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GRADUAÇÃO

ATIVIDADES AQUÁTICAS

APRESENTAÇÃO Nos dias atuais muito tem-se discutido a respeito da “qualidade de vida”e das possibilidades de melhorá-la. Sem dúvida que a prática regular de atividades físicas é inquestionável um meio de se adquirir uma vida mais saudável e eleger a Natação como modalidade a ser praticada é uma feliz escolha.

QUARTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 1998

ATOS DO PODER LEGISLATIVO LEI N.º 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998

“LEI PELÉ”

• Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências. • O PRESIDENTE DA REPÚBLICA (FERNANDO H. CARDOSO) • Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

• CAPÍTULO I

• DISPOSIÇÕES INICIAIS

– Art. 1º O desporto brasileiro abrange práticas formais e não formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito

• § 1º (prática desportiva formal é regulada por normas nacionais e internacionais e pelas regras de cada modalidade esportiva, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto)

• § 2º (prática desportiva não formal é caracterizada pela liberdade lúdica de seus praticantes)

CAPÍTULO III

DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO Art. 3º O desporto pode ser reconhecido em qualquer das

seguintes manifestações:

I – DESPO RTO EDUCACIO NAL, praticado nos

sistemas de ensino e em formas assistemáticas de

educação, evitando-se a seletividade, a

hipercompetitividade de seus praticante, com a

finalidade de alcançar o desenvolvimento integral

do indivíduo e a sua formação para o exercício da

cidadania e a prática do lazer;

II – DESPORTO DE PARTICIPAÇÃO, de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticante na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente;

• III – DESPORTO DE RENDIMENTO, praticado segundo normas gerais desta Lei e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, com a finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações.

• Parágrafo único. O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado:

• I – de modo profissional, caracterizado pela

remuneração pactuada em contrato formal de trabalho entre o atleta e a entidade de prática desportiva;

• II - de modo não-profissional, (NOVO TEXTO LEI N.º 9.981, DE 14 DE JULHO DE 2000) identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio.)

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Conceitos Básicos

APRENDER A NADAR – é colocar-se ou ser colocado, individualmente ou coletivamente, no elemento liquido em suma seqüência de situações que podem ser:

- fortuitas ou anárquicas (auto-aprendizagem). - organizada sistematicamente pelo professor a partir de uma

formalização técnica ( é o ensino). SABER NADAR – é ter resolvido qualitativamente e

quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca permanentemente: melhor equilíbrio, melhor respiração e melhor propulsão, no elemento líquido.

(CATTEAU, R. GAROFF, G, 1988, p. 61)

CORPOREIDADE

A corporeidade é, existe e por meio da cultura ela possui significado. Daí a constatação de que a relação corpo-educação, por intermédio da aprendizagem, significa aprendizagem da cultura - dando ênfase aos sentidos dos acontecimentos e à aprendizagem da história - ressaltando aqui relevância das ações humanas.

Corpo que se educa é corpo humano que aprende a fazer história fazendo cultura...[] Nessa perspectiva de argumentação, a conscientização corporal visada pela educação é ao mesmo tempo pessoal, política, cultural e histórica, pois essas dimensões representam a estrutura do fenômeno humano sem reduzi-lo a nenhum de seus elementos.

MOREIRA, (apud DE MARCO, 1995 p. 98).

CORPOREIDADE AQUÁTICA

A corporeidade aquática pode ser considerada um signo, que interage com seus valores capazes de representar, comunicar, expressar sentimentos, construindo atos de interlocução entre todos num contexto social capaz de auxiliar na formação de seres integrais.

Assim, se relacionarmos homem e água, suas ações nela e com ela, é possível limitarmos a compreensão e a apreensão do que vem a ser a corporeidade aquática e das possíveis contribuições pedagógicas na escola de ensino fundamental, inerentes a ação educativa.

(PEREIRA, 2001 p.36).

HISTÓRIA DA NATAÇÃO

HISTÓRICO

• Sabe-se que desde a pré-história, o homem já nadava.

• Na antiguidade, saber nadar era mais uma arma para sobrevivência.

• Somente na primeira metade do século XIX, começou a progredir como desporto.

• “ O HOMEM CULTO DEVE

SABER LER, ESCREVER E

NADAR”

PLATÃO

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HISTÓRICO

Século XIX:

• Fundada a National Swimming Society

• Os Ingleses criaram as regras das competições e começaram a coloca-las em prática.

Século XIX:

• Primeiras provas em Londres.

• Existiam apenas seis piscinas.

HISTÓRICO

HISTÓRICO

1844:

• O estilo usado era uma braçada de peito, executada de lado.

• Para diminuir a resistência da água, passou-se a levar um dos braços a frente pela superfície, num estilo que recebeu o nome de SINGLE OVERARM STROKE.

• Mais tarde sofreria novas modificações e passaria a se chamar DOUBLÉ OVERARM, em que os braços eram levados para frente alternadamente.

1875:

• Realizada a primeira travessia do Canal da Mancha.

• O brasileiro Abílio do Couto, de São Paulo, efetuou a travessia com recorde mundial em 1959.

HISTÓRICO

HISTÓRICO

1893:

• Inglês – Arthur Trudgen, aperfeiçoa o estilo.

• Mas é outro inglês – Frederick Cavill que ao observar indígenas nadando adotou o estilo CRAWL AUSTRALIANO.

HISTÓRICO

GRÉCIA 1896:

• I Jogos Olímpicos da Era Moderna.

• Apenas uma prova de natação foi disputada.

• 100 metros livre.

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FRANÇA 1900:

• Foi incluída a prova de 400 metros nado livre.

• Britânicos e Alemães dominaram a natação olímpica até 1912.

HISTÓRICO

INGLATERRA 1908:

• Fundação da FINA ( Federação Internacional de Natação Amadora).

• Foram incluídas as provas de 1500 metros nado livre.

• Revezamento 4 x 400 metros nado livre. • 100 metros nado de costas.

• 200 metros nado de peito.

• Com esse programa , os jogos foram disputados até 1952.

HISTÓRICO

SUÉCIA 1912:

• Primeira participação feminina em Jogos Olímpicos.

• 100 metros livre Feminino.

• 4 x 100 metros livre Feminino.

HISTÓRICO

1920:

• Os americanos passam a dominar a natação mundial.

• Desde então, os americanos só foram derrotados pelos

japoneses em 1932 e 1936, pela Austrália em 1956 e pela Alemanha Oriental em 1980 e 1988.

HISTÓRICO

FRANÇA 1924:

• 400 metros livre.

• 100 metros de costas.

• 200 metros de peito.

HISTÓRICO

AUSTRÁLIA 1956:

• 100 metros borboleta.

ITÁLIA 1960:

• Revezamento 4 x 100 metros quatro estilos.

HISTÓRICO

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HISTÓRICO no Brasil

HISTÓRICO no Brasil

1897:

• 31 de Julho

• Fundação da União de Regatas Fluminenses.

• Criada pelos clubes Botafogo, Icaraí, Gragoatá e Flamengo.

1898:

• Foi realizado o I Campeonato Brasileiro de Natação.

• Apenas uma prova era disputada, na distância aproximada de 1500m.

• Esta prova repetiu-se até o ano de 1912.

1915:

• A prova de 600 metros passa a constituir o Campeonato Carioca.

• O campeonato Brasileiro passou a ser patrocinado pela CBDA em 1916.

1919:

• É inaugurada a primeira piscina de competições.

• Quatro anos depois foram construídas as primeiras piscinas de São Paulo, A.A. São Paulo e do C.A. Paulistano.

• Antes os cariocas nadavam na enseada de Botafogo e os Paulistas no Rio Tietê.

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1919:

• I Campeonato Sul Americano disputado no Brasil, Rio de Janeiro

• O Brasil já mostrava superioridade no esporte

Atletas que se destacaram ao

longo de nossa história.

HISTÓRICO no Brasil

1939:

• Maria Lenk

• recordista mundial nos 400m e 200m, ambas nado

de peito

COMPLEXO MARIA LENK

HELSINQUE 1952:

• Tetsuo Okamoto

• Bronze nos 1500m livre (18’ 51’’30)

HISTÓRICO no Brasil

ROMA 1960:

• Manuel dos Santos Júnior

• Bronze nos 100m livre (55’’40)

HISTÓRICO no Brasil

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MOSCOU 1980:

• Djan Madruga, Ciro Delgado,

Jorge Fernandes e Marcus Marttioli

• Bronze Revezamento 4 x 200m livre

(7’29’’30)

HISTÓRICO no Brasil

LOS ANGELES 1984:

• Ricardo Prado

• Prata nos 400m medley

(4’18’’45)

HISTÓRICO no Brasil

BARCELONA 1992:

• Gustavo Borges

• Prata nos 100m livre (49’’43)

HISTÓRICO no Brasil

ATLANTA 1996:

• Gustavo Borges

• Prata nos 200m livre (1’48’’63)

• Bronze nos 100m livre (49’’02)

• Fernando Scherer • Bronze nos 50m livre (22’’29)

HISTÓRICO no Brasil

SYDNEY 2000:

• Fernando Scherer, Carlos Jayme,

Gustavo Borges e Edvaldo Valério • Bronze Revezamento 4 x 100m livre

HISTÓRICO no Brasil HISTÓRICO no Brasil

PEQUIM 2008:

• Cesar Cielo

• Ouro nos 50m livre (21’’30)

• Bronze nos 100m livre (47’’67)

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MUNDIAL DE ROMA

• OS 43 RECORDES SUPERADOS NO MUNDIAL DE ROMA • MASCULINO

100 m livres: 46s91 (César Cielo/BRA) 200 m livres: 1min42s00 (Paul Biedermann/ALE) 400 m livres: 3min40s07 (Paul Biedermann/GER) 800 m livres: 7min32s12 (Zhang Lin/CHN) 50 m peito: 26s74 (Cameron Van Der Burgh/AFS) 50 m peito: 26s67 (Cameron Van Der Burgh/AFS) 100 m peito: 58s58 (Brenton Rickard/AUS) 200 m peito: 2min07s31 (Christian Sprenger/AUS)

MUNDIAL DE ROMA

• OS 43 RECORDES SUPERADOS NO MUNDIAL DE ROMA

• MASCULINO 200 m peito: 2min07s31 (Christian Sprenger/AUS) 50 m costas: 24s08 (Liam Tancock/GBR) 50 m costas: 24s04 (Liam Tancock/GBR) 200 m costas: 1min51s92 (Aaron Peirsol/EUA) 100 m borboleta: 50s01 (Milorad Cavic/SER) 100 m borboleta: 49s82 (Michael Phelps/EUA) 200 m borboleta: 1min51s51 (Michael Phelps/EUA) 200 m medley: 1min54s10 (Ryan Lochte/EUA) Revezamento 4 x 200 m livres: 6min58s55 (Estados Unidos) Revezamento 4 x 100 m livres: 3min27s28 (Estados Unidos)

• FEMININO 50 m livres: 23s73 (Britta Steffen/ALE) 100 m livres: 52s22 na primeira parte do 4 x 100 m livres (Britta Steffen/ALE) 100 m livres: 52s07 (Britta Steffen/ALE) 200 m livres: 1min53s67 (Federica Pellegrini/ITA) 200 m livres: 1min52s98 (Federica Pellegrini/ITA) 400 m livres: 3min59.15 (Federica Pellegrini/ITA) 50 m costas: 27s39 (Daniela Samulski/ALE) 50 m costas: 27s38 (Anastasia Zueva/RUS) 50 m costas: 27s06 (Zhao Jing/CHN) 100 m costas: 58s48 (Anastasia Zueva/RUS) 100 m costas: 58s12 (Gemma Spofforth/GBR) 200 m costas: 2min04s81 (Kirsty Coventry/ZIM) 50 m peito: 30s09 (Yuliya Efimova/RUS)

• FEMININO

50 m peito: 30s09 (Yuliya Efimova/RUS) 100 m peito: 1min04s84 (Rebecca Soni/EUA) 200 m peito: 2min20s12 (Annamay Pierse/CAN) 50 m borboleta: 25s28 (Marlene Veldhuis) 50 m borboleta: 25s07 (Therese Alshammar/SUE) 100 m borboleta: 56s44 (Sarah Sjostrom/SUE) 100 m borboleta: 56s06 (Sarah Sjostrom/SUE) 200 m borboleta: 2min04s14 (Mary Descenza/EUA) 200 m borboleta: 2min03s41 (Jessicah Schipper/AUS) 200 m medley: 2min07s03 (Ariana Kukors/EUA) 200 m medley: 2min06s15 (Ariana Kukors/EUA) Revezamento 4 x 100 m livres: 3min31s72 (Holanda) Revezamento 4 x 200 m livres: 7min42s08 (China) Revezamento 4 x 100 m medley: 3min52s19 (China)

MUNDIAL DE ROMA

• Mais uma conquista histórica. Brasil é vice-campeão masculino

• O Brasil fez 230 pontos no masculino e 70 pontos no feminino, alcançando o 9º lugar na classificação geral.

• Observando somente a contagem no masculino, a classificação ficou assim:

• 1- USA – 430 pontos 2- BRASIL – 230 pontos 3- AUSTRALIA – 224 pontos 4- RUSSIA – 200 pontos 5- JAPÃO – 197 pontos 6- INGLATERRA – 178 pontos 7- ALEMANHA – 176 pontos 8- ÁFRICA DO SUL – 170 pontos 9- ITÁLIA – 162 pontos 10 - FRANÇA – 160 pontos

MUNDIAL DE ROMA

• Principais Maiôs:

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Michel Phelps

• Michael Phelps

Envergadura = 2,0 metros

Altura = 1,93 metros

Pés = 29,8 cm aproximadamente (equivalente a calçados número 48).

De acordo com um artigo publicado em The Guardian, a alimentação diária de Phelps é tal que ele

ingere alimentos que lhe dão um aporte energético de

cerca de 12 000 kcal por dia, equivalente a cinco vezes a de um homem adulto médio.

LONDRES 2012

Bases Pedagógicas

CORRENTE GLOBAL CARACTERÍSTICAS: É a mais antiga, sem se preocupar com métodos ou de organização de aprendizagem, não conta com a presença do professor ou se faz de maneira muito discreta, agi-se pelo inato ou pelo espontâneo,

também caracterizada como auto-aprendizagem.

PONTOS NEGATIVOS: Anarquia e espontaneidade; Ausência de método; Ausência do professor, que não pode descobrir os erros e deles tirar lições;

Erros = perda de tempo; Lentidão da aprendizagem devido às necessidades fortuitas; Não simplificação do gesto; Confiança na adaptação instintiva (biológica), tudo se resolve com o tempo.

PONTOS POSITIVOS: Trabalho no meio líquido;

Atitude ativa do aluno; Respeito aos imperativos psicológicos; Respeito pelas estruturas biológicas; Hierarquia e cronologia das etapas de aprendizagem (equilíbrio, respiração e motricidade);

Modalidade de nados adaptadas às circunstâncias. Aquisição tentativa e erro.

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CORRENTE ANALÍTICA

CARACTERÍSTICAS – O empreendimento pedagógico é o ponto mais revelador desta corrente, que foram muito utilizados pelo exército (disciplina), criadas muitas máquinas para a execução de movimentos utilizados para se

nadar (posições), muitos exercícios praticados no seco e movimentos mecanizados e condicionados.

PONTOS NEGATIVOS: Natação reduzida apenas aos movimentos; Estudo dos movimentos a seco, fora do meio líquido; Criação de um nado artificial, peito;

Atitude passiva do aluno; Mecanização; Utilização de aparelhos; Professor substituído por máquinas, discos, etc.;

Alunos são unidades intercambiáveis. PONTOS POSITIVOS: Tentativa metodológica;

Formas coletivas de trabalho sob o comando do professor; Esforço para dividir as dificuldades e abordá-las sucessivamente; Introdução do exercício como meio de aprendizagem; Aparição do “educativo” para preparar o exercício difícil;

Progressão na dificuldade.

CORRENTE MODERNA (SINTÉTICA) CARACTERÍSITCAS: esta corrente vai mais além do que simplesmente recuperar os pontos positivos da outras

correntes já apresentadas e tentar eliminar os negativos, ela é objetivamente relacionada à natação, evolutiva à diferentes nados, que busca entender e aplicar a evolução da teoria e da prática, tem a ciência, a técnica e a experimentação como fonte de conhecimento, apoiada na corrente psicológica de Gestalt que parte do nado

como um “todo” e deste para as “partes”.

Busca da Organização Permanente

Material:

Determinação das superfícies, das formas, das profundidades; Apropriadas a ação pedagógica;

Busca do acesso permanente as instalações.

Prática:

Pra satisfazer as necessidades ilimitadas dos alunos; Realização dos circuitos de aprendizagem;

Organização de grupos de professores.

Teoria: Estruturação da matéria à ensinar;

Formalização (Equilíbrio, Respiração, Propulsão);

Substruturação dos componentes E R P; Programação.

FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR

• De acordo com Gallahue e Ozmun (2001 p. 573-75) o modelo abaixo sugerido em níveis para o aprendizado de novas habilidade motoras, inclusive as aquáticas, independem da idade, as diferenças serão encontradas apenas no tempo gasto em cada nível,

A NATAÇÃO SOB O PONTO DE VISTA DA PSICOMOTRICIDADE

Segundo Fonseca, (2004 p. 94 -95), a motricidade aquática solicita uma nova arquitetura psicomotora diferente da terrestre em função da atenuação da gravidade.

• tonicidade: a interação entre impulsão e gravidade se modifica disponibilizando sinergias estáticas.

• equilíbrio horizontal: promove um conjunto de informações vestibulares

que trás ao individuo uma imagem corporal alterada em que sensações proprioceptivas e tátil-cinestésicas, enriquecem a percepção dos limites do próprio corpo.

• a melodia práxica conjugada com as sinergias respiratórias e espaciais

põe em jogo novos sistemas e novos esquemas de independência, que ora resulta a plasticidade adaptativa e ora a uma total inadaptação.

Cont..

• A interação sensorial na água tem de ser aprendida num ambiente de segurança, conforto e prazer para que ocorram nos processos neurológicos a função adaptativa e a realização do desempenho motor ilustrando uma organização de componentes psicológicos, harmonioso e funcional.

• A todo momento na água, o cérebro recebe informações oriundas dos olhos, ouvidos, pele, músculo, gravidade, da impulsão, flutuação, etc. e isto requer novos rearranjos posturais e locomotores (propulsivos)

• essas informações devem ser organizadas num tráfego neurológico propício, caso isto não ocorra o comportamento aquático será inadequado e desajustado.

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O ser práxico e aprendizagem da natação

• Segundo Ajuriaguerra apud Fonseca 2004 p. 98 a aprendizagem situa-se em três níveis: corpo agido, corpo atuante e corpo transformador.

• Ainda de Acordo com Fonseca (2004 p. 100-02) a aprendizagem da natação deve ocorrer em três fases:

Corpo agido • o corpo agido: a criança experimenta e apropria-se do meio envolvente

com o espaço subjetivo, por meio da interação, intencional e recíproca com o “outro”. - o corpo agido: a criança experimenta e apropria-se do meio envolvente com o espaço subjetivo, por meio da interação, intencional e recíproca com o “outro”.

• Na primeira fase o professor/mediatizador deve co-explorar o meio

aquático em várias formas, tátil, cinestésica, vestibular, proprioceptiva, auditiva, visual, etc. objetivando a apropriação da imagem corporal da criança, proporcionando o ajustamento do corpo e do cérebro à água por meio de descoberta que tragam respostas adaptativas, e estas são mais motoras que mental e mais emocional que cortical.

• Neste momento é crucial os momentos de criação, alegria, conforto, segurança, confiança e satisfação na água.

Corpo Atuante

• o corpo atuante: a criança aperfeiçoa os vários graus de liberdade diante do “outro” e ao meio exterior como espaço pré-apresentado.

• Na segunda fase é o momento que se deve promover o enriquecimento adaptativo as sensações decorrentes do meio aquático. As respostas adaptativas serão produzidas desde que o corpo atuante organize as sensações proprioceptivas e intra-somáticas e as sensações exteroceptivas do envolvimento com a água.

Corpo transformador

• o corpo transformador: é a fase que a criança assume o papel de ator, de criador e de ser práxico.

• Na terceira fase da aprendizagem da natação entra em jogo o “corpo transformador” visando a otimização das interações sensoriais que pode implicar em deslocamentos coordenados e construtivos, no qual a dimensão e a profundidade lúdica das competências junto ao meio aquático entendidas com subsídios básicos para iniciação esportiva diante de um planejamento pedagógica e opcional de competição.

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AS ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA O BEBÊ E A CRIANÇA SOB O PONTO DE VISTA

METODOLÓGICO

Muito já se tem estudado e desenvolvido a natação para o bebê o que se traduz em uma atividade não só para o lazer, mas também para a noção de sobrevivência da formação integral do ser e de uma possível iniciação ao aprendizado básico dos estilos da natação.

Um programa aquático para bebês bem organizado e adequado se desenvolve a partir de 03 meses de idade até os 2 anos aproximadamente. Ainda de acordo Gallahue e Ozmun, (2001 p. 209-10 e 175)

Durante essa idade as realizações motoras do bebê humano normal vão depender tanto da função, quanto da maturação neurológica e de um sistema auto-organizável, sendo que a biologia numa seqüência previsível ocorre em uma variação normal porém o ritmo pode variar de acordo com os estímulos ambientais.

Deve-se respeitar os estágios de inibição dos reflexos primitivos (de moro, de procura, sucção, palmar-mental, palmar mandibular, agarramento palmar, de Babinski e firmeza de pescoço) quando no primeiro ano de vida são suprimidos gradualmente.

E nos primeiros seis meses as habilidades perceptivo-visual se desenvolvem rapidamente e com ela a sensibilidade à luz, acuidade visual, visão periférica, percepção de profundidade, entre outras.

Algumas considerações para as atividades aquáticas do

bebê:

• Embora o bebê tenha permanecido imerso no líquido amniótico durante nove meses, após o seu nascimento há necessidade de adaptá-lo no meio aquático;

• O primeiro banho é a primeira aula de natação;

• As condições higiênicas da água devem ser adequadas e sua temperatura deve ser aproximadamente de 32 graus;

• O ambiente aquático deve ser calmo, alegre e colorido;

• Os vestiários de demais dependências devem ser adequados para a segurança e conforto do bebê;

• Para as aulas, verificar os horários de sono e de alimentação do bebê;

• As sessões devem ser na maioria das vezes na presença da mãe ou pais;

• Deve-se respeitar os imperativos psicológicos e motores do bebê;

• Não há necessidade de apressar-se em novas aprendizagens;

• A repetição de atividade já aprendida e imprescindível;

• Não se deve comparar a evolução dos bebês no meio aquático, cada um tem seu ritmo;

• O bebê não deve ser visto como um eventual campeão de natação;

• Pais e filhos se interagem e se descobrem ao mesmo tempo em que fazem isso com a água. A natação significa assim, um espaço de descobertas e alegrias.

Unidades capazes de levar ao aprendizado da natação

Adaptação ao meio aquático

Flutuação

Respiração

Propulsão

Mergulho elementar

Machado, 1978, Palmer 1990, Velasco, 1997,

Catteau, R. e Garoff, G.1998, Lima, 1999, Carvalho, s/d e Andries, Wassal e Pereira, 2002,

Bases da natação:

• Pedagógicas (metodologia, estilos de ensino, didática, etc.)

• Psicológicas (ambiente, relações pessoais, sentimentos, motivação, experiência...)

• Mecânicas (hidrodinâmica, leis físicas, aplicação de forças, resultantes, outros)

• bio-fisiológicas (funções do corpo humano, respostas aos estímulos, nutrição, etc)

Unidades capazes de levar ao aprendizado da natação

Adaptação ao meio aquático

Flutuação

Respiração

Propulsão

Mergulho elementar

Machado, 1978, Palmer 1990, Velasco, 1997,

Catteau, R. e Garoff, G.1998, Lima, 1999, Carvalho, s/d e Andries, Wassal e Pereira, 2002,

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ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO

• provar que a natação é divertida

• criar situações motivantes para o contato com água- molhar o corpo, rosto, em si e nos amigos.

• provocar o contato com a água e sentir a resistência que esta oferece.

• proporcionar condições para que o aluno tenha mobilidade na água.

• provocar situações que o aluno resolva os problemas de equilíbrio na água.- outros que o professor possa identificar como necessário a aquela turma ou aluno.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

• utilização de duchas ou banhos de mangueiras no recinto da piscina,

• alunos sentados na borda da piscina, batimento de membros inferiores,

• entrar e sair da piscina, pelas bordas ou escadas,

• passeios aquáticos, reconhecimento geral da piscina, andar livremente ou provocado pelo professor,

• atividades lúdicas em geral propostas pelo prof. ao aluno ou grupo,

• jogos individuais ou em grupos.

Observação do Professor

• é de suma importância que nesta unidade o aluno sinta-se muito à vontade, motivado e seguro,

• o professor deve estar atento às reações dos alunos, de satisfação, receios, segurança, timidez, interação com outros alunos e ambiente,

• que o local ofereça segurança, • que o professor se mostre interessado em oferecer

um aprendizado de qualidade, para uma total confiança na relação professor, aluno e conhecimento.

FLUTUAÇÃO (EQUILIBRIO)

• provar que é possível o aluno pode flutuar no meio aquático, • criar situações motivantes para que o aluno possa perder e recuperar o

equilíbrio,

• propiciar ao aluno situações-problemas, no sentido de imergir completamente a cabeça,

• idem ao anterior, porem com um tempo maior de imersão e com possibilidade de permanecer com os olhos abertos

• provocar o contato com a água e sentir a resistência que esta oferece. • proporcionar condições para que o aluno tenha mobilidade na água. • provocar situações que o aluno resolva os problemas de equilíbrio na

água. • outros que o professor possa identificar como necessário à aquela turma

ou aluno.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

• utilizar como musiquinha Pula pula seu sapão vou encostar minha : mãozinha...; meu cotovelinho...; meu joelhinho...; minha barriguinha...; meu bumbum...; meu peitinho...; no chão.- Boa tarde Dona Água (moradora no fundo da piscina)

• Pegar objetos no fundo da piscina.

• Imitar: um xis, um triângulo, um pastel, uma bola... na água.

• Imitar um foguetinho sem movimentos

Observação do Professor

• É muito importante nesta unidade que o aluno perceba as possibilidades de deitar e levantar tranqüilamente (perder e recuperar o equilíbrio).

• Perceber que pode flutuar (permanecer um tempo próximo da superfície).

• observar que mesmo flutuando possa mudar de posição.

• perceber que afundar o rosto na água não irá lhe fazer mal e dominando o bloqueio respiratório poderá contar com recursos de segurança.

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RESPIRAÇÃO

• Imersão completa da cabeça.

• Imersão completa prolongada.

• Respiração aquática.

• Educação respiratória.

• Respiração frontal.

• Respiração lateral.

• Respiração bilateral.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

• Variações das atividades utilizadas na unidade flutuação. • Brincar de assoprar (bexigas, canudinhos, bolinhas de tênis de

mesa, etc. • Assoprar livremente pela boca na água, pelo nariz de formas

variadas. • Brincar 2 a 2, frente a frente de mãos dadas de gangorra (um

sobe enquanto outro desce) • Idem ao anterior, mostrar números variados de dedos com o

objetivo de fazer com que o outro abra os olhos debaixo da água e identifique a quantidade.

• Brincar repetidamente afundar e sair da água 10, 20, 30 ou 40 vezes.

Observação do Professor

• Neste momento a criança deve dominar a inspiração (fora da água, pela boca) e expiração (dentro da água, pelo nariz se precisar pela boca).

• Verificar e “impedir” que a criança passe a mão pelo rosto (ocupar suas mãos)

• Evitar que as crianças balancem a cabeça com intuito de eliminar a água do rosto.

• Seus movimentos respiratórios não devem ser “explosivos” e sim suaves.

• Evitar ao máximo que as mãos sejam levadas as narinas.

PROPULSÃO

• Noções de propulsão deslocar-se com movimentos próprios sem auxílio de materiais, tanto na superfície

como abaixo dela.

• Nado cachorrinho.

• Propulsão de membros inferiores.

• Propulsão de membros superiores.

• Coordenação de membros inferiores e superiores.Iniciação da respiração lateral.

• Sincronismo geral (estilo crawl).

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

• Empurrar o chão, a parede para pequenos e grandes deslizamentos. • Solicitar ou elaborar conteste que objetivem a permanência em deslize a

maior distância possível. • Solicitar que as crianças movimentem os membros inferiores ( de acordo

com a cultura local. • As crianças poderão cantar e executar os gestos da musiquinha “...puxa,

puxa, puxa a vassoura da bruxa, puxa ...(repetir) • Solicitar aos alunos que os mesmos imitem as pás um ventilador ou os

remos de um caiaque. • Colocar algumas referências fora da piscina em um dos lados e pedir aos

alunos que quando um dos remos ou pás passarem por baixo da água, o rosto deverá virar para o lado do referido referencial.

Observação do Professor

• Verificar se a criança consegue deslizar aproximadamente uns 6 metros sem auxilio de movimentos propulsivos.

• Aproveitar os recursos utilizados pelos próprios alunos como sugestões de encorajamento “ vamos imitar tal ou tal aluno”.Como é conhecido e fácil de exercitar os alunos farão os movimentos alternados de membros inferiores.

• Com o conhecimento acima os alunos serão capazes de utilizarem os MMSS alternadamente em baixo da água, neste momento o rosto deverá permanecer em baixo da água, elevando somente quando não suportar mais o bloqueio.

• Quando o aprendiz estiver iniciando a tomada de ar lateral, solicitar para que permaneça com a face encostada na superfície da água e também evitar olhar para frente no momento da expiração.

• Pedir ao aprendiz uma certa eficiência quanto ao número de repetições em relação a quantidade de braçadas/ inspirações / expirações.

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MERGULHO ELEMENTAR

• Propiciar aos aprendizes saltos de fora para dentro da água.Incentivar a entrada na água com saltos em pé, agachados, em posição obliqua em relação a superfície da água e em posição invertida.

• Promover atividades onde os saltos sejam dados de locais mais altos do que as bordas da piscina bem como seu aproveitamento do deslize para chegar o mais longe possível. provar que a natação é divertida

• criar situações motivantes para o contato com água; • molhar o corpo, rosto, em si e nos amigos. • provocar o contato com a água e sentir a resistência que esta oferece. • proporcionar condições para que o aluno tenha mobilidade na água.

• provocar situações que o aluno resolva os problemas de equilíbrio na água,

• outros que o professor possa identificar como necessário a aquela turma ou aluno.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

• Saltar de fora para dentro partindo da posição em cócoras, em pé ou andando entrando na água em pé.

• Saltar de fora para dentro partindo de uma posição sentada bem próxima da superfície da água.

• Saltar partindo de uma posição onde um dos joelhos permaneça apoiado no solo enquanto o outro estará estendido para trás.

• Saltar partindo da posição em pé com os membros inferiores em semi flexão.

• Saltar de lugares mais altos que a borda da piscina, variar posições.

Observação do Professor

• Para estas atividades é imprescindível que seja observada a profundidade da piscina, pois existe a possibilidade do aluno chocar-se com o fundo.

• Alguns alunos podem temer este tipo de atividade e cabe ao professor incentivá-lo porém obedecendo os princípios psicológicos.

• Para aumentar a motivação o professor poderá criar situações agradáveis com musicas, materiais coloridos (arcos, cordas elásticas, materiais que afundam entre outros) de suma importância que nesta unidade o aluno sinta-se muito à vontade, motivado e seguro.

• Ao promover os saltos de lugares mais alto observar principalmente a maneira com que o corpo do aluno venha a romper a superfície da água.

Conteúdos

• Nados Crawl e Costas • Conceitual: conhecer, respeitar e conceituar as manifestações culturais

relativas a prática destes nados.

• Factual: aprendizado do nado crawl e costas; • Procedimental: o deslize do corpo através do batimento de pernas na

posição ventral e dorsal; controle da respiração, controle da coordenação dos membros inferiores e

superiores do nado crawl e costas;

domínio do nado propriamente dito. • Atitudinal: perceber seus limites e supera-los visando assim à importância

da prática corporal aquática sejam elas direcionadas a natação desportiva, recreativa e se aproprie como possibilidade de qualidade de vida.

Técnicas do Nado Crawl

• Posição de Corpo: na horizontal e em decúbito ventral, com movimentos de rolamentos laterais, em seu eixo longitudinal.

• Posição de Cabeça: nível da água na parte superior da testa, olhar à frente e para o fundo.

• Respiração: Inspiração pela boca no momento em que um dos braços estiver realizando o apoio e o outro a finalização. A expiração pode ser feita pela boca, nariz e nariz/boca, a expiração pelo nariz pode facilitar a execução de viradas.

• Respiração 2 x 1, 3x1; 4x1;... :

• Fases submersa e aérea dos membros superiores:

• Entrada: a frente da cabeça, entre a linha central do corpo e a linha da direção do ombro. Braço ligeiramente flexionado e cotovelo elevado acima da mão, os dedos devem tocar a água primeiro. Desliza pra dentro à frente, de lado com a palma da mão ligeiramente voltada para fora

• Apoio: puxada para baixo e para o fundo, sem abertura significativa com o braço estendido.

• Tração: maior eficiência, flexão do antebraço em relação ao braço,

alinhando cotovelo, mão e ombro alinhado sob o corpo.

• Empurrada ou finalização: aproximação do braço e cotovelo em direção ao tronco, com extensão do antebraço, retirando a mão da água próximo ao quadril.

• Recuperação: com a elevação do cotovelo, flexionando o antebraço e projetando a mão para frente. Braços relaxados.

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• Movimento dos membros inferiores:

• alternados com movimentos ascendentes e descendentes. • Descendente: inicia-se com o calcanhar alinhado a superfície

da água, onde ocorrerá uma flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa, pés em flexão plantar e em inversão, podem afundar até cerca de aproximadamente 30 cm da superfície.

• Ascendente: perna mantém-se estendida, pés em flexão plantar, tornozelos soltos podendo ser chamado de fase de recuperação

• Coordenação do Movimento: ponto máximo descendente da pernada coincide com o empurrão final da finalização da braçada do mesmo lado.

• Coord. Braço/perna:1 ciclo de braçada 6 movimentos de pernadas, podendo ser também 1 por 4 e 1 por 2.

Nado Costas • Posição de Corpo: na horizontal e decúbito dorsal, realizando movimentos de

rolamento laterais, no eixo longitudinal.

• Posição de Cabeça: apoiada na água e fixa, com o nível da água na parte posterior ou mediana das orelhas.

• Braçada: na direção do ombro, estendida, com a palma voltada para fora, dedo mínimo será o primeiro contato com a água. Deslizando para dentro.

• Apoio: para baixo e para o lado em direção ao fundo da piscina, braço estendido.

• Tração: maior eficiência, flexão do antebraço em relação ao braço (90º a 110º), fase onde mão, cotovelo e ombros devem estar alinhados. Braço perpendicular ao corpo e cotovelo voltado para o fundo.

• Empurrão: aproximação do braço e cotovelo em direção ao tronco, com extensão do antebraço, projetando a mão em direção ao fundo, apresentando um rolamento de corpo para o lado oposto a esse braço, e uma conseqüência saída do ombro, do mesmo lado.

• Pernada: alternadas, trajetórias descendentes: perna estendida e alinhada a superfície no início do movimento, mantém-se a extensão e no final do movimento ocorre uma ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa com isto ocorrerá uma pequena elevação do joelho e seguida uma extensão vigorosa da perna, pés em extensão plantar e em inversão, aproveitando a pressão do dorso e perna, fase ascendentes.

• Coordenação do Movimento: no ponto máximo ascendente da pernada coincida com o empurrão final da finalização da braçada do mesmo lado.

• Para cada ciclo de braçada são realizados seis movimentos de pernas.

• Respiração: inspiração pela boca no momento em que um dos braços

estiver iniciando a recuperação e o outro o apoio.

Importância da propriocepção na formação do nadador

• Algumas frases ditas pelo professor palestrante: • Todos os músculos, ligamentos e periféricos possuem proprioceptores. • Diferentes estímulos para estimular maior número de proprioceptores.

• Recrutação neural em geral. • É muito importante saber sobre Anatonia Funcional para saber quais os

músculos que participam dos movimentos utilizados nos nados.

• No ensino tomar cuidado para não castrar o aluno de descoberta de movimentos.

• Misturar movimentos desorganizados com os organizados • Os palmateios são muito importante para estimular a pegada na água.

Propriocepção e o nadador cont.

• Manter os cotovelos altos na fase aérea trás uma economia de 30% do VO2.

• Entrada da braçada mais curta com deslize aumenta a capacidade de percepção.

• Nadar com os olhos fechados melhora a possibilidade de percepção. • Nadar com a cabeça alta estimula os proprioceptores dos membros

inferiores. • Variar bastante os estímulos com palmares, mãos abertas e fechadas, com

meias, nadadeiras, etc. • A natação mundial atualmente apresenta nadadores com trabalho muito

eficaz dos membros inferiores, ver tamanho dos pés dos mesmos. • "Reestruturação" neuronial é mais difícil que a "Estruturação" (ver

correção de um movimento já consolidado).

Vale a pena relembrar, segundo CATTEAU e GAROF (1988, p.

86). PROPRIOCEPTIVOS

• O sentido cinestésico - Sensibilidade postural.

• Os receptores especializados se encontram em todos os músculos, tendões, ligamentos, articulações do aparelho motor humano.

• Fonte essencial das informações espaço-temporal dos componentes do esquema corporal.

• Os receptores sensíveis à tensão (contrações) dos músculos, à intensidade e às variações desta intensidade permitem, em referência ao peso, definir a posição dos diferentes segmentos no espaço (em relação ao corpo), a direção, o sentido e a importância desses deslocamentos.

• Essencialmente subjetivas, as informações proprioceptivas devem ser: antes de mais nada, associadas às informações exteroceptivas (objetivas) antes de ser utilizáveis de maneira mais ou menos autônoma.

• "A cinesntesia não pode se constituir em estado de sensibilidade específica a não ser refletindo seus efeitos numa outra que lhe seja concomitante" (H> Wallon). Na água, o sistema de referência é diferente e as informações são falseadas em relação ao sistema habitual.

• " As sensações que resultam do próprio movimento são necessárias à sua boa execução" - reaferição.

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Exercícios / Educativos - Crawl

• Nadar crawl com as mãos submersas, tanto na fase aérea como na aquática.

• Batimentos dos membros inferiores, membros superiores ao lado do tronco, rotação do tronco, para respiração.

• Idem ao anterior com batimentos mais rápidos, com os membros superiores estendidos à frente.

• Idem ao anterior, ao olhar para o fundo da piscina, aumentar a propulsão.

• Nadar crawl respiração 5x1, com as mãos fechadas, batimentos dos membros inferiores intenso.

• Nadar crawl, com o exercício "asa de frango", respiração 5x1. • Com prancha à frente, 1 braço e ante braço fletidos e imóveis "asa de frango",

respiração à vontade.

• Batimentos dos membros inferiores, executar o exercício "asa de frango", iniciando atrás, indo até embaixo das axilas e retornar até a coxa, respirar quando o braço estender em direção a coxa.

• Idem ao anterior, executar três braçadas para depois trocar de braço.

Exercícios/Educativos

• Nadar crawl com o cotovelo alto, raspando o dorso da mão na superfície da água, respiração 5x1.

• Batimento dos membros inferiores intenso, com um dos membros superiores à frente e abaixo da linha da superfície da água e o outro para trás e para fora, ambos mais ou menos à um ângulo de 30 graus.

• Idem ao anterior, com respiração lateral a cada 6 tempos. • Idem ao anterior, com palmateios à frente e o outro atrás. • Nadar crawl com um das mãos abertas e outra fechada, variar a cada três braçadas. • Nadar crawl passando as pontas dos dedos na superfície da água durante a fase aérea. • Nadar crawl com entrada da mão curta, alongar/deslizando à frente e alongar mais até a

pegada da água. • Nadar crawl com respiração 5x1 prestando atenção em todas as observações enfatizadas

anteriormente, (cotovelo alto, trabalho dos membros inferiores intensos, tirar as mãos atrás, semelhante ao tirar a mão de um bolso, etc.).

• Saída do bloco, nadar crawl 5x1. • Obs. dependendo da necessidade, repetir os exercícios a cada 25 ou 50 metros.

Exercícios/Educativos - costas

• Propulsão das pernas com os braços no prolongamento do corpo;

• Propulsão das pernas com um braço à frente, outro ao lado do corpo;

• Propulsão das pernas com as mãos na nuca; • Propulsão das pernas com nadadeiras; • Nadando ou propulsão de pernas colocando um objeto (copo

de plástico com água, moeda, óculos, pedra, etc.) na testa para não modificar a posição da cabeça.

Exerc./Educ. Costas cont.

• Nadando, movimentar somente o braço direito - propulsão das pernas intensa;

• Nadando, movimentar somente o braço esquerdo - propulsão

das pernas intensa; • 3 - 6 pernadas com um braço à frente e outro atrás, trocar; • Movimento dos braços até 90º, voltar; • Movimento dos braços até 90º, voltar, até 180º, voltar,

braçada completa Fonte: Treinamento em Academias - Prof. William de Lima

INICIAÇÃO À NATAÇÃO

• Os conteúdos a seguir poderão ser desenvolvidos na parte principal das aulas, as partes : inicial e final ficarão a critério do professor ou turma.

• 1ª aula : Adaptação ao meio aquático. • 2ª aula : Adaptação ao meio aquático.

• 3ª aula : Flutuação.

• 4ª aula : Flutuação. • 5ª aula : Início da respiração aquática.

• 6ª aula : Educação respiratória.

• 7ª aula : Noções de propulsão. • 8 ª aula : Propulsão de membros inferiores.

• 9ª aula : Início da coordenação de membros inferiores e superiores.

• 10ª aula : Coordenação de membros inferiores e superiores; cachorrinho.

continuação

• 11ª aula : Início da coordenação de membros inferiores, superiores e respiração lateral.

• 12ª aula : Coordenação de membros inferiores superiores e respiração lateral (direita e esquerda).

• 13ª aula : Sincronismo geral do estilo crawl. • 14ª aula : Sincronismo geral do estilo crawl e respiração bilateral.

• 15ª aula : Mergulhos e saída (variar as posições de partidas)

• 16ª aula : Início de propulsão dos membros inferiores do nado costas. • 17ª aula : Início de propulsão dos membros superiores do nado costas.

• 18ª aula : Coordenação de membros inferiores, superiores e respiração do nado costas.

• 19ª aula : Sincronismo geral do nado costas. • 20ª aula : Avaliação (informações gerais, tomadas de tempo, festivais locais ou

regionalizados, etc).

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Ampliação/Aperfeiçoamanto/Outros

• 1ª aula : Nadar crawl e costas (sondagem/avaliação)

• 2ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado crawl / nadar costas.

• 3ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado costas / nadar crawl. • 4ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado crawl / nado costas.

• 5ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado costas / nado crawl.

• 6ª aula : Viradas simples do nado crawl e costas. • 7ª aula : Viradas e saídas dos nados crawl e costas.

• 8ª aula : Educativos crawl e costas e avaliação.

• 9 ª aula : Iniciação dos movimentos dos membros inferiores e superiores do nado peito / nadar crawl e costas.

• 10ª aula : Iniciação dos movimentos dos membros superiores e inferiores do nado peito / nadar costas e crawl.

continuação

• 11ª aula : Coordenação geral dos membros inferiores, superiores e respiração do nado peito / nados crawl e costas.

• 12ª aula : Sincronismo geral do nado peito / nadar costas e crawl. • 13ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado crawl /

nadar peito e costas. • 14ª aula : Trabalho de membros inferiores , superiores e nado costas /

nadar crawl e peito. • 15ª aula : Trabalho de membros inferiores, superiores e nado peito /

nadar costas e crawl. • 16ª aula : Virada do nado peito (filipina) / nadar crawl, peito e costas.

• 17ª aula : Saídas e viradas do nado peito / nadar peito, costas e crawl. • 18ª aula : Trabalho de membros inferiores de crawl, costas e peito Trabalho de membros superiores de crawl, costas e peito.

Nadar crawl, costas e peito.

continuação

• 19ª aula : Iniciação dos movimentos dos membros inferiores do nado borboleta / nadar medley 3 estilos (costas, peito e crawl)

• 20ª aula : Iniciação dos movimentos dos membros superiores e inferiores do nado borboleta / nadar medley 3 estilos.

• 21ª aula : Iniciação da coordenação dos membros inferiores, superiores e respiração do nado borboleta / nadar medley 3 estilos.

• 22ª aula : Sincronismo geral do nado borboleta / nadar medley 3 estilos.

• 23ª aula : Trabalho dos membros inferiores, superiores e nado borboleta / nadar medley 3 estilos.

• 24ª aula : Viradas e saídas do nado borboleta e nadar borboleta / nadar medley 3 estilos.

• 25ª aula : Nadar medley individual (borboleta, costas, peito e livre (crawl)).

• 26 ª aula : Saídas Medley individual ( bo, co, pe e li ) e 4 estilos revezamento (costas, peito, borboleta e livre “crawl”)

• 27ª aula : Viradas do nado medley individual.

continuação

• 28ª aula ; Ficha A 1 • 29ª aula : Ficha A 2 • 30ª aula : Ficha A 3

• 31ª aula : Ficha A 4 • 32ª aula : Ficha B 1 • 33ª aula : Ficha B 2

• 34ª aula : Ficha B 3 • 35ª aula : Ficha B 4 • 36ª aula : Ficha C 1 • 37ª aula : Ficha C 2 • 38ª aula : Ficha C 3 • 39ª aula : Avaliação (tomada de tempo) • 40ª aula : Simulado, torneio, festivais ou eventos locais ou regionais.

E S T I L O S D E E N S I N O ( MUSKA MOSSTON )

COMANDO Papel do Professor :

- decide tudo sobre as fases do planejamento.

- define os objetivos que ele vai desenvolver. - não se preocupa com as dificuldades dos

alunos. - prever tudo

- levar o aluno ao aprendizado através da imitação de um padrão julgado ideal.

Papel do Aluno:

- ser passivo - executar, obedecendo as decisões do mestre

Característica do estilo : - estratégias : vozes de comando ( advertência, intervalo e execução). - influência militar na educação física. - visa a formação corporal. - conteúdos : valor absoluto e autônomo.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física /maternal Natação / 4ª série

O mestre mandou Tiros de 12 metros, alunos divididos em três grupos

Planalto, Planicíes e

Depressões

TAREFAS Papel do Professor : - selecionar objetivos. - escolher estratégias - determina formas de organização ( menos rígidas que no estilo anterior). - apresentar conteúdos sob a forma de tarefas. - ainda é o centro do processo. Papel do aluno - escolhe entre as tarefas propostas as que deseja realizar - escolhe o padrão de desempenho (carga, duração, etc.) - determina o momento de começar e terminar a tarefa.

Característica do estilo: - passo inicial para o ensino centrado no aluno. - conteúdos sob a forma de tarefas: uma só para todos, várias tarefas para todos, diferentes tarefas ligadas a uma mesma habilidade. - estações.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física / Jd. I e II Natação / 3ª série

Arcos espalhados pela quadra Todos deverão executar: Os alunos deverão passar pelos 3 percursos nadando crawl

arcos e deixá-los no solo 2 mergulhos imitando

sapo. 1 percurso submerso

imitando uma ariranha ou hipopótamo

AVALIAÇÃO RECÍPROCA

Papel do professor : - escolhe objetivos , estratégias - impõe organização.

- delega aos alunos a avaliação da aprendizagem. - estabelece critérios para os alunos efetuarem essa avaliação. - deve formular os objetivos operacionalizados (claramente)..

- é avaliado pelo professor enquanto avaliador. Papel do aluno : - tem maior autonomia com relação às atividades de avalia- ção da aprendizagem - como avaliadores procuram identificar se o comportamento demonstrado corresponde ao apontado como o deseja-lo no objetivo.

Característica do estilo : - 2º passo para a independência do aluno. - avaliação recíproca dos alunos. - formulação de objetivos operacionais. - as retificações da aprendizagem ainda são feitas pelo professor .

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física / Pré-escola Natação / 2ª série

Desenhar com o próprio corpo Nadar com um braço figuras geométrica, o amigo (explicações do prof.)

deverá identificá-las. O companheiro deverá

avaliar e se necessário corrigir.

PROGRAMA INDIVIDUAL Papel do Professor : - seleção e organização da matéria (antes da aula).. - observações e correções, se necessário (durante a execução)..

- oportunidade de intervenção ou atendimento ao aluno (na avaliação) - mais exigido na programação e menos na organização.

Papel do aluno : - recebe e aceita o programa. - decide sobre padrões de desempenho. - escolhe tarefas. - auto-avaliação.

Característica do estilo : - objetivos prevêem modificações de comportamento dos alunos. - os padrões mínimos ficam a critério do aluno. - princípio trabalho individualizado. - libera o professor da permanente emissão de estímulos.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física / 1ª série Natação / 1ª série

Jogo de estafetas Duas turmas (uma fora os alunos deverão passar pelo da piscina/impar outra

banco sueco de vária formas dentro/par); os que

estiverem dentro segurarão o arco para

que os de fora mergulhe por dentro do arco.

* em ambas atividades, quando surgir dificuldade o professor deverá adequar (diminuindo a distância, o tempo, a

dificuladade, etc) a fim de possibilitar a realização dos desafios.

DESCOBERTA ORIENTADA Papel do professor : - começa assumir o papel de incentivador, orientador e controlador das atividades e informativas. - conduz o aluno indiretamente ao conhecimento de fatos, relações e princípios sobre habilidades psicomotoras.. - faz perguntas. . - reflexão. - introduz conteúdos. - ajuda a avaliar. - efetua retificações da aprendizagem. Papel do aluno :

- fica mais próximo de ser o centro do processo educativo. - descobre soluções ao responder a estímulos do professor

- recorda informações anteriores.

Característica do estilos : - busca de soluções para suprir a causa de uma irritação cognitiva. - faz perguntas e respostas. - relação professor aluno com boa dose de informalismo. - igualdade entre os domínios : afetivo, psicomotor e cognitivo.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física /2ª série Natação / Pré-escola

Saltar sobre a corda, diferentes - Pula, pula seu sapão, alturas, até chegar no salto “ tesoura” vou encostar minha

(mãozinha, cotovelinho,

joelhinho, etc) no chão.

SOLUÇÕES DE PROBLEMAS Papel do professor :

- ajuda o aluno a aprender ao invés de ensinar. - incentivar e assessorar o aluno. - facilita, aconselha e dinamiza.

Papel do aluno : - formula problemas. - busca respostas.

- escolhe dentre as soluções possíveis a que lhe parece mais adequada.

Característica do estilo. - o aluno é o centro do processo educacional. - situação inicial. - definição de objetivos. - elaboração de situação-problema. - busca de soluções. - escolhas das mais adequadas. - descobrir novas maneiras de enfrentar novas situações.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Educação Física / 4ª série Natação / maternal

Estudando geografia, o prof. Com diversos materias Dividir a classe em regiões e Construir, túneis, pontes

solicitar que criem e apresentem e solicitar dos alunos que

danças pertencentes a cultura levem outros materiais para local. o outro lado da piscina

(entregador de pizza)

Mosston, Muska. La ensenanza de la education física:

del comando al descubrimiento.

Título original em inglês: Teaching Physical Education.

Editora Paidos, Buenos Aires, 1.978.

Avaliação • CONTEÚDOS FACTUAIS: Modelo expositivo, memorizados e apresentados de

acordo com as instruções fornecidas durante as aulas. Ex. Nadar corretamente em comparação com a técnica padrão.

• CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS: Observação do aluno durante as aulas compartilhar avaliação com ao aluno, não sendo unilateral, buscar sentido, dar significado, justificar porque, refletir sobre a prática, verificar a seqüência progressiva. Ex. Comparar a evolução do aluno, início, meio e fim.

• CONTEÚDOS ATITUDINAIS: Modelos que se admira e valoriza, compromisso pessoal, refletir sobre questões conflitantes que se apresentam no dia a dia das aulas, postura do indivíduo diante do coletivo de alunos, valores culturais.Ex. Observara reação do aluno diante de situações inusitadas.

• CONTEÚDOS CONCEITUAIS: Compreender e elaborar a construção do conceito a partir de conhecimentos prévios, criar motivação para chegar a contextualização, solucionar problemas a partir de situações reais. Ex.Verificar pos meio de uma conversa o significado da manifestação aquática.

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• PALMER, Mervyn L. A ciência do ensino da natação. São Paulo : Manole, 1990.

• PEREIRA, L. C. Um olhar sobre a corporeidade aquática na escola de Ensino Fundamental. São Paulo, 2001, 113 p. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro Universitário Salesiano, São Paulo, 2001.

• QUEIROZ, C.A. Recreação Aquática. Rio de Janeiro : Sprint, 2000.

• RAMALDES, A.M. Natação – 100 Aluas Bebês à Pré-Escola. Rio de Janeiro : Sprint, 1999.

• SIVEIRA, R. H. e NAKAMURA, O F. Natação para bebês. São Paulo: Icone, 1998. • TANI, G. Aspectos básicos do esporte e a educação motora. In: Congresso Latino-

Americano de Educação Motora, 1., 1998, Foz do Iguaçu. Congresso Brasileiro de Educação Motora, 2, 1998 Foz do Iguaçu, Anais… Campinas : Unicamp : FEF/DEM, 1998. p. 115 – 123.

cont

• THOMAS, D.G. Natação Avançada – Etapas para o Sucesso. São Paulo : Manole Ltda, 1999.

• VELASCO, C.G. Natação Segundo a Psicomotricidade. Rio de Janeiro : Sprint, 1997.

• http://boasaude.uol.com.br acesso em 28-02-2007 • www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm

Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 103 - Diciembre de 2006

• http://pt.wikipedia.org acesso em 28/02/2007 • http://www.cob.org.br/ acesso em 05/03/2008 • www.geocities.com acesso em 28/02/2007 • www.mergulhomania.com.br acesso em 28/02/2007 • www.nadosincronizado.com.br acesso em 15/02/2007

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Mensagem Final

Provavelmente há alguns anos atrás, nós professores, vivemos momentos “divinos” nos quais estávamos nos preparando para auxiliarmos seres que ainda não haviam nascido, pois bem, nasceram... estaremos diante deles nos próximos dias, agora será a hora de colocarmos mais uma vez em prática uma parte de nossa missão, como muito orgulho, conhecimento, habilidade, competência e bom senso.

BASES DA NATAÇÃO

• Fisicas / mecânicas

• Psicológicas

• Pedagógicas

• Bio Fisiológicas

Bases físicas e mecânicas

• Os princípios físicos

• Densidade Relativa

• Metacentro

• Turbulência

• Fricção

• Viscosidade

• Pressão Hidrostática

• Tensão Superficial

• Termodinâmica

BASES MECÂNICAS

• Equilíbrio instável: quando um pequeno deslocamento provoca um momento de giro que tende a deslocar o corpo para a sua posição estável.

• viscosidade

• Flutuabilidade Gravidade Específica Água potável a 25°C 1,00

Água do mar a 25°C 1,025 Corpo do homem (todo) 0,982 Corpo da mulher (todo) 0,971 Gordura 0,938

Músculo 1,052 Osso 1,80 Observando alguns valores é possível perceber que o ar contido na caixa

toráxica pode ser derteminante para uma flutuação mais próxima da superfície.

Atritos que a água oferece, em relação ao avanço do individuo ao nadar.

• Atrito Frontal

• Aspiração posterior ou esteira

• Fricção Corporal

Leis físicas que o individuo que nada está sujeito.

• Primeira Lei de Newton –Inércia Um corpo permanece em repouso ou em movimento retil íneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele

• Terceira Lei de Newton – Ação e reação: toda ação feita é devolvida em forma de reação igual e em sentido contrário..

• Princípio de Archimedes – Empuxo -Todo corpo imerso num fluído recebe um empuxo vertical de baixo para cima igual ao peso do fluído deslocado.

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Aplicação das alavancas: inter-fixa (R A P) inter-potente (A P R) e inter-resistente (A R P)

Principio de Bernoulli a pressão fluídica se reduz sempre que aumenta a velocidade (na água se conseguirá maior eficácia se empurrarmos grande quantidade de água a curta distancia, que empurrarmos uma pequena quantidade de água a uma grande distância; procurar águas “calmas”, “novas águas”). Teoria do quadrado da v elocidade; A resistência varia de acordo com o quadrado da velocidade. Ex. Se a resistência for 1 kg a 1 m/s, seria de 4 kg a 2m/s, 25kg a 5 m/s.

Coeficiente de forma de acordo com a forma do corpo a velocidade de deslocamento terá valores diferentes, em relação a resistência ao avanço.

•Teoria aerodinâmica: fluidos se movem de áreas de

pressão mais alta, para áreas de pressão mais baixas.

A força de resistência sempre atua contra a direção

em que o objeto se move.

A força de sustentação é sempre exercida numa

direção perpendicular a direção da força de resistência.

• Combinações de Força: a propulsão mais

eficiente ocorre quando as forças de sustentação e de

resistência se combinam formando a Resultante.

O valor das forças propulsivas depende dos seguintes fatores:

• Da importância das superfícies utilizadas; • Da orientação destas superfícies motoras; • Do comprimento do trajeto das superfícies

motoras; • Da forma desse trajeto e do grau de imersão; • Da velocidade; • Das variações desta velocidade ou ritmo; • Da cadência das ações propulsoras; • Da continuidade das ações motora Catteau, R. e Garoff , G., (1988, p. 64–75) e Palmer (1990 p. 39 -45) e Disponível em http://www.aquabrasil.info/hidrocinesioterapia.shtml acesso em 10-03-2009 •

BASES PSICOLÓGICAS

INTERAÇÃO

MOTRICIDADE MOTIVAÇÃO

CONHECIMENTO

AFETIVIDADE

ATLETA

MOTIVAÇÃO

Tente fazer uma lista do que motiva:

Os nadadores

O técnico

O grupo

Os pais

Os dirigentes

Outros

lembre-se ... motivados todos trabalham melhor

Dicas para motivar nadadores

• Levá-los para outros locais de treino;

• Usar séries, educativos já conhecidos com materiais diferentes;

• Convide outros treinadores para oferecer novos exercícios;

• Solicite a eles opiniões sobre o treino;

• Programe atividades com familiares;

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Não se esqueça...

De difundir os aspectos positivos do esporte, auto-estima, auto-motivação, focar objetivos, controle das emoções, equil íbrio emocional, visibilidade, reconhecimento da comunidade, controle das pressões, possibilidade de ganhos financeiros, disciplina, experiências gerais que serão levadas para outras situações de sua vida inteira.

E... estudar muito. adaptado de www.bestswiming.com.br autor Alex Pussieldi acesso

em 14/05/2008

Dicas extraídas do Boletim da ASCA com excelentes normas para treinadores das categorias inferiores e

pa is de atletas.

• Ajude seu jovem atleta na focalização e escolha dos objetivos além de guiá-lo no processo para obtenção deles.

• Faça o jovem nadador assumir um compromisso com o esporte, com o clube, com o treinador e acima de tudo com ele mesmo.

• Faça com que a experiência tenha sucesso, não somente em resultados esportivos, mas como um todo na formação geral da criança.

• Deixe a criança aprender com as falhas, derrotas e até com o fracasso, isso os fará aprender o caminho exato para o futuro sucesso.

• Evite comparações com outros atletas, irmãos, parentes ou amigos.

• Saiba reconhecer e elogiar os esforços e não somente as vitórias.

• Mantenha sempre acompanhando estes esforços e sendo positivo nas críticas e opiniões.

• Encorage o jovem nadador a tomar decisões importantes por conta própria, crie o espírito da independência e o ajude para isso.

• Faça com que ele assuma responsabilidade pelo programa, treinamentos e resultados.

• Faça com que o jovem nadador seja consistente e acima de tudo se divirta!

Tradução de Alex Pussieldi.

Bases Pedagógicas e Técnica de ensino

Metodologias historicamente aplicadas

• Global,

• Anal ítica

• Moderna (sintética)

Estilos de Ensino

• aberto e fechado;

• posicionamento do professor,

• demonstração,

• alunos referência

O nadador

• Todas pessoas podem se tornar um nadador?

Sim.

• Todo nadador pode se tornar um grande nadador?

Algumas considerações...

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O Talento Esportivo

• Segundo Vieira, Vierra e Krebs in Paes (2005) O esporte de alto rendimento possui objetivos específicos e a possibilidade de jovens alcançá-los dependem de muitos atributos:

• Capacidades individuais; • Fatores ambientais; • Contextos sociais e culturais e suas inter-relações; • Valorização desta atividade humana por todos e mídias; • Boas escolas, suporte familiar • Fatores hereditários; • Programas bem elaborados; • Envolvimento emocional

O desenvolvimento do talento esportivo

• De acordo com SOBRAL 1994 e BOMPA,1995 a identificação do talento passa por três fases:

• 1ª fase - ao longo da infância 3 a 8 anos (estado geral de saúde, desenvolvimentos corporal, coordenação motora de base, aprendizagem formal, coragem, gosto pela prática e processo de preparação para a modalidade escolhida)

• 2 ª fase - nas idades que precedem a instalação da puberdade, 11 a 13 nas meninas e 13 a 14 nos meninos (postura, aparelho locomotor, crescimento, composição corporal e somatotipo.

• 3ª fase - sua consagração na modalidade escolhida, sua representatividade em sua comunidade, pais, competições internacionais.

O processo de desenvolvimento da formação desportiva. (Vieira, 1999)

Processo do comportamento motor, desenvolvimento motor e formação atlética.

• Estimulação motora;

• Aprendizagem motora;

• Prática motora e

• Especialização motora.

Estimulação Motora

• Fase: Iniciação

• Etapa: Aquisição dos padrões motores fundamentais

Aprendizagem motora

• Fase: generalizada

• Etapa: Estágios de transição e aplicação dos movimentos especializados.

Prática Motora

• Fase: especializada.

• Etapa: Refinamento de movimentos especializados de modalidades esportivas.

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Especialização motora

• Fase: personalizada

• Etapa: personalização de movimentos especializados de modalidades esportivas.

DETECÇÃO DE TALENTOS

Detectar Talentos

ou

Formá-los ?

DETECÇÃO DE TALENTOS

Testes Biológicos (Perfil biológico):

• Estatura;

• Peso;

• Envergadura;

• Altura Tronco-encefálica;

• Tamanho das extremidades (mãos e pés );

• Percentual de Gordura e Massa Magra.

DETECÇÃO DE TALENTOS

Testes de Qualidade Motora: • Testes de Abdominais;

• Flexões de braço;

• Salto Horizontal;

• Salto Vertical;

• Corrida de 20 metros (velocidade);

• Corrida de 12 minutos (Teste de Cooper).

DETECÇÃO DE TALENTOS

Percepção do Técnico

Afinidade com o Esporte

Destrezas Aquáticas

DETECÇÃO DE TALENTOS

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• QUALIDADES PSICO-MOTORAS

• QUALIDADES PSICOLÓGICAS

DETECÇÃO DE TALENTOS

• QUALIDADES Psico-motoras;

1) Elevados níveis de coordenação

Importantes para:

- Aprendizagem rápida e eficiente

- Economia de energia

- Maior capacidade de variações

DETECÇÃO DE TALENTOS

2) Níveis elevados de velocidade geral:

- Uma das condições essenciais para a

velocidade específ ica ( juntamente com a

coordenação, velocidade de reação, níveis

mínimos de potência, fundamentos bem

executados)

DETECÇÃO DE TALENTOS

3) Baixa tensão muscular:

- Importante para economia de energia

- Principalmente nas fases de recuperação do nado

- É melhor que seja mais baixa do que mais elevada

DETECÇÃO DE TALENTOS

4) Outras Qualidades:

- Equilíbrio

- Flexibilidade

- Agilidade (meio liquido)

DETECÇÃO DE TALENTOS

• QUALIDADES Psicológicas ;

1) Capacidade para render sobre pressão

- Capacidade de nadar melhor em competições do que em treinos

- Em pressão sente-se estimulado para nadar acima dos limites

DETECÇÃO DE TALENTOS

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2) Capacidade de Sacrifício:

- Nunca desiste numa disputa

3) Atitude:

- Auto-motivação

DETECÇÃO DE TALENTOS

4) Gosto pela natação:

- Tudo que envolve ser um atleta de natação-

viagens, treinos, alimentação, etc...

5) Competitividade:

- Saber ganhar e perder

DETECÇÃO DE TALENTOS

6) Vontade de melhorar:

- Mesmo após uma vitória

DETECÇÃO DE TALENTOS