,
Uma onda no ar
Alunos da Escola Municipal Amai Pro espalham pelas ruas de Campinas
de Pirajá uma onda de solidariedade e cidadania através da rádio
comunitária criada pela unidade de ensino Pág. 11
Cidade EducadoraPrograma iniciado em 2008 será ampliado e passa a contemplar
mais de 98 mil estudantes municipais Pág. 03
Criatividade em
altaProfessores esbanjam criatividade e conquistam prêmios nacionais
com projetos inovadores desenvolvidos nas escolas da rede
Pág. 10
Educação de um novo tempoO Plano de Ação 2009/2010 para a Educação já está sendo implantado com soluções para os problemas mais imediatos e atuando nas questões mais amplas da Rede Municipal de Ensino (RME). Conheça os projetos e veja o que está sendo feito para garantir uma educação de qualidade.
SMEC Secretaria Municipalda Educação e Cultura
A N O I N º 1 A B R I L D E 2 0 0 9 .
O Jornal Educação em Pauta é mais um instrumento que oferecemos à comunidade estudantil, aos professores e à sociedade de um modo geral, para que possam acompanhar passo a passo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC).
Estamos começando mais um ano letivo e com ele renovamos o nosso compromisso de fazer Educação com Amor. Nesta primeira edição, mostramos um pouco das ações que vem sendo desenvolvidas pela SMEC destacando os programas que fazem a diferença na educação da Rede Municipal e o nosso Plano de Ação para 2009/2010.
O Plano que começou a ser elaborado no ano passado prevê soluções para os nossos problemas mais imediatos, ampliação dos nossos programas pedagógicos e de ofertas de vagas com a construção de novas escolas, a exemplo da Municipal Manoel Barradas, em Ilha Amarela, com capacidade para mil alunos.
Continuam sendo prioridade desta gestão a recuperação, ampliação e reforma das unidades de ensino. Até o fi nal do ano, a Secretaria deve fi nalizar a reparação da estrutura física de toda a rede. Em menos de 40 dias, desde o início das aulas, foram recuperadas mais de 10 escolas.
No Jornal Educação em Pauta tem espaços fi xos os programas desenvolvidos pela Secretaria, como Cidade Educadora e Educação em Pauta (nesta edição), nossos professores, que trabalham com seriedade, dedicação e muita criatividade, e também nossos alunos, que merecem todo o nosso respeito.
Boa leitura e até o próximo número.
Expediente
Uma publicação trimestral da Secretaria Municipal da Educação e Cultura – SMEC
Secretário: Carlos Ribeiro Soares Subsecretário: Eliezer Cruz
Jornalista Responsável: Neire Matos
Redação: Angela Natsumi, Antonio Gusmão, Lucas Rocha,
Carla Costa e Camila Vieira
Fotos: ASCOM/SMEC, Editora Aymará e Fundação Gregório de Matos
Publicidade: Ana Amélia Carvalho
Relações Públicas: Patrícia Cal e Juliana Lessa
Municipal Suzana Wesley um modelo de ensino
“Uma escola completa”, é assim que os pais dos
alunos da Escola Suzana Wesley defi nem a unidade de ensino que
se destaca por sua pedagogia diferenciada e pelo envolvimento
da comunidade no processo de ensino-aprendizagem.
Atualmente atende a 770 alunos, da Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, que participam dos
projetos inovadores desenvolvidos pelos profi ssionais da escola.
Localizada no bairro da Boca do Rio, um dos mais
populosos de Salvador, a escola tem se destacado na Rede
Municipal de Ensino (RME) com projetos que incentivam
a leitura, que valorizam a arte e educação, ressaltam os
valores morais, que se preocupam com o meio ambiente e
atraem a participação dos pais no dia-a-dia dos estudantes.
Numa breve visita, é possível perceber o contentamento dos
estudantes em frequentar este ambiente escolar. Com a didática
voltada para uma educação prazerosa, a Suzana Wesley inseriu
no seu plano pedagógico projetos que utilizam a ludicidade
e os acontecimentos e objetos do cotidiano para envolver
os estudantes e despertar neles o interesse pelos estudos.
Em 2008, o projeto interdisciplinar “Aprendendo para
Decolar”, que permitiu um grande avanço na leitura e escrita
dos estudantes, garantiu à diretora da escola, Maria José Pires
de Oliveira, o Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar
e a oportunidade de mostrar a experiência de sucesso nos
Estados Unidos. “Os bons resultados são alcançados quando há
comprometimento de todas as pessoas envolvidas no processo
de aprendizagem – educadores e família. Em nossa escola,
todos têm compromisso com a educação. E em nossos projetos
sempre podemos contar com o apoio da SMEC e dos pais”, afi rma.
“Brincando também se aprende”, “Aprendendo a lidar
com a Matemática”, “Superando as difi culdades” e “Rumo
ao sucesso” são outros projetos desenvolvidos na Suzana
Wesley. Os atendimentos nesses diversos projetos são feitos
individualmente. As professoras em sala de aula identifi cam a
necessidade dos alunos e os encaminham para acompanhamento.
A professora Ivonete Cintra afi rma que é perceptível a
ESCOLA DESTAQUEEM
Projeto Aprendendo a Lidar com a Matemática
melhoria no desenvolvimento e desempenho dos alunos.
“Noto que eles estão mais dedicados, estimulados,
conseguem enxergar a escola como um lugar prazeroso e
alegre que os ajuda a crescer e aprender avançando em sala
de aula e no âmbito pessoal”, conta. A mãe do estudante
Marcos Duarte (4º ano), Patrícia Duarte, concorda: “Percebo
que todos os alunos têm um tratamento especial, o que
favorece o desempenho educacional. A escola é ótima e
eu sou muito grata por tudo o que meu fi lho aprende aqui”.
CONHEÇA OS PROJETOS:
“Brincando também se aprende” – Voltado para
os estudantes que apresentam timidez e difi culdades
de relacionamento, é desenvolvido por duas professoras
especialistas em psicomotricidade escolar que trabalham
com a mente e o corpo dos estudantes, a fi m de que eles
ganhem mais concentração e confi ança ao falar em público.
“Rumo ao sucesso” – Visa trabalhar a parte
cognitiva da criança, contando com o apoio de professoras
especializadas em psicopedagogia. A escola percebeu que,
após iniciadas as ações, as crianças se sentiram à vontade
para se expressar por meio das condutas de representação.
“Superando as difi culdades” – Destinado a crianças com
difi culdades de aprendizagem, o projeto conta com a parceria
de psicólogas voluntárias que ensinam as professoras da escola a
trabalharem com o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI)
e as orientam no trabalho com esses estudantes em sala de aula.
“Aprendendo a lidar com a Matemática” – Tem como
base a utilização de jogos e ferramentas, como baralho, xadrez,
pega varetas, réplicas de cédulas de dinheiro, sudoku, balanças e
fi tas métricas, para mostrar ao estudante que a Matemática está
presente em seu dia-a-dia e assim incentivar o gosto pela matéria.
3ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009
SECRETARIA IMPLANTA PROGRAMA EM TODA A REDE
CIDADE EDUCADORA
esenvolvido pela primeira vez em Salvador no ano
passado, o Programa Cidade Educadora entra em 2009
atendendo a cerca de 98 mil alunos das escolas municipais. Com o
sucesso da iniciativa, a Secretaria Municipal da Educação e
Cultura (SMEC) resolveu ampliar o programa para todas
as escolas da rede, com turmas de 1º ao 4º ano do Ensino
Fundamental.
No ano passado, 60 mil estudantes conheceram os
personagens Laila, Seu Nonô, Lucas, Haruê e toda a turma
que faz parte das histórias que estão nos livros da Coleção
Cidade Educadora, com quem viveram grandes histórias.
Segundo a SMEC, o programa rendeu bons resultados porque
incentiva o aluno a ler por meio da utilização de temas
transversais e atividades lúdicas. A continuidade e ampliação
do programa são consequência da demanda apresentada
pelos próprios educadores que vêm aplicando a metodologia.
A Secretaria destaca ainda que o foco da ação é a
transformação da realidade local que se dá por meio da utilização
de recursos físicos, humanos e teóricos, que criem elementos
capazes de garantir aos professores, alunos e comunidade o
acesso permanente à educação. A principal meta é elevar a
qualidade do ensino de Salvador com uma formação integral.
O Programa Cidade Educadora inclui formação continuada
de professores, desenvolvimento de projetos envolvendo escola
e comunidade e integração com as ações sociais e ambientais
do município. Nos livros da Coleção adotados pelas escolas
municipais soteropolitanas, a literatura é a base não apenas
para abordar conteúdos curriculares, mas também para
ensinar valores como cidadania, ética e respeito mútuo. Outra
característica é a transdisciplinaridade, uma vez que, partindo
das temáticas abordadas nas histórias, o professor pode
trabalhar globalmente conteúdos didáticos em sala de aula.
CapacitaçãoNa Jornada Pedagógica 2009, realizada em fevereiro
pela Secretaria da Educação de Salvador, cerca de 6
mil professores, diretores e coordenadores de escolas
soteropolitanas participaram de palestras, ofi cinas e cursos
de formação sobre os mais diversos temas, dentre os quais
os que tratavam de ações do Programa Cidade Educadora.
Na ocasião, foram transmitidas aos educadores estratégias
para exploração das histórias, personagens, temas para
as aulas e ideias para trabalhar os livros com as crianças.
A professora Maria das Graças de Oliveira, da Escola
Municipal Milton Santos, do bairro de Valéria, utiliza o material
três vezes por semana, desde setembro de 2008, e afi rma que
já é possível perceber a diferença: “Por conta do interesse pelo
livro, a participação dos alunos em sala de aula melhorou muito.
As crianças discutem os temas entre si e vivenciam as histórias”.
O coordenador pedagógico da SMEC, Manoel Calazans,
assegura que os livros adotados pela Secretaria vem
somar ao esforço de professores, alunos, comunidade
e familiares para a formação de cidadãos responsáveis,
solidários e multiplicadores. “A transformação de uma
comunidade por intermédio da educação é um processo
gradativo, mas estamos no caminho certo,” completa.
EDUCAÇÃO
D
Boa aceitação faz Secretaria incluir o programa no Plano de Ação 2009/2010
Educação em Pauta terá exibição ao vivo pela internet
DEU CERTO
Secretaria Municipal da Educação e Cultura
(SMEC) implantou em 2008 o Educação em
Pauta, com o objetivo de otimizar o processo de
comunicação entre o órgão, suas escolas e a sociedade.
Aprovado pelos educadores da rede, que marcaram
presença nas cinco edições realizadas no
ano passado, o programa passa a fazer parte
do Plano de Ação para o biênio 2009/2010.
No dia 15 de abril aconteceu o primeiro encontro
de 2009, sobre a “Saúde da Fala”. A fonoaudióloga
Giciane Reis destacou os cuidados que os professores
devem ter em sala de aula para preservar a voz e
realizou práticas de aquecimento e desaquecimento,
para melhor condicionamento vocal dos profi ssionais
que utilizam a voz como instrumento de trabalho.
Este ano, o programa chega também com
novidade. Está previsto o início de exibição ao vivo das
palestras, através do site da SMEC, ainda no primeiro
semestre. A iniciativa irá possibilitar que toda a Rede
Municipal de Ensino (RME) conheça o programa e dará
acesso às discussões promovidas nos encontros àqueles
que porventura não possam comparecer ao local do evento.
O Educação em Pauta em 2008 promoveu discussões
sobre “Violência nas Escolas”, com palestra do coordenador
do Observatório de Segurança Pública da Universidade
Salvador (Unifacs), Carlos Alberto da Costa Gomes; “A
Importância da Escola no Combate à Violência Infanto-
juvenil” e “Esperança”, com o assessor jurídico da 1ª Vara
da Infância e Juventude, Marcel Mariano; e “Educando
com Amor e Bom Hmor”, da pedagoga Fátima Balthazar.
A criação do programa partiu da necessidade de
estabelecer uma relação mais próxima com os profi ssionais
que estão em contato direto com a comunidade, que
conhecem os problemas de perto e, por isso, exercem papel
fundamental no desenvolvimento de ações de melhoria
do ensino municipal.
Para facilitar o fl uxo de comunicação, a
Secretaria lança ainda, junto com a realização da
primeira edição deste ano, uma nova versão do jornal
Educação em Pauta, que passa a ser trimestral e conta
com espaços para professores e estudantes. Também
reativa o Blog, estimulando discussões sobre temas
ligados à Educação e a publicação de artigos de autoria
dos educadores da RME.
Para divulgar ações desenvolvidas nas escolas, as
informações e contatos devem ser encaminhados para
a Assessoria de Comunicação, através do link do Serviço
de Informação e Gestão Automatizada (Siga), do site da
SMEC, ou através do e-mail :
A
ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009 5
O Programa de Educação Esportiva da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) iniciou o ano de 2009 no embalo, implantando o oitavo Núcleo de Ginástica Artística da Rede Municipal de Ensino (RME), na Escola Cecília Meireles.
Estão previstas ainda a implantação de mais cinco núcleos – nas escolas Vila Vicentina, Nova do Bairro da Paz e Cardeal da Silva, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Cid Passos e no Centro Social Neuza Nery. A expectativa é de que, com os novos espaços, o programa chegue até o final desse ano atendendo a 1080 estudantes.
Nas escolas municipais, a Sexta da Alegria leva oficinas esportivas e atividades lúdicas para os estudantes. A cada semana uma unidade de ensino recebe a visita da equipe formada por professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino.
O Calendário Esportivo 2009 contempla atividades de diversas modalidades, conforme tabela abaixo. Informações atualizadas, período de inscrições, premiação e cobertura dos eventos podem ser acompanhados através do site da Secretaria.
AGENDA COMPLEMENTAR
IGREJA DA BARROQUINHA AGORA É ESPAÇO CULTURAL
Prefeitura da Cidade do Salvador, a Secretaria
Municipal da Educação e Cultura (SMEC)
e a Fundação Gregório de Mattos (FGM)
promoveram a recuperação e restauro das ruínas
da Igreja da Barroquinha, destruída por um
incêndio em março de 1984. A última etapa das obras
do Espaço Cultural da Barroquinha foi inaugurada
em março deste ano, durante as comemorações
do aniversário de 460 anos da capital baiana.
A ideia de criar o Espaço Cultural da Barroquinha é
mais uma iniciativa de oferecer à população uma nova
área para o estímulo das manifestações artísticas.
O objetivo é contribuir para concretizar a natural
vocação cultural do centro da cidade como ponto
de encontro para produção e consumo das artes.
O espaço tem área para apresentação de peças
teatrais, musicais e palestras, para um público
de aproximadamente 130 expectadores. Conta
ainda com sala para administração, foyer, camarins
com sanitários exclusivos, área para exposição de
arte, além de um Memorial. Um pequeno Café
dá apoio aos eventos que acontecem no local.
Em 1991, a FGM desenvolveu proposta para
transformar as ruínas da Igreja em um espaço cultural,
celebrando convênio com a Arquidiocese de São
Salvador da Bahia e aprovando a implantação do
Espaço Cultural da Barroquinha – através da Lei de
Incentivo à Cultura, em 28 de outubro de 2002. Em 6
de dezembro do mesmo ano foi assinado um contrato
de patrocínio com a Petrobras, visando à execução da
primeira etapa das obras de restauração do edifício.
Nos séculos iniciais da colonização brasileira,
muitos engenhos funcionavam nas imediações da
Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha. O templo foi
edificado com esmolas em terras doadas pelo casal
Manoel Ribeiro Leitão, entre 1722 e 1726 e sediou
o grupo católico conhecido como Irmandade da
Barroquinha. Ligada às tradições das nações negras,
era frequentada por mulheres “nagô-iorubás” da
nação Ketu, pela população pobre e trabalhadores.
Calendário Esportivo 2009 - Campeonatos e brincadeiras movimentam escolas municipais
Abril - Atividades do
núcleo de judô, karatê,
capoeira, ginástica
rítmica e rúgbi.
Também acontecem
corrida rústica
reunindo alunos das
escolas do Subúrbio e
curso de xadrez.
Festival Capoeira Jogos nas ilhas Jogos Estudantis Municipais
Maio - Primeira
etapa dos Jogos
Estudantis das
escolas municipais e
participação das alunas
da ginástica rítmica no
torneio de integração
Tapete Mágico.
Junho - Corrida
rústica para os
alunos das escolas
localizadas na área
da Liberdade e São
Caetano.
Julho - Torneios
de futsal para os
alunos do Projovem
e para os do noturno
e corrida rústica para
as escolas do Centro,
Cabula e Cajazeiras.
Agosto - Torneio
de xadrez, festivais
de bola de gude,
capoeira e pipas e
realização do II Troféu
de Atletismo.
Setembro - Desfi le
da Primavera, Festival
de Ginástica Rítmica
das Escolas Municipais,
Festival de Ginástica
Artística e jogos das
escolas das ilhas.
Outubro - Segunda
etapa dos Jogos
Estudantis e campeonato
de natação.
Novembro - Corrida
rústica envolvendo os
alunos das escolas da
orla e Itapuã, além de
festivais de judô, karatê e
jogos de salão.
A
RESPEITO À DIGNIDBALIZA PLDE AÇÃO.
2009/2010
espeito à dignidade e à autonomia, inclusão social e gestão democrática
e participativa são os princípios que balizam o Plano de Ação da
Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) para o biênio 2009/2010.
Para a elaboração, a SMEC reuniu coordenadores do órgão central
e regionais que apontaram as demandas identifi cadas durante o ano passado.
De acordo com a Secretaria, a construção coletiva possibilita que o
planejamento tenha um foco comum, com estratégias elaboradas seguindo
as diretrizes apontadas pelo grupo. A democratização do acesso à Educação,
melhoria da qualidade da aprendizagem, gestão democrática e participativa,
valorização do profi ssional da Educação e ampliação e fortalecimento de parcerias
estratégicas para a Educação direcionam as ações para os próximos dois anos.
Elaborado com o objetivo de atender as demandas educacionais da população,
através da defi nição de um projeto institucional que sirva de referência para a
formulação e implementação das políticas públicas para a Educação, o Plano
de Ação prevê investimentos na rede física escolar, com a construção de novas
unidades, a exemplo da Municipal Manoel Henrique da Silva Barradas, inaugurada
durante as comemorações pelos 460 anos de Salvador, reformas e manutenção das
escolas, ampliação de vagas para a Educação Infantil, formação para professores e
profi ssionais, informatização dos programas de alimentação e saúde escolar, entre outros.
O primeiro esboço do plano foi elaborado pela equipe de coordenadores do órgão
central e apresentado às coordenadoras regionais de educação para análise, sugestões e
validação. Segundo a SMEC, cada setor pôde expor as necessidades identifi cadas em sua área
e as CRÊS fi zeram considerações a partir da experiência do dia-a-dia junto aos estudantes
e à comunidade local. Assim, foram defi nidos grupos de ações com idéias que convergiam.
A Secretaria ressalta que este documento é apenas um norteador do trabalho a ser
desenvolvido e, portanto, fl exível a mudanças. O Plano de Ação sintetiza a visão, a fi losofi a
e o elenco de ações prioritárias, defi nidas para 2009 e 2010, a partir do compromisso de
trabalhar Educação com amor, para enriquecer as funções de ensino e aprendizagem
no município de Salvador, de modo a construir caminhos férteis para disponibilizar
às crianças, aos adolescentes e adultos integrantes da Rede Municipal de Ensino
(RME), a oportunidade de inclusão social, com a conquista da cidadania justa e plena.
MATÉRIA DE CAPA
R
E
ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009 7
O DADEPLANO O.
NOVAS VAGAS
P Escola inaugurada tem capacidade para mil alunos ara os estudantes de Ilha Amarela, no Subúrbio, a
falta de vagas em salas de aula já não é mais problema.
A primeira escola inaugurada este ano pela Secretaria Municipal
da Educção e Cultura (SMEC), a Manoel Henrique da Silva
Barradas, tem capacidade para atender mil alunos da Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos.
Considerada a maior escola inaugurada nos últimos cinco anos,
a unidade conta com 10 amplas salas de aula, algumas com mais
de 80 metros quadrados – o dobro da área considerada ideal para
o funcionamento. Os alunos também podem desfrutar de quadra
poliesportiva, biblioteca, brinquedoteca, sala de leitura, refeitório,
500 metros quadrados de área de circulação coberta, além de
laboratório de informática, equipado com 10 computadores de
última geração. Nos próximos meses, mais cinco salas de aulas
deverão ser construídas para atender aos alunos do Projovem.
O bairro de Ilha Amarela possui cerca de 18 mil
habitantes e contava com apenas duas escolas públicas de
pequeno porte que ofereciam apenas turmas até o 5º ano
do Ensino Fundamental. Para cursar o 6º ano, as crianças
da localidade precisavam se deslocar para bairros vizinhos,
enfrentando a distância e fi cando expostos à violência.
Segundo a diretora da Manoel Barradas, Jaqueline
Pereira, muitas pessoas abandonavam os estudos por conta
da impossibilidade de frequentar a escola mais próxima. “A
maioria dos pais dos nossos estudantes não têm condições de
arcar com despesa de transporte. A implantação dessa unidade
aqui no bairro chegou para por fi m à frustração de não poder
continuar os estudos”, afi rma a diretora se referindo às vagas
disponíveis para alunos do 6º ao 9º ano. Ela acrescenta que a
nova unidade tem condições sufi cientes de atender todo o bairro.
A construção da escola repercutiu entre os moradores da
comunidade, que não economizaram nos elogios à sua estrutura
física, como é o caso de Josefi na Cavalcante, de 58 anos,
moradora do Subúrbio Ferroviário. Dona Zefa, como é conhecida
pelos vizinhos, não esconde a satisfação de ver uma unidade
de grande porte em Ilha Amarela, bairro que, segundo ela, é
um dos mais carentes da cidade. “Como fi cou linda a Manoel
Barradas. Essa é a prova viva de que criança pobre também
tem direito a coisa boa e educação de qualidade”, comemora.
Investimento em construção e reformas Programas de alimentação e saúde escolar
Cursos para professoresEscola Municipal Manoel Henrique da Silva Barradas
GENTE DA GENTE
Ações conjuntas visam redução de mortes maternas
Jornada renova compromisso com a qualidade de ensino
Dos vários e-mails que recebi dos professores
da Rede Municipal de Salvador com a fi nalidade de avaliar a Jornada Pedagógica 2009, um particularmente mereceu destaque. No texto, a professora ressaltava a importância da jornada para a acolhida dos profi ssionais de educação, a qualidade dos formadores e a inovação dos temas discutidos.
Porém, um item apareceu na formatação textual em negrito, grifado, destacado. Indicava justamente que nesta jornada foi respeitado o desejo do professor, a oportunidade democrática de escolha dos cursos, permitindo a cada docente manifestar e efetivar a sua inscrição na formação de seu interesse ou pela simples curiosidade em conhecer uma nova temática ou abordagem.
Exatamente nesse foco, evidenciamos que a mensagem vem corroborar os anseios da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) quando da elaboração do evento, pois pensamos numa jornada que fosse o ponto de partida para o processo de formação continuada dos professores, que é de fundamental importância para o desdobramento de todas as ações que são executadas pela Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (Cenap), Coordenadorias Regionais de Educação
(CREs) e demais coordenações da SMEC. Todas as ações com uma única premissa que é a
validação do tempo pedagógico da sala de aula e a real aprendizagem dos milhares de alunos e alunas da Rede Municipal. Inovamos em diversos aspectos e pecamos em outros, evidentemente sem a intenção do erro, mas justamente devido à dimensão e alcance que a Jornada Pedagógica 2009 teve para toda a cidade.
Aproveitamos para registrar a participação do educador Rubem Alves, professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp) e escritor, que atraiu também professores da Rede Estadual e Particular sem contar com os admiradores e leitores das diversas obras educacionais de sua autoria.
Finalmente, após meses de agonia e expectativa quanto ao resultado de tudo o que planejamos para o primeiro evento do ano letivo, respirei aliviado com o e-mail e passei a ter uma nova preocupação: a manutenção de ações pedagógicas que respeitem os profi ssionais da Rede Municipal e permitam um olhar amplo sobre o nosso corpo docente, percebendo suas fragilidades e pontos prioritários, mas que acima de tudo possam tornar público os diversos projetos exitosos e pontos positivos das nossas escolas, permeando-os com ações de socialização e troca de experiências.
Ressalto em todos os lugares a qualidade técnica dos professores municipais e, como representante desta categoria, não admito comentários depreciativos nem reforço sentenças corriqueiramente utilizadas como dizer que “o professor é resistente” ou qualquer coisa do tipo. Pelo contrário, acredito que temos um quadro docente atualizado e ávido por propostas e ações que elevem a
qualidade da educação de Salvador. Portanto, o papel da Secretaria é
desenvolver ações que potencializem a vitalidadedo agrupo docente. Um exemplo disso foi a Jornada Pedagógica 2009 que, em minha opinião, tem seu espírito sintetizado na palavra “desejo”. O desejo do conhecimento, da escolha do curso, o desejo de uma escola cada vez mais produtiva e, principalmente, o desejo da descobertados nossos alunos, primando pelas expectativas que mobilizam a cada dia um encontro prazeroso com o conhecimento e por que não dizer com a própria existência.
Somos mais felizes quando nos é permitido escolher. Talvez uma das maiores dádivas que o ser humano pode ter é o livre arbítrio. Então, colegas, sejamos livres para o conhecimento. A cada um de nós cabe a responsabilidade de acender em nossos alunos o desejo pela liberdade do conhecimento. A Jornada Pedagógica 2009 foi o início de nossa trajetória, com a ideia de que, a cada dia, o nosso compromisso seja renovado.
(Manoel Calazans, professor da Rede Municipal e coordenador de Ensino e Apoio Pedagógico da SMEC)
revenir gestações não-desejadas é o principal objetivo das ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) em todas asescolas da rede, numa agenda de cooperação com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para redução dos índices de mortes maternas em Salvador.
Em 2007, a Prefeitura e a instituição realizaram a primeira atividade sob o tema “Homens Trabalhando pela Saúde Materna”. Desde então, a parceria tem promovido ações de esclarecimento para a população e, para 2009, já tem plano de trabalho definido, no qual estão envolvidos diversos órgãos municipais, como as secretarias da Reparação (Semur), Saúde (SMS) e Política para as Mulheres (SPM), além da SMEC.
De acordo com a Secretaria, o trabalho realizado pelo UNFPA atinge diretamente o público das escolas
municipais. Isso porque, segundo dados do relatório Saúde Brasil 2006, dos 3.026.548 nascidos vivos no ano de 2004, 661.290 são filhos de mulheres jovens, com idade entre 10 e 19 anos. A SMEC tem mais de 40 mil estudantes acima de 10 anos matriculados nas unidades de ensino. Desses, 60% são do sexo feminino.
Para a Secretaria, a prevenção da gravidez indesejada ou não planejada é o primeiro passo para reduzir a morte materna, que em Salvador tem como principais causas o aborto inseguro, as doenças hipertensivas e as infecções puerperais.
O MUSA, grupo de estudos do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) realizou pesquisas em Salvador e identificou que os bairros de classe média alta apresentam taxas de mortalidade materna semelhantes às de
países desenvolvidos (entre 6 e 20 óbitos por 100 mil nascidos vivos). Já nas localidades onde se concentra a população carente, a Secretaria Municipal da Saúde registrou, em 2005, índices cinco vezes maiores. Mais um motivo para o envolvimento da SMEC na campanha, já que a maior parte das escolas da rede está localizada nos bairros de classe baixa.
EDUCAÇÃO EM DADOS
P
ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009 9Exército da Educação no combate à dengue
Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC)
entrou na luta contra a dengue e se depender dos
estudantes e professores da rede, Salvador não terá epidemia.
A parceria entre Saúde e Educação do município começou
no ano passado, e este ano novas medidas estão sendo
implantadas na campanha contra o mosquito Aedes Aegypti.
Mais de 140 mil estudantes e cerca de 6 mil professores
das 411 escolas compõem o “Exército da Educação” no combate
à dengue no município. Em todas as unidades de ensino
estão sendo desenvolvidas ações que vão desde palestras,
atividades culturais e educativas a caminhadas pelos bairros
da cidade envolvendo a comunidade na luta contra a doença.
Em 2008, a campanha envolveu todas as unidades
escolares da Rede Municipal e obteve resultados positivos.
Com a mobilização dos alunos foram realizados faxinaços nas
escolas e comunidades, distribuição de materiais educativos e
apresentação de peças teatrais. O interesse das crianças rendeu
até mesmo a cria ção de armadilhas para captura do mosquito.
Profi ssionais de saúde acompanharam as atividades
e realizaram encontros de esclarecimento para alunos,
pais e professores, instruindo-os para multiplicar a
informação. As escolas que mais se destacaram na campanha
receberam o certifi cado “Escola Livre do Mosquito”. Mais
de 150 unidades foram contempladas com o documento.
AGENTES MIRINSEntre as novidades para este ano está a criação
dos Agentes Mirins de Saúde. A proposta é capacitar
e treinar 10,5 mil alunos, do 5º ao 9º ano do Ensino
Fundamental, para que estes atuem como orientadores
e multiplicadores de informações nas suas comunidades.
Identifi cado com boné e crachá, cada agente terá a missão de
visitar, no mínimo, 20 residências e promover um diálogo capaz
de sensibilizar as pessoas para o combate a essa doença que
vem afetando diversas cidades do país. Até o fi m do ano, mais
de 210 mil famílias deverão ser orientadas pelos Agentes Mirins.
De acordo com a SMEC, o envolvimento dos alunos
nas ações de combate à dengue intensifi ca a relação
entre escola, família e comunidade, além de formar
cidadãos comprometidos com o bem-estar do próximo.
ALGO MAIS
A
Escola Municipal Olga Figueiredo
azer Educação com Amor é o lema da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC). Nas escolas da rede, a prova de que a paixão pela profi ssão é mesmo o grande segredo para o sucesso, pode ser comprovado através dos prêmios conquistados pelos professores.
No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Vovô Zezinho, a professora Adriana Rodrigues inova de maneira criativa o modo de dar aulas. Com o projeto Vamos Aprender com a MPB?, que ganhou destaque nacional após fi gurar entre os 10 melhores do país no concurso Professores do Brasil 2008, do Ministério da Educação (MEC), ensina um repertório de saberes que vão além da música.
Rodrigues conta que sempre gostou de trabalhar com a arte. “Eu procuro fazer uma coisa bem lúdica e prazerosa para eles”, diz. Então, no início do ano passado tirou as cadeiras da sala, colocou um baú com fantasias para despertar a curiosidade das crianças e convidou todos para usar a imaginação. Nesse momento, conta, uma das alunas fantasiadas pediu para que fi zesse uma festa com música. “Então surgiu a ideia. Comecei a elaborar um repertório que fosse adequado para as crianças de cinco anos e que despertassem o interesse delas”, explica.
Nas aulas, os alunos entram no ritmo e aprendem novos vocabulários, a ler, a escrever e a interpretar, sempre utilizando elementos da letra de uma canção da MPB. O exercício da leitura, por exemplo, é feito com acompanhamento da música. “Ela é o fi o condutor
para trabalhar com tudo: Matemática, Português, meio ambiente”, afi rma a professora. As crianças também conhecem a história da tecnologia, da música e têm contato com instrumentos como a radiola, o rádio e o MP4. Além das aulas na escola, os alunos visitam teatros, fazem apresentações e participam de exposições, tudo planejado após ouvir atentamente a opinião de cada um.
Para este ano, a professora já prepara novas atividades. Ainda no primeiro semestre inicia um trabalho com a
obra de Monteiro Lobato, dando atenção à questão da identidade da criança. Para despertar a curiosidade dos alunos, Rodrigues desenhou uma casa e colou na parede da sala de aula. “A ideia é convidar as crianças para que elas se sintam atraídas pelo processo de aprendizagem e mostrar que é possível conviver na diversidade”, conta. No novo projeto serão utilizadas diversas obras do escritor, mas inicialmente os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo foram escolhidos para conviver com os pequeninos.
FAZENDO ESCOLA
utras professoras que usam e abusam da criatividade nas
aulas são Rita de Cássia Santos e Luciana Balbino, dos
Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) Vovô
Zezinho e Cid Passos, respectivamente. As duas ganharam
o Prêmio Nutrir Nordeste 2009, da Fundação Nestlé.
Voltado para crianças de três anos de idade, o projeto Comer,
comer, é o melhor para você crescer... e aprender!, desenvolvido
no Vovô Zezinho, promove a reeducação alimentar, destacando
a contribuição indígena, portuguesa e africana dos alimentos.
O projeto surgiu em 2006, após a observação dos alimentos que as
crianças costumavam levar para a escola: biscoitos recheados, salgadinhos,
pirulitos, bombons e outras guloseimas. Quando se inscreveu no
Programa Nutrir, em 2008, Santos já havia iniciado o trabalho na unidade
de ensino e formado multiplicadores. “Os alunos que mudam de turma
partilham o que aprendem com a comunidade escolar e do bairro”, diz.
A Tarde de Chá, com aulas sobre folhas e ervas, e a Visita à
Horta Comunitária também fazem parte do processo educacional
desenvolvido pela professora Rita de Cássia. “As crianças passaram
a comer hortaliças, a sentar-se corretamente na mesa, a usar
os talheres e a mastigar devagar. Isso é o que é mais
interessante e gratificante. O prêmio é consequência,
a resposta para o trabalho que fazemos”, declara.
No CMEI Cid Passos, o projeto Hortinha Orgânica,
desenvolvido por Luciana Balbino, é voltado para alunos
do 4º e 5º ano e da Educação Infantil. “Não vejo a infância
desvinculada à natureza”, declara. As crianças aprendem sobre
as diferenças entre hortaliças, frutas e leguminosas, sobre as
características do solo e o processo de irrigação. A professora
envolve também as famílias e comunidade, estimulando
a construção de hortas suspensas em garrafas e vasos.
Segundo as professoras, a ingestão adequada
de nutrientes e uma alimentação balanceada estão
diretamente ligadas ao processo de aprendizagem, já
que os alimentos são os combustíveis que movem os
seres humanos, e a mudança do hábito alimentar é
possível através do envolvimento das crianças em todo
o processo, desde o cultivo à preparação dos pratos.
Reeducação
alimentar
Criatividade transformaprocesso de aprendizagemF
O
Adriana Rodrigues
Luciana BalbinoRita de Cássia Santos
ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009 11
UMA ONDA NO AR
ESPAÇO DO ESTUDANTE
asta tocar o sinal para que um aluno desça as escadas da
Escola Municipal Amai Pro, em Campinas de Pirajá,
para falar ao microfone. Ele lê o horóscopo, faz um breve
comentário sobre a última aula e oferece a próxima música
a um colega ou professor. É assim na rádio comunitária
da escola: a voz do locutor muda todo dia, mas é sempre
conhecida. A intenção é garantir uma escola atrativa, evitar
a evasão escolar e estreitar a relação com a comunidade.
Inaugurada há cinco anos, a rádio busca oferecer aos
alunos o aprendizado sobre o ofício dos profi ssionais de rádio,
desde a estruturação de textos à operação das máquinas. Os
assuntos abordados são os mais diversos e incluem os temas
das aulas e os problemas do cotidiano da comunidade. As
músicas e locuções chegam ao público através de 10 caixas
de som instaladas no pátio da unidade e nas ruas do bairro.
Famosa no bairro por conta das locuções, Katiana Fogaça,
19 anos, conta que nem sempre foi assim. Timidez e baixa
autoestima sempre fi zeram parte da sua vida, até iniciar o
trabalho na Rádio Amai Pro. “Passei por uma transformação
na minha vida depois que me envolvi no projeto que me
trouxe muitos benefícios. Hoje tenho minha casa e me sinto
orgulhosa com minhas conquistas”, diz.
Katiana afi rma ainda que a iniciativa da escola
despertou nela a vontade de seguir carreira e para isso
sonha cursar uma faculdade de comunicação. Sem esta
oportunidade, acredita que estaria como muita gente, sem
saber que rumo dar à vida. Ex-aluna e pioneira na execução
da rádio comunitária na escola, hoje é voluntária e continua
desenvolvendo a atividade, monitorando os estudantes que
compõem a equipe atual.
O locutor mirim Pedro Paulo Torres, 4 anos, já
demonstra intimidade com as ferramentas de trabalho e
muita desenvoltura ao utilizar o microfone. “Os alunos, os
pais e todos que ouvem gostam da programação, pois estão
sempre bem-informados e podem passar recados, poesias e
outras coisas”, explica.
Segundo a professora idealizadora do projeto, Edneuza
Cardoso Melo, o papel da rádio é estimular a produção de
textos e motivar a comunicação. “Com esse trabalho,
envolvemos os estudantes em pesquisas e incentivamos
a leitura. Também possibilitamos que a comunidade local
tenha acesso a informações, que é uma forma de inclusão
social, e ainda formamos multiplicadores”, diz a professora.
Criados desde a implantação do projeto, a grade inclui
os programas diários “Culinária alternativa”, “Cidadania
e Ação”, “Show Popular”, “Um Mergulho em Nossa
Identidade” e “Encontro com a Fé” (inter-religioso). Durante
a programação, qualquer cidadão da comunidade pode
emitir opiniões sobre os assuntos abordados, bem como
manifestar ideias, propostas, sugestões, reclamações
ou reivindicações. A rádio vai ao ar das 9h às 17h30 e as
transmissões são comandadas pelos alunos da Educação
Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e ex-
alunos da escola.
B
ANO I Nº 1 - ABRIL DE 2009
Hora doRecreio
SUDOKU
CRUZADINHAS
Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. Não há nenhum tipo de Matemática envolvida.
“Não se pode falar de Educação sem amor” Paulo Freire
Caça PalavrasNATALMANAUSMACEIÓCUIABÁVITÓRIAMACAPÁ
Concurso
“Contadores de histórias”
Você é criativo? Sabe desenhar? Contar uma boa
história? Se respondeu sim às três perguntas, já está
pronto para participar do concurso “Contadores de
histórias”. E se sua resposta foi não, pode começar a
treinar porque nós temos o ano inteiro para esperar.
As regras são simples: numa folha A4, crie a sua
história ilustrada com desenhos criativos e bem
coloridos em formato de tiras. O tema é de livre
escolha. Não esqueça de colocar atrás da folha seu
nome completo, idade, série e nome da sua escola.
Depois, entregue sua obra para a diretora da unidade
de ensino, cruze os dedos e torça.
Uma comissão julgadora composta por coordenadores
da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC)
irá selecionar 03 (três) tiras que irão compor a última
página de cada edição do Jornal Educação em Pauta,
com o nome do respectivo autor. Os nossos “Contadores
de histórias” escolhidos receberão prêmios especiais.
A cada três meses, período de circulação do nosso Jor-
nal, você pode enviar novas criações e concorrer. Pode
mandar quantas tiras quiser. A única exigência é que
esteja matriculado e frequentando uma das escolas da
Rede Municipal de Ensino (RME) de Salvador.
O concurso já está aberto e o prazo para entrega do
material para a segunda edição do Jornal Educação
em Pauta é dia 1º de junho de 2009.
Boa sorte!
Respostas cruzadinha:
1. ABERTO2. BELEZA3. PADRE4. CAMA / CAVALO5. MADEIRA6. PEDRA7. CARTA / CERTO8. CASA9. ROSA10 RETA11. CRIAR
Top Related