UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde
Leonardo Tadeu Vieira
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO EM PACIENTES COM CARCI NOMA DE
CÉLULAS ESCAMOSAS NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO
Montes Claros – Minas Gerais
2009
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO EM PACIENTES COM CARCI NOMA DE
CÉLULAS ESCAMOSAS NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO
Orientador: Prof. Dr. Alfredo Maurício Batista de Paula
Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, PPGCS, da Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes, como parte das exigências para a obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde. Acadêmico: Leonardo Tadeu Vieira
Palavras-chave:
1. Carcinoma de células escamosas
2. Cabeça e pescoço 3. Enfrentamento
4. Prognóstico
Montes Claros – Minas Gerais
2009
Vieira, Leonardo Tadeu.
V658e Estratégicas de enfrentamento em pacientes com carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço [manuscrito] / Leonardo Tadeu Vieira. – 2009.
65 f. : il. Bibliografia : f. 55-60.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde/ PPGCS, 2009. Orientador: Prof. Dr. Alfredo Maurício Batista de Paula.
1. Câncer – Enfrentamento – Prognóstico. 2. Câncer – Carcinoma de células escamosas – Cabeça e pescoço. I. Paula, Alfredo Maurício Batista de. II. Universidade Estadual de Montes Claros. III. Título.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde
ALUNO: Leonardo Tadeu Vieira
TÍTULO DO PROJETO: E stratégias de enfrentamento em pacientes com carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeç a e pescoço
BANCA (TITULARES) ASSINATURAS
PROF. DR. Alfredo Maurício Batista de Paula (ORIENTADOR) _____________________
PROF. DR. Sebastião Benício da Costa Neto ______________________
PROF. DR. André Luis Sena Guimarães ______________________
BANCA (SUPLENTES)
PROF. DR. Paulo Rogério Ferreti Bonan ______________________
PROF. DR. Célia Maria Lana da Costa Zanon ______________________
[ ] APROVADO [ ] REPROVADO
IV
SUMÁRIO
Agradecimentos.......................................................................................... 5
Dedicatória................................................................................................. 7
Epígrafe..................................................................................................... 8
Lista de abreviaturas................................................................................. 9
Resumo...................................................................................................... 11
Abstract...................................................................................................... 12
1 Introdução................................................................................................. 13
2.
2.1
2.1.2
2.1.3
REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................
O carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço..............
Abordagem terapêutica, seqüelas associadas e prognóstico no CCE................
CCE e estratégias psicológicas de enfrentamento..............................................
16
16
18
21
3 Justificativa............................................................................................. 26
4 Objetivos................................................................................................... 27
4.1 Objetivo Geral........................................................................................... 27
4.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 27
5 Hipóteses................................................................................................... 28
6 Material e método................................................................................... 29
7 Artigo ....................................................................................................... 30
8 Conclusão.............................................................................................. 53
9 Referências............................................................................................... 55
Apêndices .................................................................................................. 61
Apêndice A ........................................................................................... 61
Apêndice B ........................................................................................... 63
Anexos ....................................................................................................... 65
5
Agradecimentos Dizem que ao realizar um curso de mestrado o acadêmico tem duas alegrias: uma
quando entra e outra quando apresenta! Isso faz sentido, mas tive muitas alegrias
durante o curso inteiro. E muitas pessoas participaram de diversas formas que
resultaram em muitas alegrias. Primeiramente, gostaria de agradecer ao Grande
Mestre, Jesus, que ora me convida a caminhar junto a Si, ora me leva em Seus
braços. Agradeço à minha família natural, Luis e Cristina, e demais, Ivanilda,
Wendel, Larissa, Letícia, pelo entusiasmo para com os meus sonhos. Agradeço a
Lucyonara, meu amor, por caminhar junto comigo. E ao meu filho e “professor”,
Yeshua, o sentido mais bonito da minha vida. Estes tiveram que suportar mais as
minhas ausências, mas compreenderam que a solidão em alguns momentos era
necessária para que eu produzisse. I wish to thank my american family, mom Vicky
and dad Daniel, for the permanent support. I also thank Susan Folkman and Ralph
Schwarzer for sending me their articles. Agradeço a Célia Maria Lana da Costa
Zannon e ao Sebastião Benício da Costa Neto, pelas imensuráveis contribuições e
disponibilidade em ajudar. Sou também grato a todo um grupo de pessoas que
contribuiu de diferentes maneiras para que o trabalho fosse possível, como Kássia,
Dani, Elizene, Luciano, Sérgio, Ivone, Fátima, Rosa, Tadeu Lages, Príscila,
Eustáquio Xavier, Laura Tatyane e Sabrina. Agradeço muito pelo apoio de uma
equipe que me ajudou em diferentes momentos deste projeto, como Maria da
Conceição Aparecida Oliveira de Brito, Ana Cristina Rocha, Márcia Santos Cordeiro,
Lydianne de Urzedo Pereira, Amanda Chaves Moreira, Patrícia Soares Gomes,
Sarah Athayde Lemos, Arley Humberto Santos, Jurema Faria Porto, Arnaldo Oliveira
Rodrigues, Ayla Elísia da Silva Cavalcante, João Carlos de Andrade Aguiar, Arlindo
Souza Brito Sobrinho, Gefter Thiago Batista Corrêa, Marcos Vinícius Macedo de
6
Oliveira e principalmente a Carla Patrícia Gomes Pataro Rocha. Agradeço o apoio
essencial de Francis Balduíno Guimarães Santos, Lucianne Maia Costa Lima e em
especial a Cláudio Marcelo Cardoso, por acreditar e abrir as portas para a
interdisciplinaridade de forma tão amigável. Sou grato a “dad Dan” e a Roosevelt
Riston Starling pela leitura do trabalho, e à Marise Fagundes pelo suporte estatístico.
Os colegas e professores do programa contribuíram compartilhando os seus
conhecimentos e fornecendo apoio. A Faculdade de Saúde Ibituruna financiou parte
deste projeto através do Programa de Iniciação Científica – obrigado! Este trabalho
não teria existido se não fossem os pacientes, que aceitaram participar permitindo
que entrássemos em suas vidas, em seus sofrimentos ou alegrias, sou eternamente
grato. Por fim, quero agradecer a uma pessoa que me surpreendeu a cada
momento: o meu orientador, Alfredo Maurício Batista de Paula. Alfredo é uma
daquelas pessoas que nos ensina das mais diversas formas, inclusive com o seu
humor leve, seu entusiasmo, a sua competência técnica. Além de todas essas
qualidades Alfredo mostrou-se uma pessoa profundamente sensível às angústias de
um acadêmico e de um ser humano, e a sua capacidade de lidar com diferentes
questões de forma tão humana, ajudou-me a atravessar situações na vida
acadêmica e pessoal. Ele estava lá, sempre pronto a colaborar, a somar, a
compartilhar tanto dores quanto alegrias, inclusive nos dando o prazer da companhia
da sua família. Sábio, educado e controlado. Eu não esperava que fosse tanto,
sempre tão positivo e acolhedor! Agradeço hoje ao meu orientador, meu caríssimo
amigo, Alfredo, por tudo que fez por mim. Sem a tua luz este trabalho não teria nem
mesmo sido iniciado. Que Deus lhe abençoe! A todos acima, a minha mais profunda
e sincera gratidão.
7
Dedicatória
Dedico este trabalho à minha mãe, Maria de Lourdes Vieira e ao meu pai, Antonio Augusto Vieira, por terem me dado tanto.
8
Epígrafe
“Procurem sempre deixar o mundo
um pouco melhor do que o encontraram.” Robert Baden Powell Fundador do Movimento Escoteiro
9
Lista de abreviaturas
CCE – Carcinoma de Células Escamosas
CCP – Câncer de Cabeça e Pescoço
CID – Classificação Internacional de Doenças
CP – Cabeça e Pescoço
EMEP – Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas
INCA – Instituto Nacional do Câncer
TNM – Tumor Nodo Metástase
UICC – União Internacional Contra o Câncer
HNC – Head and Neck Cancer
HNSCC – Head and Neck Squamous Cell Carcinoma
WCCL - The Ways of Coping Checklist
10
Resumo
Proposição/justificativa: O carcinoma de células escamosas (CCE) nas regiões de
cabeça e pescoço é uma doença associada com enormes índices de morbidade e
mortalidade, representando um relevante problema de saúde pública em vários
países, inclusive o Brasil. Geralmente os resultados da doença e do tratamento são
baseados em parâmetros clínicos de sobrevida e de remissão da doença. Contudo,
o papel de comportamentos de enfrentamento tem sido um crescente interesse
científico.
Objetivo : este estudo investigou as estratégias de enfrentamento de pacientes com
carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço e sua relação
com parâmetros sócio-demográficos, clínicos e terapêuticos.
Material e método : pacientes (n=60) com CCE nas regiões de cabeça e pescoço
foram entrevistados ao receberem o diagnóstico de câncer e durante o tratamento
oncológico. Estratégias de enfrentamento foram medidas pela EMEP (Escala de
Modos de Enfrentamento de Problemas), instrumento adaptado e validado no Brasil.
Associações entre estratégias de enfrentamento e parâmetros sócio-demográficos,
clínicos e terapêuticos foram avaliadas utilizando análises univariadas e
multivariadas (α = 0,05).
Resultados : o enfrentamento ativo (focado na resolução de problemas) caracterizou
a estratégia predominante entre os pacientes com carcinoma de células escamosas
nas regiões de cabeça e pescoço. O foco na religião e pensamentos
místicos/fantasiosos foi estatisticamente similar ao foco no problema. A regressão
logística apontou que ter sido submetido à traqueostomia estava significativamente
associado às respostas focadas na emoção (p<0,05). O parâmetro estar
acompanhado nas consultas estava associado com busca por suporte social
(p<0,05). Renda, manifestação da lesão e desfiguração estética estavam associados
com foco na resolução do problema (p<0,05).
Conclusão : as estratégias de enfrentamento de pacientes com carcinoma de
células escamosas estão associadas com variáveis que os profissionais de saúde
11
não podem controlar. Apresentar enfrentamento ativo ou passivo não depende de
parâmetros sócio-demográficos, clínicos ou terapêuticos. Os comportamentos de
enfrentamento de pacientes com carcinoma de células escamosas devem ser
levados em conta para aprimorar o tratamento.
Palavras-chave : carcinoma de células escamosas, cabeça e pescoço, câncer,
enfrentamento, prognóstico.
12
Abstract
Introduction: Head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) is a disease
associated with major morbidity and mortality, representing a major worldwide public
health problem in many countries, including Brazil. Traditionally, the disease and
treatment outcomes are focused on clinical and disease-free survival parameters.
However, the role of behaviors for coping has been increasingly of scientific interest.
Objective: This study investigated the ways of coping exhibited by HNSCC patients
according to sociodemographic, clinic and therapeutic parameters.
Methods: HNSCC patients (n=60) were interviewed during diagnosis and oncologic
treatment. Coping strategies were measured by EMEP (Escala de Modos de
Enfrentamento de Problemas), a Brazilian validated and adapted instrument.
Associations between coping strategies and sociodemographic, clinic and
therapeutic parameters were evaluated using univariate and multivariate analysis
(α=0,05).
Results: Active coping (focusing on problem solving) characterized the most used
strategies by HNSCC patients. Focusing on religion/wishful thoughts was statistically
similar to focusing on the problem. The logistic regression analysis showed that
undergoing a tracheotomy was significantly associated with emotion-focused
response (p<0,05). The parameter having accompaniment to appointments was
associated with seeking for social support (p<0,05). Income, manifestation and
esthetic disfigurement parameters were associated with focus on problem-solving
(p<0,05).
Conclusions: HNSCC patients’ coping behaviors are associated with variables that
professionals can not control. Presenting active or passive coping behavior does not
depend on sociodemographic, clinical or therapeutic parameters. Coping behaviors
of HNSCC patients should be used to help improve treatment.
Key words: Squamous cell carcinoma, head and neck, cancer, coping, prognosis.
13
1 – Introdução
O carcinoma de células escamosas ainda é uma doença que causa muitas
mortes em todo o mundo, e durante as suas fases de evolução traz consigo
alterações não somente orgânicas, mas também da ordem social e psicológica em
termos profundos e respostas comportamentais variadas.
Os avanços que a ciência tem alcançado no tratamento e prevenção ao câncer são
incomensuráveis, no entanto, muito ainda existe para se conhecer.
A dimensão comportamental é de extrema relevância no que concerne ao cuidado
com a saúde. Os comportamentos que visam à prevenção, o uso e abuso de
substâncias (tabaco, álcool, gorduras, carboidratos, sal etc.) que afetam condições
clínicas ou favorecem o seu surgimento, são aspectos que precisam ser
investigados. Da mesma forma, uma vez acometidos por um quadro patológico
como o câncer, o indivíduo enfrenta com frequência momentos de angústia,
ansiedade, tensão, sentimentos e emoções diversas, podendo também apresentar
respostas bem sucedidas. Nos casos de respostas disfuncionais, é necessário
intervir para que esta pessoa não tenha a sua condição clínica ainda pior devido aos
aspectos emocionais/cognitivos que ela esteja apresentando.
Os cânceres de cabeça e pescoço, especificamente o carcinoma de células
escamosas (CCE), apresentam peculiaridades, uma vez que se localiza em regiões
mais expostas às condutas de socialização e hábitos básicos como se alimentar e
ingerir água.
14
O modo como cada pessoa enfrenta eventos estressores, como o surgimento de um
quadro patológico desta dimensão, influencia sobremaneira nos aspectos
supracitados. É possível trabalhar com o cliente ajudando-o a enfrentar o câncer de
uma maneira mais produtiva, realista, ou pelo menos, minimizar os efeitos
psicológicos negativos (a enfermidade) frente à doença. A forma com que o
paciente enfrenta o problema é chamada de coping, cuja tradução para o português
do Brasil é “Estratégia de enfrentamento”.
Existem mais de uma dezena de estratégias de enfrentamento descritas na
literatura, mas uma parte dos estudos tem privilegiado duas classes denominadas
de coping ativo e coping passivo. A primeira prevê atitudes mais realistas, racionais,
produtivas, em busca da resolução do problema ou minimização dos danos
relacionados. A segunda está relacionada com respostas emocionais, raiva,
depressão, agressividade, negação e esquiva. Com frequência ocorrem para a
diminuição de conseqüências aversivas, como a ansiedade e o medo gerados a
partir do conhecimento do diagnóstico ou de outro estímulo relacionado (por
exemplo, o tratamento e seus efeitos).
O instrumento utilizado para avaliar o enfrentamento dos pacientes foi a EMEP -
Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas - uma versão brasileira, validada,
de um instrumento utilizado internacionalmente para a avaliação deste aspecto.
Este estudo objetiva avaliar como pacientes portado res de CCE enfrentam a doença e
o seu tratamento, assim como a possível associação entre as estratégias de
15
enfrentamento adotadas pelos pacientes portadores d a doença com variáveis sócio-
demográficas, clínicas e terapêuticas.
16
2 - Referencial teórico
2.1 O carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), em sua décima versão, os
tumores de cabeça e pescoço são aqueles que envolvem os tumores da cavidade
oral, orofaringe, hipofaringe, laringe, nasofaringe, fossa nasal, seios paranasais,
glândulas salivares, tireóide e esôfago. O estadiamento destes é geralmente
classificado conforme o proposto pela União Internacional Contra o Câncer – UICC,
por meio do Sistema TNM (tumor, nodo, metástase) [6].
A neoplasia maligna ou câncer acontece quando um crescimento desordenado de
células se torna agressivo e incontrolável, formando tumores ou acumulando células
de crescimento rápido, infiltrativas e com delimitação imprecisa. Quando, no entanto,
uma massa de células tumorais é semelhante às de sua constituição tecidual, com
multiplicação mais lenta, as margens são bem delimitadas e não sofrem metástases,
essa é chamada neoplasia benigna ou tumor benigno [7].
Os cânceres de cabeça e pescoço (CCP) estão entre os oito tipos de neoplasias
malignas mais freqüentes. Dentre estes, a maior parte dos casos trata-se de câncer
da cavidade oral [3] e são de células escamosas. Segundo o Instituto Nacional do
Câncer (INCA) [4], as neoplasias malignas da cavidade oral representaram o terceiro
tipo de câncer mais comum entre os homens e o quarto mais comum entre as
mulheres no ano de 1993. A maior incidência do CCP encontra-se no sexo
masculino, e mais de 50% destes são diagnosticados já na fase avançada [3, 6].
17
O carcinoma de células escamosas (CCE) nas regiões de cabeça e pescoço
representa um grande problema mundial de saúde pública [1, 2]. Seus coeficientes
de mortalidade são comparáveis aqueles encontrados nas doenças circulatórias,
infecciosas e parasitárias, assim como as infecções relacionadas ao período
perinatal. As mortes por câncer contribuem para o aumento do índice de mortalidade
devido às causas externas, elevando também o número de anos de vida perdidos
para a população [3]. Segundo o INCA [4], as estimativas para o ano de 2008, do
número de casos novos no Brasil, somente na cavidade oral, foi de 14.160 casos,
para ambos os sexos.
As causas do CCE ainda não foram totalmente definidas, mas estima-se que
aproximadamente 80% estão associadas a fatores ambientais, como o uso de álcool
e tabaco, exposição ao sol e à radiação ionizante, exposição a agentes genotóxicos,
à ingestão de certos componentes alimentares e à exposição a alguns tipos de vírus,
como o Human papilomavirus (HPV), o Human immunodeficiency virus (HIV) e o
Epstein-Barr Virus (EPV) [5, 8].
Em época tão recente, o município de Montes Claros, referência para uma macro
região para o tratamento oncológico, onde o presente estudo foi realizado, não
possuía este status na prestação destes serviços, o que nos faz supor um atraso
bastante elevado em relação aos grandes centros, dificultando o acesso da
população aos serviços especializados, contribuindo para prolongar ainda mais a
demora entre a possível identificação do problema e o início do tratamento [5].
18
2.1.2 Abordagem terapêutica, seqüelas associadas e prognóstico no CCE
As neoplasias são tratadas geralmente com radioterapia, quimioterapia e cirurgia, ou
a associação de duas ou mais destas terapêuticas. Todas estas intervenções
apresentam efeitos adversos para o paciente. Alguns pacientes relatam que os
efeitos da quimioterapia são piores que o da própria doença [3]. Estes indivíduos
estarão expostos a uma série de novas variáveis (estímulos) que não lhe são
familiares, como o próprio hospital especializado, o bloco cirúrgico, as punções, a
radioterapia, a quimioterapia e os seus efeitos, entre outros [9-12].
Os pacientes submetidos à cirurgia de cabeça e pesc oço (CP) apresentam
singularidades resultantes deste tipo de intervençã o diferentes daqueles submetidos
a outros tipos de cirurgia para cânceres localizado s em outras partes. A imagem
corporal é afetada, especialmente a face. A cirurgi a na face é, por vezes, mutiladora,
como já citado e a percepção do sujeito quanto à pr ópria imagem é afetada,
principalmente na nossa cultura, onde a estética re presenta um grande fator de
aprovação social e está ligada a padrões comportame ntais para tal [13-16]. Além do
que, vale lembrar, afeta diretamente uma parte do c orpo que tem exclusivo papel nas
interações sociais (falar, olhar, escutar) e em nec essidades mais básicas, como se
alimentar, ingerir líquidos e respirar [17, 18].
Outras alterações possíveis são as de mobilidade, n áuseas, mudanças na rotina
profissional, preocupações acerca da situação finan ceira, manutenção dos cuidados
pessoais, libido, ira e dor. Também são afetados o desenvolvimento de atividades
físicas, recreativas ou outras atividades sociais, assim como o surgimento de
ansiedade, tensão, fadiga, alterações do sono-vigíl ia, atuação nas atividades
19
domésticas, depressão ou tristeza, relações conjuga is, apetite, capacidade de
concentração, vontade, medos, constrangimentos asso ciados aos próprios
problemas de saúde entre outros [19-21].
Os efeitos dos procedimentos de radioterapia e quimioterapia, conforme Costa Neto
[3] e vários outros estudiosos [29, 37, 38], demonstram como o paciente é submetido
não somente ao tratamento, mas também a uma série de outras contingências
aversivas com as quais deverá lidar, como mucosite, xerostomia, alteração do
paladar, dermatite actímica, alopecia, fibrose cervical, exposição da raiz dentária,
cárie e perda dentária.
A presença de metástases à distância é influenciada pela proliferação extranodal de
linfonodos. A localização e número de linfonodos positivos, por sua vez,
representam um fator prognóstico relevante, devido à alta incidência de metástases.
Recidivas, respostas terapêuticas à cirurgia e radioterapia estão diretamente
relacionadas a estes fatores [39, 40].
O prognóstico também está relacionado a outros fatores, como aponta Reid et al.
[23], onde a idade pode significar a presença de comorbidades. O autor demonstra
que 68,7% dos pacientes com diagnóstico de câncer têm relato de comorbidades, e
estas podem causar a morte do paciente tanto quanto o câncer de cabeça e
pescoço. Portanto, as comorbidades devem ser alvo de intervenção para atingir
melhores resultados na taxa de sobrevivência dos pacientes portadores de CCP. O
prognóstico também é melhor em outros tipos de doenças crônicas, como aponta
Botega [41], quando as comorbidades são corretamente tratadas [42, 43]. Não há
20
consenso entre os estudos em relação às variáveis que afetam o prognóstico desta
clientela [44].
Algumas cirurgias mais invasivas são escolhidas pela equipe levando-se em conta
diversos fatores, como idade [22, 23], sexo, ocorrência primária ou de recidivas.
Estas podem apresentar caráter mutilador, mas visa melhorar o quadro clínico do
indivíduo quando alternativas falharem ou tiverem de ser descartadas [24-27]. Com
freqüência têm-se realizado estas intervenções com equipes multidisciplinares,
especialmente porque o indivíduo começará a experimentar privações antes não
existentes e precisará desenvolver um novo repertório comportamental [9, 28-33]. A
presença de equipe multidisciplinar em casos de câncer de cabeça e pescoço é
preconizada pela literatura científica da área, mas consideramos interessante
ressaltar a indicação específica de psicólogos nos casos de câncer da cavidade
bucal, da orofaringe, da nasofaringe e da laringe. Em alguns destes casos, ao longo
do tratamento com radioterapia, e no pós-operatório quando a intervenção cirúrgica
for parte da escolha de tratamento [4]. Esta situação representa a necessidade de
um enfoque multidisciplinar e uma união de domínios de saberes, onde a
enfermidade pode ser olhada a partir de diversos pontos de vista, respeitando os
limites de cada área, e contribuindo para o bem estar do paciente como um todo,
uma vez que várias áreas da sua vida são afetadas [10, 13, 33-36].
21
2.1.3 CCE e estratégias psicológicas de enfrentame nto
O termo câncer é traduzido, ainda hoje, por uma parcela significativa da população
brasileira, como sinônimo de uma sentença de morte [45, 46], uma vez que há
aproximadamente duas décadas atrás, poucas eram as alternativas de tratamento e
menos eficazes os resultados. Hoje, o aumento da taxa de sobrevida do paciente
trouxe esperanças e estímulos para esta população. O crescente aumento de casos
novos é influenciado também pelo aumento da expectativa de vida em todo o mundo
[10, 23, 46].
Estratégias de enfrentamento têm sido avaliadas em diferentes contextos da área de
saúde. O primeiro conceito ainda carece de melhores definições, mas diversos
estudos têm-se aprofundado nos aspectos metodológicos de sua apresentação e
aproximado os seus pontos mais relevantes, possibilitando uma abordagem mais
consensual do termo e sua aplicabilidade, assim como maior fidedignidade e
validade geral dos instrumentos utilizados para avaliar tais respostas
comportamentais [47-50].
O termo enfrentamento, traduzido para o português do Brasil vem da tradução da
língua inglesa “coping” – proposto inicialmente por Lazarus, como um “conjunto de
estratégias para lidar com a ameaça iminente” [45, 47, 51]. Ainda Lazarus, Gruen &
DeLongis e Seidl [48, 52], apontam que estas estratégias descrevem aspectos
cognitivos, comportamentais e emocionais em constante mutação, de modo que as
exigências internas ou do ambiente estarão sendo avaliadas em relação aos
recursos pessoais que o indivíduo apresenta.
22
Sendo assim, o termo enfrentamento implicaria nesta função adaptativa do
comportamento presente na relação do organismo e o ambiente considerado
adverso. Aquele tem sido considerado na área da psicologia da saúde como útil para
uma melhor compreensão dos efeitos do estresse e das diferenças individuais
encontradas nos diferentes repertórios de indivíduos que vivem situações
estressantes [33, 36, 45, 48]. As diferentes formas de enfrentamento implicam em
diferentes esforços comportamentais e cognitivos visando lidar com exigências
consideradas como sobrecarga. Para Arruda & Zannon [45], as sínteses teóricas de
Lazarus & Folkman e de Gimenes [53] destacam as principais ênfases que
favorecem a aplicabilidade e a adequação do modelo interativo de estresse para a
psicologia da saúde e para a assistência psicológica no campo da saúde. As
estratégias de enfrentamento também têm sido avaliadas sob diversos paradigmas,
mas além de seus obstáculos conceituais, a validade de suas medições também tem
sido alvo de investigações [45, 47, 52].
É possível afirmar que a dimensão comportamental do paciente é de relevância tal
que está presente em todos os momentos da doença. Podemos evidenciar a
importância do comportamento dos sujeitos antes de um diagnóstico para câncer,
desde comportamentos preventivos na saúde bucal [54] ou em casos de
comportamentos que aumentam os fatores de risco, como o uso de álcool e tabaco
[8, 55]. Ainda, o comportamento pode ser influenciado durante o tratamento, no que
concerne à sua adesão ou não ao mesmo, a sua relação com a equipe que está lhe
tratando, as estratégias que o paciente e seus familiares usam para lidar com a
23
doença [45, 50, 56], assim como sua conduta após o período do tratamento, mesmo
que longo, tendo ele sido considerado curado ou não [36, 45, 51, 57-63].
No que concerne à população de portadores de CCP do tipo CCE, em levantamento
na base de dados Lilacs e Scielo (Brasil), foram encontrados poucos estudos
nacionais a partir da busca dos descritores abaixo na língua portuguesa do Brasil.
Isso nos permite supor que o nosso país ainda carece de mais investigações nesta
área ou que os estudos realizados estão sendo publicados há muitos anos somente
em revistas não indexadas, ou que não estejam disponíveis nestas duas bases
brasileiras, ou publicados apenas em revistas estrangeiras. Para averiguar estas
possibilidades, foram utilizados alguns descritores em três grandes bases (tabela
01).
Tabela 1 – Estudos brasileiros sobre aspectos psicológicos de portadores de câncer de cabeça e
de pescoço (com ou sem CCE) publicados na língua portuguesa do Brasil. LILACS SCIELO PUBMED
Palavras-chave na busca
Estudos encontrados
Palavras-chave na busca
Estudos encontrados
Palavras-chave na
busca
Estudos encontrados
Enfrentamento + cabeça + pescoço 0 Enfrentamento +
cabeça + pescoço 0
Coping + cabeça + pescoço
0 Coping + cabeça + pescoço
0
Squamous cell + carcinoma + Psychological
+ Brazil
0
Enfrentamento + carcinoma + escamosas
0 Enfrentamento +
carcinoma + escamosas
0
Psicológicos + carcinoma + escamosas
0 Psicológicos + carcinoma + escamosas
0
coping + squamous cell + carcinoma
+ Brazil
0
psicológicos + cancer + cabeça 2 psicológicos + cancer
+ cabeça 0
psicossociais + cancer + cabeça
0 psicossociais + cancer + cabeça
0
Psicooncologia 0 Psicooncologia 2 Subtotal 2 Subtotal 2
Coping + head + neck + cancer
302 Sendo 01
estudo brasileiro
TOTAL = 5
Sabe-se que outros estudos de relevância têm sido desenvolvidos, mas devido a
razões não conhecidas, não estão disponíveis nestas fontes. Com os descritores
24
psicológicos + cancer + cabeça, foram encontradas 2 referências na base Lilacs,
ambas já citadas no presente estudo. Com os descritores coping head neck cancer,
propositalmente ampla, foram encontrados 302 artigos, sendo somente 01 estudo
nacional. No Brasil merece destaque o trabalho de Costa Neto e de seus
colaboradores [3].
Ainda este autor realizou em sua tese de doutoramento um levantamento mais
completo, e identificou 47 estudos sobre qualidade vida de pacientes com câncer
cabeça pescoço, apresentando características relacionadas ao ano, autoria, número
de sujeitos e tipo de instrumento utilizado, no período entre 1989 e 2001. As
propostas encontradas por Costa Neto que se aproximam de enfrentamento por
parte dessa população seriam os estudos sobre “evitação social e estresse”,
“performance” e “ajustamento psicossocial” [3].
Sendo assim, é possível inferir que ainda existe uma demanda real e urgente na
oncologia de investigação sobre este processo adaptativo (enfrentamento), partindo
do pressuposto que o pequeno número de estudos encontrados implica em
incipiente comprovação desta necessidade. Os benefícios do trabalho psicológico
em relação ao enfrentamento são vários, podendo refletir em maior adesão ao
tratamento, o que aumenta a possibilidade de uma recuperação melhor e mais
rápida do paciente, e reflete também em menores custos para os serviços [13, 56,
64, 65]. Os aspectos comportamentais associados ao câncer são reconhecidos
amplamente na literatura especializada, seja ela originada no próprio campo da
psicologia seja nos campos afins que compõem a equipe de tratamento para estes
25
quadros. A presença do conhecimento psicológico na oncologia é apontada por
diversos autores como essenciais [13, 50, 56, 61, 66].
Há autores que consideram até mesmo que muitos profissionais de saúde tendem a
não identificarem alterações psicológicas em pacientes, por exemplo, com câncer de
cabeça e pescoço [60] ou de não reconhecerem um quadro de depressão (uma
destas comorbidades1) adequadamente [41, 67, 68]. No Brasil, a Portaria nº 3.535
do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União, em 14 de outubro de
1998 determina a presença obrigatória do psicólogo nos serviços de suporte, sendo
este um dos critérios para cadastramento de centros de atendimento em Oncologia
junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) [13]. Portanto, faz-se necessário ampliar a
atuação multidisciplinar no tratamento de pacientes acometidos por CCP. Mais
especificamente, o trabalho psicológico pode ajudar a melhorar as intervenções e
conseqüentemente os números que apontam ainda tantos óbitos, comorbidades,
queda elevada na qualidade de vida e, como não poderíamos deixar de mencionar,
a inabilidade emocional e comportamental para enfrentar o desafio que as
neoplasias malignas representam para a maioria das pessoas.
1 Destaque do autor deste texto.
26
3 - Justificativa
Apesar dos efeitos ainda devastadores que várias neoplasias causam na vida das
pessoas, inclusive resultando em óbitos, existe uma escassez de estudos sobre as
estratégias de enfrentamento dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço,
especificamente portadores de CCE, salvo alguns estudos estrangeiros.
Avaliar as estratégias de enfrentamento contribui para conhecer melhor este
paciente - os seus recursos pessoais / seu repertório comportamental, incluindo as
emoções - para planejar intervenções mais específicas, que poderão influenciar no
seu prognóstico.
No município de Montes Claros – Minas Gerais, não existe registro de estudos sobre
esta clientela, nem tampouco um serviço de atendimento psicológico específico para
pacientes com este tipo de câncer.
Assim, é necessário buscar compreender como pacientes brasileiros, da região do
norte de Minas Gerais, com carcinoma de células escamosas enfrentam a doença e
o seu tratamento.
27
4 – Objetivos
4.1 – Objetivo geral
Identificar as estratégias de enfrentamento de problemas nos pacientes com
carcinoma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço, e suas
possíveis associações com variáveis sócio-demográficas, clínicas e terapêuticas.
4.2 – Objetivos específicos
1) Conhecer as estratégias de enfrentamento utilizadas por estes pacientes,
frente aos novos estressores relacionados à doença e ao tratamento.
2) Conhecer as contingências sócio-demográficas, clínicas e terapêuticas
associadas às estratégias de enfrentamento.
28
5 – Hipóteses
As hipóteses que serão alvos de investigação:
1) As estratégias de enfrentamento dos indivíduos com carcinoma de células
escamosas nas regiões de cabeça e pescoço variam entre os pacientes conforme
suas características sócio-demográficas.
2) Estratégias de enfrentamento focadas na emoção (enfrentamento passivo)
podem influenciar negativamente no comportamento do indivíduo para com o seu
tratamento, correlacionando-se com piores prognósticos.
3) Pacientes com quadros mais graves (TNM III e IV) terão como estratégia
predominante aquela focada na emoção, ou seja, enfrentamento passivo.
29
6 – Material e método
O trabalho foi apresentado em forma de artigo científico, cuja metodologia está
descrita no texto do artigo.
O artigo “Coping strategies among patients with head and neck squamous cell
carcinoma (HNSCC): sociodemographic, clinic, and therapeutic correlations” foi
escrito segundo as normas de publicação do periódico Psycho-Oncology.
30
7 - Artigo
Coping strategies among patients with head and neck squamous
cell carcinoma (HNSCC): sociodemographic, clinic, and
therapeutic correlations
Vieira, LT1, Rocha, CPGP2, Cardoso, CM3, Lima, LMC4; De Paula, AMB5. 1 Specialist Psychologist. Program of Health Sciences. State University of Montes Claros, Montes Claros, Brazil. 2 Undegraduate. Department of Psychology. Ibituruna Faculty of Health, Montes Claros, Brazil. 3 Specialist Head and Neck Surgeon. Department of Medicine. State University of Montes Claros, Montes Claros, Brazil. 4 Specialist. Radiotherapist. Department of Medicine. State University of Montes Claros, Montes Claros, Brazil. 5 DDS, PhD, Lecturer, Program of Health Sciences. State University of Montes Claros, Montes Claros, Brazil.
Address:
Dr. Alfredo Maurício Batista De Paula Departamento de Odontologia. Campus Universitário Darcy Ribeiro. Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. Av. Dr. Rui Braga, s/n. Vila Mauricéia. Montes Claros - MG. Brazil. CEP: 39401901. CP 126. Phone: 55- 21-38 32248327. Fax: 55-21-38 32245396 E-mail: [email protected]
31
Abstract
Objective: Head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) is a disease associated with
major morbidity and mortality, representing a major worldwide public health problem in
many countries, including Brazil. Traditionally, the disease and treatment outcomes are
focused on clinical and disease-free survival parameters. However, the role of behaviors for
coping has been increasingly of scientific interest. This study investigated the ways of coping
exhibited by HNSCC patients according to sociodemographic, clinic and therapeutic
parameters.
Methods: HNSCC patients (n=60) were interviewed during diagnosis and oncologic
treatment. Coping strategies were measured by the Brazilian version of The Ways of Coping
Checklist, EMEP. Associations between coping strategies and sociodemographic, clinic and
therapeutic parameters were evaluated using univariate and multivariate analysis (α=0,05).
Results: Active coping (focusing on problem solving) characterized the most used strategies
by HNSCC patients. Focusing on religion/wishful thoughts was statistically similar to
focusing on the problem. The logistic regression analysis showed that undergoing a
tracheotomy was significantly associated with emotion-focused response (p<0,05). The
parameter having accompaniment to appointments was associated with seeking for social
support (p<0,05). Income, manifestation and esthetic disfigurement parameters were
associated with focus on problem-solving (p<0,05).
Conclusions: HNSCC patients’ coping behaviors are associated with variables that
professionals can not control. Presenting active or passive coping behavior does not depend
on sociodemographic, clinical or therapeutic parameters. Coping behaviors of HNSCC
patients should be used to help improve treatment.
Key words: Squamous cell carcinoma, head and neck, cancer, coping, oncology, prognosis.
32
Introduction
Head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) is a disease associated with major
morbidity and mortality and represents a major worldwide public health problem in many
countries, including Brazil [1, 2]. There is a predominant ratio of men over women and most
common affected anatomical sites are oral cavity, pharynx and larynx [3, 4]. The incidence of
the disease varies according to geographic area and social and economic patterns [1]. HNSCC
arises as a consequence of multiple molecular events induced by the effects of various
carcinogens from habits such as tobacco and alcohol use, influenced by other environmental
factors in a background of inherited resistance or susceptibility [5]. Genetic influences on
HNSCC have been found in certain cases but the components are not yet entirely clear [6, 7].
Patients have to deal not only with a diagnosis of HNSCC, which is already a burden,
but also with inherent losses for this cancer and the sequelae of the treatment, such as
difficulties with breathing, sleeping, swallowing, drinking water and opening the mouth [8,
9]. Treatment often consists of radiotherapy, brachitherapy, surgery and chemotherapy, or the
combination of these as primary, secondary and tertiary therapies [10]. Mutilation of the face
with disfigurement, loss of voice, mobility difficulties, difficulties eating in public, difficulties
with using a breathing tube, xerostomia and pain are some of the consequences of treatment
[11-13]. These responses bring about other consequences, such as loss of work, financial
deprivation, socializing difficulties (isolation), and sexuality problems (especially for women
within our culture) [14], as well as depression, anxiety [15] and possible poorer immune
responses [16, 17].
Dealing with all these new contingencies requires some cognitive and behavioral
changes [18] the so called coping strategies. The coping behavior is an attempt to respond to
the new event appraised as exceeding one’s resources [19-21]. Coping is situational, once
internal or environmental demands are being evaluated with respect to the subject’s personal
repertoire. Besides regulating emotions, it is also a mechanism for problem solving [22].
There are different types of coping behaviors, but some studies have found it helpful to
investigate active and non-active coping strategies. Non-active coping (such as emotion
focused coping) involves behaviors towards his/her feelings and thoughts when stress is
appraised as a threat. Usually it is more related to depression, anxiety, avoidance, fatalism,
fantasies and vulnerability [23]. These behaviors intend to minimize the level of stress. Active
coping presumes appraising stress as a challenge, when the event will be faced positively and
33
realistically. Usually one has high self-esteem and focuses on growth and mastery. It
decreases anxiety as one tries to solve the actual problem [19, 24-26].
The aim of the present study was to investigate the coping strategies exhibited by a
HNSCC Brazilian sample and its relationship with sociodemographic, clinic and therapeutic
parameters.
Material and Methods
Patients
This cross-sectional study was composed of 60 HNSCC patients who were treated
with surgery alone or combined with postoperative radiotherapy and chemotherapy, between
2005 and 2008, in Montes Claros (MG, Brazil). Patients were told about the study during the
medical appointment or while waiting for their appointment. Data were collected in two local
hospitals, in one specialized oncology clinic, in a psychology office and in patients’ natural
environments [15, 27]. Medical records were retrieved to obtain further information. Patients
fit the inclusion criteria if they were at least 21 years of age, had a morphological diagnosis of
HNSCC, understood and spoke Portuguese, had no severe behavior disorder, agreed to
participate through written consent, have clinical information available and filled in the
coping questionnaire. Subjects were excluded when they presented behavior disorders, were
affected by major medical conditions, did not understand the procedures, illiterate and unable
to communicate orally in that moment or refused participation.
Ethical approval for this study was obtained from the Ethics Committee of the State
University of Montes Claros - Unimontes (Number of approval protocol: 242, year 2005).
Sociodemographic, Clinical and Therapeutic Parameters
The sample was dichotomized according to sociodemographic, clinic, and therapeutic
parameters. Gender, age (patients who were younger than 55 years of age and patients who
were at least 55 years old), marital status (having ever/never had a spouse or equivalent
relationship), area of longest period of residence (rural or urban), income (the Brazilian
minimum wage is about U$ 200.00 per month), accommodation status (living with people or
alone), level of education (categories of studying years), and accompanying support (having a
companion at the medical appointments). Although ethnicity cannot be truly established in
Brazilian people, all the subjects self-reported as white or non-white categories. Tobacco and
alcohol drinking habits were investigated. Patients who never drank/smoked were considered
34
non-drinkers/smokers. Ex-drinkers and ex-smokers were subjects who had abstained from any
type of drinking and smoking. Smokers/ex-smokers and drinkers/ex-drinkers were grouped
combined. Occurrence of cancer in a first relative was verified. Cancer term was defined
using WHO definition as ‘‘an uncontrolled growth and spread of cells that may affect almost
any tissue of the body’’. All patients were staged according to the UICC TNM Classification
of Malignant Tumors (1997) [28]. HNSCC was classified according to the primary site as
described in the International Classification of Diseases (ICD-10) for Oncology [29]. The
anatomical sites reviewed in this study included 1- Mouth and perioral region (C00, C01,
C02, C04, C05, C06.0, C06.2); 2- Oropharynx (C09-C10), 3- Hypopharynx-Larynx (C12,
C13, C32). Lesions located in oral cavity were considered as anterior group and those located
in oropharynx-hypopharynx-larynx as posterior group. TNM clinical staging (early= I/II and
late= III/IV), T parameter (T1/T2 and T3/T4) and N parameter (NO and N1, N2, N3) were
analyzed. Modality of treatment (surgery, radiotherapy, chemotherapy or any association of
these), tracheotomy (yes or no), symptomatology (present or absent), lesion occurrence
(primary and non-primary lesion, as secondary tumor, metastasis and recurrence) and
observed and self-reported esthetic disfigurement and self-reported habit alteration were
investigated.
Instruments
Coping strategies were measured by EMEP (Escala de Modos de Enfrentamento de
Problemas), an adapted validated Brazilian version of The Ways of Coping Checklist (WCCL)
[30], derived of transactional model of stress and coping from Lazarus and Folkman (1984). It
consists of four coping strategies factors: problem-focused coping, emotion-focused coping,
religion/wishful thought-focused coping and seeking for social support-focused coping. It is
45-item-instrument, developed as a 5-point Likert scale that regards to the major stressor of
the last week, ranging between 1 (I never do this), 2 = I seldom do this, 3 = I sometimes do
this, 4 = I often do this and 5 (I always do this). Scores are calculated for each factor and high
scores (above median) indicate more use of the strategy. The last item is an open/optional
question [30]. Patients were divided into groups with low and high scores according to
median value obtained in each sub-scale.
Statistical Analysis
Descriptive statistics were performed to gain knowledge of the characteristics of the
sample. Raw scores were calculated for each of the sub-scales of EMEP. The possible
35
associations between independent variables (sociodemographic, clinical, and therapeutic
parameters) and sub-scales of coping strategies were examined by Pearson’s Chi-square test.
Most of the tests for statistical significance were two-sided. Odds ratio (ORs) was calculated
in Logistic regression and confidence interval was set at 95%. Significance level for variables
entering the logistic regression was set at 0.2 and for removing from the model at 0.4. The
model was adjusted to the best significance. Statistical analysis showing a confidence above
95% (p<0.05) was considered significant. All analyses were performed with the Statistical
Package for Social Sciences, SPSS® (SPSS Inc., Chicago, IL, USA), version 13.0 for
Windows®.
36
Results
Out of 83 patients approached, 10 did not fill in the coping questionnaires, 10
responded the interviews but did not understand the procedures of the questionnaire and 3 had
missing important information. So, 60 patients fulfilled inclusion criteria.
Descriptive results of parameters are described in Table 1. The male-to-female ratio
was 5.6:1 with a mean age of 55,2 years (ranging from 43 to 78 years). The Cronbach
coefficient of EMEP was calculated for this population (α = 0,82). EMEP results
exhibited the following values on problem-focused coping (mean= 3,93, median= 3,94, SD=
0,54, variance= 0,30, minimum value= 1,88, and maximum value= 4,90); emotion-focused
coping (mean= 2,42, median= 2,40, SD= 0,52, variance= 0,27, minimum value= 1,20, and
maximum value= 3,60); religion/wishful thought-focused coping (mean= 3,93, median= 4,0,
SD= 0,63, variance= 0,40, minimum value= 2,70, and maximum value= 5,0); and seeking for
social support-focused coping (mean= 3,44, median= 3,40, SD= 0,78, variance= 0,61,
minimum value= 1,40, and maximum value= 4,80).
Focus on problem solving and religious/wishfull thoughts were the most predominant
behaviors. Focus on problem solving is considered active coping, and among 7 items of Focus
on religious/wishfull thoughts, four are considered passive [30]. Seeking for social support
can also include passive coping behaviors, such as negative perceptions of received support or
not acceptance of support (avoidance) [31].
Tables 2 and 3 show the comparative analysis of the socio-demographic, clinic and
therapeutic variables according to each sub-scales of EMEP. Significant differences were
found between patients relating to tracheotomy (χ2 = 0,007), in the behavior focused on
emotion, when 31,66% have undergone tracheotomy and 53,33% scored above median. It was
observed a significant difference between patients who had company at appointments (χ 2 =
0,035), 70% of them had some company, and 48,34% scored above median on the behavior of
seeking for social support. Statistical differences were also found for voice alteration (χ 2 =
0,033) and seeking for social support, when 86,66% of patients had voice/speech alteration,
and 48,33% scored above median for this sub-scale. Table 4 reveals significant differences
only between patients who had company at appointments who focused on the problem.
Logistic regression showed that income (OR 3.770), manifestation (OR 0,074) and
esthetic disfigurement (OR 0.145) parameters were associated with focus on problem-solving.
For focus on emotion, it was verified a statistical association with tracheotomy (OR 4,272).
Company at appointments (OR 0,226) was associated with focus on seeking for social
37
support. When patients were dichotomized between their behaviors of focusing on problem
and focusing on other strategies, logistic regression analysis did not show any significant
statistical association (Tables 5 and 6).
38
Discussion
Coping literature is ample and not consensual about its conceptualization.
Nevertheless, coping strategies presume a class of behaviors developed according to
contingencies, a relation to here-and-now, it is process-oriented, relational, involving
appraisal and emotions [19, 31-33]. It includes active and passive behaviors. Literature
suggests that the most successful coping behaviors are related to active coping [24, 34].
HNSCC patients had a variety of associations between active coping and other ways
of coping with interesting variables investigated in the current study. Focusing on problem-
solving is an active coping behavior [34]. In this study income was significantly associated
with this way of coping. Other studies have found socioeconomic status as an important
prognostic factor for HNSCC patients [22] and for patients with oral cancer [35, 36]. Most
patients live with the Brazilian minimum wage or a little more than that. Probably a higher
income facilitates their access to services, information and other variables that may influence
this behavior.
The manifestation of the tumor was also significantly associated with focusing on
problem-solving. Out of the total, 83,34% of patients had primary tumors. Being exposed to
the diagnosis and treatment may establish occasion to learn new and more successful
behaviors depending on one’s repertoire [18], or the opposite, including recurrence, a
secondary tumor and metastasis occurrence, which are associated with worse prognosis [8]. It
was found in another study found relationships between passive coping behaviors in HNC
patients with primary tumors [37]. Their later study [38] found passive coping behaviors
associated with fear of recurrence in one third of HNC patients with primary tumors. We
don’t believe that the fact of having a first manifestation of the tumor has determined the
focus on problem-solving, though the design of the study does not allow other inferences. As
coping is situational, here-and-now-oriented, patients may change their behaviors according
to several contingencies [39, 40].
Aesthetic disfigurement is one of the most remarkable results of HNSCC treatment,
especially when surgery proceeding has been used [11, 14]. In the current study, esthetic
disfigurement was significantly associated with the behavior of problem-solving. Hassanein et
al.[9] found strong association between worse functioning status and disfigurement in oral
cancer patients [35]. Despite disfigurement being an aversive event in our culture, successful
adjustment is not rare, depending on patients’ perceptions or meanings concerning that [19,
37, 41, 42]. During this investigation, we observed patients being curious about what they
39
would look like immediately after surgery proceeding. They considered having a different
appearance, but did not emphasize that as the most discriminative event. This association with
focusing on the problem can mean that one will do things for solving/improving one’s health
problem, this being more relevant than its sequelae [8, 13, 43, 44]. Additionally, good sense
of humor combined with positive thoughts and feelings has helped HNC patients to socialize
irrespective to their changed appearance [15]. In our work, some patients even mentioned that
their appearance had improved. As in the occidental world cultures esthetics is such an
important issue, this variable was not expected to be associated with active coping behaviors
[35].
It was surprising that none of the patients in the current study focused on emotion
(passive coping) as their predominant behavior [22, 34], having typical psychological
problems with unsuccessful consequences, usually being part of their personal repertoire
history [19, 23-25, 45]. Being submitted to the surgical procedure of tracheotomy was
statistically significant for emotion-focused coping. This may be due to one’s repertoire to
deal with stressful situations especially related to this procedure [44]. Losing one’s voice,
having surgery in the head and neck region and living with a hole on the neck can be
traumatic [15].
Problem-solving focusing was statistically similar to focus on religion/wishful
thoughts, as the two most predominant ways of coping in this study. The latter showed no
significant association with any of the parameters investigated. Finding religious coping is
congruent with the literature, once religiosity, spirituality and related behaviors have been
very common among people facing difficult and stressful situations, especially cancer [31, 45,
46]. Some HNSCC patients hope for a miracle, would like to forget about the entire problem
(avoidance) and in the open interview, give God the responsibility for the cause and the cure
of cancer [30, 47]. We believe this is because Brazil is a very religious country (99% of
Brazilians believe in God) [48] with a variety of churches, temples and spiritual approaches
offering comfort and other kinds of support.
In the current study, voice alteration showed significant differences between groups
for seeking for social support coping. Tracheotomy affects voice/speech, and changes in
speech are clearly related to social interactions, since oral communication is one of our most
common behaviors [44]. Speech is usually included in the category of functioning, which is
largely mentioned as harmed for these patients [35, 49-51]. Having good social support
during treatment helps patients develop more successful behaviors, once they would not have
to fight alone with the new challenges. Studies have demonstrated that patients need different
40
kinds of support for different moments of the disease [31, 39, 50, 52], as in the beginning of
the treatment, when individuals need to make decisions, the support of the health team is
crucial [49, 50, 53]. Having company to appointments was also significantly associated with
seeking for social support. Most HNSCC patients (72%) had some kind of company at
appointments, usually a first grade relative [54]. Usually, at the moment of diagnosis, patients
need emotional support, and having that has a meaning of not being abandoned by their love
ones [15]. Link et al.[55], points out that patients who do not have close family or friends
extend their close circle of acquaintances to distant relatives or even to professionals, who
will help them be able to cope [56]. Involving the families is also a duty of the staff, since
they are the ones who will continue supporting patients at home [41, 55, 57]. Some patients
feel that this experience can mean a burden to others, which will depend on one’s history, and
his/her way of coping will be influenced by the relation he/she has with others and by the
meaning attributed to the disease/treatment [27, 58]. Both hospitals where data were collected
for this research offered support groups, as well as a temporary residence for patients who
came from other cities, a place where patients can talk about their fears, sufferings, anxiety
and compare themselves to others [59]. One of the patients in the study whose way of coping
was seeking for social support lived in an elderly institution.
In our study, focusing on problem-solving was the most active coping strategy used by
HNSCC patients. We performed a dichotomization of focusing on problem-solving and
focusing on other strategies for this research, in which having company to appointment was
the only variable with significant statistical value in Pearson’s Chi-square test. Some authors
[31, 60] have found individuals who used active coping strategies finding benefit after
interventions, specifically surgery. The latter [60] suggest that especially in the social
comparison domain there is a more active response if we consider the optimistic look one
may have over his/her coping efficacy comparing to others. Active coping is useful when the
context provides ample scope for individuals to behave, otherwise, in irreversible situations,
reinterpretation or acceptance is a more appropriate behavior [31].
Some actions listed for focus on religion/wishful thoughts in the questionnaire
characterizes passive coping. When religious practices or beliefs influence patients to have
healthy behaviors, this active coping results in better outcomes [47]. There is evidence
suggesting a lower incidence of cancer among religious people, probably because of these
healthy behaviors, but there is no consensus on religious coping investigation [61].
Additionally, studies point how religious coping/wishful thoughts and fatalistic attitudes may
41
lead persons to delay searching for help and for facing the problem, being harmful to patients
[34, 47].
Considering that this current study has some limitations, such as sample size, the
judgment of patients’ physical status as poor for participating in the study, made only by their
physician (selection bias) and low educational level of patients which makes us doubt if their
answers were really a result of a good understanding of the procedures and of the
questionnaire or not, it was shown that coping behaviors were related to contingencies that
neither patients nor professionals have good control on. However, this can be used to guide
clinical interventions and practical changes in daily care of these patients because coping
behaviors may influence important variables. Health teams can give emotional support,
improve information delivering, build support groups and require family company at
appointments, if patients agree. Also, staff can help patients who present poor repertories by
teaching them coping strategies. Considering the results of the study, the role of culture
aspects on the ways of coping of HNSCC patients should be investigated.
42
Acknowledgments
This study was supported in part by grants from a Brazilian agency, the Foundation for
the Support of Research of the State of Minas Gerais (Fapemig). We thank the Santa Casa
Hospital and the Dilson Godinho Hospital - Montes Claros - Minas Gerais - Brazil.
Dr. AMB De Paula is researcher fellow of Fapemig.
43
Reference List 1. Antunes, JL; Biazevic, MG; de Araujo, ME; Tomita, NE; Chinellato, LE; Narvai, PC.
Trends and spatial distribution of oral cancer mortality in Sao Paulo, Brazil, 1980-1998. Oral Oncol 2001; 37 : 345-350.
2. Franceschi, S; Levi, F; La, VC; Conti, E; Dal, ML; Barzan, L; Talamini, R. Comparison of the effect of smoking and alcohol drinking between oral and pharyngeal cancer. Int J Cancer 1999; 83 : 1-4.
3. Reid, BC; Winn, DM; Morse, DE; Pendrys, DG. Head and neck in situ carcinoma: incidence, trends, and survival. Oral Oncol 2000; 36 : 414-420.
4. Warnakulasuriya, S. Global epidemiology of oral and oropharyngeal cancer. Oral Oncol 2008.
5. Scully, C; Field, JK; Tanzawa, H. Genetic aberrations in oral or head and neck squamous cell carcinoma 2: chromosomal aberrations. Oral Oncol 2000; 36 : 311-327.
6. Drummond, SN; De, ML; Noronha, JC; Gomez, RS. GSTM1 polymorphism and oral squamous cell carcinoma. Oral Oncol 2004; 40 : 52-55.
7. Schantz, SP; Hsu, TC; Ainslie, N; Moser, RP. Young adults with head and neck cancer express increased susceptibility to mutagen-induced chromosome damage. JAMA 1989; 262 : 3313-3315.
8. Fortunato, L; Ridge, JA. Surgical palliation of head and neck cancer. Curr Probl Cancer 1995; 19 : 153-165.
9. Hassanein, KA; Musgrove, BT; Bradbury, E. Psychological outcome of patients following treatment of oral cancer and its relation with functional status and coping mechanisms. J Craniomaxillofac Surg 2005; 33 : 404-409.
10. Rogers, SN. Quality of life for head and neck cancer patients - has treatment planning altered? Oral Oncol 2009.
11. Biazevic, MG; Antunes, JL; Togni, J; de Andrade, FP; de Carvalho, MB; Wunsch-Filho, V. Immediate impact of primary surgery on health-related quality of life of hospitalized patients with oral and oropharyngeal cancer. J Oral Maxillofac Surg 2008; 66 : 1343-1350.
12. Lin, A; Kim, HM; Terrell, JE; Dawson, LA; Ship, JA; Eisbruch, A. Quality of life after parotid-sparing IMRT for head-and-neck cancer: a prospective longitudinal study. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2003; 57 : 61-70.
13. Pourel, N; Peiffert, D; Lartigau, E; Desandes, E; Luporsi, E; Conroy, T. Quality of life in long-term survivors of oropharynx carcinoma. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2002; 54 : 742-751.
14. Kunkel, EJ; Rodgers, C; Field, HL; Snyderman, DA; Woods, C; Zager, RP; Walker, M. Treating the patient who is disfigured by head and neck cancer. Gen Hosp Psychiatry 1995; 17 : 444-450.
44
15. Bjorklund, M; Sarvimaki, A; Berg, A. Health promotion and empowerment from the perspective of individuals living with head and neck cancer. Eur J Oncol Nurs 2008; 12 : 26-34.
16. Garssen, B; Goodkin, K. On the role of immunological factors as mediators between psychosocial factors and cancer progression. Psychiatry Res 1999; 85 : 51-61.
17. Thomas, GR; Panedo, F; Dahn, J; Hernandez, M; Traeger, L; Wen, J; Raynor, T; Goodwin, WJ. Psychosocial distress and T cell immunity in patients with head and neck carcinoma. Otolaryngology-Head and Neck Surgery 2004; 131 : P184.
18. Tsai M, Kohlenberg RJ. Functional Analytic Psychotherapy Creating Intense and Curative Therapeutic Relationships. Plenum Press: N.Y., 1991;
19. Folkman, S. Personal control and stress and coping processes: a theoretical analysis. J Pers Soc Psychol 1984; 46 : 839-852.
20. Folkman, S; Lazarus, RS; Gruen, RJ; DeLongis, A. Appraisal, coping, health status, and psychological symptoms. J Pers Soc Psychol 1986; 50 : 571-579.
21. Lazarus, RS. Toward better research on stress and coping. Am Psychol 2000; 55 : 665-673.
22. de, GA; de, L, Jr.; Ros, WJ; Hordijk, GJ; Blijham, GH; Winnubst, JA. Sociodemographic factors and quality of life as prognostic indicators in head and neck cancer. Eur J Cancer 2001; 37 : 332-339.
23. Skinner BF. Science and human behavior. Macmillan: N.Y., 1953;
24. Dysvik, E; Natvig, GK; Eikeland, OJ; Lindstrom, TC. Coping with chronic pain. Int J Nurs Stud 2005; 42 : 297-305.
25. Folkman, S; Lazarus, RS. Coping as a mediator of emotion. J Pers Soc Psychol 1988; 54 : 466-475.
26. Kopp, M; Bonatti, H; Haller, C; Rumpold, G; Sollner, W; Holzner, B; Schweigkofler, H; Aigner, F; Hinterhuber, H; Gunther, V. Life satisfaction and active coping style are important predictors of recovery from surgery. J Psychosom Res 2003; 55 : 371-377.
27. McPherson, CJ; Wilson, KG; Murray, MA. Feeling like a burden: exploring the perspectives of patients at the end of life. Soc Sci Med 2007; 64 : 417-427.
28. Sobin, LH. TNM: evolution and relation to other prognostic factors. Semin Surg Oncol 2003; 21 : 3-7.
29. WHO. International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems. WHO: Geneve, 2007;
30. Seidl, EMF; Tróccoli, BT; Zannon, CMLC. Factorial Analysis of a Coping Measure. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2001; 17 : 225-234.
45
31. Schulz, U; Mohamed, NE. Turning the tide: benefit finding after cancer surgery. Soc Sci Med 2004; 59 : 653-662.
32. Folkman, S; Moskowitz, JT. Positive affect and the other side of coping. Am Psychol 2000; 55 : 647-654.
33. Sand, L; Olsson, M; Strang, P. Coping strategies in the presence of one's own impending death from cancer. J Pain Symptom Manage 2009; 37 : 13-22.
34. Watson, JM; Logan, HL; Tomar, SL. The influence of active coping and perceived stress on health disparities in a multi-ethnic low income sample. BMC Public Health 2008; 8 : 41.
35. Hassanein, KA; Musgrove, BT; Bradbury, E. Functional status of patients with oral cancer and its relation to style of coping, social support and psychological status. Br J Oral Maxillofac Surg 2001; 39 : 340-345.
36. Koifman, S; Koifman, RJ. Environment and cancer in Brazil: an overview from a public health perspective. Mutat Res 2003; 544 : 305-311.
37. Llewellyn, CD; McGurk, M; Weinman, J. Illness and treatment beliefs in head and neck cancer: is Leventhal's common sense model a useful framework for determining changes in outcomes over time? J Psychosom Res 2007; 63 : 17-26.
38. Llewellyn, CD; Weinman, J; McGurk, M; Humphris, G. Can we predict which head and neck cancer survivors develop fears of recurrence? J Psychosom Res 2008; 65 : 525-532.
39. Folkman, S; Lazarus, RS. If it changes it must be a process: study of emotion and coping during three stages of a college examination. J Pers Soc Psychol 1985; 48 : 150-170.
40. Humphris, GM; Rogers, S; McNally, D; Lee-Jones, C; Brown, J; Vaughan, D. Fear of recurrence and possible cases of anxiety and depression in orofacial cancer patients. Int J Oral Maxillofac Surg 2003; 32 : 486-491.
41. Whale, Z. Head and neck cancer: an overview of literature. European Journal of Oncology Nursing 1998; 2 : 99-105.
42. Wood, S; Bisson, JI. Experience of incorporating a mental health service into patient care after operations for cancers of the head and neck. Br J Oral Maxillofac Surg 2004; 42 : 149-154.
43. Andrykowski, MA; Lykins, E; Floyd, A. Psychological health in cancer survivors. Semin Oncol Nurs 2008; 24 : 193-201.
44. Ramirez, MJ; Ferriol, EE; Domenech, FG; Llatas, MC; Suarez-Varela, MM; Martinez, RL. Psychosocial adjustment in patients surgically treated for laryngeal cancer. Otolaryngol Head Neck Surg 2003; 129 : 92-97.
45. Aquino, VV; Zago, MM. The meaning of religious beliefs for a group of cancer patients during rehabilitation. Rev Lat Am Enfermagem 2007; 15 : 42-47.
46
46. Rezaei, M; dib-Hajbaghery, M; Seyedfatemi, N; Hoseini, F. Prayer in Iranian cancer patients undergoing chemotherapy. Complement Ther Clin Pract 2008; 14 : 90-97.
47. Taylor, EJ. Spirituality, culture, and cancer care. Semin Oncol Nurs 2001; 17 : 197-205.
48. Faria, JB; Seidl, EMF. Religiosity and coping in health and illness: a review. Psicologia: Reflexão e Crítica 2005; 18 : 381-389.
49. de, L, Jr.; de, GA; Ros, WJ; Blijham, GH; Hordijk, GJ; Winnubst, JA. Prediction of depressive symptomatology after treatment of head and neck cancer: the influence of pre-treatment physical and depressive symptoms, coping, and social support. Head Neck 2000; 22 : 799-807.
50. Dunn, J; Steginga, SK; Rose, P; Scott, J; Allison, R. Evaluating patient education materials about radiation therapy. Patient Educ Couns 2004; 52 : 325-332.
51. Humphris, GM; Ozakinci, G. Psychological responses and support needs of patients following head and neck cancer. Int J Surg 2006; 4 : 37-44.
52. DiTomasso RA, Martin DM, Kovnat KD. Medical patients in crisis In Cognitive-behavioral Strategies in Crisis Intervention, Dattilio FM, Freeman AM (ed.).Guilford Press: N.Y., 1994;409-428.
53. Sehlen, S; Hollenhorst, H; Lenk, M; Schymura, B; Herschbach, P; Aydemir, U; Duhmke, E. Only sociodemographic variables predict quality of life after radiography in patients with head-and-neck cancer. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2002; 52 : 779-783.
54. Germino, BB; Fife, BL; Funk, SG. Cancer and the partner relationship: what is its meaning? Semin Oncol Nurs 1995; 11 : 43-50.
55. Link, LB; Robbins, L; Mancuso, CA; Charlson, ME. How do cancer patients choose their coping strategies? A qualitative study. Patient Educ Couns 2005; 58 : 96-103.
56. Feber, T. Design and evaluation of a strategy to provide support and information for people with cancer of the larynx. European Journal of Oncology Nursing 1998; 2 : 106-114.
57. Larsson, M; Hedelin, B; Athlin, E. A supportive nursing care clinic: conceptions of patients with head and neck cancer. Eur J Oncol Nurs 2007; 11 : 49-59.
58. Fife, BL. The measurement of meaning in illness. Soc Sci Med 1995; 40 : 1021-1028.
59. Bennenbroek, FT; Buunk, BP; van der Zee, KI; Grol, B. Social comparison and patient information: what do cancer patients want? Patient Educ Couns 2002; 47 : 5-12.
60. Schwarzer, R; Luszczynska, A; Boehmer, S; Taubert, S; Knoll, N. Changes in finding benefit after cancer surgery and the prediction of well-being one year later. Soc Sci Med 2006; 63 : 1614-1624.
61. Vachon, ML. Meaning, spirituality, and wellness in cancer survivors. Semin Oncol Nurs 2008; 24 : 218-225.
47
Legends
Tables
Table 1 - Distribution of HNSCC patients according to demographic, clinic-therapeutic
parameters (n=60).
Table 2 - Association between sub-scales of EMEP and sociodemographic parameters.
Table 3 - Association between sub-scales of EMEP and clinic-therapeutic parameters.
Table 4 - Association between sub-scales Focus on problem-solving and Focus on other
strategies of EMEP with sociodemographic and clinic-therapeutic parameters.
Table 5 - Logistic regression analyzes in the HNSCC patients according to factors of EMEP
and sociodemographic, clinic, and therapeutic parameters.
Table 6 - Logistic regression analyzes in the HNSCC patients according to sub-scales Focus
on problem-solving and Focus on other strategies of EMEP with sociodemographic and
clinic-therapeutic parameters.
48
Table 1
Parameter n % Parameter n %
Age Tobacco Habit
<55 years 29 48,33 User 14 23,3
≥ 55 years 31 51,67 Ex-user 42 70
Gender Non-user 4 6,7
Female 9 15 Anatomical Site
Male 51 85 Oral Cavity 25 41,7
Ethnicity Oropharynx 16 26,7
White 26 43,3 Hypopharynx/Larynx 19 31,7
Non White 34 56,7 T parameter
Level of Education T1 4 6,7
Non-literate 10 16,7 T2 6 10
Between 1-4 years 33 55 T3 25 41,7
> 4 years 17 28,3 T4 25 41,7
Marital Status N parameter
Ever married 53 88,3 N0 26 43,3
Never married 7 11,7 N1 11 18,3
Residence N2 15 25
Rural 14 23,3 N3 8 13,3
Urban 46 76,7 Symptoms
Income Absent 36 60
< 1.m.w 41 68,3 Present 24 40
≥ 1s.m.w 19 31,7 Initial Treatment
Accomodation Surgery 34 56,7
Alone 7 11,7 Radiotherapy 16 26,7
With people 53 88,3 Chemotherapy 6 10
Companion at Appointments Not treated 4 6,7
Yes 42 70 Esthetic Disfigurement
No 18 30 Yes 43 71,7
Alcohol Drink Habit No 17 28,3
User 9 15 Habit Alteration
Ex-user 44 73,3 Yes 50 83,3
Non-user 7 11,7 No 10 16,7
Voice alteration Tracheaotomy
Yes 52 86,7 Yes 19 31,7
No 8 13,3 No 41 68,3
49
Table 2
VARIABLES
FOCUS ON PROBLEM-SOLVING
FOCUS ON EMOTION
FOCUS ON RELIGION/WISHFUL
THOUGHT
FOCUS ON SEEKING FOR SOCIAL
SUPPORT
Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Age
<55 years 16 (26,67) 16 (26,67) 0,385 14 (23,34) 18 (30) 0,411 14 (23,34) 18 (30) 0,520 16 (26,67) 16 (26,67) 0,493
≥ 55 years 16 (26,67) 12 (20) 14(23,34) 14 (23,34) 13 (21,66) 15 (25) 15 (25) 13 (21,66) Gender Female 5 (08,34) 4 (06,67) 0,588 5 (08,34) 4 (06,67) 0,412 3 (05,0) 6 (10,0) 0,349 3 (05,0) 6 (10,0) 0,203 Male 27 (45) 24 (40) 23 (38,34) 28 (46,67) 24 (40) 27 (45) 28 (46,67) 23 (38,34)
Ethnicity White 12 (20) 14 (23,34) 0,238 13 (21,66) 13 (21,66) 0,424 13 (21,66) 13 (21,66) 0,337 13 (21,66) 13 (21,66) 0,514
Non White 20 (33,34) 14 (23,34) 15 (25) 19 (31,67) 14 (23,34) 20 (33,34) 18 (30) 16 (26,67) Level of Education
≤ 4 years study 24 (40) 21 (35) 0,618 22 (36,67) 23 (38,34) 0,384 21 (35) 24 (40) 0,443 23 (38,34) 22 (36,67) 0,560 > 4 years study 8 (13,34) 7 (11,67) 6 (10,0) 9 (15,0) 6 (10) 9 (15) 8 (13,34) 7 (11,67) Status Marital Ever Married 27 (45,0) 26 (43,34) 0,272 24 (40) 29 (48,34) 0,423 23 (38,34) 30 (50,0) 0,386 25 (41,67) 28 (46,67) 0,062
Never Married 5 (08,34) 2 (03,34) 4 (06,67) 3 (05,0) 4 (06,67) 3 (05,0) 6 (10,0) 1 (01,67) Residence
Rural 7 (11,67) 7 (11,67) 0,507 6 (10,0) 8 (13,34) 0,493 7 (11,67) 7 (11,67) 0,449 7 (11,67) 7 (11,67) 0,564 Urban 25 (41,67) 21 (35,0) 22 (36,67) 24 (40,0) 20 (33,34) 26 (43,34) 24 (40,0) 22 (36,67) Income < 1.m.w 24 (40,0) 17 (28,34) 0,182 21 (35,0) 20 (33,34) 0,224 21 (35,0) 20 (33,34) 0,126 22 (36,67) 19 (31,67) 0,430 ≥ 1.m.w. 8 (13,34) 11 (18,34) 7 (11,67) 12 (20,0) 6 (10,0) 13 (21,67) 9 (15,0) 10 (16,67)
Accomodation With people 27 (45,0) 26 (43,34) 0,272 24 (40,0) 29 (48,34) 0,423 22 (36,67) 31 (51,67) 0,138 26 (43,34) 27 (45,0) 0,241
Alone 5 (08,34) 2 (03,34) 4 (06,67) 3 (05,0) 5 (08,34) 2 (03,34) 5 (08,34) 2 (03,34)
Company to Appointments
Yes 23 (38,34) 19 (31,67) 0,477 19 (31,67) 23 (38,34) 0,477 19 (31,67) 23 (38,34) 0,591 18 (30,0) 24 (40,0) 0,035* No 9 (15,0) 9 (15,0) 9 (15,0) 9 (15,0) 8 (13,34) 10 (16,67) 13 (21,67) 5 (08,34)
Cancer Family History
Absent 18 (30,0) 13 (21,67) 0,309 15 (25,0) 16 (26,67) 0,493 13 (21,67) 18 (30,0) 0,408 18 (30,0) 13 (21,67) 0,222 Present 14 (23,34) 15 (25,0) 13 (21,67) 16 (26,67) 14 (23,34) 15 (25,0) 13 (21,67) 16 (26,67)
Habit Alterations Yes 28 (46,67) 22 (36,67) 0,281 21 (35,0) 29 (48,34) 0,101 23 (38,34) 27 (45,0) 0,503 26 (43,34) 24 (40,0) 0,590 No 4 (06,67) 6 (10,0) 7 (11,67) 3 (05,0) 4 (06,67) 6 (10,0) 5 (08,34) 5 (08,34)
All values were calculated by χ2-statistical test. * Results statistically significant.
50
Table 3
VARIABLES
FOCUS ON PROBLEM-SOLVING
FOCUS ON EMOTION
FOCUS ON RELIGION/WISHFUL
THOUGHT
FOCUS ON SEEKING FOR SOCIAL
SUPPORT
Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Low n (%) High n (%) p value Localization
Anterior 14 (23,34) 11 (18,34) 0,466 14 (23,34) 11 (18,34) 0,168 11 (18,34) 14 (23,34) 0,553 12 (20,0) 13 (21,67) 0,414 Posterior 18 (30,0) 17 (28,34) 14 (23,34) 21 (35,0) 16 (26,67) 19 (31,67) 19 (31,37) 16 (26,67)
Manifestation Primary 24 (40,0) 26 (43,34) 0,064 23 (38,34) 27 (45,0) 0,544 22 (36,67) 28 (46,67) 0,497 24 (40,0) 26 (43,34) 0,178
Non-primary 8 (13,34) 2 (3,34) 5 (08,34) 5 (08,34) 5 (08,34) 5 (08,34) 7 (11,67) 3 (05,0) Symptoms
Absent 14 (23,34) 10 (16,67) 0,356 11 (18,34) 13 (21,67) 0,563 13 (21,67) 11 (18,34) 0,184 12 (20,0) 12 (20,0) 0,521 Present 18 (30,0) 18 (30,0) 17 (28,34) 19 (31,67) 14 (23,34) 22 (36,67) 19 (31,67) 17 (28,34)
T parameter T1/T2 05 (08,34) 05 (08,34) 0,544 6 (10,0) 4(06,67) 0,281 04 (06,67) 06 (10,0) 0,503 04 (06,67) 06 (10,0) 0,322 T3/T4 27 (45,0) 23 (38,34) 22 (36,67) 28 (46,67) 23 (38,34) 27 (45,0) 27 (45,0) 23 (38,34)
N parameter N0 13 (21,67) 13 (21,67) 0,424 14 (23,34) 12 (20,0) 0,238 12 (20,0) 14 (23,34) 0,541 13 (21,67) 13 (21,67) 0,514
N1,.N2,N3 19 (31,67) 15 (25,0) 14 (23,34) 20 (33,34) 15 (25,0) 19 (31,67) 18 (30,0) 16 (26,67) TNM I-II 01 (01,67) 04 (06,67) 0,138 02 (03,34) 03(05,0) 0,565 02 (03,34) 03 (05,0) 0,596 01 (01,67) 04 (06,67) 0,157
III-IV 31 (51,67) 24 (40,0) 26 (43,34) 29(48,34) 25 (41,67) 30 (50) 30 (50,0) 25 (41,67) Combination of
Treatments
Yes 28 (46,67) 24 (40,0) 0,567 25 (41,67) 27 (45,0) 0,433 23 (38,34) 29 (48,34) 0,526 27 (45,0) 25 (41,67) 0,608 No 4 (06,67) 4 (06,67) 3 (05,0) 5 (08,34) 4 (06,67) 4 (06,67) 4 (06,67) 4 (06,67)
Recurrence Yes 4 (06,67) 1 (01,67) 0,234 1 (01,67) 4 (06,67) 0,210 2 (03,34) 3 (05,0) 0,582 4 (06,67) 1 (01,67) 0,187 No 28 (46,67) 26 (43,34) 27 (45,0) 27 (45,0) 25 (41,67) 29 (48,34) 26 (43,34) 28 (46,67)
Esthetic Disfigurement
Yes 26 (43,34) 17 (28,34) 0,070 19 (31,67) 24 (40,0) 0,372 19 (31,67) 24 (40,0) 0,533 22 (36,67) 21 (35,0) 0,565 No 6 (10,0) 11 (18,34) 9 (15,0) 8 (13,34) 8 (13,34) 9 (15,0) 9 (15,0) 8 (13,34)
Voice Alteration
Yes 28 (46,67) 24 (40,0) 0,567 25 (41,67) 27 (45,0) 0,433 23 (38,34) 29 (48,34) 0,526 24 (40,0) 28 (46,67) 0,033* No 4 (06,67) 4 (06,67) 3 (05,0) 5 (08,34) 4 (06,67) 4 (06,67) 7 (11,67) 1 (1,67)
Tracheotomy Yes 9 (15,0) 10 (16,67) 0,362 4 (06,67) 15 (25,0) 0,007* 7 (11,67) 12 (20,0) 0,280 10 (16,67) 9 (15,0) 0,570 No 23 (38,34) 18 (30,0) 24 (40,0) 17 (28,34) 20 (33,34) 21 (35,0) 21 (35,0) 20 (33,34)
All values were calculated by χ2-statistical test. * Results statistically significant.
Table 4
Variables
Focus on problem-solving n (%)
Focus on other strategies
n (%)
p value
Variables
Focus on problem-solving n (%)
Focus on other strategies
n (%)
p value
Age Localization <55 years 11 (18,34) 21 (35,0) 0,450 Anterior 06 (10,0) 19 (31,67) 0,073
≥ 55 years 11 (18,34) 17 (28,34) Posterior 16 (26,67) 19 (31,67) Gender Manifestation Female 02 (03,34) 07 (11,67) 0,281 Primary 18 (30,0) 32 (53,34) 0,539 Male 20 (33,34) 31 (51,67) Non-primary 04 (06,67) 06 (10,0)
Ethnicity Symptoms White 10 (16,67) 16 (26,67) 0,506 Absent 11 (18,34) 13 (21,67) 0,176
Non White 12 (20,0) 22 (36,67) Present 11 (18,34) 25 (41,67) Level of Education T parameter ≤ 4 years study 16 (26,67) 29 (48,34) 0,494 T1/T2 03 (05,0) 07 (11,67) 0,461 > 4 years study 06 (10,0) 09 (15,0) T3/T4 19 (31,67) 31 (51,67) Status Marital N parameter Ever Married 18 (30,0) 35 (58,34) 0,216 N0 09 (15,0) 17 (28,34) 0,494
Never Married 04 (06,67) 03 (05,0) N1,.N2,N3 13 (21,67) 21 (35,0) Residence TNM
Rural 05 (08,34) 09 (15,0) 0,597 I-II 01 (01,67) 04 (06,67) 0,389 Urban 17 (28,34) 29 (48,34) III-IV 21 (35,0) 34 (56,67) Income Combination of
Treatments
< 1s.m 13 (21,67) 28 (46,67) 0,188 Yes 21 (35,0) 31 (51,67) 0,128 ≥ 1s.m 09 (15,0) 10 (16,67) No 01 (01,67) 07 (11,67)
Accomodation Recurrence With people 18 (30,0) 35 (58,34) 0,216 Yes 01 (01,67) 04 (06,67) 0,389
Alone 04 (06,67) 03 (05,0) No 21 (35,0) 34 (56,67) Company to
Appointments Esthetic
Disfigurement
Yes 12 (20,0) 30 (50,0) 0,046* Yes 13 (21,67) 30 (50,0) 0,090 No 10 (16,67) 08 (13,3) No 09 (15,0) 08 (13,34)
Cancer Family History Voice Alteration Absent 12 (20,0) 19 (31,67) 0,472 Yes 19 (31,67) 33 (55,0) 0,623 Present 10 (16,67) 19 (31,67) No 03 (05,0) 05 (08,34)
Habit Alterations Tracheotomy Yes 18 (30,0) 32 (53,34) 0,539 Yes 08 (13,34) 11 (18,34) 0,376 No 04 (06,67) 06 (10,0) No 14 (23,34) 27 (45,0)
All values were calculated by χ2-statistical test. * Results statistically significant.
51
Table 5
FOCUS ON PROBLEM-SOLVING
FOCUS ON SEEKING FOR SOCIAL SUPPORT
Variables Categories OR C.I. (95%) p value Variables Categories OR C.I. (95%) p value
Income < 1.m.w 1 Status Marital Never
Married 1
≥ 1.m.w. 3,770 1,006 - 4,133 0,049*
Ever
Married 0,204
0,019-2,169 0,188
Manifestation Primary 1 Company to
Appointments Yes 1
Non-
primary 0,138
0,021 - 0,921 0,041* No 0,288
0,087-0,957 0,042*
TNM Clinical Staging I-II 1 Manifestation
Non- primary 1
III-IV 0,204
0,020 - 2,068 0,178
Primary 0,821
0,095-7,075 0,858
Esthetic Disfigurement No 1
TNM Clinical Staging III-IV 1
Yes 0,197
0,048 - 0,815 0,025*
I-II 0,391
0,036-4,291 0,443
FOCUS ON EMOTION Recurrence Yes 1
Variables Categories OR C.I. (95%) p value No 0,159
0,007-3,412 0,240
Habit Alterations
Yes 1 Voice
alterations Yes 1
No 1,871 0,404 – 8,667 0,423
No 7,715 0,770-77,338 0,082
Localization Posterior 1
Anterior 1,280
412 – 3,979 0,670
Tracheotomy No 1
Yes 5,294 1,493–18,774 0,010*
FOCUS ON RELIGION/WISHFUL THOUGHT
Variables Categories OR C.I. (95%) p value
Income < 1.m.w 1
≥ 1.m.w. 2,312 0,704-7,594 0,167
Accomodation Alone 1
With people 0,354
0,059-2,135 0,258
Symptoms Absent 1
Present 0,515 0,171-1,554 0,239
OR: odds ratio; CI: confidence interval. The model was fitted to the best significant model.
52
Table 6
FOCUS ON PROBLEM SOLVING OR ON OTHER STRATEGIES
Variables Categories OR C.I. (95%) p value
Income < 1s.m 1
≥ 1s.m 1,483 0,422-5,206 0,539
Company to Appointments
No 1
Yes 2,318 0,677-7,935 0,181
Localization Posterior 1
Anterior 1,696 0,467-6,154 0,422
Symptoms Absent 1
Present 1,395 0,414-4,698 0,591
Combination of Treatments
No 1
Yes 0,255 0,026-2,550 0,245
Esthetic Disfigurement
No 1
Yes 0,385 0,122-1,221 0,105
OR: odds ratio; CI: confidence interval. The model was fitted to the best significant model.
53
8 – Conclusão
O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço apresenta ainda alta
letalidade. Os prejuízos estéticos e funcionais na vida do indivíduo exigem do
mesmo uma avaliação dos seus recursos pessoais, assim como uma adaptação do
seu repertório atual às novas contingências que lhes são impostas.
As estratégias de enfrentamento podem ser ativas ou passivas, com diferentes
conseqüências para cada forma. No presente estudo a forma predominante foi
aquela focada na resolução de problemas (enfrentamento ativo), e estatisticamente
similar, foco na religião e pensamentos místicos/fantasiosos. Futuros estudos podem
aprofundar no conhecimento dos repertórios destes sujeitos para averiguar se os
mesmos têm uma forma mais ativa ou passiva de utilização desta última estratégia.
Contudo, apesar de ocorrerem respostas focadas na religião e pensamentos
místicos/fantasiosos, a predominância de enfrentamento no estudo foi de
enfrentamento ativo. Nenhum paciente apresentou foco na emoção como forma de
enfrentamento predominante. A história pessoal dos indivíduos demonstrou ser
relevante para compreender a estratégia utilizada pelos mesmos.
As estratégias de enfrentamento de indivíduos com carcinoma de células
escamosas nas regiões de cabeça e pescoço não variaram significativamente entre
os pacientes conforme características sócio-demográficas, refutando então a
hipótese 1. As hipóteses 2 e 3 não puderam ser comprovadas, uma vez que nenhum
paciente apresentou a estratégia passiva de foco na emoção. Portanto, todas as
hipóteses foram refutadas.
54
A religiosidade, espiritualidade, pensamentos místicos e fantasiosos são produtos de
práticas culturais. É importante inserir este conteúdo na formação dos profissionais
de saúde nos níveis de graduação e pós-graduação, assim como arranjar
contingências de modo a estimular tais práticas, quando estas significarem
benefícios à saúde. Faz-se necessária maior investigação sobre o assunto, cujas
conseqüências serão um maior conhecimento sobre este ser humano neste contexto
e melhor atendimento aos mesmos.
55
9 - Referências 1. Antunes, JL; Biazevic, MG; de Araujo, ME; Tomita, NE; Chinellato, LE; Narvai,
PC. Trends and spatial distribution of oral cancer mortality in Sao Paulo, Brazil, 1980-1998. Oral Oncol 2001; 37 : 345-350.
2. Warnakulasuriya, S. Global epidemiology of oral and oropharyngeal cancer. Oral Oncol 2008.
3. Costa Neto, SB. Qualidade de vida dos portadores de neoplasia de cabeça e de pescoço: o bem-estar, o bem-ser, o bem-ter e o bem-viver. 2002.
4. Noronha CP, Ferreira JMO, Oliveira JFP, Souza MM, Santos MO, Rebelo MS, Reis RS, Lima RJC. Estimativas 2008: Incidência de Câncer no Brasil. Instituto Nacional do Câncer: Rio de Janeiro, 2007; 1-94.
5. Vieira, MI; Souza, IK; Petroianu, A. Identificação e procedência de pacientes laringectomizados em hospitais de referência de Belo Horizonte – Minas Gerais. Revista Brasileira de Cancerologia 1997; 43 : 111-115.
6. Sobin, LH. TNM: evolution and relation to other prognostic factors. Semin Surg Oncol 2003; 21 : 3-7.
7. Brandão, LG; Ferraz, AR. A cirurgia de cabeça e pescoço. Roca 1989.
8. La Vecchia, C; Tavani, A; Franceschi, S; Levi, F; Corrao, G; Negri, E. Epidemiology and prevention of oral cancer. Oral Oncol 1997; 33 : 302-312.
9. Almeida, FCS; Cazal, C; Durazzo, MD; Ferraz, AR; Silva, DP. Radioterapia em cabeça e pescoço: efeitos colaterais agudos e crônicos bucais. Revista Brasileira de Patologia Oral 2004; 3 : 62-69.
10. Garcia, HF. Compreendendo a necessidade do paciente com câncer de receber orientações para a cirurgia: implicações da visita pré-operatória pelo enfermeiro. Revista Brasileira de Cancerologia 1999; 45 : 15-26.
11. Labbate, R; Lehn, CN; Denardin, OVP. Efeito da cloredixina na mucosite induzida por radioterapia em câncer de cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2003; 69.
12. Lúcia, MBI; Lopez-Neto, FC; Padovani-Júnior, JA; Branchini, PS; Nonato, ER. Protocolo de abordagem terapêutica para a mucosite radioinduzida. Revista Brasileira de Patologia Oral 2004; 3 : 208-210.
13. Carvalho, MM. Psico-oncologia: história, características e desafios. Revista de Psicologia da USP 2002; 13.
14. Castilho SM. A imagem corporal. ESETEC: Santo Andre, 2001;
15. Flavio, PGC; Zago, MMF. "Como se tivesse ganho na loteria": o significado da reabilitação vocal na visão de um paciente laringectomizado. Revista latino-americana de Enfermagem 1997; 5 : 19-25.
56
16. Van Doorne JM; Van Waas MA; Bergsma J. Facial disfigurement after cancer resection: a problem with an extra dimension. J Invest Surg 1994; 7 : 321-326.
17. Hassanein, KA; Musgrove, BT; Bradbury, E. Functional status of patients with oral cancer and its relation to style of coping, social support and psychological status. Br J Oral Maxillofac Surg 2001; 39 : 340-345.
18. Hassanein, KA; Musgrove, BT; Bradbury, E. Psychological outcome of patients following treatment of oral cancer and its relation with functional status and coping mechanisms. J Craniomaxillofac Surg 2005; 33 : 404-409.
19. Angelotti G. Tratamento da dor crônica In Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria, Rangé B (ed.).Artmed: Porto Alegre, 2001;
20. Pimenta, CAM; Koizumi, MS; Teixeira, MJ. Dor no doente com câncer: características e controle. Revista Brasileira de Cancerologia 1997; 43 : 21-44.
21. Silva Jr, S.C. Fisiologia e manejo da dor In Sobre comportamento e cognição: psicologia comportamental e cognitiva - da reflexão teórica à diversidade da aplicação, Kerbauy RR (ed.).ESETEC: Santo André, 2000;
22. Neri AL. Qualidade de vida na velhice In Sobre comportamento e cognição: a prática da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental no Hospital Geral e nos transtornos psiquiátricos, Delitti M (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
23. Reid, BC; Alberg, AJ; Klassen, AC; Samet, JM; Rozier, RG; Garcia, I; Winn, DM. Comorbidity and survival of elderly head and neck carcinoma patients. Cancer 2001; 92 : 2109-2116.
24. Amar, A; Rapoport, A; Franzi, SA; Bisordi, C; Lehn, CN. Qualidade de vida e prognóstico nos carcinomas epidermóides de cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2002; 68 : 400-403.
25. Biazevic, MG; Antunes, JL; Togni, J; de Andrade, FP; de Carvalho, MB; Wunsch-Filho, V. Immediate impact of primary surgery on health-related quality of life of hospitalized patients with oral and oropharyngeal cancer. J Oral Maxillofac Surg 2008; 66 : 1343-1350.
26. Lin, A; Kim, HM; Terrell, JE; Dawson, LA; Ship, JA; Eisbruch, A. Quality of life after parotid-sparing IMRT for head-and-neck cancer: a prospective longitudinal study. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2003; 57 : 61-70.
27. Pourel, N; Peiffert, D; Lartigau, E; Desandes, E; Luporsi, E; Conroy, T. Quality of life in long-term survivors of oropharynx carcinoma. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2002; 54 : 742-751.
28. Andrykowski, MA; Lykins, E; Floyd, A. Psychological health in cancer survivors. Semin Oncol Nurs 2008; 24 : 193-201.
57
29. Caccelli, EMN; Rapoport, A. Para-efeitos das irradiações nas neoplasias de boca e orofaringe. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço 2008; 37 : 198-201.
30. DiTomasso RA, Martin DM, Kovnat KD. Medical patients in crisis In Cognitive-behavioral Strategies in Crisis Intervention, Dattilio FM, Freeman AM (ed.).Guilford Press: N.Y., 1994;409-428.
31. Dysvik, E; Natvig, GK; Eikeland, OJ; Lindstrom, TC. Coping with chronic pain. Int J Nurs Stud 2005; 42 : 297-305.
32. Feber, T. Design and evaluation of a strategy to provide support and information for people with cancer of the larynx. European Journal of Oncology Nursing 1998; 2 : 106-114.
33. Tsai M, Kohlenberg RJ. FAP: Psicoterapia Analítica Funcional. ESETEC: Santo André, 2004;
34. Faria, JCM; Rodrigues, ML; Santos, IRB; Kowalsky, LP. Reanimação da face na cirurgia da parótida com sacrifício do nervo facial. Acta Oncológica Brasileira 2001; 21.
35. Peto, AC. Terapia através da dança com laringectomizados: relato de experiência. Revista latino-americana de Enfermagem 2000; 8 : 35-39.
36. Starling RR. Análise funcional da enfermidade: um quadro analítico-comportamental para orientar a intervenção psicológica em contextos médicos In Sobre comportamento e cognição, Guilhardi HJ, Madi MB, Queiroz PP, SCOZ MC (ed.).ESETEC: Santo Andre, 2001;292-296.
37. Sawada, NO; Dias, AM; Zago, MMF. O efeito da radioterapia sobre a qualidade de vida dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Cancerologia 2006; 52 : 323-329.
38. Volpato, LER; Silva, TC; Oliveira, TM; Sakai, VT; Machado, MAAM. Radiation therapy and chemotherapy-induced oral mucositis. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2007; 73 : 562-568.
39. Mamelle, G; Pampurik, J; Luboinski, B; Lancar, R; Lusinchi, A; Bosq, J. Lymph node prognostic factors in head and neck squamous cell carcinomas. Am J Surg 1994; 168 : 494-498.
40. Shingaki, S; Nomura, T; Takada, M; Kobayashi, T; Suzuki, I; Nakajima, T. The impact of extranodal spread of lymph node metastases in patients with oral cancer. Int J Oral Maxillofac Surg 1999; 28 : 279-284.
41. Botega NJ, Furlanetto L, Fráguas Jr R. Depressão no paciente acometido por outras doenças In Sobre comportamento e cognição: contribuições para a construção da teoria do comportamento, Guilhardi HJ (ed.).ESETEC: Santo André, 2002;
58
42. de, GA; de, L, Jr.; Ros, WJ; Hordijk, GJ; Blijham, GH; Winnubst, JA. Pretreatment factors predicting quality of life after treatment for head and neck cancer. Head Neck 2000; 22 : 398-407.
43. de, GA; de, L, Jr.; Ros, WJ; Hordijk, GJ; Blijham, GH; Winnubst, JA. Sociodemographic factors and quality of life as prognostic indicators in head and neck cancer. Eur J Cancer 2001; 37 : 332-339.
44. Sehlen, S; Hollenhorst, H; Lenk, M; Schymura, B; Herschbach, P; Aydemir, U; Duhmke, E. Only sociodemographic variables predict quality of life after radiography in patients with head-and-neck cancer. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2002; 52 : 779-783.
45. Arruda PM, Zannon CMLC. Tecnologia comportamental em saúde: adesão ao tratamento pediátrico da doença crônica – evidenciando o desafio enfrentado pelo cuidador. ESETEC: Santo André, 2002;
46. Moraes, M. Câncer e velhice no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia 1997; 43 : 5-7.
47. Cerqueira ATAR. O conceito e metodologia de coping: existe consenso e necessidade? In Sobre comportamento e cognição: psicologia comportamental e cognitiva - da reflexão teórica à diversidade da aplicação, Kerbauy RR (ed.).ESETEC: Santo Andre, 2000;279-289.
48. Folkman, S; Lazarus, RS; Gruen, RJ; DeLongis, A. Appraisal, coping, health status, and psychological symptoms. J Pers Soc Psychol 1986; 50 : 571-579.
49. Humphris, GM; Ozakinci, G. Psychological responses and support needs of patients following head and neck cancer. Int J Surg 2006; 4 : 37-44.
50. Rezende, VL; Derchain, SM; Botega, NJ; Vieira, MI. Revisão crítica dos instrumentos utilizados para avaliar aspectos emocionais, físicos e sociais do cuidador de pacientes com câncer na fase terminal da doença. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51.
51. Gimenes LS. Comportamento adjuntivo: um possível modelo para análise e intervenção em problemas de saúde In Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista, Banaco RA (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
52. Seidl, EMF; Tróccoli, BT; Zannon, CMLC. Factorial Analysis of a Coping Measure. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2001; 17 : 225-234.
53. Gimenes MGG, Queiroz B. As diferentes fases de enfrentamento durante o primeiro ano após a mastectomia In A mulher e o câncer, Gimenes MGG, Fávero MH (ed.).Psy: Campinas, 1997;171-195.
54. Moraes ABA. Saúde bucal e comportamento In Sobre comportamento cognição: a aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-
59
comportamental no Hospital Geral e nos transtornos psiquiátricos, Zamignani DR (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
55. Pedreira, RHS; Remencius, L; Navarro, MFL; Tomita, NE. Condições de saúde bucal de drogaditos em recuperação. Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo 1999; 13.
56. Deitos, TFH; Gaspary, JFP. Efeitos biopsicossociais e psiconeuroimunológicos do câncer sobre o paciente e familiares. Revista Brasileira de Cancerologia 1997; 43 : 117-125.
57. Braga TMS. Análise das condições facilitadoras de doenças cardiovasculares In Sobre comportamento e cognição: a aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental no Hospital Geral e nos transtornos psiquiátricos, Zamignani DR (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
58. Caballo VE. Manual de técnicas de Terapia e modificação do comportamento. Santos, 1999;
59. Haydu VB. Comportamento adjuntivo em humanos: uma análise crítica dos estudos de laboratório In Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista, Banaco RA (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
60. Humphris, GM; Rogers, S; McNally, D; Lee-Jones, C; Brown, J; Vaughan, D. Fear of recurrence and possible cases of anxiety and depression in orofacial cancer patients. Int J Oral Maxillofac Surg 2003; 32 : 486-491.
61. Martins PS. Barreiras psicológicas à prevenção do câncer: uma discussão analítico comportamental In Sobre comportamento e cognição: expondo a variabilidade, Guilhardi HJ (ed.).ESETEC: Santo André, 2001;
62. Neves Neto AR. Psicoterapia cognitivo-comportamental: possibilidades em clinica e saúde. ESETEC: Santo André, 2003;
63. Teixeira, JBA; Nogueira, MS. Câncer gástrico: fatores de risco em clientes atendidos nos serviços de atenção terciária em um município do interior paulista. Revista latino-americana de Enfermagem 2003; 2.
64. Godoy JF. Medicina comportamental In Manual de técnicas de Terapia e modificação do comportamento, Caballo VE (ed.).Santos, 1999;
65. Medeiros, RHA; Nunes, MLT. A influência do vídeo de informação adicional em pacientes submetidas à mastectomia: o estudo da ansiedade. Psicologia em Estudo 2001; 6.
66. Angerami-Camon VA, Chiattone HBC. E a psicologia entrou no hospital. Pioneira Thomson Learning: São Paulo, 1996;
67. Banaco RA. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. ESETEC: Santo André, 2001;
60
68. Lotufo Neto F, Yacubian J, Scaldo AZ, Gonçalves L. Terapia comportamental cognitiva dos transtornos afetivos In Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria, Rangé B (ed.).Artmed: Porto Alegre, 2001;
61
Apêndices
Apêndice A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO EM PESQUISA
Título da pesquisa : estratégias de enfrentamento de pacientes com carci noma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço.
Instituição promotora: UNIMONTES Patrocinador: Recursos próprios Coordenadores: Prof. Leonardo Tadeu Vieira; Prof. Dr. Alfredo Maurício Batista de Paula Atenção : Antes de aceitar participar desta pesquisa, é importante que você (ou o entrevistador) leia esta explicação sobre a pesquisa. Este é um documento que descreve o objetivo, os métodos, procedimentos, benefícios, riscos, desconfortos e precauções da pesquisa, assim como os procedimentos alternativos. Informa também que você tem o direito de sair do estudo a qualquer momento, sem nenhum problema. O objetivo desse estudo é avaliar como as pessoas estão enfrentando o seu problema de saúde neste momento. Como vai acontecer: se concordar em participar do estudo, faremos uma entrevista com você, e depois outras perguntas de uma escala sobre Enfrentamento de Problemas relacionados à saúde. As pesquisas têm mostrado que se as pessoas apresentarem alguma necessidade de apoio psicológico durante o seu tratamento, e tiverem este apoio, podem ter melhores resultados no tratamento. Os benefícios deste estudo são: 1) conheceremos como você está enfrentando esta situação, e se necessário, poderemos lhe ajudar, sem lhe custar nenhum dinheiro. 2) Ainda, os resultados deste estudo poderão servir para ajudar outras pessoas, pois faremos projetos para melhorar o atendimento. Não há nenhum tipo de risco ou desconforto para você, pois todo o trabalho acontece apenas com perguntas sobre você, e não há perguntas constrangedoras. Durante o atendimento psicológico, não há situações constrangedoras ou que lhe ofereçam riscos. Nenhum dano físico ou moral acontecerá a você por causa desta pesquisa. Métodos e procedimentos alternativos : se necessário, você será encaminhado para atendimento com a psicóloga do hospital/clínica, gratuitamente. Todas as informações sobre você serão mantidas em segredo. Somente os pesquisadores terão acesso. Após terminarmos o estudo, os resultados de todos os pacientes serão publicados para profissionais de saúde, mas ninguém é identificado. Compensação ou indenização : não elaboramos critérios para esta situação, mas todos os seus direitos serão respeitados. Outras informações importantes : todos os procedimentos são de graça. Caso os envolvidos no estudo não possam atendê-lo, você será encaminhado para outro atendimento psicológico também de graça, através do SUS ou com outro psicólogo que nós providenciaremos.
62
(neste momento o entrevistador pergunta se há dúvid as a esclarecer)
Sobre o meu consentimento: como eu li (ou o pesquisador leu para mim) entendi as informações acima. Tive oportunidade de fazer perguntas e esclarecer bem todas as minhas dúvidas. Este documento está sendo assinado por mim por livre e espontânea vontade, indicando meu consentimento para participar desta pesquisa, até que eu decida o contrário. Receberei uma cópia assinada deste consentimento. ________________________________ ___________________________ ____________ Nome do participante Assinatura do participante Data ___________________________________ ____________________________ ___________ Nome da testemunha Assinatura da testemunha Data ___________________________________ ______________________ ___________ Prof. Leonardo Tadeu Vieira Assinatura Data ________________________________________________________________________ Observações: Telefones de contato do pesquisador Leonardo (psicólogo) – 38 - 3221-4379 (residência); 3081-0962 (fixo); 9941-5083 (celular).
63
Apêndice B
Estratégias de enfrentamento de pacientes com carcin oma de células escamosas nas regiões de cabeça e pescoço
Roteiro de Entrevista Semi-estruturada
1-Nome: _______________________________________________________ Data: ______________
2 – Endereço e telefone de contato ______________________________________________________
___________________________________________________________________________________
3 - Sexo: ( ) M ( ) F 4 - Estado civil: _________________________
5 – O Sr.(a) mora na cidade ou na zona rural (roça) ? ( ) zona rural ( ) zona urbana
6 – Qual é a sua idade por favor? ______________________________________
7 – Qual cor o Sr(a) considera que seja a sua pele? ( ) BRANCA-leucoderma ( ) NEGRO-melanoderma ( )
PARDO/MULATO-feoderma ( ) AMARELO-xantoderma (descendente de asiáticos)
8 – Escolaridade em anos de estudo: _____________________ ( ) não alfabetizado
9 – O Sr.(a) veio acompanhado (a) ? ( )S ( )N. Com quem? ________________________________
10 – Qual é aproximadamente a renda mensal da família do Sr.(a)? ____________________________
11 – Com quem o Sr.(a) mora? _________________________________________________________
Nas perguntas 12 e 13, se a resposta for NÃO, investigar se já fumou ou bebeu no passado, há quanto tempo parou e por quanto tempo fez uso . 12 – O Sr.(a) Bebe? ( )Sim ( )Não. Obs: ______________________________________________________
13 - O Sr.(a) fuma? ( )Sim ( )Não. Obs: ______________________________________________________
14 – O Sr.(a) tem contato com agrotóxicos (“algum veneno” etc)? ( )Sim ( )Não. Obs. (especificar se possível):
________________________________________________________________________________
15 – Outras pessoas na sua família já tiveram tumor maligno? Quem? ( ) NS ____________________
_________________________________________________________________________________________
16 – O Sr.(a) considera que a sua aparência está diferente devido ao tratamento / à doença? (cirur.;
radio.;quimio.; OBS.: perguntar “à doença ” caso seja momento do diagnóstico [visão do paciente e do
profissional] ). ( ) Sim ( ) Não ( ) NA Obs.: _____________________________________________________
17 – O Sr.(a) notou alguma mudança nos seus hábitos devido ao tratamento ? Qual?
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
18 – O Sr.(a) sente alguma dor? ( ) Sim ( ) Não ______________________________________________
_______________________________________________________________________________________
19 – O Sr.(a) já suspeitava que iria receber o diagnóstico de tumor maligno? (como o Sr.[a] se sentiu?) ( ) Sim
( ) Não __________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
64
20 – O Sr.(a) tem recebido apoio de alguém para atravessar esta situação? De quem?
_________________________________________________________________________________________
21 – O quê o Sr.(a) está pensando neste momento? _______________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
22 – O Sr.(a) gostaria de falar mais alguma coisa? ________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________ MUITO OBRIGADO .
FASES DO TRATAMENTO
Tratamento inicial
1 – Cirurgia 2 – Radioterapia 3 – Quimioterapia 4 – Não realizou tratamento
Tratamento secundário
1 – Cirurgia 2 – Radioterapia 3 – Quimioterapia 4 – Não realizou tratamento
Tratamento terciário
1 – Cirurgia 2 – Radioterapia 3 – Quimioterapia 4 – Não realizou tratamento
Fonte: (1) Santa Casa (2) F. Dilson Godinho (3) Unimontes (4) Consultório privado (5) Outro
65
Anexos
Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
Top Related