VOLUME4 Aquífero Serra Grande

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  • RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOSLEVANTAMENTO DE RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    2012

    Relatrio Diagnstico

    BACIA SEDIMENTAR DO PARNABAVolume 4

    AQUFERO SERRA GRANDEAQUFERO SERRA GRANDE

    REDE INTEGRADADE MONITORAMENTO

    DAS GUAS SUBTERRNEAS

  • MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    PROJETOREDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS GUAS SUBTERRNEAS

    RELATRIO DIAGNSTICOAQUFERO SERRA GRANDE

    BACIA SEDIMENTAR DO PARNABA

    VOLUME 4

    RECURSOS HDRICOS REA: RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    SUBREA: LEVANTAMENTO DE RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    2012

  • Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM

    Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas: relatrio diagnstico Aqufero Serra Grande, Bacia Sedimentar do Parnaba/Mickaelon B. Vasconcelos, Carlos Antnio da Luz, Maria Antonieta Alcntara Mouro, Coord. Belo Horizonte: CPRM Servio Geolgico do Brasil, 2012.

    47 p, il. v.4. Inclui mapas de aquferos (Serie: rea de Recursos Hdricos Subterrneos, Subrea, Levantamento de Recursos Hdricos Subterrneos). Verso digital e impresso em papel. Contedo: Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas Inclui listagem da coleo com 16 volumes de Relatrios dos Aquferos Sedimentares no Brasil, descritos na pgina 7.

    1-Hidrogeologia. 2- Aqufero Serra Grande. 3- Bacia do Parnaba. I Ttulo. II Vasconcelos, M. B., III Luz, C.A. da , IV - Mouro, M.A.A., Coord. V-Srie.

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIALDEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PROJETOREDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS GUAS SUBTERRNEAS

    Executado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM/Servio Geolgico do Brasil. Superintendncia Regional de Belo Horizonte.

    CPRM Superintendncia Regional de Belo Horizonte Av. Brasil, 1731 Bairro Funcionrios Belo Horizonte MG 30140-002 Fax: (31) 3878-0388 Tel: (31) 3878-0307 http://www.cprm.gov.br/bibliotecavirtual/estantevirtual [email protected]

    Ficha Catalogrfica

    CDU 556.3(81)

    Direitos desta edio: CPRM Servio Geolgico do Brasil permitida a reproduo desta publicao, desde que mencionada a fonte.

    Ficha Catalogrfica por Bibl. M. Madalena Costa Ferreira CRB/MG-1393

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    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    PROJETOREDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS GUAS SUBTERRNEAS

    RELATRIO DIAGNSTICOAQUFERO SERRA GRANDE

    BACIA SEDIMENTAR DO PARNABA

    VOLUME 4

    RECURSOS HDRICOS REA: RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    SUBREA: LEVANTAMENTO DE RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    MICKAELON B. VASCONCELOSCARLOS ANTNIO DA LUZ

    2012

  • MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIALDEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIAEdison Lobo

    MINISTRO

    SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERALCarlos Nogueira

    SECRETRIO

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL - CPRM

    Manoel Barretto da Rocha Neto DIRETOR-PRESIDENTE

    Roberto Ventura SantosDIRETOR DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS

    Thales de Queiroz SampaioDIRETOR DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Antnio Carlos Bacelar NunesDIRETOR DE RELAES INSTITUCIONAIS E DESENVOLVIMENTO

    Eduardo Santa Helena da Silva DIRETOR DE ADMINISTRAO E FINANAS

    Frederico Cludio PeixinhoCHEFE DO DEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    Jos Carlos da SilvaCHEFE DA DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    Ernesto Von SperlingCHEFE DO DEPARTAMENTO DE RELAES INSTITUCIONAIS E DIVULGAO

    Jos Marcio Henrique SoaresCHEFE DA DIVISO DE MARKETING E DIVULGAO

  • MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIALDEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    REA: RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOSSUBREA: LEVANTAMENTO DE RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    PROJETOREDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS GUAS SUBTERRNEAS

    CRDITOS DE AUTORIA

    Maria Antonieta Alcntara MouroCOORDENAO EXECUTIVA

    Daniele Tokunaga GenaroMarcio Junger RibeiroElvis Martins Oliveira

    Thiaggo de Castro Tayer (estagirio)APOIO TCNICO E EXECUTIVO

    Manfredo Ximenes PonteSUREG-BE

    Joo Batista Marcelo de LimaGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Ariolino Neres SouzaSUPERVISOR TCNICOManoel Imbiriba Junior

    Homero Reis de Melo Junior (de 2009 a 2011)COORDENADOR REGIONAL DO PROJETORosilene do Socorro Sarmento de Souza

    Celina Monteiro (Estagiria)APOIO TCNICO

    Marco Antnio de OliveiraSUREG-MA

    Daniel de OliveiraGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Carlos Jos Bezerra de Aguiar COORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Silvia Cristina Benites GoncalesHugo Galcio PereiraEQUIPE EXECUTORA

    Francisco Sandoval Brito PereiraCludia Vieira Teixeira

    APOIO TCNICO

    Maria Abadia CamargoSUREG-GO

    Cntia de Lima Vilas BoasGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Tomaz Edson de VasconcelosCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO - SUPERVISOR

    TCNICODario Dias Peixoto (de 2009 a 2012)

    APOIO EXECUTIVOClaudionor Francisco de Souza

    APOIO TCNICO

    Marco Antnio FonsecaSUREG-BH

    Mrcio de Oliveira CndidoGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Haroldo Santos VianaSUPERVISOR TCNICORaphael Elias Pereira

    COORDENADOR REGIONAL DO PROJETOClaudia Silvia Cerveira de Almeida

    Jos do Esprito Santo LimaReynaldo Murilo Drumond Alves de Brito

    APOIO EXECUTIVO

    Jos Carlos Garcia Ferreira SUREG-SP

    ngela Maria de Godoy TheodoroviczGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Andrea Segura FranziniSUPERVISORA TCNICA

    Guilherme Nogueira SantosCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    David Edson LourenoAPOIO TCNICO

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    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIALDEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    Teobaldo Rodrigues de Oliveira JuniorSUREG-SA

    Gustavo Carneiro da SilvaGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Amilton de Castro CardosoSUPERVISOR TCNICO

    Paulo Cesar Carvalho Machado VillarCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Cristovaldo Bispo dos SantosCristiane Neres Silva (SIAGAS)

    EQUIPE EXECUTORAJuliana Mascarenhas Costa Rafael Daltro (Estagirio)

    Bruno Shindler Sampaio Rocha (Estagirio)APOIO TCNICO

    Jos Leonardo Silva Andriotti SUREG-PA

    Marcos Alexandre de FreitasGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Marcelo GoffermannCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO - SUPERVISOR

    TCNICOGuilherme Troian

    Mario Wrege (2009-2010)EQUIPE EXECUTORA

    Pedro FreitasBruno Francisco B. Schiehl

    Luiz Alberto Costa SilvaAPOIO TCNICO

    Jos Wilson de C. TemteoSUREG-RE

    Adriano da Silva SantosGERENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Melissa FranzenSUPERVISORA TCNICO

    Joao Alberto Oliveira DinizCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Carlos Eugenio da Silveira ArraesGuilherme Troian (de 2009 a 2012)

    EQUIPE EXECUTORAManoel Jlio da Trindade Gomes Galvo

    APOIO EXECUTIVOPaulo MagalhesAPOIO TCNICO

    Darlan F. MacielCHEFE DA RESIDNCIA DE FORTALEZA

    Jaime Quintas dos S. ColaresASSISTENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Liano Silva VerissimoJos Alberto Ribeiro (de 2009 a mar/2012)COORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Helena da Costa BezerraCHEFE DA RESIDNCIA DE PORTO VELHO

    Francisco de Assis dos Reis BarbosaASSISTENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Claudio Cesar Aguiar CajazeirasCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Elvis Martins OliveiraLuiz Antonio da Costa Pereira

    Marcos Nbrega II APOIO EXECUTIVO

    Wladimir Ribeiro GomesAPOIO TCNICO

    Francisco das Chagas Lages Correia FilhoCHEFE DA RESIDNCIA DE TERESINA

    Carlos Antnio da LuzASSISTENTE DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIAL

    Mickaelon Belchior VasconcelosCOORDENADOR REGIONAL DO PROJETO

    Ney Gonzaga de SouzaCipriano Gomes de Oliveira

    APOIO TCNICO

    Alceu Percy Mendel JuniorFabio Silva da Costa

    Rubens Estevs KenupLEVANTAMENTO ALTIMTRICO

    Maria Antonieta Alcntara MouroREVISO DO TEXTO

    Homero Coelho BenevidesREVISO ORTOGRFICA E GRAMATICAL

    Alessandra Morandi PidelloPatrcia Silva Arajo Dias

    DIAGRAMAO Elizabeth de Almeida Cadete Costa

    ARTE GRFICA DA CAPA

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    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL CPRM

    DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTO TERRITORIALDEPARTAMENTO DE HIDROLOGIA

    DIVISO DE HIDROGEOLOGIA E EXPLORAO

    PROJETOREDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS GUAS SUBTERRNEAS

    COLEO DE RELATRIOS-DIAGNSTICO DOS AQUFEROS SEDIMENTARES DO BRASILVOLUME 1. Aqufero Misso Velha. Bacia Sedimentar do Araripe.Robrio Bto de AguiarJos Alberto RibeiroLiano Silva VerssimoJaime Quintas dos Santos Colares

    VOLUME 2. Aqufero Au. Bacia Sedimentar Potiguar.Joo Alberto Oliveira DinizFrancklin de MoraisAlexandre Luiz Souza BorbaGuilherme Casaroto Troian

    VOLUME 3. Aqufero Tacaratu. Bacia Sedimentar Jatob.Joo Alberto Oliveira DinizFrancklin de MoraisAlexandre Luiz Souza BorbaGuilherme Casaroto Troian

    VOLUME 4. Aqufero Serra Grande. Bacia Sedimentar do Parnaba.Mickaelon B. VasconcelosCarlos Antnio Da Luz

    VOLUME 5. Aqufero Itapecuru no Estado do Par. Bacia Sedimentar do Parnaba.Homero Reis de Melo Junior

    VOLUME 6. Aqufero Alter do Cho no Estado do Amazonas. Bacia Sedimentar do Amazonas.Carlos Jos Bezerra de Aguiar

    VOLUME 7. Aqufero Alter do Cho no Estado do Par. Bacia Sedimentar do Amazonas.Homero Reis de Melo Junior

    VOLUME 8. Sistema Aqufero Parecis no Estado de Rondnia. Bacia Sedimentar dos Parecis.Cludio Cesar de Aguiar Cajazeiras

    VOLUME 9. Aquferos Ronuro, Salto das Nuvens e Utiariti no Estado do Mato Grosso. Bacia Sedimentar dos Parecis.Dario Dias PeixotoTomaz Edson VasconcelosJamilo Jos Thom Filho

    VOLUME 10. Sistema Aqufero Urucuia. Bacia Sedimentar Sanfranciscana.Paulo Cesar Carvalho M. Villar

    VOLUME 11. Aquferos Furnas e Vale do Rio do Peixe nos Estados de Mato Grosso e Gois. Bacia Sedimentar do Paran.Dario Dias PeixotoTomaz Edson VasconcelosJamilo Jos Thom Filho

    VOLUME 12. Aqufero Furnas nos Estados de So Paulo, Mato Grosso do Sul e Paran. Bacia Sedimentar do Paran.Maria Ceclia de Medeiros Silveira

    VOLUME 13. Sistema Aqufero BauruCaiu no Estado de Minas Gerais. Bacia Sedimentar do Paran.Jos do Esprito Santo LimaCludia Slvia Cerveira de Almeida

    VOLUME 14. Sistema Aqufero Bauru-Caiu nos Estados de So Paulo, Mato Grosso do Sul e Paran. Bacia Sedimentar do Paran.Andra Segura Franzini

    VOLUME 15. Sistema Aqufero Guarani nos Estados de So Paulo, Mato Grosso do Sul e Paran. Bacia Sedimentar do Paran. Armando Teruo Takahashi

    VOLUME 16. Sistema Aqufero Guarani no Estado do Rio Grande do Sul. Bacia Sedimentar do Paran.Mario Wrege

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    VIII

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    SUMRIO

    1. INTRODUO.........................................................................................................19

    2. ASPECTOS CLIMTICOS E FISIOGRFICOS....................................................................21 2.1. Pluviometria................................................................................................21 2.2. Temperatura................................................................................................22 2.3. Geomorfologia.............................................................................................22 2.4. Hidrografia..................................................................................................22

    3. GEOLOGIA REGIONAL..............................................................................................25 3.1. Grupo Serra Grande (Ssg)................................................................................25 3.2. Formao Pimenteiras (D2pi)...........................................................................26 3.3. Formao Cabeas (Dc)..................................................................................26 3.4. Formao Long (Dl).....................................................................................26 3.5. Formao Poti (Cpi).......................................................................................26 3.6. Formao Piau (Cpa)....................................................................................26 3.7. Formao Pedra de Fogo (Ppf)..........................................................................26 3.8. Formao Sambaba (T12s).............................................................................27 3.9. Formao Pastos Bons (J2pb)...........................................................................27 3.10. Formao Corda (J2c)..................................................................................27 3.11. Formao Sardinha (K1)...............................................................................27 3.12. Grupo Barreiras (Enb)..................................................................................27 3.13. Aluvies (Ql).............................................................................................27

    4. CONTEXTO HIDROGEOLGICO .................................................................................29 4.1. Anlises de Perfis Litolgicos de Poos Tubulares na Regio de Picos..........................29 4.2. Distribuio de Poos Cadastrados no SIAGAS ......................................................30 4.3. Potencial do Aqufero Serra Grande no Municpio de Picos-PI ..................................31 4.4. Aspectos da Vulnerabilidade e Riscos de Contaminao ..........................................31 4.5. Pesquisas Isotpicas .....................................................................................31

    5. SNTESE DE TRABALHOS ANTERIORES........................................................................33 5.1. gua Subterrnea no Piau (KEGEL, 1955)...........................................................33 5.2. gua Subterrnea sob Condies Artesianas na rea de Picos-Piau (CRUZ e FRANA, 1967). ................................................................................33 5.3. Estudos de Reconhecimento Morro dos Cavalos (Vale do Fidalgo) TOMO II (DNOCS, 1972). .................................................................................34 5.4. Estudos de Reconhecimento Vale do Gurguia VOL VIII (DNOCS, 1973). .......................................................................................................37 5.5. Inventrio Hidrogeolgico Bsico do Nordeste, Folha Teresina-NE (LEAL, 1977). ..............................................................................................37 5.6. Estudo Hidrogeolgico do Aqufero Cabeas no Mdio Vale do Rio Gurguia/PI (FEITOSA, 1990). ..........................................................................37 5.7. Perfil Hidrogeolgico do Municpio de Picos, Projeto Hidrogeolgico do Piau- Programa de gua Subterrnea para a Regio Nordeste, (SOARES FILHO e LEAL, 1997). ........................................................................38 5.8 Disponibilidade e Gerenciamento Sustentvel do Aqufero Serra Grande no Municpio de Picos-Piau (VIDAL, 2003). ................................................38 5.9. Projeto Borda Sudeste da Bacia Sedimentar do Parnaba (CORREIA FILHO, 2009). .................................................................................38

    6. INFORMAES PARA O PLANEJAMENTO......................................................................39 6.1. Imagens de satlites......................................................................................39

    IX

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    6.2. Perfis de Poos das reas Selecionadas para Construo dos Poos de Monitoramen..............................................................................39

    7. POOS DE MONITORAMENTO IMPLANTADOS................................................................41

    8. CONSIDERAES FINAIS...........................................................................................43

    9. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS.................................................................................45

    10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...................................................................................47

    X

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    LISTA DE FIGURASFigura 1. Mapa da zona de afloramento do grupo Serra Grande, com destaque para as reas selecionadas para monitoramento....................................19

    Figura 2. Registro pluviomtrico mdio mensal, na localidade de Saudoso, municpio de Poranga CE. Srie histrica de 1997 a 2009........................................21

    Figura 3. Registro pluviomtrico mdio mensal, no municpio de Itainpolis. Srie histrica de 1963 a 2008...........................................................................21

    Figura 4. Registro pluviomtrico, mdio, mensal, na localidade Pedra Redonda no municpio de Conceio do Canind-PI. Srie histrica de 1992 a 2008..................................................................................21

    Figura 5. Registro pluviomtrico, mdio, mensal, no municpio de Parnagu PI. Srie histrica de 2004 a 2009.....................................................22

    Figura 6. Configurao geral do relevo do estado do Piau, gerada a partir de imagens de RADAR.............................................................................22

    Figura 7. Rede de drenagem da bacia hidrogrfica do Parnaba no estado do Piau...........................................................................................23

    Figura 8. Mapa de pontos dgua inseridos no aqufero Serra Grande........................................31

    Figura 9. Zoneamento das reas favorveis para o aproveitamento de gua do Grupo Serra Grande por meio de poos artesianos.....................................33

    Figura 10. Corte esquemtico das unidades litoestratigrficas na bacia do Parnaba (modificado de CRUZ E FRANA, 1967). ..............................................34 Figura 11. Localizao dos estudos de reconhecimento desenvolvido no Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.................................................................34

    Figura 12. Topo do aqufero Serra Grande na regio do Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.............................................................................................35

    Figura 13. Direo de fluxo do aqufero Serra Grande na regio do Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.............................................................................35 Figura 14. Transmissividade do aqufero Serra Grande na regio do Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.............................................................................36 Figura 15. reas de maior explotao dos aquferos Serra Grande e Pimenteiras na regio do Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo....................................36

    Figura 16. Faixas de cobertura do satlite LANDSAT, com as rbitas ponto de cada cena e detalhamento para as reas alvo....................................................39

    Figura 17. Mapa ndice do Piau com a cobertura das imagens de RADAR....................................39

    XI

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    XII

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    XIII

    LISTA DE FOTOSFoto 1. Detalhe do litotipo conglomertico do Grupo Serra Grande, apresentando grnulos e seixos de quartzo com tamanho entre 1 e 2 cm. Municpio de Itainpolis - PI.....................................................................25

    Foto 2. Afloramento da formao Pimenteiras no municpio de Picos PI...................................26 Foto 3. Afloramento da formao Cabeas na rea do Parque Nacional Sete Cidades, municpio de Piripiri PI....................................................................26

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    XIV

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    XV

    LISTA DE TABELASTabela 1. Temperaturas mdias mnimas, mdias mximas e mdias para os municpios de Oeiras, Parnaba, Piripiri e So Joo do Piau............................22

    Tabela 2. Coluna litoestratigrfica da Bacia Sedimentar do Parnaba.........................................25

    Tabela 3. Sntese das informaes construtivas e parmetros hidrulicos de poos construdos no municpio de Picos...........................................................29

    Tabela 4. Registros de reduo dos nveis dgua na rea de Picos (CRUZ e FRANA, 1967)....................................................................................35 Tabela 5. Parmetros hidrodinmicos das unidades aquferas que ocorrem nas imediaes da cidade de Teresina-PI...................................................37

    Tabela 6. Sntese de parmetros hidrodinmicos dos Aquferos Serra Grande, Cabeas e Poti/Piau......................................................................37

    Tabela 7. Sntese das caractersticas hidrulicas das unidades aquferas....................................38

    Tabela 8. Rebaixamentos do nvel esttico nas localidades do municpio de Picos...........................................................................................38

    Tabela 9. Poos com perfis litolgicos, situados nos municpios escolhidos para a perfurao dos poos da rede de monitoramento..............................39

    Tabela 10. Principais caractersticas dos poos construdos para o monitoramento no aqufero Serra Grande............................................................41

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    XVI

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    RELATRIO DIAGNSTICOAQUFERO SERRA GRANDE

    BACIA SEDIMENTAR DO PARNABA

    RECURSOS HDRICOS REA: RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    SUBREA: LEVANTAMENTO DE RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS

    XVII

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    XVIII

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    19

    1. INTRODUOAs guas subterrneas representam um manancial

    hdrico de grande importncia no suprimento hdrico de diversas populaes do Brasil. No estado do Piau, em especial, essa condio de importncia das guas subterrneas destaca-se, visto que o estado possui grandes reservas hidrogeolgicas.

    O Servio Geolgico do Brasil-CPRM, empresa pblica vinculada ao Ministrio de Minas e Energia, em consonncia com suas atribuies, props e definiu as bases para a implantao de rede de monitoramento integrado das guas subterrneas abrangendo os principais aquferos do pas.

    A rede de monitoramento, de natureza fundamentalmente quantitativa, foi concebida tendo como principal objetivo o conhecimento mais detalhado a respeito dos aquferos de modo a propiciar a mdio e longo prazos: i) a identificao de impactos s guas subterrneas em decorrncia da explotao ou das formas de uso e ocupao dos terrenos, ii) a estimativa da disponibilidade do recurso hdrico subterrneo, iii) a avaliao da recarga e o estabelecimento do balano hdrico; iv) informaes do nvel dgua, v) determinao de tendncias de longo termo tanto como resultado de mudanas nas condies naturais quanto derivadas de atividades antropognicas; etc.

    Um dos principais aspectos do programa refere-se proposio de um monitoramento integrado (guas subterrneas e superficiais) em que o ambiente aqutico considerado de forma inteiramente interrelacionvel e no fracionada nos diversos componentes. Um aspecto que favorece esta integrao o fato da CPRM ser responsvel pela implantao e operao de redes hidrometeorolgicas, telemtricas, de qualidade de gua e sedimentomtricas bem como monitoramento de nveis em audes.

    A estruturao do programa de monitoramento para cada aqufero ou local selecionado exige que seja feita uma caracterizao hidrogeolgica a partir da integrao, anlise e interpretao de dados existentes. Alm disso, considerando a integrao com o monitoramento hidrometeorolgico so includos tambm dados relativos s estaes existentes no domnio dos aquferos enfocados alm de estudos hidrolgicos e climatolgicos realizados na regio enfocada.

    A reunio e interpretao dessas informaes visa subsidiar a seleo dos locais para monitoramento bem como a avaliao da viabilidade de emprego dos dados das estaes fluviomtricas e pluviomtricas para interpretao dos resultados do monitoramento quanto representatividade do aqufero nas bacias hidrogrficas monitoradas.

    O presente relatrio apresenta a integrao das informaes para o aqufero Serra Grande e constitui o estgio atual de conhecimento de suas caractersticas naturais, presses percebidas e impactos identificados. Como resultados da anlise dessas informaes so apresentadas as principais demandas ao monitoramento e promovida a configurao da rede de monitoramento para o aqufero.

    A zona de afloramento do Grupo Serra Grande ocupa aproximadamente 8,5% da superfcie do estado do Piau, ocorrendo de norte a sul do estado em uma faixa de aproximadamente 950 km de comprimento com uma largura aproximada de 67 km na poro centro-leste, a nordeste do municpio de Picos. Na Figura 1 apresentada a zona de afloramento do Grupo Serra Grande, com indicao das reas selecionadas, para a perfurao dos poos de monitoramento.

    As referncias bibliogrficas foram organizadas, analisadas e as informaes pertinentes devidamente registradas, de modo a se gerar, tanto a histria bibliogrfica como a sntese do conhecimento existente na bacia sedimentar.

    Figura 1. Mapa da zona de afloramento do grupo Serra Grande, com destaque para as reas selecionadas para monitoramento

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    20

  • Projeto Rede Integrada de Monitoramento das guas Subterrneas

    21

    2. ASPECTOS CLIMTICOS E FISIOGRFICOS2.1. Pluviometria

    Os dados de chuvas das reas prximas zona de afloramento do Grupo Serra Grande so apresentados nas Figuras 2 a 5. A partir desses dados pode-se verificar que as chuvas ocorrem com maior concentrao, entre os meses de janeiro a abril, e com menor quantidade, entre os meses de junho a novembro. Dentre as reas selecionadas, o

    municpio de Parnagu, localizado no sul do Estado, o de menor ndice pluviomtrico, com mdia de 575,5 mm/ano. J a localidade de Pedra Redonda, no municpio de Conceio do Canind, o que apresenta a maior pluviosidade, tendo como mdia 909 mm/ano. O municpio de Itainpolis e a localidade de Saudoso, no municpio de Poranga, possuem ndices mdios semelhantes, respectivamente, de 713 mm/ano e 703 mm/ano.

    Figura 2. Registro pluviomtrico mdio mensal, na localidade de Saudoso, municpio de Poranga CE. Srie histrica de 1997 a 2009

    Figura 3. Registro pluviomtrico mdio mensal, no municpio de Itainpolis. Srie histrica de 1963 a 2008

    Figura 4. Registro pluviomtrico, mdio, mensal, na localidade Pedra Redonda no municpio de Conceio do Canind-PI. Srie histrica de 1992 a 2008

  • rea Recursos Hdricos Subterrneos

    22

    Figura 5. Registro pluviomtrico, mdio, mensal, no municpio de Parnagu PI. Srie histrica de 2004 a 2009

    2.2. Temperatura

    O estado do Piau possui alguns fatores que influenciam na temperatura do ar como as variaes decorrentes da distncia do oceano, altitude e variaes latitudinais. O oceano atua como um regulador da temperatura do ar, suavizando as flutuaes, como verificado nos municpios de Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Parnaba e Lus Correia (LIMA, 2002). Os municpios com altitudes superiores a 500 m possuem mdias anuais abaixo de 25C. A rea de abrangncia do aqufero Cabeas atinge uma extenso de aproximadamente 750 km de norte a sul do estado, portanto os municpios inseridos nessa rea possuem diferenas em relao s suas temperaturas. A cidade de Teresina possui temperatura mdia anual 27,3C, com mdia da mnima e mxima, respectivamente de 22,2 e 33,5C. Dados de temperatura do ar para as cidades de Oeiras, Parnaba, Piripiri e So Joo do Piau so apresentados na Tabela 1.

    Tabela 1. Temperaturas mdias mnimas, mdias mximas e mdias para municpios de Oeiras, Parnaba,

    Piripiri e So Joo do Piau

    Fonte: modificado de Lima (2002)

    MUNICPIO TEMPERATURA MDIA C

    Oeiras 21,9 MNIMA

    Oeiras 33,6 MXIMA

    Oeiras 27,3 MDIA

    PARNABA 22,8 MNIMA

    PARNABA 33,6 MXIMA

    PARNABA 27,7 MDIA

    PIRIPIRI 21,7 MNIMA

    PIRIPIRI 32,7 MXIMA

    PIRIPIRI 26,7 MDIA

    SO JOS DO PIAU 21,6 MNIMA

    SO JOS DO PIAU 33,5 MXIMA

    SO JOS DO PIAU 27,2 MDIA

    2.3. Geomorfologia

    A geomorfologia da rea de ocorrncia do Grupo Serra Grande possui uma caracterstica marcante exibindo, no lado oriental, escarpas (fronteira entre os estados do Piau e Cear) e relevo suavemente plano na poro ocidental.

    Na Figura 6 apresentado aspecto geral da configurao do relevo no estado do Piau, elaborado a partir de dados de RADAR (SRTM, 2003).

    Figura 6. Configurao geral do relevo do estado do Piau, gerada a partir de imagens de RADAR

    2.4. Hidrografia

    A Bacia hidrogrfica do rio Parnaba abrange, por completo, o estado do Piau e pequena parte dos estados do Maranho e Cear. Na Figura 7 apresentada a rede de drenagem da Bacia Hidrogrfica do Parnaba, na qual se podem verificar alguns rios de importncia como: i) rios Gurguia e Uruu-Preto na poro sul do estado;

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    23

    ii) rios Piau, Canind e Salinas na parte leste; iii) rios Berlengas, Sambito e So Nicolau na regio central e,

    Figura 7. Rede de drenagem da bacia hidrogrfica do Parnaba no estado do Piau

    iv) rios Piranji, Jacara, Piracuruca e Long no quadrante norte do estado.

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    24

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    25

    3. GEOLOGIA REGIONALO contexto geolgico foi elaborado com base em

    trabalhos anteriores tais como Cruz e Frana (1967), Leal (1977), Feitosa (1990), Vidal (2003) e Santos e Carvalho (2009). Diante da extenso espacial do Grupo Serra Grande, ser abordada nessa sntese, parte das unidades litoestratigrficas que ocorrem no estado do Piau.

    A Bacia Sedimentar do Parnaba caracterizada, de maneira geral, por uma alternncia de sedimentos

    PERODO GRUPO FORMAO LITOLOGIA

    QUATERNRIO QI Aluvies Areias, siltes e argilas.

    TERCIRIO Barreiras Enb Arenitos friveis e nveis de argilas.

    CRETCIO K1 Sardinha Derrames de basltos e diabsios.

    JURSSICO MearimJ2c Corda Arenitos homogneos, friveis e siltitos.

    J2pb Pastos Bons Arenitos argilosos fino a mdio.

    TRISSICO

    Balsas

    T12s Sambaba Arenitos homogneos, friveis.

    PERMIANO Ppf Pedra de Fogo Arenitos, siltitos, folhelhos e calcrios.

    CARBONFEROC2pi Piau Arenitos finos a frossos com nveis de siltitos.

    Canind

    C1po Poti Arenitos finos a clsticos com intercalaes de siltitos na parte superior.

    DEVONIANO

    D3c1l Long Folhelhos cinza escuro, com nveis de arenitos e siltitos.

    D2c Cabeas Arenitos mdios a grossos de cores clara com subordinadas intercalaes de folhelhos e siltitos cinza e vermelho.

    D2p Pimenteiras Folhelhos e siltitos (cor vermelha), com finos nveis de arenito.

    SILURIANO Serra Grande

    Ssgj Jaics Arenitos muito grossos e conglomerados.

    Ssgt Tiangu Folhelhos, siltitos e arenitos finos.

    Ssgi Ip Arenitos grossos.

    PR-CAMBRIANO Granitos, gnaisses e micaxistos.

    Fonte: Compilao de dados de Cruz e Frana (1967); Leal (1977); Feitosa (1990); Vidal (2003); e Santos e Carvalho (2009)

    siltosos e arenosos que mergulham em direo SE para NW. Possui idade paleozoica e, segundo Cunha (1986), foi formada sob condies tectonicamente estveis, que propiciaram a deposio de uma coluna sedimentar de at 3.500 m de espessura.

    Na Tabela 2 apresentada a coluna litoestratigrfica, com informaes compiladas de trabalhos anteriores.

    Tabela 2. Coluna litoestratigrfica da Bacia Sedimentar do Parnaba

    3.1. Grupo Serra Grande (Ssg)

    representado por arenitos de cor branca, variando para tonalidade bege, com granulao mdia a muito grossa, comumente conglomerticos (Foto 1). Possuem nveis pouco espessos de arenitos siltosos ou puramente slticos, especialmente na base do pacote. Podem apresentar estratos com cimento quartzoso, sendo comum a ocorrncia de estratificaes cruzadas.

    Caputo e Lima (1984) dividiram o Grupo Serra Grande nas formaes Ipu, Tiangu e Jaics.

    Foto 1. Detalhe de litotipo do grupo Serra Grande apresentando grnulos e seixos de quartzo com tamanho entre 1 e 2 cm. Municpio de Itainpolis

    - PI

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    26

    3.2. Formao Pimenteiras (D2p)

    constituda, essencialmente, por uma alternncia de nveis de folhelhos e siltitos intercalados de forma subordinada, por finos nveis de arenitos de granulao muito fina de cores variadas com predominncia da tonalidade vermelha (Foto 2). Na poro inferior predominam nveis arenosos. Em virtude desta variao litolgica podem ser distinguidos dois membros na formao: o membro inferior, Itaim, arenoso e o membro superior, Picos, argiloso. Os arenitos podem apresentar concrees de hematita, com dimetro de 10 cm e ndulos de calcrio.

    3.3. Formao Cabeas (Dc)

    representada por um pacote clstico que evolui da base para o topo, de arenitos finos para grossos, com intercalaes de siltitos e folhelhos e por vezes de bancos oolticos piritosos. Os arenitos so fortemente litificados, possuindo cimentao de slica. H indcios de que a formao Cabeas foi depositada em um ambiente marinho e deltaico, com uma rica fauna associada. Na Foto 3 apresentada a disposio dos afloramentos da formao Cabeas na rea do Parque Nacional de Sete Cidades.

    3.4. Formao Long (Dl)

    Representada por folhelhos laminados de cor cinza escura, por vezes betuminosos, e por siltitos micceos. A poro mdia da formao apresenta-se silto-arenosa, enquanto os extremos so mais argilosos.

    Alguns aspectos encontrados na formao indicam sedimentao em ambiente de mar raso, onde se destacam marcas de onda, furos de organismos e uma fauna nertica.

    3.5. Formao Poti (Cpi)

    Constituda por arenitos conglomerticos de cor cinza, com raras intercalaes de folhelhos. Mostra, para o topo, gradao para arenitos finos, micceos, carbonticos ou slticos. As caractersticas sedimentares marcam um perodo de regresso marinha, iniciando-se com depsitos marinhos que evoluem para deltaicos e,

    mesmo, continentais.

    3.6. Formao Piau (Cpa)

    So sedimentos que podem ser divididos em duas sub-unidades, inferior e superior. A parte inferior representada por arenitos vermelhos ou rseos, gros arredondados a subarredondados, apresentando estratificao cruzada.

    Na parte superior ocorrem folhelhos de cor verde e vermelha, arenitos vermelhos, anidrita delgada, dolomitos rseos e raros calcrios fossilferos de cor cinza. Trata-se de depsitos essencialmente continentais, com indcios de invases episdicas do mar ao final do ciclo de sedimentao, caracterizados por camadas de calcrio fossilfero.

    3.7. Formao Pedra de Fogo (Ppf)

    Unidade geolgica composta por folhelhos calcferos de cor marrom, siltitos esverdeados, arenitos amarelados e esverdeados, eventualmente calcferos.

    Foto 3. Afloramento da formao Cabeas na rea do Parque Nacional Sete Cidades, municpio de Piripiri - PI

    Foto 2. Afloramento da formao Pimenteiras no municpio de Picos PI

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    Pode apresentar chert, ndulos silicificados e bancos de slex com espessura de 3 a 4 m. A poro inferior relaciona-se a ambiente de sedimentao marinho enquanto as camadas subsequentes a ambiente continental, de mar remanescente, com ciclos de evaporitos.

    3.8. Formao Sambaba (T12s)

    Esta unidade litoestratigrfica ocorre, principalmente, no estado do Maranho, nas cidades de Carolina e Sambaba, no centro da bacia. Foi definida, inicialmente por Plummer et al. (1948), como composta por arenitos elicos, sendo caracterizada, tambm por no apresentar fsseis.

    3.9. Formao Pastos Bons (J2pb)

    composta, basicamente, por arenitos brancos ou esverdeados, folhelhos arroxeados, verdes ou pretos intercalados com calcrios verdes.

    3.10. Formao Corda (J2c)

    Representada por arenitos, argilitos e folhelhos, caractersticos de ambientes desrtico, fluvial e lacustre

    (CPRM, 2006). No estado do Piau aflora na regio central e centro-sul.

    3.11. Formao Sardinha (K1)

    Constituda por derrames de basaltos e intrusivas bsicas que ocorrem em subsuperfcie nas regies de Picos e afloram nos municpios de Jatob do Piau, Esperantina, Matias Olimpo e Lagoa de So Francisco. Estas rochas foram datadas como pertencentes base do Cretceo (GES e FEIJ,1994).

    3.12. Grupo Barreiras (Enb)

    Esta unidade representada por sedimentos areno-argilosos que ocorrem nas proximidades do litoral. Possuem uma colorao variando de branca a avermelhada, apresentando, por vezes, concrees laterticas.

    3.13. Aluvies (Ql)

    Trata-se de sedimentos transportados e depositados pela ao fluvial. Esto localizados nas calhas dos rios, sendo representados por areias heterogneas com algumas intercalaes de material argiloso.

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    4. CONTEXTO HIDROGEOLGICOA configurao da zona de recarga do aqufero

    Serra Grande estende-se do sul do Piau, municpio de Parnagu at prximo ao municpio de Parnaba, no extremo norte do estado, em uma faixa de aproximadamente 950 km de extenso e largura de 67km em sua poro central, prximo ao municpio de Picos.

    Este aqufero e encontra-se confinado pelos folhelhos da Formao Pimenteiras, que se assenta diretamente sobre as rochas do embasamento cristalino. Esses sedimentos mergulham suavemente para leste, no sentido do fluxo das guas subterrneas.

    POO PROF.(m) NE(m) ND(m) DIM. PERF.(pol.) E PROF. INSTALADA

    DIM. REVEST.

    (pol.)

    Q. ESP.(m3/h/m) VAZO (m

    3/h)

    1PS-01-PI 190 2,5 23,3 10 6 3,8 80

    1PS-02-PI 198,5 2,8 38,86 10 6 0,52 19

    1PS-03-PI 210 9,2 21,36 10 6 7,4 7,4

    4PS-04-PI 150 22 36,85 12 1/4 6 9,69 144

    4PS-05-PI300--

    32,03-

    49,52-

    18 1/2158 5/8

    12--

    7,54--

    132--

    4PS-06-PI300 4 40,2 23

    17 1/28 1/2

    13 3/8--

    5,49--

    144--

    4PS-07-PI

    300 5,35 43,35 23-0 a 417 1/2- 4 a 8512 1/4- 85 a 908 5/8- 90 a 2098 1/2- 209 a 300

    13 3/8----

    3,36---

    127,76

    4PS-08-PI550 207 220 12 1/4- 0 a 282

    9 5/8- 282 a 4529 1/2- 452 a 550

    9 5/8 1 13

    4PS-09-PI450 81,9 88,7 23- 0 a 15

    17 1/2- 15 a 1249 5/8- 124 a 450

    13 3/8 7,76 52,8

    4PS-10-PI 430 35,1 48,1 17 1/2- 0 a 1239 5/8- 123 a 43013 3/4 9,23 120

    4PS-11-PI 555 209 227 15- 0 a 109 7/8- 10 a 5556 5/8 1 18

    4PS-12-PI747 320 330 8- 0 a 300

    7 5/8- 300 a 3606 5/8- 360 a 650

    CEFET/PICOS 150 39,3 41,5 8- 0 a 596- 59 a 1506 6,7

    Grupo Carvalho 160 30,4 32,6 8- 0 a 79 6 - 8

    Joo Fco Nogueira 139 14,3 26,2 10- 0 a 139 6 8,8

    SESAPI/PROSAR300 - - 14- 0 a 6

    10- 6 a 2036- 203 a 300

    6 - -

    4.1. Anlises de Perfis Litolgicos de Poos Tubulares na Regio de Picos

    Foram pesquisados 35 perfis litolgicos e construtivos de poos que esto localizados no municpio de Picos e em suas imediaes (Tabela 3). Os poos apresentam profundidades entre 139 e 747 m e dimetro de perfurao variando de 6 at 17 , que por vezes diminui com o avano da perfurao. O revestimento possui dimetro, geralmente de 4 (quatro polegadas). Os dados disponveis para vazo de produo mostram valores de 8,0 a 144,0 m3/h e capacidade especfica entre 0,52 e 9,69 m3/h/m.

    A profundidade do nvel dgua, referente data da perfurao, varia de 2,5 a 118 m. O nvel dinmico pode alcanar at 160 m.

    Tabela 3. Sntese das informaes construtivas e parmetros hidrulicos de poos construdos no municpio de Picos

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    POO PROF.(M) NE(M) ND(M)DIM. PERF.(POL.) E

    PROF. INSTALADA

    DIM. REVEST. (POL.)

    Q. ESP.(M3/H/M)

    VAZO (M3/H)

    Fca Madalena Costa 160 42,2 54,6 6- 59 a 160 6 - 9,9

    J. Edimar de Sousa 150 19,28 20,51 8- 0 a 356- 35 a 1506-

    --

    23,2-

    I. E. Sup R. S 250 69,81 87,01 12- 0 a 158- 15 a 2504,5-

    --

    4,5

    Jicil Moura Luz 150 24,3 42,5 8- 0 a 836- 83 a 1506-

    - 20,7

    Joaquim K. Braga 150 30,1 42 8- 0 a 396- 39 a 1506-

    - 24

    Albino A. Moura (P2) 270 118,2 138,5 8- 0 a 1316- 131 a 2706-

    - 4,6

    Albino A. Moura 272 70,1 75,3 10 4,5 - 10,5

    Raimundo de S 180 36,2 42,6 8- 0 a 1196- 119 a 1806-

    --

    8,8

    Pascoal J. S. Filho 150 23,1 24,5 8- 0 a 436- 43 a 1506-

    --

    7

    Pedro A. Ramos 180 8- 0 a 1296- 129 a 1806-

    ---

    -

    Posto Avelino 205 84,3 96,5 10 4,5 - 4,5

    Antenor G. F. Sobrinho 200 31,8 42,31 8- 0 a 606 60 a 2006 - 9,7

    Pref. de Picos (Estdio) 202 39,1 49,3 8- 0 a 596- 59 a 2026 - 12,5

    Ribamar G. Carvalho 180 61,3 87,5 8- 0 a 436- 43 a 1806 - 6

    Soc. C. Malta (Proj. SJ Batista) 180 28,89 40,25 8- 0 a 486- 48 a 1806 - 22,6

    Plnio Cavalcanti e Cia 120 25,01 26,64 8- 0 a 596- 59,5 a 1206 - 7,2

    Tecnopoos 152,5 18,1 46,3 8- 0 a 256- 25 a 1526 - 21,4

    Waldimiro B. Monteiro 210 46,68 73,11 8- 0 a 316- 31 a 2106-

    12,7

    Pref. de Picos (Boa Vista) 202 25,1 160,3 8- 0 a 316- 31 a 2026-

    --

    2

    4.2. Distribuio de Poos Cadastrados no SIAGAS

    De acordo com as informaes do SIAGAS, esto inseridos no aqufero Serra Grande aproximadamente 843 pontos dgua (Figura 8) com maior densidade na regio do municpio de Picos, e menor na regio do municpio de So Raimundo Nonato.

    Figura 8. Mapa de pontos dgua inseridos no aqufero Serra Grande. Fonte: SIAGAS

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    4.3. Potencial do Aqufero Serra Grande no Municpio de Picos-PI

    A captao de gua subterrnea do aqufero Serra Grande em Picos, no ano de 2003, foi de 9,87106 m3/ano (VIDAL, 2003), sendo que 74,47% deste volume foi captado pela Companhia de guas e Esgotos do Piau, AGESPISA.

    Estima-se que o volume de gua bombeado entre o ano de 1958 e 2001 foi de aproximadamente 200,3106 m3/ano.

    4.4. Aspectos da Vulnerabilidade e Riscos de Contaminao

    O termo vulnerabilidade contaminao utilizado para representar as caractersticas intrnsecas que determinam a suscetibilidade do aqufero de ser adversamente afetado por uma carga contaminante (FOSTER, 1987). Esse termo pode ser definido como a probabilidade de certa proporo de um poluente poder alcanar o aqufero em um determinado tempo (VOIGT et al., 2003).

    Para se determinar os riscos contaminao das guas subterrneas devem ser considerados os fatores de vulnerabilidade e fontes potenciais de contaminao. Somente, aps a interao destes atributos que se pode ponderar o risco de contaminao, para cada unidade aqufera considerada.

    Na zona de recarga do aqufero Serra Grande o principal fator na definio da vulnerabilidade do aqufero o nvel esttico. medida que se torna confinado pela formao Pimenteiras ocorre uma reduo do ndice de vulnerabilidade, ficando mais protegido.

    Estudos de vulnerabilidade na bacia do Parnaba, abrangendo a regio sudoeste do estado, foram realizados por Arajo e Marques (2008), em escala 1:500.000. Neste trabalho o aqufero Serra Grande classificado como de vulnerabilidade moderada.

    4.5. Pesquisas Isotpicas

    Estudos isotpicos desenvolvidos por Batista et al. (1998) na regio de Picos, caracterizaram as guas subterrneas do Aqufero Serra Grande como paleoguas. J as guas do aqufero Cabeas so na maioria, pertencentes ao Holoceno, podendo haver mistura com paleoguas do pleistoceno.

    Santiago et al. (1982) verificaram que no aqufero Serra Grande ocorre um aumento da salinizao das guas, medida que se afasta da zona de recarga, em direo ao interior da bacia.

    Carneiro et al., (1998) no identificaram uma correlao entre idades mais antigas e o aumento da salinizao pois de maneira geral as guas so pouco mineralizadas, diferentemente das demais paleoguas do nordeste brasileiro.

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    5. SNTESE DE TRABALHOS ANTERIORESForam analisados alguns trabalhos que abordam o

    Grupo Serra Grande e elaborada uma sntese enfocando os dados mais relevantes que possam contribuir para o aprimoramento do conhecimento desse aqufero. O trabalho pioneiro na bacia sedimentar do Parnaba foi realizado por Small (1913) que caracterizou a hidrogeologia do Cear e parte da do Piau.

    5.1. gua Subterrnea no Piau (KEGEL, 1955).

    Kegel (1955) apresenta uma caracterizao sucinta a respeito da qualidade das guas nos aquferos do estado. Os parmetros obtidos so pH, dureza, cloreto,

    5.2. gua Subterrnea sob Condies Artesianas na rea de Picos-Piau (CRUZ e FRANA, 1967).

    Cruz e Frana (1967) descrevem as condies hidrogeolgicas na regio de Picos, com o objetivo de propor um programa mais racional de explorao.

    As camadas dos sedimentos da rea estudada possuem direo NE-SW, mergulhando aproximadamente 8 a 10 m/km para NW, podendo apresentar suaves ondulaes.

    Figura 9. Zoneamento das reas favorveis para o aproveitamento de gua do Grupo Serra Grande por meio de poos artesianos

    Fonte: Kegel (1955)

    presena de sulfato, amonaco, cido sulfdrico (H2S) e temperatura.

    Neste estudo relatado que a qualidade da gua do membro Picos, pertencente formao Pimenteiras, muito salgada no sendo indicada, nem ao menos para a irrigao. O pH mostrou-se cido para a maioria das amostras de gua, sendo, por vezes, inferior a 6,5 como verificado para o Grupo Serra Grande; e formaes Cabeas e Sambaba. ressaltado que guas com estas caractersticas so agressivas aos metais.

    Na Figura 9 so apresentadas as reas favorveis ocorrncia de artesianismo na regio entre os municpios de Picos e Oeiras.

    O aqufero Serra Grande apresentado como sendo o principal da regio, estando o mesmo confinado pela Formao Pimenteiras. Outros aquferos, como o Cabeas, possuem uma importncia maior na regio oeste do estado, e os aluvies so representativos no fornecimento de gua para as chamadas culturas de vazante. Na Figura 10 apresentado um corte esquemtico elaborado neste estudo.

    Foram analisados no estudo, 60 poos tubulares, dentre estes, 41 so jorrantes. Esses poos foram

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    34

    construdos com mquinas percusso, geralmente com dimetro de 6 e com profundidade mdia de 160 m. A vazo livre ou jorrante dos poos varia de 0,2 m3/h at 42 m3/h, com mdia de 11,7 m3/h.

    A questo da reduo do nvel esttico relatada, sendo que os registros histricos encontram-se apresentados na

    Tabela 4. Destaca-se que os dados de NE esto restritos aos poos no jorrantes, por no haver medidas da altura do jorro nos poos.

    Os testes de bombeamento, realizados em 6 (seis) poos, indicam valores mdios de transmissividade (T) de 2,810-3 m2/s e armazenamento especfico (S) de 7,110-4.

    Tabela 4. Registros de reduo dos nveis dgua na rea de Picos (CRUZ e FRANA, 1967)

    5.3. Estudos de Reconhecimento Morro dos Cavalos (Vale do Fidalgo) TOMO II (DNOCS, 1972).

    Este trabalho reflete a tentativa de minimizar os problemas com as estiagens ocorridas no semirido do Piau, por meio de projetos de irrigao. De acordo com o Plano de Irrigao do Nordeste apresentado na poca deste estudo, o estado do Piau possua 6 (seis) Projetos de desenvolvimento; Projeto das Lagoas (localizado no norte do estado), Projeto Caldeiro (sudeste da capital Teresina), Projeto Lameiro (setor central do estado, prximo ao rio Parnaba), Projeto Gurguia (ao sul do estado, no vale de mesmo nome), o Projeto Morro dos Cavalos e Projeto Fidalgo, ambos localizados na poro centro-sudeste do estado (Figura 11).

    Na rea de estudo, o morro dos Cavalos possui dimenses de aproximadamente 60 x 60 km, estando inserido nos municpios de So Joo do Piau, Conceio do Canind e Simplcio Mendes. Neste trabalho so apresentados alguns mapas temticos como:

    Topo do aqufero Serra Grande e aquitardoPimenteiras.

    FluxodasguassubterrneasdosaquferosSerraGrande e aquitardo Pimenteiras.

    Transmissividade dos aquferos Serra Grande eaquitardo Pimenteiras.

    Situaodospontosdgua.

    Zoneamentodasreasdemaiorexploraodosaquferos e aquitardos.

    Curvasdeisoconcentraoderesduoseco.

    Figura 10. Corte esquemtico das unidades litoestratigrficas na bacia do Parnaba (modificado de CRUZ E FRANA, 1967)

    POO LOCALIDADE DATA/NE (M) DATA/NE (M) REBAIXAMENTO (M)

    Poo n 14.28 Condurus 1962/3,3 1966/6,71 3,41

    Poo n 14.33 Samambaia/Faz. Mari

    1963/18,0 1966/20,14 2,14

    Poo n 14.12 Faz. Abboras 1960/8,0 1966/9,4 1,40

    Figura 11. Localizao dos estudos de reconhecimento desenvolvido no Morro dos

    Cavalos, vale do Fidalgo. Fonte: DNOCS (1972)

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    Figura 12. Topo do aqufero Serra Grande na regio do morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.Fonte: DNOCS (1972)

    Figura 13. Direo de fluxo do aqufero Serra Grande na regio do morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo.Fonte: DNOCS (1972)

    No mapa do topo do aqufero Serra Grande (Figura 12), o acamamento mostra direo NNE-SSW, e uma variao de cotas no sentido WNW, alcanando 240 m.

    Em relao direo do fluxo subterrneo do aqufero Serra Grande (Figura 13), este se encontra sempre em direo aos talvegues dos rios existentes.

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    O mapa de transmissividade do aqufero Serra Grande (Figura 14) mostra que ocorre um aumento dos valores medida que se desloca no sentido ESE para WNW, havendo uma inverso prxima ao riacho Jatob, onde a transmissividade diminui medida que se desloca de sul para norte.

    Figura 15. reas de maior explotao dos aquferos Serra Grande e Pimenteiras na regio do Morro dos Cavalos, Vale do Fidalgo

    Fonte: DNOCS (1972)

    As reas de maior explotao dos aquferos Serra Grande e aquitardo Pimenteiras (Figura 15) esto situadas nas proximidades da sede do municpio de Simplcio Mendes, Conceio do Canind e em uma faixa alongada no municpio de So Joo do Piau.

    Figura 14. Transmissividade do aqufero Serra Grande na regio do morro dos Cavalos, vale do Fidalgo

    Fonte: DNOCS (1972)

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    5.4. Estudos de Reconhecimento Vale do Gurguia VOL VIII (DNOCS, 1973).

    Desenvolvido no setor sul do estado do Piau, o mesmo faz um reconhecimento e caracterizao das unidades hidrogeolgicas que ocorrem nessa regio. A construo do poo GUR-02, tambm conhecido como poo Violeta, um produto marcante reconhecido at os dias atuais. Trata-se de um poo jorrante, com profundidade de 1000 m, interceptando apenas as unidades sedimentares, sem atingir o embasamento cristalino. O perfil litolgico deste poo formado pelas unidades aquferas Serra Grande, Pimenteiras, Cabeas e Long. Entretanto, na rea do estudo tambm encontrado o aqufero Poti.

    5.5. Inventrio Hidrogeolgico Bsico do Nordeste, Folha Teresina-NE (LEAL, 1977).

    Este trabalho apresenta uma viso abrangente da situao das guas subterrneas no setor norte do estado do Piau, onde est localizada a capital Teresina, e parte do estado do Maranho. Com relao aos aquferos que ocorrem nas imediaes da cidade de Teresina so relacionados os valores referentes aos parmetros hidrodinmicos (Tabela 5).

    UNIDADE AQUFERA T (m2/S) K (m/S) S EXUTRIO

    Cabeas 1,3x10-3 7,0x10-6 5,9x10-4 Etp (1669 mm/ano).

    Long 1,7x10-3 1,7x10-5 - Etp (1669 mm/ano) e os rios Long e Poti.

    Poti 1,7x10-3 1,7x10-5 - Etp (1669 mm/ano) e os rios Long e Poti.

    Piau 1,7x10-3 5,1x10-6 - Etp e o rio Parnaba.

    Pedra de Fogo *1,8x10-3 *8,4x10-6 - Etp e o rio Parnaba.

    Pastos Bons/Motuca 2,3x10-4 3,6x10-6 2,0x10-4 Etp (1643 mm/ano) e o rio Itapecuru.

    AQUFERO LOCALIZAO TRANSMISSIVIDADE (m2/s)

    CONDUTIVIDADE HIDRULICA (m/s)

    ARMAZENAMENTO ESPECFICO

    Serra Grande

    Poo Violeta 2,27x10-3 9,10x10-6 6,00x10-4

    Riacho Corria com o rio Gurguia 1,29x10-2 2,70x10-5 -

    Cabeas

    Paus 1,35x10-2 5,56x10-5 2,66x10-5

    Colnia do INCRA 1,95x10-2 7,05x10-5 1,96x10-5

    Violeta 1,79x10-2 6,7x10-5 1,38x10-5

    Santa Luz 9,90x10-3 4,3x10-5 -

    L. Comprida 5,0x10-3 1,09x10-5 -

    Mdia do vale do Gurguia 1,33x10-2 5,89x10-5 3,74x10-5

    Poti/Piau Vale do Gurguia 6,64x10-4 7,16x10-6 9,29x10-4

    Informaes de qualidade de gua so apresentadas sem especificao do aqufero de origem. Dentre as 189 amostras analisadas, o percentual encontrado de ocorrncia dos tipos de guas : 30,16% so cloretadas sdicas, 19,57 % bicarbonatadas mistas e 17,46 % bicarbonatadas sdicas. Outros tipos de gua perfazem percentual inferior a 8%.

    5.6. Estudo Hidrogeolgico do Aqufero Cabeas no Mdio Vale do Rio Gurguia/PI (FEITOSA, 1990).

    Desenvolvido no sul do estado do Piau, envolveu a realizao de 20 ensaios de bombeamento para a determinao de parmetros hidrodinmicos dos aquferos, com nfase para o Cabeas. Na rea do trabalho, destaca a ocorrncia dos aquferos Serra Grande, Cabeas e sistema aqufero Poti/Piau, e dos aquitardos Pimenteiras e Long. apresentada uma sntese dos dados hidrodinmicos (Tabela 6) obtidos em trabalhos de reconhecimento realizados pelo DNOCS no ano de 1972, juntamente com aqueles gerados no estudo. Verifica-se que o aqufero Cabeas exibe transmissividade e condutividade hidrulica em ordem de grandeza semelhante ao aqufero Serra Grande.

    *valores aproximados; Etp-Evapotranspirao Fonte: Leal (1977)

    Tabela 5. Parmetros hidrodinmicos das unidades aquferas que ocorrem nas imediaes da cidade de Teresina-PI

    Tabela 6. Sntese de parmetros hidrodinmicos dos Aquferos Serra Grande, Cabeas e Poti/Piau

    Fonte: Feitosa (1990)

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    5.7. Perfil Hidrogeolgico do Municpio de Picos, Projeto Hidrogeolgico do Piau- Programa de gua Subterrnea para a Regio Nordeste, (SOARES FILHO e LEAL, 1997).

    Trata-se de um diagnstico das condies das guas subterrneas no municpio de Picos. Neste municpio foram cadastrados 482 poos tubulares, sendo que 13,9% destes encontram-se desativados, obstrudos e/ou abandonados. Deste total, 58,26% captam gua do aqufero Serra Grande, 13,84% do Serra Grande e Pimenteiras e 4,76% somente do aqufero Pimenteiras, sendo que 21,9% no possuem definio da unidade hidrogeolgica captada.

    O aqufero Serra Grande, nesta rea, responde por 98% do volume captado de guas subterrneas, enquanto os 2% restante refere-se a guas originadas do aqufero Pimenteiras. Quando encoberto pela Formao Pimenteiras, o aqufero Serra Grande exibe vazes especficas de 0,41 a 25,75 m3/h/m. De modo geral, as vazes especficas do aqufero Serra Grande (para 77 poos) variam de 0,08 a 33,8 m3/h/m, com mdia de 5,25 m3/h/m.

    O trabalho destaca que 92% dos poos esto concentrados nas proximidades da sede municipal, em um raio de aproximadamente 15 km.

    Os valores dos parmetros hidrodinmicos mdios apresentados para o aqufero Serra Grande so: i) transmissividade (T) de 2,610-3 m2/s; ii) coeficiente de armazenamento de 4,910-4 e, iii) restituio de 5,010-3 m/s.

    A anlise da qualidade das guas subterrneas em poos que captam gua do aqufero Serra Grande mostra que das 44 (quarenta e quatro) amostras, apenas 5 (cinco) no possuem guas de qualidade satisfatria para o consumo humano.

    5.8. Disponibilidade e Gerenciamento Sustentvel do Aqufero Serra Grande no Municpio de Picos-Piau (VIDAL, 2003).

    Corresponde a uma tese de doutorado em que apresentado o contexto geral das condies das guas subterrneas no municpio de Picos, abrangendo dados de parmetros hidrodinmicos, volume captado, modelagem matemtica de fluxo subterrneo e dados de qualidade de guas subterrneas.

    A Tabela 7 mostra uma sntese dos dados hidrulicos obtidos nesse estudo. As menores vazes especficas so encontradas nos poos do aqufero Pimenteiras e as maiores no aqufero Serra Grande.

    Tabela 7. Sntese das caractersticas hidrulicas das unidades aquferas

    AQUFERO PROF. MDIA NE (m) ND (m) Q (m3/h) Qs (m3/s)

    min max min max min max min max

    Cabeas 153 25 134 95 145 1,7 3 0,15 0,38

    Pimenteiras 79 4 85 26,5 100 1 20 0,09 0,5

    Serra Grande/ Pimenteiras 140 *12 100 6,5 120 2 50 0,12 20,5

    Serra Grande 172 *15,8 323 3,5 340 1,5 144 0,08 15

    LOCAL PERODO DE OBSERVAO

    REBAIXAMENTO (m)

    Bairro Ipueiras 1958-2001 26,9

    Bairro Umari 1968-2001 19,8

    Cantinho 1959-2001 17,8

    Os valores de infiltrao so estimados em 25% do total das precipitaes, com uma taxa de recarga de 169 mm/ano, tendo sido considerada os aportes laterais do aqufero.

    Outra fonte de recarga considerada refere-se infiltrao descendente a partir do aquitardo Pimenteiras, que segundo Verhagen et al. (1991) contribui com 3 a 10 mm/ano.

    So apresentados tambm os valores de rebaixamentos na rea do municpio de Picos que alcanaram 26,9 m em um intervalo de 43 anos (Tabela 8).

    Tabela 8. Rebaixamentos do nvel esttico nas localidades do municpio de Picos

    5.9. Projeto Borda Sudeste da Bacia Sedimentar do Parnaba (CORREIA FILHO, 2009).

    Este trabalho foi desenvolvido na regio do municpio de So Raimundo Nonato com o objetivo de efetuar um mapeamento hidrogeolgico da poro sudeste da bacia, na busca de uma melhor compreenso da distribuio espacial dos aquferos e obteno de estimativas das reservas hdricas.

    Foi feita uma avaliao da estrutura geolgica com a utilizao de dados geofsicos, que resultou na identificao das estruturas grabenformes armazenadoras de guas subterrneas. As reas que possuem zona com ascendncia vertical do aqufero Serra Grande e aquelas com drenana vertical descendente do aqufero Cabeas para o aqufero Serra Grande so delimitadas.

    *poo jorrante, com nvel referente a altura do jorro

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    6. INFORMAES PARA O PLANEJAMENTONeste item sero apresentadas algumas informaes

    teis para o desenvolvimento dos estudos nos locais de implantao da rede de monitoramento de guas subterrneas.

    6.1. Imagens de satlites

    Para o planejamento e a realizao dos trabalhos esto sendo utilizadas imagens de satlite Landsat 7 (GLCF), com faixas de coberturas apresentadas na Figura 16, com destaque para as reas alvo. As dimenses dessas faixas

    Figura 16 - Faixas de cobertura do satlite LANDSAT, com as rbitas ponto de cada cena e detalhamento para as reas alvo

    Figura 17 - Mapa ndice do Piau com a cobertura das imagens de RADAR

    6.2. Perfis de Poos das reas Selecionadas para Construo dos Poos de Monitoramento

    A CPRM/RETE conta com alguns perfis de poos da regio de interesse, os quais esto sendo utilizados para a compreenso da configurao hidrogeolgica das reas de interesse. A Tabela 9 identifica os municpios e coordenadas dos locais em que foram obtidos perfis litolgicos e construtivos de poos.

    so de 185185 km, com resoluo de 30 m para as bandas 1, 2, 3, 4, 5, e 7, e resoluo de 15 m para a banda pancromtica.

    Dados de RADAR do projeto SRTM (2003), tambm esto sendo empregados tendo como base as faixas de cobertura disponibilizadas pela EMBRAPA (Figura 17). Cartas topogrficas da SUDENE/DSG, mapas rodovirios do DNIT e informaes de instituies pblicas de abastecimento de gua so outros documentos utilizados no planejamento da rede de monitoramento.

    POO MUNICPIO LONGITUDE W

    LATITUDE S

    1FS-02-PI Francisco Santos -411028 -070029

    1-IP-01-PI Itainpolis --------- ---------

    1ST-01-PI So Miguel do Tapuio -40-5918 -052706

    4-DM-01-PI Domingos Mouro -411500 -041536

    1-FS-01-PI Francisco Santos -411028 -070029

    Tabela 9. Poos com perfis litolgicos, situados nos municpios escolhidos para a perfurao dos poos da

    rede de monitoramento

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    7. POOS DE MONITORAMENTO IMPLANTADOS

    MUNICPIO LOCALIDADE LATITUDE LONGITUDE ESTADO NE PROF VAZO

    So Miguel do Tapuio Centro de Apoio Pessoa Idosa -5.512 -41.311 PI 4.10 80.00 6.00

    Francisco Santos Estdio Municipal -6.996 -41.134 PI 15.00 120.00 2.40

    Itainpolis Ginsio Poliesportivo Gov. Guilherme Melo -7.446 -41.479 PI 5.00 90.00 7.20

    Conceio do Canind Quadra de Esporte Juraci Moreira de Freitas -0.787 -41.597 PI 28.00 100.00 5.00

    Domingos Mouro Secretaria de Ao Social -4.252 -41.274 PI 12.20 90.00 2.40

    Buriti dos Lopes Unidade Escolar Nasila de Souza Pires -3.171 -41.862 PI 6.00 90.00 6.00

    Cocal dos Alves Unidade Escolar Teotnio Ferreira -3.599 -41.441 PI 9.00 93.00 1.50

    At o momento (agosto/2012) foram perfurados e instalados nove piezmetros. As principais caractersticas

    Tabela 10. Principais caractersticas dos poos construdos para o monitoramento no aqufero Serra Grande

    dos poos de monitoramento implantados encontram-se apresentadas na Tabela 10.

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    8. CONSIDERAES FINAISO contedo apresentado neste relatrio trata-

    se de uma sntese dos dados secundrios coletados a partir de estudos desenvolvidos na rea de estudo do Projeto Rede Bsica de Monitoramento Integrado das guas Subterrneas-RIMAS. A expectativa de que com a evoluo da rede

    de monitoramento as informaes possam ser enriquecidas.

    Esta sntese demonstrou a representatividade do aqufero Serra Grande, diante dos demais mananciais de guas subterrneas, e quanto ao suprimento hdrico de diversos municpios do estado do Piau.

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