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ARCADISMO 1768......................................................................................1836 OBRAS POTICAS SUSPIROS POTICOS E SAUDADES Cludio M. da Costa Gonalves de Magalhes
ERA COLONIAL
ARCADISMO: O campo e vida simples.
CONTEXTO HISTRICO:
- Iluminismo / Ilustrao / Revoluo Francesa (1789)
- Administrao Pombalina;
- Ciclo da Minerao / Ouro / Minas Gerais / Rio de
Janeiro
- Cobrana de impostos e represso portuguesa;
- Inconfidncia Mineira (1789).
Alm do Horizonte (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
Alm do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo pra gente se amar
Alm do horizonte deve ter
Algum lugar bonito pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
Alegria e felicidade com certeza
L nesse lugar o amanhecer lindo
Com flores festejando mais um dia que vem vindo
Onde a gente pode se deitar no campo
Se amar na relva escutando o canto dos pssaros.
CARACTERSTICAS
Retomada dos valores clssicos; Racionalismo/ Universalismo / Objetividade; Formalismo / Culto da Beleza; Simetria / equilbrio / harmonia; Mitologia / Fingimento potico;
Simplicidade / Linguagem Direta; Pastoralismo / Bucolismo / Natureza como cenrio; Fugere Urbem / urea Mediocritas; Inutilia Truncat / Locus Amoenus / Pseudnimos; C A R P E D I E M;
AUTORES LRICOS
a) Cludio Manuel da Costa Glauceste Satrnio - oposio campo X cidade; poeta inconfidente; - poeta de transio entre o Barroco e o Arcadismo; - exmio sonetista; bucolismo e pastoralismo; - Musa: Nise; - Obras: Lrica = Obras Poticas ; pica = Vila
Rica.
LXXII
J rompe, Nise, a matutina aurora O negro manto, com que a noite escura, Sufocando do Sol a face pura, Tinha escondido a chama brilhadora
Que alegre, que suave, que sonora, Aquela fontezinha aqui murmura! E nestes campos cheios de verdura Que avultado o prazer tanto melhora!
S minha alma em fatal melancolia Por te no poder ver, Nise adorada, No sabe inda, que coisa alegria;
E a suavidade do prazer trocada, Tanto mais aborrece a luz do dia, Quanto a sombra da noite lhe agrada.
IV Sou pastor; no te nego; os meus montados So esses, que a vs; vivo contente Ao trazer entre a relva florescente A doce companhia dos meus gados; Ali me ouvem os troncos namorados, Em que se transformou a antiga gente; Qualquer deles o seu estrago sente; Como eu sinto tambm os meus cuidados. Vs, troncos, (lhes digo) que algum dia Firmes vos contemplastes, e seguros Nos braos de uma bela companhia; Consolai-vos comigo, troncos duros; Que eu alegre algum tempo assim me via; E hoje os tratos de Amor choro perjuros.
b) Toms Antnio Gonzaga reflete o ideal de vida burguesa;
-Lrica: Marlia de Dirceu (liras inspiradas em seu
romance com Maria Dorotia Joaquina de Seixas); 1 parte = carpe diem; bucolismo; pastoralismo;
natureza mineira;
Que havemos de esperar, Marlia bela? que vo passando os florescentes dias? as glrias que vm tarde, j vm frias,
e podem, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! No minha Marlia, aproveite-se o tempo, antes que faa
o estrago de roubar ao corpo as foras, e ao semblante a graa!
Lira III Tu no vers, Marlia, cem cativos Tirarem o cascalho, e a rica, terra, Ou dos cercos dos rios caudalosos, Ou da minada serra. No vers separar ao hbil negro Do pesado esmeril a grossa areia, E j brilharem os granetes de ouro No fundo da bateia. No vers derrubar os virgens matos; Queimar as capoeiras ainda novas; Servir de adubo terra a frtil cinza; Lanar os gros nas covas.
No vers enrolar negros pacotes
Das secas folhas do cheiroso fumo;
Nem espremer entre as dentadas rodas
Da doce cana o sumo.
Vers em cima da espaosa mesa
Altos volumes de enredados feitos;
Ver-me-s folhear os grande livros,
E decidir os pleitos.
Enquanto revolver os meus consultos.
Tu me fars gostosa companhia,
Lendo os fatos da sbia mestra histria,
E os cantos da poesia.
Lers em alta voz a imagem bela,
Eu vendo que lhe ds o justo apreo,
Gostoso tornarei a ler de novo
O cansado processo.
Se encontrares louvada uma beleza,
Marlia, no lhe invejes a ventura,
Que tens quem leve mais remota idade
A tua formosura.
2 parte = escrita no crcere; sofrimento; melancolia;
versos considerados pr-romnticos;
- Satrica: Cartas Chilenas: poemas satricos; crtica
poltica Fanfarro Minsio (Luiz da Cunha Menezes,
Governador de MG at pouco antes da Inconfidncia);
assinadas por Critilo e endereadas a Doroteu
Nesta triste masmorra, De um semivivo corpo sepultura, Inda, Marlia, adoro A tua formosura. Amor na minha idia te retrata; Busca extremoso, que eu assim resista dor imensa, que me cerca, e mata.
Lira XV
Eu, Marlia, no fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Vestia finas ls, e tinha sempre
A minha choa do preciso cheia.
Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um s cajado.
Para ter que te dar, que eu queria
De mor rebanho ainda ser o dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos
Ainda muito mais que um grande Trono.
Agora que te oferte j no vejo
Alm de um puro amor, de um so desejo.
Se o rio levantado me causava,
Levando a sementeira, prejuzo,
Eu alegre ficava apenas via
Na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
De ver-te aos menos compassivo o rosto.
Propunha-me dormir no teu regao
As quentes horas da comprida sesta,
Escrever teus louvores nos olmeiros,
Toucar-te de papoulas na floresta.
Julgou o justo Cu, que no convinha
Que a tanto grau subisse a glria minha.
Ah! minha Bela, se a Fortuna volta,
Se o bem, que j perdi, alcano, e provo;
Por essas brancas mos, por essas faces
Te juro renascer um homem novo;
Romper a nuvem, que os meus olhos cerra,
Amar no Cu a Jove, e a ti na terra.
Fiadas comprarei as ovelhinhas,
Que pagarei dos poucos do meu ganho;
E dentro em pouco tempo nos veremos
Senhores outra vez de um bom rebanho.
Para o contgio lhe no dar, sobeja
Que as afague Marlia, ou s que as veja.
Seno tivermos ls, e peles finas,
Podem mui bem cobrir as carnes nossas
As peles dos cordeiros mal curtidas,
E os panos feitos com as ls mais grossas.
Mas ao menos ser o teu vestido
Por mos de amor, por minhas mo cosido.
Ns iremos pescar na quente sesta
Com canas, e com cestos os peixinhos:
Ns iremos caar nas manhs frias
Com a vara envisgada os passarinhos.
Para nos divertir faremos quanto
Reputa o varo sbio, honesto e santo.
Nas noites de sero nos sentaremos
C'os filhos, se os tivermos, fogueira;
Entre as falsas histrias, que contares,
Lhes contars a minha verdadeira.
Pasmados te ouviro; eu entretanto
Ainda o rosto banharei de pranto.
Quando passarmos juntos pela rua,
Nos mostraro c'o dedo os mais Pastores;
Dizendo uns para os outros: "Olha os nossos
"Exemplos da desgraa, e so amores".
Contentes viveremos desta sorte,
At que chegue a um dos dois a morte.
AUTORES PICOS
a) Frei de Santa Rita Duro: 1781 Caramuru.
- tema: o descobrimento e a conquista da Bahia por
Diogo lvares Correia;
* Caractersticas:
- valorizao da vida natural/ Influncia camoniana
na construo do poema;
- no utilizao da mitologia pag e sim de um
conservadorismo cristo;
- Os heris: Caramuru; Paraguau, com quem Diogo
se casa e vai a Paris;
- Episdio de destaque: a morte de Moema.
b) Baslio da Gama: publica em 1769, O Uraguai
criticando os Jesutas e defendendo a poltica
pombalina. - tema: luta empreendida pelas tropas portuguesas,
auxiliadas pelos espanhis, contra os ndios dos
Sete Povos da Misses, instigados pelos Jesutas; - Versos decasslabos brancos; estrofao livre; - Episdio de destaque: a morte de Lindia por causa
do seu grande amor Cacambo.
VILES: Jesutas (padre Balda)
HERI DO POEMA: General Gomes Freire de Andrade
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