1_Aula_da_1_Unidade_de_fisica_II.pdf
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1.1 – Movimento Harmônico Simples
1 – OSCILAÇÕES
É o tipo mais básico de
oscilação.
Supondo uma partícula que se
move repetidamente de um lado
para o outro da origem de um
eixo 𝑥.
Frequência (𝑓) → número de
oscilações completas por
segundo. Unidade de 𝑓 é o hertz
(𝐻𝑧) no SI.
1 𝐻𝑧 = 1 oscilação por segundo
= 1𝑠−1 Uma grandeza relacionada a
frequência é o chamado período
(𝑇) da oscilação dado em segundos (𝑠), que é o tempo necessário para
completar uma oscilação completa (ou um ciclo)
𝑇 =1
𝑓
EXEMPLOS
1.1 – Um transdutor ultrassônico (uma espécie de alto falante), usado
para diagnostico médico, oscila com uma frequência igual a 6,7 𝑀𝐻𝑧. Quanto dura uma oscilação e qual é a frequência angular?
Resp. 0,15 × 10−7𝑠 𝑒 4,2 × 107 𝑟𝑎𝑑/𝑠
1.2 – A corda de um piano emite um lá médio vibrando com uma
frequência primária igual a 220 𝐻𝑧. a) Calcule o período e a frequência
angular. b) Calcule a frequência angular de uma soprano emitindo um lá
uma oitava acima, que é igual a duas vezes a frequência da corda do
piano.
Resp. a) 𝑇 = 4,54 × 10−3 𝑠; 𝜔 = 1380 𝑟𝑎𝑑/𝑠 . b)𝑇 = 2,27 × 10−3𝑠; 𝜔 =2760 𝑟𝑎𝑑/𝑠
Todo movimento que se repete a intervalos regulares é chamado de
movimento periódico ou movimento harmônico.
Uma representação gráfica de 𝑥 em função do tempo:
Uma função que representa esse movimento é dado por:
Conhecida como função do deslocamento.
𝑥𝑚 → amplitude do movimento, e depende de como o movimento foi
produzido. O índice 𝑚 indica valor máximo.
A função co-seno tem valor máximo (𝑥𝑚) variando de +1 𝑎 − 1.
𝜔𝑡 + 𝜙 → fase movimento, essa grandeza depende do tempo.
𝜙 → constante de fase (ou ângulo de fase)
O valor de ∅ depende do deslocamento e da velocidade da partícula no
instante 𝑡 = 0. A unidade de 𝜙 no SI é o radiano.
𝜔 → frequência angular do movimento. Sua unidade no SI é o 𝑟𝑎𝑑 𝑠 .
Para interpretar a constante 𝜔, temos que considerar 𝑥 𝑡 = 𝑥(𝑡 + 𝑇). Para simplificar, vamos fazer ∅ = 0, temos:
𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡) = 𝑥𝑚 cos(𝜔 𝑡 + 𝑇 )
Como a função co-seno se repete pela primeira vez quando seu argumento
(a fase) aumenta de 2𝜋 𝑟𝑎𝑑, temos
𝜔 𝑡 + 𝑇 = 𝜔𝑡 + 2𝜋 ⇒ 𝜔𝑡 + 𝜔𝑇 = 𝜔𝑡 + 2𝜋
𝜔𝑇 = 2𝜋 ⇒ 𝜔 =2𝜋
𝑇= 2𝜋𝑓
Na linha azul temos o
deslocamento quando ∅ = 0.
Na figura (a) temos a curva
vermelha com a amplitude
𝑥𝑚′ maior (os deslocamentos
da curva vermelha paro cima
e para baixo são maiores).
Na figura (b) o período da
curva vermelha é 𝑇′ = 𝑇/2 (a
curva vermelha está
comprimida
horizontalmente). Na figura
(c) O 𝜙 = −𝜋
4𝑟𝑎𝑑 em vez de
zero (o valor negativo de ∅
desloca a curva para a
direita.
EXEMPLOS
1.3 – Qual é a constante de fase do
oscilador harmônico cuja função posição
𝑥(𝑡) aparece na figura ao lado se a função
posição é da forma 𝑥 = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜙)? A
escala do eixo vertical é definida por
𝑥𝑠 = 6,0 𝑐𝑚.
Resp. ≈ 1,91 𝑟𝑎𝑑
1.4 – Uma partícula em oscilação harmônica simples de período 𝑇
está em −𝑥𝑚 no instante 𝑡 = 0. A partícula está em −𝑥𝑚, +𝑥𝑚, em 0,
entre −𝑥𝑚 e 0 ou entre 0 e +𝑥𝑚 no instante (a) 𝑡 = 2,00𝑇 , (b)
𝑡 = 3,50 𝑇 e (c) 𝑡 = 5,25 𝑇 ?
A velocidade do MHS
𝑣 𝑡 =𝑑𝑥(𝑡)
𝑑𝑡=𝑑 𝑥𝑚 cos 𝜔𝑡 + 𝜙
𝑑𝑡
𝑣 𝑡 = −𝜔𝑥𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜙
Que é a função horária da
velocidade, onde ω𝑥𝑚 é a amplitude
da velocidade.
A aceleração do MHS
𝑎 𝑡 =𝑑𝑣(𝑡)
𝑑𝑡=𝑑 −𝜔𝑥𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜙
𝑑𝑡
𝑎 𝑡 = −𝜔2𝑥𝑚 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜙
Que é a função horária da
aceleração, onde 𝜔2𝑥𝑚 é a amplitude
da aceleração.
1.5 – Um objeto que executa um MHS leva 0,25 𝑠 para se deslocar de
um ponto de velocidade nula para o ponto seguinte do mesmo tipo. A
distância entre estes pontos é de 36 𝑐𝑚 . Calcule o período, a
frequência e a amplitude do movimento.
Resp. 0,50 𝑠; 2,0 𝐻𝑧; 18 𝑐𝑚.
EXEMPLOS
1.6 – Qual é a constante de fase do
oscilador harmônico cuja função
velocidade 𝑣(𝑡) aparece na figura ao lado
se a função posição 𝑥(𝑡) é da forma
𝑥 = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜙) ? A escala do eixo
vertical é definida por 𝑣𝑠 = 4,0 𝑐𝑚/𝑠.
1.2 – A Lei do Movimento Harmônico Simples
O movimento harmônico simples é o movimento executado por uma
partícula sujeita a uma força proporcional ao deslocamento da partícula e
de sinal oposto.
Aprendemos que:
𝑎 = −𝜔2𝑥
Pela 2ª lei de Newton
𝐹 = 𝑚. 𝑎
Temos
𝐹 = 𝑚 −𝜔2𝑥 = − 𝑚𝜔2 𝑥
Figura ao lado – Oscilador
harmônico simples. Não há
atrito com a superfície. O
bloco se move em MHS
quando é puxado ou
empurrado a partir da
posição 𝑥 = 0 e depois
liberada.
A partir da lei de Hooke:
𝐹 = −𝑘. 𝑥
Onde
𝑘 = 𝑚𝜔2
A frequência angular
𝜔 =𝑘
𝑚
Como
𝜔 =2𝜋
𝑇
Temos
𝑇 = 2𝜋𝑚
𝑘
EXEMPLOS
1.7 – Um bloco de 200 𝑔 conectado a uma mola leve, para a qual a
constante de força é 5,00 𝑁/𝑚, é livre para oscilar em uma superfície
horizontal, sem atrito. O bloco é deslocado 5,00 𝑐𝑚 do equilíbrio e
liberado do repouso. (a) Encontre o período de seu movimento. (b)
Determine a velocidade máxima do bloco. (c) Qual é a aceleração
máxima do bloco? (d) Expresse posição, velocidade e aceleração como
funções de tempo em unidade do Sistema Internacional (SI).
1.8 – Um bloco cuja massa 𝑚 é 680 𝑔 está preso a uma mola cuja
constante elástica é 65 𝑁/𝑚. O bloco é puxado sobre uma superfície
sem atrito a uma distância 𝑥 = 11 𝑐𝑚 a partir da posição de equilíbrio em
𝑥 = 0 e liberado a partir do repouso no instante 𝑡 = 0. (a) Quais são a
frequência angular, a frequência e o período do movimento resultante?
(b) Qual é a amplitude das oscilações? (c) Qual é a velocidade máxima
𝑣𝑚 do bloco e onde se encontra o bloco quando tem essa velocidade?
(d) Qual é o módulo 𝑎𝑚 da aceleração máxima do bloco? (e) Qual é a
constante de fase 𝜙 do movimento? (f) Qual é a função deslocamento
𝑥(𝑡) do sistema bloco-mola?
Resp. a) ≈ 9,8 𝑟𝑎𝑑/𝑠; ≈ 1,6 𝐻𝑧; 0,64 𝑠. b) 11 𝑐𝑚. c) 1,1 𝑚/𝑠. d) 11 𝑚/𝑠2. e) 0 𝑟𝑎𝑑. f) 0,11 cos(9,8𝑡).
1.3 – A Energia do MHS
A energia de um oscilador é transformada repetidamente de energia
cinética em energia potencial e vice-versa, enquanto a soma das duas
(𝐸𝑚 → energia mecânica) permanece constante.
A energia potencial 𝑈(𝑡)
𝐹 = −𝑑𝑈
𝑑𝑥⇒ −𝑘𝑥 = −
𝑑𝑈
𝑑𝑥⇒𝑑𝑈
𝑑𝑥= 𝑘𝑥
𝑑𝑈 = 𝑘𝑥𝑑𝑥
Escolhendo o zera da energia potencial na origem e integrando, temos
𝑑𝑈 = 𝑘 𝑥𝑑𝑥𝑥
0
𝑈
0
𝑈 =1
2𝑘𝑥2
Como 𝑥 = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜙)
𝑈 𝑡 =1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑡 + 𝜙
A energia cinética 𝐾, depende da velocidade
𝐾 =1
2𝑚𝑣2
Como
𝑣 = −𝑥𝑚𝜔 sin(𝜔𝑡 + 𝜙)
Então
𝐾 =1
2𝑚𝑥𝑚
2 𝜔2𝑠𝑖𝑛2 𝜔𝑡 + 𝜙 =1
2𝑚𝜔2𝑥𝑚
2 𝑠𝑖𝑛2 (𝜔𝑡 + 𝜙)
Sabemos que
𝜔2 =𝑘
𝑚→ 𝑘 = 𝑚𝜔2
Então
𝐾 =1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑠𝑖𝑛2 (𝜔𝑡 + 𝜙)
A energia mecânica
𝐸 = 𝐾 + 𝑈
Então
𝐸 =1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑠𝑖𝑛2 𝜔𝑡 + 𝜙 +
1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑡 + 𝜙
𝐸 =1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑠𝑖𝑛2 𝜔𝑡 + 𝜙 + 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑡 + 𝜙
1
Então
𝐸 = 𝐾 + 𝑈 =1
2𝑘𝑥𝑚2
EXEMPLOS
1.9 – Suponha que o bloco possui uma massa 𝑚 = 2,72 × 105𝑘𝑔 e foi
projetado para oscilar em uma frequência 𝑓 = 10,0 𝐻𝑧 e com amplitude
𝑥𝑚 = 20,0 𝑐𝑚. (a) Qual é a energia total 𝐸 do sistema bloco-mola? (b)
Qual é a velocidade do bloco ao passar pelo ponto de equilíbrio?
Resp. (a) ≈ 2,1 × 107 𝐽 (b) 12,6 𝑚/𝑠
1.10 – Um carrinho de 0,500 𝑘𝑔 conectado a uma mola leve com
constante de força 20,0 𝑁/𝑚 oscila em um trilho de ar horizontal, sem
atrito. (a) Calcule a velocidade máxima do carrinho se a amplitude do
movimento é de 3,00 𝑐𝑚. (b) Qual é a velocidade do carrinho quando a
posição é 2,00 𝑐𝑚? (c) Compute as energias cinéticas e potenciais do
sistema quando a posição do carrinho é 2,00 𝑐𝑚.
Resp. (a) 0,190 𝑚/𝑠. (b) ±0,141 𝑚/𝑠. (c) 𝐾 = 5 × 10−3𝐽; 𝑈 = 4 × 10−3 𝐽
1.4 – Pêndulos
Nesta classe de osciladores harmônicos simples (OHS) a força de retorno
está associada à gravitação, e não às propriedades elásticas de um fio ou
de uma mola.
Considere um pêndulo simples, composto por uma partícula de massa 𝑚
(chamada de peso do pêndulo), suspensa por uma das extremidades de
um fio inextensível de massa desprezível e comprimento 𝐿 , cuja
extremidade está fixa.
O peso está livre para oscilar para a
esquerda e para a direita de uma reta
vertical que passa pelo ponto fixo do fio.
As forças que agem sobre o peso são a
tração exercida pelo fio (𝑇 ) e a força
gravitacional 𝐹𝑔.
𝐹𝑔 pode ser decomposta numa
componente radial 𝐹𝑔 cos 𝜃 e uma
tangencial −𝐹𝑔 sin 𝜃.
Sendo:
𝐹𝑇 = 𝑚. 𝑎𝑇 ; 𝑎𝑇 =𝑑𝑣
𝑑𝑡; 𝑣 = 𝑅𝜔 𝑒 𝑅 = 𝐿
Temos:
𝑎𝑇 = 𝐿𝑑𝜔
𝑑𝑡 𝑒 𝜔 =
𝑑𝜃
𝑑𝑡⇒ 𝑎𝑇 = 𝐿
𝑑2𝜃
𝑑𝑡2
Então:
−𝑚 𝑔 sin 𝜃 = 𝑚𝐿𝑑2𝜃
𝑑𝑡2⇒𝑑2𝜃
𝑑𝑡2+𝑔
𝐿sin 𝜃 = 0
Sendo que 𝜃 é pequeno, ou seja, pequenas amplitudes: sin 𝜃 ≈ 𝜃
𝑑2𝜃
𝑑𝑡2+𝑔
𝐿𝜃 = 0 (𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙)
𝜃 = 𝜃0 cos(𝜔𝑡 + ∅)
Fazendo:
𝜔2 =𝑔
𝐿⇒ 𝑇 =
2𝜋
𝜔⇒ 𝑇 = 2𝜋
𝐿
𝑔
EXEMPLOS
1.11 – Calcule a frequência e o período de um pêndulo simples de
1000 𝑚 de comprimento em um local onde 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠2. Resp. 2,007 𝑠; 0,4983 𝐻𝑧.
1.12 – Suponha que um pêndulo simples é formado por um pequeno
peso de 60,0 𝑔 pendurado na extremidade de uma corda de massa
desprezível. Se o ângulo 𝜃 entre a corda e a vertical é dado por
𝜃 = 0,0800 𝑟𝑎𝑑 cos 4,43 𝑟𝑎𝑑/𝑠 𝑡 + 𝜙
Quais são (a) o comprimento da corda e (b) a energia cinética máxima
do peso?
Resp. (a) 𝐿 = 0,499 𝑚 (b) 9,40 × 10−4 𝐽
1.5 – Pêndulo Físico
Qualquer corpo rígido que pode oscilar livremente em torno de um eixo
horizontal, sob a ação da gravidade constitui um pêndulo físico.
O pêndulo físico está deslocado de um ângulo 𝜃 em relação à posição de
equilíbrio. A força gravitacional está aplicada ao centro de massa C, a uma
distância ℎ do ponto fixo 0.
Tomando o braço da alavanca.
Sendo 𝐼 o momento de inércia do corpo,
e a aceleração angular
𝑎 =𝑑2𝜃
𝑑𝑡2
𝐼𝑎 = 𝜏 ⇒ 𝐼𝑑2𝜃
𝑑𝑡2= −𝑚𝑔ℎ sin 𝜃
𝑑2𝜃
𝑑𝑡2+𝑚𝑔ℎ
𝐼𝜃 = 0 ⇒ 𝜔 =
𝑚𝑔ℎ
𝐼
𝜔 =2𝜋
𝑇⇒ 𝑇 = 2𝜋
𝐼
𝑚𝑔ℎ
EXEMPLOS
1.13 – Na figura ao lado uma régua de um
metro oscila em torno de um ponto fixo em uma
das extremidades, a uma distância ℎ do centro
de massa da régua. Qual é o período de
oscilação 𝑇?
Resp. 1,64 𝑠
1.14 – Uma barra uniforme de massa 𝑀 e
comprimento 𝐿 é centrada em uma
extremidade e oscila em um plano vertical
(figura ao lado). Encontre o período da
oscilação se a amplitude do movimento é
pequena.
Resp.
𝑇 = 2𝜋2𝐿
3𝑔
1.6 – MHS Amortecido
Quando o movimento de um oscilador é reduzido por uma força externa,
dizemos que o oscilador e seu movimento são amortecidos.
Um pêndulo embaixo d´água ou oscilando no ar.
Um exemplo idealizado de um oscilador
amortecido é mostrado na figura ao
lado, no qual um bloco de massa 𝑚
oscila verticalmente preso a uma mola
de constante elástica 𝑘 . Supondo a
barra e a palheta com massas
desprezíveis. Quando a palheta se
move para cima e para baixo o líquido
exerce uma força de arrasto sobre todo
o sistema. A energia mecânica diminui,
porém a térmica aumenta (líquida e da
palheta).
Dizemos que:
𝐹𝑎 = −𝑏𝑣
𝐹𝑎 → força de amortecimento
𝑏 → constante de amortecimento
𝑣 → velocidade da palheta e do bloco
A força exercida pela mola sobre o bloco é
𝐹𝑚 = −𝑘𝑥
Supondo que a força gravitacional é desprezível em comparação com 𝐹𝑚 e
𝐹𝑎. Podemos escrever a segunda lei de Newton como:
−𝑏𝑣 − 𝑘𝑥 = 𝑚𝑎
Como
𝑣 =𝑑𝑥
𝑑𝑡 𝑒 𝑎 =
𝑑2𝑥
𝑑𝑡2
Temos
−𝑏𝑑𝑥
𝑑𝑡− 𝑘𝑥 = 𝑚
𝑑2𝑥
𝑑𝑡2⇒ 𝑚
𝑑2𝑥
𝑑𝑡2+ 𝑏
𝑑𝑥
𝑑𝑡+ 𝑘𝑥 = 0
Ou seja, a solução é
𝑥 𝑡 = 𝑥𝑚𝑒−𝑏𝑡
2𝑚 cos 𝜔′𝑡 + 𝜙
Em que 𝑥𝑚 é a amplitude e 𝜔′ é a frequência angular dos osciladores
amortecidos.
𝜔′ =𝑘
𝑚−𝑏2
4𝑚2
Se 𝑏 = 0 (sem amortecimento)
𝜔′ =𝑘
𝑚= 𝜔
Assim
𝑥 𝑡 = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜙)
Se a constante de amortecimento é pequena, mas diferente de zero
𝑏 ≪ 𝑘𝑚 ⇒ 𝜔′ ≈ 𝜔
Para a função do
deslocamento, 𝑥(𝑡) , a
amplitude é dada por
𝑥𝑚𝑒−𝑏𝑡
2𝑚
A energia então não é
constante; oscilador sem
amortecimento
𝐸 =1
2𝑘𝑥𝑚2 ⇒ 𝐸 𝑡 =
1
2𝑘𝑥𝑚2 𝑒
−𝑏𝑡𝑚
A energia mecânica diminui exponencialmente com o tempo.
EXEMPLOS
1.15 – Na figura abaixo, o bloco possui uma massa de 1,50 𝑘𝑔 e a
constante elástica é 8,00 𝑁/𝑚. A força de amortecimento é dado por
– 𝑏(𝑑𝑥/𝑑𝑡), onde 𝑏 = 230 𝑔/𝑠. o bloco é puxado 12,0 𝑐𝑚 para baixo e
liberado. Calcule o tempo necessário para que a amplitude das
oscilações resultantes diminua um terço do valor inicial. Quantas
oscilações o bloco realiza nesse intervalo de tempo?
(Resp. 14,3 𝑠; 5,27)
1.7 – Oscilações Forçadas
Vimos que o oscilador amortecido diminui com o tempo, como resultado de
uma força resistiva.
Para compensar essa diminuição se aplica uma força externa periódica.
Para um oscilador forçado
𝐹 𝑡 = 𝐹0 sin𝜔′𝑡
𝐹0 → constante
𝜔′ → frequência angular da força externa
Pela 2ª lei de Newton (𝐹 = 𝑚𝑎)
𝐹0 sin𝜔′𝑡 − 𝑏
𝑑𝑥
𝑑𝑡− 𝑘𝑥 = 𝑚
𝑑2𝑥
𝑑𝑡2
A solução
𝑥 = 𝑥𝑚 cos(𝜔′𝑡 + 𝜙)
Onde
𝑥𝑚 =
𝐹0𝑚
𝜔′2 − 𝜔2 2 +𝑏𝜔𝑚
212
Quando a frequência 𝜔′ da força
externa é igual à natural 𝜔 do
oscilador, ocorre ressonância.
A amplitude aumenta com menor
amortecimento (𝑏 → 0) e a curva de
ressonância fica mais larga
conforme o amortecimento aumenta.
Ressonância é a tendência e um
sistema a oscilar em máxima
amplitude em certas frequências ou
comprimento de ondas, conhecido
como 'frequências ressonantes'.
Nessas frequências, até mesmo
forças periódicas pequenas podem
produzir vibrações de grande
amplitude, pois o sistema armazena
energia vibracional.