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GUY DEBORD
A sociedade doespetáculo –comentários sobre a sociedade
do espetáculo
1997
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Inspirado, principalmente, na análise dasociedade capitalista de Karl Marx, em “OCapital”.
GUY DEBORD (1931-1994
!"# $e%ordson&a'a com areden)o da
sociedade dasit"a)o des"%miss)o.
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*m 19+, $e%ord inicio" s"a associa)o coma Internacional etrista, "e trata'a de /"ndirpoesia e m0sica, alm de trans/ormar a
paisa2em "r%ana da *"ropa.
*m 19+, a Internacional etrista se "nto" ao"tros mo'imentos art5sticos de 'an2"arda,
para /ormar a Internacional 6it"acionista (I6.
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“7 Internacional 6it"acionista /oi "mmo'imento contestador s"r2ido em 19+, c"aat"a)o /oi marcante em todo o processo del"ta pol5tica, ideol82ica e c"lt"ral "e c"lmino"nos acontecimentos de 19:. O mo'imento,"e te'e em !"# $e%ord se" pensador maisin;"ente, deixo" como principal &eranate8rica 7 6ociedade do espetác"lo. 7 I6 deixo"de existir em 19
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7 6ociedade do *spetác"lo /oi lanado emno'em%ro de 19, em =aris, e te'e /orte
in;">ncia na re%eli)o dos est"dantes em19:. 7 ?rana 'i'e" "ma 2re'e 2eral, com ades)o
de cerca de de@ mil&Aes de tra%al&adores.
Os re'oltosos"eriam apresentar"ma no'a ideia desociedade, comtrans/ormaAespol5ticas e sociais.
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“E sem d!ida o nosso tempo"""
pre#ere a ima$em % coisa& a c'piaao ori$inal& a representa()o %realidade& a apar*ncia ao ser"""+(?e"er%ac& - *p52ra/e do Cap5t"lo I
A ,O-.EDADE DO E,/E0-U2O
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“ Boda a 'ida das sociedades nas "ais reinam asmodernas condiAes de prod")o se apresentacomo "ma imensa ac"m"la)o de espetác"los. B"do o "e era 'i'ido diretamente torno"-se "ma
representa)o. (... O espetác"lo em 2eral, comoin'ers)o concreta da 'ida, o mo'imentoa"tnomo do n)o 'i'o+ (p.13
“O espetác"lo n)o "m con"nto de ima2ens, mas"ma rela)o social entre pessoas, mediada porima2ens” (p.14
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“(... a realidade s"r2e no espetác"lo, e oespetác"lo real”. (p.1+
“Do m"ndo realmente in'ertido, a 'erdade
"m momento do "e /also”. (p.1
“(... o espetác"lo a aErma)o da apar>nciae a aErma)o de toda 'ida &"mana F isto ,
social F como simples apar>ncia”. (p.1
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“7 aliena)o do espectador em /a'or do o%etocontemplado (o "e res"lta de s"a pr8priaati'idade inconsciente se expressa assimG"anto mais ele contempla, menos 'i'eH "antomais aceita recon&ecer-se nas ima2ens
dominantes da necessidade, menos compreendes"a pr8pria exist>ncia e se" pr8prio deseo. *mrela)o ao &omem "e a2e, a exterioridade doespetác"lo aparece no /ato de se"s pr8prios2estos á n)o serem se"s, mas de "m o"tro "eos representa por ele. (...” (p.
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“O espetác"lo na sociedadecorresponde a "ma /a%rica)oconcreta da aliena)o. (...” (p.
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O espetác"lo o momento em "e amercadoria oc"po" totalmente a 'ida social.
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“7 sociedade portadora doespetác"lo n)o domina as re2iAess"%desen'ol'idas apenas pela&e2emonia econmica. $omina-ascomo sociedade do espetác"lo.Dos l"2ares onde a %ase materialainda está a"sente, em cadacontinente, a sociedade moderna
á in'adi" espetac"larmente as"per/5cie social.” (p.3:
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“7 /alsa escol&a em meio a%"ndJncia espetac"lar. (...desen'ol'e-se como l"ta de"alidade /antasmáticasdestinadas a a"lar a ades)o %analidade "antitati'a.” (p.41
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“7 ditad"ra da economia %"rocrática n)opode deixar s massas exploradas nen&"mamar2em si2niEcati'a de escol&er (... 6e cadac&in>s tem de aprender Mao e, assim, tornar-se Mao, por"e n)o &á o"tra coisa para ser.Onde o espectador concentrado domina, apol5tica tam%m domina.” (p. 43
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“ O espetác"lo n)o exalta os &omens e s"asarmas, mas as mercadorias e s"as paixAes.(... como nos arro"%os dos "e entram emtranse o" dos a2raciados por mila2res do 'el&o/etic&ismo reli2ioso, o /etic&ismo da
mercadoria atin2e momentos de excita)o/er'orosa. O 0nico "so "e ainda se expressaa"i o "so /"ndamental da s"%miss)o”. (p.44-4+
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“ nessa domina)o social do tempo-mercadoria "eo “tempo t"do, o &omem n)o nadaG no máximo,ele a carcaa do tempo””. (InG Misria da ?ilosoEa, p. 13
O 0E3/O E,/E0A-U2AR
“O tempo pse"doc5clico o do cons"mo daso%re'i'>ncia econmica moderna (... O tempopse"doc5clico n)o s8 se %aseia nos traos nat"raisdo tempo c5clico mas tam%m cria no'as
com%inaAes &om8lo2asG o dia e a noite, otra%al&o e o descanso semanais... (... O tempopse"doc5clico /oi trans/ormado pela ind0stria.” (p.14
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“Dos %om%ardeios p"%licitários nitidamente proi%ido en'el&ecer...*ssa a"s>ncia social da morte id>ntica a"s>ncia social da 'ida.
(... O tempo aliena)onecessária...” (p.19
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“6"%prod"to da circ"la)o das mercadorias,o t"rismo, circ"la)o &"mana consideradacomo cons"mo, res"me-se /"ndamentalmenteno la@er de ir 'er o "e se torno" %anal.” (p.11
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“Com os meios de com"nica)o de massa alon2a distJncia, o isolamento da pop"la)o
re'elo"-se "m meio de controle %em mais eEca@.(... indi'5d"os isolados em con"ntoG as /á%ricas eos centros c"lt"rais, os cl"%es de /rias e osLcondom5nios residenciais s)o or2ani@ados deprop8sito para os Ens dessa pse"docoleti'idade
"e acompan&a tam%m o indi'5d"o isolado nacl"la /amiliarG o empre2o 2enerali@ado deaparel&os receptores da mensa2em espetac"lar/a@ com "e esse isolamento sea po'oado pelas
ima2ens dominantes, ima2ens "e ad"irem s"aplena /ora por ca"sa desse isolamento.” (p. 113-114
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$e%ord critica tanto o espetác"lo do estadodo %loco socialista, o poder espetac"larconcentrado, "anto o espetác"lo demercado do ocidente capitalista, o poderespetac"lar di/"so.
ConcentradoG ideolo2ia concentrada emtorno de "ma personalidade ditatorial, &a'iaacompan&ado a contrarre'ol")o totalitária,/osse na@ista o" stalinista
-O3E40R.O, ,OBRE A ,O-.EDADEDO E,/E0-U2O
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$i/"soG insti2a os assalariados a escol&eremli'remente entre "ma 2rande 'ariedade demercadorias. Nepresenta a americani@a)odo m"ndo.
ma terceira /orma de poder espetac"larconstit"i-se a partir da com%ina)o dospoderes concentrado e di/"soG espetacularinte$rado, "e tende a impor-sem"ndialmente.
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O espetac"lar inte2rado "sa os dois poderesG
Do lado concentrado, á n)o se coloca "maideolo2ia clara. Do lado di/"so, a in;">nciaespetac"lar amais marcara tanto "ase todos oscomportamentos e o%etos prod"@idossocialmente.
O sentido Enal do espetac"lar inte2rado o /atode ele se ter inte2rado na pr8pria realidade.72ora essa realidade n)o aparece como coisaestran&a. P"ando o espetac"lar eraconcentrado, a maior parte da sociedadeperi/rica l&e escapa'a. O espetác"lo con/"ndi"-se com toda a realidade, ao irradiá-la.” (p.13
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O Em da di'is)o do tra%al&o coincide com omo'imento 2eral de desaparecimento de toda
compet>ncia 'er5dica. (... m &omem deEnanas pAe-se a cantar... (... P"al"er "mpode aparecer no espetác"lo para exi%ir-sep"%licamente (... P"ando a posse de "m status
midiático ass"me importJncia m"it5ssimo maior"e o 'alor da"ilo "e se /oi capa@ de /a@errealmente, normal "e esse status seatrans/er5'el com /acilidade e conEra o direito de%ril&ar. (p.14
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“7 sociedade moderni@ada at o está2iodo espetac"lar inte2rado se caracteri@a pelacom%ina)o de cinco aspectos principaisG aincessante reno'a)o tecnol82ica, a /"s)oeconmico-estatal, o se2redo 2enerali@ado,a mentira sem contesta)o e o presenteperpt"o.” (p.1+
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“O se2redo 2enerali@ado mantm-se por trás doespetác"lo, como o complemento decisi'oda"ilo "e mostra e, se /ormos ao /"ndo dascoisas, como s"a mais importante opera)o. O/ato de á n)o ter contesta)o con/eri" mentira"ma no'a "alidade. 7o mesmo tempo, a'erdade deixo" de existir "ase em toda parte,o", no mel&or caso, Eco" red"@ida a "ma&ip8tese "e n"nca poderá ser demonstrada. 7mentira sem contesta)o cons"mo" o
desaparecimento da opini)o p0%lica, "e, dein5cio, Ecara incapa@ de se /a@er o"'ir e, lo2o emse2"ida, de ao menos se /ormar.” (p.1
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“ "ma sociedade /rá2ilpor"e tem 2randediEc"ldade para dominars"a peri2osa expans)otecnol82ica. Mas asociedade per/eita para ser
2o'ernadaH a pro'a disso "e todos os "e aspiramao 2o'erno "erem2o'ernar essa sociedadeH
com os mesmosprocedimentos, e mant>-la"ase exatamente como ela.” (p.1:
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“$e /ato, cmodo para "emcomanda os ne28cios e sa%e manter-se nessa posi)o. O Em da &ist8ria "m a2radá'el repo"so para todopoder presente. (... D"nca /oi
poss5'el mentir com t)o per/eitaa"s>ncia de conse">ncias. Oespectador s"posto i2norante det"do, n)o merecedor de nada.”(p.1:3
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“P"ando se tenta explicar al2o, "m en2anoopor a máEa ao *stadoG n"nca s)o ri'ais. (... 7
máEa n)o estran&a nesse meioH sente-senele per/eitamente em casa. (... P"ando setem din&eiro e ami2os, pode-se rir da Q"stia.Do espetac"lar inte2rado, as leis dormem.” (p.
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Q"remir Mac&ado da 6il'a, pro/essor =C-N6,escre'e" o arti2o “$epois do *spetác"lo”, paraa coletJnea “!"# $e%ordG antes e depois do
espetác"lo”.
Do texto, Q"remir di@ "e “!"# $e%ord o&omem do sc"lo. =assado.” (p.3
-R50.-A
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O pro/essor aErma "e n)o 'i'emos mais no espetác"lo,mas no &iperespetác"lo.
*spetác"loG contempla)o passi'a por parte do indi'5d"ocom rela)o s ima2ens midiáticas. Bem como o%eto "mo"tro distante, ideali@ado. 6eria, portanto, "m está2io demanip"la)o, de “ser'id)o 'ol"ntária”.
Riperespetác"lo o" “sociedade med5ocre”G contempla)ode si mesmo em "m o"tro, em princ5pio, plenamentealcaná'el, semel&ante o" i2"al ao contemplador. mexemplo o Si2 Srot&er Srasil, em "e a /ama pareceestar ao alcance de "al"er "m. =assamos da“manip"la)o” “imers)o total”.
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Q"remir di@ "e ao contrário de !"# $e%ord,"e aErma “o espetác"lo n)o "m con"ntode ima2ens, mas "ma rela)o social entrepessoas mediada por ima2ens”, o&iperespetác"lo n)o "m con"nto deima2ens, mas "ma ima2em 0nica, so% a
apar>ncia da di'ersidade, "e n)o permitere;ex)o.
D)o pode &a'er emancipa)o "ando todos
escol&em mer2"l&ar na mesma tela l5"ida etransparente, declarando, nas pes"isas deopini)o, sentir-se /eli@es apesar de t"do.
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“Os &omens est)omais parecidos com
se" tempo do "ecom se"s pais.”
($e%ord, p.1:
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6"2est)oG Elme “Os 6"%stit"tos”