05-03-2016
1
Luís Moreno (IGOT / CEG – ULisboa) [email protected]
Centro de Estudos Geográficos (CEG) Grupos de Investigação ZOE (Dinâmicas e
Políticas Urbanas e Regionais) e Migrare
(Migrações, Espaços e Sociedades)
http://ceg.ulisboa.pt/
Conferência “Será o despovoamento do interior uma inevitabilidade?” Évora, 25-02-2016
Extraídos de… 1 - INE / INE (2014), A Península Ibérica em Números 2014 / La Península Ibérica en Cifras 2014.
Lisboa / Madrid, Instituto Nacional de Estatística / Estadística, 38 p.
2 - http://popdensitymap.ucoz.ru/news/71_population_density_administrative_boundaries_map_of_spain/2015-01-22-85
Não estamos sós, mas…
2 - Densidade Populacional por município, 2015.
1 - Densidade populacio- nal (hab./km² ), 2012
Valores entre 20 e 60 hab./km², nas NUTS II, encobre na
realidade 35 municípios ( > 60% ) do Alentejo e Lezíria
abaixo de 20 hab./km²…
05-03-2016
2
50 Km0
UNIP65_11
Município
Limites territoriais
] 12 ; 29 ]
] 7.9 ; 12 ]
] 5 ; 7.9 ]
] 2 ; 5 ]
AMP
32 146 43 16 5
Municípios
Frequências
32 146 43 21
] 1.5 ; 8.5 ]
] 1; 1.5 ]
] 0.7 ; 1 ]
] 0 ; 0.7 ]
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Grupo 6
MONO25_11
CONJDIREITO_11
%
] 80 ; 89 ]
] 73.8 ; 80 ]
] 61 ; 73.8 ]PT
CONJFACTO_11
VREC_0111 REC_11
] 0 ; 2 ]
p.p.
] 5 ; 12 ]
] 3.9 ; 5 ]
] 2 ; 3.9 ]PT
] 1 ; 4 ]
%
] 10 ; 14 ]
] 6.6 ; 10 ]
] 4 ; 6.6 ]PT
79 207 22
27 81 114 8644 60 136 68
] 23 ; 42 ]
%
] 53 ; 67 ]
] 47.0 ; 53 ]
] 42 ; 47.0 ]PT
DEPEND_11VDEPEND_0111
112 104 55 3740 145 35 88
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
%
] 47.9 ; 60 ]
] 30 ; 47.9 ]
] 19 ; 30 ]
PT
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
40 145 35 88
50 Km0
NUTS II
Limites territoriais
Município
] 0 ; 1.4 ]
] -0.5 ; 0 ]
] -1.5 ; -0.5 ]PT
%
] -3.5 ; -1.5 ]
Cxilhas.shp
Espanha.shp
Tx_cresc_efetivo
-3.5 - -1.5
-1.5 - -0.5
-0.5 - 0
0 - 1.4
Nuts2_2013_caop2013_ct_raa_ram.shp
33 42 168 65
5421 65168
Municípios
Frequências
Taxa de crescimento efetivo (TCE) da popu-
lação residente, por município, 2013/2014
Fonte: INE, Anuário Estatístico Regional 2014
50 Km0
UNIP65_11
Município
Limites territoriais
] 12 ; 29 ]
] 7.9 ; 12 ]
] 5 ; 7.9 ]
] 2 ; 5 ]
AMP
32 146 43 16 5
Municípios
Frequências
32 146 43 21
] 1.5 ; 8.5 ]
] 1; 1.5 ]
] 0.7 ; 1 ]
] 0 ; 0.7 ]
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Grupo 6
MONO25_11
CONJDIREITO_11
%
] 80 ; 89 ]
] 73.8 ; 80 ]
] 61 ; 73.8 ]PT
CONJFACTO_11
VREC_0111 REC_11
] 0 ; 2 ]
p.p.
] 5 ; 12 ]
] 3.9 ; 5 ]
] 2 ; 3.9 ]PT
] 1 ; 4 ]
%
] 10 ; 14 ]
] 6.6 ; 10 ]
] 4 ; 6.6 ]PT
Municípios
Frequências
79 207 22
27 81 114 8644 60 136 68
] 23 ; 42 ]
%
] 53 ; 67 ]
] 47.0 ; 53 ]
] 42 ; 47.0 ]PT
DEPEND_11VDEPEND_0111
112 104 55 3740 145 35 88
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
%
] 47.9 ; 60 ]
] 30 ; 47.9 ]
] 19 ; 30 ]
PT
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
40 145 35 88
50 Km0
Cx ilhas.shp
Espanha.shp
Decom p_txCrescPop
1
2
3
4
Nuts2_2013_caop2013_c t_raa_ram.shp
NUTS II
Limites territoriais
Município
Natural
Migratória
Natural
Componente com
maior contributo
Migratória
Positiva (+)
Negativa( -)
92195156
Decomposição da TCE da população
residente, por município, 2013/2014
50 Km0
UNIP65_11
Município
Limites territoriais
] 12 ; 29 ]
] 7.9 ; 12 ]
] 5 ; 7.9 ]
] 2 ; 5 ]
AMP
32 146 43 16 5
Municípios
Frequências
32 146 43 21
] 1.5 ; 8.5 ]
] 1; 1.5 ]
] 0.7 ; 1 ]
] 0 ; 0.7 ]
NUTS II
Limites territoriais
Município
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Grupo 6
MONO25_11
CONJDIREITO_11
%
] 80 ; 89 ]
] 73.8 ; 80 ]
] 61 ; 73.8 ]PT
CONJFACTO_11
VREC_0111 REC_11
] 0 ; 2 ]
p.p.
] 5 ; 12 ]
] 3.9 ; 5 ]
] 2 ; 3.9 ]PT
] 1 ; 4 ]
%
] 10 ; 14 ]
] 6.6 ; 10 ]
] 4 ; 6.6 ]PT
Municípios
Frequências
79 207 22
27 81 114 8644 60 136 68
] 23 ; 42 ]
%
] 53 ; 67 ]
] 47.0 ; 53 ]
] 42 ; 47.0 ]PT
DEPEND_11VDEPEND_0111
112 104 55 3740 145 35 88
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
%
] 47.9 ; 60 ]
] 30 ; 47.9 ]
] 19 ; 30 ]
PT
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
40 145 35 88
50 Km0
] 100 ; 980 ]
] 12.5 ; 100 ]
] 5 ; 12.5 ]PT
N.º/km2
] 0 ; 5 ]
Cx ilhas.shp
Espanha.shp
Dens_es tab
0.5 - 5
5 - 12.5
12.5 - 100
100 - 980
Nuts2_2013_caop2013_c t_raa_ram.shp
21 87 82 118
118 82 87 21
Densidade de estabelecimentos,
por município, 2013
50 Km0
UNIP65_11
Município
Limites territoriais
] 12 ; 29 ]
] 7.9 ; 12 ]
] 5 ; 7.9 ]
] 2 ; 5 ]
AMP
32 146 43 16 5
Municípios
Frequências
32 146 43 21
] 1.5 ; 8.5 ]
] 1; 1.5 ]
] 0.7 ; 1 ]
] 0 ; 0.7 ]
NUTS II
Limites territoriais
Município
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Grupo 6
MONO25_11
CONJDIREITO_11
%
] 80 ; 89 ]
] 73.8 ; 80 ]
] 61 ; 73.8 ]PT
CONJFACTO_11
VREC_0111 REC_11
] 0 ; 2 ]
p.p.
] 5 ; 12 ]
] 3.9 ; 5 ]
] 2 ; 3.9 ]PT
] 1 ; 4 ]
%
] 10 ; 14 ]
] 6.6 ; 10 ]
] 4 ; 6.6 ]PT
Municípios
Frequências
79 207 22
27 81 114 8644 60 136 68
] 23 ; 42 ]
%
] 53 ; 67 ]
] 47.0 ; 53 ]
] 42 ; 47.0 ]PT
DEPEND_11VDEPEND_0111
112 104 55 3740 145 35 88
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
%
] 47.9 ; 60 ]
] 30 ; 47.9 ]
] 19 ; 30 ]
PT
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
40 145 35 88
50 Km0
] 3000 ; 5006 ]
] 2442 ; 3000 ]
] 1700 ; 2442 ]PT
€
[ 884 ; 1700 ]
Cx ilhas.shp
Espanha.shp
Lev_nac_hab
884 - 1700
1700 - 2442
2442 - 3000
3000 - 5006
Nuts2_2013_caop2013_c t_raa_ram.shp
15 47 152 94
Levantamentos nacionais
por habitante, por município, 2014
Fonte: INE, Anuário
Estatístico Regional 2014 50 Km0
UNIP65_11
Município
Limites territoriais
] 12 ; 29 ]
] 7.9 ; 12 ]
] 5 ; 7.9 ]
] 2 ; 5 ]
AMP
32 146 43 16 5
Municípios
Frequências
32 146 43 21
] 1.5 ; 8.5 ]
] 1; 1.5 ]
] 0.7 ; 1 ]
] 0 ; 0.7 ]
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Grupo 6
MONO25_11
CONJDIREITO_11
%
] 80 ; 89 ]
] 73.8 ; 80 ]
] 61 ; 73.8 ]PT
CONJFACTO_11
VREC_0111 REC_11
] 0 ; 2 ]
p.p.
] 5 ; 12 ]
] 3.9 ; 5 ]
] 2 ; 3.9 ]PT
] 1 ; 4 ]
%
] 10 ; 14 ]
] 6.6 ; 10 ]
] 4 ; 6.6 ]PT
Municípios
Frequências
79 207 22
27 81 114 8644 60 136 68
] 23 ; 42 ]
%
] 53 ; 67 ]
] 47.0 ; 53 ]
] 42 ; 47.0 ]PT
DEPEND_11VDEPEND_0111
112 104 55 3740 145 35 88
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
%
] 47.9 ; 60 ]
] 30 ; 47.9 ]
] 19 ; 30 ]
PT
] -27 ; 0 ]
p.p.
] 7 ; 20 ]
] 1.3 ; 7 ]
] 0 ; 1.3 ]PT
40 145 35 88
50 Km0
NUTS II
Limites territoriais
Município
] 2944 ; 9713 ]
] 1500 ; 2944 ]
[ 376 ; 1500 ]
PT
€
Cxilhas.shp
Espa nh a.shp
Com p_TPA_habita nte
376 - 1500
1500 - 2944
2944 - 9713
Nuts2_20 13_caop 2013_ct_raa_ram .sh p
45 109 154
154 109 45
Compras através de terminais
de pagamento automático por
habitante, por município, 2014
05-03-2016
3
Despovoamento no Google… (páginas de vários anos) - em Portugal – cerca de 82 200 resultados… - do interior – cerca de 67 000 resultados… - do Alentejo – cerca de 17 200 resultados…
Desencadeado pelas iniciativas / promoção da ‘Associação Alentejo de Excelência ’, temos algumas notícias bem recentes…
www.tribunaalentejo.pt/tribuna/artigos/despovoamento-n%C3%A3o-podemos-continuar-
sem-fazer-nada
www.publico.pt/local/noticia/associacao-alentejo-de-excelencia-lanca-concurso-para-
combater-despovoamento-na-regiao-1724039
www.sapo.pt/noticias/concurso-premeia-melhor-ideia-para-
combater_56cad8689df0077f55b4b77e … … …
A propósito de iniciativa da ‘Alentejo de Excelência’…
- Contra o despovoamento, convoca-se a responsabilidade
pública e a cidadania ativa organizada para processos de
planeamento participado e de governança…
- Ver a baixa densidade física… nem como um mal nem como
um bem, mas sim como uma realidade que há que saber
valorizar, de modo concertado.
- Mas… há que combater, a todo o custo, a perda de densidade
relacional para garantir a sustentabilidade (social, económica e
ambiental) dos territórios…
=> Todos os atores do território, e pessoas em geral, têm de
ser mais e melhor ligados, melhor entrosados em sistemas
de informação, participação e apoio adequado a cada caso…
05-03-2016
4
Despovoamento no interior – problema nacional e não apenas do interior.
associa-se a perdas na sustentação do tecido económico e da qualidade de vida
(pior acesso a vários bens e serviços…)
Sendo um desafio nacional, depende também da situação europeia / internacional,
mas tem de convocar as disponibilidades de base territorial => articulação em
parcerias e redes, mostrando capital social com potencial de governança e de
investimento estratégico numa ‘economia plural’…
medidas de política pública para compatibilizar o necessário investimento (anti-
desinvestimento) para a competitividade, em qualquer área onde tal seja viável,
com as formas de promoção da coesão socioterritorial que integre e revitalize,
tanto quanto possível, o país periférico.
favorecer a inovação social e organizacional que estimule mutuamente atores
dos poderes públicos tradicionais e do tecido socioeconómico com raízes locais
e/ou (mesmo do exterior) com compromissos de solidariedade e sinergia societária.
associativismo estratégico, estimulando formas inovadoras de apostar na
qualidade, viável com parcerias urbano-rural para a valorização integrada de
produtos em fileira e das instituições e organizações que tal possam acompanhar…
Despovoamento no interior – problema nacional…
Atenção à perspetiva de criação de um “programa nacional para a coesão
territorial”, a “criar, implementar e supervisionar” pela ‘Unidade de Missão
para a Valorização do Interior’ (UMVI), após a criação desta com o Decreto-Lei
n.º 251-A/2015, de 17 de dezembro (n.º 6 do seu artigo 18.º) e com a missão e
estatuto definidos através da RCM n.º 3/2016, de 22 de janeiro de 2016.
- Aproveitar também iniciativas do Fórum ‘Cidadania e Território’
(www.cidadaniaeterritorio.org/), com trabalho em rede de cidadãos de todo o
país que se juntam aos outros atores sociais e políticos… Além dos partidos
salientaria a ANMP, a ANAFRE, Animar, a Federação Minha Terra, várias
organizações que no Alentejo e noutras regiões do interior têm alguma
dinâmica…
05-03-2016
5
Luís Moreno (IGOT / CEG – ULisboa) [email protected]
Centro de Estudos Geográficos (CEG) Grupos de Investigação ZOE (Dinâmicas e
Políticas Urbanas e Regionais) e Migrare
(Migrações, Espaços e Sociedades)
http://ceg.ulisboa.pt/
Conferência “Será o despovoamento do interior uma inevitabilidade?” Évora, 25-02-2016
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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