Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio
Av. Rio Grande do Sul, S/N - CEP: 85.745-000 - Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20/82 DOE 26/04/1982
Ato de Renovação do Reconhec. do Ens. Fund. Res. 1084/03 DOE 23/05/03 Reconhecimento do Ensino Médio pela Res. 2338/00 DOE 27/07/2000
[email protected] - Bela Vista da Caroba - Paraná
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio
Av. Rio Grande do Sul, S/N - CEP: 85.745-000 - Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20/82 DOE 26/04/1982
Ato de Renovação do Reconhec. do Ens. Fund. Res. 1084/03 DOE 23/05/03 Reconhecimento do Ensino Médio pela Res. 2338/00 DOE 27/07/2000
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
SUMÁRIO
Apresentação .................................................................................................................04
Marco Situacional ...........................................................................................................06
Marco Conceitual ...........................................................................................................18
Marco Operacional .........................................................................................................23
Referencial Bibliográfico ................................................................................................29
Anexos.............................................................................................................................30
Plano de Ação Colégio Estadual Santo Antão ...............................................................01
Proposta Pedagógica Curricular .....................................................................................10
Proposta Pedagógica Curricular Artes – Ens. Fund .......................................................11
Proposta Pedagógica Curricular Ciências – Ens. Fund ...............................................24
Proposta Pedagógica Curricular Educação Física – Ens. Fund .....................................36
Proposta Pedagógica Curricular Ensino Religioso – Ens. Fund ....................................46
Proposta Pedagógica Curricular Geografia – Ens Fund ................................................54
Proposta Pedagógica Curricular História – Ens. Fund ..................................................65
Proposta Pedagógica Curricular Língua Portuguesa – Ens. Fund .................................79
Proposta Pedagógica Curricular Matemática – Ens. Fund ............................................89
Proposta Pedagógica Curricular L.E.M.- Inglês – Ens. Fund .......................................104
Proposta Pedagógica Curricular Arte – Ens. Médio ....................................................118
Proposta Pedagógica Curricular Biologia – Ens. Médio ...............................................130
Proposta Pedagógica Curricular Educação Física – Ens. Médio .................................143
Proposta Pedagógica Curricular Filosofia – Ens. Médio .............................................152
Proposta Pedagógica Curricular Física – Ens. Médio ..................................................163
Proposta Pedagógica Curricular Geografia – Ens. Médio ............................................175
Proposta Pedagógica Curricular História– Ens. Médio ...............................................186
Proposta Pedagógica Curricular Língua Portuguesa – Ens. Médio ............................200
Proposta Pedagógica Curricular Matemática – Ens. Médio .........................................210
Proposta Pedagógica Curricular Química – Ens. Médio .............................................222
Proposta Pedagógica Curricular Sociologia – Ens. Médio ...........................................233
Proposta Pedagógica Curricular Inglês – Ens. Médio .................................................242
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APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico é um trabalho desenvolvido pelos
Professores, Direção, Supervisão, Funcionários e Pais do Colégio Estadual Santo
Antão – Ensino Fundamental e Médio, que objetiva nortear as atividades da instituição
e ao mesmo tempo perceber que vale a pena ousar com os olhos voltados à uma
escola capaz de se renovar a cada dia.
Este documento resulta de muito estudo, cursos de capacitação, debates,
reuniões de professores, auxiliares administrativos e serviços gerais, pais e alunos,
tendo como suporte e ponto de referência as DCEs e LDB 9394/96.
O objetivo da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, foi o de
repensar, refletir e incorporar novas idéias e formas democráticas à pratica educativa,
numa perspectiva emancipatória e transformadora da educação, exigindo compromisso
e responsabilidades dos profissionais e dos educandos para que se assegure uma
aprendizagem de qualidade.
O Colégio Estadual Santo Antão se constitui em um campo vasto, plural e
diversificado, sempre voltada na formação de educandos críticos, responsáveis e
interativos ao meio em que vivem, porém, mesmo com essa filosofia somos marcados
por algumas dificuldades: desinteresse dos alunos, pouca participação dos pais, falta
de espaço físico, dificuldades econômicas, baixa auto-estima, evasão escolar, violência
doméstica, reprovação.
No entanto, ao lado dessa realidade complexa, própria de uma instituição
que reúne diferentes dimensões do campo social, observam-se práticas, soluções e
respostas inesperadas, que buscam construir a participação de todos na gestão,
segundo uma perspectiva democrática e cidadã. Os professores estão em constante
capacitação e plenamente comprometidos, buscam uma qualidade em suas práticas. O
diálogo mostra-se como peça fundamental nesse processo, que também incorpora à
vida escolar expressões culturais dos jovens alunos, sujeitos sociais, repletos de
necessidades, anseios e esperanças.
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Vale ressaltar que, quando há diálogo na comunidade escolar, há também
abertura para sugestões de toda comunidade escolar e, portanto, mudanças no
ambiente escolar.
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MARCO SITUACIONAL
IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Santo Antão – Ensino Fundamental e Médio, sob código
nº 274, situada na Avenida Rio Grande do Sul S/N, centro do Município de Bela Vista
da Caroba, sob código nº 00140, email [email protected], com dependência
administrativa Estadual a SEED, código 02, e pertencendo ao Núcleo
Regional de Educação de Francisco Beltrão, sob código 12, tendo como
entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná.
A autorização de funcionamento do Colégio foi reconhecida pela resolução
nº 20/82 de 26/04/82, o curso do Ensino Fundamental foi autorizado pela resoluçãonº
726/96 de 25/03/92, e renovada pela resolução nº 1084/03 de 23/05/03, o Regimento
Escolar deste estabelecimento foi aprovado pelo ato administrativo nº 387 de
27/11/2001.
Este Colégio esta distante do Núcleo Regional de Educação a 100 Km.
O Colégio Estadual Santo Antão – Ensino Fundamental e Médio, já
funcionava desde 1964 e se localizava nas imediações do atual campo de futebol em
Bela Vista, passando após para o local da Capela da Igreja Católica Santo Antão, fator
pelo qual levou o mesmo nome provisoriamente, até que fosse construída em 1964,
mantendo o mesmo nome que hoje possui. Em 1974 foi passada para o prédio de
alvenaria na Rua Parigot de Souza, com 804 m2, na esquina com a Av. Rio Grande do
Sul com área de 4.100 m2.
Em 1975 esta escola cedia também suas dependências para o
funcionamento de quatro (04) séries do Ginásio Estadual Padre Anchieta, da sede do
município de Pérola D’Oeste.
Em 1980 a Escola Santo Antão passa a denominar-se Escola Estadual Santo
Antão – Ensino de 1º Grau.
Até 1992 a Escola Estadual Santo Antão, amparada pela Lei 5692/71,
atendia o ensino de 1º Grau do Pré-escolar até 8ª Série. A partir de 1992 foi criada a
Escola Municipal Bom Jesus que passou a responder pelo Ensino do Pré-escolar até a
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4ª Série do Ensino de 1º Grau. A Escola Estadual Santo Antão passa a responder desta
data em diante pelo Ensino Fundamental de 5ª à 8ª Séries pela resolução n.º 726/92. O
prédio é patrimônio do Estado. Em 1998, através da Resolução 486/98 de 17/02/98 a
Secretaria Estadual de Educação autoriza o funcionamento do Curso de Educação
Geral e a Escola Estadual Santo Antão – Ensino de 1º grau passa através da
Resolução 486/98 a denominar-se Colégio Estadual Santo Antão – Ensino de 1º e 2º
graus. Em 11/09/1998, através da Resolução n.º 3120/98, a Secretaria Estadual de
Educação – resolve autorizar a adequação na nomenclatura dos estabelecimentos de
educação.
O Município de Bela Vista da Caroba possui 4.547 habitantes, sua economia
é basicamente agrícola, nosso IDH é baixíssimo e a maioria das famílias são
beneficiadas com o programas do Governo como Bolsa Família, Programa Leite das
Crianças e Fome Zero, além desses programas a própria escola faz campanha
comunitária de arrecadação de roupas para os alunos necessitados e recebe verbas do
governo estadual como “Escola Cidadã” para complementação da merenda.
As condições sócio-econômicas da população que constitui o quadro de
alunos deste estabelecimento não é satisfatória, apresenta uma grande parcela com
extremas dificuldades em relação a estrutura familiar, habitacional e de alimentação
devido ao fato de não possuírem moradia própria ou mesmo tendo propriedades, estão
descapitalizados para incrementar suas atividades agrícolas, sendo assim, a escola
assume papéis aos quais não lhe são próprios, além de sua identidade que é ensinar,
garantir o conhecimento elaborado e de formar cidadãos críticos e conscientes a escola
ainda assume papéis que a família deveria assumir: levar ao dentista, médico,
oftalmologista, psicóloga.
A escola, através da equipe pedagógica, avalia cada aluno, considerando
sua estrutura e histórico familiar, através de informações, procuramos adequar a
filosofia da escola à realidade do aluno sem que qualquer parte seja prejudicada.
Caminhar juntas, escola e família, para assegurar que os educandos tornem-se
autônomos, capazes e seguros para enfrentarem os obstáculos que os farão crescer
hoje e no futuro.
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A escola dispõe de recursos didáticos pedagógicos desde subsídios do
professor pedagogo aos recursos de materiais, a escola dispõe de uma satisfatória
biblioteca, aparelhos de DVDs e sons, laboratório de informática, de Física, Química e
Biologia, além de materiais esportivos e lúdicos.
Na parte pedagógica, há constantes mudanças na prática docente, no
sentido de oferecer subsídios aos professores que, além de levá-los a descobrir novas
metodologias de aprendizagem, levou-se a valorizar, em particular, o desempenho dos
alunos, desenvolvendo sua auto-estima e valorizando seu saber empírico e instigando-
os a aprenderem cada vez mais, neste sentido, elaborou-se e lançou-se metas a cada
bimestre. Os conteúdos são elencados e preparados para um bimestre e ao final
deste, através do Conselho de Classe, faz-se uma profunda análise do que foi
trabalhado, identificando-se os pontos positivos e negativos, buscando soluções
práticas e eficientes às dificuldades encontradas procurando recuperar os conteúdos
não apropriados.
O corpo docente é composto por 37 professores, todos pós graduados, 04
auxiliares administrativos, 8 serviços gerais, 1 diretora, 1 diretor auxiliar, 02 professores
pedagogos com uma carga horária de 60 horas. Nos faltam para o complemento do
quadro de funcionários 60 horas de auxiliar administrativo e 18 horas de laboratorista.
O trabalho do corpo docente do Colégio destaca-se pelo empenho e
responsabilidade em dar continuidade no trabalho pedagógico das séries iniciais do
Ensino Fundamental, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes
de seus direitos, deveres e responsabilidades.
O Colégio Estadual Santo Antão é o único estabelecimento que oferta as
séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, no município de Bela Vista da
Caroba. Atende 84% de seus alunos advindos de áreas rurais que utilizam o transporte
escolar.
Nosso colégio está organizado por série e o regime é bimestral, sendo
considerado o período letivo de 4 (quatro) bimestres.
O total da carga horária das disciplinas do Ensino Fundamental é de 960 h/a
800 horas, distribuídas nos 200 dias letivos.
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O mesmo atende 25 turmas. Dentre elas 8 turmas de 5ª a 8ª série no período
matutino, e 8 turmas de 5ª a 8ª série no período vespertino, 3 turmas no período
matutino, 3 turmas no período vespertino e 3 turmas no período noturno, perfazendo
assim 09 turmas do Ensino Médio. Oferta 20 horas semanais de Sala de Recurso para
alunos com déficit de aprendizagem. Apresentando uma necessidade de atendimento
em mais 20 horas semanais para atendimento em Sala de Recursos e 02 (duas) salas
de Apoio de Aprendizagem.
A carga horária do ensino fundamental está distribuída de acordo com a
matriz curricular da seguinte forma:
Curso: 4000 – Ens. 1 /GR. 5/8 série, turno da manhã e tarde.
Disciplina
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
Artes Ciências Educação
Física Ensino
Religioso Geografia História Língua
Portuguesa Matemática
D L.E. - Inglês
Curso: 0009 – Ensino Médio, turno da manhã, tarde e noite
Disciplina
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
Arte Biologia Educação
Física Física Geografia Historia Língua
Portuguesa Matemática Química
10
D Filosofia
L.E. – Inglês Sociologia
Faz parte da estrutura do colégio a Associação de Pais, Mestres e
Funcionários - A.P.M.F. e Conselho Escolar. A Associação de Pais, Mestres e
funcionários, participa na elaboração de planos de aplicação financeira de verbas
oriundas do poder público e de qualquer outra origem, bem como articular fontes de
arrecadação, envolvendo a comunidade em geral, com fins de auxiliar na manutenção
do estabelecimento. O Conselho Escolar atua como mediador dos anseios da
comunidade educativa em que esta inserida, buscando alternativas para efetivar
projetos que visem garantir o cumprimento de sua função que é ensinar. Articula suas
ações com os profissionais da Educação preservando a especificidade de cada área de
atuação.
O Grêmio Estudantil é a organização dos alunos, os mesmos exercem seus
papéis de cidadãos, se organizam e expõem seus anseios junto à direção. É votado e
escolhido pelo alunado.
As normas do estabelecimento estão amparados no Regimento Escolar,
Matriz Curricular, Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental e Médio, Estatuto da
A.P.M.F. e do Conselho Escolar, síntese Disciplinar e Normas da Direção.
O Colégio Estadual Santo Antão - Ensino Fundamental e Médio tem como
filosofia, formar o educando para tornar-se cidadão politizado, ciente dos seus direitos e
deveres, capaz de expressar-se de forma crítica, consciente e participativo.
Incluir todos os alunos é o nosso dever, porém a inclusão de alunos com
necessidades especiais está acontecendo dentro das possibilidades reais da escola e
dos educadores, pois apesar de todo o esforço os professores não tiveram uma
preparação psicológica,pedagógica e teórica, nem a escola está fisicamente preparada
para realmente efetivar a inclusão responsável e dignamente humana.
Porém nosso colégio trabalha intensamente afim de minimizar as
dificuldades e valorizar o que há de melhor em cada um. Para nós a inclusão está além
das necessidades físicas, ela apresenta-se de formas variadas, social, psicológica,
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humana e por fim física e todas estas estão sendo superadas por nossos educadores
através de suas metodologias variadas e direcionadas ao aprender do aluno.
Portanto, numa visão mais pontual entende-se que a inclusão vai além de
banheiros adaptados e rampas de acesso, é preciso pensar na questão de modo mais
amplo, pressupõe o acesso ao conhecimento elaborado, aos meios de comunicação,
aos recursos eletrônicos, à profissionalização, ao trabalho, enfim, tornar as dificuldades
que os diferencia em oportunidades de igualdades.
As dificuldades encontradas para a implementação da inclusão variam de
espaço físico, idéias divergentes sobre a inclusão, falta de material adequado as
necessidades, qualificação destinada aos professores e demais funcionários da escola,
também maiores esclarecimentos aos pais sobre as necessidades e dificuldades
apresentadas por seus filhos e ainda receber o apoio da família, uma vez que os
alunos que vêm são provenientes de comunidades carentes sem recursos culturais e
materiais, entendendo que ele, o educando, poderá encontrar alternativas dentro da
sua realidade.
Avaliando o crescimento e a evolução da sociedade, nos perguntamos, que
educação será necessária para amanhã e para que sociedade? A educação não se
esgota só na aprendizagem cognitiva e instrumental, mas envolve as aprendizagens
sociais, tão necessárias quanto as primeiras.
Todavia estas questões nos chamam para as formas de ensinar e de que
maneira o conhecimento está chegando a nossos alunos, para tanto seguimos o
currículo pois, o mesmo oferece o norte do conhecimento elaborado, historicamente
pela sociedade, o currículo é para nós educadores, uma linha a seguir sem tirar a
autonomia do ensino, pois é ele que organiza o saber elaborado repassado aos alunos
através de métodos, regras e práticas constituídas ao longo da história.
Também afirmamos que é pela liberdade curricular implantada que é
possível respeitar e valorizar as múltiplas habilidades.
Sendo assim o olhar respeitoso do outro pode provocar uma série de
mudanças nos comportamentos e atitudes dos jovens e dos professores, significando
valorização e reconhecimento social. Os professores que aqui desenvolvem suas
práticas estão efetivamente empenhados no sucesso profissional de seus alunos,
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sendo assim utilizam metodologias variadas para oportunizar ao aluno expressar-se de
forma igualitária.
Este estabelecimento conta como uma característica principal o ensinar e por
conseqüência a valorização do ser humano; sendo assim, alunos, pais, professores e
funcionários participam do processo educativo oferecendo o que de melhor há , as
decisões deste estabelecimento são tomadas primando pelo bem estar de todos pois
valorizar e acreditar no potencial de cada um é parte fundamental do processo ensino
aprendizagem.
O Colégio realiza o Pré-Conselho de Classe, onde a equipe pedagógica
conversa com as turmas sobre as dúvidas e sugestões, em seguida realiza o Conselho
de Classe com todos os professores, onde coloca-se o resultado da conversa com os
alunos. No Conselho reflete-se os problemas de cada educando e turmas cuja
execução das intervenções pedagógicas necessárias são tomadas coletivamente com
toda a equipe pedagógica, posteriormente informamos a família sobre o que foi
constatado do seu filho, as possíveis soluções, buscando assim, se necessário
encaminhamentos a outros profissionais: psicólogos, médicos, etc.
A hora-atividade é um momento de pesquisa, leitura, organização de
trabalhos, trocas de experiências, elaboração do Plano de Trabalho docente e projetos,
preparação e correção de avaliações.
Para garantir a qualidade da apropriação de alunos com dificuldades e
mesmo minimizar possíveis reprovações , o colégio conta com a Sala de Recurso onde
freqüentam os alunos com deficiência mental leve e distúrbios de aprendizagem. Além
dos recursos ofertados pela SEED, o colégio realiza um trabalho direcionado aos
alunos com dificuldades de leitura, escrita e baixa estima, este trabalho é realizado
pelas pedagogas e pela direção.
Quanto à evasão escolar o colégio conta com o efetivo acompanhamento
dos professores em relação a freqüência , e o professor conta com o Programa FICA -
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente, onde o professor, na medida em que
constata a ausência do aluno, por 05(cinco) dias consecutivos, ou então 07(sete)
alternados no período de um mês, e esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o
fato à equipe pedagógica da escola que entrará em contato com a família, orientando e
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adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno.
Estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos
motivos e dentre eles estão as repetências constantes por motivos além da dificuldade
pedagógica, a necessidade do trabalho infantil para compor a renda familiar, a pobreza
e a falta de comida em casa, a longa distância entre a escola e a casa, a falta de
transporte, que dificultam a ida á escola todo os dias, além de motivos de ordem mais
social, como a violência física ou psicológica com a criança ou entre seus familiares, a
baixa auto-estima por motivos sociais e familiares, a não valorização do ensino por
parte dos adultos, o casamento e/ou gravidez precoces e dificuldades no
acompanhamentos dos conteúdos curriculares e principalmente a omissão dos pais.
Este colégio avalia os progressos de seus alunos de várias formas, os
instrumentos usados para a realização da avaliação oportunizam a todos os alunos
expressar seu nível de apropriação, ela acontece através de produções escritas, orais,
expressões corporais, trabalhos de pesquisa e extra-classe e desenvolvimento de
atividades e ainda através de sua participação nas aulas. Todas as avaliações
realizadas são traduzidas em linguagem numérica as quais variam de 0 (zero) a 10
(dez).
Após análise de dados estatísticos dos anos 2003, 2004 e 2005, quanto a
aprovação constatou-se um resultado significativamente negativo em torno de 18% a
22%, tal evidencia fez com que se repensasse a forma que estamos ensinando e os
métodos pelos quais os alunos estavam sendo avaliados.
Tal situação exigiu dos professores uma profunda análise em seus métodos
de repassar os conteúdos e avaliar os alunos de forma diferenciada e aplicada a cada
aluno como sendo o único a cada momento. Este trabalho significante traduziu um
significativo aumento das aprovações, em 2005 apenas 78% dos alunos foram
aprovados após a intervenção desta direção em relação a educação aqui ofertada, este
índice em 2006 foi de 94,7% dos alunos, isto prova que podemos ser ainda melhores à
medida que nos comprometemos.
A aprovação é o resultado do empenho de alunos e professores. A
aprovação traduz o sucesso do período letivo, considera-se o marco inicial na escalada
do conhecimento, é o indicativo da capacidade demonstrado pelo instrumento
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avaliativo.
Consideramos a avaliação certa e merecida oportunizando a todo o
colegiado e neste estabelecimento ela evidencia o empenho de todos.
A recuperação de estudos em nosso estabelecimento será obrigatório de
atendimento especial ao aluno de aproveitamento escolar insuficiente. O professor
deverá proporcionar ao educando recuperação contínua, permanente, paralela com
novas explicações dos conteúdos, trabalhos extra-classe, provas diferenciadas, sendo
que o resultado da recuperação paralela deverá incorporar-se aos das atividades
efetuadas durante o período letivo.
Estamos alfabetizando alunos nas 5ª séries. Dados estatísticos apontam que
10% dos alunos que ingressam nas 5ª séries são semi-alfabetizados e há casos de
analfabetos, e a esses alunos destinamos atenção especial em contra turno
trabalhamos duas vezes por semana com alfabetização, auto-estima, inclusão social e
acima de tudo dedicação.
Quanto a Progressão Parcial, nosso estabelecimento não oferta para alunos
do Ensino Fundamental. Para alunos do Ensino Fundamental, oriundos de outro
estabelecimento que oferta a Progressão Parcial, a escola fará a classificação desse
aluno, matriculando-o em série, levando em consideração a idade, experiência,
desempenho obtidos mediante meios formais ou informais este aluno pode ou não ser
promovido de acordo com o conhecimento pedagógico manifestado através de um
instrumento de avaliação dá-se assim a reclassificação.
A classificação compreende alunos oriundos de outros estabelecimentos,
estados ou país em que a documentação não é satisfatória, nesse caso a legalização
da vida escolar do aluno é feita através de uma avaliação compatível a sua idade
cronológica e pedagógica.
A Progressão Parcial para o ensino Médio se dará mediante ao aluno que
não obteve promoção em até 03 (três) disciplinas, levando sempre em consideração
que não é produtivo ensinar sempre igual para alunos que pensam, sentem, ouvem,
falam, agem de formas diferentes. A Progressão parcial deve ser entendida como um
instrumento possível de ser utilizado nos casos extremos em que, apesar de TODOS os
esforços, não foi possível recuperar alguns poucos alunos ela estende-se a todas as
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disciplinas da matriz curricular e é feita mediante análise do conselho de classe.
Consideramos que ao convivermos com pessoas, as necessidades são
evidentes e pontuais, no entanto algumas são consideradas de grande relevância,
dentre elas, falta de sala de aulas, banheiros suficientes à demanda e adaptados a
deficientes físicos, rampas de acesso, toldos de ligação entre os blocos das salas,
refeitório e auditórios.
A existência de um espaço limpo, ordenado e bem ocupado constitui
aspirações de todos os integrantes da comunidade escolar. Medidas como estas têm-
se revelado de extrema importância, pois conseguem interessar e motivar tanto à
comunidade escolar, como as que a rodeiam, contribuindo para resgatar a imagem
positiva da escola.
Procura-se realizar uma gestão participativa, na medida em que a direção
deixa de ter caráter centralizador que historicamente lhe foi atribuída e consegue
estabelecer relações de respeito e paridade com toda a comunidade escolar, buscando
através deste trabalho um maior comprometimento dos pais e dos alunos.
Aos pais através de assembléias expõe-se os problemas vivenciados pela
escola responsabilizando-os, dentro do possível, e envolvendo-os de forma intensa no
acompanhamento de seus filhos.
Valoriza-se o trabalho de produção e criatividade de nossos alunos através
de projetos interdisciplinares e os propostos pela SEED, tais projetos se caracterizam
por conferir à educação um sentido muito mais amplo, incorporando ao campo
pedagógico as complexas relações, crenças, valores, motivações, além de contribuir
para a re-significação da imagem que os alunos possuem a respeito de si próprios,
elevando assim a sua auto-estima. Dentre os projetos que a escola desenvolve no
decorrer do ano letivo, destacam-se:
Clube da leitura - Neste projeto 100% da comunidade escolar é envolvida,
todas as semanas o estabelecimento pára uma aula para ler. Esta ação envolve todas
os funcionários, alunos, professores e equipe pedagógica.
Programa Agenda 21 - onde professores de todas as áreas desenvolvem
ações que melhor traduzam a vida dos seres humanos no planeta, em nosso
município parcerias entre secretaria de meio ambiente e Colégio Santo Antão estão
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garantindo ao município um significativo reflorestamento,os professores desenvolvem
com alunos coleta seletiva de lixo e conscientizam a sociedade em relação a separação
do lixo reciclável, visto que pessoas em nosso município apresentam como renda
principal a coleta de recicláveis.
Projeto Fera - Oportunizando e valorizando as idéias criativas e inovadoras
dentro dos temas desenvolvidos pelo Estado. Como dispomos de vagas limitadas para
expor nossos trabalhos, a nível regional, no Colégio lançamos um projeto interno
chamado Fera Estudantil, nele todas as turmas tem a oportunidade de expor seus
trabalhos, os mesmos organizam-se extra-classe e todo o trabalho produzido por eles é
mérito e fruto do trabalho de conscientização de professores e colaboração dos pais
neste espaço.
Selecionamos o melhor trabalho por uma bancada de professores e este
representará o estabelecimento na fase regional.
Projeto da Paz - Neste projeto o Colégio envolve todos os segmentos da
sociedade. Todos os professores trabalham o tema em suas aulas e na semana que
antecede a páscoa apresentamos o mesmo com uma caminhada pela cidade e em
pontos estratégicos paramos e cada entidade se manifesta. Este projeto envolve 100%
da comunidade escolar e a população em geral, o objetivo do mesmo é chamar a
atenção de nossos alunos as questões de ordem social como paz, solidariedade e
justiça.
Participação no OBM - Olimpíada Brasileira de Matemática.
Participação no JOCOP’s - Jogos Colegiais do Paraná.
Semana Olímpica e Cultural - Acontece na semana da Pátria, onde são
desenvolvidas atividades culturais e recreativas, no âmbito cultural, os alunos divulgam
os costumes das origens dos povos que constituem a população do município,além de
gincanas culturais onde os alunos tem a oportunidade de testar seus
conhecimentos,na parte olímpica ,desenvolvemos práticas esportivas e interação entre
alunos.
Projeto “Mães Antes da Hora”- Projeto este desenvolvido junto aos alunos
de 8ª séries e Ensino Médio, oportunizando aos alunos situações de estudos, debates,
encontros com profissionais especializados na área de saúde buscando formar e
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informar sobre a questão de afetividade, sexualidade e vida, visto que ,para nossa
sociedade é o único canal de informação e abertura para diálogo em relação ao
assunto.
Projeto “Qualidade de Vida” - Conscientizar sobre a maneira correta da
prática de exercícios, hábitos alimentares e momentos de lazer para benefícios à
saúde.
É nesta perspectiva teórico-prática que se embasa o Projeto Político
pedagógico do Colégio Estadual Santo Antão - Ensino Fundamental e Médio e levando
em consideração as palavras do escritor CHARLOT, 2004, P.26
“Não será por milagre que se mudará a escola, por um toque de
varinha mágica, mas por um trabalho paciente, difícil, honesto. Se
o que se pretende é verdadeiramente construir uma escola
democrática, para um mundo mais justo e mais solidário será
preciso enfrentar essas contradições. Será difícil, mas é o que vale
a pena. E é isso que define o militante: a consciência de seus
valores e a capacidade de defendê-los em seus discursos, bem
como a capacidade de enfrentar as contradições para inserir seus
valores na realidade social (...) é justamente para transformar a
escola, à luz de nossos valores.”
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MARCO CONCEITUAL
O homem só pode se tornar homem através da educação. A frase é de Kant,
e nos ensina que todas as pessoas tem direito a aprender, em um processo de
interação com o contexto e por mediação social, a construir uma visão do mundo e a
intervir nele. O ser humano é o único ser existente no universo que busca
permanentemente o conhecimento . A atividade de aprender é, portanto, tão
necessária, natural e inevitável como respirar. Enquanto Entidade Educacional
humanamente constituída a real preocupação é com a qualidade do Ensino, a
apropriação e a veracidade do mesmo. As entidades educacionais devem garantir
ações que garantam a boa aprendizagem dos nossos alunos, pois consideramos que a
repetência é politicamente injusta, tanto para o discente, quanto para o docente que
desconhece as conseqüências pedagógicas de sua aplicação,porém é uma tentativa de
melhorar a qualidade da apropriação do processo por parte do aluno. Deixar de
aprender, na escola pública, significa se negar o acesso ao patrimônio
cultural/intelectual da cidadania sobre a qual as camadas populares têm como direito
nato.
A sociedade se constitui pela organização de pessoas, sendo assim, ela é o
espaço onde se expõe os anseios, opiniões, culturas, crenças de seus integrantes.
Cada sociedade é definida pela forma com que foi estruturada culturalmente e ela é
percebida pela escola, através dos alunos.
Segundo Rui Canário “Um dos caminhos mais promissores para transformar
positivamente a escola é torná-la um conjunto de recursos materiais e humanos
plurifuncionais aberto a uma utilização intensiva por parte de públicos e parceiros
diversos, empenhados em desenvolver múltiplas atividades de aprendizagem.
A escola é o lugar onde se ganha o gosto pelo ato de aprender. A
preocupação fundamental, entre outras, que deve nortear a ação dos educadores
realmente empenhados com a melhoria do ensino é de que os conteúdos transmitidos
sejam, de fato, apropriados pelos alunos e realmente úteis a sua formação humana.
O Projeto Político Pedagógico deve estar fundamentado na Pedagogia
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Histórico-Crítica, pois acreditamos que todos os seres humanos devem ser agentes de
sua história, participar e colaborar para a realização da mudança no meio em que está
inserido, pois, segundo Paulo Freire, 1997, p.119
“o ser humano é naturalmente, um ser da intervenção no
mundo à razão de que se faz a História. Nela, por isso mesmo,
deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto”.
É assim que é visto o papel de aluno, alunos sujeitos, estes são os
integrantes também da comunidades escolar, os mesmos devem receber condições
dignas de permanência na escola, elas vão desde a parte física até a parte humana. Na
parte física a escola deve ofertar salas, banheiros, rampas, espaços livres adequados.
Na parte pedagógica todas as condições necessárias ao docente para que este
promova uma aula de qualidade e na parte humana os recursos mínimos de
atendimento, como: professores, apoio técnico e administrativo, serviços gerais, etc.
Considera-se que os recursos pedagógicos não pairam apenas nos didáticos,
mas sim na oferta de materiais diversificados e apropriados a todas as faixas etárias
dos alunos. Portanto, toda tecnologia será necessária para viabilizar os recursos
pedagógicos como DVDs, retroprojetor, Internet, livros atualizados, jornais, revistas,
professor pedagogo, etc.
Para tanto as metodologias utilizadas pelos professores devem ser
inovadoras, criativas e diferenciadas a cada conteúdo ou a cada turma, pois
aprendemos de formas diferentes o que é ensinado à todos de formas iguais.
Cada docente a partir do conhecimento manifesto de sua disciplina,
desenvolve sua metodologia, sempre orientada pelo currículo.
O currículo é o referencial seguido em todas as escolas de ensino, seja,
nacional, estadual ou municipal, ele é único e dirigido a todas as disciplinas como a
construção e a efetivação do conhecimento historicamente constituído. Pode-se afirmar
que o currículo é a organização do conhecimento escolar elaborado, ditado pela cultura
popular dominante, ou seja, ele apresenta o contexto social no qual está inserido, o
mesmo é respeitado e seguido.
Seguir um referencial, como no caso do currículo não implica em imposições,
pois, a medida que norteamos nosso trabalho também somos livres. E liberdade, não
quer dizer que tudo pode, tudo se faz, significa sim uma forma democrática de
20
desempenhar as funções propostas.
Esta democracia está fundamentada na gestão democrática, esta por sua
vez, abre um leque de situações a serem consideradas. É nela que se fundamenta a
compreensão dos problemas, postos pela prática pedagógica. Ela estabelece um canal
aberto entre a concepção e a execução, o pensar e o fazer, quer dizer: liberdade
implica responsabilidade.
A autonomia do processo educativo busca minimizar as dificuldades que
figuram no âmbito escolar, pois a medida que cada setor deixa seu caráter de
dependência e parte para a ação se institui a gestão democrática, pois a liberdade e
autonomia fazem parte da própria natureza pedagógica.
Os conselhos instituídos pela escola e através dela, têm como finalidade
estar garantindo as ações e as propostas apresentadas por um determinado colegiado.
A APMF é uma associação gerenciadora das questões estruturais e físicas,
composta por pais, mestres e funcionários atua em paridade com a direção.
O Conselho Escolar é soberano e deliberativo atuando juntamente com a
direção, delibera recursos oriundos do poder público, questões administrativas e
pedagógicas, considera-se mediador de todas as atividades educacionais.
O Conselho de Classe, é o momento onde se analisa cada aluno de forma
especial pelo colegiado de professores da turma, ele é consultivo e deliberativo, o
mesmo se reúne ordinariamente a cada bimestre e extraordinariamente quando
convocado pela direção, sua estrutura e funcionamento está organizado em três
momentos : pré-conselhos, conselho e pós-conselhos.
O Grêmio Estudantil é constituído pelo próprio nome, pelo alunado, é o
interlocutor nas questões escolares, atua junto aos alunos em concordância e
supervisionado pela direção. Possui estatuto e organização própria.
Esta organização também faz parte do conhecimento; prova que a medida
que somos capazes de nos organizarmos, também somos capazes de vivermos em
sociedade.
A avaliação é o meio encontrado para traduzir de forma objetiva o resultado
das práticas desenvolvidas pelos docentes em relação aos seus discentes.
A avaliação não é uma estrutura burocrática da aprendizagem, ela por sua
21
vez busca questionar os pressupostos que estruturam a escola, a mesma obedece
regras que regem o trabalho pedagógico. O ato de avaliar deve ser o palco onde
figuram várias formas de expressar o que se assimila durante um período de referência.
O processo avaliativo pode ser positivo ou negativo, traduzido pela aprovação
ou reprovação. Aprovar é conseqüência do bom resultado nas avaliações ou melhor
aproveitamento do período letivo.
Será considerado aprovado o aluno que obtiver resultados positivos
comparados ao referencial de média, neste caso, para o estado do Paraná a média
referenciada é 6,0 bimestrais e 24,0 anuais, considerados a partir de todos os critérios
de avaliação.
A reprovação, de caráter necessário, deve ser utilizada quando todos os
outros recursos tiverem se esgotado, ela garantirá ao aluno a oportunidade de se
apropriar dos conteúdos a que lhe faltaram entendimento, os quais provocaram sua
reprovação.
É importante lembrar que antes que aconteça ou sugira-se uma reprovação,
os professores desenvolvem atividades e explanações diferentes para alunos que
apresentarem baixo rendimento, é o que determinamos de recuperação paralela, ela é
contínua, progressiva, seus resultados são incorporados as avaliações. Para que a
mesma aconteça, os professores buscam novas metodologias para ensinar o que não
foi assimilado em um primeiro momento, em seguida oportuniza-se ao aluno novas
avaliações.
A evasão e a repetência são considerados pontos negativos a toda instituição
educacional, pois ela traduz a incapacidade humana de estimular o conhecimento. As
causas são muitas, podem ser de cunho social quanto pedagógico, cabe a direção e
equipe identificar as causas e sugerir ações concretas as quais passarão pelo olhar
atento dos professores, direção, pedagogos e Conselho Tutelar.
Sabedores da importância da participação da família na escola, o Colégio
mantêm-se a disposição das mesmas para visitas e o acompanhamento da vida escolar
de seus filhos. Além disso o Colégio convida os pais e/ou responsáveis para
participarem de reuniões bimestrais, onde são tratados assuntos de seus interesses.
A hora atividade é o momento em que os professores e a equipe pedagógica
22
se reúnem para expor práticas ou buscar sugestões para a resolução de problemas, ela
acontece no âmbito escolar. Nesse momento também pode-se atender alunos e pais.
Também é no momento de hora atividade que constado a necessidade pela busca e
atualização do conhecimento, esta busca se traduz pela formação básica, necessária e
continuada. Esta formação em massa é oferecido pela SEED a qual de forma
comprometida garante a qualidade da educação ofertada no estado.
A medida que se realiza uma educação eficaz de qualidade e efetiva, é
possível incluir a todos os que são diferentes em uma entidade que atende de forma
igualitária a todos. Esta inclusão não se limita a necessidade física, mas sim geral
social, psicológico, estrutural e física.
23
MARCO OPERACIONAL
Ao constatar através de dados estatísticos uma significativa reprovação, a
qual girava em torno de 18% a 22%, dados estatísticos apresentados até 2005, a qual
era considerado alarmante. Tal situação nos fez repensar e reavaliar as medidas
tomadas e desenvolvidas por este estabelecimento nas mais diversas formas, seja
disciplinar, seja pedagógica, estrutural , físicas e de ordem geral.
Percebe-se que intervenções devem ser feitas em relação à aprendizagem
dos alunos, e a direção através de um plano de ações realizará uma série de
mudanças, primeiramente é necessário retomar as regras, normas e limites do colégio
para a harmonia do trabalho, para tanto, exige-se dos alunos dedicação integral.
Retomar-se-á a segurança, não permitindo a permanência de pessoas estranhas nas
dependências do colégio. Permanecerá os critérios e horários para a realização de
atividades extra-classe, onde o aluno deverá vir em contra-turno realizar suas
pesquisas e atividades, sempre acompanhado de uma autorização padrão da escola e
devidamente assinada pelo professor solicitante da tarefa. Para os alunos da área rural,
esta autorização valerá como transporte escolar.
Pretende-se realizar uma gestão participativa, na medida em que a direção
deixa de ter caráter centralizador que historicamente lhe foi atribuída e consiga
estabelecer relações de respeito e paridade com toda a comunidade escolar, buscando
através deste trabalho um maior comprometimento dos pais e dos alunos. Conhecer
experiências, atribuir valor ao que o outro pensa e faz, instigar e estar aberto a novas
propostas são práticas comuns entre direção, professores, alunos e pais.
Sempre, as ações constituir-se-ás em um ponto de chegada e de
confluência, fruto de negociações, onde se acredita na responsabilidade de todos.
Nesse sentido, pode-se dizer que não acontecem da noite para o dia: são tecidas no
coletivo com um fio articulador que, aos poucos, vai se embrenhando no trabalho
desenvolvido dentro e fora da escola, pela maioria e em benefício de todos. O trabalho
será garantido pelo coletivo. A escola possui uma rotina, que é conhecida por todos,
24
isso facilitará a sua organização.
A estrutura física, ainda não é considerada satisfatória, nos faltam salas de
aula adequadas, banheiros e rampas, porém desenvolvemos todas as atividades de
forma intensa e aplicada de modo que os alunos não sintam esta necessidade ou que a
mesma prejudique sua aprendizagem. Para tanto buscar-se-á recursos junto aos
órgãos competentes para garantir mudanças e qualificação dos espaços.
A escola dispõe de laboratórios de Ciências, Química, Física, Biologia e de
Informática, biblioteca, DVD, TV, som, livros e demais recursos de apoio pedagógico,
bem como professores pedagogos. A escola na medida do possível buscará oferecer
mais subsídios de apoio pedagógico para que os professores possam inovar suas
metodologias. Pretendemos, sempre que se fizer necessário e possível, buscar junto a
órgãos municipais e estaduais, bem como APMF melhorias das condições do
estabelecimento, suprindo faltas de funcionários, reformas e construções necessárias.
Cada professor é único, sendo assim, sua forma, maneira e seu jeito de
ensinar é muito próprio. As metodologias utilizadas pelos professores convergem na
aprendizagem do aluno, portanto faz-se necessário lançar mão de várias metodologias
para ensinar a todos. Os professores deverão atuar de forma intensa no intuito e
objetivo de proporcionar o máximo de conhecimento possível ao alunado. À medida que
o professor se abre para o novo, logo seus alunos terão os resultados. Para isso, a
Equipe Pedagógica acompanhará e auxiliará aos professores, propondo novas
metodologias e sugerindo materiais a serem usados em sala de aula, para que se
efetive os processos de ensino e aprendizagem.
As avaliações culminarão na apropriação do aluno, sabendo que cada um
aprende de forma diferente, porém o saber elaborado a que lhe for oferecido deverá ser
igual à todos, assim como a organização curricular. A partir do momento que nossos
alunos assimilarem o conhecimento, através de métodos e formas oferecidas pelos
professores, eles serão sujeitados a avaliações, aplicadas em forma de trabalhos,
expressões orais e escritas. Esta avaliação é necessária, pois através do resultado dos
alunos traduzir-se-á também o resultado de nossas práticas pedagógicas.
A avaliação é um processo contínuo, permanente e cumulativo. A mesma
obedecerá a ordenação, a seqüência do ensino e orientações das diretrizes curriculares
25
nacionais e estaduais. A avaliação ocorrerá através de provas escritas e orais,
trabalhos extra-classe, exposição de trabalhos para identificar o grau de apropriação
dos conteúdos pelos alunos. O professor atribuirá para cada avaliação uma escala de
zero (0) a dez (10), considerando a média bimestral estadual de seis (6,0) pontos em
cada disciplina, perfazendo um total de 24 (vinte e quatro) pontos anuais em cada
disciplina. Além da avaliação o professor deverá realizar a recuperação de estudos,
sendo um direito de todos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo que a mesma deverá ser de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, por meios de procedimentos didático-metodológico
diversificados.
Portanto, para fins de promoção, observar-se-á esta tradução de notas
comparada a média. O aluno que apresentar 24 (vinte e quatro) pontos ou mais anuais
e obtiver sua freqüência mínima de 75% será considerado aprovado. Após esgotadas
todas as possibilidades de recuperação, o aluno que não atingir o referencial mediano,
será mantido na mesma série, afim de oportunizá-lo apropriar-se do que não lhe foi
possível no ano letivo de referência. Importante lembrar que a reprovação é o ultimo
recurso usado pelo conselho deste estabelecimento.
A progressão parcial, será oferecida para os alunos do Ensino Médio que não
obtiverem aprovação em até 03 (três) discíplinas em regime seriado, onde o aluno
poderá cursá-las em horário contrário e eventualmente, caso haja incompatibilidade de
horário, será estabelecido plano especial de estudos para a(s) disciplina(s) em
dependência, registrar-se-á em relatório, o qual integrará a Pasta Individual do aluno.
Ciente que o certificado de conclusão do curso somente será expedido após a carga
horária de todas as disciplinas serem cumpridas.
Para os alunos do Ensino Fundamental que eventualmente virão transferidos
de outros estabelecimento que ofertam a progressão parcial a esta modalidade de
ensino, o colégio ofertara a dependência através de estudos especiais.
O conselho de classe, será o momento onde se analisa cada aluno de forma
especial pelo colegiado de professores da turma, ele é consultivo e deliberativo, o
mesmo se reúnirá ordinariamente a cada bimestre e extraordinariamente quando
convocado pela direção, sua estrutura e funcionamento será organizado em três
26
momentos: pré-conselho, conselho e pós-conselho, com a presença de membros
representantes dos órgãos colegiados, pais e alunos.
Faz parte da estrutura educacional deste estabelecimento a APMF, Conselho
Escolar e o Grêmio Estudantil, que agem de acordo com as necessidades
apresentadas e serão reunidas pela direção da escola sempre que alguma ação a ser
desenvolvida julgar necessário, são órgãos representantes da comunidade escolar e
deles dependem o apoio e a aprovação nas decisões a serem tomadas.
A APMF é uma associação constituído por pais, mestres e funcionários, irá
atuar junto a direção da escola, viabilizando e articulando ações para o melhor
funcionamento deste estabelecimento, seja estrutural ou físico.
O Conselho Escolar é formado por membros da comunidade escolar, como
professores, funcionários, alunos e pais e tem como presidente nato o Diretor, o mesmo
reunir-se-á ordinariamente para gerenciar os recursos oferecidos pela SEED à escola,
bem como participar nas decisões de cunho pedagógicas.
O Grêmio Estudantil é um colegiado formado pela organização dos alunos e
atuam junto à direção. O Grêmio Estudantil irá defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
Este estabelecimento trabalhará atentamente para atingir a todos em idades
escolar, quando alguns alunos persistem na ausência por mais de 5 (cinco) dias
seguidos ou 7 (sete) dias alternados os professores registrarão tal situação junto a
equipe pedagógica que levará ao conhecimento da direção, a qual entrará em contato
com os pais e/ou responsáveis. Caso os pais não atendam o chamado da direção a
mesma encaminhará a Ficha de Aluno Ausente (FICA) ao Conselho Tutelar o qual
tomará as medidas cabíveis.
A hora atividade, é o momento em que os professores reunidos por
disciplinas, discutem e propõem ações para melhorar as práticas e metodologias de
trabalho elencados em seu Plano de Trabalho Docente. Será acompanhado pelo
professor pedagogo, ela será feita dentro do horário do professor em ambiente escolar,
pois a medida que ele discute suas prática, ele aponta suas dificuldades.
27
Os professores deste estabelecimento, serão incentivados a buscarem novas
metodologias, diferentes formas de trabalho, garantindo a inclusão. A inclusão em
nosso estabelecimento será vivenciada em todos os âmbitos sociais, psicológicos e
físicos, apesar das restrições estruturais aqui sentidas. Será abordada no Plano de
Trabalho Docente de forma a incluir todos os alunos, priorizando os trabalhos em
equipes diversificadas, fazendo adaptações curriculares quando necessárias.
A escola continuará desenvolvendo projetos que atingem todas as
comunidades do município. Há uma preocupação muito grande por parte dos
professores, alunos e direção em abordar questões de ordem social visto que o Colégio
Estadual Santo Antão é um agente de transformação neste município, dentre eles:
Clube da leitura - Neste projeto 100% da comunidade escolar será
envolvida. Ele acontecerá uma vez por semana em horários alternados para não
ocorrer sempre na mesma aula. O material a ser usado serão livros, revistas e jornais
da biblioteca da escola, os professores e funcionários se organizarão com antecedência
para o bom andamento da atividade.
Programa Agenda 21 - Onde professores de todas as áreas desenvolvem
ações que melhor traduzam a vida dos seres humanos no planeta, em nosso
município parcerias entre secretaria de meio ambiente e Colégio Santo Antão estão
garantindo ao município um significativo reflorestamento nas comunidades rurais e
urbanas. Os professores desenvolvem com alunos coleta seletiva de lixo e
conscientizam a sociedade em relação a separação do lixo reciclável. O lixo não
utilizado em atividades artesanais será comercializado e seu lucro revertido em
materiais pedagógico. A continuidade do projeto que envolve o meio ambiente é
fundamental para a população em geral perceber cada vez mais a importância de
preservar e valorizar o que temos em nosso meio, (matas, nascentes d’água, rios,
animais de pequeno porte, pássaros). Também serão reaproveitados os materiais
recicláveis em oficinas tais como: papel reciclado para cartões, papel machê, cestaria
com jornais e revistas e decorações em vidros. O trabalho acontecerá de acordo com
as afinidades de cada aluno, serão orientados pelos professores e instrutores da
própria comunidade que auxiliam na escola.
Dentro deste projeto que acontece a nível nacional, a escola desenvolverá o
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Projeto Meio Ambiente – Coleta Seletiva.
Projeto Fera – Acontecerá de forma a oportunizar e valorizar as idéias
criativas e inovadoras dos educandos, dentro dos temas sugeridos pela SEED. No
Projeto Fera será trabalhado a parte teórica, artística e cultural envolvendo todos os
alunos. Os professores de Educação Física e Arte terão maior participação nas
atividades desenvolvidas.
Projeto da Paz - Neste projeto o Colégio envolverá todos os segmentos da
sociedade. Os professores trabalharão o tema em suas aulas e na semana que
antecede a Páscoa apresentarão o mesmo com uma caminhada pela cidade, em
pontos estratégicos, cada entidade se manifestará com atividades artísticas (teatros,
danças, poesias e cantos). Este projeto envolverá 100% da comunidade escolar e a
população em geral, o objetivo do mesmo é chamar a atenção de nossos alunos e
população em geral, as questões de ordem social como paz, solidariedade e justiça.
Participação no OBM - Olimpíada Brasileira de Matemática.
Participação no JOCOP’s - Jogos Colegiais do Paraná.
Semana Olímpica e Cultural - Acontecerá na semana da Pátria, onde
serão desenvolvidas atividades culturais e recreativas, no âmbito cultural, os alunos
divulgarão os costumes das origens dos povos que constituem a população do
município, como: comidas típicas, cada série e por turno escolherá uma receita típica e
desenvolverá na escola, colocando ao grande grupo a que etnia pertence e em seguida
todos são convidados a provar. Também serão usados trajes típicos e apresentados
objetos antigos pertencentes a cada cultura, além de gincanas culturais onde os alunos
terão a oportunidade de testar seus conhecimentos, na parte olímpica, desenvolverão
práticas esportivas e interação entre alunos.
Projeto “Mães Antes da Hora”- Projeto este desenvolvido junto aos alunos
de 8ª séries e Ensino Médio, oportunizando aos alunos situações de estudos, debates,
encontros com profissionais especializados na área de saúde buscando formar e
informar sobre a questão de afetividade, sexualidade e vida, visto que, para nossa
sociedade é o único canal de informação e abertura para diálogo em relação ao
assunto. As famílias também serão convidadas a participar das atividades perfazendo
um trabalho paralelo entre escola e família.
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Projeto “Qualidade de Vida” - Conscientizar sobre a maneira correta da
prática de exercícios, hábitos alimentares e momentos de lazer para benefícios à
saúde.
Os pais participam da escola sempre que chamados, apesar de enfrentarem
dificuldades de acesso à escola devido a maioria deles dependerem do transporte
escolar. Em todos os eventos escolares, as famílias receberão convites nominais para
participarem dos mesmos, além da ampla divulgação aos alunos.
O Colégio Estadual Santo Antão, com o objetivo desenvolver e interagir,
abrirá espaço para a participação de toda a comunidade do município em seus projetos,
atividades culturais, promoções e eventos em gerais, bem como a participação no
Conselho Escolar. Em relação aos desafios educacionais contemporaneos, serão
trabalhados de forma interdisciplinar, buscando parcerias com Secretarias de Saúde e
Educação, familia, SEED, sociedade e alunos. Através de conversas, runiões, palestras
e ações concretas.
A Avaliação Institucional ocorrerá ao final de cada ano letivo, sob uma
perspectiva democrática, através da análise de questionários dirigidos aos pais, alunos,
professores, funcionários e comunidade. Esta análise servirá como base para a direção
e equipe pedagógica organizar o Plano de Ação do colégio para o ano subsequente.
30
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
- ABRAMOVAV, Miriam et ali. Escolas inovadoras: experiências bem-
sucedidas em escolas públicas / Brasília:UNESCO, Ministério da Educação
2004.
- FICA comigo /Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de
Educação.Curitiba:SEED - Pr., 2005.
- FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um Projeto Político Pedagógico :
São Paulo, Cortez.1994.
- LÜCK, Heloísa et.al. A Escola Participativa: o trabalho do gestor escola r/ - 2
ed. - Rio de Janeiro:D&A, 1998.
- SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica - 2 ed. Cortez - São Paulo -
1991.
- WACHWICZ, Lílian Anna. A democracia na escola :São Paulo, Revista ANDE,
ano 11 nº 18, Cortez Editora, 1992.
31
ANEXOS
Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio
Av. Rio Grande do Sul, S/N - CEP: 85.745-000 - Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20/82 DOE 26/04/1982
Ato de Renovação do Reconhec. do Ens. Fund. Res. 1084/03 DOE 23/05/03 Reconhecimento do Ensino Médio pela Res. 2338/00 DOE 27/07/2000
[email protected] - Bela Vista da Caroba - Paraná
PLANO DE AÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Santo Antão, por ser o único estabelecimento estadual a
ofertar ensino Fundamental e Médio, tem o importante papel de proporcionar a seus
alunos e comunidade escolar uma educação de qualidade, de forma a possibilitar que
nosso educando exerça seu papel de cidadão crítico e consciente em suas ações e
decisões.
Este colégio é conduzido e sustentado em uma linha histórico-crítica,
respeitando as diferenças e aprendendo com elas. Este estabelecimento de ensino
oferta o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª Séries e Ensino Médio, atende
aproximadamente 600 alunos dos quais cerca de 69% são das áreas rurais do
município e é por esta grande família que este estabelecimento luta.
A escola é o ponto de partida de toda civilização ou dimensão dela. Este
estabelecimento oferece aos seus educandos condições básicas do processo ensino
aprendizagem, para isto todos os professores são habilitados para as disciplinas que
trabalham e buscam a qualidade e o máximo de apropriação por parte de seus alunos.
Buscamos condições dignas e igualitárias de permanência na escola, pois
somos educadores e temos a missão de oferecer a essência do saber de forma
humana e elaborada, pois o diretor e o diretor auxiliar juntamente com o apoio de seus
colegas, pais e alunos é que podem estar viabilizando, norteando e aplicando meios e
recursos para qualidade da educação oferecida.
OBJETIVOS GERAIS
Pensar num plano de ação implica na concepção de escola, educação, de
homem e sociedade que se pretende construir.
Toda a comunidade escolar, devem ter claro a que horizontes que
pretendem chegar pois a escola é a linha mestra e o caminho seguro para se alcançar
o sucesso do processo educativo a que a escola deve primar juntamente com a
comunidade e a sociedade, caso contrário não estaremos exercendo nosso papel de
educadores líderes, mas simplesmente de aventureiros, que não sabe onde quer
chegar.
Se a escola é o fruto da sociedade é conseqüência dos saberes construídos
socialmente, culturalmente, subjetivamente pelas pessoas que estão fora e dentro da
escola, como podemos pensar em mudanças a partir daqueles que não estão
diretamente ligados a esta realidade. Alunos professores funcionários, comunidade, não
podem figurar apenas nos papeis e nas propostas, devem fazer parte do sistema de
reformulação do pensar a educação e a escola.
Deste modo, buscaremos redimensionar a escola dentro de um contexto
autônomo e responsável além de buscar meios dentro do Projeto Político Pedagógico
que traduzam em qualificação de nossos alunos, norteando o processo educativo de
forma comprometida com a transformação social da escola e da sociedade.
AÇÕES DO PLANO DE TRABALHO DO COLÉGIO SANTO ANTÃO
GESTÃO DEMOCRÁTICA
• Envolvimento e interação constante com os segmentos que constitui a
organização da escola tais como: conselho escolar, alunos representantes de turma,
APMF, pais e comunidade, sem excluir ou desqualificar ninguém.
• Tomada de decisões colegiadas e coletivas, tanto estruturais como
pedagógicas de acordo com a LDB e demais estatutos.
• Participação efetiva dos pais nas ações pedagógicas tais como:
acompanhamento do rendimento e reforço escolar buscando minimização do índice de
reprovações e repetências.
• Reuniões com pais, alunos e professores para estudar, discutir e eleger
metas que visam melhoria de seus filhos e alunos nossos, tanto pedagógico como
estruturais.
• Participação do Conselho Escolar para discutir, rever e buscar mecanismos
para problemas apresentados em conselhos de classe ou reuniões com pais, alunos,
professores e equipe pedagógica.
• Integração entre escola e família, a fim de concientização, sensibilização e
valorização familiar e da vida.
• Participar da organização, coordenação, avaliação e integração de todas as
atividades desenvolvidas no âmbito escolar.
• Lutar pela qualidade do sistema de ensino e a autonomia da escola.
• Planejamento de ações a partir da realidade, integrando questões
administrativas e financeiras e demais preocupações político pedagógico.
• Acompanhamento do trabalho de cada professor, incentivando ações
inovadoras que contribuam para a aprendizagem dos alunos, bem como planejamento
de atividades coletivas e individuais. Auxiliando os docentes em seus problemas e
criando um ambiente de respeito mútuo.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
1. Estabelecer condições de planejamento e reuniões entre professores de
mesmas áreas durante as horas atividades para troca de experiências.
2. Priorizar o conhecimento elaborado interdisciplinar e por áreas do
conhecimento através de encontros e reuniões pedagógicas.
3. Estabelecer condições de formação para grupos de estudo oportunizando
as idéias criativas e inovadoras de pesquisa.
4. Disponibilizar a professores e alunos recursos básicos de trabalho e
pesquisa tais como internet, melhoria do acervo bibliográfico adequado e suficiente,
acesso a laboratório de informática para digitação de pesquisa, máquinas de xérox com
melhoria de qualidade, subsídios mecanográficos á professores tais como avaliações e
textos digitadas, cota grátis para xérox.
5. Objetivar e priorizar a pesquisa e o conhecimento elaborado.
6. Buscar junto aos professores e equipe pedagógica maneiras e métodos
avaliativos diversificados oportunizando de forma ampla o resultado positivo do
processo avaliativo.
7. Priorizar conteúdos estruturantes e adequados ao nosso contexto
obedecendo o currículo básico do estado do Paraná e LDB.
8. Incentivar e oportunizar maneiras diversificadas de repassar conhecimento
elaborado.
9. Avaliação das atividades aplicando aos alunos de acordo com o PPP
deste colégio através de provas escritas, pesquisa, trabalhos extra-classe, explanação
através de oratória.
10. Recuperação do processo ensino aprendizagem através de
atividades diversificadas e paralela para identificar o grau de apropriação dos alunos.
11. Auxílio pedagógico aos professores para que os mesmos realizem
com sucesso suas práticas educativas.
12. Dar continuidade aos programas e projetos educacionais em
andamento iniciados em gestões anteriores, mantendo assim o elo de crescimento e
desenvolvimento da escola.
13. Garantir sucesso das normas estabelecidas pela SEED que visam a
melhoria de condições a alunos funcionários e professores.
FORMAÇÃO CONTINUADA
• Oportunizar a capacitação ofertada pela SEED tais como teleconferência,
videoconferências, grupos de estudos, simpósios, reuniões técnicas, capacitação
descentralizada, projeto folhas, seminários, eventos culturais como o FERA e jogos
escolares que visão o enriquecimento cultural do professor e traduzam ganhos
pedagógicos ao aluno.
• Disponibilizar de meios e recursos, à professores e alunos para intercâmbio
deste colégio com outros em eventos culturais, esportivos e recreativos.
• Participação efetiva, constante e freqüente de ações que permitam a
formação integrada de professores funcionários, alunos e pais, bem como
colaboradores.
• Garantir o trabalho pedagógico para atender alunos, professores e pais,
uma vez que a escola é onde convergem uma série de anseios.
• Buscaremos qualificação e aperfeiçoamento de nosso grupo de apoio
administrativo e de serviços gerais através de cursos, palestras e oficinas pertinentes.
QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS FÍSICOS
• Melhoria dos serviços hoje ofertado como biblioteca, secretaria e outros.
• Adequação e melhoria da sala de informática, sala de vídeo, do sons, das
impressoras, microcomputadores, informatização da biblioteca.
• Melhoria nas condições hoje existentes das salas de aula quanto a ruídos,
ventilação, espaço físico e adaptadas ao acesso para alunos especiais.
• Complementação e apropriação de melhorias no laboratório de química,
biologia e física.
• Aquisição e disponibilizarão de aparelhos para as aulas audiovisuais, tais
como DVDs, Vídeos e aparelhos de sons.
OUTROS
• Qualificar os espaços da escola como saguão, rampas, quadra de esportes
e banheiros adaptados.
• Construção de bancos para que os alunos possam acomodar-se durante os
períodos de espera (antes da aula e intervalo)
• Construção de lavanderia para melhoria d trabalho das zeladoras.
• Reativar a cantina escolar de acordo com os normas nutricionais
estabelecidas.
• Construção de passarelas cobertas entre um prédio e outro e rampas de
acesso aos ambientes escolares.
• Garantia de permanência do educando na escola.
• Padronizar nossa equipe quanto a uniformes, mediante consulta e escolha
da equipe.
• Estabelecer horários de abertura e fechamento dos portões para garantir a
segurança dos que aqui estudam e trabalham, sem impedir o acesso dos alunos.
• Harmonizar os espaços vazios com jardins e árvores.
• Buscar recursos junto aos órgãos competentes para garantir o sucesso
financeiro das mudanças.
Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio
Av. Rio Grande do Sul, S/N - CEP: 85.745-000 - Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20/82 DOE 26/04/1982
Ato de Renovação do Reconhec. do Ens. Fund. Res. 1084/03 DOE 23/05/03 Reconhecimento do Ensino Médio pela Res. 2338/00 DOE 27/07/2000
[email protected] - Bela Vista da Caroba - Paraná
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTES
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e
da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à
experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação,
tanta ao realizar formas artísticas, quanto na ação de apreciar e conhecer as formas
produzidas pelas diferentes culturas.
A arte favorece o aluno a relacionar-se criativamente com outras disciplinas.
O aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um
determinado período histórico, mais habilitado a construir um texto, a desenvolver
estratégias pessoais para resolver um cálculo matemático.
Uma função igualmente importante que o ensino da arte tem a cumprir diz
respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cultura revela o
modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes
tipos de relações entre os indivíduos na sociedade. Solicita a visão, a escuta e os
demais sentidos como portas de entrada para uma compreensão mais significativa das
questões sociais. Essa forma de comunicação é rápida e eficaz,pois atinge o
interlocutor por meio de uma síntese ausente na explicação dos fatos.
O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem
limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua
volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas,
dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida.
OBJETIVOS GERAIS
- Levar o educando a uma formação ética, desenvolvendo autonomia
intelectual e o pensamento crítico.
- Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística:
artes visuais, artes cênica, dança e música.
- Compreender e utilizar a arte como linguagem mantendo uma atitude de
busca pessoal e ou coletiva articulando a percepção a imaginação, a emoção a
investigação a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções artística.
- Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumento e apreciando arte de modo sensível.
- Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, dos
trabalhos e das produções artísticas.
- Identificar investigar e organizar informações sobre a arte reconhecendo e
compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes
na história das diferentes culturas e etnias.
- Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com
artistas, obras de artes, fonte de comunicação e informações.
- Considerar que diante da nossa realidade educacional, atendemos alunos
inclusos e com dificuldades na aprendizagem, buscamos criar alternativa que visam
estimular, motivar e ter prazer no ato de aprender.
- Viabilizar os níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
ARTES VISUAIS:
- Linha
- Volume
- Cores
- Luz
- Forma
- Semelhanças
- Ponto
- Contraste (positivo e negativo)
- Figura – fundo
- Tridimensional
DANÇA
- Movimentos - ação corporal articulada no tempo e no espaço.
- Espaço – espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões.
- Ações – saltar, deslocar, encolher, girar, inclinar.
MÚSICA
- Composição musical.
- Sons musicais (vibrações musicais, ondas sonoras, variações de sons)
- Melodia.
- Ritmo.
- Improvisações musicais ( por meio da voz ou trechos musicais ).
TEATRO
- Jogos dramáticos
- Expressão corporal (coordenação motora)
- Expressão gestual (manifestação de sentimentos)
- Expressão vocal (manifestação através de sons)
- Expressão facial (mímica e semblantes)
CNTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA: situa o objeto de estudos na realidade em
que foi criado, a qual é composta por fatores sociais, econômicos, políticos e culturais.
- Arte Egípcia e grega;
- Arte Pré-histórica;
- Arte grego-romana;
- Cultura afro-brasileira.
6ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- Ponto, linha, cor
- Luz
- Formas
- Equilíbrio
- Imagens bidimensionais e tridimensionais.
- Arte moderna brasileira.
- Renascimento.
- Barroco.
DANÇA
- Movimento: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
- Ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair, gesticular.
- Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões.
- Ritmo: peso, espaço, tempo, fluência.
- Composição coreográfica.
- Improvisação coreográfica.
- Ritmo.
MÚSICA
- Som: vibrações camadas ondas sonoras que provocam sensações que nos
permitem ouvir.
- Qualidades do som: intensidade, duração, altura, timbre.
- Composição musical: ritmo, arranjo, vocal,harmonia, melodia.
TEATRO
- Personagem: agente da ação (aluno/ator)
- Espaço cênico: área de atuação onde acontece a ação dramática, pode ser
composto por elementos do teatro de natureza visual ou sonora.
- Jogos teatrais (improvisações ).
- Dramatizações.
7ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- Simetria e assimetria
- Forma
- Luz
- Equilíbrio
- Neoclassicismo.
- Impressionismo.
- Expressionismo.
- Abstracionismo.
DANÇA
- Dinâmicas e ritmos (peso, espaço, tempo, fluência ).
- Composição coreográfica.
- Improvisações coreográficas.
MÚSICA
- Som (intensidade, duração, altura, timbre)
- Estruturas musicais.
- Linguagens/forma musical.
- Densidade.
- Interpretações musicais.
TEATRO
- Ação cênica: seqüência de fatos e acontecimentos cênicos, produzida pela
ou para as personagens, pode estar assim organizada: enredo, roteiro, texto
dramático.
- Dramatizações.
8ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- Ritmo
- Equilíbrio.
- Imagens bidimensionais e tridimensionais : Arte Moderna, Corrente Artística,
Afro brasileira.
- Imagens visuais : cinema, tv, vídeo, etc.
DANÇA
- Movimento: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
- Improvisações coreográficas.
MÚSICA
- Som (qualidades e estruturas).
- Composições musicais.
- Interpretações musicais.
TEATRO
- Personagem: agente da ação (aluno/ator)
- Ação cênica: seqüência de fatos e acontecimentos cênicos, produzida pelas
ou para as personagens.
- Espaço cênico: representa a área de atuação onde acontece a ação
dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza visual
e sonora.
METODOLOGIA
Os professores que ensinam arte devem ter o mínimo de experiências prático-
teórico, interpretando, criando e apreciando arte, assim como exercitar a reflexão
pedagógica especifica para o ensino das linguagens artísticas.
A aprendizagem de arte, dentro e fora da escola, mobilizam a expressão e a
comunicação pessoal e ampliam a formação do estudante como cidadão,
principalmente por intensificar as relações dos indivíduos, tanto com seu mundo interior
como o exterior.
A realização de trabalhos pessoais assim como a apreciação de seus
trabalhos, os dos colegas e a produção de artistas se dará mediante:
- O uso de materiais diversos para artes plásticas (folha sulfite, lápis de cor,
tinta guache, lápis 6b, cartolina, etc.);
- Aparelho de som;
- Vídeo;
- Televisão;
- Figuras - jornais - revistas;
- Textos;
- Internet;
- Material alternativo
O uso dos diferentes métodos se dará objetivando:
- Observar, analisar, utilização dos elementos da linguagem visual e suas
articulações nas imagens produzidas.
- Permitir o conhecimento dos elementos que constituem as diferentes
linguagens através do conhecimento artístico, interpretando-o para sua realidade.
- Aperfeiçoamento e compreensão dos elementos do movimento: partes do
corpo, dinâmicas do movimento, uso do espaço e das ações.
- Experimentação e diferenciação entre repertório, improvisação, composição,
coreografia e apreciação, atentando para as diferentes sensações e percepções
individuais e coletivas que ocorrem nos quatro processos.
- Trabalhar com música, com vistas ao conhecimento do som, compreendendo
não só através dos elementos sonoros, mas sim através do sentido.
- Improvisação, composição e interpretação com instrumentos musicais, vozes
e expressões corporais, recriando a música do meio sócio-cultural.
- Participação em improvisações, buscando ocupar espaços diversificados,
considerando-se o trabalho de criação de papeis sociais e gênero e da ação dramática.
- Organização e participação usando recursos próprios para atividade teatral
disponível na escola e na comunidade.
- Valorizar e reconhecer os esforços dos alunos entendendo que suas
limitações podem dificultar a realização de atividades.
AVALIAÇÃO
A avaliação será através da atribuição de valor nas atividades realizadas
pelos alunos, seguindo o processo pessoal de cada um no término de cada linguagem
artística.
Ao avaliar se considera a história do processo pessoal de cada aluno e sua
relação com atividades desenvolvidas em sala, observando os trabalhos e seus
registros sonoros, textuais e audiovisuais.
Dar-se-á ênfase na auto-avaliação, para que desenvolva no aluno seu papel
de estudante. Devemos ter cuidado com a auto-avaliação, sempre orientando-os para
que reconheçam os pontos relevantes do seu trabalho.
A avaliação no processo ensino e aprendizagem de Arte precisa ser realizado
com base nos conteúdos, objetivo e orientações do projeto educativo.
A avaliação pode diagnosticar o nível de conhecimento artístico e estético dos
alunos neste caso costuma ser previa a uma atividade. E pode ser realizada durante a
própria situação de aprendizagem, quando identificamos como o aluno interage com os
conteúdos e transforma seus conhecimentos.
A avaliação pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades,
composições, leitura de imagens, pinturas, coreografias, improvisações, etc. , que
compõe uma unidade didática para analisar a aprendizagem que ocorreu bem como
necessidade de retomada pelo professor e a avaliação de seu próprio trabalho junto
aos alunos.
Tendo em vista o acima especificado usaremos os seguintes critérios:
- Criatividade
- Originalidade
- Técnica
- Composição de acordo com o tema ( práticas ).
- Trabalhos artísticos.
- Pesquisas.
- Apresentações.
A recuperação acontecerá retomando-se os conteúdos, com explicações e
atividades relacionadas às dificuldades, e feita nova avaliação caso houver
necessidade.
BIBLIOGRAFIA
- Brasil Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais : Arte/Brasil: MEC.
- DCEs - Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental - Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, 2006.
- PPP - Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Santo Antão -
Ensino Fundamental e Médio - Bela Vista da Caroba,2007.
- Cadernos Temáticos- Educando para as relações étnico-raciais.
- CESAR, Coll & ANA, Teberosky. Aprendendo Arte – Artes visuais, dança,
música e teatro. SP. Ática, 2002.
- ORTIZ, R. Românticos e Folcloristas. Cultura Popular. SP. Olho D’Água,
1996.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao se pensar em ciência como construção humana, falível e intencional,
numa perspectiva histórica é fundamental considerar a evolução do ser humano, pois é
a partir dele que a história da ciência se constrói.
Como ensino-aprendizagem, o conhecimento da história da Ciência propicia
uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais e
principalmente, ao relacionar essa história com as práticas sociais as quais está
diretamente vinculado.
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua volta e
aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o caráter
sistematizador do conhecimento.
Valoriza-se assim, uma educação continuada e a busca pela integração
entre a teoria e a prática pedagógica, em constante movimento, expresso em ciclos de
ação-reflexão-ação por parte do educador.
A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários
para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no
mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos,
químicos e biológicos, em cujos cenários estão os problemas reais, a prática social.
As ciências são heranças culturais, conhecimento e recriação da natureza. A
disciplina de Ciências abrange várias ciências, sendo por isso de fundamental
importância para o estudo da relação humana, para uma melhor compreensão do
mundo e de tudo o que o compõe. Tem como finalidade no ensino Fundamental
propiciar aos alunos que estabeleçam as relações entre o mundo natural (conteúdo da
ciência), o mundo construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade),
além de potencializá-los à função social da disciplina para se orientarem e,
conseqüentemente, tomarem decisões como sujeitos transformadores.
O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é formado por um conjunto
de ciências que se somam historicamente numa mesma disciplina escolar para
compreender os fenômenos naturais nessa etapa da escolarização. Os conhecimento
físicos, químicos e biológicos são contemplados na disciplina com vistas à
compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que
compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo pedagógico.
Os conhecimentos físicos são tratados a partir dos conhecimentos científicos
em relação aos diversos fenômenos naturais e tecnológicos, com a abordagem de
conteúdos como: movimento, som, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas. Já os
conhecimentos químicos contemplam as noções e conceitos científicos sobre materiais
e substâncias, sua constituição, propriedades e transformações, necessárias para
compreender os processos básicos da Química. E quanto aos conhecimentos
biológicos orientam progressivamente na interpretação e compreensão dos processos
biológicos e contribuem para o entendimento dos ambientes e da manutenção da vida.
Os conteúdos estruturantes propostos nestas Diretrizes são entendidos
como saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo
da disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas áreas afins.são
conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências para o Ensino fundamental o corpo
humano e saúde; o ambiente; a matéria e energia e; tecnologia.
A proposta curricular de Ciências, baseada nos princípios do Projeto Político
Pedagógico do colégio, propõe o trabalho de valorização da Cultura Afro-brasileira,
abordando dentro das possibilidades temas relevantes à essa questão, como a anemia
falciforme, hipertensão arterial, a evolução humana e o surgimento das raças, porém
cabe salientar que abordará o combate ao racismo e a importância dos negros na
constituição da nação brasileira.
Além disso, o Ensino de Ciências abordará a Educação Fiscal e Educação
do Campo focalizando questões particulares a cada uma, levando o aluno a refletir a
função socioeconômico, sua função social e agente participativo do processo no
exercício da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS
- Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano
parte integral e agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Identificar relações entre conhecimentos científicas, produção de tecnologia
e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das ciências naturais colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar;
- Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser
promovida pela ação coletiva;
- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
distinguindo uso correto e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e
do homem;
- Construir conhecimentos, abordando fatos reais e transformando-os em
conceitos abrangentes do ensino de ciências com seu aprendizado decorrente do meio
em que vivem;
- Envolver alunos das classes especiais na aprendizagem do conhecimento
científico prático, abordando conteúdos estudados no assunto;
- Promover a educação ambiental e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente construindo para a formação de cidadão consciente do
seu papel na preservação do mesmo e apto para tomar decisões sobre questões
ambientais necessários para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável;
- Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a integração
entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,
coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como questões relacionadas à
saúde;
- Conhecer a interação entre matéria e energia que ocorre forma equilibrada,
determinando o equilíbrio do ecossistema na relação de interdependência entre ele, os
demais seres vivos e o ambiente;
- Formar cidadãos críticos e conscientes, atuantes na sociedade, zelando
pela sua cidadania e pelos sues direitos perante a sociedade;
- A disciplina de ciências contemplará a sexualidade humana aa fim de levar
o educando à ter consciência das mudanças durante a adolescência e de que nem
todos os indivíduos apresentam modificações comportamentais anatômicas e
fisiológicas com a mesma idade, bem como conhecer e saber proteger-se das doenças
sexualmente transmissíveis e assimilar que a sexualidade faz parte da vida das
pessoas;
- O aluno deverá desenvolver uma postura critica e consciente em relação as
questões ambientais, propagar praticas e medidas de preservação ambiental,
respeitando e valorizando todas as formas de vida e o meio ambiente;
- Valorizar o bem-estar, a qualidade de vida, reconhecendo que o uso de
substancias tais como cigarro, álcool e outras drogas comprometem a saúde;
- Valorizar a dignidade da criança e do adolescente pondo-os salvos de
qualquer tratamento desumano e violento, respeitando sua integridade física, psíquica e
moral.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Ciências no Ensino Fundamental contempla um conjunto de
ciências que se agrupam numa mesma disciplina escolar com o objetivo de
compreender os fenômenos naturais, fenômenos estes tratados na disciplina de
Ciências com enfoque para os conhecimentos físicos os quais abordam: sons, luz,
eletricidade, calor, ondas, movimentos e várias outros. Os conhecimentos químicos, os
quais contemplam a matéria, as substancias, sua constituição, propriedades e
transformações e, ainda os conhecimentos biológicos que contribui para uma melhor
compreensão dos ambientes e da vida.
No intuito de não transformar a ciência em uma disciplina de conteúdos
fragmentados comprometendo assim o processo de ensino e aprendizagem foi
elencado os conteúdos estruturantes tais como: corpo humano e saúde, ambiente,
matéria, energia e tecnologia.
5ª SÉRIE
CORPO HUMANO E SAÚDE
- Conhecendo o Universo
- Os seres vivos mais simples (vírus)
- O solo X Saúde
- O ar X Saúde
- Drogas
- Sexualidade humana
- História e Cultura Afro-brasileira e Africana
- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente.
AMBIENTE
- O ar em volta da Terra
- Os seres vivos – definição e classificação
- Protista e fungos
- Diversidade dos animais
- Invertebrados inferiores
- Invertebrados superiores
- Terra – Nosso Planeta
- Ecologia
MATÉRIA E ENERGIA
- Astronomia
- Componentes do ar e propriedades
- Estrutura da Terra
- Magnetismo
- O movimento da matéria no ecossistema
TECNOLOGIA
- Inteligência fora da Terra
- Pressão atmosférica – as condições do tempo
- A conquista do ar
- Microscópio
6ª SÉRIE
AMBIENTE
- As plantas e suas diversidades
- Órgãos vegetativos das plantas
- Órgãos reprodutivos das angiospermas
- As relações ecológicas
- Biosfera
- Educação fiscal
- A água na Natureza
- Animais vertebrados
MATÉRIA E ENERGIA
- Composição da água
- Propriedades da água
- Propriedades da matéria
- Formas de energia
- Noções de grandezas físicas
CORPO HUMANO E SAÚDE
- Prevenção ao uso indevido de Drogas
- Sexualidade humana
- Água potável e Saneamento básico
- O mundo dos seres vivos
- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente
TECNOLOGIA
- Saneamento básico
- Água e energia
- Conversão de energia
- Energias alternativas
- Aparelhos domésticos que necessitam de energia para funcionar
7ª SÉRIE
CORPO HUMANO E SAÚDE
- Células
- Tecidos, órgãos e sistemas
- Funções vitais
- Alimentação e digestão
- Respiração, circulação e excreção
- Locomoção
MATÉRIA E ENERGIA
- Substancias químicas e misturas
- Movimento
- Força
- Calor e temperatura
- Educação fiscal
AMBIENTE
- Componentes abióticos e bióticos
- Interações nas comunidades
- Degradação ambiental
- O ambiente urbano
- A causa ecológica
TECNOLOGIA
- Separação de misturas
- Industrias
- Maquinas simples
8ª SÉRIE
MATÉRIA E ENERGIA
- Estrutura de átomo
- Ligações Químicas
- Reações Químicas
- Radiatividade
- Ondas
- Som
- Luz
- Eletricidade
TECNOLOGIA
- Biotecnologia
- Informática
- Invenções importantes da ciência
CORPO HUMANO E SAÚDE
- Órgãos do sentido e saúde
- Sistema nervoso
- Reprodução humana e Educação Sexual
- Mecanismo de herança
- Evolução
- Prevenção ao uso indevido de drogas
AMBIENTE
- Interferência do ser humano no meio ambiente
- Poluentes da água, solo e ar
- Medidas antipoluentes
METODOLOGIA
Ciências e tecnologia são vivenciadas pelas pessoas de modo automático e
imediato. Por sua complexidade e alto nível de abstração, não são passíveis de
comunicação direta aos alunos do ensino fundamental, os quais se deparam com idéias
de coisas que não parecem reais, como genes, vírus, partículas, forças, campos e
elétrons. Dessa forma é essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos
educandos, relacionando as suas experiências, suas idades, suas identidades culturais
e sociais, e os diferentes significados e valores que as ciências naturais podem ter para
eles, por isso o ensino de ciências deve atender as necessidades cotidianas dos
educandos e, ao mesmo tempo, alargar seus horizontes e sua imaginação,
proporcionando assim uma aprendizagem significativa.
O interesse e a curiosidade dos estudantes pela ciência favorecem o
envolvimento e o clima de interação que precisa haver para o sucesso do trabalho. Os
temas de trabalhos desenvolvidos dentro do contexto social são culturalmente relevante
e devem ser flexíveis para abrigar a curiosidade e as dúvidas dos estudantes, ao ser
colocado diante de desafios e problemas os alunos devem buscar resolvê-los com seus
próprios conhecimentos e modelos, mesmo que estes pareçam incoerente para o
professor.
A atuação do professor é essencial, pois ele deverá identificar as idéias
prévias dos alunos, introduzir novas idéias capazes de esclarecer e, se possível,
resolver o conflito cognitivo, proporcionar aos alunos oportunidades de aplicar as novas
idéias em situações diferentes.
O professor poderá trabalhar com vários materiais, como: matéria prima
retirada da natureza, da tecnologia, textos de variadas revistas, livros e jornais,
ilustrações, tais materiais poderão ser utilizados para debates em grupos, abordagem
da história das ciências, a história das invenções, necessidades que o homem teve
para a partir daí inventar as máquinas, utensílios domésticos e demais criações e
invenções.
O uso de laboratório, no qual o aluno poderá utilizá-lo, sob orientação do
professor, tendo assim, oportunidade de confrontar resultados esperados com os
observados em suas experiências, confirmando-os ou não.
A interpretação de gráficos e outras ilustrações, a compreensão e a
elaboração de legendas são exemplos do uso de linguagem escrita que reforçam ou
consolidam seu aprendizado. O professor poderá realizar atividades variadas e
interessantes, as quais envolvam a participação oral, como debates, dramatizações,
paródias, poesias, confecção de cartazes, entrevistas feitas com pais, pessoas da
comunidade escolar e outras ligadas a órgãos do meio ambiente, saúde, tecnologia,
exposições espontâneas ou preparadas, como feira de ciências, atividades em grupos
voltadas para a experimentação, observação e reflexão, produção de registros de
informação com vídeos, gravações sonoras, fotos, pesquisa de campo em redes de
tratamento de água, coleta e análise dos diferentes tipos de solo, conhecimento de
plantas e respectivamente suas funções, ainda na pesquisa de campo a degradação do
meio ambiente, queimadas, desmatamento, coleta e seleção do lixo orgânico e
reciclável.
É essencial que o professor busque sempre sistematizar e abranger os
diferentes conteúdos, conforme as características e necessidades das classe de alunos
das diferentes séries, respeitando suas particularidades e necessidades especiais,
propiciando com isso a inclusão de alunos que apresentem dificuldades especiais e
distúrbios de aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo e sistemático, portanto deve ser
constante e planejada, fornecendo ao professor subsídios para verificar se houve a
compreensão do conhecimento por parte dos educandos e até mesmo para favorecer
elementos para que o educador possa reorganizar seu planejamento, suas práticas
pedagógicas, tomando ciência do caminhar dos educandos, podendo decidir sobre as
intervenções que devem ser feitas, proporcionando recuperações paralelas, objetivando
sempre por um ensino-aprendizagem significativo e satisfatório para todos.
A avaliação consistirá em verificar o nível cognitivo atingido pelo educando,
seus avanços na aprendizagem e a sua capacidade de relacionar aos aspectos
sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos.
A avaliação deve ser diversificada, podendo ser aplicada prova escrita, prova
oral, auto-avaliação, trabalhos de pesquisas e tarefas em classe e extra-classe,
trabalhos integrados e experimentos, buscando com isso valorizar as habilidades de
cada educando.
A recuperação de estudos será realizada através da revisão de conteúdos,
usando metodologias diversificadas, verificando-se as dificuldades encontradas pelos
alunos para assim aplicar a avaliação de recuperação que poderá ser através de
trabalhos orais ou escritos. Esta recuperação será paralela à cada avaliação e com o
mesmo peso, e de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Santo Antão, prevalecerá a média entre ambas.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs – Diretrizes Curriculares Nacionais de Ciências da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, 2006.
- GEWANDZNADJER, Fernando – Ciências nosso corpo. Ática: São
Paulo, 2002.
- GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar . 2ª
edição renovada. São Paulo: FTD, 2006.
- JUNIOR, Cezar da Silva e demais autores – Entendendo a natureza: o
homem no ambiente – Ed. Saraiva: São Paulo, 2001.
- Colégio Estadual Santo Antão – EFM. Projeto Político Pedagógico ,
2007.
- VALLE, Cecília – Ciências – VIDA E AMBIENTE – Ed. Positivo – Curitiba
– Pr.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A escola é o local privilegiado para se aprender a viver e a conviver com as
diferenças existentes, sejam elas, sociais, culturais, raciais, religiosas ou para com
alunos portadores de necessidades especiais. Espaço onde todos se percebem como
seres capazes de construir seu futuro de modo consciente, solidário e democrático.
A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola,
do conhecimento de uma área denominada corporal. Ela será configurada com temas
ou formas de atividades, particularmente corporais, como as nomeadas: jogo, esporte,
ginástica, dança ou outras, que constituirão seu conteúdo. O estudo desse
conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem.
A escola, na perspectiva de uma pedagogia histórico crítica, deve fazer uma
seleção dos conteúdos da Educação física. Essa seleção e organização de conteúdos
exigem coerência com o objetivo de promover a leitura da realidade. Outro aspecto a
considerar na seleção de conteúdos é a realidade de material da escola, uma vez que a
apropriação do conhecimento da Ed. Física supõe a adequação de instrumentos
teóricos e práticos, sendo que algumas habilidades corporais exigem, ainda, materiais
específicos.
Para Libâneo (1985:39)”...os conteúdos são realidades exteriores ao aluno
que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não são fechados e
refratários ás realidades sociais, pois não basta que os conteúdos sejam apenas
ensinados, ainda que bem ensinados é preciso que se ligue de forma indissociável a
sua significação humana e social.”
O ensino da Educação Física tem também um sentido lúdico que busca
instigar a criatividade humana à adoção de uma postura produtiva e criadora de cultura,
tanto no mundo do trabalho como no do lazer.
Enquanto disciplina a Educação Física trará em sua estrutura os seguintes
conteúdos que serão trabalhados de acordo com o nível de aprendizagem de cada
série: Manifestações esportivas; Manifestações ginásticas; Manifestações estético-
corporais na dança e no teatro; Jogos, brinquedos e brincadeiras.
OBJETIVOS GERAIS
- Reconhecer na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre
diferentes pontos de vista postos em debate;
- Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida, agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e a saúde coletiva;
- Capacidade de criar ou transformar no esporte e na convivência social,
analisando alguns padrões de beleza, saúde e desempenho presentes no cotidiano,
sendo capazes de organizar e interferir no espaço de forma autônoma; alternando
teoria e prática;
- Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo
as capacidades individuais, reconhecendo e respeitando sem discriminar as diferenças
físicas, pessoais, sexuais e/ou sociais (portadores de necessidades educacionais);
- A aprendizagem acontece na medida em que as aulas vão se
desenvolvendo, onde os fatores físicos e cognitivos serão observados;
- Capacidade de reproduzir com uma certa habilidade os gestos concretos
exercitados er assimilar normas de conduta e aplicá-las na prática.
CONTEÚDOS E CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
CONHECIMENTO DO CORPO:
- Higiene corporal e ambiental;
- Postura;
- Alimentação
PRIMEIROS SOCORROS:
- Noções básicas de: hemorragias, ferimentos, fraturas, entorses, luxações,
queimaduras;
JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
- Caçador
- Peteca.
JOGOS INTELECTIVOS:
- xadrez; dominó;
- quebra-cabeça; Trilha e Dama.
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEAT RO
- Danças elementares;
- Mímica;
- Cantigas de roda;
- Noções de dança
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS
- Vôlei;
- Basquete – handebol – Futsal (iniciação)
6ª SÉRIE
CONHECIMENTO DO CORPO
- Higiene, alimentação;
- Definição de postura;
- Primeiros socorros.
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
- Pequenos e grandes jogos: Futsal, vôlei, basquete, handebol e atletismo.
JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
- Caçador, peteca,vôlei gigante, mini basquete, bets, Frescobol, spiribol
JOGOS INTELECTIVOS
JOGOS RÍTMICOS E EXPRESSÃO CORPORAL
DANÇAS FOLCLÓRICAS;
NOÇÕES BÁSICAS DE GINÁSTICA.
7ª SÉRIE
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
individuais,coletivos e intelectivos;
- atletismo;
- aprofundar os fundamentos e iniciação tática.
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEAT RO
- Dança popular, folclore nacional;
- Atividades rítmicas, expressivas e recreativas.
MANIFESTAÇÕES GINÁSTICA
GINÁSTICA AERÓBICA :
- localizada;
- corretiva e postural;
- movimento repetitivo;
- caminhada
- ciclismo.
8ª SÉRIE
Atividades rítmicas, expressivas e recreativas;
Danças folclóricas e regionais;
Jogos intelectivos
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
Vôlei, futsal, basquete, handebol e atletismo.
MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS
Capoeira; Textos teóricos.
METODOLOGIA
A metodologia implica em um novo processo que acentue, na dinâmica
dentro e fora da sala de aula, buscando as melhores formas de executar as atividades
propostas, pois nem todos os alunos têm o mesmo ritmo de aprendizagem, seja em
atividades teóricas ou práticas. Se o aluno já possui domínio elementar das habilidades
básicas do corpo, o professor deverá deter-se no aperfeiçoamento dessas habilidades e
gerar propostas mais complexas que desafiem as descobertas corporais. Para tanto
faremos uso de:
- Vídeo e DVDs – selecionar temas voltados á prática educativa, formativa
e corporal. Levar os educandos a uma reflexão com os temas abordados e trabalhados
visualmente.
- Pesquisas em jornais, revistas e internet – estimular a leitura e a busca do
“saber” atualizado, levando-os a um conhecimento mais amplo, complementando os
conteúdos trabalhados.
- Trabalhos em equipes – Ao se trabalhar em equipe, as características
individuais e as vivências de cada um serão levados em conta, levando o grupo a
socializar seus conhecimentos e afetivamente, onde “um será por todos e todos por
um”, na busca dos objetivos afins.
- Teatro - O teatro não deverá ser vista só como apresentação. Há toda
uma série de momentos educativos que antecedem a apresentação: a leitura, a
descoberta da temática, a distribuição de papéis, o cenário, o figurino, a convivência
nos ensaios, a crítica, a auto-imagem, o respeito pelas qualidades e limites de cada um.
O amor à arte, á escola e à vida. que se constrói no grupo,
- Atividades lúdicas – O “brincar”, desempenha um papel de grande
relevância no desenvolvimento cognitivo, interativo, afetivo, social, envolvendo o ser
humano por inteiro. Ou seja ao brincar ele estará “criando” e “aprendendo”
- Jogos com regras – O jogo não é apenas um divertimento, pois ao utilizar-
se da regra a criança aprenderá as suas significações, implicações e conseqüências
pedagógicas, políticas e sociais.
- Atividades extra-classe – Passeios ciclísticos, caminhadas, palestras
com: nutricionistas, fisioterapeutas, médicos, psicólogas, com ênfase na qualidade de
vida, relacionada à atividade física. Gincanas recreativas e culturais. Intercâmbio com
outras escolas, semana cultural, Fera, jogos (JOCOPs e JEIs), aula de leitura, Oratória,
amostra de xadrez, festival de danças folclóricas, semana do Atletismo.
AVALIAÇÃO
A partir da referência sobre a avaliação nas primeiras aulas que servirá de
diagnóstico para o processo subseqüente, o professor terá uma visão dos saberes
acumulados e das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos apropriados
por eles durante as séries anteriores. Uma vez detectado o grau de conhecimento e de
dificuldade dos educandos, serão elaborados e sistematizados os conteúdos que serão
aplicados no decorrer das aulas, mesmo que para isso faz-se necessário retomar
conteúdos anteriores.
A avaliação se dará de forma efetiva, presente e contínua; os alunos serão
avaliados por pelo domínio das atividades propostas e pelos progressos alcançados.
A avaliação está vinculada ao Projeto Político Pedagógico do Colégio, com
critérios estabelecidos de forma clara a fim de priorizar a qualidade do ensino, visando
aspectos quantitativos de mensuração de rendimento do aluno, como: gestos técnicos,
destrezas motoras, qualidades físicas e conhecimentos teóricos.
Após cada avaliação do conteúdo será feita a recuperação paralela, para que
o aluno que não apropriou-se do mesmo, usando dos critérios citados no Projeto
Político Pedagógico do Colégio, será feita uma média entre a avaliação e a respectiva
recuperação.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná. 2006.
- KISHIMOTO, Tizuko M. (org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª
ed. São Paulo: Cortez, 2005.
- LDB/9394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação .
- Metodologia do Ensino de Educação Física /coletivo de autores.-São Paulo:
Cortez, 1992. Série formação do Professor.
- PPP – Projeto Político Pedagógico – Colégio Est. Santo Antão – Ens. Fund. e
Médio – Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso era tradicionalmente no espaço escolar, o ensino da
Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império (1824). Apos a
proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório.
Com o decorrer de outras constituições, o Ensino Religioso perdeu sua
função catequética, pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade
brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente
questionado.
A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido
na escola pública, porém com matricula facultativa, ainda hoje é mantido como
facultativo.
Nesse contexto, legalmente o Ensino Religioso perdeu sua função
catequética, pois com a manifestação do pluralismo na sociedade brasileira, o modelo
curricular centrado na doutrinação passou a ser questionado, e hoje as aulas são
trabalhadas, voltadas ao resgate de valores, trabalhando a cidadania.
Hoje o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnico-
religiosa e garantir o direito constitucional da liberdade de crença, a expressão
conforme Art. 5°, inciso VI, da Constituição Federal.
O Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes
expressões religiosas. O foco no sagrado, possibilita a reflexão sobre a realidade
contida na pluralidade, numa perspectiva de compreensão sobre sua religiosidade e a
do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes
formas de ver o sagrado.
Com isso pretende contribuir para o reconhecimento e respeito as
diferentes expressões religiosas, advindas da elaboração cultural dos povos como
possibilitar o acesso as diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
As relações de convivência entre grupos diferentes, muitas vezes, é
marcada pelo preconceito e superá-los é um dos grandes desafios da escola que
pretende oferecer o espaço para a discussão do sagrado. Portanto, o Ensino Religioso
busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento em
relação as diferentes culturas religiosas, assim o Ensino Religioso permite que os
educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem
culturalmente e como se relacionam.
A escola, como instituição educacional, tem o papel de proporcionar
a cada ser humano os meios para que haja um desenvolvimento humano harmônico de
todas as suas potencialidades, ajudando o educando a compreender o mundo e o outro
para melhor compreender a si mesmo, favorecendo o seu posicionamento ético,
respeitoso e responsável diante da vida.
Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos isoladamente,
antes são referencias que relacionam intensamente par aa compreensão do objeto de
estudo em questão e se apresentam par aa definição dos conteúdos escolares.
A disciplina de Ensino Religioso faz uma reflexão sobre a pessoa humana,
não perdendo de vista a dimensão religiosa, ou seja, as predisposições do ser para a
experiência religiosa individual. Os conteúdos estruturantes trabalham a questão da
passagem religiosa, os símbolos, textos sagrados, que propiciam ao educando uma
melhor compreensão da diversidade cultural e social envolvendo o contexto que o
educando está inserido.
A disciplina de Ensino Religioso se voltará aos alunos inclusos, portadores
de necessidades especiais ou sociais, tanto em conteúdos, bem como em metodologia.
OBJETIVOS GERAIS
- Propiciar aos educandos a oportunidade de identificação de entendimento,
de conhecimento, de aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas
presentes na sociedade;
- Favorecer o respeito a diversidade cultural religiosa, em suas relações
éticas e sociais diante da sociedade, repudiando todo ato de descriminação e
preconceito;
- Refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e
como se relacionam com o Sagrado;
- Compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,
estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças;
- Elaborar o seu saber, passando a entender a diversidade de nossa cultura,
marcada pela religiosidade;
- Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa
do cotidiano que o contextualiza no universo cultural;
- Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto
nas religiões mais sedimentares como em outras manifestações mais recentes;
- Trabalhar a questão afro-brasileira através de textos e datas
comemorativas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
ALTERIDADE
Ethos
ÉTICA
Relacionamento com a vida
Convivência e cidadania
As 10 maiores religiões do mundo
Culturas e tradições religiosas
Saber defender e valorizar a vida
Identificação das diversas religiões
TEXTOS SAGRADOS
Religião e religiosidade
A influencia da religião na cultura
As tradições religiosas no Brasil
6ª SERIE
SÍMBOLOS E ESPIRITUALIDADE
Textos Sagrados
O que é sagrado em sua vida
CIDADANIA
O que é ser um verdadeiro cidadão
FÁBULAS
História em quadrinhos
TEOLOGIAS
As respostas para a vida além da morte.
RITOS
Tradições religiosas
Diversidade religiosa e direitos humanos.
METODOLOGIA
As práticas religiosas desenvolvidas pelo professor poderão fomentar o
respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo
cultural dos alunos.
Os fundamentos teóricos da disciplina só terão sentido no processo de
ensino e de aprendizagem, na medida que sejam incorporados pelos professores não
apenas no planejamento formalizado na escola, mas no efetivo trabalho com os alunos.
Uma das inovações propostas e a abordagem dos conteúdos, tendo como
objeto de estudos o sagrado.
Os espaços sagrados podem também constituir conteúdos de História,
Geografia, de Arte.
Para que o Ensino Religioso contribua com o processo de formação dos
educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes paisagem religiosa,
símbolos e textos sagrados.
As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas e/ou majoritárias,
serão objeto de estudos ao final de cada conteúdo, e aprofundar os conhecimentos a
respeito das manifestações já praticadas pelos alunos na comunidade.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso e a pedagógica e
não a religiosa adequada ao universo escolar.
Uma das formas de respeitar o direito a liberdade de consciência e a opção
religiosa do educando, as reflexões e analises se da por meio do tratamento dos
conteúdos, destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da
diversidade sócio cultural.
As produções de cunho confessional, visam a legitimação de uma
manifestação religiosa e a desqualificação de outras manifestações utilizadas como
estratégias de valoriza;ao da doutrina e de manutenção e/ou de atrair novos adeptos.
AVALIAÇÃO
Faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados,
uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria
das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e/ou conceitos. O Ensino
Religioso não se constitui como objeto de reprovação, não terá registro de notas e/ou
conceitos na documentação escolar.
A avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo
educativo, e cabe ao professor usar de práticas avaliativas que permitam acompanhar o
processo de apropriação de conhecimento.
Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação
respeitosa com os colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua,
realizar trabalhos em grupo, o próprio processo de construção individual do aluno diante
dos objetivos propostos (auto-avaliação), o jogo, a pesquisa, a resolução de problemas,
o levantamento de hipóteses são algumas estratégias que o professor poderá utilizar
para a elaboração da avaliação de forma processual e formativa, privilegiando os
critérios qualitativos e subjetivos do processo de ensino e da aprendizagem. Cabe
ressaltar que, quando esse processo é mediado pelo professor, através da interação e
da orientação, a aprendizagem ocorre de forma autônoma e significativa para ambos.
BIBLIOGRAFIA
- BITTENCOURT, Estevão Tavares. Crenças, Religiões, Igrejas, Seitas. 2º
Ed.Editora Cromoprint. 1995. São Paulo.
- DCEs – Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso – Ensino Fundamental.
- FIGUEIREDO, Anisia de Paulo. Ensino Religioso- Perspectivas
Pedagógicas . 2º ed.editora Vozes, 1994. Rio de Janeiro.
- JR, Jose Rezende. Diversidade Religiosa E Direitos Humanos. Novembro,
2005. Editora Gráfica Assembléia Legislativa do estado do Paraná.
Curitiba.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência dinâmica que estuda os fenômenos físicos,
biológicos e sociais, que ocorrem no espaço, analisando as causas e as relações
desses fenômenos. Envolve o estudo do espaço natural e os elementos que compõe,
bem como as transformações que ocorrem com a ação humana no espaço geográfico,
de acordo com os interesses e necessidades existentes na sociedade num dado
momento histórico.
A Geografia na proposta oferece instrumentos essenciais para a
compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender
como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção do espaço, as
singularidades do lugar em que vivemos o que a diferenciam e o aproxima de outros
lugares e, assim, adquirir uma sensibilidade maior dos vínculos afetivos e de identidade
que estabelecemos com ele.
A geografia tem por objetivo estudar as relações do processo histórico na
organização do espaço geográfico por meio da leitura do lugar, da paisagem, da região,
do território, da natureza, e da sociedade. Na busca dessa abordagem relacional,
trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como os fenômenos
sociais, culturais e naturais característicos de cada paisagem, para permitir uma
compreensão processual e dinâmica de sua constituição, para identificar e relacionar
aquilo que na paisagem apresenta as heranças das sucessivas relações no tempo
entre a sociedade e a natureza em sua interação.
O conceito adotado para o objeto de estudo da geografia nas diretrizes
curriculares é o Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado
pela sociedade, composta por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações
sociais, culturais, políticas e econômica) inter-relacionadas. Assim conforme Santos: Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas
também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um
porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos
são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que
se chama a Geografia Humana e através da história desses objetos, isto é, da
forma como foram produzidos e mudam, essa Geografia Física e essa Geografia
Humana se encontram. (1996, p.59).
OBJETIVO GERAL
- Compreender o mundo em que vivemos a partir da relação entre
sociedade/natureza, identificando as reais condições de uso, apropriação e construção
do espaço que vai se configurando com a dinâmica da estrutura e organização da
sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações pertinentes às
relações socioculturais e político-econômicas, considerando métodos específicos que
possibilitem ao educando não apenas decorar conteúdos, mas sentir-se como agente
atuante e transformador de realidades, desenvolvendo seu senso crítico para o pleno
exercício da cidadania, envolvendo uma perspectiva holística, garantindo a relação
entre a natureza, o universo e o homem de forma integradora, estimulando a
solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- As atividades econômicas definindo a configuração do espaço geográfico local;
- As relações econômicas entre os lugares;
- O uso e a distribuição dos recursos naturais e as fontes de energia na produção
industrial;
- Exploração econômica dos elementos naturais: atividades extrativas (mineral e
vegetal);
- O estado do Paraná e suas características naturais, econômicas e culturais.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Orientação e localização;
- Políticas econômicas, culturais e ambientais;
- Fatores que influenciaram a colonização do estado do Paraná;
- Interdependência entre o campo e a cidade;
- A guerra da água no século XXI.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A influência dos movimentos do planeta Terra na organização do espaço geográfico;
- A dinâmica da natureza e as transformações na biosfera pela ação humana;
- A distribuição das águas e suas inter-relações com a população e com as atividades
econômicas;
- Classificação dos fenômenos atmosféricos e as mudanças climáticas causados pela
poluição.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- A dinâmica populacional influenciada pela produção do meio rural e urbano;
- As diferentes formas de organização do espaço pelos diferentes grupos culturais;
- Crescimento populacional e a estrutura etária da população: envelhecimento da
população, expectativa de vida etc.
6ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A localização do Brasil e a cartografia;
- As diferentes paisagens brasileiras e o turismo como atividade econômica;
- Os fatores que influenciaram e influenciam a concentração industrial e a sua
distribuição no espaço geográfico brasileiro;
- A modernização da agricultura e a transformação do espaço rural brasileiro;
- As fontes de energia e a produção econômica nas diferentes regiões brasileiras.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A expansão territorial e configuração atual do território brasileiro e paranaense:
apropriação dos territórios indígenas – do século XVI:
- A formação e organização dos estados nacionais
- As cinco regiões brasileiras e a divisão geoeconômica
- Movimentos populacionais no território brasileiro: áreas de repulsão e atração.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A formação geológica do Brasil e a localização dos recursos minerais;
- O meio ambiente urbano e rural e os impactos causados pela ação antrópica
- A sociedade brasileira transformando as diferentes paisagens naturais de acordo com
seus interesses e necessidades;
- As bacias hidrográficas brasileira e paranaense e o seu aproveitamento econômico.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFI CO
- As origens culturais do povo brasileiro;
- Formação e distribuição da população brasileira e paranaense: estrutura etária, de
gênero, taxa de fecundidade, de mortalidade, de natalidade e expectativa de vida;
- Os indicadores sociais e as condições de vida da população brasileira;
Ocupação e colonização do município de Bela Vista da Caroba.
7ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- As atividades econômicas, o desenvolvimento tecnológico (agricultura, indústria e
comércio) e a transformação do espaço mundial nos dias atuais;
- As desigualdades do setor industrial americano: pesquisa, tecnologia e produção;
- A organização das economias regionais a partir dos blocos econômicos;
- O parque industrial japonês e a importação de recursos naturais;
- A importância econômica dos recursos minerais no Oriente Médio.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Os critérios para classificar os países: subdesenvolvido e desenvolvido;
- Os novos arranjos espaciais provocadas pela indústria;
- A importância dos blocos econômicos (re)definindo fronteiras e territórios;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A formação e a distribuição dos continentes: deriva continental;
-A formação dos recursos minerais: tempos geológicos e a dinâmica da natureza;
- O uso e a preservação dos recursos naturais da América;
- Questões ambientais mundiais repercutindo na configuração do espaço geográfico: o
aquecimento global, o degelo das calotas polares e a elevação do nível do mar.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- Fatores que influenciam as migrações e a perda da identidade cultural dos povos;
- Os indicadores sociais demonstrando as desigualdades espaciais do continente
americano;
- A distribuição da população no continente americano: sua diversidade cultural e as
diferenças socioeconômicas;
- As cidades globais e a formação de redes de informação e comunicação.
8ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A circulação de informação, de mercadorias e de capital financeiro configurando os
diferentes espaços mundiais;
- A industrialização e os recursos naturais da Europa;
- A incorporação da China ao sistema capitalista e as Zonas Econômicas Especiais
(ZEE);
- A apropriação dos recursos minerais africanos.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A reconfiguração das fronteiras e a formação dos territórios e a globalização;
- Conflitos territoriais, étnicos e religiosos no Oriente Médio, na China, na Índia e na
África;
- As organizações mundiais – ONU, FMI etc. – e suas ações na organização do espaço;
- A disputa global dos recursos minerais e sua localização estratégica;
- A água vista como recurso natural estratégico: Aqüífero Guarani.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A sociedade de consumo e a degradação ambiental;
- A degradação das áreas agricultáveis no mundo – arenização, desertificação, erosão;
- O emprego da tecnologia para diminuição dos problemas ambientais na Oceania;
- O relevo e o clima como condição natural para o desenvolvimento de
técnicas/tecnologias empregadas na agricultura da Ásia
- A poluição atmosférica e as conseqüências da chuva ácida na Europa.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- Os conflitos étnicos na Europa: xenofobia e racismo;
- Os fluxos migratórios na África gerados por questões econômicas, culturais e políticos;
- A diversidade cultural européia e a formação do mundo Ocidental;
- A influência da cultura africana e indígena na América;
- A composição étnica e a exclusão social na Oceania.
A cartografia, será trabalhada como linguagem no de correr do processo em todas
as séries.
METODOLOGIA
O estudo da Geografia pressupõe a compreensão da dinâmica da natureza e
as modificações que ocorrem como ação do homem, através do trabalho e a dinâmica
da organização sócio-econômica e cultural que determina a construção do espaço
geográfico.
A Geografia vem aprimorando práticas pedagógicas que permitem levar aos
educandos as diferentes situações de vivência com os lugares, de modo que possam
construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito, para que eles
desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da
realidade, buscando dessa forma nortear o ensino da Geografia, induzindo o educando
a percepção de onde ocorrem, quando ocorrem, como ocorrem e porque ocorrem os
fatos. Compreendendo as relações entre sociedade/natureza e
potencializando novas possibilidades de interação, sobretudo no que se refere ao
compromisso de buscar atender as diferenças, direcionando para alunos com
necessidades especiais de aprendizagens, percebendo-os como parte integrante da
sociedade; respondendo às demandas da diversidade e da pluralidade socioculturais
dos educandos, bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos (educação
ambiental, educação fiscal e do campo, enfrentamento à violência na escola, história e
cultura afro-brasileira, africana e indígena, prevenção ao uso indevido de drogas e
sexualidade).
A construção de uma educação inclusiva exige mudanças de idéias e
práticas, que reconhece e valoriza a diversidade, que atende e garante a participação
de todos na apropriação do conhecimento.
Portanto, cabe a escola, proporcionar acesso aos conhecimentos científicos,
a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações
sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para a consolidação das
nações como espaços democráticos e igualitários, trabalhando pelo fim da
desigualdade social e racial, empreendendo a reeducação das relações étnico-raciais.
Para que isso ocorra, utilizaremos:
- Aulas expositiva e dialogada;
- Aulas com vídeo (filmes, trechos de filmes, documentários) e internet;
- Leitura e interpretação de textos e imagens (fotografias, slides, charges,
ilustrações, posters, cartões postais, outdoors);
- Uso de mapas, tabelas e gráficos;
- Utilização da cartografia nos diferentes recortes espaciais;
- Seminários;
- Júri simulado;
-Trabalho de campo;
- Croquis, maquetes e desenhos;
- Seleção de textos, notícias e reportagens;
- Pesquisas bibliográficas complementares de temas diversos;
- Resolução de exercícios;
AVALIAÇÃO
Somente uma relação dinâmica em sala de aula proporcionará condições
eficazes para que o professor e aluno possam ser capazes de se avaliar, de avaliarem
o conhecimento em questão e de tomarem decisões quanto ao prosseguimento do
processo de ensino.
Na concepção pedagógica da Geografia deve-se priorizar os conteúdos mais
adequados para que os educandos desenvolvam a capacidade de fazer leituras da
realidade em que estão inseridos, não de forma fragmentada, mas dando aos seus
estudos um sentido e um significado no seu cotidiano, podendo perceber sua vida no
lugar interagindo com a pluralidade dos lugares, conseguindo assim observar, explicar,
descrever, indagar e representar a multiplicidade de paisagens e lugares. Ou seja,
implica ir além da simples descrição e enumeração dos elementos visíveis e
perceptíveis da paisagem e penetrar no significado das diferentes configurações
espaciais em toda sua complexidade.
A Geografia escolar tem a função, enquanto disciplina, desenvolver no aluno
o domínio dos conceitos básicos necessários a compreensão do real numa dimensão
de totalidade.
Desta forma, a avaliação torna-se a reflexão reformadora em ação. Ação,
essa, que impulsiona à novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua
realidade e acompanhamento passo a passo do educando na sua trajetória de
construção do conhecimento. É acima de tudo um processo interativo através do qual
os educando e educadores aprendem sobre si mesmos, sobre a realidade escolar e
sobre o próprio ato de avaliação.
O processo de avaliação terá como objetivo principal acompanhar o
desenvolvimento e a participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem.
Para uma avaliação contínua e diagnóstica da aprendizagem do aluno
utilizaremos os seguintes instrumentos e/ou critérios:
- O envolvimento e a participação nas atividades propostas (individual ou
equipe);
- A compreensão e entendimento dos temas desenvolvidos;
- A (re) elaboração de conceitos;
- Leitura e interpretação de textos;
- A coerência e a pertinência das argumentações na elaboração de textos;
- A apresentação e relato das pesquisas bibliográficas;
- Relatório das aulas de vídeo e de campo;
- Participação nas atividades extra-classe;
- Criatividade e iniciativa nas atividades;
- Leitura, interpretação e análise, de fotos, imagens, mapas, maquetes,
desenhos, charges, tabelas e gráficos;
- Testes e provas orais e escritas;
- Apresentação de seminários;
- Construção/elaboração de mapas, maquetes, desenhos, charges, tabelas,
gráficos, álbuns e painéis;
- Recuperação: Após cada avaliação do conteúdo será feita a recuperação
paralela para o aluno que não se apropriou do mesmo, usando dos critérios citados no
Projeto Político Pedagógico, onde será feita uma média entre a avaliação e a respectiva
recuperação;
- O professor (a) deve observar, então, se os alunos formaram os conceitos
geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-
natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
BIBLIOGRAFIA
- ANDRADE, M.C. de Geografia Ciência da Sociedade . São Paulo: Atlas,
1987.______________. Geopolítica do Brasil . São Paulo: Ed. Ática, 1989.
- AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas
teóricas e práticas . São Paulo: Summus, 1998.
- ARROYO, Miguel Gonzalez (org). Por uma Educação do Campo . Petrópolis:
Vozes, 2004.
- AZAMBUJA, L. A reconstrução da Geografia Escolar . Espaços da Escola. Ed.
Unijuí, ano 3, nº 12, abril/julho, 1994 , p. 31-37. _____________. O processo
de ensino aprendizagem em Geografia : questão de método. Espaços da
Escola. Ed. Unijuí, ano 4, nº 16, abril/julho, 1995, p. 37-43.
- CALLAI, H. O ensino de Geografia: recortes espaciais de análise.
IN:CASTROGIOVANNI, A.C. outros (org). Geografia em sala de aula :
reflexões e práticas . Porto Alegre, AGB, 1998, p. 55-60.
- CRISTOFOLETTI, A. (Org). Perspectivas da Geografia . São Paulo: Difel, 1982.
- DCES - Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná , 2006.
- DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação d as Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultur a Afro-Brasileira e
Africana. Brasília, 2005.
- MAGNOLI, D. Globalização: estado nacional e espaço mundial. São Paulo:
Moderna, 2003.
- MORAES, A.C.R. Geografia Crítica - A Valorização do Espaço . São Paulo:
Hucitec, 1984.
- OLIVEIRA, A.U. Agricultura Brasileira: Desenvolvimento e contradição. IN:
BECKER, B. K. (org). Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo:
Hucitec, 1991.
- PPP - Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Santo Antão - Ensino
Fundamental e Médio - Bela Vista da Caroba,2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Existe uma frase desgastada pelo uso, que afirma que os que não conhecem
sua história estão fadados a repeti-la. Poderíamos adicionar que mesmo conhecendo-a
ainda corremos esse risco, pois o passado não é tão somente um conhecimento sobre
algo distante, mas é a constituição de nós mesmos e, nos constitui a ponto de não nos
apercebermos disso. E isso não é bom ou ruim em si, mas sim depende da forma como
entendemos o tempo e de como representamos a nós mesmos. O tempo, segundo
Agnes Heller, não é um fenômeno que sofremos, mas a própria essência do que
somos: tempo, espaço, historicidade.
A proposta da disciplina de História é iluminar as diversas leituras históricas,
objetivando através do processo ensino-aprendizagem construir junto com os
educandos uma consciência histórica que possibilite a compreensão da realidade
contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
A História como Disciplina Escolar, passou a ser obrigatória, a partir da
criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto a
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como Disciplina
Acadêmica.
A Disciplina de História tem como incumbência suscitar reflexões a respeito
dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, bem como das relações entre o
ensino da disciplina com a produção do conhecimento Histórico na configuração do
currículo de História.
O Ensino de História foi marcado por muitos debates teóricos. Com a
implantação do Regime Militar manteve seu caráter estritamente político,pautado no
estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os
grandes heróis como sujeitos da história narrada. O Estado figurava como o principal
sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, a partir desse momento o
Estado realizou um amplo programa de reorganização educacional, com o propósito de
ampliar o controle sobre as instituições escolares, tendo em vista a legitimação dos
interesses políticos-ideológicos do regime e o necessário controle dos espaços e de
setores da sociedade. Na configuração curricular definida pelo Regime Militar, as
disciplinas de História e Geografia perderam espaço nos currículos e foram
condensadas como área de estudos sociais, dividindo ainda a carga horária com
Educação Moral e Cívica, no primeiro grau. No segundo grau foi reduzida a carga
horária de historia e passou a compor a Organização Social e Política Brasileira.
A partir da década de 80 com a derrubada político da ditadura e a retomada
do Processo de Organização, mobilização e redemocratização da sociedade brasileira,
o Ensino de Estudos Sociais passa a ser radicalmente contestado, tanto pela
Academia, quanto pela Sociedade Organizada.
A reconquista da disciplina História como representante de conhecimento
específico e autônomo ampliou as tentativas que vinham sendo feitas, por alguns
historiadores, de incluir, nas discussões acadêmicas, a problemática do ensino da
História.
Hoje recusam uma concepção de História como verdade pronta e definitiva,
vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano ,por outro lado,
recusam-se as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível
em História.
A História tem como objetos de estudos os processos históricos relativos ás
ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram as mesmas. Enquanto que as relações humanas produzidas por estas
ações podem ser definidas como estruturas sócio - históricas, ou seja, são as formas de
agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de
se relacionar social, cultural e politicamente. Deve-se considerar também como objeto
de estudo, as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais.
A produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um
método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. A
problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do historiador,
produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das
experiências sociais,culturais e políticas.
O reconhecimento de identidades pessoais é uma diretriz para o ensino da
História no sentido do reconhecimento das diversidades e peculiaridades básicas
relativas ao gênero masculino e feminino, as variedades étnicas, de faixa etária e
regionais e as variações sócio - econômicas,culturais e de condições psicológicas e
físicas, presente nos alunos de nosso pais, enfocando também os direitos e deveres do
cidadão, quanto à arrecadação e aplicação dos tributos em benefícios da população.
Para reeducar as relações étnico - raciais, no Brasil, é necessário fazer
emergir as dores e medos que tem sido gerados. É preciso entender que o sucesso de
uns tem o preço da marginalidade e da desigualdade impostas a outros. E então decidir
que sociedade queremos construir daqui para frente.
Assim sendo, a educação das relações étnico - raciais impõe aprendizagens
entre brancos e negros, troca de conhecimento, quebra de desconfianças, projeto
conjuntos para construção de uma sociedade justa, igual, equânime.
A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a
ela se reportam. Apenas a matricula não garante a permanência do aluno na escola. A
cultura escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso continuo e
progressivo no estabelecimento de ensino, com a apresentação de resultados efetivos
de aprendizagem.
Para tanto é necessário fazer uma inclusão educacional responsável. Mas a
inclusão antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a
sociedade. A educação, aliada à vasta legislação que hoje dispomos para a área e o
essencial envolvimento da sociedade é que fortalecerão os sentimentos éticos e de
cidadania da população Paranaense e, automaticamente brasileira.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Desenvolver a compreensão histórica da realidade social para a formação
intelectual do aluno;
- Compreender a história com base nos procedimentos históricos;
- Construir uma prática de ensino reflexivo e dinâmico levando o educando a
compreender e explicar, historicamente, a realidade em que vive;
- Identificar-se como sujeito da história e da produção do conhecimento
histórico;
- Desenvolver o conteúdo na perspectiva de sua relação com a cultura
experimental dos educandos e com suas representações já construídas;
- Construir em sala de aula um ambiente de compartilhamento de saberes
para uma aprendizagem significativa;
- Identificar as possibilidades de intervenção na realidade em que vivem;
- Compreender as diferenças individuais, considerando a diversidade: o eixo
norteador da inclusão educacional.
- Compreender as transformações ocorridas em nosso Estado ontem e hoje.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
PROBLEMÁTICA
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de História no Ensino
Fundamental são as relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais,
conteúdos estes, que são interligados e permitem a busca do entendimento da
totalidade das ações humanas, articulando-se através da análise de tempo e espaço.
Assim como as ações e relações humanas se transformam ao longo do
tempo, sua abordagem teórico-metodológica é reelaborada de acordo com o contexto
histórico em que vivem os sujeitos.
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e
a natureza. As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social.
No Ensino Fundamental o estudo das relações de trabalho deve contemplar
diversos tipos de fontes, de modo que professores e alunos percebam diferentes visões
históricas.
Os problemas do mundo atual também interferem diretamente no modo como
se dão as relações de trabalho e, articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhece-se as contradições de cada época, os impassores sociais da atualidade e
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permitindo entender como as relações
de trabalho foram constituídas no processo histórico e como determinam a condição de
vida do conjunto da população.
O poder se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas
entre aquele que exerce e aquele que se submete, entendendo que as relações de
poder são exercidas nas diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do
trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições, permitindo ao aluno perceber
que tais relações estão em sue cotidiano.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído nessa relação
pode ser chamado de cultura comum.
5ª SÉRIE
DIMENSÕES POLÍTICAS
- A construção do conhecimento histórico;
- O surgimento das cidades;
- Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito;
- China e Índia;
- As origens do mundo grego;
- Ascensão e queda do Império Romano;
- Época de transição.
DIMENSÕES ECONÔMICO-SOCIAL
- A trajetória da humanidade;
- A vida humana no Paleolítico;
- Neolítico e a evolução agrícola;
- O povoamento da América;
- Como viviam os primeiros habitantes do Brasil;
- A sociedade egípcia;
- Fenícios, os mercadores da antiguidade;
- A sociedade Hebraica;
- Os Hititas, Medos e Persas;
- As sociedades escravistas;
- Povos indígenas no Brasil e no Paraná;
DIMENSÕES CULTURAL
- O tempo e a história;
- O surgimento da escrita;
- A arte dos diferentes povos na antiguidade.
6ª SÉRIE
DIMENSÕES POLÍTICA
- A conquista da América;
- A colonização da América;
- As revoluções Inglesas, americanas e francesas;
- Nascimento e consolidação do Islamismo;
- A áfrica dos grandes reinos;
- A colonização portuguesa na América;
- A colonização do território paranaense.
DIMENSÕES ECONÔMICO-SOCIAL
- Na transição do Feudalismo para o capitalismo;
- A Europa em expansão;
- América: terra das grandes civilizações;
- A expansão colonial brasileira.
DIMENSÕES CULTURAL
- A cultura e a ciência na Europa Feudal;
- Renascimento;
- A Reforma Protestante;
- Escravidão na América.
7ª SÉRIE
DIMENSÕES POLÍTICA
- O Absolutismo;
- Independência dos Estados Unidos e da América Espanhola;
- Independência do Brasil;
- Emancipação política do Paraná.
DIMENSÕES ECONÔMICO-SOCIAL
- Revolução Industrial na Europa e no Brasil;
- Revolução Francesa;
- Primeiro Reinado;
- Revoluções européias no Século XIX;
- Segundo Reinado.
DIMENSÕES CULTURAL
- A arte na época do ouro no Brasil;
- Mudança da mentalidade com a Revolução Industrial;
- Imigração européia.
8ª SÉRIE
DIMENSÕES POLÍTICA
- A questão escravista no Brasil imperial;
- A República chega ao Brasil;
- A Era Vargas;
- A Bipolarização;democracia e ditadura no Brasil;
- Paraná moderno;a nova ordem mundial.
DIMENSÕES ECONÔMICO - SOCIAL
- A era do Imperialismo;
- A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa;
- A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial;
- O fim da União Soviética.
DIMENSÕES CULTURAL
- Educação e propaganda na Era Vargas;
- Descolonização da África;
- Movimento negro.
METODOLOGIA
A explicitação relativa aos referenciais teóricos que sustentam as Diretrizes
Curriculares, bem como a definição dos conteúdos estruturantes, orientam a
organização e o tratamento a ser dado aos conteúdos específicos de História no Ensino
Fundamental. Permitem também, apreender as contribuições, limites e possibilidades
que se abrem para a disciplina, a partir de diversos históricos.
A partir das contribuições teóricas e metodológicas da Nova Esquerda
\inglesa e da Nova História Cultural é que são apresentados os conteúdos
estruturantes, entendidos como as dimensões: política, econômico-social e cultural,
havendo com isso, coerência teórica, o tratamento e a organização dos conteúdos.
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com os
seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou seja,
como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto de
estudos os processos históricos relativos ás ações e as relações humanas praticadas
no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de forma
consciente ou não.
O historiador deve adotar um método de pesquisa de forma que possa
problematizar o passado, e buscar, por meio dos documentos e das perguntas que faz
aos mesmos, respostas às suas indagações.
Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do
conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico, considerando
que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que
seja constantemente retomado.
O professor terá que ir muito além do livro didático, uma vez que as
explicações ali apresentadas são limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela
vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica , seja pela tentativa
de abraçar uma grande quantidade de conteúdos, atendendo as demandas do
mercado.
Para que os alunos possam ampliar o conteúdo apresentado pelos livros
didáticos o uso da Biblioteca é fundamental, para tanto, é necessário que sejam
orientados pelo professor de história a conhecer o acervo especifico, as obras que
poderão ser consultadas ao longo de cada ano letivo.
Como encaminhamento metodológico nestas Diretrizes Curriculares, em
primeiro lugar, é o uso racional critico e problematizador dos Livros Didáticos. Os Livros
Didáticos não deve se sobrepor às escolhas do professor, mas pelo contrário, a elas
deve submeter-se.
Entre muitas metodologias, usaremos:
- Pesquisa de Campo;
- Organogramas;
- Concursos de Poesias, Oratórias;
- Teatros;
- Textos históricos.
AVALIAÇÃO
A Avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo a este processo.
Para que a avaliação sirva à democratização do ensino é preciso modificar a
sua utilização de classificatória para diagnóstica. A avaliação deverá ser assumida
como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se
encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que
possa avançar no seu processo de aprendizagem.
A avaliação do ensino de história considera três aspectos importantes:
• A apropriação de conteúdos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes
e dos conteúdos específicos;
• Utilizando-se como atividades:
� Leitura;
� Interpretação e analise de textos historiográficos;
� Mapas e documentos históricos;
� Produção de narrativas históricas.
Para identificação das necessidades educacionais especiais é realizada a
avaliação no contexto escolar contando com a presença do professor e da equipe
Técnico-Pedagógica da escola, de modo processual e contínuo, com objetivo de avaliar
os conhecimentos prévios, as potencialidades, assim como as necessidades que
comprometem o processo de aquisição de aprendizagem.
A avaliação é a verificação sistemática, paralela e contínua do
desenvolvimento das habilidades. Será feita de forma contextualizada, levando em
consideração a relevância na construção do aluno como ser consciente.
Serão observados os seguintes aspectos: seu desempenho nas avaliações,
atividades em grupos, nos trabalhos individuais, participação em sala de aula, seu
progresso individual e social.
A recuperação paralela será obrigatória e de atendimento especial ao aluno
de aproveitamento escolar insuficiente. O professor deverá proporcionar ao educando
recuperação contínua, permanente, paralela com novas explicações dos conteúdos,
trabalhos extra classe, provas diferenciadas, sendo que o resultado da recuperação
paralela deverá incorporar-se aos das atividades efetuadas durante o período letivo.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs - Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Par aná - História
- 2006.
- MARINO, Denise Mattos e STAMPACCHIO - Link do Tempo . São Paulo,
2002.
- MONTELLATO, Cabrini, Catelli - História Temática: Tempos e Culturas. São
Paulo, 2002.
- PPP - Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão- Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
- SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene - Pensamento e Ação no
Magistério.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nos primeiros tempos de colônia não havia no Brasil uma educação em
moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas
mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do que pelo
pedagógico.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino
da Língua Português em Portugal e no Brasil. Somente no século XIX, o no Brasil, por
decreto imperial, o cargo de Professor de Português, tendo um caráter elitista.
A partir de 1967, houve um processo de democratização do ensino, com a
ampliação de vagas, eliminando assim, os chamados exames de admissão e,
conseqüentemente, democratizando o ensino, o que resultou na multiplicação de
alunos e a necessidade de propostas pedagógicas que levassem em conta as novas
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar.
No período do governo Vargas, se institucionalizou a vinculação da
educação com a industrialização, objetivando a qualificação para o trabalho. Desse
vinculo, decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista, que na Língua Portuguesa,
estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário
do que com o aprimoramento das capacidades lingüísticas do falante.
Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das práticas
discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao
Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia
tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. Deve-se a Bakhtin o
avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem: a língua só se
constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para
a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o
trabalho realizado nas salas de aula. É dessa época o livro O texto em sala de aula, de
João Wanderley Geraldi, que marcou as discussões sobre o ensino de Língua
Portuguesa no Paraná.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990,
fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da
linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do circulo de Bakhtin, para
fazer frente ao ensino tradicional.
Em relação ao objeto de estudo e ensino primamos pelas diferentes formas
de organização das aulas, articuladas com as disciplina escolares e comas finalidades
esperadas desse processo.
Aqui, nos cabe citar sobre a construção da DCE para a disciplina, bem como
destacar o objeto de estudo/ensino, indicativos da fundamentação teórico-metodológica
e os conteúdos estruturantes, pois favorecerá na compreensão da proposta da
disciplina.
Após análise e estudos coletivos conclui-se que a linguagem é um trabalho
social e histórico em que o homem interage e troca experiências, compreendendo a
realidade em que está inserido, sendo esta a proposta de ensino de língua portuguesa
do Estado do Paraná.
Considerando que Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade
do sujeito como cidadão e de comunidade como formação social.
Portanto, o aluno terá a oportunidade de perceber que não há um modelo
único a ser seguido ou que uma cultura seja melhor que a outra, salientando que a
nossa nação é constituída por várias etnias fazendo-se necessário valorizar a cultura
afro-brasileira devido a sua presença e contribuição no contexto social e cultural.
De acordo com a referida disciplina, ela contemplará a Educação Fiscal
sensibilizando os educandos sobre a importância do cumprimento das leis
estabelecidas que garantem aos cidadãos direitos e deveres no processo democrático,
observando os benefícios que as mesmas trarão ao coletivo.
OBJETIVOS GERAIS
- Conhecer e empregar o uso da língua materna;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la
a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção / leitura;
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero
e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes partem dos conhecimentos que identificam e
organizam os campos de estudos desta disciplina na escola, os quais são considerados
básicos e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa o
discurso enquanto prática social.
5ª SÉRIE
Leitura:
• Interpretação de textos orais;
• História em quadrinhos;
• Textos humorísticos;
• Apólogos;
• Lendas;
• Poesias;
• Figuras (extra-verbais).
Escrita:
• Produção de textos;
• Interpretação de textos;
• Ortografia;
• Letras e fonemas;
• Tipos de frases;
• Classes gramaticais;
• Paragrafação;
• Pontuação;
• Acentuação.
Oralidade:
• Debates;
• Relatos de experiências vivenciadas pelo aluno ou familiares;
• Poesias;
• Quadrinhas;
• Musicas;
• Parlendas;
• Piadas;
• Diálogos;
• Contação de histórias;
• Troca de opiniões.
6ª SÉRIE
Leitura:
• Interpretação de textos;
• Histórias em quadrinhos;
• História familiares;
• Contos;
• Apólogos;
• Lendas;
• Fábulas;
• Figuras, músicas e charges;
• Textos humorísticos (piadas);
• Textos poéticos.
Escrita:
• Produções de textos (narrativos, dissertativos e descritivos);
• Interpretação de textos escritos;
• Recursos coesivos (pronomes, artigos, ortografia, maiúsculas e minúsculas,
paragrafação);
• Sujeitos e predicados;
• Reestruturação de textos;
• Verbos.
Oralidade:
• Relatos de experiências vivenciadas pelos familiares e alunos;
• Poesias;
• Quadrinhas;
• Músicas;
• Piadas;
• Debates;
• Contação de histórias;
• Troca de opiniões.
7ª SÉRIE
Leitura:
• Interpretação oral de textos diversos, como: crônicas, contos, notícias, entrevistas,
reportagens, correspondências, extra-verbais (músicas, charges, tiras) testos
humorísticos (piadas), textos poéticos.
Escrita:
• Produção de textos diversificados observando a ortografia das palavras, a
concordância e os elementos coesivos;
• Reestruturação textual;
• Análise lingüística;
• Coesão e coerência;
• Concordância nominal e verbal;
• Classes gramaticais;
• Aposto e vocativo;
• Termos da oração;
• Verbos.
Oralidade:
• Debates;
• Seminários;
• Paródias;
• Poemas;
• Telejornais;
• Teatros;
• Encenação;
• Propagandas;
• Textos jornalísticos;
• Entrevistas.
8ª SÉRIE
Leitura:
• Interpretação oral de textos;
• Textos publicitários;
• Crônicas;
• Contos;
• Notícias;
• Extra-verbais (músicas, charges, tiras);
• Textos humorísticos (piadas);
• Textos poéticos;
• Romances.
Escrita:
• Produção e reestruturação de textos;
• Análise lingüística;
• Coesão e coerência;
• Concordância nominal e verbal;
• Análise de textos polêmicos;
• Colocação pronominal;
• Recursos de linguagem;
• Produção de textos narrativos, descritivos e dissertativos;
• Orações coordenadas e subordinadas;
• Charges, tiras.
Oralidade:
• Debates;
• Seminários;
• Paródias;
• Poemas;
• Telejornais;
• Representações teatrais;
• Propagandas;
• Textos jornalísticos;
• Entrevistas;
• Relatos de filmes;
• Experiências vivenciadas por ele ou familiares.
METODOLOGIA
A sala de aula é considerada um verdadeiro laboratório, onde muitas coisas
podem acontecer. Mas não basta viver toda essa experiência. É preciso refletir sempre
sobre ela. Entende-se que um dos requisitos para uma ação pedagógica de seu
trabalho, ao executar o que planejou, e, de modo especial, ao analisar sua prática, com
vistas a reformulá-la e melhorá-la sempre que for preciso.
A ação pedagógica, assumida pelos livros didáticos, segue uma concepção
normativista de linguagem que exclui, do processo de aquisição e aprimoramento da
língua materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se no ensino de língua
materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática tradicional. O tratamento
dado à Literatura, nesses livros, direcionava a uma pratica pedagógica que privava o
aluno do contato com a integralidade dos textos literários na medida em que propunha
a leitura de resumos, lidos nos fechados limites da historiografia literária e na
perspectiva da biografia de seus autores.
O gênero, antes de constituir um conceito, é uma pratica social e é esta a
perspectiva que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato
real do estudante com a multiplicidade de textos que são produzidos e circulam
socialmente.
Toda a reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar, como
ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que
possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da língua materna.
Texto é como um evento que tem sua abrangência no antes, as condições de
produção, de elaboração, e no depois da formalização a leitura.
O texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo, ele lança seus
sentidos no dialogo intertextual, e configura-se como uma atividade comunicativa que
se realiza por meio da língua oral e escrita.
Precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o
desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:
- Apresentação de temas variados: história de família, da comunidade, um
filme, um livro, etc;
- Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opiniões,
colher e dar informações, fazer e dar entrevistar, apresentar resumos,
expor programações, dar avisos, debates, seminários, júri-simulados,
fazer convites, redigir cartas comerciais;
Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para
serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,
truncamentos, mudanças da construção textual, descontinuidade do discurso, grau de
formalidade, comparação com outros textos, etc. O saber ouvir, escutar com atenção e
respeito os mais diferentes tipos de interlocutores é fundamental. Logo, é preciso
desenvolver a sensibilidade de saber ouvir o outro, que favorece, inclusive, a
convivência social.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Num determinado período de tempo, a avaliação somativa era usada apenas
para definir uma nota ou estabelecer um conceito, isto não quer dizer que ela tenha de
ser excluída do sistema escolar, mas que as duas formas de avaliação – a formativa e a
somativa – servem para diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de
provas, o professor pode utilizar a observação diária, instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e / ou objetivo.
Consideramos que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser a avaliação contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,
possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Sempre que
necessário, retoma-se o conteúdo e aplica-se a recuperação paralela, e se ainda
persistir os problemas, a escola oferece salas de apoio e recurso.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência
da sua fala , o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seu
ponto de vista.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que
eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do
processo de produção nunca como um produto final.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos ,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas
produções dos alunos, precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e
contextualizada.
BIBLIOGRAFIA
- BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal . São Paulo: Martins Fontes, 1997.
- Marxismo e filosofia da Linguagem . São Paulo: Hucitec,1986.
- Questões de estética e literatura . São Paulo: Martisn fontes, 1997.
- DCEs – Diretrizes Curriculares Nacionais Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental.
- GERALDI, J. W. Concepções de Linguagem e ensino de Português . In: João
W. (org). O texto em sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
- PPP – Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão – Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Matemática tem sido uma atividade humana por milhares de anos. Em
certa medida, todos fazem Matemática inconscientemente em decorrência das
necessidades cotidianas.
Na história da humanidade, a Matemática foi descrita inicialmente, como a
ciência da quantidade e do espaço. Os Matemáticos, devido a necessidade de
comunicação, estabeleceram convenções, criando o simbolismo relacionado ao cálculo
das quantidades e as medidas do espaço.
A própria natureza forneceu elementos para que as noções iniciais sobre
quantidade e forma, se desenvolvessem paralelamente no processo de aquisição do
conhecimento matemático pela humanidade. Na ânsia de compreender a realidade, o
homem foi se desenvolvendo e aprimorando esse conhecimento através da
observação, análise, comparação e interpretação.
Atualmente, a crescente cientifização e a industrialização da sociedade,
exige uma nova concepção de ensino que prepare o individuo para colaborar no
conhecimento das novas tecnologias, de maneira crítica e política na sociedade como
um todo, não se apegando a modelos pré-estabelecidos.
A Matemática deve fazer uma conjectura entre educando e educadores de
forma aberta e simples onde ambas as partes trocam evidências e enriquecem seus
conhecimentos de forma prática e aplicada, valorizando sempre a criatividade e o
conhecimento empírico do educando. É necessário para isso, que se dê a todos os
indivíduos acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos úteis a sua
existência, a sua compreensão dos fenômenos naturais e sociais do mundo que os
cerca.
A Escola Pública, é a qual propicia a todos uma formação não só cientifica,
lógica, mas acima de tudo a formação de cidadãos críticos, comprometidos com a
sociedade na qual estão inseridos.
A efetivação da educação matemática requer um professor interessado em
desenvolver-se intelectual e profissionalmente em refletir sobre sua prática para tornar-
se um educador matemático e um pesquisador em continua formação.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado
tanto para a cognição como para a relevância social do ensino da Matemática.
OBJETIVOS GERAIS
- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em
especial em outras áreas do conhecimento;
- Compreender as ciências como construções humanas entendendo como
elas se desenvolveram por acumulações, continuidade ou ruptura de paradigmas,
relacionando o desenvolvimento científico com a relação da sociedade;
- Compor e utilizar novos procedimentos para exemplificar o cálculo, seja
ele exato, aproximado, mental ou escrito, usando como base situações problemas ora
proposta;
- Reconhecer os conteúdos como elementos pertencentes à realidade;
- Saber utilizar instrumentos de medição e de cálculo;
- Produzir problemas adequados para relatar experiências, formular
dúvidas, apresentar conclusões;
- Associar conhecimentos e métodos com a tecnologia do sistema
produtivo e dos serviços;
- Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários
para a produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos
científicos e tecnológicos;
- Aplicar as tecnologias associadas as ciências naturais na escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida;
- Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para
aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade;
- Distinguir e utilizar o raciocínio dedutivo, indutivo e lógico;
- Interpretar e utilizar diferentes formas de representação ( tabelas, gráficos
e expressões...) ;
- Reconhecer situações problemas, tendo a apropriação da linguagem
simbólica e desenvolvendo a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e
intervenção no real;
- Formular hipóteses e prever resultados;
- Interpretar e criticar resultados dentro do contexto da situação;
- Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a
linguagem simbólica;
- formar um sujeito critico, capaz de interagir criticamente com o mundo a
sua volta;
- Fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria
matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos procedimentos e
algarismos.
- Conscientizar para que o estudante construa, por meio de intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa visando a formação
integral do ser humano e particularmente do cidadão.
- Incorporar conhecimentos objetivando que o aluno seja capaz de superar
o senso comum. Assim a alfabetização matemática, como processo educativo tem
como função desenvolver a consciência critica, provocando alterações de concepções e
atitudes permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações social.
- Dominar esta ciência como ferramenta de compreensão e intervenção na
sociedade pois através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza
e mede organizando suas atividades e seus aspectos.
CONTEÚDOS
5ª Série
Números e Álgebras:
• Os números: - uso dos números - sistema de numeração decimal - ordens e classes. • Números Naturais: - Os números naturais - Números pares e ímpares • Operações com números naturais - Adição - Subtração - Multiplicação - Divisão • Múltiplos e Divisores - frações - estudos das frações - números na forma mista - frações equivalentes - simplificação de frações - comparação de frações - frações decimais e porcentagens - adição e subtração - frações decimais e porcentagens - adição e subtração de frações - números decimais - décimo, centésimo e milésimo - comparação de números decimais - operações com números decimais - adição, subtração, multiplicação, e divisão - multiplicação e divisão 10,100,1000 - multiplicação e divisão de um numero decimal por um numero natural • Potência, Raízes e Expressões Numéricas: - potencia - potencia de expoente 1 e expoente zero
Grandezas e Medidas: • Medidas de Comprimentos - perímetro - medindo comprimentos • Medidas de tempo - o calendário - horas, minutos e segundos • Medidas de superfície - cálculos de área - unidades de medidas de superfície - área do quadrado • Medidas de Massa - medindo massas TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO • Interpretando informações - gráficos e tabelas GEOMETRIA • Formas geométricas espaciais - estudos das formas geométricas espaciais - paralelepípedo - prisma e pirâmide - cilindros, cones e esferas • Vistas - estudando vistas • Simetria - figuras simétricas • Retas e Ângulos - retas - ângulos - medindo os ângulos - retas paralelas e retas concorrentes • Polígonos • Triângulos e Quadriláteros
• Transformação de figuras
- Ampliação e redução
6ª Série
Números e Álgebra:
• Operações com Frações:
- Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão de Frações. • Operações com números decimais: - Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão de Números Decimais. - Quociente decimal . - Multiplicação e Divisão de um decimal por um natural por decimal; • Números positivos e negativos; • Os números inteiros na reta numérica: -Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão com Números Positivos e Negativos.
• Cálculo Algébrico: - Expressões algébricas; - Simplificação de expressões algébricas; - Equações. Proporção: - Grandezas diretamente proporcionais; - Grandezas inversamente proporcionais; - Escala;
- Regra de Três e grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
Grandezas e Medidas: • Ângulos: - Estudo dos ângulos; - Medida dos ângulos; - Grau, minuto e segundo; - Adição, subtração, multiplicação, e divisão de medidas de ângulos. • Medidas de Volume: - Noções de Volume; - Volume do Paralelepípedo Retângulo; - Volume do Cubo; • Medidas de Capacidades - Litro e Mililitro • Medidas de Informática; • Medida de temperatura.
Geometrias:
• Formas Geométricas Espaciais: - Poliedros e não-poliedros; - Prismas e Pirâmides.
• Polígonos: - Estudo de Polígono; - Ângulo no Polígono; • Localização e Deslocamento: - Localização e Caminhos; - Coordenadas; • Simetria de Figuras: - Simetria Axial; - Simetria e Rotação.
Tratamento da Informação:
• Porcentagem; - Porcentagem e regra de três; • Interpretando Informações: - Gráficos e tabelas: - Possibilidades.
7 ª Série :
Números e Álgebra:
• Números Primos: - Números Primos; - Decomposição em Fatores Primos; - Mínimo Múltiplo Comum; • Operações com Frações: - Frações e suas quatro operações. • Potências e Raízes:
- Potência de números negativos; - Potência com expoentes negativos; - Propriedades da potência; - Raízes; - Cálculo da raiz exata e aproximada de um número. • Conjuntos: - Conjuntos numéricos e de números reais. • Cálculo Algébrico: - Expressões algébricas, fórmulas e equações ; - Operações com Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis. • Equações e Inequações: - Equações de 1 grau com uma incógnita; - Sistema de Equação de 1 grau com 2 incognitas.
• Regra de Três - Regra de três simples e composta;
Grandezas e Medidas: • Ângulos: - Ângulos Complementares e Suplementares; - Ângulos formados por Retas Paralelas e uma Transversal; - Bissetriz de um ângulo. • Polígono: - Diagonais de um polígono; - Ângulos de um polígono; • Medidas e Superfícies: - Área do Paralelogramo, Triângulo, Trapézio, Losango.
Geometria: • Triângulo: -Triangulo e seus elementos; - Triangulo Congruentes; - Pontos Notáveis de um Triangulo. • Quadriláteros: - Quadriláteros e seus elementos; - Paralelogramo; - Trapézio.
Tratamento da Informação: • Tratamento da Informação: - Gráfico e Tabelas; - Probabilidade; • Simetria:
8 ª Série:
Números e Álgebra:
• Radiciação: - Raiz; - Potências com Expoentes fracionários; - Propriedades dos Radicais; - Simplificação de Radicais. • Equação do 2º Grau: - Equações de 2 º Grau com uma incógnita; - Resolvendo Equações de 2 º Grau ; - Equações Biquadradas; - Sistemas de Equações do 2º Grau.
Grandezas e Medidas: • Medidas de Superfície: - Área do Círculo; - Área do Setor Paralelepípedo; - Área da Coroa Circular. • Medidas de Volume: - Volumes; - Volume do Paralelepípedo; - Volume do Cilindro; - Volume e Capacidade. Funções: - funções polinomial do 1º grau; - construção de gráficos; - funções polinomial do 2º grau; - construção de gráficos; - coordenadas do vértice de parábola; - ponto de máximo e ponto de mínimo; • Geometrias: SEGMENTOS PROPORCIONAIS: - propriedades das retas paralelas - teorema de tales e teorema de tales nos triângulos SEMELHANÇAS DE FIGURAS: - reprodução, ampliação e redução de figuras; - figuras semelhantes; - escala; - triangulo retângulo; - relações métricos no triangulo retângulo -teorema de pitágoras; - relações trigonométricas no triangulo retângulo - tabela trigonometrica - circunferência - comprimento da circunferência - posições relativas entre retos e circunferência - posições relativas entre duas circunferência - ângulos em uma circunferência • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: - TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - variável estatística e tipos de freqüência - rol e intervalos de classes
- media aritmética, moda e mediana - PLANO CARTESIANO: - coordenadas cartesianas - JUROS; - juros simples e juros compostos
METODOLOGIA
Os conteúdos estruturantes devem se relacionar através de uma articulação
entre práticas pedagógicas que resultarão, no relacionamento dos conteúdos
específicos dando forma e significações interdisciplinares de uma maneira organizada.
Inserir conteúdos matemáticos na forma que suas significações sejam
reforçadas com procedimentos que permitem a apropriação e articulação do
conhecimento já adquirido com novos conceitos oferecidos.
Na resolução de exercícios é necessário levantar hipóteses, sem ter uma
resposta imediata, levando o aluno a questionar e defender o seu conhecimento prévio,
registrando, produzindo e articulando os conteúdos matemáticos apresentados.
Considerando que a tecnologia é um meio atrativo para o atual aluno, as
atividades não são necessárias apenas com lápis e papel, o uso do computador,
calculadoras, TV..., permitem ao estudante inúmeras possibilidades como investigar,
observar, resolver, argumentar e utilizar meios mecânicos que fazem parte de sua
história e seu desenvolvimento intelectual.
Dessa forma se faz necessário que o ensino da Matemática ocorra num
clima agradável na sala de aula afim de que os alunos sintam-se desinibidos em dar
sugestões e participar com interrogações, dialogando no esclarecimento de dúvidas.
Organizar trabalhos em grupos, que venham estimular o diálogo, a
integração e a cooperação, facilitando a comunicação e a socialização. Dar
oportunidade aos alunos de pesquisar, refletir, questionar, contribuindo assim para o
desenvolvimento de processo de pensamento e à aquisição de atitudes cuja utilidade e
alcance transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas genuínos, formando hábitos de investigação,
proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas
com a visão ampla e científica da realidade.
Portanto, é necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua
para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos matemáticos.
Proporcionar uma maior aproximação entre a Matemática e a realidade para
que o aluno possa enfrentar melhor as situações do dia-a-dia, para isso o educador
pode viabilizar de recursos diferenciados como livro didático, jogos, revistas, jornais,
pesquisas de campo, buscando propiciar um aprendizado amplo, respeitando as
diferenças individuais (inclusão) de se apropriar do conhecimento.
Os procedimentos metodológicos recomendados devem propiciar a
apropriação de conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os
conteúdos específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos
de conteúdos estruturantes diferentes, de forma que suas significações sejam
reforçados, refinados e intercomunicados.
O Ensino de Matemática tem como um dos desafios a abordagem de
conteúdos a partir da resolução de problemas com uma metodologia pela qual o
estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos.
Deve-se almejar um ensino que possibilite ao estudante analise, discussões,
conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de idéias, para ampliar seu
conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade caberá ao professor
sistematizar os conteúdos e oferecer condições para apropriações da linguagem
adequada, para descrever e interpretar fenômenos matemáticos.
A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o
exercício da crítica e a análise da realidade. É uma importante fonte de investigação da
educação matemática, que prioriza um ensino que valoriza a história dos estudantes
pelo reconhecimento e respeito.
A modelagem matemática tem como pressuposto que o ensino e a
aprendizagem da matemática podem ser potencializados ao se problematizarem
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que surgem questionamentos sobre
situações de vida.
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao
currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos
conceitos e de novas teorias matemáticas.
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática
escolar como componente necessária de um dos objetivos primordiais da disciplina,
pois é interessante que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua
relevância na vida da humanidade.
AVALIAÇÃO
O desenvolvimento e as pesquisas em Educação Matemática tem permitido
a expansão das práticas pedagógicas em relação aos conteúdos e às propostas das
tendências metodológicas.
A avaliação deve ser coerente com enfoque dados aos princípios básicos da
disciplina, encarando a Matemática sobre um ponto de vista dinâmico que leva em
conta os percalços do seu desenvolvimento, adotando uma postura e considerando os
caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar problemas propostos,
partindo de um diagnóstico de suas deficiências procurando, ampliar sua visão sobre o
conteúdo em estudo e a fixação de elementos já dominados.
O professor regente, ao observar a dificuldade de aprendizagem
apresentada pelo seu aluno, deverá verificar se a metodologia por ele utilizada está
adequada para este aluno, caso necessário repensar sua prática pedagógica, e se for
preciso, modificá-la.
Na avaliação, o professor deverá considerar os registros escritos e as
manifestações orais o raciocínio lógico e de cálculo, do ponto de vista da
aprendizagem.
Verificando a apropriação nas diferentes formas oferecidas, sendo um
processo contínuo, permanente e cumulativo. Em conseqüência da avaliação o aluno
deverá realizar a recuperação de conteúdos independente do nível de conhecimento já
adquirido.
Uma avaliação que se restringe a quantificar o nível de informação que o
aluno domina não é coerente com a proposta, para ampliar sua eficácia, a avaliação
deve incluir a complexa relação do aluno com o conhecimento.
A Avaliação, dessa forma, busca socializar o conhecimento e a
aprendizagem de cada membro da sala de aula respeitando a individualidade e as
limitações de cada um, levando-o a se transformar em um individuo competente,
sabedor do que fazer com o conhecimento que construiu.
BIBLIOGRAFIA
- BIGODE, Antônio José Lopes - Matemática hoje é feita assim / São Paulo: FTD -
2000 - 1ª ed.
- BONJORNO, Regina Azenha - Pode Contar Comigo. São Paulo - FTD.- 1994.
- DCE - Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica.
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileria e Africana.
- GIOVANNI, José Ruy - Matemática pensar e descobrir: novo/ Giovanni &
Giovanni Jr. - São Paulo - FTD, 2000 - 1ª ed.
- JAKUBOVIC, José, LELLIS Marcelo - Matemática na medida certa : 1ª ed. - São
Paulo- Ed. Scipione - 1999.
- LOPES, Antonio José - Matemática Atual - São Paulo - Ed. Atual - 1994.
- PPP - Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão - Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o inicio da colonização do território que hoje corresponde ao litoral
brasileiro, houve a preocupação do Estado português em promover a educação com o
objetivo de facilitar o processo de dominação.
Nesse contexto, coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de
ensinar o latim aos povos que habitavam o território.
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois
da chegada da família real portuguesa no Brasil, em 1808.
Ao considerar que a expansão da Língua Estrangeira Moderna no mundo
não é mera expansão de uma língua, constata-se que é também a expansão de um
conjunto de discursos que fazem circular idéias de desenvolvimento, democracia,
capitalismo, neoliberalismo e modernização.
Tendo como referencia tais reflexões, pode-se depreender que tanto a opção
teórico-metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola são profundamente
marcados por questões político-econômico e ideológicas. Tais questões marginalizam
razões históricas e ou étnicas que podem ser valorizadas, levando em conta a história
da comunidade atendida pela escola.
Desse modo pode-se destacar o comprometimento com a possibilidade de
valorização e respeito à diversidade cultural bem como percepções de mundo,
maneiras de construir sentidos e construção de identidades transformadoras, o que
comprova que o ensino de Língua Estrangeira moderna na escola não é pura
exclusividade instrumento para que o aluno tenha acesso a informação.
Língua e cultura, portanto, constituem um dos pilares da identidade do
sujeito como cidadão e de comunidade como formação social.
Nesse contexto, o ensino da Língua Estrangeira Moderna irá se apropriar de
Abordagem comunicativa e de Letramento Crítico, abordagens que se constituem numa
ferramenta poderosa para desenvolver uma consciência crítica dos propósitos sociais e
dos interesses aos quais os mesmos servem, considerando que a língua é também
poderosa como prática social.
O letramento crítico envolve a analise e a critica das relações estabelecidas
entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas social. Refere-se as formas de
olhar o texto escrito, visual, oral e hipertexto para questionar e desafiar as atitudes, os
valores e as crenças subjacentes a ele.
Dessa maneira o letramento crítico oferece a possibilidade de confrontar
discursos e perceber como os discursos posicionam os sujeitos em relação de poder
intra e interdiscursivas.
Portanto, o aluno terá a oportunidade de perceber que não há um modelo
único a ser seguido ou que uma cultura seja melhor que a outra mas que há diferentes
possibilidades que cada um escolhe para viver e que são possíveis a mudanças.
A disciplina de Língua Estrangeira Moderna irá também se adequar aos
alunos inclusos que necessitam de atendimento especial.
A questão da inclusão com o passar dos tempos foi tendo uma evolução
considerável em relação as pessoais especiais.
Em sua origem prestava-se atendimento apenas ás pessoas com deficiência
sensoriais como a da surdez e a cegueira, atualmente amplia seu escopo de atuação,
incorporando a ampla gama de alunos com necessidades educacionais especiais e que
não necessariamente apresentam algumas deficiência como é o caso dos
superdotados.
Durante um certo período a educação especial não mantinha objetivos
especificamente acadêmicos e sim se priorizava o trabalho manual para o treinamento
industrial.
Atualmente não foge ao longo do trabalho manual quando se fala em oficinas
profissionalizantes, mas tomou-se consciência de que o trabalho com a parte
acadêmica passou a ser essencial no sentido de desenvolver o cognitivo possibilitando
ao aluno uma melhor socialização no mundo global.
Tornar o aluno visto como ser participativo, atuante, independente de sua
deficiência ou necessidade, onde ele possa usufruir de seus direitos na sociedade em
que vive. Procurar fazer da escola um ambiente acolhedor, que faça o aluno se sentir
parte dela e que venha a atender as suas necessidades.
OBJETIVOS GERAIS
- Conhecer valores de outras culturas assim desenvolvendo a percepção da
própria promovendo aceitando da diferença nos modos de expressões e
comportamento;
- Formar um sujeito crítico capaz de interagir criticamente com o mundo a
sua volta;
- Criar condições de escolher vocabulário e capacidade de usar a língua em
situações de leitura, oralidade e escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes partem dos conhecimentos que identificam e
organizam os campos de estudos desta disciplina na escola, os quais são considerados
basilares e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira
moderna o discurso entendido como prática social sob as suas práticas discursivas.
- Leitura;
- Escrita;
- Oralidade.
CONTEÚDOS ESPECIFICOS:
TEXTO
Gênero textual
- Textos: informativo, publicitário, literário;
- Diálogos
- Anuncios
- Reportagem
- História em quadrinhos
- Musica
- Cinema
- Instrução de jogos
- Manual de instrução
- Charges
- Bilhetes
- Cartas
- Receitas
- Cartaõ postal
- Torpedos
1. Estrutura especifica dos textos pertencentes aos diferentes gêneros
discursivos:
� Textos literários;
� Poemas, crônicas, etc.
� Bilhete
� Carta
� Gírias
� Filmes
� Recado
� Resumo e tiras
� Cartão postal
� Textos midiáticos
� Mensagem eletrônica, mensagem de celular, e-mail, MSN
� Folhetos
� Folders
� Cartaz e outdoor
� Diagrama
� História em quadrinhos
� Charge
� Poema
� Diário
� Musica
� Jogos
� Receita
� Texto em áudio
� Textos informativos
Considerando:
� Os aspectos externos: condições de produção
� Aspectos internos: elementos lingüísticos
� Elementos verbais e não verbais que atuam na produção de sentido do
texto
� As linguagens especificas utilizadas na comunicação mediada por
recursos tecnológicos.
2- Particularidades lingüísticas observadas nas praticas discursivas:
oralidade, escrita e leitura.
� Aspectos pragmáticos diferentes nas línguas
� Aplicabilidade da língua
� Peculiaridade lingüística
� Diversidade lingüística
� Aspecto semântico das diferentes línguas.
3- Análise da língua em uso visando a construção dos conhecimentos
lingüísticos: estrutura fonética, sintática e morfológica.
PRÁTICA DISCURSIVA:
- Leitura
- Assunto do texto
- Estética
- Vozes
- Polissemia
- Oralidade
- Coesão
- Ideologia textual
- Escrita
- Variantes lingüísticas
- Produção textual
- Por quem foi feito
- Para quê
- Público alvo
- Intencionalidade
- Contexto social e cultural
ELEMENTOS LINGUISTICOS
- Morfologia
- Sintaxe
- Estrutura fonética.
METODOLOGIA
A metodologia adotada em sala de aula visa principalmente a participação
ativa do aluno, despertando o interesse com tema da sua própria realidade através de
aula expositivas, dramatizações de textos, produção de cartazes, vídeos, entrevistas,
interpretação de textos, propagandas anúncios e músicas.
As estratégias especificas da oralidade tem como objetivo expor os alunos a
textos orais pertencentes aos diferentes discutidos, procurando compreendê-los em
suas especificidades e incentivá-los a expressar suas idéias em língua estrangeira
dentro de suas limitações.
A escrita deve ser vista como uma atividade sócio-interacional, significativa
pois em situações reais de uso escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de
quem se constrói uma representação.
Outro aspecto a ser considerado é a utilização de recursos visuais no auxilio
ao trabalho pedagógico em sala de aula. Tais materiais podem auxiliar na preparação
de leitura na medida que auxiliam os alunos no processo de inferência sobre o tema do
texto, nesse caso os alunos com deficiência auditiva poderão participar da aula.
Dessa forma construiremos um conhecimento sistemático e estruturado
garantindo a utilização da linguagem nas diferentes situações de comunicação.
A disciplina de LEM – Inglês contemplará os desafios educacionais
contemporâneos como: Educação Ambiental, Prevenção Ao Uso Indevido De Droga e
Enfrentamento a Violência contra Criança e ao Adolescente, Sexualidade, Educação
Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Inserindo-os junto aos conteúdos
trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação, parte integrante e intrínseca ao processo educacional, se
constitui num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções
pedagógicos, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas aqueles
vivenciados ao longo do processo.
Nessa perspectiva o envolvimento do sujeito aluno na construção do
significado nas praticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando
que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a
partir dos textos e de diferentes formas: entre alunos/ professores, entre os alunos na
turma, entre os alunos com o material didático, nas conversas em língua materna e na
Língua Estrangeira Moderna estudada.
Desse modo o processo avaliativo vai muito além da visão tradicional, que
focaliza o controle externo do aluno por meio de notas e conceitos de maneira
descontextualizada.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs - Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de Lín gua
Estrangeira Moderna - Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
2006.
- QUEIROZ, Dias Tânia; e demais autores - Pedagogia da Alegria: Uma
abordagem sociointeracionista interdisciplinar - Editora Didática Paulina
– São Paulo, 2001.
- NADDEO, Maria Lúcia Mercante - English for life - Educação & Cia -Novo
Manual Nova Cultural Inglês, São Paulo, 2004.
- SILVA, Antônio de Siqueira, BERTOLIN, Rafael - Compact Dynamic English-
Ed. Ibep.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Podemos conhecer a arte não só realizando atividades artísticas, mas
também visitando um museu, indo a um concerto, ouvindo uma gravação, assistindo um
espetáculo de dança ou de teatro. Essas atividades fazem parte de nossas
experiências diretas com as obras de arte. Podem ser complementadas com perguntas
aos adultos sobre, por exemplo, as qualidades de uma obra de arte.
Ver como os artistas trabalham ou apreciar suas obras nos possibilita
aprender muitas coisas sobre arte. Aprendendo quais são os elementos que intervêm
no desenho, na música ou no teatro, analisando esses elementos e observando como
são produzidos, podemos compreender melhor no que consistem as obras de arte e
qual a diferença entre elas e o objeto da realidade.
Apreciar obras de arte e perguntar sobre suas qualidades pode ser
completado, com leituras e observações de livros sobre arte. Podemos aprender lendo
e olhando e assim compreender em que consiste a qualidade artística.
O conhecimento da arte é antes de tudo o convívio com essa arte. Portanto,
é necessário considerar a importância inesgotável de experiências reais com a
expressão artística dia a dia, por toda vida.
OBJETIVOS GERAIS
• Apreciar produtos de arte em sua varias linguagens, desenvolvendo tanto
a fruição, quanto a analise estética;
• Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e
curiosidade exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte de
modo sensível;
• Oportunizar as expressões corporais, faciais do movimento da voz do
gesto, atuar e interpretar personagens e situações, seja drama, comédia, mímica,
conto...;
• Utilizar diferentes fontes para improvisação em dança, composições
coreográficas e atuar na convenção palco-platéia;
• Pesquisar, analisar e adaptar textos dramáticos e não dramática com vista
a montagem de cenas ou apresentações;
• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de
busca pessoal e ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções artísticas;
• Possibilitar na escola a recuperação da unidade original do trabalho como
processo criativo.
• Oportunizar o estudo de diferentes épocas e movimentos artísticos,
levando o educando a entender a evolução ocorrida desde a pré-história até os dias
atuais.
• Proporcionar ao aluno o conhecimento e a valorização da cultura afro-
brasileira e toda sua contribuição histórica dentro da Arte;
• Levar os alunos da classe e os inclusos a desenvolverem um trabalho
integrado, considerando o espírito de cooperação e empenho por parte de cada um na
busca dos resultados desejados.
CONTEÚDOS
1º ANO
ARTES VISUAIS
- Ponto
- Linha
- Superfície
- Volume
- Figurativa
- Abstrata
- Figura-fundo
- Bidimensional
- Tridimensional
- Semelhanças
- Arte Pré-histórica
- Arte no Egito Antigo
- Arte Grego-Romana
- Arte Pré-Colombiana
- Arte Oriental
MÚSICA
- Altura
- Duração
- Timbre
- Intensidade
- Densidade
- Ritmo
- Melodia
- Harmonia
- Intervalo melódico e harmônico
- Música serial e minimalista
- Música moderna
TEATRO
- Personagem: expressões faciais corporais, vocais e gestuais.
- Representação
- Sonoplastia/iluminação
- Jogos teatrais
- Romantismo – Martins Pena – textos: O juiz de paz na roça. Judas em sábado
de aleluia
- Realismo – Artur Azevedo. Machado de Assis: Ressurreição, A mão e a luva.
- Teatro pobre
- Teatro do oprimido
- Vanguardas artísticas
DANÇA
- Movimento corporal
- Ponto de apoio
- Salto e queda
- Rotação
- Formação
- Deslocamento
- Arte paranaense - Folclore
- Indústria cultural – Análise de textos. Forró universitário.
2º ANO
ARTES VISUAIS
- Textura
- Volume
- Luz
- Cor
- Contrastes
- Ritmo visual
- Gêneros
- Técnicas
- Arte Africana
- Arte Medieval
- Renascimento
- Barroco
- Fauvismo
- Cubismo
MÚSICA
- Altura
- Duração
- Timbre
- Intensidade
- Densidade
- Tonal
- Modal
- Improvisação
- Gêneros
- Técnicas
- Op-art – Música eletrônica – techno.
- Pop-art – Anos 60
TEATRO
- Ação
- Espaço cênico
- Cenografia/figurino
- Adereços
- Roteiro
- Enredo
- Gêneros
- Técnicas
- Surrealismo – Teatro do absurdo – Artaud.
- Arte engajada – Carlos D. Andrade
- Arte brasileira – Textos, comédias, musicais.
DANÇA
- Movimento corporal
- Temo/espaço
- Deslocamento
- Sonoplastia
- Gêneros
- Técnicas
- Rap, Funk, Tecno
- Hip Hop
- Arte paranaense – Folclore
- Indústria cultural – Forró.
METODOLOGIA
Vivemos em uma sociedade que vem trocando sua paisagem natural por um
cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e
principalmente imagens. Se convivemos diariamente com essa produção infinita, é
necessário aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma e seu
conteúdo, o que exige o uso de nossa sensibilidade estética.
Para tanto, nas aulas de Arte, utilizaremos os seguintes métodos:
- Proporcionar o contato com obras: música, teatro, dança e artes visuais
como: filmes, figuras, vídeos, fotos, jornais, revistas, internet, fazendo-o conhecer e a
pensar sobre elas.
- Pesquisa- análise, abordagem de fatos para adquirir conhecimentos e
expressar sua criatividade artística usando os recursos que dispõe no momento do
fazer artístico.
- Promover ao aluno o uso de sua imaginação, sentimentos, criticas
resgatando a cultura de sua região e fazendo integração com outras culturas, dando
ênfase a cultura afro-brasileira.
- Captar a partir das linguagens artísticas o modo de vida no contexto em
que o aluno está inserido, entendendo-as e podendo construir através dela relação e as
diferentes maneiras em que ela se manifesta.
- Reconhecer as limitações e valorizar os esforços dos alunos que
apresentam dificuldades na realização das atividades.
- Transmitir o conhecimento histórico da arte através de explicações,
vídeos, imagens, etc., possibilitando no educando um aprendizado de contexto e
valorização que a disciplina de Artes adquiriu com o tempo.
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada através das atividades desenvolvidas pelos
alunos, seguindo o processo pessoal de cada um ou término de cada linguagem
artística.
Ao avaliar se considera a história do processo pessoal de cada aluno e sua
relação com atividades desenvolvidas em sala, observando os trabalhos e seus
registros sonoros, textuais e audiovisuais.
Dar-se-á ênfase na auto-avaliação, para que desenvolva no aluno seu papel
de estudante. Devemos ter cuidado com a auto-avaliação, sempre os orientando-os
para que reconheçam os pontos relevantes do seu trabalho.
A avaliação no processo ensino e aprendizagem de arte precisa ser realizado
com base nos conteúdos, objetivo e orientações do projeto educativo.
A avaliação pode diagnosticar o nível de conhecimento artístico e estético dos
alunos neste caso costuma ser previa a uma atividade. E pode ser realizada durante a
própria situação de aprendizagem, quando identificamos como o aluno interage com os
conteúdos e transforma seus conhecimentos.
A avaliação pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades que
compõe uma unidade didática para analisar a aprendizagem que ocorreu bem como
necessidade de retomada pelo professor e a avaliação de seu próprio trabalho junto
aos alunos.
Tendo em vista o acima especificado usaremos os seguintes critérios:
• Criatividade
• Originalidade
• Técnica
• Estética
• Composição de acordo com o tema
A recuperação de estudos será realizada retomando-se os conteúdos com explicações
e atividades direcionadas às dificuldades, avaliando-se novamente quando necessário.
BIBLIOGRAFIA
- BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental - PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS: ARTE, 1997.
- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - DIRETRIZES CURRICULARES DO
ENSINO MÉDIO, 2006.
- PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Bela Vista da Caroba - Colégio Estadual
Santo Antão – Ensino Fundamental e Médio, 2007.
- CADERNOS TEMÁTICOS - Educando para as relações étnico-raciais.
- DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS para a educação das Relações
Étnico-Raciais e para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.
- GARCEZ, Lucília; OLIVEIRA, Jô.Explicando a arte brasileira. Rio de Janeiro:
Ediouro,2003.
- CUMMING, Robert. Para entender a arte. São Paulo: Ática,1995.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida e muitos conceitos
foram elaborados ao longo da história da humanidade a cerca desse fenômeno com o
intuito de explicá-lo e compreendê-lo.
Desde a antiguidade os filósofos Platão e Aristóteles deixaram contribuições
relevantes quanto à classificação dos seres vivos. Na Idade Média repercutiu-se a visão
teocêntrica que o que não podia ser explicado na natureza, era vontade divina.
Entre a Idade Média e a Idade Moderna ocorreram mudanças que ampliaram
a sociedade comercial e quebraram o poder arbitrário da Igreja que exercia forte
influência nas ciências.
O naturalista Carl Von Linné fundou mais tarde, o sistema moderno de
classificação científico dos organismos, propondo a organização dos seres vivos a partir
de características estruturais, anatômicas e comportamentais, podendo então comparar
as espécies, o que caracterizou o pensamento biológico descritivo.
Os princípios da origem da vida também foram questionados e Francisco
Redi introduziu as idéias sobre a biogênese e a invenção do microscópio trouxe
grandes contribuições para as ciências biológicas.
No fim do século XVIII e início do século XIX questiona-se o processo
evolutivo dos seres vivos, e estudos de Darwin e Lamarck produziram uma emergente
teoria da evolução derrubando a concepção teológica criacionista para a consolidação
dessa teoria, Darwin foi um dos primeiros a utilizar o método hipotético-dedutivo.
Em 1865, Gregor Mendel apresenta as leis que regulam a hereditariedade,
através de estudos com cruzamentos entre ervilhas.
No século XIX propõem-se a teoria celular com os pesquisadores Mattias
Schleiden e Theodor Schwann que afirmam que todos os seres vivos são formados por
células.
No século XX confirma-se os trabalhos de Mendel e surge o pensamento
biológico evolutivo. Com os estudos de Morgam promove-se a resignificação do
Darwinismo, logo a biologia começou a ser vista como utilitária.
Com o desenvolvimento da genética molecular surge o pensamento biológico
da manipulação genética, o qual põe em discussão as alterações biológicas em virtude
da manipulação genética.
De acordo com as necessidades humanas a ciência busca encontrar
explicações sobre os acontecimentos. Indagar a ciência exige senso crítico e
superação do senso comum, perfazendo assim o conhecimento científico.
O conhecimento é uma construção, um processo inacabado e não se parte
do zero para ampliá-lo, porém o ser humano não deve ter opinião sobre fatos que não
são por ele compreendidos.
Considerando a biologia como parte do processo de construção científica ela
deve ser entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano
de acordo com as necessidades materiais deste em cada momento histórico. E
portanto, sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas
nos contextos social, político, econômico e cultural em diferentes momentos.
A Ciência não somente acumula teorias científicas, mas também cria modelos
padrões e estes promovem mudanças fundamentais na construção de conhecimentos
biológicos.
No que abrange os conteúdos estruturantes, estes nem sempre estiveram
relacionados com a prática pedagógica social de formação do pensamento crítico e
reflexivo do educando, mas voltado a idéia de sociedade de classes, contribuindo assim
para as desigualdades sociais e levando o aluno a memorização dos conhecimentos
biológicos.
Nesse contexto, a biologia deve ser voltada para a formação humana,
promovendo o desenvolvimento da autonomia intelectual do aluno, ou seja, este deve
adquirir a capacidade de guiar-se por si próprio, tomar decisões, desenvolver a reflexão
consciente e crítica do próprio pensamento e saber posicionar-se frente as idéias
advindas do ser cotidiano para assim agir numa transformação social. E para que isso
aconteça, faz-se necessário quebrar os paradigmas de que a Biologia é uma disciplina
de conceitos e sim incorporá-la ao complexo ciência-tecnologia-sociedade, por meio de
conteúdos que proporcionem o entendimento do objeto de estudo - o fenômeno vida,
através da organização dos seres vivos, do funcionamento dos mecanismos biológicos,
do estudo da biodiversidade no âmbito da variabilidade genética, da hereditariedade e
das relações ecológicas e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
Nessa perspectiva, o ensino de Biologia rompe com pedagogias que refletem
as supremacias das sociedades de classes.
A disciplina de Biologia também valoriza as diferenças individuais de cada
aluno, bem como os alunos portadores de necessidades especiais que freqüentam a
rede pública estadual de ensino.
Cabe ressaltar que o método experimental continua sendo o responsável
pelos avanços da pesquisa no campo da biologia, discutindo as implicações desses
avanços para a vida humana e para o meio ambiente. No campo educacional, o
empírico deve ser utilizado para demonstração como recurso do ensino, porém estas
não devem causar danos a fauna nativa, ao ser humano e à biodiversidade.
Logo, propõem-se para o ensino de biologia a pedagogia histórico-crítica, a
qual valoriza o conhecimento prévio do aluno e apropria o aluno do conhecimento
científico enquanto instrumento da compreensão da realidade social e atuação crítica
deste na sociedade.
A Biologia entendida como produto histórico implica na compreensão de
conceitos científicos e constitui disciplina imprescindível na formação do educando, pois
o leva a análise crítica dos acontecimentos atuais gerando discussão a manipulação do
material genético, a clonagem, células-tronco, o surgimento de seres vivos resistentes a
medicamentos e agrotóxicos, a degradação do meio ambiente, ou seja, todo processo
de interferência do ser humano no fenômeno vida e ainda considerando as questões
éticas envolvidas.
OBJETIVOS GERAIS
Compreender a nossa responsabilidade e nossa postura perante as questões
que envolvem a vida, adquirindo conhecimentos biológicos que permitam essa tomada
de consciência crítica nos fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e
biotecnológicos, sendo um ser atuante no seu cotidiano e na sociedade em que vive.
Compreender o mundo, utilizando os recursos naturais de forma sustentável
com respeito à vida humana e de todos os seres vivos, bem como as implicações éticas
no que se refere aos avanços biotecnológicos, tornando o aluno um sujeito pensante
capaz de agir com responsabilidade consigo, com os outros e com o ambiente,
levando-o a percepção do complexo ciência-tecnologia-sociedade.
O ensino de Biologia contemplará a valorização da cultura afro-brasileira,
abordando na medida do possível temas relevantes à essa questão, como a anemia
falciforme, hipertensão arterial, a evolução humana e o surgimento das raças, porém
cabe salientar que abordará também o combate ao racismo e a importância dos negros
na constituição da nação brasileira.
Além disso, o ensino de Biologia abordará a educação fiscal, levando o aluno
a refletir a função socioeconômica do tributo e a sua importância para o pleno exercício
da cidadania.
O ensino de Biologia contemplará a sexualidade humana a fim de levar o
educando à ter consciência das mudanças durante a adolescência e de que nem todos
os indivíduos apresentam modificações comportamentais, anatômicas e fisiológicas
com a mesma idade, bem como conhecer e saber proteger-se das doenças
sexualmente transmissíveis e assimilar que a sexualidade faz parte da vida das
pessoas.
O aluno deverá desenvolver uma postura critica e consciente em relação as
questões ambientais, propagar práticas e medidas de preservação ambiental,
respeitando e valorizando todas as formas de vida e o meio ambiente.
Valorizar o bem-estar, a qualidade de vida, reconhecendo que o uso de
substancias tais como: cigarro, álcool e drogas comprometem à saúde.
Assegurar a dignidade da criança e do adolescente, pondo-os salvos de
qualquer tratamento desumano, violento, respeitando sua integridade física, psíquica e
moral.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes do ensino de Biologia são mecanismos
biológicos, organização dos seres vivos, biodiversidade e implicações dos avanços
biológicos no fenômeno vida, estes devem ser articulados entre si para uma melhor
aprendizagem.
1ª SÉRIE
MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Características dos seres vivos
- Água e sais minerais
- Lipídios e carboidratos
- Proteínas
- Ácidos nucléicos
- Membrana, citoplasma e núcleo celular
- Divisão celular
- Metabolismo
- Fermentação, respiração, fotossíntese
- Histologia animal
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Níveis de organização
- Vírus
BIODIVERSIDADE
- Evolução da célula
- A evolução das moléculas e o surgimento da vida.
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA
- Projeto Genoma Humano
- O código genético
2ª SERIE
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Taxonomia
- Vírus
- Reino monera
- Reino protista
- Reino fungi
- Reino plantae
- Reino animal
- Poríferos
- Cnidários
- Platelmintos e nematelmintos
- Moluscos e anelídeos
- Artrópodes e equinodermos
- Cordados
- Histologia animal
- Histologia vegetal
MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Metabolismo e nutrição
- Digestão
- Circulação
- Respiração; Excreção; Sistema Nervoso e Endócrino
- Os sentidos
- Locomoção
- Reprodução Humana e Embriologia
- Sistema imunológico
- Fisiologia vegetal
BIODIVERSIDADE
- Diversidade de seres vivos e processos evolutivos
- Relações ecológicas: liquens, micorrizas, mutualismo
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA
- Melhoramento genético
- Higiene e parasitoses
- Importância médica das bactérias
- Fungos e biotecnologia
- Biotecnologia e reprodução humana
3ª SERIE
MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Os trabalhos de Mendel
- Primeira Lei de Mendel
- Genética e probabilidade
- Alelos múltiplos
- Cromossomos sexuais e herança
- Segunda Lei de Mendel
- Interação gênica e herança quantitativa
- Anomalias genéticas
- Linkage
- Genética de população
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Ecologia e níveis de organização
- Sucessões ecológicas
BIODIVERSIDADE
- Herança quantitativa
- Herança do sexo
- Evolução
- Teoria da evolução
- Causas genéticas da variação
- Especiação
- Origens da espécie humana
- Energia e matéria nos ecossistemas
- Interações biológicas
- Bioma e fitogeografia do Brasil
- Interferência do ser humano no meio ambiente
- Idéias de Lamarck e Darwin
- Fluxo de energia e de matéria
- Ciclos biogeoquímicos
- Desequilíbrios ambientais
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA :
- Biotecnologia
- Clonagem
- Células-tronco
- Transgênicos
- Controle biológico
- Terapia gênica
- Bioética
- DNA recombinante
- Terapia gênica
- Vacinas gênicas
METODOLOGIA
Dentre as estratégias para a abordagem dos temas propostos, incluem-se:
- Aulas dialogadas, textos científicos, análise de filmes e
documentários;
- Pesquisas na Internet, livros e revistas;
- Debates de temas biológicos;
- Seminários, desenvolvendo a escrita, a expressão oral e a
criatividade na confecção de cartazes e transparências;
- Jogos, brincadeiras, paródias com o conteúdo científico;
- Trabalhos em grupos, desenvolvendo a autonomia, divisão de
responsabilidade e comunicação entre os colegas;
- Estudos do meio, avaliando e analisando as condições ambientais;
- Experimentação em laboratório e experimentos simples em casa ou
na escola que propiciem a investigação científica;
- Formas diferenciadas, por exemplo: Com os alunos portadores de
necessidades especiais, o currículo será adaptado ao nível do educando, será auxiliado
mais individualmente pelo professor e receberá auxílio dos colegas no desenvolvimento
de atividades.
AVALIAÇÃO
Os critérios utilizados será o nível de apropriação do conhecimento científico
e ainda o quanto o aluno consegue relacioná-lo aos aspectos sociais, políticos,
econômicos, éticos e históricos.
Os instrumentos avaliadores serão provas dissertativas e/ou alternativas,
observação contínua em sala de aula, trabalho individuais ou em grupo, relatórios de
expressões orais e participação nas questões discutidas de atividades e experiências
vivenciadas em classe ou no laboratório.
A recuperação de conteúdos será realizada da seguinte forma, será revisado
o conteúdo através de metodologias diversificadas, já especificadas no item anterior,
verificando as dificuldades encontradas pelos alunos para assim aplicar a avaliação de
recuperação que pode ser através de trabalhos orais, escritos ou prova escrita. Esta
recuperação será paralela à cada avaliação e com o mesmo peso e, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico do Colégio Santo Antão, prevalecerá a média de ambas.
BIBLIOGRAFIA
- AMABIS, J. M. Martho, G.R. Biologia. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2004.
- BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio . Biologia, 2006.
- CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo. FTD.2002.
- Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias / Secretaria da
Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, 2006. Volume 2.
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação da s Relações Étnico-
raciais e para o Ensino de História e cultura Afro- brasileira e Africana ,
2005.
- FONSECA, Albino. Biologia. Coleção Horizontes, São Paulo.
- LAURENCE, j. Biologia - 1ª edição, São Paulo, Nova Geração, 2005.
- LOPES, Sonia . ROSSO, Sergio. Biologia. São Paulo Saraiva, 2005
- PAULINO, Roberto Wilson. Biologia Atual : Ática, São Paulo, 2002.
- Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão – Ensino
Fundamental e Médio: Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Educação Física segundo a expressão do filósofo português Manuel Sérgio –
é o ramo pedagógico da Ciência da Motricidade humana, ciência esta da compreensão
e explicação da conduta motora humana, ou seja, o corpo é sede de toda
aprendizagem. O corpo é um campo de expressão e o movimento um meio de a
expressão se realizar, e é através da Educação Física que a criança descobre suas
possibilidades cinéticas.
Ao realizar tarefas a criança está construindo conceitos de coordenação,
equilíbrio, etc. O homem em movimento em suas diferentes formas de manifestações.
A Educação Física, como uma das disciplinas de tradição curricular do
Ensino Médio, contribui, nessa concepção, para a formação do sujeito crítico que
compreende o mundo em que vive e as relações complexas que o envolvem.
É fundamental que se crie as condições de transmissão e assimilação do
conhecimento. Significa dosar e seqüênciar esse saber de modo a que o aluno passe a
dominá-lo. Para Saviani (1991:26), o “saber escolar é o saber dosado e seqüenciado
para efeito de sua transmissão-assimilação no espaço escolar ao longo de determinado
tempo”.
Através dos Conteúdos Estruturantes: Ginástica; Esporte; Dança; Lutas e
Jogos, deve-se como ação pedagógica da Educação Física, estimular a reflexão sobre
o acervo de formas e representações do mundo que o homem tem produzido e
exteriorizado pela expressão corporal, tendo este melhores condições de abstração,
capacidade física e intelectual, onde os conteúdos supracitados serão abordados nos
aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e culturais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Compreender a cidadania e posicionar-se de maneira crítica,
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como
forma de mediar conflitos e de tomar decisões;
- Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal
que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da
cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela
mídia e evitando o consumismo e o preconceito;
- Capacidade de criar ou transformar no esporte e na convivência social
atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser
humano e um direito do cidadão;
- A aprendizagem acontece na medida em que as aulas vão se
desenvolvendo, onde os fatores físicos e cognitivos serão observados;
- Capacidade de reproduzir com uma certa habilidade os gestos concretos
exercitados e assimilar normas de condutas e aplica-las na prática.
CONTEÚDOS
1º ANO
- A importância da Educação Física e suas funções ;
- O valor e uso do lazer ;
- A Educação através do esporte: basquete, voleibol , futsal , handebol, atletismo ;
• . Estudo das variações e adaptações do desporto ;
• . Valor do jogo ;
• Aprofundamento das regras ;
- Atividades rítmicas ;
• Estudo histórico e prática da dança ;
- Educação para a saúde: Hábitos alimentares;
- A ginástica : suas funções.
- Jogos intelectivos.
2º ANO
- Cultura do movimento ;
- O valor e uso do lazer ;
- A educação através do esporte ;
• Estudo das variações e adaptações do desporto ;
• Valor do jogo ;
• Aprofundamento das regras oficiais ;
• Política desportiva – Doping ;
- O estudo histórico das danças folclóricas ;
- Educação para a saúde: Mídia X Corpo saudável;
- Ginástica : Suas funções e aplicabilidade ;
- Jogos intelectivos .
3º ANO
- Significado das atividades físicas para uma prática permanente ;
• Organização de programas para atividades físicas ;
• Construção da saúde voltada para o trabalho;
• Metodologia para prática de atividades físicas ;
- A Educação através do esporte – Política :
• Jogos ;
• Organização desportiva – Doping ;
• Influência da mídia e marketing ;
- O estudo das danças regionais folclóricas ;
- Ginástica : suas funções , aplicabilidade e classificação ;
- Jogos intelectivos.
METODOLOGIA
O estudo do corpo em movimento na Educação física objetiva, atingir a
consciência do domínio corporal, trabalhando através do pressuposto dos movimentos.
Sugere-se que o professor desenvolva abordagens diferenciadas para os jogos e
modalidades esportivas a partir, não do gesto técnico e sim do significado que os
fundamentos desses jogos e modalidades possuem.
A aula, nesse sentido, aproxima o aluno da percepção da totalidade das
suas atividades, uma vez que lhe permite articular uma ação (o que faz), com o
pensamento sobre ela (o que pensa) e com o sentido que dela tem (o que sente).
Para tanto faremos uso de:
- Vídeo e DVDs – selecionar temas voltados á prática educativa, formativa
e corporal. Levar os educandos a uma reflexão com os temas abordados e trabalhados
visualmente.
- Pesquisas em jornais, revistas e internet – estimular a leitura e a busca do
“saber” atualizado, levando-os a um conhecimento mais amplo, complementando os
conteúdos trabalhados.
- Trabalhos em equipes – Ao se trabalhar em equipe, as características
individuais e as vivências de cada um serão levados em conta, levando o grupo a
socializar seus conhecimentos e afetivamente, onde “um será por todos e todos por
um”, na busca dos objetivos afins.
- Teatro - O teatro não deverá ser vista só como apresentação. Há toda
uma série de momentos educativos que antecedem a apresentação: a leitura, a
descoberta da temática, a distribuição de papéis, o cenário, o figurino, a convivência
nos ensaios, a crítica, a auto-imagem, o respeito pelas qualidades e limites de cada um.
O amor à arte, á escola e à vida. que se constrói no grupo,
- Atividades lúdicas – O “brincar”, desempenha um papel de grande
relevância no desenvolvimento cognitivo, interativo, afetivo, social, envolvendo o ser
humano por inteiro. Ou seja, ao brincar ele estará “criando” e “aprendendo”
- Jogos com regras – O jogo não é apenas um divertimento, pois ao utilizar-
se da regra a criança aprenderá as suas significações, implicações e conseqüências
pedagógicas, políticas e sociais.
- Atividades extra-classe – Passeios ciclísticos, caminhadas, palestras
com: nutricionistas, fisioterapeutas, médicos, psicólogas, com ênfase na qualidade de
vida, relacionada à atividade física. Gincanas recreativas e culturais. Intercâmbio com
outras escolas, semana cultural, Fera, jogos (JOCOPs e JEIs), aula de leitura, Oratória,
amostra de xadrez, festival de danças folclóricas, semana do Atletismo.
AVALIAÇÃO
A partir da referência sobre a avaliação nas primeiras aulas que servirá de
diagnóstico para o processo subseqüente, o professor terá uma visão dos saberes
acumulado e das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos apropriados
por eles durante as séries anteriores. Uma vez detectado o grau de conhecimento e de
dificuldade dos educandos, serão elaborados e sistematizados os conteúdos que serão
aplicados no decorrer das aulas, mesmo que para isso faz-se necessário retomar
conteúdos anteriores.
A avaliação se dará de forma efetiva, presente e contínua; os alunos serão
avaliados pelo domínio das atividades propostas e pelos progressos alcançados, ou
seja, a avaliação está baseada ao PPP do colégio com critérios estabelecidos de forma
clara, a fim de priorizar a qualidade do ensino, visando aspectos quantitativos de
mensuração do rendimento do aluno, como: gestos técnicos, destrezas motoras,
qualidades físicas e conhecimentos teóricos.
Após cada avaliação do conteúdo será feita a recuperação paralela, par ao
aluno que não apropriou-se do mesmo, usando dos critérios citados no Projeto Político
Pedagógico, onde será feita uma média entre a avaliação e a respectiva recuperação.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná. 2006.
- KISHIMOTO, Tizuko M. (org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª
ed. São Paulo: Cortez, 2005.
- LDB/9394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação .
- Metodologia do Ensino de Educação Física /coletivo de autores.-São Paulo:
Cortez, 1992. Série formação do Professor.
- PPP – Projeto Político Pedagógico – Colégio Est. Santo Antão – Ens. Fund. e
Médio – Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
A Diretriz Curricular de Filosofia foi construída tendo como referência a
História da Filosofia e seu ensino.
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a história da Filosofia
traz consigo o problema de seu ensino. Esse problema já estava presente no embate
entre pensamento de Platão e as teses dos sofistas.
A preocupação maior com a delimitação de metodologia para o ensino de
filosofia assunto debatido na história da disciplina é garantir que os métodos de ensino
não lhe deturpem o conteúdo. Uma das características da Filosofia que como lição
preliminar a qualquer conteúdo filosófico deve ser bem compreendida.
Isso não significa que a Filosofia seja um conhecimento cujo trabalho termine
tão logo a ciência encontre resposta eficaz para um determinado problema. A Filosofia
se ocupa de questões cujas respostas estão longe de se obter pela ciência.
Examinemos o que nos diz Ferrater Mora (2001):
“Um dos maiores problemas é que quando se tenta desenvolver seu
conteúdo é preciso abandonar freqüentemente co tipo de pensamento propriamente
filosófico e se referir antes ao pensamento religioso ou até mesmo as formas mais
gerais da cultura correspondente.. quando essa referência constitui o horizonte cultural,
histórico ou espiritual dentro da qual a filosofia, a desvantagem a que aludimos não é
considerável, mais ainda, referência pode ajudar a compreender melhor o pensamento
filosófico que se trata de esclarecer.
Esta diretriz de Filosofia faz a opção pelo trabalho com conteúdos
estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da
história da Filosofia e de seu ensino, em épocas contextos e sociedades diferentes e,
que, tendo em vista estudante de ensino médio, ganham especial sentido significado
político, social e educacional.
Os conteúdos estruturantes desta diretriz - mito e filosofia, teoria do
conhecimento, mito, ética, filosofia política da ciência - estão presentes em todos os
períodos da história da Filosofia – no antigo, no medieval, no moderno e no
contemporâneo, e estética.
O pensamento contemporâneo é resultado da preocupação do homem,
principalmente no tocante à sua historicidade sociabilidade, secularização da
consciência e do antidogmatismo.. Esse período da história da Filosofia, a partir do
século XIX é marcado pelo pluralismo filosófico o que permite pensar de maneira
bastante específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados nesta diretriz.
Com a proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos
currículos oficiais, figurando até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não
significou, porém, um movimento de crítica a configuração social e política brasileira,
que nesse período oscilou entre democracia formal, o populismo e a ditadura.
Com a lei 4.024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória, sobretudo, com a Lei
5692?71, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço par co ensino de
filosofia, que desapareceu totalmente dos currículos escolares do segundo grau
durante a ditadura, principalmente por não servir aos interesses econômicos e técnicos
do momento.
O pensamento crítico deveria ser reprimido bem como as possíveis ações
decorrentes dele.
Para Geraldo Horn (2002), as discussões e movimentos pelo retorno da
Filosofia ao ensino médio ocorreram a partir da década de 80 em vários estados do
Brasil. A mobilização desse período ocorrida nos grandes centros foi essencial para a
criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (SEAF), a experiência foi
significativa, mas não duradoura.
Por iniciativa do Departamento de Ensino Médio (denominado em 1994
Departamento de Ensino de segundo grau), iniciaram-se discussões e estudos voltados
à elaboração de uma proposta curricular de Filosofia para o Ensino de segundo grau.
A partir da LDB de 9394/96 o ensino de Filosofia no nível médio começa a
ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais seja de manter a
Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. A Filosofia procura
tornar vivo o espaço escolar onde sujeitos exercitam a inteligência buscando diálogo e
no embate entre as diferenças e sua convivência e a construção de sua história.
Ao ler a história da disciplina de filosofia percebem-se duas tendências. A
primeira pela busca de afirmar-se como disciplina e de garantir seu espaço nos
currículos escolares, sempre a necessidade de justificar-se perante ass demais
disciplinas diante da insistente pergunta: Para que filosofia? Vivemos ainda um
momento de defesa da disciplina na luta por seu lugar no currículo escolar.
Não menos importante, a segunda questão presente na história da disciplina
refere-se à questão: qual filosofia ensinar? Esta remete-se ao conteúdo da filosofia me
também ao método de ensino, que trata de que filosofia e de que filosofia esta diretriz
esta tratando. E ainda nos remedia: filosofar para que?
Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis estudos dos
valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a filosofia gira basicamente em
torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por
sua vez devidamente utilizados, geram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam muitas ações e transformações.
Considera-se que a filosofia como disciplina na matriz curricular do Ensino
Médio pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo.
Nesta perspectiva esta diretriz curricular para o ensino de filosofia indica que
não é possível filosofar sem filosofia e estudar sem filosofar. Portanto, entende-se que o
ensino da filosofia pode ser um espaço de estudo da filosofia e do filosofar.
A agenda 21 prevê iniciativas e ações voltadas para a melhoria e qualidade
de vida de toda a população. Não podemos, no entanto fazer agenda 21 uma simples
listagem que a prefeitura e o Estado devam resolver. A participação de todos os setores
sociais é condição indispensável para a sua construção e as soluções sempre s devem
ser buscadas de forma criativa.
Dentro da disciplina de filosofia pode-se trabalhar a agenda 21 de várias
formas, através de textos reflexivos, refletindo sobre a importância do meio ambiente,
resgatando valores e conscientização da preservação do meio ambiente, criar projetos
que envolvam o meio ambiente como fonte de pesquisa, e que envolvam a
comunidade, pois a escola influencia mas também é influenciada pelos movimentos
sociais.
A Filosofia como disciplina de ensino, é um conjunto de conhecimentos que
tem características próprias, e que globaliza e dá sentido as outras áreas de
conhecimento, direcionando sua utilização, avaliação, eticamente o sentido moral da
aplicação que se faz as descobertas cientificas.
Cabe ao professor possibilitar, a compreensão através de condições teóricas
para a superação da consciência ingênua o despertar da consciência critica, pela qual a
experiência vivida é transformada em experiências compreendida, isto é em saber
elaborado.
OBJETIVOS GERAIS
- Desenvolver o conhecimento e a reflexão lógica, enriquecendo o
pensamento e o agir, criar condições para trabalhar a diversidade de opiniões, o
respeito à vida, resgatando valores éticos, estéticos e morais.
- Desenvolver a cidadania, estimular o raciocínio do educando com textos,
reflexões e discussões que auxiliarão a reflexão do aluno;
- Desenvolver as relações interpessoais e intrapessoais, trabalhando a
inclusão, o lado humano para o melhor relacionamento pessoal e social, sem
discriminação e preconceito.
- Distinguir as diversas visões de pensamento e sua influencia no mundo
contemporâneo.
- Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
o exercício de direito e deveres políticos, civis e sociais.
- Desenvolver a percepção e apreensão da realidade como a ação
consciente e fundamentada na razão, assegurando um futuro melhor.
- Trabalhar a questão cultural discutindo as relações étnico- raciais,
influenciando o pensamento do educando sobre a questão afro-brasileira.
- Desenvolver a habilidade do senso crítico de cada educando, a cidadania,
criando a consciência da fiscalização dentro da educação fiscal sabendo dos deveres e,
também os seus direitos.
CONTEÚDOS E CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
3º ANO
Mito e filosofia
• Introdução • Relação Mito e Filosofia
Teoria do conhecimento
• O problema do conhecimento
• Filosofia e Método
• Perspectivas do conhecimento
Ética
• A virtude em Aristóteles e Sêneca
• Amizade
• A liberdade
• Liberdade em Sartre
Filosofia política
• Ideologia e alienação
• Em busca da essência da política
• A política em Maquiavel
• Política e Violência
• A democracia e a ética na política
Filosofia da ciência
• Progresso da ciência (constituição, limites e críticas)
• Pensar a Ciência
• Bioética
Estética
• Pensar a beleza
• A universalização do gosto
• Necessidade da arte
• O cinema e uma nova percepção
• Relação arte e Filosofia
METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos de filosofia e seus conteúdos específicos se
dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação, a
pesquisa.
O conceito de Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma
imagem; da leitura de um texto literário ou jornalístico, a isso chama-se de
sensibilização. A problematização ocorre quando professor e estudantes, a partir do
conteúdo em discussão levantam questões, identificam e investigam o conteúdo.
É imprescindível que o ensino de filosofia seja permeada por atividades
investigativas individuais e coletivos que organize e oriente o debate filosófico dando-
lhe um caráter dinâmico e participativo. O ensino de filosofia, uma vez que articula
vários elementos pressupõe um bom planejamento que inclua leitura, debate, produção
de textos, entre outras estratégias a fim de que a investigação seja de fato a diretriz de
ensino.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que na busca de resolução do problema, haja preocupação
também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que
remeta ao estudante a sua própria realidade.
Dessa forma, partindo de problemas atuais estudados a partir da história da
filosofia, do estudo de textos clássicos, de interpretação científica e de sua abordagem
contemporânea, o estudante do ensino médio pode formular seus conceitos, construir
seu discurso filosófico. Para que isso aconteça deverá centrar-se em filósofos clássicos.
A metodologia deve estar voltada para a construção da identidade pessoal e
social do educando, na formação de uma personalidade democrática, considerando a
vivência do aluno e do professor, a participação social, a organização e a preparação
para o exercício da cidadania.
A preocupação com a coerência entre os pressupostos pedagógicos e o
desenvolvimento integral da pessoa, tem em vista o compromisso com a transformação
social, ajudando a pessoa a harmonizar consigo mesma e com os outros. Valorizando
sempre a bagagem de conhecimento e cultura que devem ser levados em consideração
e tomados como referencial para o desenvolvimento dos conteúdos.
Por isso é importante usar procedimentos pelos quais os alunos possam se
expressar e desenvolver o intelecto, a sensibilidade, a intuição, tais como: diálogo,
entrevistas, experiências, questionamentos, observações, reflexões, relatos etc.
Dentro de cada conteúdo serão incluídos as temáticas referentes a
Educação Fiscal, cultura Afro-brasileira e Africana, inclusão social, preservação e
promoção à vida. Estas temáticas serão trabalhadas em forma de atitudes, posturas e
valores, não necessariamente em forma teórica.
A disciplina de Filosofia pode ser trabalhada em forma de textos reflexivos,
debates, seminários e dados estatísticos relacionando as diversas formas do contexto
social. Inserindo a Educação Fiscal através de palestras, mesa redonda,
teleconferência sobre os direitos e deveres do cidadão, incluindo a Constituição de
1988.
AVALIAÇÃO
A filosofia como prática discussão e como construção de conceitos
encontra seu sentido na exposição de pensamento filosófico. Entendemos por
experiência esse acontecimento, imantado que o educador pode propiciar, preparar,
porém não determinar e menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na função diagnóstica, isto é, ela tem
finalidade em si mesma, mas função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da
ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que
professores e estudantes e a própria instituição estão construindo coletivamente. Assim,
não só o aluno será avaliado e, sim os resultados da prática pedagógica do professor.
A avaliação não se resumiria apenas a perceber o quanto o aluno
assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, do texto, ou dos problemas
filosóficos, nem incluir examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema, o
ensino de filosofia, é acima de tudo um grande desafio.
Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois esta em jogo a capacidade dele de
argumentar e de identificar os limites e posições. O que deve ser levado em conta é a
atividade de construção de contatos, de detectar os princípios e interesses aos temas
em discussão. A avaliação dentro da disciplina de filosofia é constante, em forma de
trabalhos, produções, interpretações, debates, expressas em forma oral e escrita, com
atividades em sala de aula.
O professor, ao observar a dificuldade de aprendizagem apresentada pelo
seu aluno, deverá verificar se a metodologia por ele utilizada está adequada para este
aluno, caso necessário repensar sua prática pedagógica, se for preciso modificá-la caso
as dificuldades deste aluno não forem supridas, deverá procurar apoio com a equipe
pedagógica da escola, objetivando organizar, em conjunto um plano de trabalho, a fim
de equacionar e,ou minimizar a problemática detectada.
Promover debates, onde cada grupo expõe o seu assunto, fazendo
discussões onde o professor analisará cada um pelo seu desempenho.
Através de debates, produções e interpretações o educando esclarece o
pensamento, sobre determinados assuntos, ajudando a clarear as idéias, organizando o
pensamento podendo melhorar suas escolhas e garantindo a participação dos alunos
que ainda não conseguem se expressar oralmente.
A recuperação será feita através de trabalhos orais e escritos e
concomitantemente com os conteúdos trabalhados.
BIBLIOGRAFIA
- Apostila NOBEL DE ENSINO de Filosofia;
- CHAUÍ, Marilena – Convite à Filosofia . 12ª ed. – Ed. Ática, 2001.
- COTRIM, Gilberto – Fundamentos da Filosofia . 13ª ed.- Ed. Saraiva, 1997.
- Geovani Reali, Dario Antiseri - ed. Coleção de Filosofia – Editora Paulos
- MORGAN, Nestor Luiz – Filosofia para o século XXI: um novo milênio / Nestor
Luiz Morgan. 2ª ed. – Francisco Beltrão, PR, 2000.
- Orientação Diretrizes Curriculares
- Orientações Curriculares de Filosofia – Secretaria de Estado da Educação do
Paraná- 2006.
- TELES, Luiza Maria Silveira– Filosofia para jovens: uma iniciativa à Filosofia /
Maria Luiza Silveira Teles. Petrópolis, RJ; Vozes,1996.
- VEM PORTAL – DEM – Filosofia folhas.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FÍSICA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Física permite a quem dela se utiliza construir modelos práticos para a
melhor compreensão de fenômenos naturais e evoluções do mundo tecnológico e, ao
mesmo tempo permite desenvolver novas fontes e criar novos materiais incorporando a
formação teórica científica com práticas concretas. É importante que ela seja
apresentada como um processo histórico, objeto contínuo na transformação e
associação com outras formas de expressões e produções humanas.
O ensino (estudo) da Física, no Ensino Médio, contribui para a formação de
uma cultura científica que permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a
natureza. Entretanto, os conhecimentos desenvolvidos pela Física, e que são
apresentados aos estudantes, não são coisas da natureza, ou a própria natureza , mas
modelos de elaborações humanas. Muitos foram os estudos e contribuições, mas a
História da Física nos mostra que até o Renascimento a maior parte da ciência
conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, a Astronomia geocêntrica de
Ptolomeu e a Física de Aristóteles, a qual foi bastante divulgada na Idade Média a partir
de traduções dos Árabes.
Observa-se através da prática pedagógica, a fragilidade e a descontinuidade
do programa de ensino da Física, o que contribui para uma espécie de vazio no qual ele
transmite, mas também, para deficiências na formação do indivíduo, percebe-se que
produz um saber ilusório e frágil, sem associação com a realidade concreta.
Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurado por
Galileu Galilei, com uma nova forma de se conceber o universo, através da descrição
matemática dos fenômenos físicos, buscando descrever um fenômeno partindo de uma
situação particular, por exemplo, a queda de um corpo sob a ação da gravidade.
Inaugura-se então as bases da ciência moderna, que, a partir de uma situação
particular chega ao geral, tornando possível construir leis universais.
A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a
idéia de que o universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida como
mecanismo, e está alicerçada em dois pilares; a Matemática, como linguagem para
expressar leis, idéias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a
experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar
idéias de testar nossos modelos.
O Iluminismo, movimento filosófico que serve de sustentáculo teórico para a
Revolução Francesa, foi um movimento em oposição ao Absolutismo, e teve origem, do
ponto de vista científica, em Descartes e Newton dos quais herdou suas idéias.
Os projetos desenvolvidos no país influenciaram e inspiraram mudanças nos
projetos curriculares, assim os modelos utilizados para introdução dos conceitos físicos
ainda são idealizados como se fossem coisas reais, verdades absolutas.
Dessa forma, esta diretriz busca construir um ensino de Física centrado em
conteúdos e metodologias capazes de levar, aos estudantes uma reflexão sobre o
mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura
racionalidade científica, bem como em suas estratégias de ensino e atividades com
experiências de vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagens vinculadas
às suas relações com pessoas negras, brancas, mestiços, assim como as vinculadas às
relações entre negros, indígenas e brancos no conjunto da sociedade. Entende-se
então, que a física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento
de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da
história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo
e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.
E é nesse contexto que a Educação Fiscal se alinha em um amplo projeto
educativo, propiciando o bem-estar social, conseqüentemente da consciência cidadão e
da construção do conhecimento cientifico sobre os direitos e deveres de sua cidadania.
Assim, elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes, os quais foram
indicados tendo em vista a evolução histórica das idéias e conceitos da Física, a prática
docente e o entendimento, pelos professores de que o ensino Médio deve estar voltado
á formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da natureza
das produções e das relações humanas, para tanto é necessário fazer uma inclusão
educacional responsável. Mas a inclusão antes de ser educacional é social, portanto, é
uma conquista de toda a sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento
não ocorre num espaço sócio-cultural vazio, mas é condicionado por fatores externos
que influenciam no ensino da Física ressaltando que o mesmo busca objetivos, como:
- Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, permitindo ao
indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais redimensionando
sua relação com a natureza em transformação.
- Permitir elaborar modelos de evolução cósmica, investigar mistérios do
mundo microscópico, das partículas que compõem a matéria e, ao mesmo tempo,
permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais.
- Decifrar o universo Físico, determinando a necessidade humana de resolver
problemas práticos e necessidades materiais em determinada época.
- Desafiar a atividade científica que seja vista como uma atividade humana,
com seus acertos, virtudes, falhas e limitações.
- Possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas. Isso ocorre quando o aluno
consegue desenvolver suas próprias potencialidades para exercer seu papel na
sociedade, compreender as etapas do método com temas do cotidiano que se articulam
com outras áreas do conhecimento.
- Garantir que as necessidades especiais do aluno com suas habilidades e
condições estabeleça e desenvolva sua potencialidade dentro de suas limitações.
- Observar as transformações dos fenômenos naturais que interferem com o
meio ambiente e o ensino da Física, que terá um significado real quanto a
aprendizagem partindo de idéias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MOVIMENTO
TERMODINÂMICA
ELETROMAGNETISMO
CONTEUDOS ESPECIFICOS
• MOVIMENTO
• HISTÓRIA DA FÍSICA
- Repouso, Movimento e Referencial;
- Velocidade escalar média e instantânea;
- Movimento uniforme;
- Gráficos do movimento uniforme;
- Aceleração escalar média e instantânea;
- Equação de Torricelli
- Vetores;
- Força;
- Leis de Newton;
- Leis da gravitação universal
- Inércia e Momentun;
- Ondas;
- Hidrostática;
- Pressão;
- Empuxo;
- Fluidos;
- Velocidade da luz;
• Termodinâmica;
- Temperatura;
- Calor;
- Escalas termométricas;
- Leis de Kelvin;
- Dilatação térmica;
- Termometria;
- Colorimetria;
- Transmissão de calor;
- Estudo dos gases;
- Mudanças de fases;
• Eletromagnetismo
- Fenômenos da luz;
- Astronomia;
- Astronáutica;
- Espelhos;
- Fenômenos e momentum;
- Eletricidade e magnetismo;
- Corrente elétrica e campo elétrico;
- Potencial elétrico;
- Fenômenos magnéticos;
- Indução magnética;
- Força magnética;
- Lei de Coulomb;
- Potencial elétrico;
METODOLOGIA
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o como
ensinar, ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor
para efetivar o ensino-aprendizagem. É importante que o processo de ensino-
aprendizagem, em Física, parte do conhecimento prévio dos estudante, onde se
incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a
ciência tem um conceito científico.
Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no deu
dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que,
na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-
aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no
ambiente escolar.
Sabe-se da importância da linguagem matemática na física, mas os modelos
criados quase sempre são escritos pelos cientistas para seus pares. Falar com
estudantes é diferente; é preciso levar em conta seu grau cognitivo, o meio social onde
ele está inserido dentre outras coisas. Isso permitirá definir um método de abordagem
pedagógica para que o estudante chegue ao conhecimento cientifico. O professor pode
e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas entende-se que a
resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses.
Temos hoje muitos trabalhos, resultado de inúmeras pesquisas em ensino de
Física cujo tema é a experimentação. Elas são unânimes em considerar a importância
da experimentação para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos. No entanto,
analisando e descrevendo situações controladas, essas experiências são efetivadas em
recintos fechados, ou ar livre, em ambiente artificiais ou reais, de acordo com o campo
da ciência que está realizando-as e, se restringem a determinadas manipulações.
Uma atividade experimental privilegia as interações entre os estudantes e,
entre eles o professor, dentro de um contexto especial que á a escola, pode
potencializar o aprendizado.
Além disso, se constituem como um momento privilegiado para o confronto
entre as concepções prévias dos estudantes e a concepção científica, facilitando a
formação de um conceito científico. Para que isso seja possível antes do experimento,
deve ser levantada a idéia espontânea dos alunos, através de questões verbais ou
escritas.
No entanto não existe uma única metodologia, mas um conjunto de
procedimentos que podem facilitar a ação do professor, mas caberá conhecer os
conceitos prévios dos alunos e trabalhar no sentido de apresentar-lhes razões para
uma mudança de cultura e conhecimentos, sem a qual não se dará a aprendizagem de
Física. Portanto, não se trata de elaborar novas listas de tópicos de conteúdos, mas,
sobretudo de dar ao ensino da Física novas dimensões.
AVALIAÇÃO
Nessa perspectivas de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo
fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem como um
todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em Física, mas também o
professor sobre sua prática em sala de aula.
Quando os resultados da avaliação forem insatisfatórios, cabe ao professor
buscar as causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções
observadas ao longo do processo.
O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação
contínua e, produção contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou
em grupos, da elaboração de relatórios de atividades e experiências vivenciadas em
classe ou no laboratório, ou mesmo de provas e testes que sintetizem um determinado
assunto, sendo de forma contínua as avaliações ocorrendo paralelamente a
recuperação dos conteúdos na sala assim trabalhados, com critérios de nível de
apropriação do conhecimento científico e ainda o aluno deve conseguir relacionar os
fenômenos Físicos,sociais econômicos e históricos .
A avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais é
realizada no contexto escolar contando com a participação do professor e da equipe
técnico-pedagógica da escola, de modo processual e contínuo, com o objetivo de
avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidades, assim coma as necessidades
que comprometem o processo de aquisição de aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em
consideração todos os aspectos, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião
que leve em conta o conteúdo físico: a capacidade de elaborar um relatório sobre um
experimento.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com
uma nota, com o objetivo de testar o aluno, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem.
Considera-se assim que a avaliação é um instrumento utilizado para
identificar os níveis de apropriação do aluno,para tanto usa-se uma série de critérios,
oportunizando assim que todos possam expressar o conhecimento da forma que lhe foi
apropriado; os instrumentos figuram como avaliações escritas, apresentações de
experiências, manifestações orais, pesquisas de campo, trabalhos em grupo e
individuais em sala de aula, participação e envolvimento do aluno no processo ensino
aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
Coleção explorando FÍSICA . Volume 07. Ensino Médio.
DCES- Fisica - Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médi o;
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ;
Monografia CEFET - Pato Branco .
Textos da SEED;
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência dinâmica que estuda os fenômenos físicos,
biológicos e sociais, que ocorrem no espaço, analisando as causas e as relações
desses fenômenos. Envolve o estudo do espaço natural e os elementos que compõe,
bem como as transformações que ocorrem com a ação humana no espaço geográfico,
de acordo com os interesses e necessidades existentes na sociedade num dado
momento histórico.
A Geografia na proposta oferece instrumentos essenciais para a
compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender
como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção do espaço, as
singularidades do lugar em que vivemos o que a diferenciam e o aproxima de outros
lugares e, assim, adquirir uma sensibilidade maior dos vínculos afetivos e de identidade
que estabelecemos com ele.
A geografia tem por objetivo estudar as relações do processo histórico na
organização do espaço geográfico por meio da leitura do lugar, da paisagem, da região,
do território, da natureza, e da sociedade. Na busca dessa abordagem relacional,
trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como os fenômenos
sociais, culturais e naturais característicos de cada paisagem, para permitir uma
compreensão processual e dinâmica de sua constituição, para identificar e relacionar
aquilo que na paisagem apresenta as heranças das sucessivas relações no tempo
entre a sociedade e a natureza em sua interação.
O conceito adotado para o objeto de estudo da geografia nas diretrizes
curriculares é o Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado
pela sociedade, composta por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações
sociais, culturais, políticas e econômica) inter-relacionadas. Assim conforme Santos: Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas
também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um
porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos
são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que
se chama a Geografia Humana e através da história desses objetos, isto é, da
forma como foram produzidos e mudam, essa Geografia Física e essa Geografia
Humana se encontram. (1996, p.59).
OBJETIVO GERAL
- Compreender o mundo em que vivemos a partir da relação entre
sociedade/natureza, identificando as reais condições de uso, apropriação e construção
do espaço que vai se configurando com a dinâmica da estrutura e organização da
sociedade, entendendo a cidadania como processo de construção e conquista,
potencializando novas possibilidades de interação, sobretudo no que se refere ao
compromisso de buscar atender as diferenças, direcionando para os alunos com
necessidades especiais de aprendizagens, percebendo-os como parte integrante da
sociedade, respondendo às demandas da diversidade e da pluralidade socioculturais
dos educandos, resgatando valores da cultura afro-brasileira e das relações étnico-
raciais.
CONTEÚDOS
1º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Modos de produção e formação sócio-espacial
- Industrialização clássica, periférica e planejada
- A reestrutura do Segundo Mundo e as economias de transição
- As novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural
- A internacionalização das empresas e a (re)organização da produção
industrial.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território
- Fim do Estado de bem-estar social e o Neoliberalismo
- Questões territoriais indígenas no Brasil
- Relações políticas e de poder nos diversos territórios
- Educação Fiscal: dever e direito para o pleno exercício da cidadania.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A dinâmica da natureza e a questão ambiental
- O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do Planeta
- As atividades humanas e a transformação da paisagem natural nas
diversas escalas geográficas.
- A expansão agrícola e os problemas ambientais no território brasileiro.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- O crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e
econômicas
- Os diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego
- Os movimentos migratórios e suas implicações culturais, econômicas e
sócio-espaciais
- Os aspectos culturais das identidades regionais.
2º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A Revolução Técnico - Científico - Informacional e o novo arranjo do
espaço mundial da produção
- O processo histórico da Industrialização e a distribuição espacial da
indústria nas diversas escalas geográficas
- A industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas
e ambientais
- A circulação de mercadoria, de informação e de capital financeiro nos
diversos territórios
- A modernização da agricultura brasileira e a mudança na organização do
espaço geográfico.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A regionalização do espaço mundial: Blocos Econômicos
- Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano brasileiro
- Conflitos rurais e estrutura fundiária no Brasil
- Relações políticas e econômicas influenciando na organização do espaço
mundial
- Demarcações indígenas do Brasil, Estado, Nação e território.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Recursos naturais: conservacionismo e preservacionismo
- Os recursos hídricos brasileiro e o potencial econômico
- Os impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar e o clima do Brasil
- A industrialização e os impactos sócio-ambientais no espaço urbano
brasileiro.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- A população urbana e a população rural brasileira: composição etária, de
gênero e de emprego
- Os diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no
espaço urbano e rural
- Cultura Afro-Brasileira e às relações étnicos raciais
- As relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação
econômica do país, da região, do lugar.
3° ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A internacionalização do capital e os sistemas financeiros
- A formação dos blocos econômicos regionais
- Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades
grandes, médias e pequenas
- A reestruturação do Segundo Mundo e as economias de transição
- Ocupação e colonização do Estado do Paraná.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- A formação dos Estados Nacionais e as relações internacionais
- Novo papel das Organizações Internacionais – FMI, ONU, etc.
- Redefinições de fronteiras: conflitos étnicos, culturais, políticos,
econômicos e de base territorial
- Territórios urbanos marginais brasileiros - narcotráfico, prostituição, sem-
teto.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Crise ambiental: conflitos e interesses econômicos
- Biotecnologia e os impactos ambientais
- Problemas ambientais dos grandes centros urbanos brasileiro: ocupação
de áreas de risco, encostas e mananciais.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFIC O
- As teorias e as políticas demográficas em diferentes países
- A composição demográfica dos lugares - geração, gênero e etnia
- Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia
- As migrações intercontinentais e suas conseqüências
- A dinâmica cultural brasileira e a produção espacial.
A cartografia, será trabalhada como linguagem no de correr do processo
em todas as séries.
METODOLOGIA
O estudo da Geografia pressupõe a compreensão da dinâmica da natureza e
as modificações que ocorrem como ação do homem, através do trabalho e a dinâmica
da organização sócio-econômica e cultural que determina a construção do espaço
geográfico.
A Geografia vem aprimorando práticas pedagógicas que permitem levar aos
educandos as diferentes situações de vivência com os lugares, de modo que possam
construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito, para que eles
desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da
realidade, buscando dessa forma nortear o ensino da Geografia, induzindo o educando
a percepção de onde ocorrem, quando ocorrem, como ocorrem e porque ocorrem os
fatos. Compreendendo as relações entre sociedade/natureza e potencializando novas
possibilidades de interação, sobretudo no que se refere ao compromisso de buscar
atender as diferenças, direcionando para alunos com necessidades especiais de
aprendizagens, percebendo-os como parte integrante da sociedade; respondendo às
demandas da diversidade e da pluralidade socioculturais dos educandos, bem como os
Desafios Educacionais Contemporâneos (educação ambiental, educação fiscal e do
campo, enfrentamento à violência na escola, história e cultura afro-brasileira, africana e
indígena, prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade).
A construção de uma educação inclusiva exige mudanças de idéias e
práticas, que reconhece e valoriza a diversidade, que atende e garante a participação
de todos na apropriação do conhecimento.
Portanto, cabe a escola, proporcionar acesso aos conhecimentos científicos,
a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações
sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para a consolidação das
nações como espaços democráticos e igualitários, trabalhando pelo fim da
desigualdade social e racial, empreendendo a reeducação das relações étnico-raciais.
Para que isso ocorra, utilizaremos:
- Aulas expositiva e dialogada;
- Aulas com vídeo (filmes, trechos de filmes, documentários) e internet;
- Leitura e interpretação de textos e imagens (fotografias, slides, charges,
ilustrações, posters, cartões postais, outdoors);
- Uso de mapas, tabelas e gráficos;
- Utilização da cartografia nos diferentes recortes espaciais;
- Seminários;
- Júri simulado;
- Trabalho de campo;
- Croquis, maquetes e desenhos;
- Seleção de textos, notícias e reportagens;
- Pesquisas bibliográficas complementares de temas diversos;
- Resolução de exercícios.
AVALIAÇÃO
Somente uma relação dinâmica em sala de aula proporcionará condições
eficazes para que o professor e aluno possam ser capazes de se avaliar, de avaliarem
o conhecimento em questão e de tomarem decisões quanto ao prosseguimento do
processo de ensino.
Na concepção pedagógica da Geografia deve-se priorizar os conteúdos mais
adequados para que os educandos desenvolvam a capacidade de fazer leituras da
realidade em que estão inseridos, não de forma fragmentada, mas dando aos seus
estudos um sentido e um significado no seu cotidiano, podendo perceber sua vida no
lugar interagindo com a pluralidade dos lugares, conseguindo assim observar, explicar,
descrever, indagar e representar a multiplicidade de paisagens e lugares. Ou seja,
implica ir além da simples descrição e enumeração dos elementos visíveis e
perceptíveis da paisagem e penetrar no significado das diferentes configurações
espaciais em toda sua complexidade.
A Geografia escolar tem a função, enquanto disciplina, desenvolver no aluno
o domínio dos conceitos básicos necessários a compreensão do real numa dimensão
de totalidade.
Desta forma, a avaliação torna-se a reflexão reformadora em ação. Ação,
essa, que impulsiona à novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua
realidade e acompanhamento passo a passo do educando na sua trajetória de
construção do conhecimento. É acima de tudo um processo interativo através do qual
os educando e educadores aprendem sobre si mesmos, sobre a realidade escolar e
sobre o próprio ato de avaliação.
O processo de avaliação terá como objetivo principal acompanhar o
desenvolvimento e a participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem.
Para uma avaliação contínua e diagnóstica da aprendizagem do aluno
utilizaremos os seguintes instrumentos e/ou critérios:
- O envolvimento e a participação nas atividades propostas (individual ou
equipe);
- A compreensão e entendimento dos temas desenvolvidos;
- A (re) elaboração de conceitos;
- Leitura e interpretação de textos;
- A coerência e a pertinência das argumentações na elaboração de textos;
- A apresentação e relato das pesquisas bibliográficas;
- Relatório das aulas de vídeo e de campo;
- Participação nas atividades extra-classe;
- Criatividade e iniciativa nas atividades;
- Leitura, interpretação e análise, de fotos, imagens, mapas, maquetes,
desenhos, charges, tabelas e gráficos;
- Testes e provas orais e escritas;
- Apresentação de seminários;
- Construção/elaboração de mapas, maquetes, desenhos, charges, tabelas,
gráficos, álbuns e painéis;
- Recuperação: Após cada avaliação do conteúdo será feita a recuperação
paralela para o aluno que não se apropriou-se do mesmo, usando dos critérios citados
no Projeto Político Pedagógico, onde será feita uma média entre a avaliação e a
respectiva recuperação;
- O professor (a) deve observar, então, se os alunos formaram os conceitos
geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-
natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
BIBLIOGRAFIA
- ANDRADE, M.C. de Geografia Ciência da Sociedade . São Paulo: Atlas, 1987.
______________. Geopolítica do Brasil . São Paulo: Ed. Ática, 1989.
- AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceitos: na escola, alternativas
teóricas e práticas .São Paulo: Summus, 1998.
- ARGHELA, R.S. e GOMES, M.F.V.B. Geografia para o ensino médio : manual
de aulas práticas. Londrina: ed. UEL, 1999.
- ARROYO, Miguel Gonzalez (org). Por uma Educação do Campo . Petrópolis:
Vozes, 2004.
AZAMBUJA, L. A reconstrução da Geografia Escolar . Espaços da Escola. Ed.
Unijuí, ano 3, nº 12, abril/julho, 1994 , p. 31-37.
_____________. O processo de ensino aprendizagem em Geografia: questão
de método. Espaços da Escola. Ed. Unijuí, ano 4, nº16, abril/julho, 1995,
p. 37-43.
- CALLAI, H. O ensino de Geografia: recortes espaciais de análise.
CASTROGIOVANNI, A.C. outros (org). Geografia em sala de aula :
reflexões e práticas. Porto Alegre, AGB, 1998, p. 55-60.
- CRISTOFOLETTI, A. (Org). Perspectivas da Geografia . São Paulo: Difel,
1982.
- DCES - Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná ,
2006.
- DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais para uma Educação das Relações
Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultur a Afro-brasileira e
Africana . Brasília, 2005.
- MAGNOLI, D. Globalização: estado nacional e espaço mundial. São Paulo:
Moderna, 2003.
- MORAES, A.C.R. Geografia Crítica - A Valorização do Espaço . São Paulo:
Hucitec, 1984.
- OLIVEIRA, A.U. Agricultura Brasileira: Desenvolvimento e contradição. IN:
BECKER, B. K. (org). Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo:
Hucitec, 1991.
- PPP - Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Santo Antão - Ensino
Fundamental e Médio - Bela Vista da Caroba, 2008.
- SANTOS, M. Técnica, Espaço, Tempo : Globalização e Meio Técnico-
Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996.
___________. Metamorfoses do Espaço Habitado . São Paulo: Hucitec, 1988.
___________. SILVEIRA, M. L. O Brasil : território e sociedade no início do
século XXI. 4 ed.Rio de Janeiro: Record, 2002.
___________. Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
- SOUZA, M.J.L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e
desenvolvimento. IN: CASTRO, I.E. e outros (Orgs). Geografia:
conceitos e temas . Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
- VLACH, V.R.F. O ensino da Geografia no Brasil : uma perspectiva histórica.
In: VESENTINI, J.W. (Org). O ensino de Geografia do século
XXI.Campinas, SP: Papirus, 2004.
- WACHOWICS, R.C. Obrageros, mensus e colonos : história do oeste
paranaense. Curitiba: Vicentina, 1982.
_________________. Paraná sudoeste: ocupação e colonização . IN: Revista
ALFAGEO. Curitiba: Vicentina, nº35, 1987.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
ENSINO MÉDIO.
BELA VISTA DA CAROBA, FEVEREIRO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Existe uma frase desgastada pelo uso, que afirma que os que não conhecem
sua história estão fadados a repeti-la. Poderíamos adicionar que mesmo conhecendo-a
ainda corremos esse risco, pois o passado não é tão somente um conhecimento sobre
algo distante, mas é a constituição de nós mesmos e, nos constitui a ponto de não nos
apercebermos disso. E isso não é bom ou ruim em si, mas sim depende da forma como
entendemos o tempo e de como representamos a nós mesmos. O tempo, segundo
Agnes Heller, não é um fenômeno que sofremos, mas a própria essência do que
somos: tempo, espaço, historicidade.
A proposta da disciplina de História é iluminar as diversas leituras históricas,
objetivando através do processo ensino-aprendizagem construir junto com os
educandos uma consciência histórica que possibilite a compreensão da realidade
contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
A História como Disciplina Escolar, passou a ser obrigatória, a partir da
criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto a
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como Disciplina
Acadêmica.
A Disciplina de História tem como incumbência suscitar reflexões a respeito
dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, bem como das relações entre o
ensino da disciplina com a produção do conhecimento Histórico na configuração do
currículo de História.
O Ensino de História foi marcado por muitos debates teóricos. Com a
implantação do Regime Militar manteve seu caráter estritamente político,pautado no
estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os
grandes heróis como sujeitos da história narrada. O Estado figurava como o principal
sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, a partir desse momento o
Estado realizou um amplo programa de reorganização educacional, com o propósito de
ampliar o controle sobre as instituições escolares, tendo em vista a lígitimação dos
interesses políticos-ideológicos do regime e o necessário controle dos espaços e de
setores da sociedade. Na configuração curricular definida pelo Regime Militar, as
disciplinas de História e Geografia perderam espaço nos currículos e foram
condensadas como área de estudos sociais, dividindo ainda a carga horária com
Educação Moral e Cívica, no primeiro grau. No segundo grau foi reduzida a carga
horária de historia e passou a compor a Organização Social e Política Brasileira.
A partir da década de 80, com a derrubada política da ditadura e a retomada
do Processo de Organização, mobilização e redemocratização da sociedade brasileira,
o Ensino de Estudos Sociais passa a ser radicalmente contestado, tanto pela Academia
quanto pela Sociedade Organizada.
A reconquista da disciplina História como representante de conhecimento
específico e autônomo ampliou as tentativas que vinham sendo feitas, por alguns
historiadores, de incluir, nas discussões acadêmicas, a problemática do ensino da
História.
Hoje recusam uma concepção de História como verdade pronta e definitiva,
vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano ,por outro lado,
recusam-se as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível
em História.
A História tem como objetos de estudos os processos históricos relativos ás
ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram as mesmas. Enquanto que as relações humanas produzidas por estas
ações podem ser definidas como estruturas sócio - históricas, ou seja, são as formas de
agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de
se relacionar social, cultural e politícamente. Deve-se considerar também como objeto
de estudo, as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais.
A produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um
método específico baseado, na explicação e interpretação de fatos do passado. A
problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do historiador,
produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das
experiências sociais,culturais e políticas.
O reconhecimento de identidades pessoais é uma diretriz para o ensino da
História no sentido do reconhecimento das diversidades e peculiaridades básicas
relativas ao gênero masculino e feminino, as variedades étnicas, de faixa etária e
regionais e as variações sócio - econômicas, culturais e de condições psicológicas e
físicas, presente nos alunos de nosso país, enfocando também, os direitos e deveres
do cidadão, quanto à arrecadação e aplicação dos tributos em benefício da população.
Para reeducar as relações étnico - raciais no Brasil, é necessário fazer
emergir as dores e medos que tem sido gerados. É preciso entender que o sucesso de
uns tem o preço da marginalidade e da desigualdade impostas a outros. E então decidir
que sociedade queremos construir daqui para frente.
Assim sendo, a educação das relações étnico - raciais impõe aprendizagens
entre brancos e negros, troca de conhecimento, quebra de desconfianças, projeto
conjuntos para construção de uma sociedade justa, igual, equânime.
A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a
ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. A
cultura escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso contínuo e
progressivo no estabelecimento de ensino, com a apresentação de resultados efetivos
de aprendizagem.
Para tanto é necessário fazer uma inclusão educacional responsável. Mas a
inclusão antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a
sociedade. A educação, aliada à vasta legislação que hoje dispomos para a área e o
essencial envolvimento da sociedade é que fortalecerão os sentimentos éticos e de
cidadania da população paranaense e, automaticamente brasileira.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Desenvolver a compreensão histórica da realidade social para a formação
intelectual do aluno;
- Compreender a história com base nos procedimentos históricos;
- Construir uma prática de ensino reflexivo e dinâmico levando o educando a
compreender e explicar, historicamente, a realidade em que vive;
- Identificar-se como sujeito da história e da produção do conhecimento
histórico;
- Desenvolver o conteúdo na perspectiva de sua relação com a cultura
experimental dos educandos e com suas representações já construídas;
- Construir em sala de aula um ambiente de compartilhamento de saberes
para uma aprendizagem significativa;
- Identificar as possibilidades de intervenção na realidade em que vivem;
- Compreender as diferenças individuais, considerando a diversidade: o eixo
norteador da inclusão educacional.
- Compreender as transformações ocorridas em nosso Estado ontem e hoje.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
PROBLEMÁTICA
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de História no Ensino Médio são
as relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais, conteúdos estes,
que são interligados e permitem a busca do entendimento da totalidade das ações
humanas, articulando-se através da análise de tempo e espaço.
Assim como as ações e relações humanas se transformam ao longo do
tempo, sua abordagem teórico-metodológica é reelaborada de acordo com o contexto
histórico em que vivem os sujeitos.
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e
a natureza. As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social.
No Ensino Médio o estudo das relações de trabalho deve contemplar diversos
tipos de fontes, de modo que professores e alunos percebam diferentes visões
históricas.
Os problemas do mundo atual também interferem diretamente no modo como
se dão as relações de trabalho e, articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhece-se as contradições de cada época, os impassores sociais da atualidade e
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permitindo entender como as relações
de trabalho foram constituídas no processo histórico e como determinam a condição de
vida do conjunto da população.
O poder se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas
entre aquele que exerce e aquele que se submete, entendendo que as relações de
poder são exercidas nas diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do
trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições, permitindo ao aluno perceber
que tais relações estão em sue cotidiano.
O estudo da relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído nessa relação
pode ser chamado de cultura comum.
CONTEUDOS
1º ANO
RELAÇÕES DE TRABALHO:
CONCEITO DE TRABALHO
- O que é trabalho;
- O trabalho e sua valorização
- O mundo do trabalho contemporâneo
- A divisão do trabalho
- O mundo do trabalho vai acabar?
O MUNDO DO TRABALHO EM DIFERENTES SOCIEDADES
- O mundo do trabalho nas sociedades teocráticas (Egito, Pré-Colombianas,
Astecas, Maias, Incas)
- O mundo do trabalho nas sociedades da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
- Filosofia e escravidão
- O mundo do trabalho na sociedade feudal
A CONSTRUÇÃO DO TRABALHO ASSALARIADO
- De artesãos independentes a tarefeiros assalariados
- A Constituição do sistema de fábricas
- A organização do tempo do trabalho
- Trabalho infantil
- Trabalho feminino
RELAÇÕES DE PODER
O ESTADO NOS MUNDOS ANTIGO E MEDIEVAL
- Conceito de estado
- “Estados” na Antiguidade Oriental: poder político e religioso (Mesopotâmia, Egito,
Hebreus, Grécia, Persas, Macedônias
- Estado na Idade Média: a hierarquização do poder
- Sociedade feudal na Europa Ocidental
- O estado Islâmico
O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER
- Formação dos Estados Nacionais
- A formação do Estado Moderno
- Do Estado - Absolutista ao Estado – Nação
- Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional
- A construção da idéia de nação brasileira
RELAÇÕES CULTURAIS
AS CIDADES NA HISTÓRIA
- As cidades neolíticas
- As cidades antigas
- O Islão: civilização urbano
- As cidades na América Pré-Colombiano
- Expansão urbana na Europa dos séculos XI – XIII
RELAÇÕES CULTURAIS NAS SOCIEDADES GREGAS E ROMANAS NA
ANTIGUIDADE: MULHERES, PLEBEUS E ESCRAVOS
- As mulheres na sociedade grega
- As mulheres na sociedade romana
- A luta por direitos da plebe na sociedade romana
- As revoltas dos escravos
2º ANO
RELAÇÕES DE TRABALHO
TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA O TRABALHO LIVRE: a mão-de-obra
no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadudinense
- Os europeus e as etnias do Novo Mundo
- A instituição da Escravidão africana no Continente Americano
- O trabalho escravo no novo mundo
- A abolição da escravidão no EUA e no Brasil
- A escravidão no mundo contemporâneo
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA NO MUNDO DO TRABALHO
CONTEMPORÂNEO (séc. XVIII e XIX)
- Manifestações femininas: a busca da cidadania
- A organização dos operários
- Os jovens, a participação política e a cidadania
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES DE PODER E VIOLÊNCIA NO ESTADO
- O Estado e as relações de poder
- As guerras revolucionárias e nacionais
- As guerras mundiais
- Totalitarismo e violência
- A guerra fria e a violência
- Relações de poder e formas de violência
- Tortura
O ESTADO IMPERIALISTA E SUA CRISE
- A formação de Império e colônias no séc. XIX
- Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais
- A crise do Estado Imperialista
- A arte nos regimes totalitários na Alemanha e Itália
- Os estados e a bipolarização do mundo contemporâneo
- Crise do socialismo na U.R.S.S.
RELAÇÕES CULTURAIS
RELAÇÕES CULTURAIS NA SOCIEDADE MEDIEVAL EUROPÉIA: camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes
- Sociedades Medievais
- Manifestações de dominação e resistência entre os camponeses e nas cidades
- Mulheres na Idade Média
- Hereges e doentes
MOVIMENTOS SOCIAIS, CULTURAIS, POLÍTICOS E RELIGIOSOS NA SOCIEDADE
MODERNA
- Transformações do mundo moderno
- Reforma Protestante e o fim da monopolização da Igreja Católica
- Revolução Gloriosa
- Iluminismo
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO SÉCULO XIX
- Cidade Industrial
- Higiene
- A arquitetura do século da industrial
- Revolução nos transportes
- Utilização da eletricidade
- Arte
- O futuro nas grandes cidades
3º ANO
RELAÇÕES DE TRABALHO
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
- Atividades econômicas no Brasil colonial
- As cidades na história do Brasil
- Vida urbana e industrialização no Brasil
O TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORANEA
- O trabalho assalariado
- Mundo do trabalho no Brasil
- Era Vargas
- Trabalho como garantia de progresso brasileiro?
RELAÇÕES DE PODER
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO PARANÁ
- As primeiras vilas e cidades do Paraná
- Erva-mate, contribuição para a formação de vilas e de cidades
- A ocupação do interior
- Diversidade da agropecuária e da industrialização
RELAÇÕES CULTURAIS
MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA: É PROIBIDO PROIBIR?
- Os camponeses e a luta pela terra
- O movimento feminista
- Jovens
- Movimento negro
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
- A Mundialização, globalização
- Explosão urbana
- Tecnologia
- Problemas sociais e estruturais na explosão urbana
METODOLOGIA
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os
temas relacionados.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-
sociais, político e cultural leva a seleção de objetos históricos (ações e relações de
trabalho, as relações de poder e as relações culturais). Tornando-se necessário que se
proponha recortes espaços-temporais e conceituais á luz da historiografia de referência,
recortes estes que se constituem nos conteúdos específicos (conceitos,
acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados pelos alunos do Ensino
Médio.
A metodologia utilizada para trabalhar os conteúdos será:
- Documentos históricos;
- Teatro;
- Concurso de poesias, oratória;
- Acrósticos, organogramas;
- debates, pesquisa de campo;
- .Textos informativos, etc.
AVALIAÇÃO
Para o ensino de História propõe-se uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica, com recuperação paralela.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo, permitindo refletir sobre o método de trabalho do professor. A avaliação não
deverá ser realizada em momentos separados do processo de ensino aprendizagem.
Ao longo do ensino Médio o educando deverá entender que as relações de
trabalho, de poder e as culturais, se articulam e constituem o processo histórico. E
compreender que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no
presente por meio da análise de diferentes documentos históricos.
A avaliação do ensino de História compreende três aspectos importantes: a
apropriação de conteúdos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos
conteúdos específicos, utilizando-se como atividades: leitura, interpretação e a análise
de textos historiográficos; produção de narrativas histórica, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários entre outros;
A avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais é
realizada no contexto escolar contando com a participação do professor e da equipe
técnico-pedagógica da escola, de modo processual e contínuo, com o objetivo de
avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidade, assim como as necessidades que
comprometem o processo de aquisição de aprendizagem.
A recuperação paralela será obrigatória e de atendimento especial ao aluno
de aproveitamento escolar insuficiente. O professor deverá proporcionar ao educando
recuperação contínua, permanente, paralela com novas explicações dos conteúdos,
trabalhos extra classe, provas diferenciadas, sendo que o resultado da recuperação
paralela deverá incorporar-se aos das atividades efetuadas durante o período letivo.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs - Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Pa raná - História -
2006.
- Livro Didático Público. História – Ensino Médio. Curitiba: SEED Paraná, 2006.
- MOTO, Myriam Becho. BRAICK, Patrícia Ramos. História. 1ª edição. São Paulo:
Moderna, 2005.
- PPP - Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão - Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nos primeiros tempos de colônia não havia no Brasil uma educação em
moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas
mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do que pelo
pedagógico.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino
da Língua Português em Portugal e no Brasil. Somente no século XIX, o no Brasil, por
decreto imperial, o cargo de Professor de Português, tendo um caráter elitista.
A partir de 1967, houve um processo de democratização do ensino, com a
ampliação de vagas, eliminando assim, os chamados exames de admissão e,
conseqüentemente, democratizando o ensino, o que resultou na multiplicação de
alunos e a necessidade de propostas pedagógicas que levassem em conta as novas
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar.
No período do governo Vargas, se institucionalizou a vinculação da educação
com a industrialização, objetivando a qualificação para o trabalho. Desse vinculo,
decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista, que na Língua Portuguesa, estava
pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do que
com o aprimoramento das capacidades lingüísticas do falante.
Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das práticas
discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao
Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia
tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. Deve-se a Bakhtin o
avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem: a língua só se
constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para
a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o
trabalho realizado nas salas de aula. É dessa época o livro O texto em sala de aula, de
João Wanderley Geraldi, que marcou as discussões sobre o ensino de Língua
Portuguesa no Paraná.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-
se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem,
delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do circulo de Bakhtin, para fazer frente
ao ensino tradicional.
Após análise e estudos coletivos conclui-se que a linguagem é um trabalho
social e histórico em que o homem interage e troca experiências, compreendendo a
realidade em que está inserida, sendo esta proposta do ensino de língua portuguesa de
Estado do Paraná.
Considerando que Língua e Cultura constituem um dos pilares da identidade
do sujeito como cidadão e de comunidade como formação social. Portanto, o aluno terá
a oportunidade de perceber que não há um modelo único a ser seguido ou que uma
cultura seja melhor que a outra, salientando que a nossa nação é constituída por várias
etnias, fazendo-se necessário valorizar a cultura afro-brasileira devido a sua presença e
contribuição no contexto social e cultural.
De acordo com a referida disciplina, ela contemplará a educação Fiscal,
sensibilizando os educandos sobre a importância do cumprimento das leis
estabelecidas que garantem ao cidadão direitos e deveres no processo democrático,
observando os benefícios que as mesmas trarão ao coletivo.
OBJETIVOS GERAIS
- Conhecer e empregar o uso da língua materna;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la
a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção / leitura;
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados nas sua organização.
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes partem dos conhecimentos que identificam e
organizam os campos de estudo desta disciplina na escola, os quais são considerados
básicos e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua portuguesa o
discurso entendido como prática social:
1º ANO
Leitura:
• Gêneros literários (poesia, romance, novela, conto, crônica);
• Períodos literários (Literatura de informação, Trovadorismo, Humanismo,
Classicismo, Barroco, Arcadismo);
• Textos não-verbais (imagem).
Oralidade:
• Debates;
• Seminários;
• Concurso de oratória;
• Representação teatral.
Escrita:
• Produção de texto;
• Interpretação de texto;
• Resenhas;
• Resumo;
• Funções de linguagem;
• Figuras de linguagem;
• Elementos da comunicação;
• Ortografia;
• Crase;
• Acentuação;
• Denotação e conotação;
• Língua – linguagem – discurso;
• Coerência e coesão.
2º ANO
Leitura:
• Gêneros literários (poesia, romance, novela, conto, crônica);
• Períodos literários (Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo,
Simbolismo – contexto histórico e literário, autores e obras);
• Textos não-verbais (imagem).
Oralidade:
• Debates;
• Seminários;
• Concurso de oratória (adequação da linguagem, intertexto, representação teatral).
Escrita:
• Produção de texto;
• Interpretação de texto;
• Resenhas;
• Resumo;
• Classe de palavras;
• Função morfológica e sintática das palavras;
• Pontuação;
• Gêneros discursivos;
• Coerência e coesão.
3º ANO
Leitura:
• Gêneros literários (poesia, romance, novela, conto, crônica);
• Períodos literários (Pré-modernismo, Modernismo).
Oralidade:
• Debates;
• Seminários;
• Concurso de oratória (adequação da linguagem, intertexto, representação teatral).
Escrita:
• Produção de texto;
• Interpretação de texto;
• Resenhas;
• Resumo;
• Pontuação;
• Termos da oração;
• Oração e período;
• Período composto e subordinação;
• Coerência e coesão.
METODOLOGIA
A ação pedagógica, assumida pelos livros didáticos, segue uma concepção
normativista de linguagem que exclui, do processo de aquisição e aprimoramento da
língua materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se no ensino de língua
materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática tradicional. O tratamento
dado à Literatura, nesses livros, direcionava a uma prática pedagógica que privava o
aluno do contato com a integralidade dos textos literários na medida em que propunha
a leitura de resumos, lidos nos fechados limites da historiografia literária e na
perspectiva da biografia de seus autores.
A sala de aula é considerada um verdadeiro laboratório, onde muitas coisas
podem acontecer. Mas não basta viver toda essa experiência. É preciso refletir sempre
sobre ela. Entende-se que um dos requisitos para uma ação pedagógica de seu
trabalho, ao executar o que planejou, e, de modo especial, ao analisar sua prática, com
vistas a reformulá-la e melhorá-la sempre que for preciso.
O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a
perspectiva que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato
real do estudante com a multiplicidade de textos que são produzidos e circulam
socialmente.
Toda a reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar, como
ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que
possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da língua materna.
Texto é como um evento que tem sua abrangência no antes, as condições de
produção, de elaboração e, no depois da formalização a leitura.
O texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo, ele lança seus
sentidos no diálogo intertextual, e configura-se como uma atividade comunicativa que
se realiza por meio da língua oral e escrita.
Precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o
desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:
- Apresentação de temas variados: história de família, da comunidade, um
filme, um livro, etc;
- Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opiniões,
colher e dar informações, fazer e dar entrevistar, apresentar resumos, expor
programações, dar avisos, debates, seminários, júri-simulados, fazer convites, redigir
cartas comerciais;
- Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações
para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,
truncamentos, mudanças do construção textual, descontinuidade do discurso, grau de
formalidade, comparação com outros textos, etc. O saber ouvir, escutar com atenção e
respeito os mais diferentes tipos de interlocutores é fundamental. Logo, é preciso
desenvolver a sensibilidade de saber ouvir o outro, que favorece, inclusive, a
convivência social.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Num determinado período de tempo, a avaliação somativa era usada apenas
para definir uma nota ou estabelecer um conceito, isto não quer dizer que ela tenha de
ser excluída do sistema escolar, mas que as duas formas de avaliação – a formativa e a
somativa – servem para diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de
provas, o professor pode utilizar a observação diária, instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e / ou objetivo.
Consideramos que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser a avaliação contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,
possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Sempre que
necessário retoma-se o conteúdo e aplica-se a recuperação paralela.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência
da sua fala , o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seu
ponto de vista.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que
eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do
processo de produção nunca como um produto final.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos ,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas
produções dos alunos, precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e
contextualizada.
BIBLIOGRAFIA
- BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal . São Paulo: Martins Fontes, 1997.
____________ Marxismo e filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec,1986.
____________ Questões de estética e literatura . São Paulo: Martisn fontes,
1997.
- DCEs – Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio d e Língua
Portuguesa .
- LOCH, VALDECI Valentim. O construtivismo e o processo de avaliação . Ed.
Renascer,1995.
- GERALDI, J. W. Concepções de Linguagem e ensino de Português . In: João
W. (org). O texto em sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
- PPP – Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão – Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Matemática tem sido uma atividade humana por milhares de anos. Em
certa medida, todos fazem Matemática inconscientemente em decorrência das
necessidades cotidianas.
Na história da humanidade, a Matemática foi descrita inicialmente, como a
ciência da quantidade e do espaço. Os Matemáticos, devido a necessidade de
comunicação, estabeleceram convenções, criando o simbolismo relacionado ao cálculo
das quantidades e as medidas do espaço.
A própria natureza forneceu elementos para que as noções iniciais sobre
quantidade e forma, se desenvolvessem paralelamente no processo de aquisição do
conhecimento matemático pela humanidade. Na ânsia de compreender a realidade, o
homem foi se desenvolvendo e aprimorando esse conhecimento através da
observação, análise, comparação e interpretação.
Atualmente, a crescente cientifização e a industrialização da sociedade,
exige uma nova concepção de ensino que prepare o individuo para colaborar no
conhecimento das novas tecnologias, de maneira crítica e política na sociedade como
um todo, não se apegando a modelos pré-estabelecidos.
A Matemática deve fazer uma conjectura entre educando e educadores de
forma aberta e simples onde ambas as partes trocam evidências e enriquecem seus
conhecimentos de forma prática e aplicada, valorizando sempre a criatividade e o
conhecimento empírico do educando. É necessário para isso, que se dê a todos os
indivíduos acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos úteis a sua
existência, a sua compreensão dos fenômenos naturais e sociais do mundo que os
cerca.
A Escola Pública, é a qual propicia a todos uma formação não só cientifica,
lógica, mas acima de tudo a formação de cidadãos críticos, comprometidos com a
sociedade na qual estão inseridos e o conhecimento matemático é um mecanismo
importante para essa formação.
A efetivação da educação matemática requer um professor interessado em
desenvolver-se intelectual e profissionalizante e em refletir sobre sua prática para
tornar-se um educador matemático e um pesquisador em continua formação.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado
tanto para a cognição do estudante, como para a relevância social do ensino da
Matemática.
OBJETIVOS GERAIS
- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em
especial em outras áreas do conhecimento;
- Compreender as ciências como construções humanas entendendo como
elas se desenvolveram por acumulações, continuidade ou ruptura de paradigmas,
relacionando o desenvolvimento científico com a relação da sociedade;
- Compor e utilizar novos procedimentos para exemplificar o cálculo, seja
ele exato, aproximado, mental ou escrito, usando como base situações problemas ora
proposta;
- Reconhecer os conteúdos como elementos pertencentes à realidade;
- Saber utilizar instrumentos de medição e de cálculo;
- Produzir problemas adequados para relatar experiências, formular
dúvidas, apresentar conclusões;
- Associar conhecimentos e métodos com a tecnologia do sistema
produtivo e dos serviços;
- Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários
para a produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos
científicos e tecnológicos;
- Aplicar as tecnologias associadas as ciências naturais na escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida;
- Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para
aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade;
- Distinguir e utilizar o raciocínio dedutivo, indutivo e lógico;
- Interpretar e utilizar diferentes formas de representação ( tabelas, gráficos
e expressões...);
- Reconhecer situações problemas, tendo a apropriação da linguagem
simbólica e desenvolvendo a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e
intervenção no real;
- Formular hipóteses e prever resultados;
- Interpretar e criticar resultados dentro do contexto da situação;
- Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a
linguagem simbólica;
- Formar um sujeito critico, capaz de interagir criticamente com o mundo a
sua volta;
- Fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria
matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos procedimentos e
algarismos.
- Conscientizar para que o estudante construa, por meio de intermédio do
conhecimento matemático valores e atitudes de natureza diversa visando a formação
integral do ser humano e particularmente do cidadão.
- Incorporar conhecimentos objetivando que o aluno seja capaz de superar
o senso comum. Assim a alfabetização matemática, como processo educativo tem
como função desenvolver a consciência critica, provocando alterações de concepções e
atitudes permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações social.
- Dominar esta ciência como ferramenta de compreensão e intervenção na
sociedade pois através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza
e mede organizando suas atividades e seus aspectos.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
• Números e Álgebras; Números reais: - números, naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. Equações e Inequações: - equações e inequações exponenciais - propriedade operatória dos logaritmos - conceito de módulo - equações e inequações modulares • Grandezas e Medidas - trigonometria - trigonometria no triangulo retângulo - relações trigonométricas Grandezas Vetoriais: - medidas de força - medidas de som - medidas de informática • Funções: - função afim - função quadrática - função trigonométrica - progressão aritmética - progressão geométrica - função exponencial - função logarítmica - função modular
• Geometrias: - geometria plana - figuras planas • Tratamento da informação - matemática financeira: - juros (simples e composto) - porcentagem
2º ANO • Números e Álgebra: - Sistemas lineares: - Equação Lineares - Sistema Equivalente - Escalonamento - Determinantes • Grandezas e Medidas: - trigonométricas no triangulo retângulo - trigonométrica na circunferência • Funções: - funções trigonométricas - equações trigonométricas • Geometrias: - geometria plana: - ponto, reta e plano - paralelismo e perpendicularismo - área das figuras/planas • Geometria Espacial - sólidos geométricos - áreas - volume • Tratamento da informação: - Estatística - Coleta de dados - População e Amostra - Organização de dados e tabelas - Gráficos estatísticos - Distribuição de freqüência - Medidas - Probabilidade - A analise combinatória- fatorial, permutação, combinação
3º ANO • Números e Álgebras: - matrizes e determinantes - conceito de matrizes - representação de matrizes
- classificação de matrizes - operação de matrizes - determinantes de matriz - teorema de Laplace • Polinômios; - igualdade de polinômio - operação com polinômios - equações polinômios • Grandezas e Medidas: - micro e macro: - medidas de massa em quilograma por metro cúbico • Funções: - Função polinomial - conceito de função - grau de uma função polinomial - representação gráfica • Função: - função polinomial: - conceito de função - grau de uma função polinomial - representação gráfica • Geometrias - geometria analítica - distancia entre dois pontos - equação da reta - ângulos entre duas retas - distancia de um ponto a um plano - secções cônicas - equação da circunferência • Tratamento de informação - Fatorial de um numero
METODOLOGIA
Os conteúdos estruturantes devem se relacionar através de uma articulação
entre práticas pedagógicas que resultarão, no relacionamento dos conteúdos
específicos dando forma e significações interdisciplinares de uma maneira organizada.
Inserir conteúdos matemáticos na forma que suas significações sejam
reforçadas com procedimentos que permitem a apropriação e articulação do
conhecimento já adquirido com novos conceitos oferecidos.
Na resolução de exercícios é necessário levantar hipóteses, sem ter uma
resposta imediata, levando o aluno a questionar e defender o seu conhecimento prévio,
registrando, produzindo e articulando os conteúdos matemáticos apresentados.
Considerando que a tecnologia é um meio atrativo para o atual aluno, as
atividades não são necessárias apenas com lápis e papel, o uso do computador,
calculadoras, TV..., permitem ao estudante inúmeras possibilidades como investigar,
observar, resolver, argumentar e utilizar meios mecânicos que fazem parte de sua
história e seu desenvolvimento intelectual.
Dessa forma se faz necessário que o ensino da Matemática ocorra num
clima agradável na sala de aula afim de que os alunos sintam-se desinibidos em dar
sugestões e participar com interrogações, dialogando no esclarecimento de dúvidas.
Organizar trabalhos em grupos, que venham estimular o diálogo, a
integração e a cooperação, facilitando a comunicação e a socialização. Dar
oportunidade aos alunos de pesquisar, refletir, questionar, contribuindo assim para o
desenvolvimento de processo de pensamento e à aquisição de atitudes cuja utilidade e
alcance transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas genuínos, formando hábitos de investigação,
proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas
com a visão ampla e científica da realidade.
Portanto, é necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua
para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos matemáticos.
Proporcionar uma maior aproximação entre a Matemática e a realidade para
que o aluno possa enfrentar melhor as situações do dia-a-dia, para isso o educador
pode viabilizar de recursos diferenciados como livro didático, jogos, revistas, jornais,
pesquisas de campo, buscando propiciar um aprendizado amplo, respeitando as
diferenças individuais (inclusão) de se apropriar do conhecimento.
Os procedimentos metodológicos recomendados devem propiciar a
apropriação de conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os
conteúdos específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos
de conteúdos estruturantes diferentes, de forma que suas significações sejam
reforçados, refinados e intercomunicados.
O ensino de Matemática tem como um dos desafios a abordagem de
conteúdos a partir da resolução de problemas com uma metodologia pela qual o
estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos.
Deve-se almejar um ensino que possibilite aos estudantes analises, discussões,
conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de idéias, para ampliar seu
conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade. Caberá ao
professor sistematizar os conteúdos e oferecer condições para apropriações da
linguagem adequada, para descrever e interpretar fenômenos matemáticos.
A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o
exercício da crítica e a análise da realidade. É uma importante fonte de investigação da
educação matemática, que prioriza um ensino que valoriza a história dos estudantes
pelo reconhecimento e respeito.
A modelagem matemática tem como pressuposto que o ensino e a
aprendizagem da matemática podem ser potencializados ao se problematizarem
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que surgem questionamentos sobre
situações de vida.
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao
currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos
conceitos e de novas teorias matemáticas.
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática
escolar como componente necessária de um dos objetivos primordiais da disciplina,
pois é interessante que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua
relevância na vida da humanidade.
AVALIAÇÃO
O desenvolvimento e as pesquisas em Educação Matemática tem permitido
a expansão das práticas pedagógicas em relação aos conteúdos e às propostas das
tendências metodológicas.
A avaliação deve ser coerente com enfoque dados aos princípios básicos da
disciplina, encarando a Matemática sobre um ponto de vista dinâmico que leva em
conta os percalços do seu desenvolvimento, adotando uma postura e considerando os
caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar problemas propostos,
partindo de um diagnóstico de procurando, ampliar sua visão sobre o conteúdo em
estudo e a fixação de elementos já dominados.
O professor regente, ao observar a dificuldade de aprendizagem
apresentada pelo seu aluno, deverá verificar se a metodologia por ele utilizada está
adequada para este aluno, caso necessário repensar sua prática pedagógica, e se for
preciso, modificá-la.
Na avaliação, o professor deverá considerar os registros escritos, as
manifestações orais o raciocínio lógico e de cálculo, do ponto de vista da
aprendizagem. Verificando a apropriação nas diferentes formas oferecidas, sendo um
processo contínuo permanente e cumulativo. Em conseqüência da avaliação o aluno
deverá realizar a recuperação de conteúdos, independente do nível do conhecimento já
adquirido.
Uma avaliação que se restringe a quantificar o nível de informação que o
aluno domina não é coerente com a proposta, para ampliar sua eficácia, a avaliação
deve incluir a complexa relação do aluno com o conhecimento.
A Avaliação, dessa forma, busca socializar o conhecimento e a
aprendizagem de cada membro da sala de aula respeitando a individualidade e as
limitações de cada um, levando-o a se transformar em um individuo competente,
sabedor do que fazer com o conhecimento que construiu.
BIBLIOGRAFIA
- DCE - Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e
para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
- FILHO, Benigno Barreto - SILVA,Cláudio Xavier da - Matemática ensino médio-
volume único- educação F.T.D, 2000 - São Paulo.
- GIOVANNI, Jose Ruy - BONJORNO, José Roberto - JUNIOR, Jose Ruy Giovanni
Matemática completa - volume único- educação F.T.D, São Paulo, 2002.
- GIOVANNI, Jose Ruy - BONJORNO, José Roberto; JUNIOR, Jose Ruy Giovanni
– Matemática. 2º Grau - volume único – FTD: São Paulo, 1994.
- LONGEN, Adilson - Coleção Nova Didática Matemática ensino médio- 1ª
edição 2004- editora positivo.
- MARCONDES, Gentil Sergio- Matemática Novo Ensino Médio - 2º grau-
volume único - educação Ática - 2002 - São Paulo.
- PPP - Projeto Político Pedagógico . Colégio Estadual Santo Antão - Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os fundamentos teóricos metodológicos do ensino de Química na educação
básica levam considerar questões amplas que afetam diretamente saberes relacionado
a esse campo do conhecimento. O processo de elaboração e transformação do
conhecimento ocorre a partir das necessidades humanas, uma vez que a ciência é
construída pelos homens, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e
econômicos, já não sendo uma ciência objetiva nem neutra, mas preparada e orientada
por teorias e/ou modelos que por serem construções humanas com propósitos
explicativos e previstos são provisórios, assim o desenvolvimento da sociedade passou
a exigir respostas precisas e específicas as suas demandas econômicas, sociais e
políticas.
A concepção de ensino de Química que rompesse com as abordagens
tradicionais volta-se à construção/reconstrução dos significados dos conceitos
científicos no contexto da sala de aula, isso implica na compreensão do conhecimento
científico de química. Nessas diretrizes a apropriação do conhecimento químico
aconteceu por meio do contato do aluno com o objeto de química, que o estudo da
matéria e suas transformações.
Este processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor,
numa relação dialógica onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize no
sentido da organização do conhecimento científico. Considera-se que na perspectiva da
abordagem conceitual do conteúdo químico a experimentação favorece a apropriação
efetiva do conceito e o importante é a reflexão advinda das situações nas quais o
professor integra o trabalho prático a sua argumentação.
Esta proposta visa dar sentido aos conceitos químicos e para que ela se
concretize é vital a importância da experimentação para a realização da atividade
pedagógica, entretanto para isso não são necessários materiais de laboratório de
precisão, pois as analises realizadas nas escolas não visam o resultado quantitativo
dos experimentos, não é necessário a utilização de laboratórios sofisticados, nem
ênfase exagerada na técnica de manuseio dos instrumentos para a compreensão dos
conceitos. É necessário perceber que o experimento faz parte do contexto normal de
sala de aula, e que se relaciona com os fenômenos sobre os quais se referem os
conceitos a serem formados e os significados no processo de ensino - aprendizagem.
A concepção do ensino de química será tratada com o aluno de modo a
possibilitar o entendimento do mundo e sua interação com ele; Cabe ao professor criar
situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o
mundo, reflita sobre as razões dos problemas. Essa leitura do mundo proporcionará ao
estudante do Ensino Médio uma reflexão mais abrangente sobre as razões que levam a
busca da construção do conhecimento químico.
A disciplina de química também se adequará aos alunos inclusos que
necessitam de atendimento especial. A questão da inclusão, com a passar do tempo foi
tendo uma evolução. Tem-se uma preocupação especial em tornar o aluno visto como
um ser participativo, atuante, independente de suas limitações ou necessidades, onde
ele possa usufruir seus direitos na sociedade em que vive. Procurar fazer com que o
aluno se sinta parte integrante da escola.
A interação com outras áreas de conhecimento leva o aluno a refletir sobre o
seu modo de ser e pensar, sobre os saberes que ele traz consigo que não são frutos de
sua realidade social, econômica e cultural. Deste modo, esta disciplina não deixará
passar despercebida a cultura afro-brasileira e africana, desenvolvendo uma
consciência crítica dos propósitos sociais.
A química tem forte presença na procura de novos produtos. Essa presença
é cada vez mais solicitada nas novas áreas especificas surgida nos últimos anos:
Biotecnologia, química fina, pesquisa direcionadas para oferta de alimentos e
medicamentos. Essas questões apontadas podem e devem ser abordadas nas aulas
de química, uma estratégica metodológica que aborde, que desperta aspectos sócio-
científicas, ou seja, questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e
culturais relativas a ciência e tecnologia. Assim, faz-se necessário abordar a questão da
educação fiscal, pois segundo Vanim:
“a ciência é uma conquista do ser humano e, por isso,
ultrapassa as fronteiras das nações. Mas o estudante de
ciências vive dentro de uma comunidade, de um país e,
assim, se vê cercado por problemas particulares dessa
sociedade. Por isso ele precisa buscar soluções locais, sem
perder, se possível uma visão universal”.
Seguindo o exemplo de Lavoisier, o pai da Química, além de cientista
assumiu cargos políticos importantes como deputado, secretário do tesouro, dando
assim sua contribuição para a sociedade. Segundo Santos:
“enquanto nos limitamos a uma educação científica pura e neutra, desvinculada dos aspectos sociais, a nossa contribuição será muito pouca para reverter o atual quadro da sociedade moderna”.
A proposta apresentada pretende estabelecer uma interação do aluno com a
química e se contrapõe a idéia de que se reduz a um conjunto de inúmeras fórmulas e
nomes complexos.
O ensino de Química também se preocupa com o comprometimento a
atender os alunos e sua melhor interação do aluno com os fenômenos do dia-a-dia, e o
professor na aula de Química oportuniza-se a ele o desenvolvimento do conhecimento
cientifico, apropriação dos conceitos da química e sensibilizá-lo para um dos conceitos
de Química e sensibilizá-lo para um comprometimento com a vida no planeta.
Assim esta disciplina está estruturada sobre 03 (três) conteúdos
estruturantes:
1 Matéria e sua natureza: onde o aluno aprende a observar o mundo em
sua volta, a matéria que encontra diariamente em suas atividades e suas
transformações. Através deste conteúdo, o aluno levanta hipóteses e elabora teorias
para ajudar a compreender as coisas presentes em sua vida. Desde a menor das
partículas até o comportamento de muitas substâncias presentes em seu cotidiano
comum em várias situações importantes.
2 Biogeoquímica: trata dos conhecimentos químicos relacionados aos
processos que ocorrem com seres vivos e com o nosso planeta. É caracterizada
também pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e a atmosfera. Apesar
de a química estudar as substâncias materiais e suas transformações, não deixa de ser
uma ciência estreitamente ligada a vida.
3 Química sintética: é a partir deste conteúdo que o aluno poderá
conhecer os avanços industriais da química e da tecnologia com a produção de
substâncias. Os materiais provêm da natureza e, após processados quimicamente,
voltam a interagir com ela.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Compreender a realidade, criticamente, interpretar o mundo de olhos bem
abertos, mantendo-se informado, buscando as razões para os problemas e sobre
soluções;
- Despertar o interesse pelas instrumentações cientificas, fazendo com que
ele participe da colaboração de uma sociedade melhor, transformando o ensino de
Química em equalização de oportunidades;
- Conscientizar a importância de aprender á observar o mundo com o
conhecimento químico e também a serem responsáveis pela transformação para
entender o meio “natural e artificial”;
- Relacionar os acontecimentos históricos e as importantes descobertas
cientificas para que o estudante tenha consciência da importância da química no seu
dia a dia e uma melhor compreensão de teorias e modelos;
- Permitir a descoberta importante sobre a matéria e sua natureza,
entendendo assim os aspectos de muitos materiais, os quais ele está em contato diário
e perceber as transformações que neles ocorrem;
- Demonstrar a interação existente entre o saber químico e demais ciências
como biologia, física, geologia, ciências. Todos estas disciplinas estão voltadas aos
avanços tecnológicos que trouxeram muitas mudanças para nosso mundo, como na
medicina, agricultura, industria, meio de comunicação, nos ciclos ambientais. Sendo
que a química está presente em todas estas mudanças através da síntese de novos
materiais ou aperfeiçoamento dos que já existem;
1ª ANO
CONCEITO CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Propriedades e estrutura da matéria
• Matéria , corpo, objeto e energia
• Átomos, moléculas, substâncias e misturas.
• Características dos átomos, isoátomos, e modelos atômicos.
• Números quânticos
MATÉRIA E SUA NATUREZA: identificar as propriedades da matéria através das suas transformações físicas e de sua estrutura química. Diferencias substancias simples e composta, misturas homogêneas e heterogêneas. Compreender o conceito de matéria corpo, objeto e a energia que os transforma. QUÍMICA SINTÉTICA: compreender os processos de uso, produção e aplicação de novas substâncias produzidas sinteticamente. BIOGEOQUÍMICA: identificar a influencia que substâncias possuem com os seres vivos e o meio ambiente através de suas estruturas e propriedades.
Classificação e interação entre os elementos que constituem a matéria
• Classificação periódica dos elementos.
• Ligações químicas
MATÉRIA E SUA NATUREZA: compreender a natureza de cada elemento químico através da sua classificação quanto as suas propriedades demonstradas na tabela periódica dos elementos. QUÍMICA SINTÉTICA: diferenciar elementos sintéticos de elementos naturais de acordo com a tabela periódica e compreender sua obtenção e aplicação. BIOGEOQUÍMICA: diferenciar os tipos de ligações químicas as quais dão origem a novas substâncias presentes na natureza relacionadas aos processos que ocorrem com os seres vivos e com o nosso planeta, os elementos ligados a vida através de suas interações com a hidrosfera, litosfera, e atmosfera.
Funções químicas inorgânicas
• Ácidos, bases, sais e óxidos.
MATÉRIA E SUA NATUREZA: identificar a qual tipo de função pertence as substâncias conforme suas propriedades, classificação e aplicação. QUÍMICA SINTÉTICA: reações de obtenção de sais através da neutralização de ácidos e bases. Função inorgânica e suas aplicações nas industrias químicas. BIOGEOQUÍMICA: relacionar as funções
químicas inorgânicas e o meio ambiente: chuva ácida, poluição atmosférica, efeito estufa. Funções inorgânicas presentes em nosso corpo.
2ª ANO
CONCEITO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Transformações Químicas Da Matéria
• Tipos de reações químicas e balanceamento.
• Cinética química. • MOL –
quantidade de matéria.
• Estequiometria. • Estado gasoso e
suas transformações.
• Termoquímica. • Equilíbrio químico
MATÉRIA E SUA NATUREZA: observar as transformações químicas da matéria identificando os tipos de reações químicas existentes, levando em consideração a velocidade das reações e o tipo de matéria envolvida e os fatores que a influencia. QUÍMICA SINTÉTICA: observar as proporções entre reagentes e produtos envolvidos nas reações, levando em consideração as leis ponderais das reações, relacionando com a industria como por exemplo na manipulação de medicamentos. BIOGEOQUÍMICA: relacionar as transformações gasosas com os fenômenos ambientais: efeito estufa, chuva ácida, aquecimento global, poluição gasosa.
3ª ANO
CONCEITO CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
SOLUÇÕES
• Tipos de misturas. • Densidade das
substâncias. • Concentrações. • Ligações.
MATÉRIA E SUA NATUREZA: identificar os tipos de misturas (homogênea e heterogênea), conceitos de soluções saturada , insaturada, supersaturada, determinar a solubilidade de compostos. QUÍMICA SINTÉTICA: produção e uso de misturas na industria. BIOGEOQUÍMICA: identificar soluções e misturas nos seres vivos e no meio ambiente.
QUÍMICA ORGÂNICA
• Química do elemento carbono
• Funções químicas orgânicas.
• Isomeria • Polímeros.
MATÉRIA E SUA NATUREZA: identificar a estrutura do elemento carbono, e das demais substâncias orgânicas, suas propriedades e classificação com cada tipo de função. Observar o desenvolvimento da química orgânica no decorrer da história.
QUÍMICA SINTÉTICA: produção e uso de substância orgânicas como a produção de medicamentos, defensivos agrícolas, combustíveis, polímeros e demais derivados de petróleo, . BIOGEOQUÍMICA: processos de extração de petróleo, hulha e gás natural.observar a interação da química orgânica e a agricultura.
METODOLOGIA
O desenvolvimento da Química como ciência teve de acompanhar as etapas
do progresso da cultura humana. Deste modo é importante que o processo de ensino-
aprendizagem em química, parta do conhecimento prévio dos estudantes,
proporcionando a ele condições de formar conhecimentos científicos a respeito dos
conhecimentos químicos oferecendo assim oportunidades amplas de diferenciação e
desenvolvimento das potencialidades de cada estudante. Por isso, não é possível a
utilização de um único tipo de encaminhamento metodológico visando uma
aprendizagem uniforme. É preciso ter claro que, em nossas escolas, reúnem-se
estudantes com diferentes costumes, tradições e idéias. Eles carregam consigo
experiências da vida que não podem ser deixadas de lado. Assim os
encaminhamentos metodológicos devem ser diversificados, estimulando o afloramento
das potencialidades naturais de cada estudante.
Sabe-se que o ensino de química deve contribuir para que o estudante tenha
uma visão abrangente do universo. Assim é necessário que o aluno formule conceitos
sobre processos/transformações químicas e não tenha como objetivo de aprendizagem
as fórmulas matemáticas para se chegar a um determinado resultado. Segundo Russel:
“há muitas razões que explicam o porquê do estudo da
Química. Do ponto de vista prático, a química ajuda a
adquirir um útil discernimento dos problemas da sociedade,
com aspectos científicos e técnicos.
Assim, mesmo quando se utiliza os modelos químicos (átomos e
moléculas...) deve-se considerar que não são válidos para todos os contextos pois eles
foram criados pelos cientistas e não determinados pela natureza, por isso não se pode
afirmar que são exatos mas sim aproximações que se fazem necessárias.
Tratando-se das experimentações no ensino de química, muito já se disse
sobre a importância do trabalho pratico de laboratório. Há uma necessidade de
proporcionar ao estudante a oportunidade de exercitar habilidades como cooperação,
concentração, organização manipulação de equipamento, mas deve observar a
importância maior de se vivenciar o método cientifico, entendendo como tal a
observação de fenômenos. O registro de dados a formulação e o teste de hipótese e a
inferência de conclusões.
A química experimental não deve ser aplicada como um receituário onde o
estudante segue os passos ou apenas observa a execução objetivando cegar a um
determinado resultado previamente colocado no relatório onde não cabe ao estudante
questioná-lo, mas somente aceitá-lo. Os experimentos podem ser o ponto de partida
para desenvolver a compreensão de conceitos, ou percepção de sua relação com as
idéias discutidas em aula, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre teoria e a
prática e ao mesmo tempo permitindo que o professor perceba as dúvidas dos
estudantes. Os experimentos serão simples, porém possibilitarão questionamento
permitindo ao professor as possíveis contradições e limitações do conhecimento que
não sendo explicitados pelos estudantes.
À medida que as atividades de laboratório vão transcorrendo, o professor
permitirá que as dúvidas aflorem que os estudantes se manifestem livremente sobre
elas estabelecendo uma boa relação entre os estudantes, professores e o
conhecimento transmitido e/ou adquirido.
Tratando-se sobre a importância de se considerar o conhecimento dos
estudantes, também há uma preocupação especial com o trabalho com os textos
cientifico sobre química, os qual não terão sua utilidade apenas para leitura, mas
também para questionamento dúvidas e apoio permitindo que o estudante realize a
elaboração de seu próprio texto ou artigo científico.
Considera-se bastante importante propor aos estudantes leitura e
interpretação de textos para sua formação e identificação cultural motivando-os à
aprendizagem do conhecimento químico. Por isso, levar-se-á em conta a importância
das escolhas dos textos, a que estudante ele se destina e o objetivo a ser alcançado
através deste texto, o conteúdo abordado, e principalmente a linguagem, a qual deve
ser clara e não confusa, despertando assim o prazer pelo habito de ler.
Portanto, através desta metodologia, pretende-se facilitar a aprendizagem da
química de uma maneia atrativa e proveitosa para torná-la mais interessante e criativa
para proporcionar um amadurecimento do saber químico em nossos estudantes.
AVALIAÇÃO
A avaliação garantirá a qualidade do processo educacional desenvolvido no
coletivo da escola. É concebida de forma processual e formativa, analisando a
produção do aluno e a forma do pensamento com a qual ele faz. Esse processo ocorre
por meio de interação no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula.
A avaliação é parte integrada do processo de aprendizagem e contribui para
a construção dos saberes. Ela será contínua e cumulativa e que os aspectos
qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos e, sempre que se é necessário, retorna-
se os conteúdos e aplica-se a recuperação paralela objetivando esclarecer as dúvidas e
dificuldades apresentadas pelos alunos.
Em química, os principais critérios de avaliação é a formação de conceitos
científicos, onde o aluno possa exercer o seu raciocínio e expressar seus pensamentos,
a sensibilização e valorização onde o aluno demonstra seu domínio de opinião e o
conhecimento e compreensão que demonstra o domínio da informação.
A avaliação deve contemplar várias formas de expressão dos alunos
(instrumentos de avaliação) observando seus critérios:
INSTRUMENTOS CRITÉRIOS
- Leitura, interpretação e
produção de textos;
- Elaboração e transformação de
conhecimento.
- Pesquisas Bibliográficas; - Proporcionar uma reflexão mais
abrangente sobre razões que levam a
busca da construção do conhecimento.
- Relatórios de aulas práticas; - Abordagem dos conceitos através da
experimentação favorecendo a
apropriação efetiva dos conceitos e a
reflexão das situações do trabalho
prático.
- Apresentação de seminários. - Interação e reflexão sobre o seu modo
de ser e pensar.
Estas formas de avaliação devem relacionar-se com os conteúdos e seus
objetivos de ensino, sendo de forma clara para os alunos.
Cabe ao professor e alunos a realização da análise reflexiva das
avaliações e das suas próprias falas e ações, permitindo assim o desenvolvimento da
postura reflexiva.
Ao analisar a produção dos alunos como um exercício de pesquisa, e
depois nos próprios diálogos em aula, possibilitará a percepção de que o acesso ao
conhecimento químico está ou não acontecendo.
BIBLIOGRAFIA
- DCEs - Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná-
Química, 2006.
- P.P.P. - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Santo Antão – Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
- QUÍMICA ENSINO MÉDIO - Livro Didático Público – Vários autores. Curitiba:
SEED - PR, 2006.
- RUSSEL, John Blair. Química Geral . 2º ed. São Paulo: Pearson Makron Books.
1994.
- SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação em Química - compromisso
com a cidadania. 3ª ed. Ijuí: Ed. Unijui . 2003.
- VANIN, José Atílio, Alquimista: O passado o presente e o futuro . 2ª ed. São
Paulo: Moderna. 2005.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
SOCIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia tenta compreender as modificações sociais, nas relações
sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação. A sociologia
delineou-se como ciência no rastro do pensamento positivista vinculado a ordem das
ciências naturais. São representantes deste pensamento Augusto Conte (1798-1857),
primeiro a utilizar o termo "Sociologia", relacionando-o com a ciência da sociedade e
posteriormente Émile Durkleim (1858-1917), que utiliza conceitos elaborados por Conte,
especialmente (Ordem social), para delinear uma das correntes mais representativas do
pensamento sociológico. Ambos pensadores têm em comum a preocupação centrada
na busca de solução para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção
capitalista.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista a
Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O
pensador alemão Karl Marx (1818-1883), trouxe importantes contribuições ao
pensamento sociológico, revelando as relações de exploração que se estabelecem a
partir do momento em que uma determinada dose social aproximou-se dos meios de
produção e passou a deter e conduzir todos os mecanismos (ou ações) da sociedade.
Uma outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico
revolucionário pode ser centrada no italiano Antônio Gramsci (1891-1937) cujas
análises foram incorporadas principalmente as pesquisas sociológicas e educacionais.
Já nos anos 30 no Brasil, devem ser ressaltados também as contribuições de Gilberto
Freire e Fernando Azevedo, que em suas obras buscavam analisar com rigor científico
a realidade brasileira.
Gilberto Freire (1900 - 1987), formado pela sociologia Norte-americana,
recebeu forte influência teórica chamado culturalista.
Fernando Azevedo (1894-1974) unindo principais do pensamento
Escolanovismo no Brasil e redator do manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
buscou dar um tratamento científico para o entendimento através da ciência
sociológica.
Retomar a trajetória histórica do ensino da Sociologia no Brasil, significa
percorrer um caminho marcado por intermitências.
A implantação da disciplina nos cursos secundários ocorre já no inicio de
1891, vinculada à disciplina de moral, embora ainda não existissem cursos de formação
de professores em nível superior nesta área.
Após a implantação de Estado Novo, várias medidas educacionais foram
tomadas no sentido de reforçar as idéias de nacionalismo. A chamada reforma
Capanema retirou a obrigatoriedade do ensino de sociologia.
O clima de democracia política que o país respirava na década de 50 e no
início da década de 60, irá favorecer a disseminação das faculdades de filosofia,
ciências e letras pelo Brasil e a sociologia passa a fazer parte não só dos currículos dos
cursos de ciências sociais como também de outros cursos superiores, especialmente o
das áreas das ciências humanas.
No período da ditadura militar, anos 70, especialmente a sociologia
permanece excluída das grades curriculares dos cursos secundários, inclusive dos
cursos de formação para magistério, constantemente sendo substituída pela disciplina
de fundamentos da educação.
A promulgação da Lei de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abre
novas perspectivas para a inclusão da sociologia nas grades curriculares, uma vez que
dita no Art.36 e inciso 3, a importância do domínio de Filosofia e Sociologia são
necessários ao exercício da cidadania.
No estado do Paraná, especificamente a partir de 2004, uma série de
políticas públicas foram estruturadas e ações implementadas pela Secretaria de
Educação, no sentido de promover a conscientização da comunidade escolar a respeito
da importância do conhecimento sociológico para o aluno de Ensino Médio.
Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para discussões
pretensamente neutros do século XIX. A Sociologia no presente tem o papel histórico
que vai além da leitura e explicações teóricas da sociedade.
Não cabem mais explicações e compreensões das normas sociais e
institucionais, para a melhor adequação social, ou mesmo para a mera crítica social,
sim a desconstrução social no sentido de transformar os grandes problemas que
vivemos hoje, provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do
desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem indivíduos
capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição planetária. É tarefa inadiável
da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas
práticas sociais que apontam para a possibilidade de novas relações sociais.
A Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento sistematizado,
tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria
condição de vida. Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos das
relações que se estabelecem no interior entre esses diferentes grupos, bem como a
compreensão das conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividade.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma delas
com o seu potencial explicativo – a ciência, dessa forma, pode ser mobilizada, p]ara
conservação ou transformação da sociedade, para a melhoria ou para degradação
humana.
Três linhas clássicas, sistematizadas por Emile Durkheim, Karl Marx e Max
Weber, alicerçaram durante todo o século XX, e ainda fundamentam as concepções de
Antonio Gramsci, Pierre Bordieu e Florestan Fernandes.
O pensamento sociológico na escola é conciliado a partir de articulação ,
experiências e conhecimentos aprendidos como fragmentos, parciais e ideologizados,
as experiências e conhecimentos aprendidos como totalidades complexas, procurando
dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como
desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do
trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade
cultural de gênero étnico-racial.
Trata-se em síntese, de reconstruir dialeticamente o conhecimento que o
aluno do Ensino Médio já dispõe, uma vez que está imersa numa prática social. Num
outro nível de compreensão da consciência das determinações históricas nas quais
existe e mais do que isso, da capacidade de intervenção e transformação dessa prática
social. É o desvendamento, através da apreensão e compreensão crítica do saber
sistematizado, da trama das relações sociais de classe, gênero e étnica na qual os
sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.
A cultura afro-brasileira e etnias raciais será articulada a partir do conteúdo
Cultura, envolvendo os diferentes temas, pré-conceitos, discriminação dentro do
contexto social e histórico.
A Educação Fiscal consiste ao desenvolvimento do estimulo do exercício da
cidadania do trabalho voluntário, para desempenhar projetos voltados a
responsabilidade social, educação ambiental, educação fiscal, esportes e cultura,
educação para o transito e civismo.
OBJETIVOS GERAIS DA SOCIOLOGIA
- Proporcionar um amplo conhecimento social, acompanhando o processo
de desenvolvimento tecnológico.
- Desenvolver o processo de socialização do indivíduo no seu
relacionamento interpessoal, melhorando o seu relacionamento com o mundo.
- Trabalhar a cultura, respeitar as diversidades culturais de cada região.
- Desenvolver o senso crítico e a cidadania.
- Possibilitar ao educando o desenvolvimento intelectual, para que ele seja
capaz de organizar os conflitos sociais.
- Através do processo de socialização, construir uma consciência,
desenvolvendo a importância do resgate de valores dentro da sociedade em que o
indivíduo é parte integrante.
- Através da teoria construir uma análise sociológica, para que o educando
compreenda melhor a sociedade em que vive.
- Através da Sociologia o educando vai estabelecendo uma socialização
entre o conhecimento e a criticidade, ele aprende a internalizar os fatos resolvendo
seus conflitos sociais com mais facilidade. O professor tem o papel fundamental de
fazer com que o educando aprenda a analisar e compreender a vida em sociedade.
- As mudanças exigem o desenvolvimento de um pensamento que explique
as condições sociais, políticas e econômicas e defina a mudança social dessa
realidade, que proporcionem o ensino de História e cultura afro-brasileira.
- Desenvolver a habilidade de pensamento crítico, através da fiscalização,
através da educação fiscal, proporcionando uma consciência e que o educando seja
conhecedor dos seus direitos e dos seus deveres enquanto cidadão.
CONTEÚDOS E CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
- Instituição familiar
- Instituição escolar
- Instituição religiosa
- O estudo da Sociologia Humana
- Conceitos básicos para a compreensão da vida social
- Agrupamentos sociais
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
- Diversidade cultural
- Relativismo
- Etnocentrismo
- Cultura Afro-brasileira e étnico racial
- Questões de gênero
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
- Fundamentos econômicos da sociedade
- Estratificação social
PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
- Mudança social
- O subdesenvolvimento
- Neoliberalismo
- Globalização
DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
- Comunidade, cidadania e minorias
- Educação e escola
- Grandes mestres das Ciências Sociais
METODOLOGIA
Não se pretende dos conteúdos estruturantes responder pela totalidade da
Sociologia bem como por seus desdobramentos em conteúdos específicos, devido a
dimensão e a dinâmica própria da sociedade e do conhecimento cientifico que
acompanha, mas, por outro lado também tem-se a clareza da necessidade do
redimensionamento de aspectos da realidade para a análise didática e crítica das
problemáticas sociais.
No ensino de sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a
exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos
textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e
bibliografia, assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles
derivados os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-
aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da
sociologia crítica, caracterizada portanto por teóricas e práticas favorecedoras ao
desenvolvimento de um pensamento crítico e instigante. É tarefa primordial do
conhecimento sociológico explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que quase sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à
transformação social.
O aluno de Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária,
e em sua diversidade cultural, ou seja, além de importantes aspectos como a
linguagem, interesses pessoais e profissionais e, necessidades materiais; deve-se ter
em vista as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem social do
aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologia utilizada, possam responder
a necessidade desse grupo social.
O ensino de sociologia pressupõem metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o
debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o aluno esteja
constantemente provocado a relacionar a teoria como o vivido, a rever conhecimento e
a reconstruir coletivamente novos saberes.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação no âmbito do ensino de sociologia, deve perpassar
todas as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de uma elaboração
metódica e sistemática.
As formas de avaliação em sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, envolvendo sempre a recuperação
paralela a cada avaliação, seja a reflexão crítica nos debates que acompanham textos
filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja na produção de textos que se
tenha como perspectiva ao selecioná-las a clareza dos objetivos que pretende atingir,
no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Avaliação é constante, diagnóstica e reflexiva.
A recuperação será feita através de trabalhos orais e escritos, pesquisa de
campo, debates sobre o conteúdo abordado, análise de filmes que envolvam o
conteúdo, sempre retomando o conteúdo que o aluno não se apropriou.
BIBLIOGRAFIA
- Apostila Nobel Sistema de Ensino. Várias fontes bibliográficas
- Diretrizes Curriculares Nacionais
- Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia. SEED PR, 2006.
- OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução á Sociologia .
- PPP – Proposta Política Pedagógica. Colégio Estadual Santo Antão – Ensino
Fundamental e Médio. Bela Vista da Caroba, 2007.
- Livro Didático Público do Estado do Paraná. Sociologia.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÃO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
INGLÊS
ENSINO MÉDIO
BELA VISTA DA CAROBA, JULHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Falar sobre o ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil, remete diretamente à
criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão é o declínio do prestigio das línguas
estrangeiras nas escolas está relacionadas as razões sociais, econômicas e políticas.
A cultura funciona como pano de fundo para todas as interações, o aluno
amplia suas experiências culturais ao comparar e contrastar a sua cultura com a
estrangeira.
Partindo do pressuposto de que o objetivo da Educação Básica é a formação
de um sujeito critico, capaz de interagir criticamente com o mundo a sua volta, o ensino
de língua estrangeira oferta nas escolas públicas, deve continuar para esse fim.
Sendo assim, o ensino de língua estrangeira deve ultrapassar as questões
técnicas e instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno reflita e
transforme a realidade que lhe apresenta, é preciso que entenda essa realidade, seus
processos sociais, políticos, econômicas, tecnológicas e culturais e inclusive perceba
que esta realidade não é estática e nem definitiva, mas é inacabada, está em constante
movimento e transformação. O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve
ser entendido apenas com um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas
informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender ao mundo e de
construir significados.
Língua e cultura, portanto constituem um dos pilares da identidade do sujeito
como cidadão e da comunidade como formação social. Percebe-se assim que não há
um modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes
possibilidades que os seres humanos elegem para regular suas vidas e que são
passiveis de mudanças ao longo do tempo.
A Língua Estrangeira Moderna também se adequara aos alunos inclusos que
necessitam de atendimento especial.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Formar um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo à
sua volta;
- Conhecer valores de outras culturas e desenvolver a percepção da
própria, promovendo aceitação da disciplina nos modos de expressão e
comportamento.
Aperfeiçoar as 4 habilidades da língua Inglesa: Listening, speaking, reading,
writng.;
- Construir um conhecimento sistemático e estruturado garantindo a
utilização da linguagem na situação de comunicação.;
- Ler compreender, interpretar e fazer inferências dos textos fornecidos de
níveis e categorias diversas, sendo capaz de responder as questões propostas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da
disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo
estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente.
Constituirá o conteúdo estruturaste para o ensino de língua estrangeira
moderna o discurso entendido como pratica social sob os seus vários gêneros:
- Leitura;
- Escrita;
- Oralidade (fala-pronúncia);
CONTEÚDOS ESPECIFICOS:
TEXTO
Gênero textual
- Textos: informativo, publicitário, literário;
- Diálogos
- Anúncios
- Reportagem
- História em quadrinhos
- Musica
- Cinema
- Instrução de jogos
- Manual de instrução
- Charges
- Bilhetes
- Cartas
- Receitas
- Cartão postal
- Torpedos
1- Estrutura especifica dos textos pertencentes aos diferentes gêneros
discursivos:
� Textos literários;
� Poemas, crônicas, etc.
� Bilhete
� Carta
� Gírias
� Filmes
� Recado
� Resumo e tiras
� Cartão postal
� Textos midiáticos
� Mensagem eletrônica, mensagem de celular, e-mail, MSN
� Folhetos
� Folders
� Cartaz e outdoor
� Diagrama
� História em quadrinhos
� Charge
� Poema
� Diário
� Musica
� Jogos
� Receita
� Texto em áudio
� Textos informativos
Considerando:
� Os aspectos externos: condições de produção
� Aspectos internos: elementos lingüísticos
� Elementos verbais e não verbais que atuam na produção de sentido do
texto
� As linguagens específicas utilizadas na comunicação mediada por
recursos tecnológicos.
2- Particularidades lingüísticas observadas nas praticas discursivas:
oralidade, escrita e leitura.
� Aspectos pragmáticos diferentes nas línguas
� Aplicabilidade da língua
� Peculiaridade lingüística
� Diversidade lingüística
� Aspecto semântico das diferentes línguas.
3- Análise da língua em uso visando a construção dos conhecimentos
lingüísticos: estrutura fonética, sintática e morfológica.
PRÁTICA DISCURSIVA:
- Leitura
- Assunto do texto
- Estética
- Vozes
- Polissemia
- Oralidade
- Coesão
- Ideologia textual
- Escrita
- Variantes lingüísticas
- Produção textual
- Por quem foi feito
- Para quê
- Público alvo
- Intencionalidade
- Contexto social e cultural
ELEMENTOS LINGUISTICOS
- Morfologia
- Sintaxe
- Estrutura fonética.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc., ressaltando as suas diferenças
estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do publico a que se destina
e sobretudo, aproveitando o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a
língua materna, é imprescindível.
As estratégias especificas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreende-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua
estrangeira dentro de suas limitações.
A escrita deve ser vista como uma atividade sociointeracional, significativa,
pois em situações reais de uso escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de
quem se constrói uma representação
Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que
ele será necessariamente, articulado coma as demais disciplinas do currículo fazendo
com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes
estar relacionadas entre si.
Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e
envolverão simultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente
proporcionando ao aluno condições para assumir uma postura critica e transformadora
com relação aos discursos que se lhe apresentam.
A disciplina de LEM – Inglês contemplará os desafios educacionais
contemporâneos como: Educação Ambiental, Prevenção Ao Uso Indevido De Droga e
Enfrentamento a Violência contra Criança e ao Adolescente, Sexualidade, Educação
Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Inserindo-os junto aos conteúdos
trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribui para a construção de saberes.
A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Em se tratando de aprendizagem de língua Estrangeira cabe ao professor
avaliar o aluno nos três principais eixos que norteiam a aprendizagem, ou seja, os
aspectos cognitivos, afetivo e psicomotor.
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação
servirá, principalmente para que o professor repense sua pratica pedagógica.
Para concluir ressaltamos a importância do livro Didático Público de Língua
Inglesa que servirá como suporte e ponto de partida para professores e alunos.
BIBLIOGRAFIA
- AUN, Maria Clara Eliana, MORAES, Prete de, SANSANOVICZ, Neuza Bilia
Inglês para o Ensino Médio – 1ª ed. – São Paulo: Saraiva 2003.vol. único.
- DCEs - Diretrizes Curriculares do Ensino Médio de Língua Estrangeira;
-LIBERATO, Wilson, Compact - English book – Volume Único.Ensino Médio.
São Paulo: F.T.D, 1998.
- MARQUES, Amadeu, Inglês – Novo Ensino Médio – Volume Único; Editora
Ática – 2002.
- Vários autores - Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/Curitiba:
SEES – PR. 2006.