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UNISALESIANO
Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium
Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Terapia Ocupacional:Uma Viso Dinmica em Neurologia
Adriana Magali Dezotti Batista
PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS ENTRE
CINCO E ONZE ANOS ATENDIDAS NO
HOSPITAL DE CLNICAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DE MARLIA: UNIDADE SO
FRANCISCO DE ASSIS
LINSSP2012
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ADRIANA MAGALI DEZOTTI BATISTA
PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS ENTRE CINCO E ONZE ANOS
ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA
DE MARLIA: UNIDADE SO FRANCISCO DE ASSIS
Monografia apresentada BancaExaminadora do Centro UniversitrioCatlico Salesiano Auxilium, como
requisito parcial para obteno de ttulode especialista em TerapiaOcupacional: uma viso dinmica emneurologia, sob a orientao daProfessora Mestre Heloiza MariaZanella-Goodrich.
LinsSP
2012
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Batista, Adriana Magali DezottiB336p Perfil Sensorial das crianas entre cinco e onze anos atendidas
no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de Marlia:Unidade So Francisco de Assis / Adriana Magali Dezotti Batista. --Lins, 2012.
84p. il. 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitrio CatlicoSalesiano AuxiliumUNISALESIANO, Lins-SP, para ps-graduao
em Terapia Ocupacional: Uma Viso Dinmica em Neurologia, 2012.Orientadora: Heloiza Maria Zanella-Goodrich
1. Terapia Ocupacional. 2. Integrao Sensorial. 3.Neurocomportamento. I Ttulo.
CDU 615.851.3
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RESUMO
Uma das intervenes da Terapia Ocupacional atuar junto s crianasportadoras de transtornos mentais e que recebem tratamento psiquitrico.Essas crianas apresentam alteraes no comportamento, na aprendizageme no desenvolvimento. De acordo com a literatura, a base terica daIntegrao Sensorial est nos estudos neurocomportamentais, dodesenvolvimento e na pesquisa de distrbios de aprendizagem. A teoria deintegrao sensorial foi desenvolvida pela terapeuta ocupacional Jean Ayres,PhD, OTR. A Integrao Sensorial foi destinada inicialmente s crianascom distrbios de aprendizagem sem nenhum diagnstico, porm,
atualmente seus princpios so usados no tratamento de outras populaescomo: deficincia mental, transtornos invasivos do desenvolvimento,sndromes genticas, paralisia cerebral, autismo, leses neurolgicas emcrianas e adultos, psiquiatria e geriatria. Este trabalho procura conhecer operfil sensorial de crianas entre cinco e onze anos, em tratamentopsiquitrico no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de Marlia, naUnidade So Francisco de Assis, que compreende o Ambulatrio de SadeMental e a Unidade de Internao Psiquitrica no Hospital Geral com oobjetivo de demonstrar a importncia da integrao sensorial para a TerapiaOcupacional. O Perfil Sensorial Abreviado de Dunn foi aplicado em pais decrianas em tratamento nessas unidades de cuidado, dando uma viso da
importncia do assunto atravs de dados estatsticos. Prope-se, diante dosresultados obtidos, que seja implantada uma sala de Integrao Sensorialnesses servios, melhorando a assistncia prestada pela TerapiaOcupacional s crianas e a seus familiares, sendo possvel iniciarprecocemente o tratamento de transtorno de integrao sensorial associadoa outras abordagens teraputicas.
Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Integrao Sensorial.Neurocomportamento.
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ABSTRACT
One of the Occupational Therapy interventions is to work with childrenwith mental disorders and who receive psychiatric treatment. These childrenpresent changes in behavior, in the learning process and in globaldevelopment. According to the literature, the theoretical basis of the SensoryIntegration is found in neurobehavioral and developmental studies and inresearches on learning disabilities. The theory of sensory integration wasdeveloped by the occupational therapist A. Jean Ayres, PhD, OTR. It wasinitially designed for children with learning disabilities without any diagnosis,but currently, the principles of the theory are used in the treatment of otherdiseases like: mental disability, pervasive developmental disorders, geneticsyndromes, cerebral palsy, autism, neurological damage in children andadults, psychiatry and geriatrics. This paper aims to investigate the sensoryprofile of children between five and eleven years old in psychiatric treatmentat the Clinical Hospitalof the Marilia Medical School, in the So Francisco deAssis Unit; this clinic comprises the Mental Health Outpatient Clinic and thePsychiatric Inpatient Unit of the General Hospital. The study goal is to showthe importance of this approach for Occupational Therapy. The SensoryProfile by Dunn was applied to parents of children in treatment in these careunits, giving an overview of the importance of this subject through statisticdata. Considering the results obtained, it is proposed the implementation of aSensory Integration room in these services, improving the assistance given
by the Occupational Therapy to the children and their relatives, making itpossible to begin early treatment for the sensory integration disorder relatedto other therapeutic approaches.
Keywords: Occupational Therapy. Sensory Integration. Neurobehavioral.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ASM: Ambulatrio de Sade Mental
AVC: Acidente Vascular Cerebral
CEP: Comit de tica em Pesquisa
CID: Cdigo Internacional de Doenas
CNS: Conselho Nacional de Sade
CP: Criana Participante
CPs: Crianas Participantes
CREFITO: Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
DC: Diferena Clara
DP: Diferena ProvvelDT: Desempenho Tpico
FAMEMA: Faculdade de Medicina de Marlia
FAOTA:Fellow of the American Occupational Therapy Association(Membro
da Associao Americana de Terapia Ocupacional)
HC: Hospital de Clnicas
HC I: Hospital de Clnicas, Unidade I
HC III: Hospital de Clnicas, Unidade IIIIS: Integrao Sensorial
NTI: Ncleo Tcnico de Informaes
OTR: Occupational Therapy Registered(terapeuta ocupacional, registrada)
PhD: Philosophy Doctor
SIPT: Sensory Integration and Praxis Test (Integrao Sensorial e Teste
Praxis)
SNC: Sistema Nervoso CentralSNS: Sinais Neurolgicos Sutis
SP: Sensory Profile (Perfil Sensorial)
SPM: Sensory Processing Measure (Medida de Processamento Sensorial)
SSP: Short Sensory Profile (Perfil Sensorial Abreviado)
TAR: Total de Avaliaes Realizadas
TDAH: Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade
TV: Televiso
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: IS: Brincando com areia.................................................................69
Figura 2: IS: Brincando com balano.............................................................70
Figura 3: Distrbios de IS..............................................................................70
Figura 4: IS: Sensao Desagradvel...........................................................71
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Item 01 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................27
Tabela 2: Item 02 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................28
Tabela 3: Item 03 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................28
Tabela 4: Item 04 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................29Tabela 5: Item 05 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................29
Tabela 6: Item 06 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................30
Tabela 7: Item 07 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................30
Tabela 8: Item 08 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................31
Tabela 9: Item 09 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................31
Tabela 10: Item 10 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................31
Tabela 11: Item 11 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................32Tabela 12: Item 12 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................33
Tabela 13: Item 13 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................33
Tabela 14: Item 14 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................34
Tabela 15: Item 15 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................35
Tabela 16: Item 16 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................35
Tabela 17: Item 17 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................36
Tabela 18: Item 18 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................36Tabela 19: Item 19 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................37
Tabela 20: Item 20 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................37
Tabela 21: Item 21 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................38
Tabela 22: Item 22 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................39
Tabela 23: Item 23 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40
Tabela 24: Item 24 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40
Tabela 25: Item 25 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40
Tabela 26: Item 26 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................41
Tabela 27: Item 27 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................41
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Tabela 28: Item 28 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................42
Tabela 29: Item 29 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................43
Tabela 30: Item 30 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44
Tabela 31: Item 31 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44
Tabela 32: Item 32 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44
Tabela 33: Item 33 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................45
Tabela 34: Item 34 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................46
Tabela 35: Item 35 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................47
Tabela 36: Item 36 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................47
Tabela 37: Item 37 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................48
Tabela 38: Item 38 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................48Tabela 39: Perfil Sensorial das crianas avaliadas no HC III da Famema....49
Tabela 40: Resultado Final: Escores da pesquisa com pais.........................51
Tabela 41: Diagnstico segundo CID das crianas assistidas no HC III da
Famema.........................................................................................................52
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SUMRIO
1 INTRODUO...........................................................................................11
2 OBJETIVOS...............................................................................................20
2.1 Objetivo Geral..........................................................................................20
2.2 Objetivos Especficos..............................................................................20
3 MTODO....................................................................................................21
3.1 Participantes............................................................................................22
3.2 Instrumento de Pesquisa.........................................................................22
3.3 Coleta de Dados......................................................................................233.4 Local da Pesquisa...................................................................................24
4 ANLISE DOS RESULTADOS ................................................................26
5 DISCUSSO .............................................................................................55
CONSIDERAES FINAIS..........................................................................62
REFERNCIAS.............................................................................................65
APNDICE....................................................................................................68
Apndice ACartilha para os pais...............................................................69
ANEXOS........................................................................................................76Anexo 1 - Termo de Consentimento Esclarecido..........................................77
Anexo 2 - Perfil Sensorial: Verso Abreviada................................................79
Anexo 3 - Protocolo de Aprovao do Comit de tica.................................83
Anexo 4 - Planilha de Atendimento do Ambulatrio de Sade Mental da
Faculdade de Medicina de Marlia.................................................................84
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1 INTRODUO
Segundo Alves et al(2011) a integrao sensorial a capacidade de
o sistema nervoso central organizar os estmulos sensoriais e transformar as
sensaes em percepo para o indivduo interagir com o ambiente.
Depois de integradas as informaes, os impulsos so encaminhados
para os centros apropriados do SNC que produzem comandos necessrios
para as atividades coordenadas (ALVES et al ,2011).
Para Carvalho (2009) quando o SNC tem dificuldade em processar,
organizar as informaes recebidas e no prepara uma resposta adequada
ao estmulo significa que est ocorrendo um dficit de integrao sensorial.Carvalho (2009) diz que a plasticidade do SNC e o uso dos diversos
recursos para a estimulao sensorial, alm de promover a organizao do
processo neurolgico, desenvolve a integrao sensorial.
Crianas que apresentam falhas neste processamento tendem aser mais desorganizadas, com dificuldade de prestar ateno e serelacionar com as pessoas, pois no organizam e nem interpretaminformaes sensoriais da mesma maneira que as outras.
(CARVALHO; ANTUNES; VICENTINI, 2005, p.49).
A Terapia de Integrao Sensorial foi destinada, inicialmente s
crianas com distrbios de aprendizagem, sem nenhum diagnstico, mas
segundo Lenzi; Vieira (2010), atualmente os princpios da teoria so
utilizados no tratamento de pessoas portadoras de leso neurolgica,
deficincia mental, autismo, entre outros transtornos invasivos do
desenvolvimento.
J para Carvalho; Torello (2011), a terapia de integrao sensorial
tambm usada como tratamento nas sndromes genticas, paralisia cerebral,
leses neurolgicas do adulto, psiquiatria e geriatria.
Este tipo de terapia envolve atividades que fornecem basicamenteestimulao ttil, proprioceptiva e vestibular, dentro de umcontexto de brincadeiras que vo se tornando gradualmente maiscomplexas para promover respostas cada vez mais maduras eorganizadas, resultando em novas aprendizagens ecomportamentos. O ambiente teraputico rico em equipamentos,
materiais e brinquedos interessantes. (LAMBERTUCI;MAGALHES, 2005, p.234)
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Segundo Flehming (2002), os reflexos e reaes caractersticas do
primeiro ano de vida interferem no funcionamento neurolgico, que primeiro
sofre influncias dos ncleos subcorticais e depois dos ncleos corticais.
Flehming (2002) relata que os reflexos e reaes presentes nos
primeiros anos de vida so provocados especialmente pelo processamento
ttil, vestibular e proprioceptivo.
Quando algum aspecto da IS no ocorre eficientemente, a criana
poder experienciar estresse na rotina ocupacional, pois esses processos
deveriam acontecer de maneira automtica e precisa.
De acordo com Carvalho; Torello (2011), Jean Ayres, nos anos 60,
criou a abordagem de integrao sensorial relacionando as sensaescorporais aos mecanismos cerebrais e a aprendizagem.
Para Carvalho (2009), a base da integrao sensorial est nos
estudos neurocomportamentais do desenvolvimento da criana e na
pesquisa de distrbios de aprendizagem, ou de outras deficincias da
criana.
Ayres define a integrao sensorial como sendo a organizao deinformaes sensoriais provenientes de diferentes canais
sensoriais e a habilidade de relacionar estmulos de um canal aoutro, de forma a emitir uma resposta adaptativa. Para Ayres,resposta adaptativa uma ao apropriada na qual o indivduoresponde com sucesso a alguma demanda ambiental.(CARVALHO, 2009, p.2)
De acordo com Fisher; Murray; Bundy (1991), Ayres explica que o
crebro deve selecionar, aumentar, inibir, comparar e associar a informao
sensorial em um modelo flexvel constantemente em mudana.
Para Fisher; Murray; Bundy (1991), a teoria de IS contm trs
componentes: descreve o funcionamento normal da IS; define disfuno de
IS e guia um programa de interveno que usa a abordagem de IS.
Segundo Alves et al(2011), Ayres classificou as disfunes sensoriais
em disfuno da modulao sensorial, disfuno da discriminao sensorial
e disfuno do planejamento motor.
Parham; Mailloux (1996) dizem que na modulao existe um
continuumde responsividade sensorial, entre hiporresponsividade e hiper-
responsividade. No centro encontra-se um nvel timo de modulao.
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Geralmente um indivduo experiencia flutuaes dentro desse
continuum durante o dia.
A disfuno indicada quando as flutuaes de um indivduo so
extremas ou quando ele tende a agir primariamente em uma das
extremidades do continuummais do que na outra (PARHAM; MAILLOUX,
1996).
Se acontecer desse comportamento tornar-se um padro a longoprazo, a criana poder perder experincias importantes, taiscomo brincar de jogos com colegas, que so crticas nodesenvolvimento de sentimento de competncia, dominando umvasto repertrio de habilidades teis e desenvolvendo estratgias
sociais flexveis. Desta maneira, a capacidade de participarcompletamente nas ocupaes que a criana queira ou necessitefazer ficam comprometidas. (PARHAM; MAILLOUX, 1996, p. 315-316).
Na teoria da integrao sensorial de Jean Ayres, existem princpios
funcionais que norteiam a interveno do terapeuta ocupacional.
Os princpios da integrao sensorial so: os estmulos sensoriaiscontrolados podem ser usados para criar uma resposta adaptativa;
uma resposta adaptativa contribui para o desenvolvimento daintegrao sensorial; quanto mais auto-dirigidas as atividades,maior o potencial das atividades para aprimorar a organizaoneural e isso tambm depende da motivao interna do paciente;padres mais amadurecidos e complexos de comportamento socompostos pela consolidao de comportamentos mais primitivos;a melhor organizao de respostas adaptativas intensificar aorganizao do comportamento geral do indivduo que depende desequenciamento e tempo; necessrio o registro dos estmulossensoriais significativos antes da resposta poder ser dada aosestmulos que chegam do ambiente. (CARVALHO; TORELLO,2011, p.20).
Para Davies et al (2011), de acordo com a literatura existente, uma
em cada vinte crianas tem uma desordem no processamento sensorial.
Outro dado interessante informado por Pfeiffer et al (2011) que o
transtorno do processamento sensorial bastante comum entre as crianas
do espectro autista, pois h relatos na literatura que variam de 42% a 88%
dos casos pesquisados.
J para Goodrich (2010), existem menes na literatura de at 100%
de transtorno de processamento sensorial entre as crianas do espectro
autista.
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De acordo com a reviso de literarura realizada por Pedroso; Salgado;
Teixeira (2010), existem sinais neurolgicos sutis relevantes para a pesquisa
em psiquiatria, com nfase na esquizofrenia e no transtorno bipolar que
envolvem a integrao sensorial.
Sinais neurolgicos sutis so alteraes no exame neurolgicoque compreendem funes diversas como integrao sensorial,coordenao motora, sequenciamento motor e presena dereflexos primitivos. Esses sinais indicam disfuno cerebral nofocal, podendo se apresentar como fatores de risco paratranstornos psiquitricos. Podem indicar endofentiposrelacionados a disfunes em circuitos neurais especficos,fornecendo informaes relevantes para fisiopatologia daesquizofrenia e transtorno bipolar. (PEDROSO; SALGADO;TEIXEIRA, 2010, p.1).
A partir da dcada de 60, a observao de SNS em adultos jovens
vem ocorrendo em condies como transtornos psicticos, transtorno
obsessivo-compulsivo e transtornos do desenvolvimento, incluindo autismo
(PEDROSO; SALGADO; TEIXEIRA, 2010).
importante ressaltar que o termo sutil no se refere gravidadeclnica decorrente da presena desses sinais, nem de uma menor
reprodutibilidade deles, sendo adotado especificamente por suabaixa propriedade de localizao. Desse modo, eles podem indicarfatores de risco para transtornos psiquitricos e sugerir disfunesem circuitos neurais particulares, fornecendo informaesadicionais em relao fisiopatologia desses transtornos.(PEDROSO; SALGADO; TEIXEIRA, 2010, p.324).
Pedroso; Salgado; Teixeira (2010), em sua pesquisa de reviso de
literatura, citamque altas taxas de SNS ligados coordenao motora e
integrao sensorial, associados a uma reduo da substncia cinzenta de
estruturas subcorticais como putmen, globo plido e tlamo foramencontrados em esquizofrnicos.
Alm disso, alteraes na integrao sensorial foram associadas
reduo no volume do crtex cerebral, incluindo os giros pr-central,
temporais superior e mdio e giro lingual, (PEDROSO; SALGADO;
TEIXEIRA, 2010).
Dunn (1994) diz que para se aplicar o modelo de IS, de acordo com
as necessidades da criana, a identificao correta dos seus
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comportamentos que indicam um transtorno do processamento sensorial
fundamental.
Completa Dunn (1994) que, para isto, existem diversos testes,
questionrios, entrevistas e observaes clnicas.
O processo de avaliao tem como primeiro passo a entrevistacom os pais para entender o que os preocupa e para que tenhamoportunidade de entender o que fazemos e como podemos ajudara criana. Sempre que possvel, deve ser realizado umquestionrio com a escola ou outros ambientes, em que a crianaapresenta alguma dificuldade. importante o preenchimento doPerfil Sensorial. (GOODRICH, 2010, p.16)
Goodrich (2010) relata que, geralmente fora do Brasil, so usadostestes padronizados, que do um retrato do desenvolvimento nesse
momento. O mais usado o SIPT, porm, existem outros testes.
Os outros testes usados so: Peadoby Developmental Scales, Teste
de Imitao de Gestos, De Gangi- Berk Test of Sensory Integration,
Observaes Clnicas e Sensory Processing Measure, conhecido por SPM,
continua dizendo Goodrich (2010).
O SPM um novo teste, desenvolvido por Diana Henry que podeser usado no ambiente escolar, pois usa as informaes dopessoal que trabalha com a criana em todos os nveis comomerendeira, motorista, professora, entre outros, para identificaronde ocorrem os problemas. um timo instrumento para educaro pessoal da escola sobre o porqu do comportamento da criana.(GOODRICH, 2010, p.16)
Segundo Goodrich (2010), o Perfil Sensorial Abreviado usado como
triagem e muito utilizado em pesquisas, pois tem menos itens que o Perfil
Sensorial Completo.
O Perfil Sensorial Abreviado uma verso mais curta do perfilsensorial, foi desenvolvido como uma ferramenta de triagem paraidentificar as crianas com dificuldades sensoriais de forma maisrpida e para uso como uma medida de processamento sensorialpara fins de pesquisa. (FRANKLIN et al, 2008, p.267).
O Perfil Sensorial Abreviado uma lista padronizada de verificao
comportamental com dados normativos e baixos escores que refletemproblemas de sensrio-processamento, completam Franklin et al(2008) .
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Franklin et al(2008) dizem tambm que o SSP inclui um sistema de
classificao constitudo por trs categorias (normal, diferena provvel, e
diferena clara) e as propriedades psicomtricas so geralmente fortes.
No SSP os itens so pontuados na escala entre 1 ponto e 5pontos, em cada uma das sete sees e na pontuao total.Ambos os pontos de cada seo e uma pontuao total sointerpretados na SSP e sero tratados como as variveisindependentes. A pontuao total o indicador mais sensvel dedisfuno sensorial.(TOMCHECK;DUNN,2007, p.193).
A sua administrao em tempo curto (10 minutos) e o
valor na triagem para processamento sensorial atpico recomendado para
protocolos de pesquisa (TOMCHECK;DUNN,2007).
Desde a fase inicial do desenvolvimento do SSP, os itens decomunicao- social e motor foram eliminados do SP , pois causamenos confuso com os itens de sobreposio das caracteristicasde diagnstico de autismo.Os estudos iniciais da validade do SSPdemonstraram validade discriminante de> 95% na identificao decrianas com e sem dificuldades de modulaosensorial.(TOMCHECK;DUNN,2007, p.193).
O SSP analisa comportamentos funcionais relacionadas
responsividade sensorial (MILLER; COLL; SCHOEN, 2007).
Ainda confirmam Miller; Coll; Schoen,(2007) que no SSP as normas
foram obtidas a partir do perfil sensorial e padronizada em 1.200 crianas. A
validade de confiabilidade 0,90 e validade discriminante = ou > 95%.
Goodrich (2010) completa que o Perfil Sensorial Abreviado mostra
indcios de problemas que precisam de maior investigao, atravs da
aplicao do teste completo, ou outros testes.
O Perfil Sensorial foi desenvolvido com o objetivo de mensurar asrespostas das crianas com relao s experincias sensoriaisque acontecem em ambiente familiar, e seus itens foramdesenvolvidos de acordo com testes de processamento sensoriale histrias sensoriais encontrados na literatura. (DUNN, 1994, p.9)
Para Dunn (1994), o Perfil Sensorial colhe informaes acerca do
comportamento funcional que mais provavelmente est relacionado com o
processamento sensorial. Ainda Dunn (1994) relata que o Perfil Sensorialtambm utiliza a informao fornecida pelos membros da famlia sobre o
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desempenho da criana.
O entrevistado assinala o que melhor descreve a frequncia com
que a criana apresenta os comportamentos indicados, utilizandoa seguinte terminologia: Sempre: quando se apresenta aoportunidade, a criana sempre responde dessa maneira (100%do tempo); Frequentemente: quando se apresenta a oportunidade,frequentemente responde dessa maneira (75% do tempo);Ocasionalmente: quando se apresenta a oportunidadeocasionalmente responde dessa maneira (50% do tempo);Raramente: quando se apresenta a oportunidade, a crianararamente responde dessa maneira (25% do tempo); Nunca:quando se apresenta a oportunidade, a criana nunca respondedessa maneira (0% do tempo). (DUNN, 1994, p.1)
O teste composto por 38 itens divididos em sete sesses, sendoelas: Sensibilidade Ttil (composta pelos itens 01 a 07), Sensibilidade a
Gosto/Olfato (composta pelos itens 08 a 11), Sensibilidade a Movimento
(composta pelos itens 12 a 14), Baixa Responsividade/ Procura Sensao
(composta pelos itens 15 a 21), Filtro Auditivo (composta pelos itens 22 a
27), Baixa Energia/Fraco (composta pelos itens 28 a 33), Sensibilidade
Visual/ Auditiva (composta pelos itens 34 a 38).
As pontuaes para cada terminologia assinalada no teste so:
Sempre (1 ponto), Frequentemente (2 pontos), Ocasionalmente (3 pontos),
Raramente (4 pontos), Nunca ( 5 pontos).
Ao final de cada sesso, h uma somatria total dos itens que a
compem e, ao final do teste, h um quadro sumrio com as sete sesses, o
escore de cada sesso e um espao para preencher o total de pontos
somado para cada uma das sesses. Tambm realizada a soma de todas
as sesses e assinalada em espao prprio.
Na frente da soma de cada sesso do quadro sumrio, encontram-se
os valores dos escores considerados de desempenho tpico, diferena
provvel e diferena clara.
Na sesso Sensibilidade Ttil a pontuao mxima de 35 pontos.
No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 35 e 30 pontos; no
quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 29 e 27 e, no
quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 26 e 07 pontos.
Na sesso Sensibilidade a Gosto/Olfato a pontuao mxima de 20
pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 20 e 15
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pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 14 e 12 e,
no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 11 e 04 pontos.
Na sesso Sensibilidade a Movimento a pontuao mxima de 15
pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 15 e 13
pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 12 e 11 e,
no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 10 e 03 pontos.
Na sesso Baixa Responsividade/Procura Sensao a pontuao
mxima de 35 pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua
entre 35 e 27 pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia
entre 26 e 24 e, no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 23 e
07 pontos.Na sesso Filtro Auditivo a pontuao mxima de 30 pontos. No
quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 30 e 23 pontos; no
quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 22 e 20 e, no
quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 19 e 06 pontos.
Na sesso Baixa Energia/Fraco a pontuao mxima de 30 pontos.
No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 30 e 26 pontos; no
quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 25 e 24 e, noquadrante diferena clara, a pontuao varia entre 23 e 06 pontos.
E finalmente na sesso Sensibilidade Visual/Auditiva, a pontuao
mxima de 25 pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua
entre 25 e 19 pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia
entre 18 e 16 e, no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 15 e
05 pontos.
A pontuao mxima na somatria das sesses de 190 pontos. considerado desempenho tpico a somatria de pontuao entre 190 e 155
pontos; considerado diferena provvel a somatria de pontuao entre
154 e 142 pontos e ainda considera-se diferena clara, a somatria de
pontuao entre 141 e 38 pontos.
Caso a criana apresente pontuao dentro do quadrante diferena
provvel ou diferena clara, necessria uma maior investigao e posterior
interveno.
Os dados descritos no SSP so encontrados na avaliao de Dunn
publicada em 1999, conforme apresentado por Goodrich (2010).
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Portanto, baseado no fato de que a Integrao Sensorial representa
um avano para a prtica da Terapia Ocupacional e que a terapia de IS
conforme diz Oliveira (2011), relevante para a independncia e a
autonomia da criana medida que ela cresce e participa de vrios
ambientes sociais, surgiu o interesse por esse trabalho.
Esta pesquisa tem o objetivo de demonstrar a importncia da Terapia
Ocupacional com base na terapia de integrao sensorial para os
atendimentos de crianas em tratamento psiquitrico e com idade entre
cinco e onze anos.
O trabalho fundamenta-se em uma pesquisa de campo a fim de
apresentar os dados estatsticos relacionados ao perfil sensorial dascrianas atendidas no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de
Marlia da Unidade So Francisco de Assis, ancorando-a em referencial
terico.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Conhecer o perfil sensorial de crianas em tratamento psiquitrico
com idade entre cinco e onze anos, atendidas no Hospital de Clnicas da
Faculdade de Medicina de Marlia.
2.2 Objetivos Especficos
- Melhorar a assistncia prestada pela Terapia Ocupacional s
crianas e aos familiares atendidos na Unidade Psiquitrica e no
Ambulatrio de Sade Mental do HC III da FAMEMA;- Propor a implantao de uma sala de integrao sensorial que
auxiliar no tratamento das crianas internadas na Unidade Psiquitrica e no
Ambulatrio de Sade Mental do HC III da FAMEMA;
- Iniciar precocemente o tratamento do transtorno de integrao
sensorial no HCIII da FAMEMA junto s crianas atendidas na unidade de
cuidado psiquitrica e no programa infantil do ambulatrio de sade mental.
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3 MTODO
A partir da observao da prtica clnica com crianas em
atendimento psiquitrico internadas em enfermaria de hospital geral, o
posterior encaminhamento das mesmas para o ambulatrio de sade mental
na ocasio da alta hospitalar, os comentrios das mes, referentes ao
comportamento de seus filhos durante a internao, como acompanhantes
deles e de discusso de casos com a terapeuta ocupacional que atende no
programa infantil do ambulatrio de sade mental, surgiu a necessidade de
investigar o perfil sensorial das crianas entre cinco e onze anos atendidas
no HC da FAMEMA, na unidade So Francisco de Assis.Para Minayo (1996), nada pode ser intelectualmente um problema, se
no tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prtica.
As questes da investigao esto, portanto, relacionadas a
interesses e circunstncias socialmente condicionadas. So frutos de
determinada insero no real, nele encontrando suas razes e objetivos, diz
Minayo (1996).
Para Cassab (2007), a pesquisa cientfica pode ser entendida comoforma de observar, verificar e explanar fatos para os quais o homem
necessita ampliar sua compreenso, ou testar a compreenso que j possui.
O trabalho caracterizou-se como pesquisa de campo, realizada com
pais ou responsveis de crianas em tratamento psiquitrico por meio da
aplicao do Perfil Sensorial Abreviado (Anexo 2).
A pesquisa aconteceu no perodo de janeiro a maro de 2012, aps
aprovao do comit de tica, comprovado com o protocolo n 1397/11(Anexo 3) e assinatura dos responsveis de um termo de consentimento
esclarecido (Anexo 1).
O atendimento infantil na unidade So Francisco de Assis do HC da
FAMEMA direcionado pelo Programa Infantil do Ambulatrio de Sade
Mental e, quando necessrio, realizada a internao psiquitrica na
enfermaria do hospital geral, localizada no mesmo prdio.
Foi entregue aos pais ou responsveis no momento que chegavam
recepo do ambulatrio de sade mental, uma cartilha ilustrativa que
explicou sobre integrao sensorial e os indicadores de disfuno de
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integrao sensorial (Apndice A). Desta forma, foi possvel abord-los e
explicar sobre a pesquisa realizada, verificando o interesse em participar da
mesma enquanto aguardavam atendimento com a equipe.
Para aqueles que estavam na enfermaria psiquitrica do hospital
geral, o material foi entregue e, ao demonstrarem interesse em participar da
pesquisa, a avaliao ocorria em seguida.
3.1 Participantes
Para o pai ou responsvel participar da pesquisa foi exigido que a
criana estivesse em tratamento no Ambulatrio de Sade Mental ouinternada na Unidade Psiquitrica em hospital geral do Hospital So
Francisco de Assis da Faculdade de Medicina de Marlia e ter idade entre
cinco e onze anos. Alm disso, foi solicitada a assinatura do termo de
consentimento, como mencionado anteriormente (Anexo 1).
A pesquisa foi realizada utilizando o mtodo estatstico, numa
amostragem simples e aleatria. A criana participante ser identificada com
a letra CP.
3.2 Instrumento de Pesquisa
A pesquisa foi direcionada a conhecer o perfil sensorial das crianas
em tratamento psiquitrico com idade entre cinco e onze anos.
Para isso foi aplicado o Perfil Sensorial Abreviado proposto por Dunn
em 1999 e apresentado por Goodrich (2010) conforme (Anexo 2); ummtodo de avaliao padronizado para mensurar as habilidades de
processamento sensorial e estimar seu efeito no desempenho funcional do
dia a dia.
Ele consiste em questionrios baseados no julgamento do cuidador e
cada item descreve as respostas do indivduo em vrias experincias
sensoriais. O Perfil Sensorial de Dunn avalia somente os problemas de
modulao (GOODRICH, 2010).
importante ressaltar que foi usado em uma traduo livre, mas
autorizada do ingls para o portugus (GOODRICH, 2010).
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Essa me tambm me da segunda CP que tem 7 anos,
encontrava-se em atendimento no ASM e j passou por internao
psiquitrica na mesma enfermaria.
Na ocasio da pesquisa, foi tentado aplicar o Perfil Sensorial
Abreviado em seus dois filhos, porm, o menino tambm precisou
permanecer internado devido ao quadro de agitao psicomotora e
agressividade. Como no foi possvel intern-lo na mesma enfermaria
psiquitrica que sua irm, ento foi realizada a internao dele no Hospital
Psiquitrico de Marlia.
Tal fato dificultou a presena dessa me no local da pesquisa, durante
o perodo da coleta de dados, porm, importante ressaltar que elademonstrou interesse imediato em participar da entrevista e fornecer
informaes referentes aos dois filhos, quando a pesquisadora explicou o
objetivo da coleta de dados.
3.4 Local da Pesquisa
A Unidade Psiquitrica tem 18 leitos e objetiva o cuidado integral aospacientes com transtornos mentais na fase aguda da doena, em regime de
internao. Aps a melhora e alta hospitalar, a criana realiza
acompanhamento no Ambulatrio de Sade Mental.
A Unidade Psiquitrica iniciou sua atividade com a internao de
pacientes adultos. Quando h necessidade de internao psiquitrica infantil
realizada na mesma unidade, porm, o paciente infantil deve estar
acompanhado por um responsvel. Nos casos de internao infantil pordeterminao judicial, nem sempre h acompanhantes.
A equipe da Unidade Psiquitrica composta por mdico psiquiatra,
residentes da psiquiatria e da residncia multiprofissional, enfermeiros,
psiclogo, assistente social, aprimorandos de enfermagem e de psicologia e
terapeuta ocupacional.
O programa infantil do Ambulatrio de Sade Mental atende crianas
e adolescentes at 17 anos, com diversas patologias psiquitricas.
A equipe do ASM do programa infantil, alm de receber os
encaminhamentos da Unidade Psiquitrica do Hospital So Francisco - HCIII
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aps a alta hospitalar, tambm recebe encaminhamentos pelo sistema de
agendamento via Central de Vagas, sob a gesto da Secretaria Municipal de
Sade de Marlia e via Pronto Socorro do Hospital das Clnicas - Unidade
Clnico-Cirrgico, o HCI, onde realizado o atendimento a crises.
A Terapia Ocupacional do programa infantil do ambulatrio de sade
mental atende as crianas encaminhadas pela equipe multiprofissional do
programa e pela Neurologia infantil.
A equipe do ASM composta por mdicos psiquiatras, residentes da
Psiquiatria, enfermeiro, psiclogos, assistente social e terapeuta
ocupacional, alm de aprimorandos da Psicologia.
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4 ANLISE DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos com a pesquisa so apresentados abaixo,
sendo comentado cada item da avaliao e a incidncia do comportamento
assinalado pela me ou responsvel durante a avaliao do Perfil Sensorial
Abreviado.
Para melhor compreenso e anlise dos dados, eles sero
apresentados em tabelas, indicando a frequncia assinalada. Essa
frequncia a mesma apresentada no teste e so compostas por: Sempre,
Frequentemente, Ocasionalmente, Raramente e Nunca.
As tabelas 01 a 38 representam os itens da avaliao em suasrespectivas sesses, as tabelas 39 e 40, demonstram os resultados finais
dos perfis das crianas avaliadas e a tabela 41 apresenta os diagnsticos
segundo CID aps avaliao das equipes que atendem as crianas
participantes da pesquisa.
No houve ocasio em que o responsvel pelo preenchimento no
soube responder o item da avaliao, por nunca ter observado o
comportamento na criana ou por acreditar que no se aplicava a suacriana, por isso no foi necessrio sinalizar em todos os campos referentes
a determinado item.
interessante ressaltar que a maioria das mes ou responsveis pela
criana em tratamento na Unidade So Francisco de Assis da FAMEMA,
demonstrou interesse imediato em participar da pesquisa ao serem
abordadas pela pesquisadora. Mesmo aps o trmino do perodo da coleta
de dados, a pesquisadora foi procurada por outras mes interessadas naaplicao do teste em seus filhos.
O primeiro aspecto a ser avaliado no teste referente Sensibilidade
Ttil e compreende as tabelas de 01 a 07.
Momo; Silvestre; Graciani (2011) os receptores do sistema ttil esto
localizados na pele e fornecem dados para a defesa e discriminao, que
informam para o SNC sobre a qualidade dos objetos (texturas, consistncia,
peso, tamanho, volume, temperatura).
As sensaes tteis influenciam diretamente as reaes ao ambiente,
uma vez que, de conduo rpida, esses estmulos alertam o SNC sobre os
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perigos e condies ambientais (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
Para Momo; Silvestre; Graciani (2011) o contato com a pele, a
manipulao de objetos diferenciados, as variaes de temperaturas ou os
estmulos dolorosos sensibilizam os receptores tteis.
O sistema ttil influencia na percepo do corpo (partes do corpo,
proporcionalidade, conceito de quantidade e posicionamento das partes em
relao ao todo) e no planejamento motor (habilidade de antecipar, organizar
e coordenar movimentos de forma harmoniosa) (MOMO; SILVESTRE;
GRACIANI, 2011).
O referencial terico justifica este aspecto da avaliao.
Tabela 01 - Item 01 do perfil sensorial de Dunn
DEMONSTRA IRRITAO DURANTE TAREFAS DE HIGIENE (LUTA, CHORA PARA
CORTAR CABELOS, UNHAS, ETC)
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 17
FREQUENTEMENTE 06
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 04NUNCA 15
TOTAL 48
Foi constatado que a maioria das crianas participantes luta para
realizar as tarefas de higiene (tabela 01). Segundo informaes das mes,
as crianas demoram a entrar no banho e evitam escovar os dentes. Outras
no suportam cortar o cabelo, pois demonstram medo de machucar-se
atravs desse ato. Os responsveis disseram que o medo no tem relao
com fatos anteriores, porm observam que relacionado ao contato da pele
com o pente por exemplo. O mesmo foi relatado em relao tesoura para
cortar as unhas.
No item 02 (tabela 02), um aspecto que chamou ateno que duas
mes que relataram que os filhos Nunca trocam as roupas, dependendo do
calor ou frio, relatam que as roupas so escolhidas por elas, pois as crianas
no sabiam definir a roupas adequadas condio climtica. Em relao a
esse item ainda, outra me colocou maior enfoque ao aspecto do filho
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sempre preferir roupa de manga curta mesmo quando est frio. Esta me
relata que no sabe bem o motivo que leva a criana a apresentar esse
comportamento, pois antes achava que ele no sentia frio, mas j observou
situaes em que o mesmo demonstrava frio, com o corpo tambm frio
como a temperatura do ambiente. Comeou a achar que poderia ser devido
ao toque dos tecidos das roupas nos braos do filho.
Tabela 02 - Item 02 do perfil sensorial de Dunn
PREFERE ROUPA DE MANGA COMPRIDA QUANDO EST CALOR OU MANGA CURTA
QUANDO EST FRIO
MARCADORES FREQUNCIASEMPRE 08
FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 07
RARAMENTE 05
NUNCA 26
TOTAL 48
Tabela 03 - Item 03 do perfil sensorial de Dunn
EVITA FICAR DESCALO PRINCIPALMENTE NA GRAMA OU AREIA
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 07
FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 02
RARAMENTE 03
NUNCA 34
TOTAL 48
Apesar do item 03 (tabela 03) ter maior incidncia de Nunca, as
crianas evitarem ficar descalas, houve relatos de pais que observam esse
comportamento nos seus filhos. Em algumas situaes, as crianas que
Sempre evitam ficar descalas, segundo os pais, s vezes at choram
quando os ps descalos tocam a superfcie.
O mesmo foi observado pelos pais no item 04 (tabela 04) em relao
ao item anterior. Porm, houve relatos de que, quando no era observado o
choro na criana, observavam maior isolamento dela, aps o toque, ou
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outras vezes reagindo com agressividade verbal ou quebrando objetos,
principalmente em momentos em que no esperavam o contato ou no
estavam receptivos ao toque.
Tabela 04 - Item 04 do perfil sensorial de Dunn
REAGE EMOCIONAL OU AGRESSIVAMENTE AO SER TOCADO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 10
FREQUENTEMENTE 05
OCASIONALMENTE 11
RARAMENTE 03
NUNCA 19
TOTAL 48
Tabela 05 - Item 05 do perfil sensorial de Dunn
ESCONDE-SE DE RESPINGOS DE GUA
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 03
FREQUENTEMENTE 00
OCASIONALMENTE 02
RARAMENTE 01
NUNCA 42
TOTAL 48
Esse comportamento discutido no item 05 (tabela 5) foi pouco
observado nos relatos dos pais, que informam que a maioria das crianas
participantes gosta de brincar com gua, porm, algumas crianas que
costumam se esconder dos respingos de gua, tambm demonstram medo
de chuva.
J a dificuldade em permanecer prximo a outros em fila, foi apontada
pelos pais devido dificuldade dos filhos em permanecerem quietos por
muito tempo fazendo a mesma coisa, discutido no item 06 (tabela 06).
Em relao ao item 07 (tabela 07), os pais informam que as crianas
participantes que apresentam esse comportamento demonstram nojo do
toque, seja um beijo no rosto ou aperto de mo.
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Tabela 06 - Item 06 do perfil sensorial de Dunn
TEM DIFICULDADE EM FICAR PRXIMO A OUTROS EM FILA
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 16FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 01
NUNCA 25
TOTAL 48
Tabela 07 - Item 07 do perfil sensorial de Dunn
ESFREGA OU APAGA O LUGAR ONDE FOI TOCADOMARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 07
FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 08
RARAMENTE 05
NUNCA 25
TOTAL 48
O segundo aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado
Sensibilidade a Gosto e ao Olfato e compreendem as tabelas de 08 a 11.
Conforme as autoras Momo; Silvestre; Graciani (2011), crianas com
hipersensibilidade geralmente no gostam de determinados alimentos por
causa da textura e so muito seletivas para comer.
J as crianas hipossensveis costumam colocar objetos no
comestveis na boca e/ou no costumam fazer restries a nenhum sabor.
No item 08 (tabela 08), apenas trs crianas participantes
demonstram maior sensibilidade ao gosto do alimento. Os alimentos
considerados parte da dieta infantil foram: bala, chocolate, iogurte, bolacha
recheada, salgadinhos, chicletes, entre os mais comuns.
Apesar de a minoria das crianas participantes no item 09 (tabela 09)
comerem apenas determinado sabor de alimentos, seja na modalidade
Sempre ou Frequentemente, os sabores que mais se destacaram foram:
apenas salgado em um relato, apenas doce em outro relato, em dois relatos
os pais informaram salgados e doces.
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Uma me, porm, relatou que apesar de seu filho no se restringir a
nenhum sabor de alimento, tambm costuma colocar coisas no comestveis
na boca e j houve situaes em que presenciou o filho comendo fezes.
Tabela 08 - Item 08 do perfil sensorial de Dunn
EVITA CERTOS GOSTOS OU ALIMENTOS QUE SO PARTE DA DIETA INFANTIL
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 03
FREQUENTEMENTE 01
OCASIONALMENTE 01
RARAMENTE 03
NUNCA 40
TOTAL 48
Tabela 09 - Item 09 do perfil sensorial de Dunn
COME APENAS ALGUNS SABORES
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 08
FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 02
RARAMENTE 05
NUNCA 31
TOTAL 48
Tabela 10 - Item 10 do perfil sensorial de Dunn
LIMITA-SE A CERTAS TEXTURAS / TEMPERATURA
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 07
FREQUENTEMENTE 01
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 08
NUNCA 29
TOTAL 48
Em relao ao item 10 da avaliao (tabela 10), a me que informou
que seu filho Frequentemente limita-se a determinada temperatura, informa
que sua preferncia alimento gelado, sendo lquido ou slido. No marcador
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Ocasionalmente dos trs casos, duas mes relataram que ocasionalmente
seus filhos tambm se limitam a alimentos gelados e esses so alimentos
lquidos ou slidos. No marcador Sempre dos sete casos, trs mes
informam que sempre seus filhos limitam-se a alimentos frios ou gelados que
podem ser lquidos ou slidos e outras trs mes informam que seus filhos
sempre se limitam a alimentos quentes, sendo lquidos ou slidos. Ainda no
marcador Sempre, trs mes informam que seus filhos sempre se limitam a
alimentos quentes, duas crianas tambm se limitam a alimentos slidos,
isto , somente comem alimentos quentes e slidos.
Tabela 11 - Item 11 do perfil sensorial de DunnENJOADO PARA COMER, ESPECIALMENTE TEXTURA DE ALIMENTOS
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 06
FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 06
NUNCA 31
TOTAL 48
Nesse item 11 (tabela 11), as mes informaram que, caso seus filhos
comam alimentos que no gostam, podem at vomitar. Entre eles esto
duas crianas que as mes marcaram Sempre no teste. Destas crianas,
uma comea a sentir nusea ao comer feijo e verduras, a outra tem
nuseas com alimentos pastosos. Uma criana que Frequentemente fica
enjoado para comer, a me informa que seu filho alimenta-se pouco durante
o dia, s vezes passa at um dia sem alimentar-se e, quando forado a
comer, apresenta nuseas.
interessante observar que dentre as crianas participantes da
pesquisa uma criana que Raramente fica enjoado para comer alrgico a
conservantes e corantes, sendo essa a justificativa para tal comportamento,
principalmente quando come pudim.
O terceiro aspecto a ser avaliado no teste referente Sensibilidade
a Movimento e compreendem as tabelas de 12 a 14.
Os receptores do sistema vestibular, responsveis pelo movimento
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corporal esto no labirinto, localizados no ouvido interno, e estimulados por
movimentos da cabea, pois informam a posio da cabea em relao
gravidade e ao espao (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
De acordo com Momo; Silvestre; Graciani (2011), subir, descer,
escorregar, girar, rodar, balanar so movimentos que estimulam os
receptores vestibulares.
Tabela 12 - Item 12 do perfil sensorial de Dunn
FICA NERVOSO OU ABORRECIDO QUANDO OS PS SAEM DO CHO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 03FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 00
NUNCA 39
TOTAL 48
No item 12 (tabela 12) mesmo a maioria das crianas participantes
Nunca ficando nervosas ou aborrecidas quando os ps no tocam o cho,as mes que relataram que seus filhos Sempre se aborrecem ou ficam
nervosos, explicam que tal comportamento observado ao levantar a
criana pelo prprio corpo e ainda mais quando sugerido que subam em
locais no to altos como numa cadeira por exemplo. Uma me relata que o
filho chora, ou se esconde e j houve situaes em que ficou agressivo.
Tabela 13 - Item 13 do perfil sensorial de Dunn
MEDO DE CAIR OU ALTURA
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 10
FREQUENTEMENTE 04
OCASIONALMENTE 05
RARAMENTE 03
NUNCA 26
TOTAL 48
Nesse item 13 (tabela 13) continua aparecendo Nunca como o
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com maior frequncia, somando 25 casos.
Tabela 17 - Item 17 do perfil sensorial de Dunn
FICA MUITO AGITADO EM ATIVIDADES DE MOVIMENTO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 25
FREQUENTEMENTE 06
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 02
NUNCA 11
TOTAL 48
Apenas uma me que assinalou o marcador Nunca informou que para
seu filho as atividades que envolvem movimento como: andar de bicicleta,
brincar no gira - gira, no balano, com skate entre outras, quanto mais lento
melhor, o que contradiz a maioria nesses casos.
Tabela 18 - Item 18 do perfil sensorial de Dunn
TOCA PESSOAS E OBJETOSMARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 24
FREQUENTEMENTE 06
OCASIONALMENTE 07
RARAMENTE 02
NUNCA 09
TOTAL 48
Outra vez o marcador Sempre nesse item 18 (tabela 18) aparece com
o maior nmero de incidncia, somando 24 casos.
Essas crianas participantes sempre esto explorando os ambientes e
objetos, no permanecem quietas ou sentadas por perodos prolongados,
segundo os relatos dos pais ou responsveis.
Nesse item 19 (tabela 19), o marcador Nunca aparece com maior
nmero de incidncia, somando 19 casos. Uma me inclusive relata que seu
filho tem nojo da sujeira e sempre est se limpando.
Entretanto, em segundo lugar aparece o marcador Sempre, o que
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demonstra um dficit nesse processamento sensorial e na percepo.
Para Momo; Silvestre; Graciani (2011), a percepo um auxiliar na
compreenso do que se ouve, v, toca, experimenta e cheira.
Tabela 19 - Item 19 do perfil sensorial de Dunn
NO PARECE NOTAR QUANDO O ROSTO E MOS ESTO SUJOS
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 16
FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 08
RARAMENTE 02
NUNCA 19
TOTAL 48
Tabela 20 - Item 20 do perfil sensorial de Dunn
PULA DE UMA ATIVIDADE PARA OUTRA DE MODO QUE INTERFERE COM O BRINCAR
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 31
FREQUENTEMENTE 04
OCASIONALMENTE 05
RARAMENTE 03
NUNCA 05
TOTAL 48
Um aspecto bem interessante e referente a esse item 20 (tabela 20)
a alta incidncia no marcador Sempre, com 31 casos relacionados
dificuldade em manter-se com um brinquedo e/ou em uma atividade de
modo que interfere no brincar, pois segundo informaes das autoras Momo;
Silvestre; Graciani (2011), as crianas com Transtorno de Processamento
Sensorial geralmente so ansiosas ou parecem estar em alerta o tempo todo
e no conseguem manter a ateno em uma nica atividade.
As autoras Momo; Silvestre; Graciani (2011) completam que crianas
com hipossensibilidade ao toque no exploram o brinquedo e no criam
brincadeiras.
J as crianas hipersensveis sempre buscam estimulao no
ambiente, tocando vrios objetos, procurando sensaes diferentes o tempo
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todo (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
As crianas hipersensveis tambm no toleram muito tempo o
mesmo estmulo, pois se cansam e se desinteressam com facilidade, por
isso precisam estar manuseando algum objeto ou tocando pessoas (MOMO;
SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
Tabela 21 - Item 21 do perfil sensorial de Dunn
DEIXA A ROUPA TORCIDA NO CORPO
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 09
FREQUENTEMENTE 05
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 11
NUNCA 20
TOTAL 48
Nesse item 21 (tabela 21), o marcador Nunca aparece com 20 casos,
seguido de Raramente, Sempre, Frequentemente e Ocasionalmente. Porm,
chama a ateno os casos de Sempre com 09 crianas e Frequentementecom 05 crianas, que no percebem a roupa torcida no corpo.
Conforme Momo; Silvestre; Graciani (2011), crianas com
hipossensibilidade ao toque no sabem o que esto tocando, no
conseguem saber exatamente onde foram tocadas e no identificam um
objeto pelo tato sem olhar para ele.
J as crianas hipersensveis no toleram por muito tempo o mesmo
estmulo, por isso logo percebem o incomodo e reclamam (MOMO;
SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
O quinto aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado ao Filtro
Auditivo e compreende as tabelas de 22 a 27.
A percepo auditiva compreende a capacidade da localizao
espacial do som, de discriminao de diversos sons, de habituao sonora e
sequenciamento. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011, p.22).
Ainda Momo; Silvestre; Graciani (2011), dizem que a capacidade de
habituao sonora que permite desligar a ateno de sons e rudos de fundo
e o sequenciamento a habilidade de repetio do que se ouve, na ordem
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correta.
Neste item 22 (tabela 22), o marcador Sempre aparece com 28 casos,
na sequncia, o marcador Frequentemente com 12 casos e depois
empatados com 04 casos cada, os marcadores Ocasionalmente e Nunca.
Tabela 22 - Item 22 do perfil sensorial de Dunn
DISTRAI-SE OU TEM DIFICULDADE EM FUNCIONAR SE H BARULHO DE FUNDO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 28
FREQUENTEMENTE 12
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 00
NUNCA 04
TOTAL 48
Os pais relataram que sempre que os filhos precisam realizar
qualquer tarefa em casa, necessrio desligar a TV ou rdio, para evitar a
distrao deles, porm, quando surge qualquer barulho na rua, na casa de
vizinhos, latidos de cachorro na rua ou qualquer outro barulho de fundo, issoatrapalha seus filhos na realizao das tarefas cotidianas.
Novamente neste item 23 (tabela 23) o marcador Sempre aparece
com maior incidncia, somando 29 casos, seguido do marcador
Frequentemente com 12 casos, depois o marcador Ocasionalmente com 04
casos e o marcador Nunca com 03 casos.
Os pais relatam que na maioria das vezes quando os filhos esto
assistindo TV e os chamam, parecem no ouvir o que foi dito, sendo
necessrio cham-los vrias vezes. Houve relatos de pais que tambm
informaram que os filhos so teimosos em vrios comportamentos e
parecem no ouvir os limites colocados ou as orientaes passadas por
eles.
O item 24 (tabela 24) apresenta-se da seguinte maneira: o marcador
Sempre soma 28 casos, seguido do marcador Frequentemente com 09
casos, depois do marcador Ocasionalmente com 06 casos. Na sequncia,
aparece o marcador Nunca com 04 casos e, por ltimo, o marcador
Raramente com apenas 01 caso.
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Razes semelhantes ao item 22 do Perfil de Dunn foram relatadas
novamente pelos pais ou responsveis.
Tabela 23 - Item 23 do perfil sensorial de Dunn
PARECE NO OUVIR O QUE FOI DITO
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 29
FREQUENTEMENTE 12
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 00
NUNCA 03
TOTAL 48
Tabela 24 - Item 24 do perfil sensorial de Dunn
ITEM 24NO CONSEGUE TRABALHAR COM BARULHO DE FUNDO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 28
FREQUENTEMENTE 09
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 01NUNCA 04
TOTAL 48
Tabela 25 - Item 25 do perfil sensorial de Dunn
TEM DIFICULDADE DE COMPLETAR TAREFAS COM O RDIO LIGADO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 26
FREQUENTEMENTE 10OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 00
NUNCA 09
TOTAL 48
Nesse item 25 (tabela 25), o marcador Sempre soma 26 casos,
seguido dos marcadores Frequentemente com 10 casos e Nunca com 09
casos. Na sequncia, aparece com 03 casos o marcador Ocasionalmente.
J o marcador Raramente no foi mencionado por nenhum entrevistado.
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Novamente repetem as razes apresentadas no item 22 do Perfil
Sensorial de Dunn.
Tabela 26 - Item 26 do perfil sensorial de Dunn
NO RESPONDE AO SER CHAMADO PELO NOME (AUDIO NORMAL)
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 15
FREQUENTEMENTE 06
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 04
NUNCA 17
TOTAL 48
Segundo informao coletada com os pais ou responsveis, nenhuma
criana participante apresenta problema auditivo (item 26, tabela 26). Para
esse item, o marcador Nunca aparece com maior incidncia contando 17
casos, depois aparece o marcador Sempre somando 15 casos, seguido dos
marcadores Frequentemente e Ocasionalmente com 06 casos empatados e
por ltimo o marcador Raramente com 04 casos.Os pais ou responsveis justificam novamente que enquanto os filhos
assistem TV costumam no responder quando chamados pelo nome.
Uma me, entretanto, que assinalou o marcador Nunca, disse que a
famlia apelidou o filho, mas como ele no gosta do apelido somente
responde quando o chamam pelo nome. No momento da entrevista, ela no
fala o apelido por reprovao do filho.
Tabela 27 - Item 27 do perfil sensorial de Dunn
TEM DIFICULDADE EM PRESTAR ATENO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 26
FREQUENTEMENTE 10
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 01
NUNCA 05
TOTAL 48
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Neste item 27 (tabela 27), o marcador que mais aparece o Sempre
com 26 casos, seguidos do marcador Frequentemente com 10 casos.
Depois surgem os marcadores Ocasionalmente com 06 casos, marcador
Nunca com 05 casos e por ltimo, com apenas um caso o marcador
Raramente.
Houve relatos de pais ou responsveis que, alm de observarem a
dificuldade da criana em prestar a ateno nas tarefas cotidianas em casa,
j foram informados que o mesmo comportamento ocorre no ambiente
escolar e que algumas professoras j enviaram relatrio do comportamento
e da dificuldade de aprendizagem dos seus filhos para a equipe que os
atende no ASM.O sexto aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado Baixa
Energia / Fraco e compreende as tabelas de 28 a 33.
Para Momo; Silvestre; Graciani (2011) crianas com problemas de
coordenao e baixo planejamento motor desequilibram constantemente,
apresentam dificuldades com exerccios fsicos e atividades com objetos.
As crianas com problemas de coordenao e baixo planejamento
motor no conseguem realizar atividades cotidianas sem auxlio, sodesajeitadas e tropeam facilmente. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI,
2011).
Tabela 28 - Item 28 do perfil sensorial de Dunn
PARECE TER MSCULOS FRACOS
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 05
FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 00
RARAMENTE 03
NUNCA 37
TOTAL 48
No item 28 (tabela 28), o marcador que somou mais casos foi o
Nunca com 37 casos, depois aparece o marcador Sempre com 05 casos e
empatados os marcadores Raramente e Frequentemente com 03 casos
cada. O marcador Ocasionalmente no foi mencionado.
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Os pais ou responsveis que assinalaram o marcador Nunca
informam que as crianas sempre esto realizando vrias atividades durante
o dia e que s vezes eles se cansam de tanto chamar a ateno dos filhos,
para no se machucarem ou no quebrarem objetos de casa ou os prprios
brinquedos.
Um responsvel que assinalou o marcador Raramente informa que a
CP, quando tinha 6 anos, ficou dias sem alimentar-se, porm, a av que
morava com a famlia sofreu AVC e logo o quadro clnico da av agravou-se
e a criana, alm de no se alimentar, no realiza atividades que antes
costumava desenvolver e ficou muito fraca.
Tabela 29 - Item 29 do perfil sensorial de Dunn
CANSA-SE FACILMENTE, ESPECIALMENTE QUANDO MANTM POSIO CORPORAL
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 08
FREQUENTEMENTE 03
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 03
NUNCA 31TOTAL 48
Novamente neste item 29 (tabela 29) o marcador Nunca aparece com
31 casos, seguido do marcador Sempre com 08 casos, depois empatados
com 03 casos cada, os marcadores Frequentemente, Ocasionalmente e
Raramente.
Nenhuma observao foi realizada pelos entrevistados na pesquisa.
O marcador que aparece com maior nmero de casos nesse item 30 (tabela
30) o Nunca com 31 casos, depois aparece o marcador Raramente com 05
casos e empatados os marcadores restantes com 04 casos cada.
Foram considerados objetos pesados: balde com gua, cadeira ou
bacias, sendo os exemplos citados pelos entrevistados.
Neste item 31 (tabela 31), o marcador Nunca aparece novamente com
maior incidncia somando 38 casos; em seguida, observam-se os
marcadores Ocasionalmente e Raramente com 03 casos cada e, por ltimo,
os marcadores Sempre e Frequentemente com 02 casos cada.
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Tabela 30 - Item 30 do perfil sensorial de Dunn
NO CONSEGUE LEVANTAR OBJETOS PESADOS (EM COMPARAO A OUTRAS
CRIANAS DA MESMA IDADE)
MARCADORES FREQU NCIASEMPRE 04
FREQUENTEMENTE 04
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 05
NUNCA 31
TOTAL 48
Tabela 31 - Item 31 do perfil sensorial de DunnPREENSO FRACA
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 02
FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 03
RARAMENTE 03
NUNCA 38
TOTAL 48
Uma me que assinalou o marcador Frequentemente relatou que sua
criana costuma derrubar as coisas que pega, como por exemplo, copos e
pratos e, por consequncia, quebra vrios objetos em casa.
Tabela 32 - Item 32 do perfil sensorial de Dunn
APIA-SE EM TUDO
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 16
FREQUENTEMENTE 06
OCASIONALMENTE 08
RARAMENTE 00
NUNCA 18
TOTAL 48
No item 32 (tabela 32), o marcador Nunca surge com 18 casos e omarcador Sempre soma 16 casos, depois aparecem os marcadores
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Ocasionalmente com 08 casos e Frequentemente com 06 casos. O
marcador Raramente no foi mencionado.
Uma entrevistada que assinalou que sua criana Ocasionalmente
apoia-se em tudo informou que o filho tem o hbito que comer deitado. Essa
me, no momento da entrevista, estava muito ansiosa e relatando no saber
mais o que fazer com o filho devido aos problemas em seu comportamento.
Ela chora e aguarda agendamento para consulta em breve com a assistente
social do ASM. Informa que na escola ningum suporta mais o
comportamento impulsivo e intolerante da criana.
Tabela 33 - Item 33 do perfil sensorial de DunnBAIXA RESISTNCIA / CANSA-SE FACILMENTE
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 09
FREQUENTEMENTE 04
OCASIONALMENTE 04
RARAMENTE 04
NUNCA 27
TOTAL 48
No item 33, o marcador Nunca aparece com 27 casos, seguido do
marcador Sempre com 09 casos, depois empatados os marcadores
Frequentemente, Ocasionalmente e Raramente com 04 casos cada.
Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre justificou que
sua criana sofre de asma, sendo esse o motivo dela cansar-se facilmente.
O stimo aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado
Sensibilidade Visual / Auditiva e compreende as tabelas de 34 a 38.
Para Carvalho; Torello (2011) a percepo a interpretao de
sensaes em formas dotadas de significado que ocorrem no crebro. A
percepo um processo ativo de interao entre o encfalo e o ambiente.
Perceber envolve, alm de interpretar sensaes, um agir sobre o
ambiente, mover os olhos, mover a cabea ao ouvir um som ou tocar
objetos. (CARVALHO; TORELLO, 2011).
Para se ter a percepo, necessrio antes sentir os estmulos que
chegam atravs dos canais sensoriais (CARVALHO; TORELLO, 2011).
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Nesse aspecto da avaliao sero considerados os canais auditivos e
visuais.
A percepo auditiva, como j foi dito no quinto aspecto dessa
avaliao, envolve a localizao, a discriminao, sons de fundo e
sequenciamento.
Segundo Momo; Silvestre; Graciani (2011) a percepo visual
compreende a forma, a posio no espao e a figura fundo.
A forma o conhecimento de tamanho, de textura e da posio de
objetos (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
A posio no espao envolve a orientao espacial e a percepo da
posio de um objeto em relao a outro (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI,2011).
J a figura fundo, a diferena entre dois planos e o sequenciamento
que segue uma ordem lgica. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).
Tabela 34 - Item 34 do perfil sensorial de Dunn
RESPONDE DE FORMA NEGATIVA A SONS INESPERADOS OU ALTOS (SECADOR,
ASPIRADOR, LATIDO)
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 12
FREQUENTEMENTE 08
OCASIONALMENTE 05
RARAMENTE 01
NUNCA 22
TOTAL 48
No item 34 (tabela 34), o marcador Nunca soma 22 casos; emseguida, surge o marcador Sempre com 12 casos, depois o marcador
Frequentemente com 08 casos, o marcador Ocasionalmente com 05 casos e
o marcador Raramente aparece com apenas 01 caso.
As mes que responderam Sempre na entrevista informam que seus
filhos costumam apresentar comportamento agressivo, tanto autoagressivo
como heteroagressivo, agitao psicomotora, balanceios de tronco,
movimentos de mos, movimentos de pescoo e gritos como forma negativaa sons inesperados ou altos.
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Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre mencionou que
mesmo dormindo o filho percebe sons da casa e j aconteceu de acordar
chorando, mesmo que os sons no sejam to altos. Quando, porm, ocorre
de surgir sons inesperados ou altos, alm de chorar, o filho fica mais
agitado.
Tabela 35 - Item 35 do perfil sensorial de Dunn
COBRE OS OUVIDOS COM AS MOS PARA PROTEGER DO BARULHO
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 08
FREQUENTEMENTE 05
OCASIONALMENTE 08
RARAMENTE 06
NUNCA 21
TOTAL 48
J no item 35 (tabela 35), o marcador Nunca soma 21 casos, depois
empatados na incidncia de 08 casos cada aparecem os marcadores
Sempre e Ocasionalmente, na sequncia surge o marcador Raramente com06 casos e, por ltimo, o marcador Frequentemente que somou 05 casos.
Nenhuma observao foi realizada pelos entrevistados.
Tabela 36 - Item 36 do perfil sensorial de Dunn
INCOMODA-SE COM LUZES DEPOIS QUE OUTROS SE ADAPTARAM
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 04
FREQUENTEMENTE 02
OCASIONALMENTE 09
RARAMENTE 01
NUNCA 32
TOTAL 48
No item 36 (tabela 36), novamente o marcador Nunca aparece com
maior incidncia, somando 32 casos, seguidos de Ocasionalmente com 09
casos, depois de Sempre com 04 casos, Frequentemente com 02 casos e
Raramente com 01 caso.
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Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre, justificou que
seu filho tem fotofobia e usa colrio devido alergia.
Tabela 37Item 37 do perfil sensorial de Dunn
OBSERVA TODOS ENQUANTO SE MOVE PELA SALA
MARCADORES FREQU NCIA
SEMPRE 26
FREQUENTEMENTE 05
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 05
NUNCA 06
TOTAL 48
No item 37 (tabela 37), o marcador Sempre teve maior incidncia com
26 casos, depois surgem empatados os marcadores Nunca e
Ocasionalmente com 06 casos cada e, por ltimo, empatados os
marcadores Frequentemente e Raramente com 05 casos cada. Nenhuma
observao foi feita pelos entrevistados.
Tabela 38 - Item 38 do perfil sensorial de Dunn
COBRE OU APERTA OS OLHOS PARA PROTEGER DA LUZ
MARCADORES FREQUNCIA
SEMPRE 06
FREQUENTEMENTE 04
OCASIONALMENTE 06
RARAMENTE 04
NUNCA 28
TOTAL 48
No ltimo item do Perfil Sensorial Abreviado (item 38, tabela 38), o
marcador Nunca somou 28 casos, seguido dos marcadores Sempre e
Ocasionalmente com 06 casos cada. Depois aparecem novamente
empatados os marcadores Raramente e Frequentemente com 04 casos
cada.
Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre justificou que o
seu filho usa culos devido miopia.
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As tabelas 39 e 40 dessa anlise so referentes aos resultados finais
da pesquisa com os perfis das crianas avaliadas e a somatria dos sete
escores.
Tabela 39Perfil sensorial das crianas avaliadas no HC III da Famema
PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS AVALIADAS NO HC III DA FAMEMA
SESSES
AVALIADAS
DT DP DC TAR
SENSIBILIDADE TTIL 13 11 24 48
SENSIBILIDADE A
GOSTO/OLFATO 37 08 03 48
SENSIBILIDADE A
MOVIMENTO 26 11 11 48
BAIXA RESPONSIVIDADE/
PROCURA SENSAO 07 05 36 48
FILTRO AUDITIVO 04 03 41 48
BAIXA ENERGIA/ FRACO
24 07 17 48
SENSIBILIDADE VISUAL/
AUDITIVA 20 08 20 48
A partir desta tabela possvel traar o perfil sensorial das crianas
pesquisadas no HC III da FAMEMA e seu desempenho nas atividades do dia
a dia distribuda entre as trs modalidades de resultados propostas pelo
Perfil Sensorial Abreviado de Dunn, que so: Desempenho Tpico (DT),
Diferena Provvel (DP) e Diferena Clara (DC), pois das 48 entrevistas
realizadas, que representam o Total de Avaliaes Realizadas (TAR) em
relao primeira sesso do teste que representa Sensibilidade Ttil,
observa-se Desempenho Tpico em 13 CPs, Diferena Provvel de
Desempenho em 11 CPs e Diferena Clara em 24 CPs.
Em relao segunda sesso do teste que representa Sensibilidade
a Gosto/Olfato, observa-se Desempenho Tpico em 37 CPs, Diferena
Provvel de Desempenho em 08 CPs e Diferena Clara em 03 CPs.
Quanto terceira sesso do teste que representa Sensibilidade a
Movimento, observa-se Desempenho Tpico em 26 CPs, Diferena Provvel
de Desempenho em 11 CPs e Diferena Clara em 11 CPs.
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Na quarta sesso do teste que representa Baixa Responsividade/
Procura Sensao, observa-se Desempenho Tpico em 07 CPs, Diferena
Provvel de Desempenho em 05 CPs e Diferena Clara em 36 CPs.
A quinta sesso do teste representa Filtro Auditivo e observa-se
Desempenho Tpico em 04 CPs, Diferena Provvel de Desempenho em 03
CPs e Diferena Clara em 41 CPs.
Em relao sexta sesso do teste que representa Baixa Energia/
Fraco observado Desempenho Tpico em 24 CPs, Diferena Provvel de
Desempenho em 07 CPs e Diferena Clara em 17 CPs.
E na ltima sesso do teste que representa Sensibilidade
Visual/Auditiva, observa-se Desempenho Tpico em 20 CPs, DiferenaProvvel de Desempenho em 08 CPs e Diferena Clara em 20 CPs.
Assim os itens que aparecem com maior incidncia quanto a
Diferena Clara de desempenho para as atividades do dia a dia das crianas
entre cinco e onze anos avaliadas nas unidades que compem a pesquisa
no HCIII da FAMEMA so: Sensibilidade Ttil (24 casos), Baixa
Responsividade/Procura Sensao (36 casos) e Filtro Auditivo (41 casos).
O item Sensibilidade Visual/Auditiva apesar de representar 20 casos, um dado que tambm chama a ateno, pois alm de estar empatado com
o mesmo nmero de casos de Desempenho Tpico, sua somatria com os
outros itens de desempenho pode colaborar para dificuldades, sendo
representadas no resultado final de cada caso avaliado, tanto para Diferena
Provvel quanto para Diferena Clara.
Por isso os itens que aparecem com menor incidncia no quadrante
Diferena Clara como: Baixa Energia/Fraco, Sensibilidade a Movimento eSensibilidade a Gosto/Olfato, podem apresentar relevncia importante na
anlise individual dos casos, j que na avaliao do Perfil Sensorial
Abreviado proposta, existe uma somatria por item avaliado que indica quais
as sesses esto colaborando com maior impacto sobre o desempenho
funcional da CP.
No pode ser esquecido que existe ainda uma somatria final de
desempenho, que demonstra se esse desempenho funcional est
prejudicado nas atividades cotidianas da CP.
Esse dado final apresentado na tabela 40 a seguir, com os
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resultados finais dos testes aplicados nos casos da pesquisa.
Tabela 40Resultado final: escores da pesquisa com pais
RESULTADOS DA AVALIAO DO PERFIL SENSORIAL DE DUNN
DESEMPENHO TPICO (190 - 155 PONTOS) 04
DIFERENA PROVVEL (154 - 142 PONTOS) 09
DIFERENA CLARA (141 - 38 PONTOS) 35
TOTAL 48
A somatria dos escores assinala trs nveis de desempenho, que
so: desempenho tpico, diferena provvel e diferena clara de
desempenho.
Cada nvel de desempenho compreende nveis com pontos mximo e
mnimo, que so utilizados como parmetros para definir o desempenho da
criana em relao aos itens questionados.
Quanto menor a pontuao na avaliao, maior a incidncia de
transtorno de modulao, ou seja, maior a possibilidade de apresentar um
transtorno de integrao sensorial.
Conforme os resultados obtidos com a avaliao do Perfil Sensorial
Abreviado de Dunn, apenas 04 crianas pesquisadas apresentaram
desempenho tpico, com pontuao geral entre 190 e 155 pontos.
As crianas pesquisadas que pontuaram entre 154 e 142 pontos
apresentaram diferena provvel no desempenho e somaram 09 casos.
Entretanto a maioria dos casos apresentou diferena clara no
desempenho, somando 35 casos com pontuao entre 141 e 38 pontos.
De acordo com as informaes de Goodrich (2010), as crianas comdiferena clara de desempenho devem receber interveno de integrao
sensorial, mais informaes devem ser coletadas e quanto antes iniciar na
terapia, melhores os resultados alcanados no tratamento.
J as crianas que apresentam diferena provvel, aps entrevista
com pais para avaliao do Perfil Sensorial merecem ateno, mais
investigao deve ser realizada e a interveno de IS realizada
(GOODRICH, 2010).A clientela assistida, tanto na unidade psiquitrica como no
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ambulatrio de sade mental, composta por diversas patologias e o motivo
que levou a criana para tratamento no HC III da Famema, conforme
informado pelos pais, diverso.
Entre as queixas relatadas pelos pais observadas em seus filhos
esto: dificuldade de aprendizagem, hiperatividade, dificuldade na ateno,
problemas no comportamento que incluem agressividade, agitao,
intolerncia e dificuldade no relacionamento interpessoal, alm da
dificuldade para alimentar-se, esto entre as queixas mais citadas.
Conforme a avaliao da equipe que atende essas crianas, os
diagnsticos, de acordo com publicao de Caetano;Domingues; Marcolin
(2008), que mais aparecem nas CPs so apresentados abaixo na tabela 41. necessrio dizer que em dezesseis casos avaliados foram
informados dois cdigos do CID pelo mdico e/ou outro profissional da
equipe.
Esse dado foi obtido atravs de pesquisa no setor de faturamento do
HCIII da FAMEMA durante o perodo da coleta de dados.
interessante ressaltar que o diagnstico indicado foi concludo pelo
mdico psiquiatra que atende o caso e auxiliado pela equipe que participa doatendimento infantil, seja na enfermaria psiquitrica ou no ambulatrio de
sade mental.
Tabela 41- Diagnstico segundo CID das crianas assistidas no HCIII da
Famema
Cdigo Internacional de Doenas das crianas pesquisadas no HC III da FAMEMA
CDIGO DIAGNSTICO NMERO DE CASOS
F02.8 Demncia em outras doenas especficas
classificadas em outros locais
01
F06.8 Outros transtornos mentais orgnicos especificados
decorrentes de leso e disfuno cerebrais e de
doena fsica
03
F06.9 Transtorno mental decorrente de leso e disfuno
cerebrais e de doena fsica, no especificado
01
F20.0 Esquizofrenia paranide 02
F20.2 Esquizofrenia catatnica 02F20.9 Esquizofrenia, no especificada 06
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F32 Episdio depressivo 01
F32.9 Episdio depressivo, no especificado 01
F33.9 Transtorno depressivo recorrente, no especificado 01
F41.1 Transtorno de ansiedade generalizada 01F42.2 Transtorno obsessivo-compulsivo com pensamentos
e atos obsessivos mistos
02
F43.2 Transtorno de ajustamento 01
F50.5 Vmitos associados a outras perturbaes
psicolgicas
01
F50.9 Transtorno alimentar, no especificado 01
F70 Retardo mental leve 01
F70.1 Retardo mental leve com comprometimento
significativo de comportamento requerendo ateno
ou tratamento
01
F70.9 Retardo mental leve sem meno a comprometimento
de comportamento
04
F71 Retardo mental moderado 01
F71.9 Retardo mental moderado sem meno a
comprometimento de comportamento
01
F89 Transtorno no especificado do desenvolvimento
psicolgico
01
F90.0 Perturbao da atividade e ateno 01
F90.9 Transtorno hipercintico, no especificado 04
F91.1 Transtorno de conduta no socializado 01
F91.3 Transtorno desafiador de oposio 02
F91.9 Transtorno de conduta, no especificado 07
F92.0 Transtorno depressivo de conduta 02
F92.9 Transtorno misto de conduta e emoes, no
especificado
02
F93.0 Transtorno de ansiedade de separao na infncia 01
F93.8 Outros transtornos emocionais na infncia 10
F93.9 Transtorno emocional na infncia, no especificado 01
F95.1 Transtorno crnico de tique motor ou vocal 01
F95.2 Transtorno de tiques vocais e motores mltiplos
combinados (Sindrome de Guilles de la Tourette)
01
F98.9 Transtornos emocionais e de comportamento com
incio usualmente ocorrendo na infncia e
adolescncia, no especificados
01
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54
Durante a pesquisa, foi observado que a maioria dos casos est em
atendimento somente com o mdico e h desconhecimento por esse
profissional (composto em sua maioria por residentes do terceiro ano da
psiquiatria no ASM e por residentes do primeiro ano na enfermaria
psiquitrica) sobre a importncia da interveno da Terapia Ocupacional
infantil, pois dos 48 casos entrevistados somente 08 j foram atendidos
pelas terapeutas ocupacionais do servio; destes, 04 casos foram atendidos
pela terapeuta ocupacional enquanto permaneceram internados.
A equipe tambm no sabe a respeito dos transtornos de modulao
sensorial e sobre a interveno da Terapia Ocupacional utilizando a
abordagem de integrao sensorial, porm, demonstra interesse emconhecer o tema.
importante ressaltar que se faz necessrio um acompanhamento de
cada caso participante dessa pesquisa, pois a pesquisadora teve contato
com os pais apenas no momento da entrevista e no conhece detalhes da
histria de vida da maioria dos casos, porque no era objetivo dessa
pesquisa obter informaes dos pronturios das crianas referentes a
anamnese, avaliaes de outros profissionais, condutas da equipe e realizarintervenes.
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55
5 DISCUSSO
Para Abernethy (2010), nos ltimos 30 anos, terapeutas ocupacionais
tm pesquisado vrios aspectos da integrao sensorial em pacientes da
psiquiatria.
Conforme Abernethy (2010), estudos indicam a presena de
defensividade sensorial em adultos com problemas de sade mental,
ligando-os especificamente ao aumento da ansiedade.
Na maioria dos casos, defensividade sensorial em adultos tem estado
presente desde a infncia, mas como no foi reconhecida e tratada leva a
outros problemas quando o indivduo envelhece, diz Abernethy (2010) .Segundo Abernethy (2010), a defensividade sensorial
frequentemente identificada em pessoas com problemas de sade mental, e
as causas pensadas envolvem a predisposio gentica e o trauma fsico
para o corpo.
Abernethy (2010) completa dizendo que o trauma fsico pode incluir
um nascimento estressante, abuso fsico, leses acidentais, privao
sensorial, alergias e doenas.Abernethy (2010), em sua publicao, lembra estudos de casos onde
os indivduos tinham recebido um diagnstico psiquitrico quando o
problema subjacente era realmente defensividade sensorial.
Os diagnsticos que os indivduos receberam eram variados e
incluram transtorno de ansiedade, transtorno de personalidade borderline,
transtorno dissociativo e at abuso de lcool. (ABERNETHY,2010).
Completa Abernethy (2010) que a identificao de defensividadesensorial importante para proporcionar um tratamento eficaz e adequado,
pois um problema de sade mental pode ser dificultado.
A partir das evidncias que surgiram nos resultados dessa pesquisa,
interessante considerar que os transtornos de modulao podem surgir
nos extremos de um continuum, podendo a criana em tratamento
psiquitrico apresentar hiper-respostas ou hiporrespostas aos estmulos
sensoriais.
7/26/2019
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