Perfil sensorial das crianças entre.pdf

download Perfil sensorial das crianças entre.pdf

of 84

Transcript of Perfil sensorial das crianças entre.pdf

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    1/84

    1

    UNISALESIANO

    Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium

    Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Terapia Ocupacional:Uma Viso Dinmica em Neurologia

    Adriana Magali Dezotti Batista

    PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS ENTRE

    CINCO E ONZE ANOS ATENDIDAS NO

    HOSPITAL DE CLNICAS DA FACULDADE DE

    MEDICINA DE MARLIA: UNIDADE SO

    FRANCISCO DE ASSIS

    LINSSP2012

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    2/84

    2

    ADRIANA MAGALI DEZOTTI BATISTA

    PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS ENTRE CINCO E ONZE ANOS

    ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA

    DE MARLIA: UNIDADE SO FRANCISCO DE ASSIS

    Monografia apresentada BancaExaminadora do Centro UniversitrioCatlico Salesiano Auxilium, como

    requisito parcial para obteno de ttulode especialista em TerapiaOcupacional: uma viso dinmica emneurologia, sob a orientao daProfessora Mestre Heloiza MariaZanella-Goodrich.

    LinsSP

    2012

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    3/84

    3

    Batista, Adriana Magali DezottiB336p Perfil Sensorial das crianas entre cinco e onze anos atendidas

    no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de Marlia:Unidade So Francisco de Assis / Adriana Magali Dezotti Batista. --Lins, 2012.

    84p. il. 31cm

    Monografia apresentada ao Centro Universitrio CatlicoSalesiano AuxiliumUNISALESIANO, Lins-SP, para ps-graduao

    em Terapia Ocupacional: Uma Viso Dinmica em Neurologia, 2012.Orientadora: Heloiza Maria Zanella-Goodrich

    1. Terapia Ocupacional. 2. Integrao Sensorial. 3.Neurocomportamento. I Ttulo.

    CDU 615.851.3

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    4/84

    4

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    5/84

    5

    RESUMO

    Uma das intervenes da Terapia Ocupacional atuar junto s crianasportadoras de transtornos mentais e que recebem tratamento psiquitrico.Essas crianas apresentam alteraes no comportamento, na aprendizageme no desenvolvimento. De acordo com a literatura, a base terica daIntegrao Sensorial est nos estudos neurocomportamentais, dodesenvolvimento e na pesquisa de distrbios de aprendizagem. A teoria deintegrao sensorial foi desenvolvida pela terapeuta ocupacional Jean Ayres,PhD, OTR. A Integrao Sensorial foi destinada inicialmente s crianascom distrbios de aprendizagem sem nenhum diagnstico, porm,

    atualmente seus princpios so usados no tratamento de outras populaescomo: deficincia mental, transtornos invasivos do desenvolvimento,sndromes genticas, paralisia cerebral, autismo, leses neurolgicas emcrianas e adultos, psiquiatria e geriatria. Este trabalho procura conhecer operfil sensorial de crianas entre cinco e onze anos, em tratamentopsiquitrico no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de Marlia, naUnidade So Francisco de Assis, que compreende o Ambulatrio de SadeMental e a Unidade de Internao Psiquitrica no Hospital Geral com oobjetivo de demonstrar a importncia da integrao sensorial para a TerapiaOcupacional. O Perfil Sensorial Abreviado de Dunn foi aplicado em pais decrianas em tratamento nessas unidades de cuidado, dando uma viso da

    importncia do assunto atravs de dados estatsticos. Prope-se, diante dosresultados obtidos, que seja implantada uma sala de Integrao Sensorialnesses servios, melhorando a assistncia prestada pela TerapiaOcupacional s crianas e a seus familiares, sendo possvel iniciarprecocemente o tratamento de transtorno de integrao sensorial associadoa outras abordagens teraputicas.

    Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Integrao Sensorial.Neurocomportamento.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    6/84

    6

    ABSTRACT

    One of the Occupational Therapy interventions is to work with childrenwith mental disorders and who receive psychiatric treatment. These childrenpresent changes in behavior, in the learning process and in globaldevelopment. According to the literature, the theoretical basis of the SensoryIntegration is found in neurobehavioral and developmental studies and inresearches on learning disabilities. The theory of sensory integration wasdeveloped by the occupational therapist A. Jean Ayres, PhD, OTR. It wasinitially designed for children with learning disabilities without any diagnosis,but currently, the principles of the theory are used in the treatment of otherdiseases like: mental disability, pervasive developmental disorders, geneticsyndromes, cerebral palsy, autism, neurological damage in children andadults, psychiatry and geriatrics. This paper aims to investigate the sensoryprofile of children between five and eleven years old in psychiatric treatmentat the Clinical Hospitalof the Marilia Medical School, in the So Francisco deAssis Unit; this clinic comprises the Mental Health Outpatient Clinic and thePsychiatric Inpatient Unit of the General Hospital. The study goal is to showthe importance of this approach for Occupational Therapy. The SensoryProfile by Dunn was applied to parents of children in treatment in these careunits, giving an overview of the importance of this subject through statisticdata. Considering the results obtained, it is proposed the implementation of aSensory Integration room in these services, improving the assistance given

    by the Occupational Therapy to the children and their relatives, making itpossible to begin early treatment for the sensory integration disorder relatedto other therapeutic approaches.

    Keywords: Occupational Therapy. Sensory Integration. Neurobehavioral.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    7/84

    7

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ASM: Ambulatrio de Sade Mental

    AVC: Acidente Vascular Cerebral

    CEP: Comit de tica em Pesquisa

    CID: Cdigo Internacional de Doenas

    CNS: Conselho Nacional de Sade

    CP: Criana Participante

    CPs: Crianas Participantes

    CREFITO: Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

    DC: Diferena Clara

    DP: Diferena ProvvelDT: Desempenho Tpico

    FAMEMA: Faculdade de Medicina de Marlia

    FAOTA:Fellow of the American Occupational Therapy Association(Membro

    da Associao Americana de Terapia Ocupacional)

    HC: Hospital de Clnicas

    HC I: Hospital de Clnicas, Unidade I

    HC III: Hospital de Clnicas, Unidade IIIIS: Integrao Sensorial

    NTI: Ncleo Tcnico de Informaes

    OTR: Occupational Therapy Registered(terapeuta ocupacional, registrada)

    PhD: Philosophy Doctor

    SIPT: Sensory Integration and Praxis Test (Integrao Sensorial e Teste

    Praxis)

    SNC: Sistema Nervoso CentralSNS: Sinais Neurolgicos Sutis

    SP: Sensory Profile (Perfil Sensorial)

    SPM: Sensory Processing Measure (Medida de Processamento Sensorial)

    SSP: Short Sensory Profile (Perfil Sensorial Abreviado)

    TAR: Total de Avaliaes Realizadas

    TDAH: Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade

    TV: Televiso

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    8/84

    8

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: IS: Brincando com areia.................................................................69

    Figura 2: IS: Brincando com balano.............................................................70

    Figura 3: Distrbios de IS..............................................................................70

    Figura 4: IS: Sensao Desagradvel...........................................................71

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Item 01 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................27

    Tabela 2: Item 02 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................28

    Tabela 3: Item 03 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................28

    Tabela 4: Item 04 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................29Tabela 5: Item 05 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................29

    Tabela 6: Item 06 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................30

    Tabela 7: Item 07 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................30

    Tabela 8: Item 08 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................31

    Tabela 9: Item 09 do Perfil Sensorial de DUNN ...........................................31

    Tabela 10: Item 10 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................31

    Tabela 11: Item 11 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................32Tabela 12: Item 12 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................33

    Tabela 13: Item 13 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................33

    Tabela 14: Item 14 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................34

    Tabela 15: Item 15 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................35

    Tabela 16: Item 16 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................35

    Tabela 17: Item 17 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................36

    Tabela 18: Item 18 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................36Tabela 19: Item 19 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................37

    Tabela 20: Item 20 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................37

    Tabela 21: Item 21 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................38

    Tabela 22: Item 22 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................39

    Tabela 23: Item 23 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40

    Tabela 24: Item 24 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40

    Tabela 25: Item 25 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................40

    Tabela 26: Item 26 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................41

    Tabela 27: Item 27 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................41

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    9/84

    9

    Tabela 28: Item 28 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................42

    Tabela 29: Item 29 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................43

    Tabela 30: Item 30 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44

    Tabela 31: Item 31 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44

    Tabela 32: Item 32 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................44

    Tabela 33: Item 33 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................45

    Tabela 34: Item 34 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................46

    Tabela 35: Item 35 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................47

    Tabela 36: Item 36 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................47

    Tabela 37: Item 37 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................48

    Tabela 38: Item 38 do Perfil Sensorial de DUNN .........................................48Tabela 39: Perfil Sensorial das crianas avaliadas no HC III da Famema....49

    Tabela 40: Resultado Final: Escores da pesquisa com pais.........................51

    Tabela 41: Diagnstico segundo CID das crianas assistidas no HC III da

    Famema.........................................................................................................52

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    10/84

    10

    SUMRIO

    1 INTRODUO...........................................................................................11

    2 OBJETIVOS...............................................................................................20

    2.1 Objetivo Geral..........................................................................................20

    2.2 Objetivos Especficos..............................................................................20

    3 MTODO....................................................................................................21

    3.1 Participantes............................................................................................22

    3.2 Instrumento de Pesquisa.........................................................................22

    3.3 Coleta de Dados......................................................................................233.4 Local da Pesquisa...................................................................................24

    4 ANLISE DOS RESULTADOS ................................................................26

    5 DISCUSSO .............................................................................................55

    CONSIDERAES FINAIS..........................................................................62

    REFERNCIAS.............................................................................................65

    APNDICE....................................................................................................68

    Apndice ACartilha para os pais...............................................................69

    ANEXOS........................................................................................................76Anexo 1 - Termo de Consentimento Esclarecido..........................................77

    Anexo 2 - Perfil Sensorial: Verso Abreviada................................................79

    Anexo 3 - Protocolo de Aprovao do Comit de tica.................................83

    Anexo 4 - Planilha de Atendimento do Ambulatrio de Sade Mental da

    Faculdade de Medicina de Marlia.................................................................84

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    11/84

    11

    1 INTRODUO

    Segundo Alves et al(2011) a integrao sensorial a capacidade de

    o sistema nervoso central organizar os estmulos sensoriais e transformar as

    sensaes em percepo para o indivduo interagir com o ambiente.

    Depois de integradas as informaes, os impulsos so encaminhados

    para os centros apropriados do SNC que produzem comandos necessrios

    para as atividades coordenadas (ALVES et al ,2011).

    Para Carvalho (2009) quando o SNC tem dificuldade em processar,

    organizar as informaes recebidas e no prepara uma resposta adequada

    ao estmulo significa que est ocorrendo um dficit de integrao sensorial.Carvalho (2009) diz que a plasticidade do SNC e o uso dos diversos

    recursos para a estimulao sensorial, alm de promover a organizao do

    processo neurolgico, desenvolve a integrao sensorial.

    Crianas que apresentam falhas neste processamento tendem aser mais desorganizadas, com dificuldade de prestar ateno e serelacionar com as pessoas, pois no organizam e nem interpretaminformaes sensoriais da mesma maneira que as outras.

    (CARVALHO; ANTUNES; VICENTINI, 2005, p.49).

    A Terapia de Integrao Sensorial foi destinada, inicialmente s

    crianas com distrbios de aprendizagem, sem nenhum diagnstico, mas

    segundo Lenzi; Vieira (2010), atualmente os princpios da teoria so

    utilizados no tratamento de pessoas portadoras de leso neurolgica,

    deficincia mental, autismo, entre outros transtornos invasivos do

    desenvolvimento.

    J para Carvalho; Torello (2011), a terapia de integrao sensorial

    tambm usada como tratamento nas sndromes genticas, paralisia cerebral,

    leses neurolgicas do adulto, psiquiatria e geriatria.

    Este tipo de terapia envolve atividades que fornecem basicamenteestimulao ttil, proprioceptiva e vestibular, dentro de umcontexto de brincadeiras que vo se tornando gradualmente maiscomplexas para promover respostas cada vez mais maduras eorganizadas, resultando em novas aprendizagens ecomportamentos. O ambiente teraputico rico em equipamentos,

    materiais e brinquedos interessantes. (LAMBERTUCI;MAGALHES, 2005, p.234)

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    12/84

    12

    Segundo Flehming (2002), os reflexos e reaes caractersticas do

    primeiro ano de vida interferem no funcionamento neurolgico, que primeiro

    sofre influncias dos ncleos subcorticais e depois dos ncleos corticais.

    Flehming (2002) relata que os reflexos e reaes presentes nos

    primeiros anos de vida so provocados especialmente pelo processamento

    ttil, vestibular e proprioceptivo.

    Quando algum aspecto da IS no ocorre eficientemente, a criana

    poder experienciar estresse na rotina ocupacional, pois esses processos

    deveriam acontecer de maneira automtica e precisa.

    De acordo com Carvalho; Torello (2011), Jean Ayres, nos anos 60,

    criou a abordagem de integrao sensorial relacionando as sensaescorporais aos mecanismos cerebrais e a aprendizagem.

    Para Carvalho (2009), a base da integrao sensorial est nos

    estudos neurocomportamentais do desenvolvimento da criana e na

    pesquisa de distrbios de aprendizagem, ou de outras deficincias da

    criana.

    Ayres define a integrao sensorial como sendo a organizao deinformaes sensoriais provenientes de diferentes canais

    sensoriais e a habilidade de relacionar estmulos de um canal aoutro, de forma a emitir uma resposta adaptativa. Para Ayres,resposta adaptativa uma ao apropriada na qual o indivduoresponde com sucesso a alguma demanda ambiental.(CARVALHO, 2009, p.2)

    De acordo com Fisher; Murray; Bundy (1991), Ayres explica que o

    crebro deve selecionar, aumentar, inibir, comparar e associar a informao

    sensorial em um modelo flexvel constantemente em mudana.

    Para Fisher; Murray; Bundy (1991), a teoria de IS contm trs

    componentes: descreve o funcionamento normal da IS; define disfuno de

    IS e guia um programa de interveno que usa a abordagem de IS.

    Segundo Alves et al(2011), Ayres classificou as disfunes sensoriais

    em disfuno da modulao sensorial, disfuno da discriminao sensorial

    e disfuno do planejamento motor.

    Parham; Mailloux (1996) dizem que na modulao existe um

    continuumde responsividade sensorial, entre hiporresponsividade e hiper-

    responsividade. No centro encontra-se um nvel timo de modulao.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    13/84

    13

    Geralmente um indivduo experiencia flutuaes dentro desse

    continuum durante o dia.

    A disfuno indicada quando as flutuaes de um indivduo so

    extremas ou quando ele tende a agir primariamente em uma das

    extremidades do continuummais do que na outra (PARHAM; MAILLOUX,

    1996).

    Se acontecer desse comportamento tornar-se um padro a longoprazo, a criana poder perder experincias importantes, taiscomo brincar de jogos com colegas, que so crticas nodesenvolvimento de sentimento de competncia, dominando umvasto repertrio de habilidades teis e desenvolvendo estratgias

    sociais flexveis. Desta maneira, a capacidade de participarcompletamente nas ocupaes que a criana queira ou necessitefazer ficam comprometidas. (PARHAM; MAILLOUX, 1996, p. 315-316).

    Na teoria da integrao sensorial de Jean Ayres, existem princpios

    funcionais que norteiam a interveno do terapeuta ocupacional.

    Os princpios da integrao sensorial so: os estmulos sensoriaiscontrolados podem ser usados para criar uma resposta adaptativa;

    uma resposta adaptativa contribui para o desenvolvimento daintegrao sensorial; quanto mais auto-dirigidas as atividades,maior o potencial das atividades para aprimorar a organizaoneural e isso tambm depende da motivao interna do paciente;padres mais amadurecidos e complexos de comportamento socompostos pela consolidao de comportamentos mais primitivos;a melhor organizao de respostas adaptativas intensificar aorganizao do comportamento geral do indivduo que depende desequenciamento e tempo; necessrio o registro dos estmulossensoriais significativos antes da resposta poder ser dada aosestmulos que chegam do ambiente. (CARVALHO; TORELLO,2011, p.20).

    Para Davies et al (2011), de acordo com a literatura existente, uma

    em cada vinte crianas tem uma desordem no processamento sensorial.

    Outro dado interessante informado por Pfeiffer et al (2011) que o

    transtorno do processamento sensorial bastante comum entre as crianas

    do espectro autista, pois h relatos na literatura que variam de 42% a 88%

    dos casos pesquisados.

    J para Goodrich (2010), existem menes na literatura de at 100%

    de transtorno de processamento sensorial entre as crianas do espectro

    autista.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    14/84

    14

    De acordo com a reviso de literarura realizada por Pedroso; Salgado;

    Teixeira (2010), existem sinais neurolgicos sutis relevantes para a pesquisa

    em psiquiatria, com nfase na esquizofrenia e no transtorno bipolar que

    envolvem a integrao sensorial.

    Sinais neurolgicos sutis so alteraes no exame neurolgicoque compreendem funes diversas como integrao sensorial,coordenao motora, sequenciamento motor e presena dereflexos primitivos. Esses sinais indicam disfuno cerebral nofocal, podendo se apresentar como fatores de risco paratranstornos psiquitricos. Podem indicar endofentiposrelacionados a disfunes em circuitos neurais especficos,fornecendo informaes relevantes para fisiopatologia daesquizofrenia e transtorno bipolar. (PEDROSO; SALGADO;TEIXEIRA, 2010, p.1).

    A partir da dcada de 60, a observao de SNS em adultos jovens

    vem ocorrendo em condies como transtornos psicticos, transtorno

    obsessivo-compulsivo e transtornos do desenvolvimento, incluindo autismo

    (PEDROSO; SALGADO; TEIXEIRA, 2010).

    importante ressaltar que o termo sutil no se refere gravidadeclnica decorrente da presena desses sinais, nem de uma menor

    reprodutibilidade deles, sendo adotado especificamente por suabaixa propriedade de localizao. Desse modo, eles podem indicarfatores de risco para transtornos psiquitricos e sugerir disfunesem circuitos neurais particulares, fornecendo informaesadicionais em relao fisiopatologia desses transtornos.(PEDROSO; SALGADO; TEIXEIRA, 2010, p.324).

    Pedroso; Salgado; Teixeira (2010), em sua pesquisa de reviso de

    literatura, citamque altas taxas de SNS ligados coordenao motora e

    integrao sensorial, associados a uma reduo da substncia cinzenta de

    estruturas subcorticais como putmen, globo plido e tlamo foramencontrados em esquizofrnicos.

    Alm disso, alteraes na integrao sensorial foram associadas

    reduo no volume do crtex cerebral, incluindo os giros pr-central,

    temporais superior e mdio e giro lingual, (PEDROSO; SALGADO;

    TEIXEIRA, 2010).

    Dunn (1994) diz que para se aplicar o modelo de IS, de acordo com

    as necessidades da criana, a identificao correta dos seus

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    15/84

    15

    comportamentos que indicam um transtorno do processamento sensorial

    fundamental.

    Completa Dunn (1994) que, para isto, existem diversos testes,

    questionrios, entrevistas e observaes clnicas.

    O processo de avaliao tem como primeiro passo a entrevistacom os pais para entender o que os preocupa e para que tenhamoportunidade de entender o que fazemos e como podemos ajudara criana. Sempre que possvel, deve ser realizado umquestionrio com a escola ou outros ambientes, em que a crianaapresenta alguma dificuldade. importante o preenchimento doPerfil Sensorial. (GOODRICH, 2010, p.16)

    Goodrich (2010) relata que, geralmente fora do Brasil, so usadostestes padronizados, que do um retrato do desenvolvimento nesse

    momento. O mais usado o SIPT, porm, existem outros testes.

    Os outros testes usados so: Peadoby Developmental Scales, Teste

    de Imitao de Gestos, De Gangi- Berk Test of Sensory Integration,

    Observaes Clnicas e Sensory Processing Measure, conhecido por SPM,

    continua dizendo Goodrich (2010).

    O SPM um novo teste, desenvolvido por Diana Henry que podeser usado no ambiente escolar, pois usa as informaes dopessoal que trabalha com a criana em todos os nveis comomerendeira, motorista, professora, entre outros, para identificaronde ocorrem os problemas. um timo instrumento para educaro pessoal da escola sobre o porqu do comportamento da criana.(GOODRICH, 2010, p.16)

    Segundo Goodrich (2010), o Perfil Sensorial Abreviado usado como

    triagem e muito utilizado em pesquisas, pois tem menos itens que o Perfil

    Sensorial Completo.

    O Perfil Sensorial Abreviado uma verso mais curta do perfilsensorial, foi desenvolvido como uma ferramenta de triagem paraidentificar as crianas com dificuldades sensoriais de forma maisrpida e para uso como uma medida de processamento sensorialpara fins de pesquisa. (FRANKLIN et al, 2008, p.267).

    O Perfil Sensorial Abreviado uma lista padronizada de verificao

    comportamental com dados normativos e baixos escores que refletemproblemas de sensrio-processamento, completam Franklin et al(2008) .

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    16/84

    16

    Franklin et al(2008) dizem tambm que o SSP inclui um sistema de

    classificao constitudo por trs categorias (normal, diferena provvel, e

    diferena clara) e as propriedades psicomtricas so geralmente fortes.

    No SSP os itens so pontuados na escala entre 1 ponto e 5pontos, em cada uma das sete sees e na pontuao total.Ambos os pontos de cada seo e uma pontuao total sointerpretados na SSP e sero tratados como as variveisindependentes. A pontuao total o indicador mais sensvel dedisfuno sensorial.(TOMCHECK;DUNN,2007, p.193).

    A sua administrao em tempo curto (10 minutos) e o

    valor na triagem para processamento sensorial atpico recomendado para

    protocolos de pesquisa (TOMCHECK;DUNN,2007).

    Desde a fase inicial do desenvolvimento do SSP, os itens decomunicao- social e motor foram eliminados do SP , pois causamenos confuso com os itens de sobreposio das caracteristicasde diagnstico de autismo.Os estudos iniciais da validade do SSPdemonstraram validade discriminante de> 95% na identificao decrianas com e sem dificuldades de modulaosensorial.(TOMCHECK;DUNN,2007, p.193).

    O SSP analisa comportamentos funcionais relacionadas

    responsividade sensorial (MILLER; COLL; SCHOEN, 2007).

    Ainda confirmam Miller; Coll; Schoen,(2007) que no SSP as normas

    foram obtidas a partir do perfil sensorial e padronizada em 1.200 crianas. A

    validade de confiabilidade 0,90 e validade discriminante = ou > 95%.

    Goodrich (2010) completa que o Perfil Sensorial Abreviado mostra

    indcios de problemas que precisam de maior investigao, atravs da

    aplicao do teste completo, ou outros testes.

    O Perfil Sensorial foi desenvolvido com o objetivo de mensurar asrespostas das crianas com relao s experincias sensoriaisque acontecem em ambiente familiar, e seus itens foramdesenvolvidos de acordo com testes de processamento sensoriale histrias sensoriais encontrados na literatura. (DUNN, 1994, p.9)

    Para Dunn (1994), o Perfil Sensorial colhe informaes acerca do

    comportamento funcional que mais provavelmente est relacionado com o

    processamento sensorial. Ainda Dunn (1994) relata que o Perfil Sensorialtambm utiliza a informao fornecida pelos membros da famlia sobre o

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    17/84

    17

    desempenho da criana.

    O entrevistado assinala o que melhor descreve a frequncia com

    que a criana apresenta os comportamentos indicados, utilizandoa seguinte terminologia: Sempre: quando se apresenta aoportunidade, a criana sempre responde dessa maneira (100%do tempo); Frequentemente: quando se apresenta a oportunidade,frequentemente responde dessa maneira (75% do tempo);Ocasionalmente: quando se apresenta a oportunidadeocasionalmente responde dessa maneira (50% do tempo);Raramente: quando se apresenta a oportunidade, a crianararamente responde dessa maneira (25% do tempo); Nunca:quando se apresenta a oportunidade, a criana nunca respondedessa maneira (0% do tempo). (DUNN, 1994, p.1)

    O teste composto por 38 itens divididos em sete sesses, sendoelas: Sensibilidade Ttil (composta pelos itens 01 a 07), Sensibilidade a

    Gosto/Olfato (composta pelos itens 08 a 11), Sensibilidade a Movimento

    (composta pelos itens 12 a 14), Baixa Responsividade/ Procura Sensao

    (composta pelos itens 15 a 21), Filtro Auditivo (composta pelos itens 22 a

    27), Baixa Energia/Fraco (composta pelos itens 28 a 33), Sensibilidade

    Visual/ Auditiva (composta pelos itens 34 a 38).

    As pontuaes para cada terminologia assinalada no teste so:

    Sempre (1 ponto), Frequentemente (2 pontos), Ocasionalmente (3 pontos),

    Raramente (4 pontos), Nunca ( 5 pontos).

    Ao final de cada sesso, h uma somatria total dos itens que a

    compem e, ao final do teste, h um quadro sumrio com as sete sesses, o

    escore de cada sesso e um espao para preencher o total de pontos

    somado para cada uma das sesses. Tambm realizada a soma de todas

    as sesses e assinalada em espao prprio.

    Na frente da soma de cada sesso do quadro sumrio, encontram-se

    os valores dos escores considerados de desempenho tpico, diferena

    provvel e diferena clara.

    Na sesso Sensibilidade Ttil a pontuao mxima de 35 pontos.

    No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 35 e 30 pontos; no

    quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 29 e 27 e, no

    quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 26 e 07 pontos.

    Na sesso Sensibilidade a Gosto/Olfato a pontuao mxima de 20

    pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 20 e 15

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    18/84

    18

    pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 14 e 12 e,

    no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 11 e 04 pontos.

    Na sesso Sensibilidade a Movimento a pontuao mxima de 15

    pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 15 e 13

    pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 12 e 11 e,

    no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 10 e 03 pontos.

    Na sesso Baixa Responsividade/Procura Sensao a pontuao

    mxima de 35 pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua

    entre 35 e 27 pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia

    entre 26 e 24 e, no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 23 e

    07 pontos.Na sesso Filtro Auditivo a pontuao mxima de 30 pontos. No

    quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 30 e 23 pontos; no

    quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 22 e 20 e, no

    quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 19 e 06 pontos.

    Na sesso Baixa Energia/Fraco a pontuao mxima de 30 pontos.

    No quadrante desempenho tpico, a criana pontua entre 30 e 26 pontos; no

    quadrante diferena provvel, a pontuao varia entre 25 e 24 e, noquadrante diferena clara, a pontuao varia entre 23 e 06 pontos.

    E finalmente na sesso Sensibilidade Visual/Auditiva, a pontuao

    mxima de 25 pontos. No quadrante desempenho tpico, a criana pontua

    entre 25 e 19 pontos; no quadrante diferena provvel, a pontuao varia

    entre 18 e 16 e, no quadrante diferena clara, a pontuao varia entre 15 e

    05 pontos.

    A pontuao mxima na somatria das sesses de 190 pontos. considerado desempenho tpico a somatria de pontuao entre 190 e 155

    pontos; considerado diferena provvel a somatria de pontuao entre

    154 e 142 pontos e ainda considera-se diferena clara, a somatria de

    pontuao entre 141 e 38 pontos.

    Caso a criana apresente pontuao dentro do quadrante diferena

    provvel ou diferena clara, necessria uma maior investigao e posterior

    interveno.

    Os dados descritos no SSP so encontrados na avaliao de Dunn

    publicada em 1999, conforme apresentado por Goodrich (2010).

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    19/84

    19

    Portanto, baseado no fato de que a Integrao Sensorial representa

    um avano para a prtica da Terapia Ocupacional e que a terapia de IS

    conforme diz Oliveira (2011), relevante para a independncia e a

    autonomia da criana medida que ela cresce e participa de vrios

    ambientes sociais, surgiu o interesse por esse trabalho.

    Esta pesquisa tem o objetivo de demonstrar a importncia da Terapia

    Ocupacional com base na terapia de integrao sensorial para os

    atendimentos de crianas em tratamento psiquitrico e com idade entre

    cinco e onze anos.

    O trabalho fundamenta-se em uma pesquisa de campo a fim de

    apresentar os dados estatsticos relacionados ao perfil sensorial dascrianas atendidas no Hospital de Clnicas da Faculdade de Medicina de

    Marlia da Unidade So Francisco de Assis, ancorando-a em referencial

    terico.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    20/84

    20

    2 OBJETIVOS

    2.1 Objetivo Geral

    Conhecer o perfil sensorial de crianas em tratamento psiquitrico

    com idade entre cinco e onze anos, atendidas no Hospital de Clnicas da

    Faculdade de Medicina de Marlia.

    2.2 Objetivos Especficos

    - Melhorar a assistncia prestada pela Terapia Ocupacional s

    crianas e aos familiares atendidos na Unidade Psiquitrica e no

    Ambulatrio de Sade Mental do HC III da FAMEMA;- Propor a implantao de uma sala de integrao sensorial que

    auxiliar no tratamento das crianas internadas na Unidade Psiquitrica e no

    Ambulatrio de Sade Mental do HC III da FAMEMA;

    - Iniciar precocemente o tratamento do transtorno de integrao

    sensorial no HCIII da FAMEMA junto s crianas atendidas na unidade de

    cuidado psiquitrica e no programa infantil do ambulatrio de sade mental.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    21/84

    21

    3 MTODO

    A partir da observao da prtica clnica com crianas em

    atendimento psiquitrico internadas em enfermaria de hospital geral, o

    posterior encaminhamento das mesmas para o ambulatrio de sade mental

    na ocasio da alta hospitalar, os comentrios das mes, referentes ao

    comportamento de seus filhos durante a internao, como acompanhantes

    deles e de discusso de casos com a terapeuta ocupacional que atende no

    programa infantil do ambulatrio de sade mental, surgiu a necessidade de

    investigar o perfil sensorial das crianas entre cinco e onze anos atendidas

    no HC da FAMEMA, na unidade So Francisco de Assis.Para Minayo (1996), nada pode ser intelectualmente um problema, se

    no tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prtica.

    As questes da investigao esto, portanto, relacionadas a

    interesses e circunstncias socialmente condicionadas. So frutos de

    determinada insero no real, nele encontrando suas razes e objetivos, diz

    Minayo (1996).

    Para Cassab (2007), a pesquisa cientfica pode ser entendida comoforma de observar, verificar e explanar fatos para os quais o homem

    necessita ampliar sua compreenso, ou testar a compreenso que j possui.

    O trabalho caracterizou-se como pesquisa de campo, realizada com

    pais ou responsveis de crianas em tratamento psiquitrico por meio da

    aplicao do Perfil Sensorial Abreviado (Anexo 2).

    A pesquisa aconteceu no perodo de janeiro a maro de 2012, aps

    aprovao do comit de tica, comprovado com o protocolo n 1397/11(Anexo 3) e assinatura dos responsveis de um termo de consentimento

    esclarecido (Anexo 1).

    O atendimento infantil na unidade So Francisco de Assis do HC da

    FAMEMA direcionado pelo Programa Infantil do Ambulatrio de Sade

    Mental e, quando necessrio, realizada a internao psiquitrica na

    enfermaria do hospital geral, localizada no mesmo prdio.

    Foi entregue aos pais ou responsveis no momento que chegavam

    recepo do ambulatrio de sade mental, uma cartilha ilustrativa que

    explicou sobre integrao sensorial e os indicadores de disfuno de

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    22/84

    22

    integrao sensorial (Apndice A). Desta forma, foi possvel abord-los e

    explicar sobre a pesquisa realizada, verificando o interesse em participar da

    mesma enquanto aguardavam atendimento com a equipe.

    Para aqueles que estavam na enfermaria psiquitrica do hospital

    geral, o material foi entregue e, ao demonstrarem interesse em participar da

    pesquisa, a avaliao ocorria em seguida.

    3.1 Participantes

    Para o pai ou responsvel participar da pesquisa foi exigido que a

    criana estivesse em tratamento no Ambulatrio de Sade Mental ouinternada na Unidade Psiquitrica em hospital geral do Hospital So

    Francisco de Assis da Faculdade de Medicina de Marlia e ter idade entre

    cinco e onze anos. Alm disso, foi solicitada a assinatura do termo de

    consentimento, como mencionado anteriormente (Anexo 1).

    A pesquisa foi realizada utilizando o mtodo estatstico, numa

    amostragem simples e aleatria. A criana participante ser identificada com

    a letra CP.

    3.2 Instrumento de Pesquisa

    A pesquisa foi direcionada a conhecer o perfil sensorial das crianas

    em tratamento psiquitrico com idade entre cinco e onze anos.

    Para isso foi aplicado o Perfil Sensorial Abreviado proposto por Dunn

    em 1999 e apresentado por Goodrich (2010) conforme (Anexo 2); ummtodo de avaliao padronizado para mensurar as habilidades de

    processamento sensorial e estimar seu efeito no desempenho funcional do

    dia a dia.

    Ele consiste em questionrios baseados no julgamento do cuidador e

    cada item descreve as respostas do indivduo em vrias experincias

    sensoriais. O Perfil Sensorial de Dunn avalia somente os problemas de

    modulao (GOODRICH, 2010).

    importante ressaltar que foi usado em uma traduo livre, mas

    autorizada do ingls para o portugus (GOODRICH, 2010).

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    23/84

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    24/84

    24

    Essa me tambm me da segunda CP que tem 7 anos,

    encontrava-se em atendimento no ASM e j passou por internao

    psiquitrica na mesma enfermaria.

    Na ocasio da pesquisa, foi tentado aplicar o Perfil Sensorial

    Abreviado em seus dois filhos, porm, o menino tambm precisou

    permanecer internado devido ao quadro de agitao psicomotora e

    agressividade. Como no foi possvel intern-lo na mesma enfermaria

    psiquitrica que sua irm, ento foi realizada a internao dele no Hospital

    Psiquitrico de Marlia.

    Tal fato dificultou a presena dessa me no local da pesquisa, durante

    o perodo da coleta de dados, porm, importante ressaltar que elademonstrou interesse imediato em participar da entrevista e fornecer

    informaes referentes aos dois filhos, quando a pesquisadora explicou o

    objetivo da coleta de dados.

    3.4 Local da Pesquisa

    A Unidade Psiquitrica tem 18 leitos e objetiva o cuidado integral aospacientes com transtornos mentais na fase aguda da doena, em regime de

    internao. Aps a melhora e alta hospitalar, a criana realiza

    acompanhamento no Ambulatrio de Sade Mental.

    A Unidade Psiquitrica iniciou sua atividade com a internao de

    pacientes adultos. Quando h necessidade de internao psiquitrica infantil

    realizada na mesma unidade, porm, o paciente infantil deve estar

    acompanhado por um responsvel. Nos casos de internao infantil pordeterminao judicial, nem sempre h acompanhantes.

    A equipe da Unidade Psiquitrica composta por mdico psiquiatra,

    residentes da psiquiatria e da residncia multiprofissional, enfermeiros,

    psiclogo, assistente social, aprimorandos de enfermagem e de psicologia e

    terapeuta ocupacional.

    O programa infantil do Ambulatrio de Sade Mental atende crianas

    e adolescentes at 17 anos, com diversas patologias psiquitricas.

    A equipe do ASM do programa infantil, alm de receber os

    encaminhamentos da Unidade Psiquitrica do Hospital So Francisco - HCIII

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    25/84

    25

    aps a alta hospitalar, tambm recebe encaminhamentos pelo sistema de

    agendamento via Central de Vagas, sob a gesto da Secretaria Municipal de

    Sade de Marlia e via Pronto Socorro do Hospital das Clnicas - Unidade

    Clnico-Cirrgico, o HCI, onde realizado o atendimento a crises.

    A Terapia Ocupacional do programa infantil do ambulatrio de sade

    mental atende as crianas encaminhadas pela equipe multiprofissional do

    programa e pela Neurologia infantil.

    A equipe do ASM composta por mdicos psiquiatras, residentes da

    Psiquiatria, enfermeiro, psiclogos, assistente social e terapeuta

    ocupacional, alm de aprimorandos da Psicologia.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    26/84

    26

    4 ANLISE DOS RESULTADOS

    Os resultados obtidos com a pesquisa so apresentados abaixo,

    sendo comentado cada item da avaliao e a incidncia do comportamento

    assinalado pela me ou responsvel durante a avaliao do Perfil Sensorial

    Abreviado.

    Para melhor compreenso e anlise dos dados, eles sero

    apresentados em tabelas, indicando a frequncia assinalada. Essa

    frequncia a mesma apresentada no teste e so compostas por: Sempre,

    Frequentemente, Ocasionalmente, Raramente e Nunca.

    As tabelas 01 a 38 representam os itens da avaliao em suasrespectivas sesses, as tabelas 39 e 40, demonstram os resultados finais

    dos perfis das crianas avaliadas e a tabela 41 apresenta os diagnsticos

    segundo CID aps avaliao das equipes que atendem as crianas

    participantes da pesquisa.

    No houve ocasio em que o responsvel pelo preenchimento no

    soube responder o item da avaliao, por nunca ter observado o

    comportamento na criana ou por acreditar que no se aplicava a suacriana, por isso no foi necessrio sinalizar em todos os campos referentes

    a determinado item.

    interessante ressaltar que a maioria das mes ou responsveis pela

    criana em tratamento na Unidade So Francisco de Assis da FAMEMA,

    demonstrou interesse imediato em participar da pesquisa ao serem

    abordadas pela pesquisadora. Mesmo aps o trmino do perodo da coleta

    de dados, a pesquisadora foi procurada por outras mes interessadas naaplicao do teste em seus filhos.

    O primeiro aspecto a ser avaliado no teste referente Sensibilidade

    Ttil e compreende as tabelas de 01 a 07.

    Momo; Silvestre; Graciani (2011) os receptores do sistema ttil esto

    localizados na pele e fornecem dados para a defesa e discriminao, que

    informam para o SNC sobre a qualidade dos objetos (texturas, consistncia,

    peso, tamanho, volume, temperatura).

    As sensaes tteis influenciam diretamente as reaes ao ambiente,

    uma vez que, de conduo rpida, esses estmulos alertam o SNC sobre os

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    27/84

    27

    perigos e condies ambientais (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    Para Momo; Silvestre; Graciani (2011) o contato com a pele, a

    manipulao de objetos diferenciados, as variaes de temperaturas ou os

    estmulos dolorosos sensibilizam os receptores tteis.

    O sistema ttil influencia na percepo do corpo (partes do corpo,

    proporcionalidade, conceito de quantidade e posicionamento das partes em

    relao ao todo) e no planejamento motor (habilidade de antecipar, organizar

    e coordenar movimentos de forma harmoniosa) (MOMO; SILVESTRE;

    GRACIANI, 2011).

    O referencial terico justifica este aspecto da avaliao.

    Tabela 01 - Item 01 do perfil sensorial de Dunn

    DEMONSTRA IRRITAO DURANTE TAREFAS DE HIGIENE (LUTA, CHORA PARA

    CORTAR CABELOS, UNHAS, ETC)

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 17

    FREQUENTEMENTE 06

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 04NUNCA 15

    TOTAL 48

    Foi constatado que a maioria das crianas participantes luta para

    realizar as tarefas de higiene (tabela 01). Segundo informaes das mes,

    as crianas demoram a entrar no banho e evitam escovar os dentes. Outras

    no suportam cortar o cabelo, pois demonstram medo de machucar-se

    atravs desse ato. Os responsveis disseram que o medo no tem relao

    com fatos anteriores, porm observam que relacionado ao contato da pele

    com o pente por exemplo. O mesmo foi relatado em relao tesoura para

    cortar as unhas.

    No item 02 (tabela 02), um aspecto que chamou ateno que duas

    mes que relataram que os filhos Nunca trocam as roupas, dependendo do

    calor ou frio, relatam que as roupas so escolhidas por elas, pois as crianas

    no sabiam definir a roupas adequadas condio climtica. Em relao a

    esse item ainda, outra me colocou maior enfoque ao aspecto do filho

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    28/84

    28

    sempre preferir roupa de manga curta mesmo quando est frio. Esta me

    relata que no sabe bem o motivo que leva a criana a apresentar esse

    comportamento, pois antes achava que ele no sentia frio, mas j observou

    situaes em que o mesmo demonstrava frio, com o corpo tambm frio

    como a temperatura do ambiente. Comeou a achar que poderia ser devido

    ao toque dos tecidos das roupas nos braos do filho.

    Tabela 02 - Item 02 do perfil sensorial de Dunn

    PREFERE ROUPA DE MANGA COMPRIDA QUANDO EST CALOR OU MANGA CURTA

    QUANDO EST FRIO

    MARCADORES FREQUNCIASEMPRE 08

    FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 07

    RARAMENTE 05

    NUNCA 26

    TOTAL 48

    Tabela 03 - Item 03 do perfil sensorial de Dunn

    EVITA FICAR DESCALO PRINCIPALMENTE NA GRAMA OU AREIA

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 07

    FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 02

    RARAMENTE 03

    NUNCA 34

    TOTAL 48

    Apesar do item 03 (tabela 03) ter maior incidncia de Nunca, as

    crianas evitarem ficar descalas, houve relatos de pais que observam esse

    comportamento nos seus filhos. Em algumas situaes, as crianas que

    Sempre evitam ficar descalas, segundo os pais, s vezes at choram

    quando os ps descalos tocam a superfcie.

    O mesmo foi observado pelos pais no item 04 (tabela 04) em relao

    ao item anterior. Porm, houve relatos de que, quando no era observado o

    choro na criana, observavam maior isolamento dela, aps o toque, ou

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    29/84

    29

    outras vezes reagindo com agressividade verbal ou quebrando objetos,

    principalmente em momentos em que no esperavam o contato ou no

    estavam receptivos ao toque.

    Tabela 04 - Item 04 do perfil sensorial de Dunn

    REAGE EMOCIONAL OU AGRESSIVAMENTE AO SER TOCADO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 10

    FREQUENTEMENTE 05

    OCASIONALMENTE 11

    RARAMENTE 03

    NUNCA 19

    TOTAL 48

    Tabela 05 - Item 05 do perfil sensorial de Dunn

    ESCONDE-SE DE RESPINGOS DE GUA

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 03

    FREQUENTEMENTE 00

    OCASIONALMENTE 02

    RARAMENTE 01

    NUNCA 42

    TOTAL 48

    Esse comportamento discutido no item 05 (tabela 5) foi pouco

    observado nos relatos dos pais, que informam que a maioria das crianas

    participantes gosta de brincar com gua, porm, algumas crianas que

    costumam se esconder dos respingos de gua, tambm demonstram medo

    de chuva.

    J a dificuldade em permanecer prximo a outros em fila, foi apontada

    pelos pais devido dificuldade dos filhos em permanecerem quietos por

    muito tempo fazendo a mesma coisa, discutido no item 06 (tabela 06).

    Em relao ao item 07 (tabela 07), os pais informam que as crianas

    participantes que apresentam esse comportamento demonstram nojo do

    toque, seja um beijo no rosto ou aperto de mo.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    30/84

    30

    Tabela 06 - Item 06 do perfil sensorial de Dunn

    TEM DIFICULDADE EM FICAR PRXIMO A OUTROS EM FILA

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 16FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 01

    NUNCA 25

    TOTAL 48

    Tabela 07 - Item 07 do perfil sensorial de Dunn

    ESFREGA OU APAGA O LUGAR ONDE FOI TOCADOMARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 07

    FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 08

    RARAMENTE 05

    NUNCA 25

    TOTAL 48

    O segundo aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado

    Sensibilidade a Gosto e ao Olfato e compreendem as tabelas de 08 a 11.

    Conforme as autoras Momo; Silvestre; Graciani (2011), crianas com

    hipersensibilidade geralmente no gostam de determinados alimentos por

    causa da textura e so muito seletivas para comer.

    J as crianas hipossensveis costumam colocar objetos no

    comestveis na boca e/ou no costumam fazer restries a nenhum sabor.

    No item 08 (tabela 08), apenas trs crianas participantes

    demonstram maior sensibilidade ao gosto do alimento. Os alimentos

    considerados parte da dieta infantil foram: bala, chocolate, iogurte, bolacha

    recheada, salgadinhos, chicletes, entre os mais comuns.

    Apesar de a minoria das crianas participantes no item 09 (tabela 09)

    comerem apenas determinado sabor de alimentos, seja na modalidade

    Sempre ou Frequentemente, os sabores que mais se destacaram foram:

    apenas salgado em um relato, apenas doce em outro relato, em dois relatos

    os pais informaram salgados e doces.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    31/84

    31

    Uma me, porm, relatou que apesar de seu filho no se restringir a

    nenhum sabor de alimento, tambm costuma colocar coisas no comestveis

    na boca e j houve situaes em que presenciou o filho comendo fezes.

    Tabela 08 - Item 08 do perfil sensorial de Dunn

    EVITA CERTOS GOSTOS OU ALIMENTOS QUE SO PARTE DA DIETA INFANTIL

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 03

    FREQUENTEMENTE 01

    OCASIONALMENTE 01

    RARAMENTE 03

    NUNCA 40

    TOTAL 48

    Tabela 09 - Item 09 do perfil sensorial de Dunn

    COME APENAS ALGUNS SABORES

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 08

    FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 02

    RARAMENTE 05

    NUNCA 31

    TOTAL 48

    Tabela 10 - Item 10 do perfil sensorial de Dunn

    LIMITA-SE A CERTAS TEXTURAS / TEMPERATURA

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 07

    FREQUENTEMENTE 01

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 08

    NUNCA 29

    TOTAL 48

    Em relao ao item 10 da avaliao (tabela 10), a me que informou

    que seu filho Frequentemente limita-se a determinada temperatura, informa

    que sua preferncia alimento gelado, sendo lquido ou slido. No marcador

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    32/84

    32

    Ocasionalmente dos trs casos, duas mes relataram que ocasionalmente

    seus filhos tambm se limitam a alimentos gelados e esses so alimentos

    lquidos ou slidos. No marcador Sempre dos sete casos, trs mes

    informam que sempre seus filhos limitam-se a alimentos frios ou gelados que

    podem ser lquidos ou slidos e outras trs mes informam que seus filhos

    sempre se limitam a alimentos quentes, sendo lquidos ou slidos. Ainda no

    marcador Sempre, trs mes informam que seus filhos sempre se limitam a

    alimentos quentes, duas crianas tambm se limitam a alimentos slidos,

    isto , somente comem alimentos quentes e slidos.

    Tabela 11 - Item 11 do perfil sensorial de DunnENJOADO PARA COMER, ESPECIALMENTE TEXTURA DE ALIMENTOS

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 06

    FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 06

    NUNCA 31

    TOTAL 48

    Nesse item 11 (tabela 11), as mes informaram que, caso seus filhos

    comam alimentos que no gostam, podem at vomitar. Entre eles esto

    duas crianas que as mes marcaram Sempre no teste. Destas crianas,

    uma comea a sentir nusea ao comer feijo e verduras, a outra tem

    nuseas com alimentos pastosos. Uma criana que Frequentemente fica

    enjoado para comer, a me informa que seu filho alimenta-se pouco durante

    o dia, s vezes passa at um dia sem alimentar-se e, quando forado a

    comer, apresenta nuseas.

    interessante observar que dentre as crianas participantes da

    pesquisa uma criana que Raramente fica enjoado para comer alrgico a

    conservantes e corantes, sendo essa a justificativa para tal comportamento,

    principalmente quando come pudim.

    O terceiro aspecto a ser avaliado no teste referente Sensibilidade

    a Movimento e compreendem as tabelas de 12 a 14.

    Os receptores do sistema vestibular, responsveis pelo movimento

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    33/84

    33

    corporal esto no labirinto, localizados no ouvido interno, e estimulados por

    movimentos da cabea, pois informam a posio da cabea em relao

    gravidade e ao espao (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    De acordo com Momo; Silvestre; Graciani (2011), subir, descer,

    escorregar, girar, rodar, balanar so movimentos que estimulam os

    receptores vestibulares.

    Tabela 12 - Item 12 do perfil sensorial de Dunn

    FICA NERVOSO OU ABORRECIDO QUANDO OS PS SAEM DO CHO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 03FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 00

    NUNCA 39

    TOTAL 48

    No item 12 (tabela 12) mesmo a maioria das crianas participantes

    Nunca ficando nervosas ou aborrecidas quando os ps no tocam o cho,as mes que relataram que seus filhos Sempre se aborrecem ou ficam

    nervosos, explicam que tal comportamento observado ao levantar a

    criana pelo prprio corpo e ainda mais quando sugerido que subam em

    locais no to altos como numa cadeira por exemplo. Uma me relata que o

    filho chora, ou se esconde e j houve situaes em que ficou agressivo.

    Tabela 13 - Item 13 do perfil sensorial de Dunn

    MEDO DE CAIR OU ALTURA

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 10

    FREQUENTEMENTE 04

    OCASIONALMENTE 05

    RARAMENTE 03

    NUNCA 26

    TOTAL 48

    Nesse item 13 (tabela 13) continua aparecendo Nunca como o

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    34/84

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    35/84

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    36/84

    36

    com maior frequncia, somando 25 casos.

    Tabela 17 - Item 17 do perfil sensorial de Dunn

    FICA MUITO AGITADO EM ATIVIDADES DE MOVIMENTO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 25

    FREQUENTEMENTE 06

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 02

    NUNCA 11

    TOTAL 48

    Apenas uma me que assinalou o marcador Nunca informou que para

    seu filho as atividades que envolvem movimento como: andar de bicicleta,

    brincar no gira - gira, no balano, com skate entre outras, quanto mais lento

    melhor, o que contradiz a maioria nesses casos.

    Tabela 18 - Item 18 do perfil sensorial de Dunn

    TOCA PESSOAS E OBJETOSMARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 24

    FREQUENTEMENTE 06

    OCASIONALMENTE 07

    RARAMENTE 02

    NUNCA 09

    TOTAL 48

    Outra vez o marcador Sempre nesse item 18 (tabela 18) aparece com

    o maior nmero de incidncia, somando 24 casos.

    Essas crianas participantes sempre esto explorando os ambientes e

    objetos, no permanecem quietas ou sentadas por perodos prolongados,

    segundo os relatos dos pais ou responsveis.

    Nesse item 19 (tabela 19), o marcador Nunca aparece com maior

    nmero de incidncia, somando 19 casos. Uma me inclusive relata que seu

    filho tem nojo da sujeira e sempre est se limpando.

    Entretanto, em segundo lugar aparece o marcador Sempre, o que

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    37/84

    37

    demonstra um dficit nesse processamento sensorial e na percepo.

    Para Momo; Silvestre; Graciani (2011), a percepo um auxiliar na

    compreenso do que se ouve, v, toca, experimenta e cheira.

    Tabela 19 - Item 19 do perfil sensorial de Dunn

    NO PARECE NOTAR QUANDO O ROSTO E MOS ESTO SUJOS

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 16

    FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 08

    RARAMENTE 02

    NUNCA 19

    TOTAL 48

    Tabela 20 - Item 20 do perfil sensorial de Dunn

    PULA DE UMA ATIVIDADE PARA OUTRA DE MODO QUE INTERFERE COM O BRINCAR

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 31

    FREQUENTEMENTE 04

    OCASIONALMENTE 05

    RARAMENTE 03

    NUNCA 05

    TOTAL 48

    Um aspecto bem interessante e referente a esse item 20 (tabela 20)

    a alta incidncia no marcador Sempre, com 31 casos relacionados

    dificuldade em manter-se com um brinquedo e/ou em uma atividade de

    modo que interfere no brincar, pois segundo informaes das autoras Momo;

    Silvestre; Graciani (2011), as crianas com Transtorno de Processamento

    Sensorial geralmente so ansiosas ou parecem estar em alerta o tempo todo

    e no conseguem manter a ateno em uma nica atividade.

    As autoras Momo; Silvestre; Graciani (2011) completam que crianas

    com hipossensibilidade ao toque no exploram o brinquedo e no criam

    brincadeiras.

    J as crianas hipersensveis sempre buscam estimulao no

    ambiente, tocando vrios objetos, procurando sensaes diferentes o tempo

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    38/84

    38

    todo (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    As crianas hipersensveis tambm no toleram muito tempo o

    mesmo estmulo, pois se cansam e se desinteressam com facilidade, por

    isso precisam estar manuseando algum objeto ou tocando pessoas (MOMO;

    SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    Tabela 21 - Item 21 do perfil sensorial de Dunn

    DEIXA A ROUPA TORCIDA NO CORPO

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 09

    FREQUENTEMENTE 05

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 11

    NUNCA 20

    TOTAL 48

    Nesse item 21 (tabela 21), o marcador Nunca aparece com 20 casos,

    seguido de Raramente, Sempre, Frequentemente e Ocasionalmente. Porm,

    chama a ateno os casos de Sempre com 09 crianas e Frequentementecom 05 crianas, que no percebem a roupa torcida no corpo.

    Conforme Momo; Silvestre; Graciani (2011), crianas com

    hipossensibilidade ao toque no sabem o que esto tocando, no

    conseguem saber exatamente onde foram tocadas e no identificam um

    objeto pelo tato sem olhar para ele.

    J as crianas hipersensveis no toleram por muito tempo o mesmo

    estmulo, por isso logo percebem o incomodo e reclamam (MOMO;

    SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    O quinto aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado ao Filtro

    Auditivo e compreende as tabelas de 22 a 27.

    A percepo auditiva compreende a capacidade da localizao

    espacial do som, de discriminao de diversos sons, de habituao sonora e

    sequenciamento. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011, p.22).

    Ainda Momo; Silvestre; Graciani (2011), dizem que a capacidade de

    habituao sonora que permite desligar a ateno de sons e rudos de fundo

    e o sequenciamento a habilidade de repetio do que se ouve, na ordem

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    39/84

    39

    correta.

    Neste item 22 (tabela 22), o marcador Sempre aparece com 28 casos,

    na sequncia, o marcador Frequentemente com 12 casos e depois

    empatados com 04 casos cada, os marcadores Ocasionalmente e Nunca.

    Tabela 22 - Item 22 do perfil sensorial de Dunn

    DISTRAI-SE OU TEM DIFICULDADE EM FUNCIONAR SE H BARULHO DE FUNDO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 28

    FREQUENTEMENTE 12

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 00

    NUNCA 04

    TOTAL 48

    Os pais relataram que sempre que os filhos precisam realizar

    qualquer tarefa em casa, necessrio desligar a TV ou rdio, para evitar a

    distrao deles, porm, quando surge qualquer barulho na rua, na casa de

    vizinhos, latidos de cachorro na rua ou qualquer outro barulho de fundo, issoatrapalha seus filhos na realizao das tarefas cotidianas.

    Novamente neste item 23 (tabela 23) o marcador Sempre aparece

    com maior incidncia, somando 29 casos, seguido do marcador

    Frequentemente com 12 casos, depois o marcador Ocasionalmente com 04

    casos e o marcador Nunca com 03 casos.

    Os pais relatam que na maioria das vezes quando os filhos esto

    assistindo TV e os chamam, parecem no ouvir o que foi dito, sendo

    necessrio cham-los vrias vezes. Houve relatos de pais que tambm

    informaram que os filhos so teimosos em vrios comportamentos e

    parecem no ouvir os limites colocados ou as orientaes passadas por

    eles.

    O item 24 (tabela 24) apresenta-se da seguinte maneira: o marcador

    Sempre soma 28 casos, seguido do marcador Frequentemente com 09

    casos, depois do marcador Ocasionalmente com 06 casos. Na sequncia,

    aparece o marcador Nunca com 04 casos e, por ltimo, o marcador

    Raramente com apenas 01 caso.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    40/84

    40

    Razes semelhantes ao item 22 do Perfil de Dunn foram relatadas

    novamente pelos pais ou responsveis.

    Tabela 23 - Item 23 do perfil sensorial de Dunn

    PARECE NO OUVIR O QUE FOI DITO

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 29

    FREQUENTEMENTE 12

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 00

    NUNCA 03

    TOTAL 48

    Tabela 24 - Item 24 do perfil sensorial de Dunn

    ITEM 24NO CONSEGUE TRABALHAR COM BARULHO DE FUNDO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 28

    FREQUENTEMENTE 09

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 01NUNCA 04

    TOTAL 48

    Tabela 25 - Item 25 do perfil sensorial de Dunn

    TEM DIFICULDADE DE COMPLETAR TAREFAS COM O RDIO LIGADO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 26

    FREQUENTEMENTE 10OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 00

    NUNCA 09

    TOTAL 48

    Nesse item 25 (tabela 25), o marcador Sempre soma 26 casos,

    seguido dos marcadores Frequentemente com 10 casos e Nunca com 09

    casos. Na sequncia, aparece com 03 casos o marcador Ocasionalmente.

    J o marcador Raramente no foi mencionado por nenhum entrevistado.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    41/84

    41

    Novamente repetem as razes apresentadas no item 22 do Perfil

    Sensorial de Dunn.

    Tabela 26 - Item 26 do perfil sensorial de Dunn

    NO RESPONDE AO SER CHAMADO PELO NOME (AUDIO NORMAL)

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 15

    FREQUENTEMENTE 06

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 04

    NUNCA 17

    TOTAL 48

    Segundo informao coletada com os pais ou responsveis, nenhuma

    criana participante apresenta problema auditivo (item 26, tabela 26). Para

    esse item, o marcador Nunca aparece com maior incidncia contando 17

    casos, depois aparece o marcador Sempre somando 15 casos, seguido dos

    marcadores Frequentemente e Ocasionalmente com 06 casos empatados e

    por ltimo o marcador Raramente com 04 casos.Os pais ou responsveis justificam novamente que enquanto os filhos

    assistem TV costumam no responder quando chamados pelo nome.

    Uma me, entretanto, que assinalou o marcador Nunca, disse que a

    famlia apelidou o filho, mas como ele no gosta do apelido somente

    responde quando o chamam pelo nome. No momento da entrevista, ela no

    fala o apelido por reprovao do filho.

    Tabela 27 - Item 27 do perfil sensorial de Dunn

    TEM DIFICULDADE EM PRESTAR ATENO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 26

    FREQUENTEMENTE 10

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 01

    NUNCA 05

    TOTAL 48

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    42/84

    42

    Neste item 27 (tabela 27), o marcador que mais aparece o Sempre

    com 26 casos, seguidos do marcador Frequentemente com 10 casos.

    Depois surgem os marcadores Ocasionalmente com 06 casos, marcador

    Nunca com 05 casos e por ltimo, com apenas um caso o marcador

    Raramente.

    Houve relatos de pais ou responsveis que, alm de observarem a

    dificuldade da criana em prestar a ateno nas tarefas cotidianas em casa,

    j foram informados que o mesmo comportamento ocorre no ambiente

    escolar e que algumas professoras j enviaram relatrio do comportamento

    e da dificuldade de aprendizagem dos seus filhos para a equipe que os

    atende no ASM.O sexto aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado Baixa

    Energia / Fraco e compreende as tabelas de 28 a 33.

    Para Momo; Silvestre; Graciani (2011) crianas com problemas de

    coordenao e baixo planejamento motor desequilibram constantemente,

    apresentam dificuldades com exerccios fsicos e atividades com objetos.

    As crianas com problemas de coordenao e baixo planejamento

    motor no conseguem realizar atividades cotidianas sem auxlio, sodesajeitadas e tropeam facilmente. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI,

    2011).

    Tabela 28 - Item 28 do perfil sensorial de Dunn

    PARECE TER MSCULOS FRACOS

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 05

    FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 00

    RARAMENTE 03

    NUNCA 37

    TOTAL 48

    No item 28 (tabela 28), o marcador que somou mais casos foi o

    Nunca com 37 casos, depois aparece o marcador Sempre com 05 casos e

    empatados os marcadores Raramente e Frequentemente com 03 casos

    cada. O marcador Ocasionalmente no foi mencionado.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    43/84

    43

    Os pais ou responsveis que assinalaram o marcador Nunca

    informam que as crianas sempre esto realizando vrias atividades durante

    o dia e que s vezes eles se cansam de tanto chamar a ateno dos filhos,

    para no se machucarem ou no quebrarem objetos de casa ou os prprios

    brinquedos.

    Um responsvel que assinalou o marcador Raramente informa que a

    CP, quando tinha 6 anos, ficou dias sem alimentar-se, porm, a av que

    morava com a famlia sofreu AVC e logo o quadro clnico da av agravou-se

    e a criana, alm de no se alimentar, no realiza atividades que antes

    costumava desenvolver e ficou muito fraca.

    Tabela 29 - Item 29 do perfil sensorial de Dunn

    CANSA-SE FACILMENTE, ESPECIALMENTE QUANDO MANTM POSIO CORPORAL

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 08

    FREQUENTEMENTE 03

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 03

    NUNCA 31TOTAL 48

    Novamente neste item 29 (tabela 29) o marcador Nunca aparece com

    31 casos, seguido do marcador Sempre com 08 casos, depois empatados

    com 03 casos cada, os marcadores Frequentemente, Ocasionalmente e

    Raramente.

    Nenhuma observao foi realizada pelos entrevistados na pesquisa.

    O marcador que aparece com maior nmero de casos nesse item 30 (tabela

    30) o Nunca com 31 casos, depois aparece o marcador Raramente com 05

    casos e empatados os marcadores restantes com 04 casos cada.

    Foram considerados objetos pesados: balde com gua, cadeira ou

    bacias, sendo os exemplos citados pelos entrevistados.

    Neste item 31 (tabela 31), o marcador Nunca aparece novamente com

    maior incidncia somando 38 casos; em seguida, observam-se os

    marcadores Ocasionalmente e Raramente com 03 casos cada e, por ltimo,

    os marcadores Sempre e Frequentemente com 02 casos cada.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    44/84

    44

    Tabela 30 - Item 30 do perfil sensorial de Dunn

    NO CONSEGUE LEVANTAR OBJETOS PESADOS (EM COMPARAO A OUTRAS

    CRIANAS DA MESMA IDADE)

    MARCADORES FREQU NCIASEMPRE 04

    FREQUENTEMENTE 04

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 05

    NUNCA 31

    TOTAL 48

    Tabela 31 - Item 31 do perfil sensorial de DunnPREENSO FRACA

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 02

    FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 03

    RARAMENTE 03

    NUNCA 38

    TOTAL 48

    Uma me que assinalou o marcador Frequentemente relatou que sua

    criana costuma derrubar as coisas que pega, como por exemplo, copos e

    pratos e, por consequncia, quebra vrios objetos em casa.

    Tabela 32 - Item 32 do perfil sensorial de Dunn

    APIA-SE EM TUDO

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 16

    FREQUENTEMENTE 06

    OCASIONALMENTE 08

    RARAMENTE 00

    NUNCA 18

    TOTAL 48

    No item 32 (tabela 32), o marcador Nunca surge com 18 casos e omarcador Sempre soma 16 casos, depois aparecem os marcadores

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    45/84

    45

    Ocasionalmente com 08 casos e Frequentemente com 06 casos. O

    marcador Raramente no foi mencionado.

    Uma entrevistada que assinalou que sua criana Ocasionalmente

    apoia-se em tudo informou que o filho tem o hbito que comer deitado. Essa

    me, no momento da entrevista, estava muito ansiosa e relatando no saber

    mais o que fazer com o filho devido aos problemas em seu comportamento.

    Ela chora e aguarda agendamento para consulta em breve com a assistente

    social do ASM. Informa que na escola ningum suporta mais o

    comportamento impulsivo e intolerante da criana.

    Tabela 33 - Item 33 do perfil sensorial de DunnBAIXA RESISTNCIA / CANSA-SE FACILMENTE

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 09

    FREQUENTEMENTE 04

    OCASIONALMENTE 04

    RARAMENTE 04

    NUNCA 27

    TOTAL 48

    No item 33, o marcador Nunca aparece com 27 casos, seguido do

    marcador Sempre com 09 casos, depois empatados os marcadores

    Frequentemente, Ocasionalmente e Raramente com 04 casos cada.

    Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre justificou que

    sua criana sofre de asma, sendo esse o motivo dela cansar-se facilmente.

    O stimo aspecto a ser avaliado pelo teste relacionado

    Sensibilidade Visual / Auditiva e compreende as tabelas de 34 a 38.

    Para Carvalho; Torello (2011) a percepo a interpretao de

    sensaes em formas dotadas de significado que ocorrem no crebro. A

    percepo um processo ativo de interao entre o encfalo e o ambiente.

    Perceber envolve, alm de interpretar sensaes, um agir sobre o

    ambiente, mover os olhos, mover a cabea ao ouvir um som ou tocar

    objetos. (CARVALHO; TORELLO, 2011).

    Para se ter a percepo, necessrio antes sentir os estmulos que

    chegam atravs dos canais sensoriais (CARVALHO; TORELLO, 2011).

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    46/84

    46

    Nesse aspecto da avaliao sero considerados os canais auditivos e

    visuais.

    A percepo auditiva, como j foi dito no quinto aspecto dessa

    avaliao, envolve a localizao, a discriminao, sons de fundo e

    sequenciamento.

    Segundo Momo; Silvestre; Graciani (2011) a percepo visual

    compreende a forma, a posio no espao e a figura fundo.

    A forma o conhecimento de tamanho, de textura e da posio de

    objetos (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    A posio no espao envolve a orientao espacial e a percepo da

    posio de um objeto em relao a outro (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI,2011).

    J a figura fundo, a diferena entre dois planos e o sequenciamento

    que segue uma ordem lgica. (MOMO; SILVESTRE; GRACIANI, 2011).

    Tabela 34 - Item 34 do perfil sensorial de Dunn

    RESPONDE DE FORMA NEGATIVA A SONS INESPERADOS OU ALTOS (SECADOR,

    ASPIRADOR, LATIDO)

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 12

    FREQUENTEMENTE 08

    OCASIONALMENTE 05

    RARAMENTE 01

    NUNCA 22

    TOTAL 48

    No item 34 (tabela 34), o marcador Nunca soma 22 casos; emseguida, surge o marcador Sempre com 12 casos, depois o marcador

    Frequentemente com 08 casos, o marcador Ocasionalmente com 05 casos e

    o marcador Raramente aparece com apenas 01 caso.

    As mes que responderam Sempre na entrevista informam que seus

    filhos costumam apresentar comportamento agressivo, tanto autoagressivo

    como heteroagressivo, agitao psicomotora, balanceios de tronco,

    movimentos de mos, movimentos de pescoo e gritos como forma negativaa sons inesperados ou altos.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    47/84

    47

    Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre mencionou que

    mesmo dormindo o filho percebe sons da casa e j aconteceu de acordar

    chorando, mesmo que os sons no sejam to altos. Quando, porm, ocorre

    de surgir sons inesperados ou altos, alm de chorar, o filho fica mais

    agitado.

    Tabela 35 - Item 35 do perfil sensorial de Dunn

    COBRE OS OUVIDOS COM AS MOS PARA PROTEGER DO BARULHO

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 08

    FREQUENTEMENTE 05

    OCASIONALMENTE 08

    RARAMENTE 06

    NUNCA 21

    TOTAL 48

    J no item 35 (tabela 35), o marcador Nunca soma 21 casos, depois

    empatados na incidncia de 08 casos cada aparecem os marcadores

    Sempre e Ocasionalmente, na sequncia surge o marcador Raramente com06 casos e, por ltimo, o marcador Frequentemente que somou 05 casos.

    Nenhuma observao foi realizada pelos entrevistados.

    Tabela 36 - Item 36 do perfil sensorial de Dunn

    INCOMODA-SE COM LUZES DEPOIS QUE OUTROS SE ADAPTARAM

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 04

    FREQUENTEMENTE 02

    OCASIONALMENTE 09

    RARAMENTE 01

    NUNCA 32

    TOTAL 48

    No item 36 (tabela 36), novamente o marcador Nunca aparece com

    maior incidncia, somando 32 casos, seguidos de Ocasionalmente com 09

    casos, depois de Sempre com 04 casos, Frequentemente com 02 casos e

    Raramente com 01 caso.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    48/84

    48

    Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre, justificou que

    seu filho tem fotofobia e usa colrio devido alergia.

    Tabela 37Item 37 do perfil sensorial de Dunn

    OBSERVA TODOS ENQUANTO SE MOVE PELA SALA

    MARCADORES FREQU NCIA

    SEMPRE 26

    FREQUENTEMENTE 05

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 05

    NUNCA 06

    TOTAL 48

    No item 37 (tabela 37), o marcador Sempre teve maior incidncia com

    26 casos, depois surgem empatados os marcadores Nunca e

    Ocasionalmente com 06 casos cada e, por ltimo, empatados os

    marcadores Frequentemente e Raramente com 05 casos cada. Nenhuma

    observao foi feita pelos entrevistados.

    Tabela 38 - Item 38 do perfil sensorial de Dunn

    COBRE OU APERTA OS OLHOS PARA PROTEGER DA LUZ

    MARCADORES FREQUNCIA

    SEMPRE 06

    FREQUENTEMENTE 04

    OCASIONALMENTE 06

    RARAMENTE 04

    NUNCA 28

    TOTAL 48

    No ltimo item do Perfil Sensorial Abreviado (item 38, tabela 38), o

    marcador Nunca somou 28 casos, seguido dos marcadores Sempre e

    Ocasionalmente com 06 casos cada. Depois aparecem novamente

    empatados os marcadores Raramente e Frequentemente com 04 casos

    cada.

    Apenas uma me que assinalou o marcador Sempre justificou que o

    seu filho usa culos devido miopia.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    49/84

    49

    As tabelas 39 e 40 dessa anlise so referentes aos resultados finais

    da pesquisa com os perfis das crianas avaliadas e a somatria dos sete

    escores.

    Tabela 39Perfil sensorial das crianas avaliadas no HC III da Famema

    PERFIL SENSORIAL DAS CRIANAS AVALIADAS NO HC III DA FAMEMA

    SESSES

    AVALIADAS

    DT DP DC TAR

    SENSIBILIDADE TTIL 13 11 24 48

    SENSIBILIDADE A

    GOSTO/OLFATO 37 08 03 48

    SENSIBILIDADE A

    MOVIMENTO 26 11 11 48

    BAIXA RESPONSIVIDADE/

    PROCURA SENSAO 07 05 36 48

    FILTRO AUDITIVO 04 03 41 48

    BAIXA ENERGIA/ FRACO

    24 07 17 48

    SENSIBILIDADE VISUAL/

    AUDITIVA 20 08 20 48

    A partir desta tabela possvel traar o perfil sensorial das crianas

    pesquisadas no HC III da FAMEMA e seu desempenho nas atividades do dia

    a dia distribuda entre as trs modalidades de resultados propostas pelo

    Perfil Sensorial Abreviado de Dunn, que so: Desempenho Tpico (DT),

    Diferena Provvel (DP) e Diferena Clara (DC), pois das 48 entrevistas

    realizadas, que representam o Total de Avaliaes Realizadas (TAR) em

    relao primeira sesso do teste que representa Sensibilidade Ttil,

    observa-se Desempenho Tpico em 13 CPs, Diferena Provvel de

    Desempenho em 11 CPs e Diferena Clara em 24 CPs.

    Em relao segunda sesso do teste que representa Sensibilidade

    a Gosto/Olfato, observa-se Desempenho Tpico em 37 CPs, Diferena

    Provvel de Desempenho em 08 CPs e Diferena Clara em 03 CPs.

    Quanto terceira sesso do teste que representa Sensibilidade a

    Movimento, observa-se Desempenho Tpico em 26 CPs, Diferena Provvel

    de Desempenho em 11 CPs e Diferena Clara em 11 CPs.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    50/84

    50

    Na quarta sesso do teste que representa Baixa Responsividade/

    Procura Sensao, observa-se Desempenho Tpico em 07 CPs, Diferena

    Provvel de Desempenho em 05 CPs e Diferena Clara em 36 CPs.

    A quinta sesso do teste representa Filtro Auditivo e observa-se

    Desempenho Tpico em 04 CPs, Diferena Provvel de Desempenho em 03

    CPs e Diferena Clara em 41 CPs.

    Em relao sexta sesso do teste que representa Baixa Energia/

    Fraco observado Desempenho Tpico em 24 CPs, Diferena Provvel de

    Desempenho em 07 CPs e Diferena Clara em 17 CPs.

    E na ltima sesso do teste que representa Sensibilidade

    Visual/Auditiva, observa-se Desempenho Tpico em 20 CPs, DiferenaProvvel de Desempenho em 08 CPs e Diferena Clara em 20 CPs.

    Assim os itens que aparecem com maior incidncia quanto a

    Diferena Clara de desempenho para as atividades do dia a dia das crianas

    entre cinco e onze anos avaliadas nas unidades que compem a pesquisa

    no HCIII da FAMEMA so: Sensibilidade Ttil (24 casos), Baixa

    Responsividade/Procura Sensao (36 casos) e Filtro Auditivo (41 casos).

    O item Sensibilidade Visual/Auditiva apesar de representar 20 casos, um dado que tambm chama a ateno, pois alm de estar empatado com

    o mesmo nmero de casos de Desempenho Tpico, sua somatria com os

    outros itens de desempenho pode colaborar para dificuldades, sendo

    representadas no resultado final de cada caso avaliado, tanto para Diferena

    Provvel quanto para Diferena Clara.

    Por isso os itens que aparecem com menor incidncia no quadrante

    Diferena Clara como: Baixa Energia/Fraco, Sensibilidade a Movimento eSensibilidade a Gosto/Olfato, podem apresentar relevncia importante na

    anlise individual dos casos, j que na avaliao do Perfil Sensorial

    Abreviado proposta, existe uma somatria por item avaliado que indica quais

    as sesses esto colaborando com maior impacto sobre o desempenho

    funcional da CP.

    No pode ser esquecido que existe ainda uma somatria final de

    desempenho, que demonstra se esse desempenho funcional est

    prejudicado nas atividades cotidianas da CP.

    Esse dado final apresentado na tabela 40 a seguir, com os

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    51/84

    51

    resultados finais dos testes aplicados nos casos da pesquisa.

    Tabela 40Resultado final: escores da pesquisa com pais

    RESULTADOS DA AVALIAO DO PERFIL SENSORIAL DE DUNN

    DESEMPENHO TPICO (190 - 155 PONTOS) 04

    DIFERENA PROVVEL (154 - 142 PONTOS) 09

    DIFERENA CLARA (141 - 38 PONTOS) 35

    TOTAL 48

    A somatria dos escores assinala trs nveis de desempenho, que

    so: desempenho tpico, diferena provvel e diferena clara de

    desempenho.

    Cada nvel de desempenho compreende nveis com pontos mximo e

    mnimo, que so utilizados como parmetros para definir o desempenho da

    criana em relao aos itens questionados.

    Quanto menor a pontuao na avaliao, maior a incidncia de

    transtorno de modulao, ou seja, maior a possibilidade de apresentar um

    transtorno de integrao sensorial.

    Conforme os resultados obtidos com a avaliao do Perfil Sensorial

    Abreviado de Dunn, apenas 04 crianas pesquisadas apresentaram

    desempenho tpico, com pontuao geral entre 190 e 155 pontos.

    As crianas pesquisadas que pontuaram entre 154 e 142 pontos

    apresentaram diferena provvel no desempenho e somaram 09 casos.

    Entretanto a maioria dos casos apresentou diferena clara no

    desempenho, somando 35 casos com pontuao entre 141 e 38 pontos.

    De acordo com as informaes de Goodrich (2010), as crianas comdiferena clara de desempenho devem receber interveno de integrao

    sensorial, mais informaes devem ser coletadas e quanto antes iniciar na

    terapia, melhores os resultados alcanados no tratamento.

    J as crianas que apresentam diferena provvel, aps entrevista

    com pais para avaliao do Perfil Sensorial merecem ateno, mais

    investigao deve ser realizada e a interveno de IS realizada

    (GOODRICH, 2010).A clientela assistida, tanto na unidade psiquitrica como no

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    52/84

    52

    ambulatrio de sade mental, composta por diversas patologias e o motivo

    que levou a criana para tratamento no HC III da Famema, conforme

    informado pelos pais, diverso.

    Entre as queixas relatadas pelos pais observadas em seus filhos

    esto: dificuldade de aprendizagem, hiperatividade, dificuldade na ateno,

    problemas no comportamento que incluem agressividade, agitao,

    intolerncia e dificuldade no relacionamento interpessoal, alm da

    dificuldade para alimentar-se, esto entre as queixas mais citadas.

    Conforme a avaliao da equipe que atende essas crianas, os

    diagnsticos, de acordo com publicao de Caetano;Domingues; Marcolin

    (2008), que mais aparecem nas CPs so apresentados abaixo na tabela 41. necessrio dizer que em dezesseis casos avaliados foram

    informados dois cdigos do CID pelo mdico e/ou outro profissional da

    equipe.

    Esse dado foi obtido atravs de pesquisa no setor de faturamento do

    HCIII da FAMEMA durante o perodo da coleta de dados.

    interessante ressaltar que o diagnstico indicado foi concludo pelo

    mdico psiquiatra que atende o caso e auxiliado pela equipe que participa doatendimento infantil, seja na enfermaria psiquitrica ou no ambulatrio de

    sade mental.

    Tabela 41- Diagnstico segundo CID das crianas assistidas no HCIII da

    Famema

    Cdigo Internacional de Doenas das crianas pesquisadas no HC III da FAMEMA

    CDIGO DIAGNSTICO NMERO DE CASOS

    F02.8 Demncia em outras doenas especficas

    classificadas em outros locais

    01

    F06.8 Outros transtornos mentais orgnicos especificados

    decorrentes de leso e disfuno cerebrais e de

    doena fsica

    03

    F06.9 Transtorno mental decorrente de leso e disfuno

    cerebrais e de doena fsica, no especificado

    01

    F20.0 Esquizofrenia paranide 02

    F20.2 Esquizofrenia catatnica 02F20.9 Esquizofrenia, no especificada 06

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    53/84

    53

    F32 Episdio depressivo 01

    F32.9 Episdio depressivo, no especificado 01

    F33.9 Transtorno depressivo recorrente, no especificado 01

    F41.1 Transtorno de ansiedade generalizada 01F42.2 Transtorno obsessivo-compulsivo com pensamentos

    e atos obsessivos mistos

    02

    F43.2 Transtorno de ajustamento 01

    F50.5 Vmitos associados a outras perturbaes

    psicolgicas

    01

    F50.9 Transtorno alimentar, no especificado 01

    F70 Retardo mental leve 01

    F70.1 Retardo mental leve com comprometimento

    significativo de comportamento requerendo ateno

    ou tratamento

    01

    F70.9 Retardo mental leve sem meno a comprometimento

    de comportamento

    04

    F71 Retardo mental moderado 01

    F71.9 Retardo mental moderado sem meno a

    comprometimento de comportamento

    01

    F89 Transtorno no especificado do desenvolvimento

    psicolgico

    01

    F90.0 Perturbao da atividade e ateno 01

    F90.9 Transtorno hipercintico, no especificado 04

    F91.1 Transtorno de conduta no socializado 01

    F91.3 Transtorno desafiador de oposio 02

    F91.9 Transtorno de conduta, no especificado 07

    F92.0 Transtorno depressivo de conduta 02

    F92.9 Transtorno misto de conduta e emoes, no

    especificado

    02

    F93.0 Transtorno de ansiedade de separao na infncia 01

    F93.8 Outros transtornos emocionais na infncia 10

    F93.9 Transtorno emocional na infncia, no especificado 01

    F95.1 Transtorno crnico de tique motor ou vocal 01

    F95.2 Transtorno de tiques vocais e motores mltiplos

    combinados (Sindrome de Guilles de la Tourette)

    01

    F98.9 Transtornos emocionais e de comportamento com

    incio usualmente ocorrendo na infncia e

    adolescncia, no especificados

    01

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    54/84

    54

    Durante a pesquisa, foi observado que a maioria dos casos est em

    atendimento somente com o mdico e h desconhecimento por esse

    profissional (composto em sua maioria por residentes do terceiro ano da

    psiquiatria no ASM e por residentes do primeiro ano na enfermaria

    psiquitrica) sobre a importncia da interveno da Terapia Ocupacional

    infantil, pois dos 48 casos entrevistados somente 08 j foram atendidos

    pelas terapeutas ocupacionais do servio; destes, 04 casos foram atendidos

    pela terapeuta ocupacional enquanto permaneceram internados.

    A equipe tambm no sabe a respeito dos transtornos de modulao

    sensorial e sobre a interveno da Terapia Ocupacional utilizando a

    abordagem de integrao sensorial, porm, demonstra interesse emconhecer o tema.

    importante ressaltar que se faz necessrio um acompanhamento de

    cada caso participante dessa pesquisa, pois a pesquisadora teve contato

    com os pais apenas no momento da entrevista e no conhece detalhes da

    histria de vida da maioria dos casos, porque no era objetivo dessa

    pesquisa obter informaes dos pronturios das crianas referentes a

    anamnese, avaliaes de outros profissionais, condutas da equipe e realizarintervenes.

  • 7/26/2019 Perfil sensorial das crianas entre.pdf

    55/84

    55

    5 DISCUSSO

    Para Abernethy (2010), nos ltimos 30 anos, terapeutas ocupacionais

    tm pesquisado vrios aspectos da integrao sensorial em pacientes da

    psiquiatria.

    Conforme Abernethy (2010), estudos indicam a presena de

    defensividade sensorial em adultos com problemas de sade mental,

    ligando-os especificamente ao aumento da ansiedade.

    Na maioria dos casos, defensividade sensorial em adultos tem estado

    presente desde a infncia, mas como no foi reconhecida e tratada leva a

    outros problemas quando o indivduo envelhece, diz Abernethy (2010) .Segundo Abernethy (2010), a defensividade sensorial

    frequentemente identificada em pessoas com problemas de sade mental, e

    as causas pensadas envolvem a predisposio gentica e o trauma fsico

    para o corpo.

    Abernethy (2010) completa dizendo que o trauma fsico pode incluir

    um nascimento estressante, abuso fsico, leses acidentais, privao

    sensorial, alergias e doenas.Abernethy (2010), em sua publicao, lembra estudos de casos onde

    os indivduos tinham recebido um diagnstico psiquitrico quando o

    problema subjacente era realmente defensividade sensorial.

    Os diagnsticos que os indivduos receberam eram variados e

    incluram transtorno de ansiedade, transtorno de personalidade borderline,

    transtorno dissociativo e at abuso de lcool. (ABERNETHY,2010).

    Completa Abernethy (2010) que a identificao de defensividadesensorial importante para proporcionar um tratamento eficaz e adequado,

    pois um problema de sade mental pode ser dificultado.

    A partir das evidncias que surgiram nos resultados dessa pesquisa,

    interessante considerar que os transtornos de modulao podem surgir

    nos extremos de um continuum, podendo a criana em tratamento

    psiquitrico apresentar hiper-respostas ou hiporrespostas aos estmulos

    sensoriais.

  • 7/26/2019