OSTEOPATIA DA CAIXA TORÁCICA
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
2
1 - ANATOMIA
O segmento da coluna torácica é formado por 12 vértebras, as quais são
denominadas respectivamente de T1 para a primeira vértebra torácica e seguindo na
seqüência até chegar em T12, correspondente a décima
segunda vértebra torácica.
É desse segmento que partem as costelas no sentido
póstero-anterior articulando-se com as cartilagens costais,
as quais estão unidas ao osso esterno. Suas exceções são
pelas costelas flutuantes (11° e 12°).
A relação desse segmento com as costelas, faz dela
o segmento com a característica de menor mobilidade,
sendo assim a fonte de diversas patologias no nível e
também por relação compensatória.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
3
Essa região tem importância, não só na questão de problemas estáticos, mas também
nas disfunções somáticas viscerais, pela disposição anatômica da cadeia laterovertebral
simpática.
Características das Vértebras Torácicas
A vértebra torácica típica e a décima segunda vértebra torácica
A vértebra torácica típica esta composta pelas mesmas partes que a vértebra lombar,
no entanto existem grandes diferenças morfológicas e funcionais.
Em uma vista desmontada pode-se reconhecer o corpo vertebral cujo diâmetro
transversal é quase igual ao diâmetro ântero-posterior. Na parte póstero-lateral observa-se
uma faceta oval, talhada obliquamente e recoberta de cartilagem: trata-se da faceta articular
costal. Ainda na parte póstero-lateral do corpo vertebral implantam-se os pedículos, a faceta
articular posterior ultrapassa com freqüência a raiz do pedículo. Por detrás do mesmo
implantam-se as lâminas vertebrais, que constituem a maior parte dos arcos posteriores.
Estas lâminas são mais altas do que largas e estão inclinadas em forma de telhas; perto do
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
4
pedículo, sua borda superior dá origem aos processos articulares superiores, que possuem
uma faceta articular ovalada, plana e ligeiramente convexa, recoberta transversalmente por
cartilagem, orientada para trás, ligeiramente para cima e para fora; na parte inferior das
lâminas, sempre perto do pedículo, implantam-se os processos articulares inferiores.
Apresentam em sua face anterior uma faceta articular oval, plana ou ligeiramente
côncava, orientada transversalmente para frente e ligeiramente para baixo e para dentro.
Essas facetas se articulam com as facetas superiores da vértebra subjacente. Na união das
lâminas e dos pedículos, e nos processos articulares, implantam-se os processos
transversos, que se dirigem para fora e ligeiramente para trás, e apresentam um extremo
independente e aumentado, que contém em sua face anterior uma faceta articular
denominada faceta costal que corresponde à tuberosidade costal. As duas lâminas se unem
na linha média e dão origem ao processo espinhoso, volumoso, largo e muito inclinado para
baixo e para trás, com um único tubérculo em seu vértice.
A associação de todos estes elementos forma a vértebra torácica típica.
A décima segunda vértebra torácica (vértebra de transição) apresenta algumas
particularidades:
• Em primeiro lugar, seu corpo vertebral apresenta apenas duas facetas costais
situadas na parte póstero-lateral da meseta superior, para articular com a cabeça da
décima segunda costela;
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
5
• Em segundo lugar, os processos articulares superiores estão orientadas como todas
as facetas articulares das vértebras torácicas (para trás, ligeiramente para cima e
para fora), as facetas articulares inferiores devem corresponder às facetas superiores
da primeira vértebra lombar. Por tanto, a direção é a mesma que das facetas
inferiores de todas as vértebras lombares (orientadas para fora, para frente e com
uma curva transversal ligeiramente convexa).
Sistema Articular e Ligamentar
A união entre os corpos vertebrais é realizada através dos discos intervertebrais, do
ligamento vertebral comum posterior e ligamento vertebral comum anterior.
• Disco intervertebral – tem as mesmas configurações dos segmentos ósseos entre as
quais se interpõem, apresentam um aspecto de lente biconvexa com uma altura de
5mm ao nível dorsal sendo mais alto na sua parte posterior.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
6
• Ligamento comum vertebral anterior – situado na face anterior do corpo vertebral,
na região torácica esse ligamento amplia-se de maneira a cobrir toda a face anterior
do corpo vertebral até a cabeça das costelas, a qual está intimamente aderida, na
face posterior do ligamento há também a ligação entre o corpo vertebral e o disco
intervertebral.
• Ligamento comum vertebral posterior – situado na parte posterior dos corpos
vertebrais, dentro do canal vertebral, estende-se desde o processo basilar do osso
occipital e vai até o sacro, é mais fino que o LCVA e está ricamente inervado pelo
nervo Sinus-Vertebral de Luschka.
Arcos Vertebrais
A união dos arcos é realizada por diversas estruturas sendo elas:
Processos articulares – são unidos por uma cápsula que no nível dorsal é mais denso,
reforçado pelo ligamento posterior (atrás) e pelo ligamento amarelo (frente). Realizam
movimentos de deslizamento.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
7
• Processo transverso – é unido pelos ligamentos intertransversos que se estendem do
extremo de um processo transverso para outro.
• Lâminas – são unidas pelos ligamentos amarelos, os quais se estendem desde a face
profunda da lâmina da vértebra suprajacente a borda superior da lâmina da vértebra
subjacente.
Processos espinhosos – unidos pelos ligamentos:
• Ligamento interespinhoso – em forma de leque, preenchem os espaços
interespinhosos, na anterior, prolongam-se até os ligamentos amarelos, posterior,
confunde-se com o ligamento supraespinhoso.
• Ligamento supraespinhoso – cordão fibroso ímpar e médio que se estende sem
interrupção por toda a coluna, intimamente aderido ao vértice dos processos
espinhosos.
Articulações Costovertebrais
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
8
Em cada segmento da coluna torácica, um par de costelas se articula com as
vértebras:
• Articulação costovertebral – entre a cabeça costal, disco intervertebral e os corpos
vertebrais.
• Articulação costotransversa – entre a tuberosidade costal e o processo transverso da
vértebra subjacente.
Articulação Costovertebral
É uma dobra artródica, constituída em um lado vertebral pelas facetas costais e na
borda inferior da vértebra superior formando entre si um ângulo direto, cujo fundo está
ocupado pelo anel fibroso do disco intervertebral.
Sistema Ligamentar da Articulação Costovertebral
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
9
Um ligamento interósseo que se origina no vértice da cabeça costal entre duas
facetas articulares, fixa-se no disco intervertebral e separam esta articulação, recoberta por
uma cápsula articular única, em duas cavidades articulares distintas, uma superior e uma
inferior.
A articulação costovertebral está reforçada por um ligamento raiado no qual se
distinguem três feixes, um feixe superior e um feixe inferior, que inserem no corpo das
vértebras adjacentes e um feixe médio, que insere no anel fibroso do disco intervertebral.
Articulação Costotransversa
É uma articulação constituída por duas facetas ovaladas, uma no vértice do processo
transverso e outra na tuberosidade costal.
Esta articulação se completa com uma cápsula que é reforçada por três ligamentos
costotransversos.
Sistema Ligamentar da Articulação Costotransversa
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
10
• Ligamento costotransverso interósseo – curto e resistente, se estende desde
processo transverso à face posterior do colo da costela.
• Ligamento constotransverso posterior – feixe retangular que se estende desde o
vértice do processo transverso a parte lateral da tuberosidade costal.
• Ligamento costotransverso superior – espesso, resistente, plano e em forma de
quadrilátero. Estende-se desde o bordo inferior do processo transverso ao bordo
superior do colo da costela subjacente.
Obs: a costela articula-se com a coluna medialmente a duas articulações. Uma articulação
simples representada pela a articulação costotransversa e uma articulação dupla, articulada
de uma forma mais sólida representada pela articulação costovertebral, ambos dotados de
potentes ligamentos.
Sistema Muscular
Camada Superficial:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
11
• Músculo Trapézio Transverso (Médio);
• Músculo Trapézio Ascendente (Inferior);
• Músculo Rombóide Maior;
• Músculo Latíssimo do Dorso;
• Músculo Serrátil Posterior Inferior;
• Músculo Serrátil Posterior Superior.
Músculo Trapézio Transverso (Médio)
Fixações:
• Parte medial, processos espinhosos e ligamentos de C6 a T3;
• Lateralmente, acrômio e aspecto superior da espinha da escápula.
Músculo Trapézio Ascendente (Inferior)
Fixações:
• Parte medial, processos espinhosos e ligamentos de T4 a T12;
• Lateralmente, extremidade medial da espinha da escápula, próximo da fixação
inferior do músculo levantador da escápula.
Ação muscular:
• Eleva a escápula;
• Gira a escápula para cima;
• Retrai a escápula;
• Deprime a escápula;
• Estende a cabeça e o pescoço (bilateralmente);
• Girar a cabeça e o pescoço (unilateralmente);
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
12
Músculo Rombóide Maior
Fixações:
• Superior, processos espinhosos e ligamentos supra-espinhais correspondentes das
primeiras quatro vértebras torácicas;
• Inferior, margem medial da escápula abaixo da espinha.
Ação:
• Traciona a escápula na direção da coluna vertebral.
Músculo Latíssimo do Dorso
Fixações:
• Inferiormente, processos espinhosos das cinco ou seis vértebras torácicas inferiores
e lombares, crista sacral mediana e lábio externo da crista ilíaca;
• Superiormente, com o músculo redondo maior, lábio medial do sulco intertubercular
do úmero.
Ação:
• Aduz o braço, gira-o no sentido medial e o estende.
Músculo Serrátil Posterior Inferior
Fixações:
• Medial e inferiormente, com o músculo latíssimo do dorso, desde os processos
espinhosos das duas vértebras torácicas inferiores e das duas ou três lombares
superiores;
• Lateral e superiormente, margens inferiores das últimas quatro costelas.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
13
Ação:
• Traciona as costelas inferiores para trás e para baixo.
Músculo Serrátil Posterior Superior
Fixações:
• Medialmente, processos espinhosos das duas vértebras cervicais inferiores e das
duas torácicas superiores;
• Lateralmente, ângulo lateral da segunda à quinta costela.
Ação:
• Eleva a segunda a quinta costela para ajudar na inspiração.
Camada Profunda:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
14
• Músculo Longuíssimo do Tórax;
• Músculo Espinal do Tórax;
• Músculo Semiespinal do Tórax;
• Músculo Multífidos;
• Músculos Rotadores.
Músculo Longuíssimo do Tórax
Fixações:
• Inferiormente, processos costiformes das vértebras lombares;
• Superiormente, pontes dos processos transversos de todas as vértebras torácicas e as
ultimas nove ou dez costelas entre seus tubérculos e ângulos.
Ação:
• Estende a coluna vertebral
Músculo Espinal do Tórax
Fixações:
• Inferiormente, processos espinhosos das vértebras lombares superiores e das
torácicas inferiores;
• Superiormente, processos espinhosos das vértebras torácicas médias e superiores.
Ação:
• Sustenta e estende a coluna vertebral.
Músculo Semiespinal do Tórax
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
15
Fixações:
• Inferiormente, processos transversos da quinta à décima primeira vértebra torácica;
• Superiormente, processos espinhosos das quatro primeiras vértebras torácicas e da
quinta e sétima vértebras cervicais.
Ação:
• Estende a coluna vertebral
Músculos Multífidos
Fixações:
• Inferiormente, desde o sacro e o ligamento sacrilíaco, os processos mamilares das
vértebras lombares, os processos transversos das vértebras torácicas e os processos
articulares das ultimas quatro vértebras cervicais;
• Superiormente, processos espinhosos de todas as vértebras incluindo a áxis.
Ação:
• Estende, rotaciona e estabiliza a coluna vertebral.
Músculos Rotadores
Fixações:
• Inferiormente, desde o processo transverso de uma vértebra;
• Superiormente, raiz do processo espinhoso das próximas duas ou três vértebras
acima.
Ação:
• Bilateralmente, extensão da coluna;
• Unilateralmente, rotação das vértebras;
• Propriocepção.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
16
2 - Anatomia Palpatória da Coluna Torácica
Principais vértebras torácicas e sua localização topográfica.
Posição das transversas
55
T1 Y T2 MESMO NIVEL.
T3 A T5 UNA ESPINHOSA MAS ALTA.
T6 A T9 DUAS ESPINHOSAS MAS ALTAS.
T10 A T12 UMA ESPINHOSA MAS ALTA.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
17
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
T12
Inervação motora.Flexor profundo dos dedos, intrínsicos da mão
Intercostais
Intrecostais, Serrátil postero superior
Intercostais, reto abdominal
Intercostais, reto abdominal, oblíquo externo
Intercostais, Serrátil postero superior ,reto abdominal, oblíquo externo e interno, transverso do abdome
Intercostais , reto abdominal, oblíquo externo e interno, transverso do abdome,quadrado lombar, ilio psoas.
3 - Biomecânica da Coluna Torácica
Movimento de Extensão
Generalidades:
O movimento é realizado no plano sagital sobre um
eixo transversal e sua amplitude de movimento é de 30
graus.
Durante o movimento encontra-se:
• Deslocamento para trás da vértebra suprajacente;
• Imbricação das facetas interapofisárias;
• Diminuição do espaço interespinhoso;
• Abertura do espaço intervertebral anterior;
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
18
• Deslocamento do núcleo pulposo para frente.
O movimento é limitado por:
• Esgotamento da imbricação das facetas articulares;
• Choque dos processos espinhosos;
• Tensão do ligamento vertebral comum anterior.
Durante o movimento há o relaxamento de:
• Ligamento vertebral comum posterior;
• Ligamentos amarelos;
• Cápsulas interapofisárias;
• Ligamentos interespinhosos e supra espinhosos.
Há também:
O fechamento de todos os ângulos torácicos (ângulo costovertebral, ângulo
costoesternal superior e inferior, ângulo condroesternal).
Movimento de Flexão
Generalidades:
O movimento é realizado no plano sagital,
sobre um eixo transversal e a amplitude de
movimento é de 40 graus.
Durante o movimento encontra-se:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
19
• Deslocamento para frente da vértebra suprajacente;
• Desimbricação das facetas interapofisárias;
• Aumento do espaço interespinhoso;
• Fechamento do espaço intervertebral anterior;
• Deslocamento do núcleo pulposo para trás.
O movimento é limitado por:
• Tensão dos ligamentos interespinhoso e supraespinhoso;
• Tensão das cápsulas interapofisárias;
• Tensão dos ligamentos amarelos;
• Tensão do ligamento vertebral comum posterior.
Durante o movimento há o relaxamento do:
• Ligamento vertebral comum anterior.
Há também:
A abertura de todos os ângulos torácicos (ângulo costovertebral, ângulo
costoesternal superior e inferior, ângulo condroesternal).
Movimento de Lateroflexão
Generalidades:
O movimento é realizado no plano frontal, sobre
um eixo antero-posterior e sua amplitude de movimento
é de 30 graus.
Durante o movimento encontra-se:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
20
• Deslocamento lateral da vértebra suprajacente;
• Imbricação da faceta interapofisária do lado da concavidade (estado de extensão);
• Desimbricação da faceta interapofisária do lado da convexidade (estado de flexão);
• Deslocamento do núcleo pulposo para o lado da convexidade;
• Processo transverso descendido do lado da concavidade e ascendido do lado da
convexidade.
O movimento é limitado por:
• Tensão da cápsula articular interapofisária do lado da convexidade;
• Tensão do disco intervertebral;
• Tensão do ligamento amarelo;
• Tensão do ligamento interespinhoso.
Na avaliação do tórax do lado da convexidade há:
• Dilatação do tórax;
• Aumento dos espaços intercostais;
• Aumento do ângulo condrocostal da décima costela.
Movimento de Rotação
Generalidades:
O movimento é realizado em um plano
transversal, sobre um eixo vertical e sua amplitude
de movimento é de 30 graus.
Durante o movimento encontra-se:
• A vértebra suprajacente gira para um lado;
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
21
• Imbricação da faceta interapofisária do lado da rotação;
• Desimbricação da faceta interapofisária do lado contrário a rotação;
• Posteriorização do processo transverso do lado da rotação;
• Anteriorização do processo transverso do lado contrário a rotação;
• Processo espinhoso estará posicionado do lado contrário a rotação;
• Há o cisalhamento das fibras do anel discal;
• Há a diminuição da altura do disco.
O movimento é limitado por:
• Embricação da faceta interapofisária do lado da rotação;
• Tensionamento do disco intervertebral;
• Tensionamento de todas as estruturas músculo-ligamentar do lado contrário a
rotação.
Mudanças no nível do tórax:
• Aumento da concavidade costal no lado da rotação;
• Diminuição da concavidade costal do lado contrário;
• Aumento da concavidade condrocostal no lado oposto da rotação;
• Diminuição da concavidade condrocostal no lado da rotação.
4 - Disfunções
Disfunção de Anterioridade (Extensão Bilateral)
Generalidades:
É uma lesão que acomete um grupo vertebral,
geralmente associado a um deslocamento ântero-superior
manifestado por uma zona plana na coluna torácica.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
22
Características:
• Assintomático;
• Gera tensão da dura-máter alterando o sistema crânio-sacro;
• Alteração vasomotora com repercussão visceral;
• Dores referidas relacionadas com os ligamentos interespinhosos;
• Movimentos limitados de flexão e lateroflexão bilateral;
• Geram zonas de hipermobilidade supra e subjacente que dará a sintomatologia.
Zonas freqüentes onde apresenta este tipo de lesão:
• T1 a T4 – pode gerar hipermobilidade no nível de C5 e C6;
• T5 a T6 – dorsalgia, incomodo para realizar a inspiração, disfunções nas costelas;
• T10 a T12 – pode gerar hipermobilidade no nível de L1 e L2;
Disfunção de Posterioridade (Flexão Bilateral- Cifose)
Generalidades:
É uma lesão de um grupo vertebral associada a um deslizamento póstero-inferior.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
23
Características:
• Desembricação bilateral das facetas interapofisárias;
• Aumento dos espaços interespinhosos;
• Deslocamento do disco intervertebral para trás;
• Tensão músculo-ligamentar posterior;
• Costelas posteriores;
• Movimentos limitados de extensão e rotação bilateral;
• Podem gerar zonas de hiperlordose compensatórias a nível cervical e lombar.
Disfunção em ERS
Características:
• A vértebra apresenta um estado de extensão, inclinação e rotação homolateral;
• Lesão de imbricação do lado da concavidade;
• Posterioridade do lado da lesão que aumenta na flexão e diminui na extensão;
• Processo espinhoso do lado da convexidade;
• Espaço interespinhoso mais fechado;
• As costelas do lado da posterioridade se encontram mais baixas e posteriores em
eversão.
Estruturas que fixam a lesão:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
24
• Músculo transverso espinhoso homolateral.
Tipo de dor:
• Dor referida.
Limitação do movimento se dá:
• FRS contralateral.
Disfunção em FRS
Características:
• A vértebra apresenta um estado de flexão, rotação e lateroflexão homolateral;
• Lesão de desembricação do lado da convexidade;
• Posterioridade do lado contrário a lesão que aumenta com a extensão e diminui com
a flexão;
• Processo espinhoso do lado da convexidade;
• Espaço interespinhoso mais aberto;
• As costelas do lado da posterioridade estão mais baixas e posteriores.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
25
Estruturas que fixam a lesão:
• Deslocamento póstero-lateral do núcleo para a convexidade;
• Espasmo do músculo intertransverso da concavidade.
Tipo de dor:
• Dor referida.
Limitação do movimento se dá:
• ERS contralateral.
Disfunção em NRS
Características:
• Disfunção de adaptação, a vértebra apresenta um
estado de posição neutra, rotação e lateroflexão contralateral;
• Etiologia: perna curta, ERS, FRS, Disfunção de sacro.
• Posterioridade do lado da convexidade;
• Costelas anteriores inferiores do lado da concavidade;
• Costelas posteriores e superiores do lado da convexidade;
Limitação do movimento se dá:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
26
• Inclinação lateral contrária.
1- ANATOMIA DAS COSTELAS
Introdução
As costelas fazem parte da caixa torácica, juntamente com as vértebras torácicas,
esterno, cartilagens costais, músculos e fáscias, protegendo assim órgãos vitais como
coração e pulmão.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
27
A caixa torácica está limitada superiormente por estruturas como a traquéia, esôfago
e grandes vasos e nervos. Anteriormente está limitada pelo esterno e posteriormente pela
coluna vertebral. Inferiormente está separado da cavidade abdominal pelo músculo
diafragma.
Parte óssea
Três tipos de costelas:
Verdadeiras: são chamadas assim por se inserirem diretamente no esterno através de suas
próprias cartilagens costais. As 7 primeiras costelas fazem parte desse grupo.
Falsas: são chamadas assim pelo fato de suas cartilagens se unirem a cartilagem da costela
superior indiretamente. A 8ª, 9ª e 10ª costelas fazem parte desse grupo.
Flutuantes: são chamadas assim pois não se conectam ao esterno. A 11ª e a 12ª formam
esse grupo.
Costelas típicas (da 3ª à 9ª)
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
28
Apresentam:
• 2 facetas articulares com o corpo vertebral torácico, uma inferior e outra
superior;
• Cabeça
• Crista: que se encontra entre as duas facetas e que se articula com o disco
intervertebral;
• Colo
• Tubérculo: se articula com o processo transverso e também recebe a inserção
do ligamento costotransverso;
• Corpo
o Ângulo costal: se encontra na parte posterior, local onde se percebem
as assimetrias.
Costelas atípicas (1ª,2ª,10ª,11ª e 12ª)
Por não apresentarem as mesmas características que as outras, em especial a
primeira costela que será melhor detalhada em seu módulo.
Esterno
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
29
É um osso que apresenta uma face anterior convexa e uma posterior côncava.
Apresenta 3 partes:
• Manúbrio:
o apresenta a incisura jugular na sua parte superior, onde se realizam as
traqueostomias.
o lateralmente se articula com as clavículas através das incisuras
claviculares- articulação esternoclavicular.
o Recebe a primeira costela, logo abaixo da articulação
esternoclavicular.
o Apresenta uma articulação tipo sínfise na junção entre o manúbrio e
o corpo, recebe a segunda costela, esse local é chamado de ângulo do
esterno.
• Corpo: se estende desde o ângulo costal até o processo xifóide.
• Processo xifóide: pode ser cartilaginoso para que o diafragma obtenha
distensão necessária para sua mobilidade.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
30
Sistema articular
Costotransversa
É formada pelo contato entre o tubérculo costal e a face anterior do processo
transverso.
Essa articulação é estabilizada por uma cápsula articular menos resistente que a
cápsula da articulação costocorpórea, sendo assim reforçada por vários ligamentos
chamados de costotranversos – interósseo: vai do colo da costela até o processo
transverso, - posterior: do tubérculo da costela até o processo transverso, - superior: vai da
crista da costela até o processo transverso da vértebra superior, servindo de passagem para
o nervo espinhal, - inferior: que vai da borda inferior da costela até o processo transverso.
Costocorpórea
É formada pelo contato articular entre a cabeça da costela e o corpo das vértebras-
que ocorre na face articular superior da vértebra inferior e a face articular inferior da
vértebra superior e o disco intervertebral.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
31
Essa articulação é estabilizada por uma cápsula articular, sendo está reforçada
anteriormente por um ligamento que se insere nas faces articulares vertebrais e no disco
intervertebral, chamado de ligamento radiado.
Sistema ligamentar
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
32
• Ligamento radiado
Estabilizador anterior da articulação costocorpórea.
• Ligamentos costotranversos
Estabilizadores da articulação costotransversa.
• Ligamentos esternocostais radiados
Estabilizadores da articulação esternocostal (da 1ª à 7ª)- entre as cartilagens
costais e o esterno.
Sistema muscular
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
33
Peitoral maior
Apresenta duas porções:
Clavicular- face anterior da clavícula (parte proximal).
Esternal- na face anterior do esterno e nas cartilagens das 5 à 7 costelas.
A inserção ocorre no bordo externo do sulco intertubercular do úmero.
Inervação: n. peitotal medial e lateral. Raízes: C5,C6,C7,C8 e T1.
Ação: além de rotador interno e adutor do ombro.
Obs: com a inserção fixa no úmero- elevação das costelas- Inspiração.
Peitoral menor
Se origina no processo coracóide da escápula.
Se insere no bordo superior da 3, 4 e 5 costelas.
Inervação: n. peitoral lateral
Ação: enrolamento vertical do ombro.
Obs: com a inserção fixa no processo coracóide- eleva as costelas-
Inspiração.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
34
Serrátil anterior
Tem sua origem nas faces ântero-laterais das nove primeiras costelas, passa
embaixo da escápula com a fixação distal ao longo do bordo medial da escápula sendo que
as fibras mais inferiores (as mais fortes) caminham até o ângulo inferior da escápula.
Inervação: n. torácico longo (C5, C6 e C7).
Ação: estabiliza a escápula contra o gradil costal.
Obs: considerado um músculo inspiratório.
Músculo Serrátil Posterior Inferior
Fixações: Medial e inferiormente, com o músculo latíssimo do dorso, desde os
processos espinhosos das duas vértebras torácicas inferiores e das duas ou três lombares
superiores; Lateral e superiormente, margens inferiores das últimas quatro costelas.
Ação: Traciona as costelas inferiores para trás e para baixo.
Músculo Serrátil Posterior Superior
Fixações: Medialmente, processos espinhosos das duas vértebras cervicais inferiores
e das duas torácicas superiores; Lateralmente, ângulo lateral da segunda à quinta costela.
Ação: Eleva a segunda a quinta costela para ajudar na inspiração.
Músculo Reto do Abdome
Sua origem se encontra inferiormente na crista e sínfise púbica.
Sua inserção ocorre superiormente no processo xifóide e na quinta à sétima
cartilagem costal.
Ação: flexiona a coluna lombar tracionando o tórax inferiormente, na direção do
púbis.
Obs: se considerarmos o ponto fixo no púbis – abaixa as costelas- Expiratório.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
35
Oblíquo interno do abdome
Tem sua origem superiormente na quinta à décima segunda costelas.
Insere-se inferiormente na metade anterior do lábio interno da crista ilíaca,
ligamento inguinal e camada anterior da bainha do músculo reto do abdome.
Ação: flexor e rotador contralateral do tronco.
Obs: se considerar a inserção fixa- abaixa as costelas- Expiratório.
Oblíquo externo do abdome
Tem sua origem inferiormente na crista ilíaca nas profundezas da parte
lateral do ligamento inguinal, metade anterior da crista ilíaca e aponeurose
toracolombar.
Insere-se superiormente na décima à décima segunda costelas e bainha do
músculo reto do abdome.
Ação: flexor e rotação homolateral do tronco. Função de sustentação
visceral e expirador.
Transverso do abdome
Tem origem na face interna da porção cartilaginosa das seis últimas costelas, no
lábio interno da crista ilíaca, nos processos transversos lombares.
Insere-se no bordo externo do reto do abdome ( linha alba).
Ação: sustentação das vísceras e contribui para expiração.
Diafragma
O diafragma é uma estrutura musculofibrosa em forma de cúpula (D e E), que
separa as cavidades torácica e abdominal.
No centro apresenta um tendão e nas extremidades apresenta músculos (pilares).
É dividido em três partes:
Parte esternal
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
36
Dois fascículos musculares que se inserem na parte posterior do processo xifóide.
Parte costal
Fascículos musculares que se fixam nas faces internas das 6 últimas costelas
e cartilagens costais dos dois lados, formando as cúpulas D e E.
Parte lombar
Origina-se dos ligamentos arqueados medial e lateral e das vértebras L1, L2
e L3. Essa parte forma os pilares que sobem para o centro frênico.
Inervação: nervo frênico (C3-C5).
Ação: é um músculo inspirador, porque ao contrair-se, suas fibras puxam o centro
frênico para baixo. O abaixamento do centro frênico durante a inspiração aumenta o
diâmetro vertical do tórax, trocando-se o ponto de fixação para o centro frênico ocorre
elevação das costelas aumentando os espaços intercostais, provocando um aumento do
diâmetro transversal.
Estruturas que atravessam o diafragma: esôfago, aorta abdominal, veia cava inferior,
nervos simpáticos e sistema linfático.
Intercostais
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
37
Intercostais externos
Tem origem no bordo inferior da costela superior.
Insere-se no sentido inferior e anterior no bordo superior da costela inferior.
Ação: elevação das costelas- Inspiração.
Intercostais internos
Tem origem no bordo superior da costela inferior.
Insere-se no sentido superior no bordo inferior da costela superior.
Ação: abaixamento das costelas- Expiração.
Músculos do dorso
Tranverso espinhoso
Se extende desde o sacro até C2. Funciona como estabilizador das vértebras durante
os movimentos da coluna e também é o principal fixador das disfunções vertebrais.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
38
Apresenta 3 grupos musculares :
o Semiespinhoso: o mais superficial
� Dorsal- origina-se nos processos transversos das seis últimas
vértebras torácicas e inserem-se nos processos transversos da
torácica alta (T1-T4) e cervical baixa (C6-C7).
� Cervical- origina-se nos processos transversos das vértebras torácicas
altas e inserem-se nos processos transversos de C2, C3, C4 e C5.
o Múltifido: o intermédio
Ocupam toda a extensão do canal vertebral desde o sacro até C2. Apresenta-
se no sentido para cima e para dentro e terminam nos processos espinhosos
de C2,C3 e C4.
o Rotadores: o profundo
Saem dos processos transversos da vértebra inferior e vão até o bordo
inferior da lâmina e processo espinhoso da vértebra superior.
Músculos inspiratórios
Principais são:
Intercostais externos e diafragma.
Acessórios são:
ECOM, escalenos, peitoral maior e menor, serrátil anterior e latíssimo do dorso.
Músculos expiratórios
Principais são:
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
39
Intercostais internos
Acessórios são:
Abdominais
2 – ANATOMIA PALPATÓRIA
• Vértebras Torácicas
Palpar os processos espinhosos das vértebras torácicas.
T1 – durante o movimento de extensão cervical permanecerá estática.
T2 – mesmo nível que o ângulo superior da escápula.
T3-T4 – mesmo nível que a espinha da escápula.
T6 – local de maior grau de flexão torácica.
T8-T9 – mesmo nível do ângulo inferior da escápula.
T12-L1 – final da cifose torácica e início da lordose lombar.
Torácicas altas e baixas
Primeiro identificar o processo espinhoso, partindo deste encontraremos:
Facetas articulares: colocar um dedo acima e um dedo lateral ao processo espinhoso.
Processo transverso: colocar um dedo acima e dois dedos laterais ao processo espinhoso.
Ângulo da costela: colocar um dedo acima e quatro dedos laterais ao processo espinhoso.
Torácicas médias
Primeiro identificar o processo espinhoso, partindo deste encontraremos:
Facetas articulares: colocar dois dedos acima e um dedo lateral ao processo espinhoso.
Processo transverso: colocar dois dedos acima e dois dedos laterais ao processo espinhoso.
Ângulo da costela: colocar dois dedos acima e quatro dedos laterais ao processo espinhoso.
Músculos
o Serrátil anterior: fixa as lesões lateralidade (1ª à 7ª costelas).
o Redondo maior: fixa as lesões em posterioridade.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
40
o Peitoral maior: fixa as lesões em anterioridade (cinco primeiras costelas).
o Reto anterior do abdome: lesão das costelas inferiores- expiração.
3 – BIOMECÂNICA
Mobilidade das costelas em relação com a respiração
Movimento de braço de bomba
Ocorre nas costelas superiores
Ocorre um aumento do diâmetro ântero-posterior
Movimento de alça de balde
Ocorre nas costelas inferiores
Ocorre um aumento do diâmetro transversal
Obs: nas costelas médias- ocorre um aumento dos dois diâmetros- são costelas mistas.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
41
Movimento das costelas em relação ao tronco
No movimento de extensão do tronco:
• Ocorre um alargamento lateral e anteroposterior das costelas.
• O ângulo costal se fecha.
• A cabeça costal vai para frente
• Ocorre no movimento de inspiração.
No movimento de flexão do tronco:
• Ocorre um abaixamento lateral e ântero-posterior das costelas.
• O ângulo costal se abre.
• A cabeça costal vai para trás.
• Ocorre no movimento de expiração.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
42
No movimento de rotação do tronco:
• A costela acompanha a rotação vertebral.
• Do lado da rotação: a costela se posterioriza e desce formando uma concavidade-
levando há um fechamento dos espaços intercostais.
• Do lado contralateral da rotação: a costela se anterioriza e se eleva formando uma
convexidade- levando há uma abertura dos espaços intercostais.
No movimento de lateroflexão do tronco:
• No lado da inclinação (concavidade): as costelas se abaixam e os espaços
intercostais se fecham.
• No lado contralateral da lateroflexão (convexidade): as costelas se elevam e os
espaços intercostais se abrem.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
43
4 - DISFUNÇÕES
Subluxações costais
Ocorre devido um movimento de rotação forçado do tronco ou por um trauma direto
nas costelas.
Se o trauma sofrido ocorrer na parte anterior poderá indicar uma subluxação
posterior.
Se o trauma sofrido ocorrer na região posterior poderá indicar uma subluxação
anterior.
Obs: 70% das subluxações são posteriores.
Subluxação Anterior
• Ocorre restrição durante a expiração porque não deixa a costela se mover
posteriormente.
• Palpação: na parte anterior, entre o esterno e a cartilagem costal (art.
Esternocostal) encontraremos uma costela que se sobressairá sendo de fácil
palpação.
Subluxação Posterior
Ocorre restrição durante a inspiração porque não deixa a costela se mover
anteriormente e dor local posterior.
Palpação: na parte posterior, sobre o ângulo costal encontraremos uma
costela se sobressaia, sendo de fácil palpação.
Diagnóstico diferencial: lesões costocorpóreas e costotransversas
Para costotransversa: realizar rotação contralateral
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
44
Com o paciente sentado, tomamos contato lateral em relação à transversa e
realizamos uma rotação contralateral empurrando a costela. Perceber se há bloqueio no
movimento.
Para costocorpórea: realizar um deslizamento anterior
Com o paciente sentado, tomamos contato sobre o ângulo da costela e realizamos
uma lateroflexão do mesmo lado e uma rotação contralateral, empurrando a costela
anteriormente. Perceber se há bloqueio no movimento.
Disfunção em Inspiração
Ocorre um fechamento do espaço intercostal por um espasmo dos músculos
intercostais externos. A costela inferior é puxada para cima, dificultando abaixamento
durante a expiração.
Disfunção em Expiração
Ocorre um fechamento do espaço intercostal por um espasmo dos músculos
intercostais internos. A costela superior é puxada para baixo, dificultando a elevação desta
durante a inspiração.
Diagnóstico:
o Teste muscular para Serrátil anterior(C5,C6 e C7)- se encontrará
fraco.
o Teste de mobilidade em lateroflexão: palpar a parte lateral do tórax e
colocar os dedos sobre os espaços intercostais. Durante a lateroflexão
homolateral os espaços intercostais devem se fechar e na lateroflexão
contralateral os espaços intercostais devem se abrir. Caso isso não
ocorra estaremos diante de uma lesão.
o Teste de mobilidade respiratória: palpação sobre as costelas e pedir
que o paciente realize inspiração e expiração. Na inspiração as
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
45
costelas sobem e empurram os dedos do avaliador para cima e na
expiração as costelas descem e os dedos acompanham.
Disfunções Respiratórias em grupo
Grupo superior: 1ª à 5ª costelas.
Vértebra STARTER: na lesão inspiratória é a 1ª costela.
Vértebra STARTER: na lesão expiratória é a 5ª costela.
Grupo inferior: 6ª à 10ª costelas.
Vértebra STARTER: na lesão inspiratória é a 6ª costela.
Vértebra STARTER: na lesão expiratória é a 10ª costela
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Ricard F. Tratamento Osteopático da Caixa Torácica. Campinas: Editora Saber Saúde, 2008. Ricard F. Tratado de Radiologia Osteopática na Raquis. Madri: Editora Panamericana, 2000. Ricard F. Tratado de Osteopatia. Madri: Editora Panamericana, 2000. Kapandji, AI. Fisiologia Articular – Volume 1, 2 e 3. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000. Bienfait M. Fisiologia da Terapia Manual. São Paulo: Editora Summus, 2000. Sobotta, J. Atlas de Anatomia Humana.22ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006. Travel JG, Simons, DG. Dor e Disfunção Miofacial – Vol II – Membros Inferiores. Porto Alegre: Editora Artmed, 2006. Greenman PE. Princípios da Medicina Manual. São Paulo: Editora Manole, 2001.
Rua Floriano Peixoto, 360 – Centro – CEP: 16015-000. Tel: (18) 3301-3037 - www.fisioterapiamanipulativa.com
Copyright by Manipulação Visceral Todos os direitos reservados
46
Moore, KL, Dalley AF. Anatomia orientada para a clínica. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2007. Goodman, CC, Snyder, TEK. Diagnóstico deferencial em fisioterapia. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002. Chaitow L. Técnicas de Energia Muscular. São Paulo: Manole, 2001. Field D. Anatomia Palpatória. São Paulo: Manole, 2001.
Todo o conteúdo existente nesta apostila é de propriedade da EBRAFIM e está
protegido pelas Leis de Direitos Autorais. A reprodução, cópia ou comercialização deste
material, por qualquer meio, está sujeita às penas previstas em Lei.
Autoria:
Professor Bruno Gonçalves Dias Moreno Professora Érica Mastelini Professor Paulo Umeno Koeke Professor Thiago Lopes Barbosa de Morais
Colaboração: Professor Eduardo Costa Rodrigues
Top Related