Efeito modulador do consumo alcoólico no comportamento de ...
ANALGESIA A BASE DE Acmella oleracea · alcoólico de Acmella oleracea com gel Carbopol (b) ......
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MAÍSA DA SILVA
ANALGESIA A BASE DE Acmella oleracea
DURANTE EPILAÇÃO A LASER
Trabalho Final do Mestrado Profissional,
apresentado à Universidade do Vale do
Sapucaí, para obtenção do título de Mestre
em Ciências Aplicadas à Saúde.
POUSO ALEGRE - MG
2018
MAISA DA SILVA
ANALGESIA A BASE DE Acmella oleracea
DURANTE EPILAÇÃO A LASER
Trabalho Final do Mestrado Profissional,
apresentado à Universidade do Vale do
Sapucaí, para obtenção do título de Mestre
em Ciências Aplicadas à Saúde.
ORIENTADORA: Profa. Dr
a. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola
POUSO ALEGRE - MG
2018
Silva, Maisa.
Analgesia a base de acmella oleracea durante epilação a laser / Maisa
da Silva. – Pouso Alegre: UNIVÁS, 2018.
xiii, 41f. : il.
Trabalho Final do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à
Saúde, Universidade do Vale do Sapucaí, 2018.
Título em inglês: Acmeella oleracea analgesia during laser epilation.
Orientador (a): Profa. Dr
a. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola
1. Epilação. 2. Analgesia. 3. Dor. 4. Medicamentos Fitoterápicos. 5.
Virilha. 6. Spilanthes oleracea. I. Título.
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
MESTRADO PROFISSIONAL EM
CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE
COORDENADOR: Prof. Dr. José Dias da Silva Neto
Linha de Atuação: Fitoterapia e Plantas Medicinais em Lesões Teciduais
v
DEDICATÓRIA
A realização deste trabalho só foi possível, devido à colaboração, carinho,
paciência, ensinamentos e amizade de um conjunto de pessoas às quais tenho muito a
agradecer!
Primeiramente gostaria de agradecer a DEUS, por ter me dado força e
sabedoria nessa jornada;
À memória de meu avô PEDRO JOSAFÁ DA SILVA, homem rural, de muita
fé, simplicidade e dedicação à família e ao trabalho, que apesar das dificuldades da vida,
dentre elas o analfabetismo, era o meu maior apoiador nos estudos;
Agradeço em especial à minha avó AURORA PEDRAS DA SILVA, e minha
mãe LUCIMARA DA SILVA, meus maiores exemplos de caráter, dignidade e bondade;
Ao meu irmão, LEONARDO SILVA ROCHA, que não media esforços todas
as vezes que precisei de sua ajuda; ela foi fundamental e importante nessa caminhada.
Ao meu namorado, JAMIL NASSER CURY FILHO, por compreender
minhas ausências, me apoiando com todo carinho, companheirismo e compreensão. Obrigada
por estar sempre ao meu lado, sendo o meu maior incentivador, fazendo dos meus sonhos, os
seus.
A minha sogra SOLANGE DO CARMO DIAS, e cunhadas JANAINA DIAS
CURY PIERROTTI e JULIANA DIAS NUNES LEAL, vocês contribuíram de uma forma
muito especial com todo apoio, incentivo, e carinho de sempre.
Ao meu sogro JAMIL NASSER CURY, que não media esforços todas as
vezes que precisei de sua ajuda, entendendo todas as minhas dificuldades.
As voluntárias que contribuíram para que esse estudo fosse realizado, minha
eterna gratidão.
Aos meus amigos, por entenderem minha ausência muitas vezes e por me
incentivarem com palavras de afeto e encorajamento.
vi
AGRADECIMENTOS
À PROFESSORA Drª. ANA BEATRIZ ALKMIM TEIXEIRA LOYOLA,
professora orientadora do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da
Universidade do Vale do Sapucaí, minha orientadora, e que se tornou uma amiga! Obrigada
pela confiança, amizade, paciência, incentivo, motivação e profissionalismo com que conduz
seus ensinamentos.
Aos PROFESSORES Drs. DANIELA FRANCESCATO VEIGA E JOSÉ
DIAS DA SILVA NETO, coordenadores do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à
Saúde da Universidade do Vale do Sapucaí, pelo exemplo profissional e pela dedicação ao
curso.
Ao PROFESSOR PAULO ROBERTO MAIA pela orientação e condução da
análise estatística dos resultados deste trabalho.
Aos DOCENTES DO MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS
APLICADAS À SAÚDE DA UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ, pelos
conhecimentos e ensinamentos compartilhados.
Aos DISCENTES DE PÓS-GRADUAÇÃO, pelo nosso convívio, amizade,
pelos momentos de descontração e muitas risadas que deixaram mais leve o cansaço e as
dificuldades diárias.
À BIÓLOGA HELLEN VANESSA PEREIRA bióloga do laboratório de
fitoterapia da Univás pela imensa boa vontade e ajuda na obtenção do extrato.
À FARMACÊUTICA-BIOQUÍMICA JAQUELINE MARIA DE
OLIVEIRA MARTINS, por ter manipulado o extrato e ter me atendido com tanto carinho.
À DISCENTE DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
BÁRBARA MARIA TAVARES PEREIRA pela realização do projeto piloto que muito
contribuiu para realização deste estudo.
A ROGÉRIO DE SOUZA BORGES COSTA proprietário da SOLUTION
LOCAÇÕES DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS, por disponibilizar prontamente seu
equipamento de epilação a laser light sheer® permitindo que a pesquisa fosse realizada.
A MARTA MARIA DELFINO, minha coordenadora e amiga seu incentivo
foi essencial e obrigada por ser um exemplo de profissional.
O meu muito obrigado a todos, por menor que fosse a ajuda, elas foram
essenciais e fundamentais.
vii
Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração.”
(Salmos 37:4)
“Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, Ele é tudo o
que eu sempre preciso.”
(Salmos 73:26)
viii
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
FIGURA 1: Fototipos de pele versus duração de pulsos recomendado na epilação a laser.....09
FIGURA 2: Cultivo da planta Acmella oleracea no laboratório de botânica da Univás..........10
FIGURA 3: Obtenção do extrato alcoólico de Acmella oleracea pela técnica de soxlet .........11
FIGURA 4: Produto para epilação a laser controle gel Carbopol®
(a) e a base do extrato
alcoólico de Acmella oleracea com gel Carbopol (b)...............................................................12
FIGURA 5: Diagrama CONSORT – Fluxo de pacientes no estudo.........................................14
FIGURA 6: Dispersão dos pontos de intensidade de dor pela escala EMADOR/ EVN..........15
FIGURA 7: Intensidade de dor pelos descritores de dor aguda/ EMADOR............................16
TABELA 1: Intensidade de dor pela escala EMADOR/EVN.................................................15
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
% Por cento – uma parte em cem partes
= Igual
® Marca registrada
A. oleracea Acmella oleracea
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
DP Desvio Padrão
EFSA Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos
EMADOR Escala Multidimensional de Avaliação de Dor
EVN Escala Visual Numérica
FEMA Associação dos Fabricantes de Aromatizantes e Extratos
MG Minas Gerais
Mg Miligrama
mL Mililitro
N° Número
ºC Graus Celsius
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Univás Universidade do Vale do Sapucaí
x
SUMÁRIO
1. CONTEXTO....................................................................................... 1
2. OBJETIVOS....................................................................................... 7
3. MÉTODOS.........................................................................................
3.1 Delineamento do estudo................................................................
3.2 Local..............................................................................................
3.3 Aspectos éticos.............................................................................
3.4 Amostragem e Cálculo amostral..................................................
3.5 Critérios de elegibilidade..............................................................
3.6 Seleção.....................................................................................
3.7 Recrutamento das voluntárias.....................................................
3.8 Extração da Acmella oleracea....................................................
3.9 Formulação do Produto.............................................................
3.10 Procedimentos.........................................................................
3.10.1 Avaliação da dor....................................................................
3.11 Análise Estatística....................................................................
8
8
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8
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9
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4. RESULTADOS/PRODUTO............................................................... 14
5. DISCUSSÃO.......................................................................................
5.1 Aplicabilidade................................................................................
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5.2 Impacto Social................................................................................ 20
6. CONCLUSÃO..................................................................................... 21
7. REFERÊNCIAS................................................................................... 22
APÊNDICES............................................................................................
Apêndice 1 - Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa......................
Apêndice 2 - Cálculo da Amostra......................................................
Apêndice 3 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para as
Voluntárias...............................................................................................
26
26
30
32
xi
Apêndice 4 - Aleatorização das Voluntárias……………………...
Apêndice 5 - Protocolo de respostas e resultados das voluntárias da
pesquisa...................................................................................................
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ANEXOS………………………………………………………………
Anexo 1- Escala Multidimensional EMADOR……………………
39
39
NORMAS ADOTADAS.......................................................................... 41
xii
RESUMO
Contexto: Remoções de pelos indesejados são comuns em práticas dermatológicas com o uso
de Lasers. O paciente ideal para remoção de pelos a laser é aquele que tem cabelo terminal
grosso, escuro, pele clara e estado hormonal normal. A depilação a laser está associada a
desconforto e dor. Acmella oleracea é uma amida alifática que produz efeito anestésico e
formigamento de língua, além de poder penetrar na pele. Objetivo: Avaliar a intensidade da
dor, com o uso do fitoterápico da planta Acmella oleracea na virilha, durante a epilação a
Laser. Métodos: Voluntárias sadias e não gestantes, com idade entre 18 a 55 anos do sexo
feminino, sem restrição à escolaridade que aceitaram participar da pesquisa, e pele com
fototipos do I ao III (peles claras), que nunca realizaram a epilação a Laser. O número de
indivíduos foi de 60 voluntárias que sofreram intervenção do lado direito e esquerdo da
virilha com aplicação dos dois produtos: Grupo Controle e Grupo A. oleracea. As voluntárias
fizeram a avaliação da dor por meio de uma escala multidimensional EMADOR. Resultados:
A intensidade de dor avaliada pela escala EMADOR no grupo A. oleracea foi estatisticamente
menor comparado com o grupo controle (p=0,0001). As palavras que mais se repetiram na dor
aguda para o Grupo Controle por 19 voluntárias foram terrível, insuportável, profunda,
intensa e monstruosa e para o Grupo A. oleracea por 5 voluntárias foram profunda, tremenda
e intensa. Conclusão: O extrato da planta Acmella oleracea diminui a intensidade de dor na
virilha durante epilação a laser.
Palavras chave: Epilação; Analgesia; Dor; Medicamentos Fitoterápicos; Virilha; Spilanthes
oleracea.
xiii
ABSTRACT
Context: Removal of unwanted hair is common in dermatological practices with the use of
Lasers. The ideal patient for laser hair removal is one who has thick, dark terminal hair, fair
skin and normal hormonal status. Laser hair removal is associated with discomfort and pain.
Acmella oleracea is an aliphatic amide that produces anesthetic effect and tongue tingling, as
well as being able to penetrate the skin. Objective: To evaluate the intensity of the pain, with
the use of the extract of the Acmella oleracea plant in the groin, during the Laser epilation.
Methods: Healthy and non-pregnant volunteers, aged between 18 and 55 years, female,
without restriction to schooling who accepted to participate in the research, and skin with
phototypes from I to III (light skin), who never performed Laser epilation. The number of
individuals was 60 volunteers who underwent left and right intervention of the groin with
application of the two products: Control Group and Group A. oleracea. The volunteers
assessed the pain through a multidimensional EMADOR scale. Results: The intensity of pain
evaluated by the EMADOR scale in the A. oleracea group was statistically lower than in the
control group (p = 0.0001). The words that recurred most acutely to the Control Group by 19
volunteers were terrible, unbearable, profound, intense and monstrous and for Group A.
oleracea by 5 volunteers were profound, tremendous and intense. Conclusion: The extract of
the Acmella oleracea plant decreases the intensity of groin pain during laser epilation.
Key words: Epilation; Analgesia; Pain; Phytotherapy; Groin; Spilanthes oleracea.
1
1. CONTEXTO
A pele é o maior órgão do corpo humano, responsável por cobrir toda a sua
superfície, e tem como principal função separar e proteger a parte interna do corpo do
ambiente externo, além de receber estímulos sensoriais, ajudando a regular a temperatura
corporal e excretando substâncias indesejáveis (SILVA et al., 2017).
Constituída por três camadas distintas, a pele é subdividida em: epiderme,
derme e tela subcutânea. A primeira é pouco espessa e apresenta as camadas: basal,
espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. A derme apresenta-se como uma estrutura resistente e
elástica, devido às fibras colágenas, elásticas e reticulínicas que as compõem. Contém anexos
cutâneos dos tipos córneos (pêlos e unhas) e glandulares (glândulas sebáceas e sudoríparas),
bem como nervos e terminações nervosas. A tela subcutânea ou hipoderme é rica em tecido
adiposo, que tem como função armazenar substrato energético, proteger contrachoques
mecânicos, age como isolante térmico (SOAIGHER e BLANCO, 2016; GONCHOROSKI e
CORRÊA, 2005).
Os termos depilação e epilação são utilizados frequentemente como sinônimos
tendo, no entanto, significados distintos. Depilação refere-se à remoção do pelo junto à
superfície cutânea, sem atingimento das porções internas do folículo piloso. Por sua vez,
epilação refere-se à extração completa do pelo (PEREIRA et al., 2015).
O crescimento dos pelos indesejados é um problema estético comum. A
depilação da área genital feminina atualmente é realizada por uma questão higiênica e de
estética, apesar de não existir na literatura comprovação de que essa prática melhore as
condições de higiene da região. Embora a remoção total dos pelos pubianos seja considerada
como novo padrão, pouco se sabe sobre suas consequências. Além disso, um estudo norte-
americano associou a remoção total dos pelos às idades menores e ao fato de se ter vida
sexual ativa. Hoje em dia, há várias técnicas para se depilar, desde a lâmina, cremes
depilatórios, ceras até a depilação definitiva com laser, uma opção de tratamento líder para a
remoção dos pelos a longo prazo (GIRALDO et al., 2013; GAN e GRABER, 2013).
Pedidos de remoção de pelos são comuns em práticas dermatológicas e
cirúrgicas. A tecnologia melhora a cada dia uma redução mais permanente através do uso de
lasers (CASEY e GOLDBERG, 2008).
A palavra laser significa, em inglês, Light Amplification by Stimulated
Emission of Radiation, que em português significa amplificação de luz por uma emissão
estimulada de radiação (JUNIOR et al., 2017).
2
A luz do laser pode ser absorvida, refletida, transmitida ou espalhada quando
aplicada na pele. Para que um efeito clínico ocorra, a luz deve ser absorvida pelo tecido,
sendo que a absorção da luz do laser é determinada pelos cromóforos - as moléculas-alvo
encontradas na pele, que têm perfis de absorção de comprimento de onda específicos. Os três
cromóforos cutâneos endógenos primários são, a água, a melanina e a hemoglobina. Esta
transferência de energia para as estruturas alvo gera calor e subsequente destruição do alvo
através de um processo chamado fototermólise seletiva (HUSAIN e ALSTER, 2016;
PICCOLO et al., 2014).
A introdução do conceito de fototermólise seletiva em 1984 abriu o caminho
para grandes avanços na tecnologia de fotoepilação. Nas palavras dos autores, danos seletivos
a estruturas pigmentadas, células e organelas in vivo com pulsos adequadamente breves de
radiação seletivamente absorvida superam a necessidade de pontaria precisa, pois as
propriedades óticas e térmicas inerentes proporcionam seletividade alvo (MARTELLA e
RAICHI, 2017).
O paciente ideal para qualquer tratamento convencional de remoção de pelos a
laser é aquele que tem cabelo terminal grosso, escuro, pele clara e estado hormonal normal.
Os fatores que contribuem para os desfechos variáveis na depilação a laser podem ser
amplamente relacionados ao paciente. Tipo de pele, cabelo, cor, espessura e densidade, grau
de bronzeamento, disfunção hormonal, etc. (ARSIWALA e MAJID, 2018).
Três princípios são cruciais para o processo, o primeiro, é o emprego de um
comprimento de onda apropriado que possa ser absorvido preferencialmente pelo cromóforo
do tecido alvo. O segundo é, a duração do pulso do laser que deve ser menor do que o tempo
de relaxamento térmico do cromóforo, sendo o tempo necessário para que o alvo perca
metade de sua temperatura de pico, após a irradiação. O terceiro e ultimo, é a fluência (ou
energia) que deverá alcançar a destruição do alvo dentro do intervalo de tempo apropriado
(HUSAIN e ALSTER, 2016).
A depilação a laser está associada a desconforto e dor. A tecnologia em
movimento e o aplainamento pneumático da pele são métodos populares para reduzir a dor
induzida pelo laser. Mas a maioria das máquinas a laser não possui essa tecnologia (SUDHIR
et al., 2018).
O fenômeno e conceito da dor, têm sido assunto frequente para vários estudos
científicos. Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, esse fenômeno é
caracterizado por uma experiência sensitiva e emocional desagradável, em que há a percepção
de um estímulo nocivo associado à lesão tecidual (PARISE et al., 2017).
3
A busca por meios de alívio da dor vem de séculos atrás, onde desde a
antiguidade já se conhecia o ópio e sua sensação de torpor e analgesia profunda, mas com
efeitos adversos como dependência física e química (SANTAELLA, 2011).
A sensação de dor depende da habilidade de transmissão dos impulsos
nervosos que, por sua vez, depende da propagação do estímulo ao longo da fibra nervosa
(FROES et al., 2010).
Os instrumentos utilizados para a avaliação da dor são constituídos por
questionários e índices para quantificar a intensidade da dor, o impacto nas atividades do dia a
dia e qualidade de vida, além de descrever suas demais características clínicas. Eles podem
ser classificados em: unidimensionais ou multidimensionais. Os chamados unidimensionais
analisando apenas uma característica, em geral a intensidade. Tem a vantagem de ser fácil e
rápido. Os multidimensionais avaliam a dor em mais de uma dimensão, como, por exemplo,
intensidade, localização e qualidades afetivas e sensoriais da dor (MARTINEZ et al, 2011).
A dor é um efeito colateral comum dos procedimentos dermatológicos a laser.
Os anestésicos não invasivos e os procedimentos anestésicos podem ser usados para
proporcionar seu alívio e aumentar a satisfação do paciente e a eficácia do tratamento. No
entanto, ainda não está claro qual método fornece o melhor alívio da dor (GREVELING et al.,
2017).
O primeiro anestésico local descoberto foi à cocaína, sintetizada a partir das
folhas de arbustos da família das Erytroxylonácea, a Erytroxycolon coca. A partir do alcalóide
destas folhas, a eritroxilina, Albert Niemann obteve, em 1860, cristais puros com sabor
amargo, aos quais deu o nome de cocaína. Sigmund Freud e Karl Köller, dois jovens médicos
da época, fizeram testes com esta nova substância, que dominou o cenário da anestesia
regional por quase 50 anos. Porém, suas desvantagens, entre elas, é promover dependência e
uma curta duração de ação, levando à procura por um substituto. Em 1905 então, Ein Horn
sintetiza a procaína, derivado sintético da cocaína, e assim dá início à descoberta dos
anestésicos locais utilizados até hoje (SANTAELLA, 2011).
Tem-se verificado notável crescimento na demanda e na realização de
procedimentos cosmiátricos e cirúrgicos. Isso, consequentemente, determinou a ampliação do
uso de anestésicos tópicos, necessários nesse tipo de procedimentos, para controle de dor,
aumentando o conforto do paciente e assegurando melhores resultados dos tratamentos
(FROES et al., 2010).
O uso de anestésicos tópicos é grande aliado do profissional e do paciente na
hora do procedimento e, atualmente, sua aplicação é considerada a mais fácil, efetiva e
conveniente forma anestesica para pacientes submetidos a procedimentos dermatológicos
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superficiais. O anestésico tópico considerado ideal seria aquele que produzisse efeito com
rápido início de ação, e durasse o suficiente para realizar o procedimento, sem efeitos
colaterais. No entanto, a prática demonstra que seu uso pode trazer uma série de efeitos
indesejados como dermatite de contato, petéquias, púrpura e eritema, além de prolongar o
tempo do paciente no consultório (ABDO et al., 2018).
Muitos centros de laser tendem a preferir o uso de creme anestésico tópico
para minimizar a dor e o desconforto, mas isso geralmente requer cerca de 60min de tempo de
oclusão. Muitos pacientes, no entanto, não gostam de sentar por quase uma hora (SUDHIR et
al., 2018).
Ainda se está longe de obter o anestésico tópico ideal. Esse seria o que
promovesse redução efetiva da dor, com ação imediata, duração prolongada e mínimos efeitos
colaterais. Também deveria ser de fácil aplicação e remoção e ter cosmética agradável
(FROES et al., 2010.)
A mistura eutética de anestésicos locais (Eutectic Mixture Local Anesthetics,
EMLA®) dá origem ao creme composto por 2,5% de lidocaína e 2,5% de prilocaína em uma
emulsão óleo em água, e é o anestésico tópico mais usado para peles saudáveis (SUDHIR et
al., 2018). Emla® produz ação bifásica sobre a vasculatura, causando vasoconstrição em até
90 minutos depois da aplicação e vasodilatação em cerca de duas ou três horas (FROES et al.,
2010).
Outra opção de anestésico tópico de absorção rápida é o que incorpora
lidocaína a 7% e tetracaína a 7%, que utiliza as concentrações mais altas de lidocaína e
tetracaína aprovadas e se mostra seguro e eficaz na produção de efeito anestésico antes de
procedimentos dermatológicos (SHARMA et al., 2011). A tetracaína é um anestésico do tipo
éster, inexistente em formulações industrializadas no Brasil, mas disponível para manipulação
(FROES et al., 2010).
O uso de anestésicos tópicos é grande aliado do médico e do paciente na hora
do procedimento e, atualmente, sua aplicação é considerada a mais fácil, efetiva e conveniente
forma de anestesia para pacientes submetidos a procedimentos dermatológicos superficiais.
Como propriedades essenciais para um bom anestésico deve se considerar que o mesmo tenha
baixa toxicidade, não irritar os tecidos e não lesionar as estruturas nervosas. Além disso, sua
ação deve ter início rápido, duração eficaz para o procedimento e ser reversível
(CARVALHO et al., 2014).
Anestesia eficaz via administração tópica é difícil de obter em pele
hiperqueratinizada devido à limitada absorção transepidérmica. Vários cremes, pomadas e
géis têm sido usados para isso; no entanto, a eficácia tem sido inferior ao ideal. Embora uma
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variedade de anestésicos tópicos esteja disponível atualmente, seu uso é limitado pela eficácia
variável, por longos períodos de aplicação e, muitas vezes, por técnicas elaboradas e
demoradas de oclusão e remoção do anestésico. Consequentemente, há uma necessidade
crescente de anestesia tópica segura, mais eficaz e conveniente (NESTOR et al., 2010).
O Brasil é visto em destaque por possuir um terço da flora mundial, além de ser
a Amazônia a maior reserva de produtos naturais com ação fitoterápica do planeta. Essa
imensa presença vegetal faz com que as pesquisas e o próprio desenvolvimento de
medicamentos fitoterápicos possam ocorrer como destaque no cenário científico mundial (DA
ROSA et al., 2016).
A Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen e sua sinonímia científica Spilanthes
Acmella oleracea, é uma planta medicinal pertencente a família Asteraceae (antiga
Compositae), conhecida popularmente como jambu, agriãodo-pará, agrião-do-norte, agrião-
bravo, agrião-do-brasil, botão-de-ouro, entre outros (NOMURA,2013).
É uma planta nativa da Amazônia, frequentemente usado como condimento em
pratos típicos da culinária do norte do Brasil, como o tacacá e o pato-no-tucupi (pato
intucupi). A “A. oleracea” é encontrada em grandes áreas de cultivo. Também é usada na
medicina popular para tratar estomatites, resfriados e dores generalizadas. É muito utilizada
contra a dor de dente e ferimentos na boca, pois tem ação anestésica devido à presença do
constituinte Espilantol (GILBERT e FAVORETO, 2013; BARBOSAb et al., 2016).
O Espilantol tem sido o principal metabólito frequentemente isoladas de A.
oleracea. É uma amida alifática descrita como óleo visceral em chamas, que produz efeito
anestésico e formigamento de língua, além de poder penetrar na pele. Além de ter efeito
antirrugas, também é possível mencionar suas atividades diuréticas, fungistáticas e
bacteriostáticas, propriedades sensoriais, atividade antisséptica, estimulação imune,
propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, indução de secreção de saliva, analgésico e
atividade acaricida, bem como o seu uso contra doenças de pele tais como eczema
(BARBOSAa et al., 2016).
O espilantol presente no extrato de jambu suprimiu significativamente a produção de NO
(óxido nítrico) e a produção de citocinas inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNFα, sem
citotoxicidade significativa. Também inibiu a expressão da COX2 (Ciclooxigenase-2),
reduzindo a progressão da resposta inflamatória. O espilantol também foi capaz de aumentar a
liberação do ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro de camundongos. Esses
resultados sugerem um possível mecanismo de ação do espilantol como analgésico e anti-
inflamatório. A Acmella oleracea (jambu) possui grande potencial terapêutico, com
comprovada ação anti-inflamatória e anestésica, respectivamente (YAMANE et al., 2016).
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Em um estudo para avaliar as atividades anestésicas locais de Acmella oleracea em
modelos animais experimentais foi utilizado extrato aquoso de Acmella oleracea 10% e 20%
comparado com Xilocaína a 2%. A planta produziu 70,36% e 87,02% de anestesia
respectivamente pela pápula intracutânea em comparação com 97,22% do efeito anestésico
produzido pela xilocaína a 2%. O início médio da anestesia com A. oleracea foi de 5,33 ±
0,57 min em comparação com 2,75 ± 0,31 min com a Xilocaína. Outro achado importante fori
que nenhum efeito adverso ou mortalidade foi detectado em ratos albinos até 3g/kg, durante o
período de observação de 24 horas (CHAKRABORTY et al., 2004).
A atividade anestésica do jambu foi previamente descrita. O jambu é também classificado
como seguro pela Associação dos Fabricantes de Aromatizantes e Extratos (FEMA) e pela
Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). Apresenta baixa toxicidade e
um uso popular generalizado. Considerando a falta atual de formulações eficazes para a
anestesia tópica, o jambu é um bom candidato para este fim (DE FREITAS-BLANCO et al.,
2016).
7
2. OBJETIVOS
Avaliar a intensidade da dor, com o uso do fitoterápico da planta Acmella
oleracea na virilha, durante a epilação a Laser.
8
3. MÉTODOS
3.1 Delineamento do estudo
Foi realizado um ensaio clínico, aleatório, controlado e unicego.
3.2 Local
O estudo foi realizado na Clínica Maisa Silva Estética e Bem Estar na Rua
Comendador Paula Ferreira, n°184, na cidade de Campanha, MG, durante o mês de
Novembro de 2017.
3.3 Aspectos éticos
Na condução deste estudo foram observadas e seguidas as determinações da
Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre diretrizes e normas que
regulamentam a pesquisa envolvendo seres humanos.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do
Vale do Sapucaí, sob parecer número 1.344.683 (Apêndice 1).
3.4 Amostragem e Cálculo amostral
Como não foi encontrado na literatura nenhum estudo que avaliasse a atividade
analgésica da A. oleracea na pele íntegra aplicada topicamente na epilação, que permitisse
usar dados para o cálculo do tamanho da amostra, foi realizado um estudo piloto com 40
pacientes distribuidos em quatro grupos; 10 utilizando álcool 70% e 10 utilizando Acmella
oleracea em depilação com cera e 10 utilizando álcool 70% e 10 utilizando Acmella oleracea
em epilação a laser. Estes resultados foram utilizados para o cálculo da amostra.
Para o cálculo, foi utilizado o desfecho primário do estudo (dor) através do
teste t student (bicaudal). Utilizando um desvio-padrão de 1,35, uma diferença clinicamente
relevante de 2 pontos na escala visual numérica (EVN), com um poder de teste de 95,79% e
considerando um nível de significância de 5%, o número calculado de indivíduos, foi de 60
pessoas (Apêndice 2).
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Para melhor poder do teste, considerando as possíveis perdas e viés da
pesquisa, o número de indivíduos foi de 60 voluntárias que sofreram intervenção do lado
direito e esquerdo da virilha com aplicação dos dois produtos.
3.5 Critérios de elegibilidade
Critérios de Inclusão: Voluntárias sadias e não gestantes, com idade entre 18
a 55 anos do sexo feminino, sem restrição à escolaridade que aceitaram participar da pesquisa,
e pele com fototipos do I ao III (Pele Claras), voluntárias que nunca realizaram a epilação a
Laser (Figura 1).
Fonte: http://lavitadepilacaoalaser.com.br
Figura 1: Fototipos de pele versus duração de pulsos recomendado na epilação a laser.
Critérios de não inclusão: Voluntárias que se recusaram a participar da
pesquisa não assinando o TCLE (Apêndice 3) e que apresentaram pelos brancos ou claros na
região de virilha.
Critérios de exclusão: Voluntárias que retiraram seu consentimento em
qualquer momento da pesquisa e que desistiram de realizar o procedimento durante a
epilação.
3.6 Seleção
10
As voluntárias que preencheram os critérios de inclusão foram alocadas através
de uma tabela de números aleatórios, gerada pelo site: http://www.randomization.com, para o
Grupo 1 ou para o Grupo 2, na qual o produto a ser inicialmente utilizado sempre do lado
direito da virilha, posicionava –se na primeira fileira da aleatorização (Apêndice 4).
A “sequência aleatória” da ordem de aplicação dos produtos foi gerada pelo
software Randomization Plan.
As voluntárias foram aleatoriamente denominadas:
-G1= Grupo Controle: Gel de carbopol qsp no lado (direito ou esquerdo)
-G2= Grupo A. oleracea: Gel de extrato de A. oleracea 60% no lado (direito ou esquerdo).
3.7 Recrutamento das voluntárias
As voluntárias foram recrutadas por ordem de chegada a Clínica Maisa Silva
Estética e Bem Estar, Campanha MG. Ao chegar à clínica para epilação, as voluntárias foram
esclarecidas sobre o estudo e convidadas a participar. Aceitando, mediante assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foram então submetidas ao procedimento
determinado pelo estudo.
As voluntárias realizaram a epilação sem nenhuma despesa e o equipamento
utilizado para realizar a epilação a laser, foi emprestado à pesquisadora sem nenhuma
cobrança de aluguel. A pesquisadora arcou com os custos de transporte do equipamento. Não
há conflito de interesse com os proprietários do equipamento a Laser Light Sheer®.
3.8 Extração da Acmella oleracea
As mudas da planta foram obtidas em estufa no Laboratório de Botânica da
Univás no mês de agosto de 2017, em Pouso Alegre-MG. Observou-se o período de cultivo
da planta e a coleta das flores foi realizada em aproximadamente 40 dias após o plantio.
Fonte: Laboratório de Botânica Univás
Figura 2: Cultivo da planta Acmella oleracea no laboratório de botânica da Univás.
11
A extração da A. oleracea para a produção do extrato, foi realizada através da
coleta das flores, sua lavagem e secagem em estufa à 45 °C por aproximadamente 48 horas.
As flores depois de secas foram trituradas e colocadas na proveta até obter-se a
medida de 150 mL. Em seguida, foi feito um “dedal/papelote” com papel filtro, sendo
adicionadas a flores trituradas e transferidas para o extrator de soxhlet, acrescido de 300 mL
de etanol absoluto, finalizando essa etapa por 6 ciclos completos. Por fim, a substância foi
colocada no rota evaporador a 90° C até a obtenção de 50 mL. O extrato foi acondicionado
em frasco âmbar em refrigeração.
Fonte: Laboratório de Botânica Univás
Figura 3: Obtenção do extrato alcoólico de Acmella oleracea pela técnica de soxlet.
3.9 Formulação do Produto
O extrato foi encaminhado para uma farmácia de manipulação para
acréscimo do gel Carbopol® em outubro de 2017 na quantidade suficiente para (QSP) 30mL
no extrato do preparo de Acmella oleracea a 60%. O produto foi acondicionado em frasco
plástico.
As coletas dos dados nas voluntárias foram realizadas em Novembro de 2017.
12
(a) (b)
Fonte: Clínica Maísa Silva Estética e Bem Estar
Figura 4: Produto para epilação a laser controle gel Carbopol® (a) e a base do extrato
alcoólico de Acmella oleracea com gel Carbopol (b).
3.10 Procedimentos
Antes da prática epilatória com o aparelho a Laser Light Sheer Et®. O tempo de
densidade de força de energia e fluência de energia liberada por área de pele foi de 30 pulsos
(watts/cm2) e 16 (joules/cm
2) respectivamente. As voluntárias utilizaram de um lado (direito
ou esquerdo) o gel de carbopol qsp, e do outro lado (direito ou esquerdo) o extrato de A.
oleracea 60%, conforme aleatorização na área da virilha e aguardaram por um período de 3
minutos, a completa e total absorção do mesmo antes de iniciar a técnica epilatória. O
procedimento foi realizado em sala individual.
Os procedimentos de epilação foram realizados nos períodos compreendidos
entre 6h00 e 21h30. Todas as epilações foram realizadas na região da virilha (direita e
esquerda) pelo mesmo profissional, que possuía conhecimento a respeito da cor dos produtos.
O aparelho a Laser utilizado foi modelo Light Sheer ET®
da marca Lumenis,
fabricado no mês de janeiro no ano de 2011.
3.10.1. Avaliação da dor
A intensidade da dor foi registrada logo após a aplicação da técnica de epilação
a laser em ambos os lados da virilha (direita/esquerda), conforme a aleatorização do produto
na mesma voluntária. A avaliação da dor foi feita através de uma escala multidimensional de
avaliação da dor (EMADOR), onde se encontrava a escala visual numérica (EVN) e
descritores de dor aguda e crônica da literatura mundial e um desenho anatômico para
apontamento do local da dor nos dois lados da virilha (Anexo 1); (SOUSA et al, 2010).
13
A EMADOR/EVN é uma escala de 11 pontos consistindo dos inteiros de 0 a
10; onde 0 representa '' nenhuma dor '' e 10 representa “pior dor imaginável'' (FERREIRA et
al., 2011). As voluntárias foram instruídas a selecionar um único número que melhor
representasse a intensidade da dor, em seguida elas relatavam alguns descritores de dor aguda
que melhor caracterizassem a dor percebida e apontavam o local da dor percebida no desenho
anatômico.
Os dados foram registrados no protocolo de respostas e resultados das
voluntárias da pesquisa (Apêndice 5).
3.11 Análise estatística
Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2016 e submetidos à análise
estatística e foram utilizadas medidas de tendência central para variáveis quantitativas e
frequência absoluta e relativa para variáveis categóricas. Utilizou-se o programa Minitab 18.1
para a análise, e o nível de rejeição da hipótese de nulidade foram fixados em 5%.
Para análise dos resultados foram aplicados: Teste T de Student bicaudal de
duas amostras independentes para avaliar se existe diferença estatística entre as médias de
idade dos dois grupos avaliados; Teste de Wilcoxon para comparar a dor medida pela escala
EVN entre os dois grupos 1 e 2 (virilhas direita/esquerda de um mesmo paciente).
14
4. RESULTADOS/ PRODUTO
Dentre as 60 voluntárias incluídas no estudo, nenhuma foi excluída
participando 60 voluntárias. As cinco voluntárias não incluídas não aceitaram serem
submetidas à técnica de epilação a laser alegando o medo de sentir dor.
Figura 5: Diagrama CONSORT – Fluxo de pacientes no estudo
Neste estudo não houve diferença significante em relação à média de idade
entre os grupos analisados através do Teste de Fisher (p = 0,833).
A intensidade de dor analisada pela escala EMADOR/EVN no grupo A.
oleracea foi estatisticamente menor comparado com o grupo controle (p=0,0001 pelo Teste
de Man Whitney; Tabela 1).
Avaliados para elegibilidade (n=65)
Não incluídas: n=5 Medo de sentir dor
Aleatorizados: n=60
ALOCAÇÃO
Receberam intervenção n=60
SEGUIMENTO
Perda de seguimento n=0
ANÁLISE
Analisados n=60
15
Tabela 1: Intensidade de dor pela escala EMADOR/EVN
Pode-se observar através da figura 6 que a dispersão entre os pontos para o
grupo A. oleracea, encontra - se em maior evidência na parte inferior do gráfico entre os
pontos 1 a 3 da EMADOR/EVN, ou seja, a intensidade de dor durante a epilação a laser na
virilha foi menor para o Grupo A. oleracea do que para o Grupo Controle.
Figura 6: Dispersão dos pontos de intensidade de dor pela escala EMADOR/EVN.
Na escala EMADOR/DESCRITORES foi possível também avaliar a
intensidade de dor pelos descritores de dor aguda. As palavras que mais se repetiram na dor
aguda para o Grupo Controle por 19 voluntárias foram terrível, insuportável, profunda,
intensa e monstruosa e para o Grupo A. oleracea por 5 voluntárias foram profunda, tremenda
e intensa (Figura 7).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 10 20 30 40 50 60 70
EVN
Voluntárias
A.oleracea
Controle
Mediana Média de dor EMADOR
Desvio Padrão Valor de p
Produto Controle 7 6,550 2,288 <0,0001
Produto A. oleracea 5 4,433 2,638
16
Legenda: NI = não informado
Figura 7: Intensidade de dor pelos descritores de dor aguda/ EMADOR.
No desenho anatômico para apontamento do local da dor, todas as voluntárias da pesquisa,
apontaram os números 14 (lado direito) e 15 (lado esquerdo) indicando o local e o lado exato
da virilha (anexo 1).
41
4 3 0
4 0 0
7
0 0 1
55
0 0 0 2 2 0 1 0 0 0 0
10
20
30
40
50
60
Vo
lun
tári
as
Controle
A. oleracea
17
5. DISCUSSÃO
Há suficientes estudos que demonstram ser seguro o uso dos anestésicos
tópicos comercialmente disponíveis desde que sejam respeitadas as doses recomendadas,
entretanto, dos riscos que possam advir do uso inapropriado: aplicação em grandes áreas, em
pele lesada ou inflamada, em mucosas, em pacientes de risco e quando em associação com
anestésico injetável. Deve-se ter cautela também com preparações manipuladas para que não
seja ultrapassada a dose máxima, considerando que a absorção pode não ser similar à dos
produtos industrializados (FROES et. al., 2010).
A dor é o relato mais importante que leva a cliente desistir do procedimento de
epilação a laser. Para a dor aguda o uso de anestésicos tópicos pode levar a efeitos adversos.
Neste estudo a intensidade de dor com o extrato da planta Acmella. oleracea foi menor na
epilação a laser.
Outros efeitos adversos relatados após a remoção de pelos assistidos por laser
incluem queimaduras, eritema e edema perifolicular, que são comuns, e formação de crostas e
vesículas no local do tratamento, hipopigmentação e hiperpigmentação (dependendo da cor da
pele e outros fatores). A maioria das complicações é geralmente temporária. Acredita-se que a
ocorrência de hipopigmentação após a irradiação do laser esteja relacionada à supressão da
melanogênese na epiderme (que é reversível), e não à destruição dos melanócitos (LIEW,
2002).
A teoria da fototermólise seletiva proposta por Anderson e Parrish em 1983 foi
fundamental no avanço da cirurgia a laser. Explica o mecanismo pelo qual a destruição
controlada de um alvo cutâneo pode ser alcançada sem prejuízo significativo para o tecido
circundante (HUSAIN e ALSTER, 2016).
Métodos para reduzir a incidência de efeitos adversos incluem clareamento da
pele e evitar o sol antes do tratamento com laser, resfriamento da pele durante o tratamento e
proteção contra o sol e proteção após o tratamento. Também não há consenso sobre os locais
de tratamento mais favoráveis (LIEW, 2002).
No estudo de Barbosab et al, 2016
o espilantol em formulações para uso tópico
podem prevenir e/ou retardar processos de hiperpigmentação ou despigmentação da pele e na
área alimentícia também pode ser usado para controlar o escurecimento enzimático em frutas
e legumes. No presente estudo não houve relatos de hiper ou hipopigmentação nas voluntárias
participantes.
18
As plantas sempre estiveram ligadas ao cotidiano do homem, servindo de
alimento e remédio aos seus males. Estima-se que aproximadamente 40% dos medicamentos
atualmente disponíveis foram desenvolvidos direta ou indiretamente a partir de fontes naturais
sendo 25% obtidos de plantas (MONTEIRO, 2014).
As florestas brasileiras têm uma das maiores biodiversidades do mundo. A
Acmella oleracea (jambu) são espécies nativa do Brasil e encontrada em grandes áreas de
cultivo com potencial terapêutico comprovado para ação antiinflamatória e anestésica,
respectivamente (YAMANE et al., 2016).
Várias patentes relacionadas à utilização de espilantol ou extrato de jambu em
dentifrícios e outras formulações para higiene oral foram depositadas na década de 80 e 90,
sobretudo no Japão. Mas só recentemente a atividade desta espécie nativa da região
amazônica despertou o interesse da indústria brasileira, o que motivou o seu cultivo também
na região centro sul do país, destinados às indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia
(CAVALCANTI, 2008).
Na data de 23 de Outubro de 2017, foi concedida a patente da composição
anestésica e antisséptica à base de Acmella oleracea para pele íntegra, BR1020170227537,
depositada pela Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS), por Teixeira - Loyola ABA e
Andrade CG.
No estudo de Anholeto; 2017 houve potencial citotóxico de A.oleracea extrato
etanólico nas concentrações de 6,2; 12,5 e 25mg/mL no sistema reprodutivo de carrapatos
machos A. cajennense. Também no estudo de Marchesini, 2018 o extrato metanólico de A.
oleracea possui atividade acaricida contra diferentes estágios imaturos de A. sculptum
(ácaro). A concentração tópica de 60% de A. oleracea não demostrou nenhum efeito
citotóxico em nenhuma das voluntárias, sendo que, neste estudo não houve efeitos adversos
como pruridos, eritema, inchaço, formação de crostas que são comuns em procedimentos a
laser.
No estudo de Yamane et al., 2016 o extrato bruto do jambu após
despigmentação com carvão ativado e óleo essencial de macela foram incorporados em um
filme feito com hidroxietilcelulose. O filme contendo a maior concentração de extrato de
jambu despigmentado e óleo essencial de macela obteve um tempo de anestesia de 83,6 (±
28,5) min a mais quando comparado com o controle positivo EMLA®. O tempo de exposição
do produto contendo A. oleracea na virilha foi de no máximo 3 minutos antes da epilação a
laser. Este estudo confirma os dados por nós encontrados reforçando a importância de um
agente antinocipiente nos procedimentos a laser bem como com vantagens futuras na
prevenção da hipopigmentação e hiperpigmentação.
19
Durante muito tempo, o uso de plantas medicinais e do fitoterápico foi o
principal recurso terapêutico para tratar a saúde das pessoas e de suas famílias. A fitoterapia é
um universo a ser explorado, onde há muitas possibilidades de cura e propicia a diminuição
dos custos (SALOMÉ et al., 2017).
O custo atual de alguns anestésicos tópicos industrializados é de 70,00 a 100,00
reais/2018 enquanto que o Gel de A. oleracea a 60% custa 37,00 reais/2018.
20
5.1. Aplicabilidade
Os fitoterápicos são medicamentos preparados a partir de plantas medicinais. O
uso de fitoterápicos nos procedimentos estéticos nos últimos anos vem trazendo benefícios
para a população.
O uso do fitoterápico Acmella oleracea com ação analgésica durante a técnica
dolorosa de epilação a laser reduz a dor e faz com que a adesão da população seja expressiva
nesse tipo de procedimento como em outros que apresentam o mesmo efeito adverso.
5.2. Impacto Social
O impacto direto na qualidade de vida pela redução no tempo de exposição à analgesia
e na diminuição da dor. Bem como o valor da aquisição do produto.
Com base na exploração da rica biodiversidade brasileira, a indústria de plantas
medicinais e de fitoterápicos pode representar uma excelente alternativa para assegurar o
acesso a medicamentos seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos
(HASENCLEVER et al., 2017).
21
6. CONCLUSÃO
O fitoterápico a base do extrato alcoólico de Acmella oleracea diminui a
intensidade de dor na virilha durante epilação a Laser.
22
7. REFERÊNCIAS
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26
APÊNDICES
Apêndice 1 - Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa.
27
28
29
30
Apêndice 2 – Cálculo da Amostra.
31
32
Apêndice 3 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para as Voluntárias.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVAS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
RESOLUÇÃO CNS Nº 466/12
Você está sendo convidada para participar da pesquisa “AÇÃO ANALGÉSICA DE
FITOTERÁPICO DURANTE A EPILAÇÃO A LASER” sob a responsabilidade da
pesquisadora Maísa da Silva e orientadora Profa. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola.
Nesta pesquisa nós estamos buscando formas de diminuir a sensação dolorosa durante
a epilação a Laser.
Na sua participação você deverá dispor-se da utilização de um gel elaborado com
extrato de Acmella olaracea ou de gel alcoólico antes do início da epilação na virilha
esquerda e direita.
No caso de surgir algum tipo de reação alérgica relacionada ao gel, deve-se seguir as condutas
indicadas pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI). As condutas são:
parar de usar o gel imediatamente; tomar remédio anti-histamínicos orais ou injetáveis
indicado pelo médico, e derivados de cortisona orais, tópicos cutâneos, e injetáveis; em caso
de reações sistêmicas graves como a anafilaxia, deve-se procurar o serviço de saúde do
hospital mais próximo e empregar adrenalina subcutânea ou outras drogas com atividade
antialérgica.
Em nenhum momento você será identificado. Os resultados da pesquisa serão
publicados e ainda assim a sua identidade será preservada.
Você não terá nenhum gasto e ganho financeiro por participar na pesquisa.
Você é livre para deixar de participar da pesquisa a qualquer momento sem nenhum prejuízo
ou coação.
Uma via original deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficará com você.
Se você tiver alguma sugestão ou dúvida sobre a parte ética da pesquisa, entre em
contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVÁS (CEP): Av. Prefeito Tuany Toledo,
470, Pouso Alegre - MG, telefone: (35) 3449-9271, horário de atendimento: 9-18h e 19-22h,
de 2º a 6º feira.
Campanha, _____ de ________de 2017.
_______________________________________________________________
Maísa da Silva
Eu aceito participar do projeto citado acima, voluntariamente, após ter sido devidamente esclarecido.
Participante da pesquisa
33
Apêndice 4 – Aleatorização das Voluntárias.
A Randomization Plan from
http://www.randomization.com
1. _________________________________________
o 1
o 2
2. _________________________________________
o 1
o 2
3. _________________________________________
o 1
o 2
4. _________________________________________
o 2
o 1
5. _________________________________________
o 2
o 1
6. _________________________________________
o 2
o 1
7. _________________________________________
o 2
o 1
8. _________________________________________
o 2
o 1
9. _________________________________________
o 1
o 2
10. _________________________________________
o 1
o 2
11. _________________________________________
o 1
o 2
12. _________________________________________
o 1
o 2
13. _________________________________________
o 2
o 1
14. _________________________________________
o 1
o 2
15. _________________________________________
34
o 1
o 2
16. _________________________________________
o 2
o 1
17. _________________________________________
o 1
o 2
18. _________________________________________
o 2
o 1
19. _________________________________________
o 2
o 1
20. _________________________________________
o 2
o 1
21. _________________________________________
o 1
o 2
22. _________________________________________
o 2
o 1
23. _________________________________________
o 1
o 2
24. _________________________________________
o 2
o 1
25. _________________________________________
o 1
o 2
26. _________________________________________
o 2
o 1
27. _________________________________________
o 1
o 2
28. _________________________________________
o 2
o 1
29. _________________________________________
o 1
o 2
30. _________________________________________
o 2
o 1
31. _________________________________________
o 2
o 1
32. _________________________________________
o 1
35
o 2
o
33. _________________________________________
o 2
o 1
34. _________________________________________
o 2
o 1
35. _________________________________________
o 2
o 1
36. _________________________________________
o 1
o 2
37. _________________________________________
o 2
o 1
38. _________________________________________
o 2
o 1
39. _________________________________________
o 2
o 1
40. _________________________________________
o 2
o 1
41. _________________________________________
o 1
o 2
42. _________________________________________
o 1
o 2
43. _________________________________________
o 1
o 2
44. _________________________________________
o 1
o 2
45. _________________________________________
o 1
o 2
46. _________________________________________
o 2
o 1
47. _________________________________________
o 2
o 1
48. _________________________________________
o 2
o 1
49. _________________________________________
o 1
36
o 2
50. _________________________________________
o 1
o 2
51. _________________________________________
o 1
o 2
52. _________________________________________
o 1
o 2
53. _________________________________________
o 2
o 1
54. _________________________________________
o 2
o 1
55. _________________________________________
o 1
o 2
56. _________________________________________
o 1
o 2
57. _________________________________________
o 2
o 1
58. _________________________________________
o 1
o 2
59. _________________________________________
o 1
o 2
60. _________________________________________
o 2
o 1
O PRIMEIRO PRODUTO (NÚMERO DO PRODUTO É SEMPRE
APLICADO NA DIREITA E DEPOIS NA ESQUERDA).
37
Apêndice 5 - Protocolo de respostas e resultados das voluntárias da pesquisa.
COLETA DE DADOS
Número da voluntária de 1 a 60
RESULTADO EMADOR:
ALEATORIZAÇÃO DIREITA (EVN) PALAVRAS ESQUERDO
(EVN)
PALAVRAS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
38
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
39
ANEXOS
Anexo 1 - Escala Multidimensional de Avaliação de Dor (EMADOR)
40
41
NORMAS ADOTADAS
DeCS - Descritores em Ciências da Saúde. Disponível em: http://www.decs.bvs.br
ICMJE – International Committee of Medical Journal Editor Standard - http://www.icmje.org/
MPCAS – Elaboração e formatação do Trabalho de Conclusão de Curso. Univás
Consort - http://www.consort-statement.org