Voz Off Maio

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GENERATIONMOBI.E created by Portugal NEWSLETTER INFORMATIVA N 8 MAIO, 2011 O

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Newsletter informativa do Cluster da Mobilidade

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GENERATIONMOBI.Ecreated by Portugal

NEWSLETTER INFORMATIVA N 8 MAIO, 2011

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EDITORIAL EDIÇÃO05. 2011

As novas gerações são tendencialmente utilizadoras mais informadas e conectadas, adoptando facilmente novas tecnologias que lhes permitem serem consumidores e produtores de informação e energia. Tomando o horizonte de 2020 como meta para a utilização dos veículos eléctricos como meio de mobilidade urbana com maior expressão, os futuros utilizadores são as novas gerações que actualmente têm idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos.

Foi neste sentido que se realizou no passado dia 23 de Maio no Oceanário de Lisboa a Conferência “Generation MOBI.E - Created by Portugal”, reunindo mais de 200 participantes entre jovens e empresas dos vários sectores da mobilidade, com o principal objectivo de olhar a mobilidade pelos olhos das novas gerações e de responsabilizar os envolvidos no desenvolvimento de soluções para um futuro ambiental e economicamente mais sustentável.

Ainda no domínio da mobilidade eléctrica, destaca-se o encerramento da digressão do “Electric Tour” no dia 28 de Maio em Portalegre. Esta iniciativa foi promovida pelo MOBI.E e a Pegeout e permitiu sensibilizar os cidadãos das 25 cidades que aderiram de forma pioneira à primeira rede nacional de mobilidade eléctrica, com a realização de cerca de 2700 test drives em veículos eléctricos.

Na indústria automóvel, desde Março que a Voz Off tem acompanhado os impactos do sismo no Japão e, novamente, este mês surgem mais resultados desse acontecimento. Desta vez é a perspectiva de ascensão da GM novamente a

construtor líder mundial, devido essencialmente à queda abrupta da Toyota na sequência da longa interrupção da produção nas suas fábricas no Japão e no resto do mundo devido à falta de abastecimento de componentes de origem japonesa.

Ainda durante o mês de Maio, outro fenómeno natural teve implicações severas sobre a indústria aeronáutica. Um ano após o célebre vulcão islandês “Eyjafjallajökull” ter entrado em erupção e ter obrigado a suspender a quase totalidade do movimento aéreo na Europa, este mês regressou a mesma ameaça mas pela erupção do vulcão “Grimsvötn”. Segundo a Eurocontrol, este fenómeno natural já não representa qualquer ameaça para o tráfego aéreo europeu, saldando-se esta “pequena crise” no cancelamento de cerca de 900 voos de e para aeroportos no norte da Europa, nomeadamente Escócia, Noruega, Suécia e Alemanha.

Apesar de neste último caso as consequências terem sido relativamente reduzidas, sobretudo quando comparado com o que sucedeu há um ano, todos estes acontecimentos desafiam-nos a desenvolver continuamente novas soluções que permitam de forma eficaz minimizar os impactos das adversidades e tirar partido das oportunidades, preparando um futuro ambiental e economicamente mais sustentável.

A equipa VOZOFF Bernardo Sousa Ribeiro e Helena Silva

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A MOBILIDADENAS CIDADES DO FUTURO

Com a maioria da população concentrada em zonas urbanas, a abordagem futura à mobilidade passará necessariamente por introduzir soluções disruptivas. A introdução do veículo eléctrico no dia-a-dia abre novas oportunidades, ao introduzir uma revolução na forma como o veículo se relaciona com as cidades e como indivíduos e organizações gerem a sua mobilidade. A possibilidade de carregamento com base na rede eléctrica, largamente disseminada no território, é um importante factor de mudança.

De futuro, a possibilidade de acumulação de energia durante períodos de baixa procura e injecção na rede – V2G – permitirá pensar o parque de veículos eléctricos como uma “mega-bateria descentralizada”, que funcione em complemento à rede eléctrica. Em Portugal, o crescimento da produção de electricidade com base em fontes renováveis tornará a utilização do veículo eléctrico particularmente racional e sustentável, e poderá possibilitar a “transferência” de energia renovável de períodos de vazio para períodos de maior consumo. O veículo eléctrico, como nenhum outro, abre a perspectiva de gestão integrada de mobilidade a energia.

Face ao perfil das novas gerações, que crescerão para se tornar cidadãos informados, conectados em tempo real, é possível imaginar a mobilidade do futuro como uma “nuvem” de meios e serviços de mobilidade, energia e informação, em que se permite uma desmaterialização da localização. Numa sociedade X.0, sistemas colaborativos, “redes sociais de mobilidade” ligam de forma inteligente, através de tarifas dinâmicas, veículos, serviços partilhados, infraestruturas e sistemas de energia e em que cada indivíduo é um produtor-consumidor. Como se a mobilidade fosse uma “utility”.

O território, em particular a cidade, é, naturalmente, a dimensão crítica, o elemento agregador, onde confluem redes inteligentes de transporte, redes inteligentes de energia e os cidadãos e diferentes comunidades (família, emprego, etc.). O novo

cidadão é um agente criativo do processo de desenvolvimento da cidade e dos serviços que tem ao seu dispor.

Por fim, a dimensão industrial. O território é, também, o agregador do ciclo virtuoso da criatividade, geração de novas ideias e conceitos, inovação e tecnologia, materializados em I&D e industrialização de novos produtos e serviços, gerando emprego qualificado e actividade económica.

Seguindo estes princípios, o exemplo seguido na mobilidade eléctrica, numa primeira fase com a definição de um modelo que definiu novos princípios para a tecnologia, tornou Portugal num país de referência neste novo espaço de mercado, emergente e de enorme potencial de crescimento, no cruzamento entre as tecnologias e sistemas de transporte, a energia e os sistemas de informação e comunicação.

UMA ABORDAGEM DISTINTIVA

A estratégia proposta para a mobilidade eléctrica passou por olhar para este desafio como algo que configuraria uma nova realidade de negócio e um amplo espaço para a inovação e tecnologia. Esta é uma área cuja cadeia de valor envolve uma diversidade de agentes – comercializadores de electricidade, operadores de serviços, detentores do espaço – e reúne uma amplitude de áreas tecnológicas – energia, indústria automóvel, sistemas de informação e comunicação, etc.

Porque não, então, pensar Portugal como um espaço para onde se concebem, desenvolvem e testam novos modelos e soluções tecnológicas e assim se abrem espaços de mercado para a geração de novos activos transaccionáveis?

Seguindo uma abordagem do utilizador para o modelo para a tecnologia, um primeiro passo foi

perspectivar o futuro da mobilidade eléctrica num modelo inovador. O modelo MOBI.E é um modelo que tem por base a mobilidade eléctrica como um serviço integrado, focado no utilizador, o primeiro pensado numa base concorrencial e interoperável, possibilitando a inclusão de múltiplos operadores comercializadores num mesmo sistema e a integração dos mais variados serviços.

Com este modelo, criou-se um quadro de referência para a tecnologia. Um conjunto de empresas e centros de investigação propuseram o que resultou no primeiro sistema de mobilidade eléctrica que responde a princípios de interoperabilidade e integração de serviços.

Em paralelo, desenvolve-se em Portugal o conceito do veículo do futuro, desenhado, em analogia com o modelo MOBI.E, para uma integração inteligente com os sistemas de transporte e energia. O Mobicar, projecto mobilizador da indústria automóvel, é uma plataforma de investigação e desenvolvimento em novas gerações de veículos automóveis, e será a base de futuros projectos de industrialização para o mercado dos citycars. Promovido pelo CEIIA, enquanto Pólo de Competitividade da Mobilidade, o Mobicar permitirá desenvolver novas competências na indústria e estimular novos modelos de negócio, na lógica do veículo como um serviço.

A experimentação do veículo e serviços associados em ambiente real de operação é um elemento crítico, que possibilita acelerar períodos de desenvolvimento, validar e testar a solução, e gerar uma massa crítica de mercado. Com a criação do consórcio RENER, em que 25 Municípios se mobilizaram no âmbito da Rede Piloto da Mobilidade Eléctrica para, em conjunto com as empresas, criar um amplo projecto de experimentação e teste, este será um “laboratório vivo” à escala nacional para teste de projectos como o MobiCar, e que projectará Portugal no mundo pela tecnologia “created by Portugal”.

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PRÓXIMOS PASSOS

Pensado como um agregador de serviços associados à mobilidade e energia, o MOBI.E evoluirá para novas gerações. O MOBI.E X.0 será, com a perspectiva dos utilizadores das novas gerações, mais do que um sistema de mobilidade eléctrica, uma “rede social de mobilidade”, plataforma de serviços e aplicações.

Olhando para a mobilidade como um serviço integrado – a mobilidade como “utility” –, esta será uma plataforma de gestão de meios de transporte, alargada aos transportes públicos e partilhados, como o carsharing ou o bikesharing; com o MOBI.E X.0 será possível consumir um serviço de mobilidade de “A a Z”;

» Utilizadores, veículos, infraestrutura, redes de energia e serviços, conectados em tempo real, geram e partilham informação nesta “rede social”; a informação tornar-se-á um activo em si mesmo, gerando novos serviços, como informação de tráfego ou informação de suporte à gestão inteligente dos carregamentos;

» A integração entre mobilidade e energia permitirá privilegiar uma utilização mais “verde” do sistema, explorando mecanismos de valorização de “emissões poupadas”;

» O carácter imediato da informação possibilitará preços dinâmicos de electricidade, carregamento, transportes, estacionamento e outros serviços, gerando abordagens de negócio inovadoras e, para os agentes de política pública, a possibilidade de gerir e regular a mobilidade no território;

» Mantendo a lógica de testar novas soluções no espaço de experimentação aberto em Portugal, parceiros de negócio e os próprios utilizadores poderão combinar e desenvolver ou propor, com base na plataforma MOBI.E, novos produtos e serviços; esta possibilidade definirá o carácter

colaborativo do MOBI.E.

É hoje claro que o automóvel evoluirá para se tornar mais inteligente, conectado, e mais verde, com novas motorizações e novos materiais que permitam reduzir o impacto de todo o ciclo de vida. É também claro que a motorização eléctrica será uma das tecnologias mais importantes de futuro (se não a mais importante) e aquela que melhor permite esta integração.

No entanto, o passo mais importante é criar mecanismos para que a indústria responda a estas oportunidades. Novos projectos orientados para novas gerações de veículos, como o MobiCar, terão que assumir o duplo desafio de criar uma base de I+D+I para que a indústria possa desenvolver e testar soluções de vanguarda e uma plataforma de colaboração que estimule a industrialização de novas gerações de veículos automóveis, ajustados ao ambiente urbano e à integração com a dinâmica de transportes, energia e ordenamento do espaço nas cidades.

Por outro lado, também a forma como se desenvolve e industrializa o veículo evoluirá significativamente. Novos modelos de industrialização, ajustados a produções de pequeno e médio volume para ambientes urbanos específicos, exigirão formas de desenvolver e produzir estas novas gerações de veículos automóveis e seus componentes de forma ágil e flexível, eficiente e com forte capacidade de redução do tempo de introdução de inovações e tecnologias no mercado.

DESAFIOS PARA AS EMPRESAS

Este é um desafio tremendo às empresas. Tomando como referência empresas como a Google – que segue um modelo de conceber, desenvolver, disponibilizar e testar novas aplicações, disruptivas, com utilizadores reais – é clara a necessidade de apostar na antecipação e de investir desde o arranque dos ciclos de desenvolvimento destes novos mercados.

Ora, tal esforço exige uma dimensão crítica, fora do alcance da generalidade das empresas portuguesas, e este é um dos maiores constrangimentos ao crescimento da economia nacional para estes novos mercados. Essa terá que ser ambição traçada para o futuro das empresas portuguesas alinhadas neste espaço de mercado, colaborar e ganhar massa crítica, olhando para o país como um espaço de teste e experimentação.

É esse o objectivo do consórcio MOBITEC, gerador do sistema MOBI.E, cruzando diferentes competências, de forma a inovar, pensar “fora da caixa” e materializar novas ideias em novos produtos e serviços.

PENSAR PORTUGAL COMO LIVING LAB DA MOBILIDADE ELÉCTRICA

Pode pensar-se Portugal como um espaço onde se concebem, desenvolvem e testam novos modelos e soluções tecnológicas e assim se abrem espaços de mercado para a geração de novos activos transaccionáveis? A experiência desenvolvida com a mobilidade eléctrica mostra que esta é uma abordagem com sucesso, e que passa por:

1. Antecipar as realidades futuras de novos espaços de mercado, explorando novos modelos de negócio e regulação que possam introduzir novos paradigmas tecnológicos, novos produtos e serviços;

2.Criar mecanismos de estímulo à iniciativa empresarial e de geração de massa crítica – envolvendo empresas, centros de I+D+I e outros agentes – em torno destes mercados;

3.Criação de espaços de teste e experimentação de soluções;

4.Desenvolver, com os agentes adequados, uma lógica de experimentação e teste local, envolvendo as comunidades como utilizadores pioneiros, gerando experiência e criando mercado;

5.Estimular a criação das condições estruturais adequadas, como sejam:

• Mecanismos de financiamento e capital;• Recursos qualificados;• Incentivo à I&D em áreas chave.

A MOBILIDADENAS CIDADES DO FUTURO

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GENERATION MOBI.E S U P L E M E N T O

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.

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GENERATION MOBI.E

“Trocar o volante do carro por um comando de playstation” e “preservar o ambiente, utilizando energias limpas”. Estas foram duas das ideias propostas por um grupo de jovens, com idades entre os nove e os 16 anos, a quem foi colocado o desafio de pensar a evolução das tecnologias de mobilidade.

Os jovens vestiram a camisola de cientistas por um dia e não perderam tempo em deitar mãos à obra. Desde lançar desafios aos empresários no sentido de desenvolverem tecnologias tendo em conta que serão eles os futuros utilizadores da mobilidade eléctrica, passando pela realização de experiências para gerar energia, até à experiência de viajar num carro eléctrico (com direito a teste de carregamento do mesmo nos pontos MOBI.E), o dia foi de aventura e aprendizagem para a geração MOBI.E.

‘Olhar para o Portugal futuro pelos olhos das novas gerações’ foi o mote escolhido para a Conferência Generation MOBI.E., decorrida a 23 de Maio no Oceanário de Lisboa. Promovida pelo CEIIA, enquanto entidade gestora do Cluster da Mobilidade, em parceria com o Jornal de Negócios, a conferência tinha como objectivo discutir novos modelos de desenvolvimento nacional de activos transaccionáveis, com base na exploração de novos mercados por via da inovação e tecnologia, criando em Portugal as condições ideais para a concepção, desenvolvimento, teste e industrialização de soluções tecnológicas, que depois sejam exportadas para os mercados globais.

Tendo por base o desafio proposto pelos jovens, empresários e académicos elaboraram sessões de trabalho focadas em dois prismas essenciais da mobilidade eléctrica em Portugal: o projecto MOBICAR e Infra-estrutura e Território, com o objectivo de perspectivar novas gerações de veículos, tecnologia, produtos e serviços, tendo sempre em conta o papel desempenhado pelos actores.

A tarde foi destinada à apresentação de dois painéis de discussão. No primeiro painel, subordinado ao tema Tecnologia MOBI.E, foram abordados novos modelos de veículos eléctricos, sistemas de interacção entre veículos e cidades e ainda a ambição de continuar a desenvolver projectos cuja competitividade possa permitir a internacionalização dos seus produtos tecnológicos. Nele estiveram presentes Chistopher Borroni-Bird, director para a área das Tecnologias Avançadas e novos Conceitos de Veículos da General Motors, João Silva Marques, membro da Comissão-Executiva e director-geral do Sector Energia da Siemens S.A., Bastian Fisher, Vice-presidente para as Utilities no mercado Europeu, Médio Oriente e África da Oracle, Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software e Francisco Ferreira, assessor científico da Unidade TIC para os Transportes da DG INFSO da Comissão Europeia.

JÁ FAZ PLANOS PARA O FUTURO

O segundo painel foi dedicado à política MOBI.E e abordou a importância de o MOBI.E ser um programa indutor de concorrência entre o mercado. Em destaque esteve o facto de se tratar de uma única rede acessível a todo o país, uma forma de mitigar os custos associados às infra-estruturas e sistemas, e ainda o impacto que o modelo tem tido a nível académico e científico, nacional e internacional. A discutir este painel, estiveram Augusto de Albuquerque, Coordenador da Unidade de Micro Sistemas da DG INFSO da Comissão Europeia, José Mendes, Vice-Reitor da Universidade do Minho, Rui Oliveira Neves, advogado e docente da Universidade Católica Portuguesa e João Dias, Coordenador do MOBI.E.

No final do dia, os jovens apresentaram as suas ideias sobre como poderá vir a ser a mobilidade no futuro. Da condução à segurança, tudo foi pensado. E, no futuro podemos até vir a conduzir um carro como quem “joga playstation”.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.06

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SESSÃO MOBI CAR

A conferência “Generation Mobi.E” que teve lugar no Oceanário de Lisboa, no passado dia 23 de Maio, procurou analisar a questão da mobilidade eléctrica pelos olhos de quem vai usufruir dela de forma plena – as gerações futuras – e procurou fazê-lo tendo em conta vários aspectos relevantes. Um deles é a evolução do carro tal como o conhecemos por forma a que consiga tirar o máximo proveito das infra-estruturas que estão em fase de construção.

O projecto de mobilidade eléctrica que se encontra a ser implementado inclui um segmento apelidado de“Mobicar”, que a organização da conferência definiu como“uma plataforma de investigação e desenvolvimento de novas gerações de veículos” que“permitirá desenvolver novas competências na indústria e estimular novos modelos de negócio, na lógica do veículo como um serviço”.

Para discutir o tema foram reunidos à mesma mesa de discussão agentes dos mais variados sectores ligados à indústria automóvel. Desde representantes do CEIIA, a profissionais da industria automóvel, passando por académicos de faculdades de engenharia, todos deram o seu contributo para que a discussão fosse proveitosa.

O objectivo foi, assim, debater soluções de vanguarda e de que forma essas soluções podem ser potenciadas numa plataforma de colaboração que estimule a industrialização de novas gerações de veículos.

O carácter pioneiro da experiência portuguesa de mobilidade eléctrica oferece aos agentes do sector automóvel português uma vantagem que não deve ser desperdiçada.Nesse sentido, a discussão deve ser fomentada, para que as conclusões apareçam.

// CONCLUSÕES DA SESSÃO

NOVAS GERAÇÕES OBRIGAM À DIVERSIDADE DA MOBILIDADE Os futuros utilizadores obrigam a que os projectos resultem em produtos que ofereçam diversas formas de mobilidade – carro, mota, bicicleta ou outros;

PREOCUPAÇÃO AMBIENTALAs gerações futuras têm maior consciência ambiental, pelo que a aposta deve ser em materiais leves,“verdes” e compósitos, assim como sistemas inteligentes de acumuladores de energia;

ESPAÇO PARA A INOVAÇÃO DISRUPTIVA Os utilizadores do futuro são exigentes e criativos. Assim, a ousadia tem que ser a regra nas propostas e, consequentemente, o espaço para inovações disruptivas é maior.

SECTOR DISCUTE NOVOS CONCEITOS DE VEÍCULOS

// O OBJECTIVO É DESENVOLVER NOVAS COMPETÊNCIAS NA INDÚSTRIA E ESTIMULAR NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO NA LÓGICA DO VEÍCULO COMO UM SERVIÇO.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.07

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Portugal oferece boas condições para servir de “laboratório vivo” para a experiência da mobilidade eléctrica. À reduzida dimensão do território – as distâncias entre as principais cidades são apontadas pelos especialistas como favoráveis ao teste de soluções de mobilidade eléctrica – alia-se a propensão dos portugueses para a inovação e estão reunidos os ingredientes para fazer de Portugal um espaço de teste e experimentação.

Sob esse ponto de vista, a mobilização de 25 municípios por todo o País para integrar a Rede Piloto da Mobilidade Eléctrica é paradigmática da abertura de Portugal para encontrar novas soluções. E que, inclusivamente, já levou à celebração de parcerias com empresas internacionais de referência.

As cidades são, de resto, apontadas pelos especialistas como o local de eleição para os veículos eléctricos circularem, uma vez que é nesses espaços que a poluição (atmosférica e sonora) é mais significativa.A baixa autonomia dos veículos também contribui para o carácter citadino dos mesmos. O painel de debate contou com cerca de 80 intervenientes pertencentes às grandes construtoras automóveis, empresas de“software”, de comunicação e escritórios de advogados, entre outros.

As conclusões alcançadas foram variadas com desta que para o foco no utilizador enquanto uma característica-chave no processo de implementação da mobilidade eléctrica, e a utilização dos futuros modelos de negócio resultantes da nova realidade enquanto ferramentas de gestão e planeamento do território.

// CONCLUSÕES DA SESSÃO

ENFOQUE NO UTILIZADOR As novas gerações obrigam a que o enfoque primordial seja dado aos utilizadores. Esta característica foi apresentada como chave para a democratização de serviços através da plataforma Mobi.E;

FERRAMENTA DE GESTÃO E PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO Os modelos de negócio resultantes da experiência, se construídos de acordo com uma perspectiva da mobilidade como um servico integrado, serão também importantes ferramentas de gestão e pleaneamento do território – uma exigência das gerações futuras;

A INFORMAÇÃOA informação gerada pela rede será, por si só, um activo e uma fonte de novos serviços. Toda a informação gerada pela interacção dos utilizadores com a rede é um importante activo desta e significa a mudança de paradigma Segundo a qual as novas gerações deixam de ser apenas utilizadores de informação para passarem a ser também produtoras;

SESSÃO INFRA-ESTRUTURA E TERRITÓRIO CIDADES SÃO HABITAT NATURAL DO VEÍCULO ELÉCTRICO

PREOCUPAÇÕES AMBIENTAISA preocupação com o ambiente é mais vincada nas gerações futuras, pelo que a evolução do modelo de negócio para a integração da perspectiva de “consumos evitados”será uma das áreas a explorar;

ESPAÇO DE CRIAÇÃO DE NOVAS SOLUÇÕESO sistema Mobi.E é uma plataforma sobre a qual se construirão novas soluções tecnológicas e aplicações, com o objectivo de responder às necessidades das gerações futuras;

ESPAÇO DE TESTE E EXPERIMENTAÇÃOOlhar para Portugal como um espaçode teste e experimentaçãoenvolvendo os agentes do território eos utilizadores e comunidades locaisserá um elemento distintivo, quepermitirá testar soluções para osmercados internacionais.

// AS CIDADES SÃO APONTADAS PELOS ESPECIALISTAS COMO O LOCAL DE ELEIÇÃO PARA OS VEÍCULOS ELÉCTRICOS CIRCULAREM.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.08

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PROGRAMA

[09h00]

[09h30]

[10h00]

[11h30]

[12h30]

[13h00]

[14h30]

[16h15]

[16h45]

[18h00]

Recepção dos Participantes

Sessão de Abertura

Início das sessões paralelas SESSÃO MOBICAR SESSÃO INFRA-ESTRUTURA E TERRITÓRIO

Pausa para café

ELABORAÇÃO DE CONCLUSÕES

Almoço

TECHNOLOGY.MOBI.E Christopher Borroni-Bird, Director para a área das Tecnologias Avançadas e novos Conceitos de Veículos, General MotorsJoão Silva Marques, Membro da Comissão Executiva e Director-Geral do Sector Energia, Siemens S. A.Bastian Fischer, Vice-Presidente para as Utilities no mercado Europeu, Médio Oriente e África, Oracle Gonçalo Quadros, CEO, Critical SoftwareFrancisco Ferreira, Assessor Científico da Unidade TIC para os Transportes da DG INFSO, Comissão Europeia

Pausa para café

POLICY.MOBI.E

Rui Oliveira Neves, Advogado e Docente da Universidade Católica Portuguesa LisboaAugusto de Albuquerque, Coordenador da Unidade de Micro Sistemas da DG INFSO, Comissão EuropeiaJosé Mendes, Vice-Reitor, Universidade do MinhoJoão Dias, Coordenador, GAMEP ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA

Pedro Guerreiro, Director, Negócios

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.09

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TECHNOLOGY MOBI.E ÊXODO RURAL E POPULAÇÃO ENVELHECIDA JUSTIFICAM APOSTA

// EM 2030 HAVERÁ MAIS 1,5 MIL MILHÕES DE PESSOAS A VIVER NOS CENTRO URBANOS. ÊXODO OBRIGA A MUDANÇAS.

Se há um ponto comum a todos os intervenientes do painel “Technology Mobi.E”, composto por especialistas internacionais e nacionais, é o da causa que justifica a necessidade de reformar a forma como nos deslocamos.

De acordo com o director da General Motors, Christopher Borroni-Bird, dentro de 20 anos, 60% da população mundial residirá em centros urbanos. Actualmente, o número situa-se por volta dos 50%, mas dentro de menos de 20 anos os centros urbanos terão que albergar, sensivelmente, mais 1,5mil milhões de pessoas.

Este dado, aliado ao facto de a população estar num processo de envelhecimento –16% da população estará a cimados 65 anos em 2050 –leva a que as necessidades de optimização da utilização que se faz da estradas urbanas (com as consequências que isso acarreta ao nível dos acidentes e da segurança) seja, cada vezmais, uma prioridade. “As cidades precisam de melhores condições para aspessoas se deslocarem”, afirma Borroni-Bird. Não só porque são cada vez em maior quantidade,mas porque a sua capacidade de locomoção é cada vez mais diminuta com o avançar da idade.

O carro electrico é apenas uma parte desse plano de reformular o transporte urbano e procurar responder às preocupações de índole ambiental, assim como combater a dependência de uma matéria-prima que está reconhecidamente num processo de diminuição das reservas existentes. Segundo, dados fornecidos por BastianFischer, da Oracle, desde 2008 que o número de campos de petróleo em produção está a diminuir, sendo previsível que, em 2030, seja menos de metade daqueles que se verificava em 2008.

As cidades aliam, assim, as preocupações ambientais à necessidade de combater a dependência do petróleo.

“As redes inteligentes são elementos chave da mobilidade eléctrica”. Com esta frase, João Silva Marques definiu o contributo da Siemens para a implementação da mobilidade eléctrica em Portugal. As redes inteligentes, caracterizadas por terem um fluxo de energia bidireccional, fazendo com que os consumidores deixem de ser apenas consumidores de energia para passarem a ser também produtores.

Nesse sentido, Silva Marques advoga a necessidade de um novo paradigma da mobilidade eléctrica assente na exploração da capacidade instalada em Portugal ao nível das energias renováveis.Essa aposta portuguesa nas energias renováveis foi, de resto, apontada pelo dirigente como “a razão para a Siemens ter aderido ao programa Mobi.E” e para a escolha da filial de Portugal para liderar o “cluster”do sudoeste europeu (compost pela Bélgica, França, Grécia, Itália,Espanha e Suíça).

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.10

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POLICY MOBI.E MOBI.E: INOVADOR POR DEFINIÇÃO E CONCEPÇÃO

Das conclusões decorrentes das discussões relativas à “policy” que rodeia o modelo português de mobilidade eléctrica há uma que se parece sobrepor às restantes: a inovação que o próprio modelo comporta não se resume ao facto de ser pioneiro noquadro europeu, mas também porque a concepção do modelo obedece a regras também elas inovadoras.

Rui Oliveira Neves, advogado da Morais Leirão, Galvão Teles,Soares da Silva & Associados, destacou o aspecto inovador na concepção do modelo. O quadro legal e regulatório que sustenta o actual modelo português de mobilidade eléctrica foi destacado pelo advogado como sendo um exemplo de um modelo potenciador da concorrência, uma vez que é composto por“ serviços e infra-estruturas sem condicionamentos ou desincentivos económicos de acesso”.

Do ponto de vista da rede propriamente dita, Oliveira Neves não deixou de referir a importância da separação jurídica, funcional e de gestão entre a infra-estrutura e a exploração da rede. Para o advogado,“este aspecto é absolutamente inovador porque permite concentrar os “players” de cada actividade na sua área, separando infra-estrutura e exploração”.

Isto vai permitir que a “mobilidade eléctrica tenha uma plataforma à qual acede qualquer comercializador de electricidade”, adiantou o advogado. Isto leva a que as pessoas não saibam a que a cada momento estão a comprar energia e representa “uma inversão complete do paradigma do sector eléctrico”.

A transparência e a concorrência saem reforçadas com este modelo, afirmou o advogada para uma asistência de cerca de 150 pessoas.

// A TRANSPARÊNCIA E A CONCORRÊNCIA SAEM REFORÇADAS COM ESTE MODELO.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.11

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// “Portugal tem criadas as condições para servir de laboratório de experimentação para soluções tecnológicas inovadoras dentro da mobilidade eléctrica...”

Francisco Ferreira, Assessor Científico para a Unidade TIC para os Transportes da DG INFSO da Comissão Europeia

Na Conferência Generation MOBI.E, um dos oradores presentes no painel sobre Tecnologia MOBI.E foi Francisco Ferreira, Assessor Científico para a Unidade TIC para os Transportes da DG INFSO da Comissão Europeia. Ao MOBI.E, o assessor falou da importância da internacionalização deste projecto e afirmou que “a mobilidade eléctrica pode tornar o sector da energia ainda mais competitivo ao nível europeu”. Como é que a Comissão Europeia vê o MOBI.E?

O MOBI.E é uma iniciativa que está bastante avançada em relação aos projectos existentes no resto da Europa. Acho que Portugal tem de defender esta iniciativa e divulgá-la de forma a que ela se torne a solução a adoptar no resto da Europa e, por conseguinte, no resto do mundo. A Europa desenvolve muitas vezes soluções que são inovadoras, que são interessantes, mas depois ficam a um nível regional ou local. Aqui, é importante de facto lutar para conseguir que esta iniciativa seja adoptada por outros países. O que a Comissão Europeia não quer é ver multiplicarem-se iniciativas incompatíveis no contexto europeu. Um veículo eléctrico que hoje pode carregar aqui em Portugal na rede MOBI.E, quando chegar a Espanha, França, Alemanha ou Holanda, deverá também conseguir carregar lá.

Considera que o MOBI.E pode ser, efectivamente, o modelo a adoptar no resto da Europa e até no resto do mundo?

Eu penso que sim. Há que divulgar a solução MOBI.E, explicá-la e há que, como eu citei na minha apresentação, bater-se por ela nos órgãos de normalização, como o ETSI (European Telecommunications Standards Institute), CEN (Comité Europeu de Normalização) e CENELEC (Comité Europeu de Normalização Electrotécnica), que na Europa estabelecem os standards que são utilizados pelos diversos sistemas. Os veículos eléctricos têm uma base de normalização muito importante, desde a tomada que tem de ser comum ao nível de voltagem até ao sistema de pagamento. São aspectos que têm de ser de facto normalizados, têm de ser harmonizados.É obrigatório fazer-se essa normalização.

MINI-ENTREVISTAS

ENTREVISTA A FRANCISCO FERREIRA

Christopher Borroni-Bird, director para a área das Tecnologias Avançadas e novos Conceitos de Veículos da General Motors (GM), foi um dos oradores da Conferência Generation MOBI.E, realizada pelo CEIIA em parceria com o Jornal de Negócios. Na sua intervenção, o director da GM sublinhou que os carros devem ser concebidos de acordo com a utilização que lhes vai ser dada. Bird defende, assim, que o carro do futuro deve ser um citadino pequeno, versátil e eficiente. À margem da conferência, Christopher Bird falou ao MOBI.E sobre a reinvenção da indústria automóvel. Como é que a General Motors vê a actual revolução da indústria automóvel no contexto do novo paradigma da mobilidade eléctrica?

A General Motors vê a reinvenção da indústria automóvel de acordo com três ideias fundamentais: uma mais ligada à energia e ao ambiente, que tem a ver com a electrificação automóvel fazendo deste um veículo de zero emissões ao utilizar as energias renováveis (reduzindo a dependência do petróleo).A outra ideia prende-se com a concentração do tráfego e a questão da segurança, dois aspectos que podem ser solucionados através de uma rede de comunicação entre os veículos. Por exemplo, se os automóveis puderem comunicar entre eles a velocidade a que circulam, a sua direcção e localização, podem evitar muitos acidentes. A nosso ver, a electrificação do veículo conjugada com a sua capacidade de comunicação constitui uma combinação muito forte.O terceiro aspecto está directamente ligado ao design do próprio veículo, que deve ser concebido de acordo com o ambiente onde vai ser utilizado. Se pensarmos num carro para andar na auto-estrada, este deve ser maior e mais potente. Mas, se o carro é para ser utilizado dentro das cidades, então o seu desenho deve ter isso em conta, o que significa que deve ser mais pequeno, mais fácil de estacionar, energeticamente mais eficiente e barato.

É também baseado nestes três aspectos que relaciona a mobilidade eléctrica e as cidades?

Sim, sem dúvida. Nós vemos isto do ponto de vista da integração entre o veículo e a capacidade de comunicação do mesmo. A electrificação do veículo, por si só não resolve o problema do trânsito, do congestionamento, dos acidentes e do estacionamento. O veículo eléctrico é apenas uma peça da solução para os desafios dos meios urbanos. Estes carros têm que ter a capacidade e a possibilidade de se movimentarem mais facilmente dentro da cidade, de ocupar menos espaço, de conseguir uma optimização do estacionamento e de conseguirem evitar os acidentes tanto com os outros veículos, como com os peões. É aqui que entra toda a rede de comunicação e a tecnologia.

O que pensa do projecto português, MOBI.E?

No meu entender, Portugal tem criadas as condições para servir de laboratório de experimentação para inovadoras soluções tecnológicas dentro da mobilidade eléctrica, e penso que dadas as dimensões do país e o seu interesse na inovação há aqui um forte potencial para se desenvolver um trabalho muito interessante no que toca à mobilidade eléctrica.

ENTREVISTA A CHRISTOPHER BORRONI-BIRD

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.12

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MINI-ENTREVISTAS

Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software foi um dos oradores da conferência Generation MOBI.E. Na sua intervenção, o empresário sublinhou a importância das novas gerações para o processo de mudança. “As mudanças só acontecem quando os mais novos, as futuras gerações, estão envolvidos, porque eles são irreverentes, são disruptivos e fogem à rotina. Por isso conferências como esta são essenciais”, referiu.Em entrevista ao MOBI.E, Gonçalo Quadros diz não ter dúvidas de que as empresas portuguesas têm bagagem para responder aos desafios inerentes a este projecto. As empresas portuguesas têm bagagem para responder ao desafio de internacionalização do MOBI.E?

Sim, absolutamente. Acho que sobre isso não há nenhuma dúvida. As empresas portuguesas têm provado noutros contextos que conseguem ser competitivas em mercados muito exigentes. É certo que este projecto é complexo em que os desafios não são apenas tecnológicos, são também desafios políticos e sociais. O MOBI.E tem procurado encontrar respostas inteligentes para estes desafios.

Na sua opinião, as universidades portuguesas têm contribuído para a sustentabilidade do projecto?

Julgo que sim. As universidades portuguesas têm estado muito perto tipicamente das empresas de base tecnológica. É certo que a mobilidade eléctrica, provavelmente, precisa de uma resposta mais profunda, designadamente ao nível dos currículos e daquilo que se ensina nas universidades. Penso que é um caminho que se fará com o tempo.

À margem da Conferência Generation MOBI.E, promovida pelo CEIIA e pelo Jornal de Negócios, o Vice-Reitor da Universidade do Minho, José Mendes, falou ao MOBI.E da importância e do impacto que o programa tem tido no ambiente académico, nomeadamente ao nível de conhecimento técnico-científico, estando já pensada a criação de um curso avançado em mobilidade eléctrica. José Mendes destacou ainda as particularidades do programa MOBI.E que, na sua opinião, poderão fazer deste um caso de sucesso internacional. Sendo a mobilidade eléctrica uma área com uma forte aposta industrial, incluindo a internacionalização de alguns produtos, que programas existem ao nível de doutoramento e de projectos de investigação na Universidade do Minho?

Aquilo que nós temos neste momento não é ainda nada dedicado especificamente à mobilidade eléctrica. No entanto, temos programas de doutoramento e programas de mestrado dedicados ao planeamento das cidades e dedicados à mobilidade. Trata-se de uma tendência recente e interessa, de facto, estimular esta nova dinâmica e esta nova forma de mobilidade.

Quanto às parcerias feitas com outras instituições internacionais, há já trabalho feito?

Existe já uma colaboração muito próxima entre as universidades portuguesas e as empresas portuguesas, e até de algumas universidades estrangeiras.De facto, aquilo que se procurou nesta primeira fase foi tentar ganhar know-how em termos tecnológicos. Mas do ponto de vista da universidade, e no nosso caso concreto, estamos muito mais interessados em desenvolver conceitos mais integrados de mobilidade que possam corresponder a uma alteração de paradigma dos utilizadores da cidade.

Como é que tem sido feito este envolvimento das empresas com a universidade, nomeadamente nos programas de doutoramento e de investigação?

A universidade moderna presa-se por manter relações muito próximas com as empresas. Existe já um intercâmbio muito acentuado entre docentes e investigadores que vão trabalhar junto das empresas e, também, profissionais das empresas que vêm até às universidades transmitir o seu know-how.Hoje é típico que as universidades tenham uma espécie de comités estratégicos, que envolvem necessariamente representantes da indústria.

ENTREVISTA A GONÇALO QUADROS ENTREVISTA A JOSÉ MENDES

// “As empresas portuguesas têm provado noutros contextos que conseguem ser competitivas em mercados muito exigentes”.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.13

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MINI-ENTREVISTAS

ENTREVISTA A JOÃO SILVA MARQUES

Em entrevista aos organizadores da conferência, o director- geral da Siemens para o sector da energia, João Silva Marques, explica a estratégia da empresa para a mobilidade eléctrica.

Qual tem sido o papel da Siemens neste processo de implementação da mobilidade eléctrica?

A Siemens fará parte do fornecimento da infra-estrutura de carregamento dos automóveis, de acordo como protocolo que assinámos com o Mobi.E. Somos membros do consórcio Mobi.E. Além disso, já é um facto que estamos a incluir tecnologia Mobi.E dentro do mundo Siemens.

É uma pareceria proveitosa para ambas as partes?

Sim. E, nesse aspecto, Portugal pode ser um projecto-piloto a uma escala já totalmente integrada. É um país com uma dimensão já suficientemente grande para que os resultados que aqui são obtidos tenham um significado importante, e para que sirvam de exemplo para aquilo que se vai passer noutros países.Para além disso, faz parte do“business”da Siemens, em Portugal, acompanhar as tendências e, dessa forma, sermos uma das alavancas da modificação e transformação que é necessária para que o país possa progredir.Por outro lado é importante para as empresas em geral, em Portugal, no sentido de criar substitutos para outras áreas de actividade que se calhar estão a desaparecer. Portanto, trata-se de criar algo com aquilo que é endógeno de cá, nomeadamente, a produção de energias renováveis, eutilizá-lo da melhor forma, neste caso na mobilidade eléctrica. No fundo o que estamos aqui a tentar fazer é um processo de substituição de combustíveis fósseis e produção fossil na area da energia e de veículos de combustão interna por veículos eléctricos. Isto vai trazer oportunidades a todas as empresas que quiserem acompanhar esta mudança.

Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.14

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Conteúdos retirados do site MOBI.E e do suplemento do Jornal de Negócios publicado no dia 26 de Maio.

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NOTÍCIASAUTOMÓVEL

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150MeurosDE INVESTIMENTO DACHINESAHAWTAI MOTOR NA SUECA SAAB.

China acelera lucros da Mercedes Oje , 02-05-2011

A Daimler AG, detentora da marca Mercedes-Benz, anunciou uma subida de 71% nos lucros do primeiro trimestre. Tal como aconteceu com os outros construtores de viaturas de luxo, a China desempenhou um papel fundamental no desempenho da casa de Estugarda nos primeiros meses do ano.

“Com um desempenho positivo em praticamente todos os mercados mundiais, os construtores alemães continuam a crescer nos segmentos mais apetecíveis da indústria automóvel: nos segmentos premium. No curto prazo é pouco provável que construtores doutras partes do globo possam rivalizar com os alemães já que não é apenas de qualidade que se trata mas sim de uma imagem de exclusividade pela qual os consumidores estão dispostos a pagar.”

Sueca Saab salva por Chineses Diário de Notícias, 04-05-11

A fabricante de automóveis sueca Saab, que estava parada devido à falta de fundos, garantiu um investimento de 150M de euros da chinesa HawtaiMotor. As duas empresas vão formar uma aliança estratégica que abrangerá as áreas da indústria, tecnologia e distribuição.

“À semelhança de outros pequenos construtores ocidentais, a Saab vale sobretudo pelo nome. Muito associada a carros que se distinguem dos demais pelo design (design arrojado e os cabriolet) a Saab terá muitas dificuldades em se afirmar na indústria automóvel actual já que o mercado potencial da marca dificilmente justificará o investimento na concepção, desenvolvimento, produção e distribuição de veículos próprios. Mesmo a aposta na partilha de plataformas, motores, etc. com outros construtores (como já faz com a GM) implicará sempre um forte investimento na diferenciação final dos modelos sob pena de os carros perderem as características que os diferenciam. Deste modo, para além de fundos e do eventual acesso ao mercado chinês, no longo prazo, não é fácil perceber o que a Saab ganhará com este investimento. Arrisca-se a ser mais uma de várias pequenas injecções de capital que nada têm resolvido. Para a HawtaiMotor será certamente uma boa forma de aceder a tecnologias mais avançadas. “

GM obtém lucro mais elevado em 21 anos Oje, 06-05-11

A General Motors indicou que o seu lucro do primeiro trimestre mais do que triplicou para o nível máximo em pelo menos 21 anos, com as vendas de veículos a aumentarem no seu mercado doméstico e na China. Menos de dois anos após ter declarado a falência, a GM prepara-se para recuperar à Toyota o título de maior produtor mundial.

“Apesar destes indicadores positivos, a GM tem ainda um caminho muito longo a percorrer para conseguir competir com construtores como a Toyota ou mesmo o Grupo VW. Após décadas de fraco investimento na modernização das suas unidades produtivas e na melhoria da qualidade dos veículos (sobretudo no mercado dos EUA) assim como na insistência num sem-número de marcas obsoletas, a recuperação da GM é muito baseada na incorporação de outros construtores (antiga Daewoo agora Chevrolet) com mercados já bem consolidados.”

Análise de António Monteiro, Gestor de Projecto na área Automóvel, INTELI

BMW investe mil milhões de euros para elevar produção na China | Oje 10-05-11

A BMW avançou que vai investir cerca de mil milhões de euros para reforçar a sua capacidade de produção na China, numa tentativa de aproveitar o rápido crescimento das vendas no maior mercado automóvel mundial. Esta forma, a fabricante vai quase duplicar o investimento inicialmente planeado e a capacidade de produção na sua nova unidade de Tiexi.

“Apesar do ainda baixo poder de compra médio da população chinesa, todos os anos milhões de chineses juntam-se à classe média. De acordo com a McKinsey, em 2025 espera-se que a classe media chegue aos 612 milhões valor que hoje se situa na ordem dos 50 milhões. Naturalmente que num país a crescer a mais de 8% ao ano assistir-se-á simultaneamente ao surgimento de uma classe média- alta e alta, que num país como a China facilmente atingirá várias dezenas de milhões de indivíduos.”

Toyota arrisca-se a cair para 3 lugar Turbo, 16-05-11

O terramoto do japão está a causar sérias dificuldades aos construtores automóveis. A Toyota corre mesmo o risco de cair para a terceira posição mundial, atrás da Volkswagen e da General Motors, fruto da crise nuclear provocada pelo terramoto e tsunami do passado dia 11 de Março, que reduziu praticamente em dois terços a produção da marca em Março.

“Ultrapassada a crise actualmente vivida no Japão, é de prever que a Toyota recupere rapidamente a sua posição de maior construtor mundial. Para além do impacto financeiro extremamente negativo para a empresa, nada do que a vez a Toyota subir ao primeiro lugar do ranking dos maiores construtores (e frequentemente dos melhores, segundo os próprios consumidores) foi posto em causa com esta crise. Eventualmente será necessário reavaliar a estrutura da cadeia de abastecimento tornando esta menos dependente de algumas regiões do globo mas nada que ponha em causa aquilo em que baseiam a sua competitividade: a eficiência na produção e a viabilidade dos veículos. “

//Saab salva por Hawtai Motor

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NOTÍCIASMOBILIDADE

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24,2 MeurosDE CO-FINANCIAMENTO COMUNITÁRIO PARA INICIATIVA TRANSEUROPEIA NO DOMÍNIO DA ELECTROMOBILIDADE

Análise de Luís Reis, Coordenador da área Automóvel e Mobilidade, Inteli

Governo defende competitividade do carro eléctrico | Jornal de Negócios 04-05-11

O gabinete para a Mobilidade Eléctrica (Gamep) acredita que as tarifas máximas para remunerar os operadores de carregamento de VE servirão para fomentar a concorrência. “O Governo podia ter decidido nem sequer regular. Mas decidimos que haja um tecto máximo, para que a utilização do veículo eléctrico seja competitiva”, disse o líder do Gamep, João Dias.

“O sistema MOBI.E é o primeiro totalmente desenhado de forma a permitir a integração, de forma transparente para o utilizador, das várias componentes do serviço de mobilidade eléctica associadas a diferentes agentes. Ao carregar na rede MOBI.E, o utilizador de um veículo eléctrico terá acesso à contabilização dos custos associados à electricidade fornecida, ao uso de um equipamento de carregamento e à gestão de operações no sistema (e de outros serviços, como estacionamento). A adopção de tectos para a remuneração do serviço de carregamento (valor a cobrar pelos Operadores de Mobilidade Eléctrica pela disponibilização do equipamento para o carregamento de veículos), embora transitória, foi considerada fundamental para garantir valores de carregamento competitivos desde uma primeira fase, quando existem ainda poucos veículos, permitindo garantir custos de operação muito favoráveis face aos automóveis convencionais.”

Peugeot Partner e Citröen Berlingo eléctricas em 2013 | AutoHoje 12-05-11

A fábrica de Vigo da PSA Peugeot Citröen irá fabricar a partir de 2013 um mínimo de 15 mil comerciais eléctricos dos modelos Partner e Berlingo. Estas versões receberão um dístico na carroçaria a dizer “Galicia” para reforçar a sua proveniência, que já quer na fábrica de Vigo, quer na fábrica de Mangualde, em Portugal, são também montados os dois modelos com motorizações convencionais.

“Pela adequação ao mercado de frotas, nomeadamente de distribuição urbana e serviços, os comerciais ligeiros de motorização eléctrica deverão dar um grande impulso ao mercado de veículos eléctricos. São veículos com muito baixos custos de operação (até cerca de 2.5 euros de electricidade por cada 100 km) e manutenção (até menos 30%), que deverão despontar muito em breve no mercado. Com a manutenção da fábrica de Mangualde como extensão da fábrica de Vigo, poderemos um dia ver veículos eléctricos sair da linha de montagem portuguesa? De qualquer forma, este é mais um sinal da afirmação da tendência da indústria automóvel em apostar nos EVs como (um)a solução de futuro. Um sinal a seguir por parte da indústria portuguesa, com um mercado de proximidade onde já marcam presença os eléctricos da PSA em Vigo, e a Renault, que produzirá o pequeno Twizy em Valladolid.”

VW híbridos com extensor de autonomia |

Jornal de Negócios 20-05-11

O construtor alemão Volkswagen prepara-se para lançar, a partir de 2013/14, uma gama de modelos equipada com tecnologia híbrida com extensor de autonomia. Esta tecnologia, de que o Chevrolet Volt é percursor, combina um motor eléctrico e um motor térmico, que actua como gerador.

“Em complemento aos eléctricos puros, ainda muito restringidos pela autonomia das baterias, os eléctricos com “range extender” são uma solução polivalente, juntando autonomias semelhantes a um veículo a gasolina com a possibilidade de uma utilização diária com base em carregamentos efectuados na rede eléctrica. Na prática, são veículos de motorização eléctrica, em que o motor a combustão tem como função produzir energia para carregar as baterias e, no caso do Chevrolet Volt, já disponível no mercado americano, alimentar directamente o motor eléctrico em caso limite. No entanto, esperam-se melhoramentos na automomia das baterias (a Renault fez saber, em off, que a autonomia do futuro ZOE poderá atingir os 250 km) que tornarão os eléctricos puros mais adequados a utilizações extra-urbanas. Do ponto de vista de eficiência ambiental, o impacto dos eléctricos puros será naturalmente superior.

EDP reduz posição na empresa que gere a mobilidade eléctrica | Jornal de Negócios 23-05-11

A EDP reduziu a sua participação na SGORME, a sociedade gestora de operações da rede de mobilidade eléctrica. O processo de abertura do capital a outras entidades estava previsto já desde o ano passado, mas a concretização chegou apenas no primeiro trimestre deste ano, com a EDP a reduzir a sua posição de 100% para 91%. Fonte oficial da eléctrica explicou que “ a redução corresponde à entrada da Inteli prevista desde a primeira hora”.

A SGORME é a entidade responsável pela gestão de fluxos de energia, financeiros e de informação no sistema de mobilidade eléctrica MOBI.E, garantindo a coexistência, através do encontro de contas entre todos, de diversos operadores e comercializadores num mesmo sistema, o que faz do MOBI.E um sistema pioneiro e único à escala mundial. Em cruzeiro, a SGORME reunirá todos os comercializadores de mobilidade eléctrica a operar em Portugal, de forma a garantir uma equidade entre os agentes de negócio.

Generation MOBI.E: dar a palavra aos que (ainda) não têm voz | Jornal de Negócios 27-05-11

As gerações futuras são muito visadas, mas pouco consultadas e foi precisamente esse défice de diálogo com os mais novos que a conferência “Generation Mobi.E” procurou combater. Os mais novos foram os actores principais de um “espectáculo” que teve como o palco o Oceanário de Lisboa e como actores secundários responsáveis de empresas das mais variadas áreas do sector automóvel, regulatório, da energia e das tecnologias avançadas.

A conferência Generation.mobi.e foi um espaço de discussão de ideias para o futuro da mobilidade, antecipando o que serão as futuras tecnologias, produtos e serviços. Porque as novas gerações são os utilizadores do futuro, mais informados, conectados, o principal desafio foi o de perspectivar estas tendências à luz do novo utilizador, da lógica de partilha de informação em diferentes comunidades, da consciência cívica e da desmaterialização da própria mobilidade, com a abertura a sistemas partilhados e integrados. Dando sequência à estratégia seguida com a mobilidade eléctrica, em que se criou em Portugal um espaço vivo de concepção, desenvolvimento, teste e experimentação de soluções pioneiras baseadas em tecnologia portuguesa, de que são exemplo o modelo e sistema MOBI.E e o futuro Mobicar, foram apontadas linhas de evolução olhando o futuro pelos olhos dos mais novos.

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NOTÍCIASAERONÁUTICA

73,8 MeurosLUCRO DA EMBRAER NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Análise da equipa de Asa Rotativa, CEIIA

Prejuízos da EADS chegam a 12 milhões Oje, 16-05-11

O consórcio EADS (European Aeronautic Defense and Space) comunicou perdas de 12 milhões de euros no primeiro trimestre, depois de ter lucrado 103 milhões no período homólogo. A companhia atribuiu este resultado à reavaliação negativa na contabilização dos activos líquidos, consequência da desvalorização do dólar no mercado cambial.

“ A recente desvalorização do dólar foi também responsável por uma redução de 22 mil milhões de euros no volume de encomendas da Airbus, casos que exemplificam a vulnerabilidade de grandes empresas europeias face às flutuações dos mercados cambiais, tendência acentuada com o acelerado crescimento de encomendas oriundas de novos mercados emergentes.” Maria Rodrigues

Boeing entrega primeiro Dreamliner em Agosto | Oje, 27-05-11

A norte-americana Boeing vai entregar o primeiro 787 ao cliente inicial Al l Nippon Airways em Agosto ou em Setembro, acabando com mais de três anos de atrasos na entrega da nova aeronave. A fabricante de aviões e a companhia aérea vão proceder a testes de voo conjuntos no Japão na primeira semana de Julho, antes da entrega, anunciaram as empresas em comunicado.”

“ Espera-se que, com a entrega do primeiro 787, a Boeing possa ultrapassar a situação difícil que tem vivido nos últimos anos. Os constantes atrasos implicaram o cancelamento de cerca de 83 encomendas, o pagamento de centenas de milhares de dólares e a uma clara perda de credibilidade no mercado mundial. Esta parece ser o “volte-face” da construtora Norte-Americana, antevendo-se que comece a recuperar. Será muito interessante analisar o comportamento da Boeing/Dreamliner se comportarão nesta fase crucial.” Roberto Aguiar

Embraer lucra 73,8M de euros no trimestre Jornal de Negócios, 04-05-11

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de cerca de 73,87 milhões de euros, valor 295,3% superior ao do mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, o resultado foi beneficiado pela variação cambial, que incidiu positivamente sobre o cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social, a gerar uma receita de cerca de 1,78 milhões de euros.

“ Um ponto de vista bastante interessante como justificação para o franco crescimento da Embraer. O valor de 295,3% trata-se de um idicador não apenas da vontade do construtor em “vencer” no mercado aeronáutico, como também do resultado do esforço realizado, ao qual não se pode senão congratular a Embraer e esperar que continue com este excelentes resultados.” Manuel Raposo

Subsidiária da China Southern Airlines encomendou seis Boeing 787 | Lusa, 11-05-11

A Xiamen Airlines, subsidiária da China Southern Airlines, encomendou seis Boeing 787, o novo jumbo “Dreamliner”, vendido a um preço de tabela de 764 milhões de euros (1,1 milhões de dólares). O preço real dos aparelhos, que serão entregues entre 2014 e 2015, será “sensivelmente mais baixo” do que o preço de catálogo, indicou a China Southern. Esta aquisição será financiada “em parte pelos capitais de Xiamen Airlines e pelos empréstimos contratados junto dos bancos”, indicou a companhia chinesa em comunicado.

“ Este é um investimento da Boeing no mercado que terá a maior procura e expansão nos próximos vinte anos. Numa altura em que perdia claramente a luta para a europeia Airbus, que vendo os bons resultados com a introdução da nova geração de A330 e dos novos A350 no Oriente, a Boeing assume o risco para não perder a corrida ao mercado emergente dos operadores chineses.” Luís Paulo

Boeing supera Airbus nas encomendas de aviões | Oje, 06-05-11

A Boeing já recebeu pedidos para o fabrico de um total de 106 aviões este ano, com 153 novas encomendas e 47 cancelamentos, em comparação com os 90 novos pedidos conquistados pela sua rival europeia Airbus, que sofreu 79 cancelamentos. A construtora aeronáutica norte-americana registou até ao passado dia 29 de Março, 63 encomendas para o modelo 737, avaliadas num total de 5405 milhões de dólares.

“ Os dois construtores disputam constantemente a posição de líder de vendas, mas, pelo menos na categoria do Boeing 737, a competição por parte de outros construtores aumenta, com ofertas da Sukhoi, Bombardier e Embraer.” Miguel Morais

//Interiores do novo Dreamliner da Boeing

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06.2011EVENTOS

05.2011

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Próximos eventos

Semana da responsabilidade social Aveiro, Portugal 09-05-11

6ª semana da responsabilidade social organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial, teve lugar no Centro de Congressos de Aveiro sobre o tema “A Tecnologia pela Qualidade de Vida nas Cidades”. O Cluster da Mobilidade participou apresentando a mobilidade eléctrica como tendência numa sociedade económica sustentável.

Generation MOBI.E created by Portugal Lisboa, Portugal 23-05-2011

Realizou-se no dia 23 de Maio, no Oceanário de Lisboa, a conferência Generation MOBI.E, organizada pelo CEIIA, enquanto entidade que gere o Cluster da Mobilidade, e o Jornal de Negócios. Num total de cerca de 200 participantes, o programa do evento contou com sessões paralelas de discussão (MOBICar e Infra-estrutura e Território), a participação de um grupo de jovens, e dois painéis de apresentações, um dedicado a Tecnology MOBI.E e outra a Policy MOBI.E. Presentes estiveram empresas de referência internacionais como a General Motors e Oracle, a Comissão Europeia, universidades e empresas nacionais envolvidas no programa MOBI.E, como Critical Software e Siemens.

Palestra «Advanced Transportation and Mobility Concepts» Maia, Portugal 24-05-11

No dia 24 de Maio de 2011, realizou-se no CEIIA uma palestra dedicada a novos conceitos de mobilidade em ambiente urbano. O orador foi o Director da Área de novos conceitos e tecnologias avançadas de veículos da GM, Dr. Chan.

Dr. Christopher Borroni-Bird. A tendência para a concentração da população em mega-cidades e o envelhecimento da população deverão ser os principais factores a definir a configuração de novos veículos e novos modelos de mobilidade, cada vez mais assentes nas tecnologias de informação e integração com a infra-estrutura urbana.

Terminou o ‘electric tour’ Portalegre, Portugal 28-05-11

O Electric Tour foi organizado pelo MOBI.E e pela Peugeot. Começou em Março e termina a 28 de Maio, em Portalegre, depois de ter passado por 25 cidades. Ainda no decorrer do road show Pablo Huey, administrador da Peugeot Portugal manifestou-se “muito satisfeito por sentir esta grande receptividade por parte dos portugueses” adiantando que o sucesso da experiência “mostra que já existe uma oferta real de veículos”.

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE Maia, Portugal 03.06.11

TECMAIA vai assinalar o Dia Mundial do Ambiente com a plantação de árvores no parque, e contam com a particpação de várias entidades entre as quais o CEIIA.

ADVANCED AUTOMOTIVE BATTERIES CONFERENCE EUROPE 2011 Mainz, Alemanha 06 – 10.06.11

Cerca de 900 pessoas de seis continentes e 440 empresas reúnem-se para a 11 ª edição sobre a mais recente tecnologia de armazenamento de energia para a electrificação de veículos e os desenvolvimentos em tecnologia de iões de lítio.

PARIS AIR SHOW 2011 Le Bourget, França 20-26.06.2011

A feira internacional tem sido o maior evento mundial dedicado à indústria de aviação e espaço. Com cerca de 2.000 expositores, 138 mil visitantes profissionais, 3.000 jornalistas e 200 delegações oficiais, o evento continua a ser um ponto-chave no ciclo económico do sector.

AUTOMOTIVE NEWS EUROPE CONGRESS 2011 | Colónia, Alemanha 29-30.06.11

Comemorando o seu 14 º ano, a ANEC continua a ser a mais importante conferência da indústria automóvel na Europa, com palestras, apresentações e painéis de discussão.

ADVANCED MICROSYSTEMS FOR AUTOMOTIVE APPLICATIONS 2011 CONFERENCE Berlim, Alemanha 29-30.06.11

Evento dedicado às tecnologias de informação e comunicação, componentes, arquitecturas e sistemas inteligentes que permitam a mobilidade eléctrica, segura e em rede nas suas diferentes funcionalidades.

ELECTRIC VEHICLE INFRASTRUCTURE WORLD | Berlim, Alemanha 20-22.06.11

O evento pretende proporcionar aos construtores automóveis, governos, organismos de normalização, consultores e fornecedores, uma ampla compreensão do cenário que se vive actualmente face à introdução de veículos eléctricos.

// Christopher Borroni-Bird visitou o CEIIA.

// Electric Tour

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Ficha técnica

Edição: PCT da Mobilidade (CEIIA e INTELI)

Data: Maio, 2011

Editorial: Bernardo Sousa Ribeiro (CEIIA), Helena Silva (CEIIA)

Artigo: Helena Silva (CEIIA), Luís Reis (CEIIA)

Suplemento: Gualter Crisóstomo (CEIIA)

Equipa VOZ OFF: Bernardo Sousa Ribeiro (CEIIA), Helena Silva (CEIIA), Gualter Crisóstomo (INTELI) e Sónia Pereira (CEIIA) Design: Inês Neves (CEIIA)

Imagem: MOBI.E

VOZOFFNEWSLETTER INFORMATIVA Nº 8 MAIO, 2011