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar

no atendimento, usando a regra mnemônica AMPLA:

A Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer

substância que saiba ser alérgico ou que tenha tido contato;

M Medicamentos em uso: toma medicamento regularmente, prescrito por

médico ou automedicação, tipo, destinado a que problema; use as palavras

“medicação” ou “remédio”, evite o uso da expressão “droga”, pois pode inibir a

pessoa ou quem esteja sendo questionado;

P Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco,

renal crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais

os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações hospitalares?;

L Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu?

(alguns alimentos podem causar consequências no organismo ou agravar a

condição clínica da vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a

equipe médica que vier a receber a vítima no hospital, precisa saber quando foi

a última refeição);

A Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem

dar indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos

de medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.

Page 39: Analise primária e secundária

A expressão Treinamento refere-se à aquisição de conhecimento, habilidades e competências como resultado de formação

profissional ou do ensino de habilidades práticas relacionadas à competências úteis específicas, Além do treino básico exigido

por um ofício, ocupação ou profissão, os avanços tecnológicos e a competitividade do mundo moderno exigem que os

trabalhadores atualizem constantemente suas habilidades, ao longo de toda sua vida profissional.

FIM

Page 40: Analise primária e secundária

Referências: Manual de atendimento pré-hospitalar CBPR/SIATE 2006 Protocolo de operações padrão POP - SAMU 2011Guidelines AHA 2010

Santiago Amaro da Silva

subdelegado municipal da cidade de Ferraz de Vasconcelos – SP

[email protected]

[email protected]

Page 41: Analise primária e secundária

A Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma associação especializada na

realização de projetos de emergência para os impactos dos riscos naturais, com efeitos

catastróficos, e realização de projetos de cooperação para o desenvolvimento de instituições

Latino-Americanas de Incêndio desfavorecidas. A Organização é formada por profissionais

de diferentes setores da área de atendimento a emergências, bem como outros profissionais

de diversos outros setores técnicos que compartilham a seguinte declaração:

As motivações dos membros Bombeiros Unidos Sem Fronteiras para aderir à Associação

são variados e pessoais, com o ponto de junção a crença de que a formação e a experiência

podem ajudar em situações de desastre e desenvolvimento da Rede Latino-Americana de

Instituições de Incêndio e Atendimento a Emergências.

Os membros do Bombeiros Unidos Sem Fronteiras respeitam qualquer credo religioso ou

ideologia política, mas não sujeitas à influência de ninguém, portanto, a Associação de

Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma entidade a política.

Aceita o princípio da fraternidade e colaboração entre todos os povos da Terra, baseando

sua assistência em critérios objetivos, sem preferência de qualquer espécie.

A ajuda deve ser solicitada e totalmente aceita pela população da área atingida, que sempre

participa ativamente no desenvolvimento dos projetos. Não existe por membros dos

bombeiros Unidos Sem Fronteiras, associação na interferência nos assuntos locais.

Os membros dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras respeitam e valorizam em todos os

momentos, a cultura, costumes, religião, meio ambiente e outros aspectos da área de

recepção de apoio, tem por obrigação se adaptarem as necessidades específicas do local e

incorporando as técnicas de trabalho em conjunto com outras organizações locais que

devem ser executadas. Estão comprometidos em servir como elementos operacionais, de

conscientização e sensibilização da situação dessas áreas dentro da cultura social local.

Os Bombeiros Unidos Sem Fronteiras é uma entidade declarada como autônoma e

independente de qualquer pressão, estado, governo, associação política ou religiosa ou de

qualquer empresa ou do sindicato nacional e internacional.

Os Bombeiros Unidos Sem Fronteiras não prestarão os seus serviços às causas para fins

bélicos, ou atividades que ameaçam o meio ambiente ou à dignidade humana.

Anônima e voluntariamente, o membro dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras – Brasil não

procurará status em suas ações ou mesmo obter lucros financeiros ou profissionais das

atividades de respostas emergenciais. Os projetos desenvolvidos de controle ou de riscos

realizados em outros países, deverão ser cumpridos de acordo com as obrigações

anteriormente acertadas desde que sem riscos para seus membros, comprometendo-se a

terminar a missão, uma vez aceita, estando ciente de que representam a instituição. A

obtenção de fundos será dedicada exclusivamente para a realização dos seus objetivos.

Além das finalidades de atendimento a emergências dentro do Território Brasileiro, a

Bombeiros Unidos Sem Fronteiras pode dentro dos recursos financeiros existentes e

condições humanas capacitadas, atender quaisquer países componentes da CPLP -

Comunidade de Países de Língua Portuguesa ou outros demais que venham a solicitar

ajudar ou autorizar entrada dos membros da entidade em seus territórios.