VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da...

92
Polimorfismo C936T do gene VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e em seus aspectos clínicos e biológicos LAURA CREDIDIO Campinas UNICAMP 2012

Transcript of VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da...

Page 1: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

Polimorfismo C936T do gene VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e em seus aspectos clínicos e biológicos

LAURA CREDIDIO

Campinas

UNICAMP

2012

Page 2: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

i

Polimorfismo C936T do gene VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e em seus aspectos clínicos e biológicos

LAURA CREDIDIO

Campinas

UNICAMP

2012

Dissertação de Mestrado apresentada à

Pós-Graduação da Faculdade de Ciências

Médicas da Universidade Estadual de

Campinas - UNICAMP para obtenção do

título de Mestre em Ciências, sob

orientação do Prof. Dr. Claudio Saddy

Rodrigues Coy e co-orientação Prof. Dra.

Carmem Silvia Passos Lima.

Page 3: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

ii

     

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA POR ROSANA EVANGELISTA PODEROSO CRB8/6652

BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS UNICAMP

Informações para Biblioteca Digital Título em inglês: VEGF C936T polymorphism and risk of sporadic colorectal cancer related to clinical and biological characteristics. Palavras-chave em inglês: Polymorphism, genetic Colorectal neoplasms Gene frequency Titulação: Mestre em Ciências Banca examinadora: Claudio Saddy Rodrigues Coy [Orientador] José Alfredo Reis Neto João José Fagundes Data da defesa: 15-02-2012 Programa de Pós-Graduação: Ciências da Cirurgia

Credidio, Laura, 1976 - C86p Polimorfismo C936T do gene VEGF no risco de

adenocarcinoma colorretal esporádico e em seus aspectos clínicos e biológicos / Laura Credidio. -- Campinas, SP : [s.n.], 2012.

Orientador : Claudio Saddy Rodrigues Coy. . Coorientador : Carmem Silvia Passos Lima. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas, Faculdade de Ciências Médicas. 1. Polimorfismo genético. 2. Neoplasias colorretais.

3. Frequência do gene. I. Coy, Claudio Saddy Rodrigues. II. Lima, Carmem Silvia Passos. III. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. IV. Título.

Page 4: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

iii

   

Page 5: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

iv

Dedicatória

__________________________________________________________________ Ao meu filho e meu marido, os Joaquim’s, que tiveram paciência e

compreensão nas horas que mais precisei.

Aos meus pais que sempre me incentivaram a estudar.

A minha irmã querida, Ana Paula, sempre presente em minha vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 6: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

v

Agradecimentos

__________________________________________________________________ Ao meu orientador Prof. Dr. Claudio Saddy Rodrigues Coy.

A Prof. Dra. Carmem Silvia Passos Lima.

As enfermeiras do gastrocentro, sob coordenação da enfermeira Lucia

Helena.

As enfermeiras do HC do ambulatório de coloproctologia,

especialmente a enfermeira Luciana que me acolheu com paciência, auxiliando

nos procedimentos necessários.

Aos funcionários do gastrocentro, sempre solícitos quando necessário.

A FAPESP por financiar este projeto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 7: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

vi

Resumo

__________________________________________________________________

O papel da angiogênese para o desenvolvimento do câncer colorretal

(CCR) ainda não é totalmente conhecido. Uma das principais glicoproteínas

responsáveis pela angiogênese é o fator de crescimento endotelial vascular

(VEGF), acredita-se que o polimorfismo C936T, localizado no gene VEGF, esteja

correlacionado com a suscetibilidade para o desenvolvimento do CCR.

Objetivos: Identificar as freqüências dos genótipos do polimorfismo

C936T do gene VEGF em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal

esporádico (ACE) e controles e correlacionar a ocorrência do mesmo com as

seguintes variáveis: sexo, idade, localização tumoral, acometimento de linfonodos

(N) e infiltração tumoral (T) em pacientes.

Material e método: No período compreendido entre outubro de 2008 a

dezembro de 2009 foram coletadas amostras de sangue periférico de pacientes

com ACE, no ambulatório de Coloproctologia do HC UNICAMP (G1). O grupo

controle (G2) foi constituído por doadores de sangue. Foram excluídos do estudo

portadores de polipose familiar, síndrome de Lynch, doenças inflamatórias

intestinais e com antecedente familiar de CCR. A extração do DNA genômico se

deu por cloreto de lítio e por kit de extração de DNA. Os genótipos do polimorfismo

C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão

enzimática.

Resultados : O G1 constou de 261 pacientes, sendo 52,1% do sexo

masculino com média de idade de 64,9 (32-97) anos. O G2 foi formado por 261

doadores de sangue, com idade media de 52,9 anos (25-62) sendo 52,1% do sexo

masculino. A ocorrência do genótipo selvagem (CC) foi de 80,5%, do heterozigoto

(CT) foi de 18,4% e do homozigoto (TT) de 1,1% em pacientes. No G2 a

ocorrência dos genótipos foram 78,5% (CC), 20,7% (CT) e 0,8% (TT), indivíduos

com genótipos distintos do gene estiveram sob riscos similares do ACE. Com

relação á localização do tumor, 51,5% encontravam-se no reto, 16,4% cólon

direito, 31,1% em cólon esquerdo. Em relação ao grau de invasão tumoral, 0,7%

foram classificados como Tis, 1,5% T0, 8,1% T1, 19,3% T2, 65,2% T3 e 7,4%

Page 8: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

vii

como T4. Quanto ao acometimento de linfonodos, 53,9% foram classificados como

N0, 33,6% como N1 e 12,5% como N2. Não se observou diferenças em relação

ao grau de invasão tumoral, acometimento de linfonodos ou ocorrência de

metástases (p = 0,2996) em relação à ocorrência do polimorfismo C936T.

Conclusão: O polimorfismo C936T do gene VEGF não correlaciona-se

com o risco de ocorrência do tumor e com o sexo, idade, localização da lesão,

acometimento de linfonodos e infiltração tumoral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 9: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

viii

Abstract

__________________________________________________________________

Background: The role of angiogenesis for the development of Colorectal

Cancer (CC) is not yet fully known. One of the major glycoprotein responsible for

pro-angiogenesis is vascular endothelial growth factor (VEGF). It is believed that

the C936T polymorphism located in the VEGF gene is correlated with less

susceptibility to the development of CC.

Objectives: To identify the genotype frequencies of the C936T

polymorphism of the VEGF gene in patients with sporadic colorectal

adenocarcinoma (ACE) and controls and to correlate the occurrence of the same

with following variables: gender, age, tumor location, lymph node (N) and tumor

infiltration (T).

Methods: Between October 2008 and December 2009 samples were

collected from peripheral blood of patients with colorectal cancer in the clinic of

Coloproctology of HC UNICAMP (G1). The control group (G2) comprised blood

donors. We excluded patients with familial polyposis, Lynch syndrome,

inflammatory bowel diseases and family history of CC. The genomic DNA

extraction was done by lithium chloride and by DNA extraction kit. The genotypes

of the C936T polymorphism were assessed by polymerase chain reaction and

enzymatic digestion.

Results: G1 consisted of 261 patients, 52.1% male with a mean age of

64.9 (32-97) years. The G2 is composed of 261 blood donors, with a mean age of

52.9 years (25-62) 52.1% male. The occurrence of wild genotype (CC) was 80.5%,

the heterozygous (CT) was 18.4% and the homozygous (TT) of 1.1% in patients. In

G2 the occurrence of genotypes were 78.5% (CC), 20.7% (CT) and 0.8% (TT);

individuals with different genotypes of the gene were under similar risks of ACE.

Regarding the location of the tumor, 51.5% were in the rectum, right colon 16.4%,

31.1% in the left colon. Regarding the degree of tumor invasion, 0.7% was

classified as Tis, T0 1.5%, 8.1% T1, 19.3% T2, T3 65.2% and 7.4% as T4. As for

the involvement of lymph nodes, 53.9% were classified as N0, 33.6% N1 and

12.5% N2. There were no significant differences in the degree of tumor invasion,

Page 10: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

ix

lymph nodes or occurrence of metastases (p = 0.2996) in relation to the

occurrence of the C936T polymorphism.

Conclusion: The C936T polymorphism of the VEGF gene did not

correlate with the risk of tumor occurrence and sex, age, lesion location, lymph

nodes and tumor infiltration.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 11: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

x

Símbolos, Siglas e Abreviaturas

ACE Adenocarcinoma colorretal esporádico

APC Polipose adenomatose colônica, do inglês adenomatous polyposis coli

CCR Câncer colorretal

DCC Deletado no câncer do colón, do inglês deleted in colon cancer

DNA Ácido desoxirribonucléico

EGF Fator de crescimento epidérmico

FCM Faculdade de Ciências Médicas

FGF Fator de crescimento de fibroblastos

G1 Grupo paciente

G2 Grupo controle

HC Hospital das clínicas

HIF-α Fator induzido por hipóxia alfa

HNPCC Câncer colorretal hereditário não poliposo

K-ras Do inglês Kirsten retrovirus-associated DNA sequence

KCL Cloreto de potássio

MgCl2 Cloreto de magnésio

mM Milimol

mRNA Ácido ribonucléico mensageiro

ng Nanograma

NlaIII Enzima de restrição endonuclease

NRP-1 Neutrofilina 1

OR Risco relativo

pb Pares de base

PCR Reação em cadeia de polimerase

PDGF Fator de crescimento derivado de plaquetas

PIGF Fator de crescimento placentário

pmol Picomole

SMAD Proteínas relacionadas SMA e Mad

SNPs Polimorfismo de um nucleotídeo (single-nucleotide polimorphism)

Taq Enzima DNA polimerase

Page 12: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xi

TGF-β Fator de crescimento de transformação beta

TNM Classificação de tumores malignos

TRIS HCL Tampão de Acido clorídrico

UNICAMP Universidade de Campinas

VEGF Fator de crescimento endotelial vascular

VEGFR Receptor de fator de crescimento endotelial vascular

VPF Fator de permeabilidade vascular

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 13: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xii

Lista de quadros

Quadro 1. Isoformas do VEGF .......................................................................... 22

Quadro 2. Classificação TNM ............................................................................ 30

Quadro 3. Estágio tumoral ................................................................................. 31

Quadro 4. Critérios de Amsterdam .................................................................... 32

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 14: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xiii

Lista  de  tabelas  

Tabela 1. Análise comparativa da idade média entre pacientes e controles ... 39

Tabela 2. Idades média e mediana e genótipos do polimorfismo C936T do

gene VEGF ....................................................................................... 40

Tabela 3. Idade média dos genótipos polimorfismo C936T do gene VEGF

em pacientes (G1) e controles (G2) ................................................. 40

Tabela 4. Distribuição de pacientes (G1) e controles (G2) por sexo ................ 41

Tabela 5. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T de

pacientes e controles por sexo ......................................................... 42

Tabela 6. Distribuição de pacientes e controles por classe ............................. 42

Tabela 7. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo

a localização tumoral ........................................................................ 44 Tabela 8. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo

os estágios da TNM .......................................................................... 45

Tabela 9. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo

a classificação TNM excluindo-se pacientes com terapia neo-

adjuvante .......................................................................................... 47

Tabela 10. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

agrupando o estágio I e II versus III e IV, excluindo-se pacientes

com terapia neo-adjuvante ............................................................... 48

Tabela 11 Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo

a infiltração tumoral .......................................................................... 49

Tabela 12. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

agrupando as categorias Tis, T0 e T1 versus T2, T3 e T4,

excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante ......................... 50

Tabela 13. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo

o acometimento de linfonodos .......................................................... 52

Tabela 14. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T em

pacientes e controles ........................................................................ 54

Page 15: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xiv

Lista de Figuras

Figura 1. Clivagem do VEGF ......................................................................... 24

Figura 2. Banda auto-radiografada com genótipos do polimorfismo C936T

do gene VEGF ................................................................................ 53

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 16: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xv

Lista de Gráficos

Gráfico 1. Distribuição de pacientes e controles por sexo ......................... 41

Gráfico 2. Distribuição de pacientes e controles por classe ...................... 43

Gráfico 3. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

segundo a localização tumoral .................................................. 44

Gráfico 4. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

segundo os estágios da TNM ................................................... 46

Gráfico 5. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

segundo a classificação TNM excluindo-se pacientes com

terapia neo-adjuvante ............................................................... 47

Gráfico 6. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

agrupando o estágio I e II versus III e IV, excluindo-se

pacientes com terapia neo-adjuvante ....................................... 48

Gráfico 7. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

segundo a infiltração tumoral .................................................... 50

Gráfico 8. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

agrupando as categorias Tis, T0 e T1 versus T2, T3 e T4,

excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante .................. 51

Gráfico 9. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T

segundo o acometimento de linfonodos ................................... 52

Gráfico 10. Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T em

pacientes e controles ................................................................ 54

Page 17: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xvi

Sumário

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 18

1.1 Epidemiologia ................................................................................. 19

1.2 Angiogênese e câncer .................................................................... 21

1.3 Fator de crescimento endotelial vascular ....................................... 22

1.4 Polimorfismo C936T do gene VEGF .............................................. 26

2 OBJETIVO ................................................................................................. 28

3 MATERIAL E MÉTODO ............................................................................. 29

3.1 Avaliação clínica ............................................................................. 29

3.2 Critério de exclusão ....................................................................... 32

3.3 Grupo controle ................................................................................ 33

3.4 Análise molecular do polimorfismo C936T do gene VEGF ............ 33

3.5 Aspectos éticos .............................................................................. 36

3.6 Análise estatística ........................................................................... 38

4 RESULTADOS ........................................................................................... 39

4.1 Idade ............................................................................................... 39

4.2 Sexo ............................................................................................... 40

4.3 Classe ............................................................................................. 42

4.4 Localização tumoral ........................................................................ 43

4.5 Classificação TNM .......................................................................... 44

4.5.1 Infiltração tumoral e acometimento de linfonodos ................. 49

4.6 Análise do VEGF em pacientes e controles ................................... 53

Page 18: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

xvii

5 DISCUSSÃO .............................................................................................. 56

6 CONCLUSÕES .......................................................................................... 60

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 61

ANEXO 1: Termo de consentimento de pacientes ................................... 69

ANEXO 2: Termo de consentimento de controles .................................... 71

ANEXO 3: Tabela controles ...................................................................... 73

ANEXO 4: Tabela pacientes ..................................................................... 81

ANEXO 5: Parecer do CEP ...................................................................... 89

Page 19: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

18

1 INTRODUÇÃO

1.1 Epidemiologia

Uma das neoplasias mais freqüentes e letais no Brasil e no mundo

ocidental, quando diagnosticada tardiamente, é o adenocarcinoma colorretal

esporádico (ACE). O tumor ocorre em indivíduos com 40 a 70 anos de idade. A

sobrevida média mundial é estimada em 44%, mas se detectado precocemente a

sobrevida pode ultrapassar 90% [1, 2].

O ACE é o terceiro tipo de câncer mais freqüente entre os homens e o

segundo entre as mulheres nas regiões sul e sudeste do Brasil. Nos países

desenvolvidos é o segundo tipo de câncer com maior incidência de óbito em

ambos os sexos [3, 4]. Segundo a Secretaria da Saúde de Campinas é o segundo

tipo de câncer causador de óbito entre as mulheres [5]. Seu desenvolvimento pode

estar relacionado a aspectos hereditários, ou em sua maioria, a fatores ambientais

relacionados à hábitos alimentares, tabagismo e sedentarismo.

Estima-se que em 95% dos casos, o ACE se desenvolve a partir de um

adenoma [3, 6], sendo que em 60% dos casos ocorra a partir da mutação do gene

supressor APC. O fenótipo metilador de ilhas CpG (CIMP) é responsável por 35%

dos carcinomas colorretais, os outros 5% são provenientes da mutação em via de

sinalização na Síndrome de Lynch [7, 8].

A transformação de uma célula normal em adenoma pode ocorrer entre

5 a 20 anos e de adenoma para o câncer entre 5 a 15 anos [9]. A evolução do

adenoma para o carcinoma decorre de uma seqüência de mutações, e em 50 a

80% dos casos, a primeira mutação ocorre no gene APC. Sua inativação impede a

diferenciação celular resultando na proliferação das criptas intestinais, a displasia

[6, 10, 11]. A seguir ocorre a ativação do proto-oncogenese K-ras em oncogene;

esta mutação está presente em 30 a 50 % dos casos de ACE. Posteriormente

pode ocorrer a mutação do gene DCC, responsável por manter a adesão celular e

dos genes que codificam as proteínas SMAD2/4.

Page 20: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

19

Estas proteínas liberam sinais inibidores de crescimento para o núcleo

celular e sua mutação promove a proliferação celular. Por último a mutação ou

perda do gene supressor de tumor P53, presente em quase todas as células do

organismo e responsável pela regulação dos genes de reparo e apoptose celular.

Esta mutação encontra-se presente em 75% dos carcinomas, promovendo assim

o crescimento celular [12].

1.2 Angiogênese e câncer

O ACE, como citado previamente, decorre por meio de mutações

sucessivas, interferindo no controle do crescimento, diferenciação, transcrição,

metilação e apoptose celular, passando a se comportar de forma insólita [13-15].

Fearon & Volgestein [6] demonstraram que as mutações não ocorrem em uma

única célula, mas nas descendentes das mesmas, acumulando-se

progressivamente.

Acredita-se que a angiogênese seja essencial para o crescimento

tumoral e disseminação metastática [13, 15-20]. As primeiras etapas do

crescimento e progressão tumoral são limitadas, iniciando-se como uma massa

avascular e quando o tumor cresce além de 2 a 3 milímetros, requer sua própria

vascularização, induzindo a angiogênese [21].

Em 1787, o médico britânico João Hunter utilizou o termo angiogênese

pela primeira vez, mas somente por volta de 1860 a morfologia vascular do tumor

foi estudada com detalhes. Nas décadas de 30 e 40, pesquisadores estudaram a

formação de novos vasos sanguíneos em tumores a partir de estudos

experimentais [22].

A formação de novos vasos se dá através da vasculogênese ou da

angiogênese. Na primeira, a formação de novos vasos surge a partir de

hemangioblastos, células percursoras das células endoteliais, a segunda decorre

de vasos sanguíneos pré-existentes, ocorrendo por quatro mecanismos diferentes:

brotação, intussuscepção (divisão de estrutura vascular pré existente),

Page 21: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

20

elongação/ampliação e por incorporação das células precursoras das células

endoteliais nas paredes dos vasos sanguíneos.

Sua regulação ocorre por meio de moléculas pró-angiogênicas e anti-

angiogênicas [18, 23]. Como exemplo destas moléculas temos a angiopoetina

(Angpt-1), através da interação com seu receptor (Tie-2), neutraliza a vaso

dilatação enquanto a angiopoetina 2 (Angpt-2) desestabiliza a matriz extracelular

através da degradação parcial, bem como a ativação proteolítica de fatores de

crescimento. [24]

A indução da angiogênese se deve a fatores como hipóxia, ph ácido,

estímulos hormonais, tamanho do tumor entre outros, resultando na síntese de

fatores de crescimento e citocinas que são liberados na matriz extracelular

migrando em direção às células endoteliais. Estas proteínas se ligam aos

receptores localizados na membrana plasmáticas das células endoteliais, ativando

fatores de crescimento responsáveis pela angiogênese como o fatores de

crescimento de fibroblastos (FGF), epidérmicos (EGF), de crescimento endotelial

derivados de plaquetas (PDGF) e de crescimento endotelial vascular (VEGF),

entre outros. Estes fatores iniciam a formação de brotos que proliferam e migram

em direção à célula emissora de sinais, transformando-se em capilares maduros

[12, 25].

Há aproximadamente 30 fatores endógenos pró-angiogênicos, alguns

são mais conhecidos, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), o

Fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e Fator de crescimento de

transformação beta (TGF-β) e 30 fatores endógenos anti-angiogênicos, sendo os

mais estudados a angiostatina, endostatina e trombospondina [26, 27]. Quando a

regulação desse equilíbrio é afetada, como ocorre durante o crescimento de um

tumor, os vasos começam a formar-se em locais e momentos inadequados [28].

Uma das principais glicoproteínas responsáveis pela angiogênese, com

importante ação na proliferação, sobrevivência e migração celular, além de mediar

Page 22: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

21

a permeabilidade vascular é o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e

seus receptores [29-31].

1.3 Fator de crescimento endotelial vascular

O VEGF foi uma dos primeiros fatores angiogênicos a serem

identificados e acredita-se ser o principal regulador da angiogênese, com ação

especifica para células endoteliais.

Em 1983, Harold Dvorak e colaboradores foram os primeiros a

identificar esta glicoproteína, por meio da purificação de células tumorais, ao

perceberem que esta melhorava a permeabilidade celular, sendo chamada de

fator de permeabilidade vascular (VPF). Posteriormente, em 1989, Ferrara e

Henzel identificaram a mesma proteína, da qual Ferrara já tinha purificado e

seqüenciado, em meio condicionado, em células pituitárias bovinas e verificaram

que promovia a proliferação de células endoteliais vasculares.

Em 1990, ficou claro que as duas proteínas eram a mesma, passando

a ser denominada fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) [22, 26, 32, 33]

sendo um potente regulador positivo da angiogênese [25, 27, 32, 34].

A região codificadora do gene VEGF se encontra no braço curto do

cromossomo 6 na região p 21.3. O gene contém 8 éxons separados por 7 íntrons

[18, 29, 35-37]. A remoção dos íntrons do pré-RNA transcrito a partir de um único

gene resultam em 5 diferentes isoformas: VEGF ou VEGF-A, VEGF-B, VEGF-C,

VEGF-D e fator de crescimento placentário (PIGF) e 2 diferentes da família que

não provêm de humanos o VEGF-E e VEGF-F, como podemos visualizar no

quadro 1 [22, 26, 27, 33].

Page 23: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

22

Quadro 1: Isoformas do VEGF

VEGF ISOFORMAS

VEGF-A VEGF-A121 VEGF-A145 VEGF-A165 VEGF-A183 VEGF-A189 VEGF-A206

VEGF-B VEGF-B167 VEGF-B186

VEGF-C

VEGF-D

VEGF-E

VEGF-F

PIGF PIGF-131 PIGF-152 PIGF-203 PIGF-224

Quadro 1: Os números correspondem a quantidade de aminoácidos

após a remoção dos íntrons.

São mediados por três receptores transmembrana tirosina quinase,

conhecidos como VEGFR (receptor do fator de crescimento endotelial vascular)

denominados: VEGFR-1 (fms-like tyrosine kinase 1 ou Flt1), VEGFR-2 (fetal liver

kinase, Flk1 ou KDR), VEGFR-3 (fms-like tyrosine kinase 4 ou Flt4). Os dois

primeiros são expressos predominantemente em células endoteliais vasculares e

suas progenitoras e o VEGFR-3 é expresso principalmente em células endoteliais

linfáticas. As neutrofilinas 1 e 2 (NRP- 1 e 2) também agem como receptores para

alguns membros da família do VEGF [25, 32, 38].

O VEGFR-1 foi o primeiro receptor de tirosina quinase identificado

como receptor do VEGF e é expresso por células endoteliais, monócitos,

macrófagos, células dentríticas, osteoclastos, pericitos e trofoblastos na placenta

[39, 40]. Considerado como um inibidor na embriogênese, mas um estimulador na

fase adulta, está relacionado com a migração celular [41].

O VEGFR-1 liga-se com VEGF, VEGF-B e PIGF e relaciona-se à

metástase pulmonar [42]. Fan et al. demonstrou que o VEGFR-1 está presente e

Page 24: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

23

funcional em células do câncer colorretal, podendo ativar processos que levam a

progressão tumoral e metástase [43].

O VEGFR-2 é altamente expresso em células precursoras das células

endoteliais na embriogênese precoce [41]. É considerado o principal receptor do

VEGF, estimulando a mitose de células endoteliais e a indução da permeabilidade

vascular e proliferação da célula endotelial [23]. Sua expressão é encontrada

também em células-tronco hematopoéticas, células neuronais, osteoblastos,

células do ducto pancreático, células progenitora de retina e megacariócitos [41,

42].

O VEGFR-3 possui uma expressão mais limitada e está relacionado

com a linfangiogênese sendo expresso em células endoteliais linfáticas, capilares

fenestrados, veias de órgãos endócrinos, monócitos e macrófagos.[41]

O fator de crescimento mais estudado e também o mais conhecido é o

VEGF-A ou somente VEGF e possui várias isoformas, dependendo da clivagem

dos íntrons (figura 1) [38].

O VEGF ou VEGF-A é uma glicoproteína com ligação dimérica à

cisteína, apresenta um peso molecular de 40kDa, sendo uma seqüência homologa

ao fator de crescimento placentário, ao VEGF-B e VEGF-C. Alguns tecidos

expressão fortemente esta proteína como tecidos do sistema reprodutor feminino,

tecidos isquêmicos, tumores e linhagem de células transformadas [44, 45].

As 4 isoformas, polipeptídeos com diferentes quantidades de

aminoácidos [46] , são apresentadas na figura 1, sendo que a isoforma VEGF165

pode ser clivada gerando mais duas isoformas: VEGF110 e VEGF113, dois

fragmentos bioativos NH2-terminal [47].

Page 25: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

24

Figura 1: Clivagem do VEGF

O VEGF-B é expresso no coração e musculatura esquelética, acredita-

se que seja importante no desenvolvimento cardíaco além de regular a

biodisponibilidade do VEGF-A competindo pelo receptor VEGFR-1 e NRP-1, ao

qual se liga [25, 26].

O VEGF-C se liga com o VEGFR-3 e com o VEGFR-2, promovendo

também a angiogênese em alguns tipos de tumores [25, 26, 32, 33].

O VEGF-D também se liga ao receptor linfático VEGFR-3, induzindo a

linfangiogênese. Além disto, promove a disseminação de células tumorais para os

linfonodos [48]. Sua expressão esta correlacionada a ocorrência de metástase

linfonodal em diversos tipos de tumores, incluindo o câncer colorretal [26].

Page 26: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

25

O VEGF-E foi codificada pelo parapoxvirus Orf, portanto não é um fator

humano, conecta-se com o VEGFR-2, in vitro estimulando a quimiotaxia e mitose

celular, in vivo induz a angiogênese e aumenta a permeabilidade vascular [25, 26].

O fator de crescimento mais recentemente descoberto é o VEGF-F,

proveniente do veneno de cobra, este fator se liga somente com o VEGFR-2 e

aumenta em até cinco vezes a permeabilidade vascular [49].

A maior fonte do PIGF na gravidez é na placenta e é essencial na

angiogênese e vasculogênese durante a embriogênese.

Em células normais a tradução do VEGF, por meio do RNA

mensageiro, é controlada pelos estímulos da angiogênese [15, 16, 29]. Nas

células tumorais existe um descontrole na síntese do VEGF, causada pelo

aumento da expressão do mRNA, podendo ser detectado no plasma em tumores

avançados [50-52].

O VEGF, como citado previamente, poder ser induzido por vários

fatores, sendo a concentração celular de oxigênio um dos principais. Na vigência

de hipóxia, ocorre o aumento da quantidade de VEGF, promovendo assim a

angiogênese, aumentando assim o numero de glóbulos vermelhos e fornecimento

de oxigênio [26].

A hipóxia induz a síntese de VEGF através do fator de indutor de

hipóxia (HIF). HIFs são fatores de transcrição heterodimérico composto por duas

subunidade, α e β. A subunidade HIF-1α é regulada pelos níveis teciduais de

oxigênio, sendo mantido em baixa quantidade em condições normais [23].

A baixa concentração de oxigênio, resulta na falta da hidroxilação da

prolina hidrolise 4 e consequentemente há uma diminuição da ligação do HIF-1α

com o gene supressor de tumor Hippel Lindau, inativando-o. Assim, ocorreria um

acúmulo do HIF-1α, aumentando a expressão do VEGF e de outros fatores

angiogênicos. A formação de vasos normais requer uma ativação coordenada de

vários mediadores, no entanto a hiper expressão do VEGF-A resulta em vasos

Page 27: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

26

anormais, tortuosos, frágeis, sem pericitos com propensão a sangramento,

exsudação e aumento da permeabilidade vascular [28, 34].

O aumento da expressão do VEGF tem sido associada a pior

prognóstico no câncer colorretal [26, 33, 38].

1.4 Polimorfismo C936T do gene VEGF

O DNA pode sofrer alterações em sua seqüência, de um único ou de

vários nucleotídeos como: substituição, inserção a deleção das bases; mudança

do número de repetições das bases e grandes alterações na estrutura do

cromossomo. Se a freqüência destas alterações ocorre entre 1 a 99% da

população é classificado como gene polimórfico, se for menor que 1% é

classificado com gene idiomorfo e acima de 99%, classificado como gene

monomorfo [53].

O polimorfismo deste estudo esta localizado no gene VEGF-A na região

936, onde ocorre a substituição de um único nucleotídeo (SNP) no éxon 8 na

região 3’ não-traduzida (3’UTR) [35], ocorrendo a substituição da base citosina (C)

pela timina (T) [54-57], resultando na perda da região que transcreve o fator AP-4

(activated protein 4). Analises do produto do DNA complementar (cDNA) sugere

que o AP-4 codifica a proteína HLH, esta proteína reconhece sítios específicos da

seqüência de DNA CAG2TG [58].

O AP-4 é um fator de transcrição hélice-alça-hélice que aumenta a

expressão de vários genes virais e celulares pela ligação a sítios potenciador

específicos, a perda do potencial de ligação deste sítio pode ser responsável pela

diminuição da expressão do VEGF em portadores do alelo T comparado aos

portadores do alelo C [37, 44, 59].

Na presença do genótipo selvagem, o nível da glicoproteína no plasma

aumenta, estimulando a formação de novos vasos [18, 51, 60-62]. Acredita-se que

o polimorfismo 936C→T do gene VEGF esteja correlacionado com suscetibilidade

variável de indivíduos para o desenvolvimento do ACE [44, 51]. Segundo

Page 28: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

27

RENNER et al [44], os portadores do genótipo variante CT e TT possuem baixos

níveis séricos de VEGF, diminuindo a angiogênese e o risco de adquirir câncer.

Esta hipótese é corroborada por outros autores onde o alelo T teria efeito protetor

quanto ao risco de desenvolver neoplasia maligna [18, 56, 57, 63].

Contudo, Hofmann et al. [64] e Dassaoulas et al. [65] não identificaram

associação do ACE e do polimorfismo C936T do gene VEGF.

A metanálise realizada por Xu et al. [37] contendo 13.293 casos de

câncer e 12.308 controles, não evidenciou associação do ACE e polimorfismo

C936T do gene VEGF.

Entretanto, outros autores evidenciaram que o alelo T associou-se ao

maior risco de ACE e outras neoplasias malignas [61], de adenoma colorretal [66],

câncer gástrico [62] e câncer bucal [67] . Esses autores acreditam que o genótipo

variante heterozigoto C/T seja responsável pelo aumento da ocorrência de

neoplasias, mas citam também que os resultados possam variar entre grupos

étnicos diversos, com diferentes expressões em populações distintas.

Alguns autores compararam características histopatológicas do ACE

com o polimorfismo citado, porém os resultados foram controversos. Tanto

Hofman quanto Dassoulas não verificaram associação do polimorfismo VEGF

C936T em relação ao tamanho, diferenciação tumoral, estágio tumoral, presença

de metástase linfonodal e faixa etária. Chae et al. [68] obtiveram resultados

semelhantes, porém Lurje [21] demonstrou que o genótipo selvagem CC esteve

relacionado a recidiva no estágio III do ACE.

A adequada compreensão da biologia molecular e dos mecanismos

genéticos do ACE pode proporcionar novas perspectivas para a prevenção,

prognóstico e tratamento dos pacientes portadores desta enfermidade.

Page 29: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

28

2 OBJETIVO

Verificar se o polimorfismo VEGF C936T influencia o risco de ACE

Verificar se o polimorfismo VEGF C936T altera o sexo e a idade de

ocorrência de tumor e a localização, invasão tumoral e acometimento linfonodal

pelo tumor.

Page 30: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

29

3 MATERIAL E MÉTODO

Avaliação de pacientes portadores de ACE atendidos, por ocasião do

diagnóstico ou durante o seguimento clínico, no ambulatório de Coloproctologia do

HC da UNICAMP, entre 2008 a 2010.

3.1 Avaliação clínica

As características analisadas foram: idade, sexo, raça, localização do

tumor e estágio do tumor. Os dados referentes a idade, sexo, raça assim como a

autorização para participação no estudo, foram obtidos pela pesquisadora

responsável. Com relação a raça, os participantes foram classificados em

caucasóides e não caucasóides.

O diagnóstico histológico foi realizado em cortes de fragmentos de

tumor incluídos em parafina e corados com hematoxilina e eosina por patologistas

do Laboratório de Anatomia Patológica do Gastrocentro-UNICAMP. A

classificação da diferenciação tumoral foi realizada de acordo com os critérios

propostos por Broders [69]. O estágio do tumor foi obtido por meio de exame

anatomopatológico do espécime cirúrgico e classificado pelos critérios TNM

(quadro 2) [70].

Page 31: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

30

Quadro 2:Classificação TNM

Categorias Descrição

Categoria T Tumor

Tx Tumor primário não pode ser avaliado

T0 Não há evidencia de tumor primário

Tis Carcinoma in situ: intra-epitelial ou invasão da lâmina própria

T1 Tumor invade a submucosa

T2 Tumor invade a muscular própria

T3 Tumor ultrapassa a muscular própria até a subserosa ou tecidos pericólicos não peritoniais ou perirretais

T4a Tumor penetra a superfície de peritônio visceral

T4b Tumor se estende diretamente ou está aderido em outros órgãos ou estruturas

Categoria N Linfonodos regionais

Nx Linfonodos regionais não podem ser avaliados

N0 Sem metástase em linfonodos regionais

N1 Metástase em 1 a 3 linfonodos regionais

N1a Metástase em um linfonodo regional

N1b Metástase em 2 a 3 linfonodo regional

N1c Tumor se encontra na subserosa, mesentério ou tecidos noa perotonizados pericólicos ou perirretais, sem metástase em linfonodo regional

N2 Metástase em 4 ou mais linfonodos regionais

N2a Metástase em 4 a 6 linfonodos regionais

N2b Metástase em 7 ou mais linfonodos regionais

Page 32: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

31

Categoria M Metástase à distância

M0 Nenhuma metástase a distância foi identificada

M1 Metástase a distância presente

M1a Metástase confinado a um órgão ou local (por exemplo, fígado, pulmão, ovário, sem nódulo regional)

M1b Metástases em mais de um órgão / local ou no peritônio

Quadro 3: Estágio tumoral

Estágio Classificação TNM

0 Tis N0 M0

T1 N0 M0 I

T2 N0 M0

IIA T3 N0 M0

IIB T4a N0 M0

IIC T4b N0 M0

T1-T2 N1/N1c M0 IIIA

T1 N2a M0

T3-T4a N1/N1c M0

T2-T5 N2a M0 IIIB

T1-T2 N2b M0

T4a N2a M0

T3-T4a N2b Mo IIIC

T4b N2b Mo

IV Qualquer T Qualquer N M1a

Page 33: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

32

A constatação com relação a presença de metástases foi realizada pelo

achado durante o ato operatório ou exames de imagem (radiograma de tórax,

ultrassom abdominal, tomografia de abdômen e de tórax).

Com relação a localização tumoral, considerou-se o achado do

espécime cirúrgico. Denominou-se cólon direito as lesões presentes no ceco,

cólon ascendente e transverso; cólon esquerdo as lesões do cólon descendente e

sigmóide; reto as lesões localizadas até 18 cm da margem anal.

3.2 Critérios de exclusão Considerou-se como critérios de exclusão, polipose adenomatosa

familiar, síndrome de Lynch (critérios de Amsterdam, quadro 4) [71, 72] doenças

inflamatórias intestinais, antecedente familiar de ACE e aqueles que não

aceitaram participar do estudo proposto.

Quadro 4: Critérios de Amsterdam

Amsterdam I Ao menos três familiares portadores de câncer colorretal verificado

histologicamente;

Um deve ser parente em primeiro grau dos outros dois;

Ao menos duas gerações sucessivas devem ser afetadas;

Ao menos um dos casos de câncer colorretal deve ter sido diagnosticado antes

dos 50 anos;

Polipose adenomatosa familiar deve ser excluída.

Amsterdam II Ao menos três familiares devem ter um câncer associado com câncer colorretal

hereditário não poliposo (HNPCC) (colorretal, endométrio, urotélio ou intestino

delgado);

Um deve ser parente em primeiro grau dos outros dois;

Page 34: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

33

Ao menos duas gerações sucessivas devem ser afetadas;

Ao menos um dos casos de câncer associado ao HNPCC deve ter sido

diagnosticado antes dos 50 anos;

Polipose adenomatosa familiar deve ser excluída.

3.3 Grupo controle O grupo controle foi constituído por doadores de sangue oriundos do

Hemocentro da UNICAMP.

Os critérios de inclusão para doadores de sangue foram: idade entre 50

e 60 anos, que não referiram perda de peso, sintomas gastrointestinais ou

antecedente familiar de câncer colorretal, e que não apresentassem doenças

consideradas pré-neoplásicas, adenomas colorretais, polipose adenomatosa

familiar, síndrome de Lynch e doenças inflamatórias intestinais (critérios

estabelecidos pelo Hemocentro da UNICAMP).

Os pacientes portadores de ACE incluídos no estudo fazem parte do

Grupo denominado G1 e o Grupo controle foi denominado G2.

3.4 Análise molecular do polimorfismo C936T do gene VEGF As análises das amostras foram processadas no Laboratório de

Genética do Câncer da FCM da UNICAMP, coordenado pela Profa. Dra. Carmen

Silvia Passos Lima.

Para a extração do DNA genômico é necessário a coleta de 4 ml de

sangue periférico, tanto dos pacientes como grupo controle. A coleta é efetuada

por meio de tubo esterilizado, com capacidade de armazenamento de 4 ml,

contendo EDTA (anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético). A amostra é

centrifugada a 1300 rpm por 10 minutos. O plasma é removido e descartado e os

eritrócitos armazenados para posterior extração do DNA genômico.

Page 35: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

34

O DNA genômico foi obtido por meio da extração por cloreto de lítio

(WOODHEAD, 1986) e por kit de extração de DNA (Bionner), após o

procedimento descrito acima. O método utilizado por extração de cloreto de lítio,

após descarte do plasma sanguíneo, encontra-se descrito abaixo:

✓ “lavar” o sangue com tampão de lise e repetir o processo até a

remoção completa das hemácias;

✓ Colocar 400µl tampão de digestão e 20µl de proteinase K;

✓ Levar a amostra a 55° por 2 horas;

✓ Adicionar 200µl de cloreto de lítio;

✓ Levar ao freezer por 15 minutos, centrifugar;

✓ Retirar o sobrenadante e colocar em um novo tubo;

✓ Adicionar etanol absoluto e inverter aproximadamente 50 vezes até

que o DNA se precipite;

✓ Centrifugar, desprezar;

✓ Adicionar etanol 70%, agitar, centrifugar e desprezar o álcool;

✓ Secar o DNA, adicionar água e incubar a 55° por 10 minutos;

✓ Armazenar em freezer.

A extração por kit de DNA é reportada abaixo:

✓ Adicionar 20 ul de proteinase K em tubo limpo de 1,5 ml;

✓ Aplicar 200µl de sangue total no tubo contendo proteinase K;

Page 36: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

35

✓ Adicionar 200µl de tampão de ligação (G2) e misture imediatamente

por vorticidade. Ressuspender a amostra para atingir lise com máxima eficiência.

✓ Incubar a 60o por 10 min.

✓ Adicionar 100µl de isopropanol e homogeneizar com pipeta.

✓ Centrifugação rápida para as gotas da tampa caírem.

✓ Transferir cuidadosamente o conteúdo para o reservatório superior

do tubo com coluna de vinculação;

✓ Fechar o tubo e centrifugar a 8.000 rpm por 1 min;

✓ Transfira o tubo da coluna de vinculação a um novo tubo de 2 ml de

filtração;

✓ Adicionar 500µl de tampão de lavagem 1 (W1), sem molhar a borda,

fechar o tubo e centrifugar a 8.000 rpm por 1 min;

✓ Abra o tubo e despeje a solução do tubo 2 ml em um frasco de

eliminação;

✓ Juntar cuidadosamente 500µl de tampão de lavagem 2 (W2), fechar

o tubo e centrifugar a 8.000 rpm por 1 min;

✓ Centrifugar mais uma vez para a 12.000 rpm por 1 min para remover

completamente o etanol;

✓ Transferir o tubo da coluna de vinculação a um novo tubo de 1,5 ml

para eluição, adicionar 100µl de tampão de eluição (EL, ou água livre de nuclease)

para ligação de tubos de coluna, e esperar por um minuto à temperatura ambiente

(15 o ~ 25o) até ser absorvido pela fibra de vidro do tubo de ligação da coluna.

✓ Centrifugar a 8.000 rpm por um minuto para eluição.

Page 37: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

36

✓ Armazenar a 20o negativos.

O polimorfismo C936T foi avaliado de acordo com os métodos descritos

por Renner et al (2000) onde parte do éxon 8 foi amplificada, por meio da reação

em cadeia da polimerase (PCR), utilizando uma solução contendo de 20mM Tris

HCl (pH 8,4), 50nM de KCl, 4,5mM de MG2l2, 0,2mM de cada nucleotídeo

trifosfato, 20pmol de cada iniciador, 1U Taq DNA polimerase e 500ng de DNA.

A reação iniciou-se pela desnaturação a 94ºC (5 minutos) seguida por

35 ciclos de incubação a 94°C (40 segundos), a 64°C (1 minuto), a 72°C (40

segundos) e 72ºC (5 minutos) para a extensão final. Após a reação, um fragmento

de 208pb, do gene VEGF, foi obtido com a utilização dos iniciadores 5’- AAG GAA

GAG ACT CTG CG2 AGA G2-3’ e posteriormente do iniciador reverso 5’ – TAA

ATG TAT GTA TGT GGG TGG GTG TGT CTA CAG G - 3’.

Os produtos da amplificação dos grupos foram digeridos com 1U da

enzima de restrição endonuclease NlaIII a 37° por 2 horas em banho-maria e

posteriormente analisados por eletroforese em gel de agarose a 3,0% contendo

brometo etílico. Os produtos da amplificação dos pacientes foram digeridos com a

enzima de restrição endonuclease FastDigest®NlaIII (Hin1II) (Fermentas life

sciences) por 5 minutos a 37° em banho seco e posteriormente analisados por

eletroforese em gel de agarose a 2,0% contendo brometo etílico.

Um único fragmento de 208 pares de base (pb) correspondeu ao

genótipo homozigoto selvagem CC. Fragmentos de 208, 122 e 86pb

corresponderam ao genótipo heterozigoto CT e fragmentos de 122 e 86pb

corresponderam ao genótipo homozigoto variante TT. Controles positivo e

negativo para o polimorfismo foram avaliados em cada reação enzimática dos

produtos da PCR em questão.

3.5 Aspectos éticos

O estudo molecular realizou-se em amostras de sangue periférico

obtidos por ocasião da punção venosa realizada para a coleta de exames

Page 38: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

37

necessários ao diagnóstico ou acompanhamento clínico dos pacientes e de uma

única punção venosa em controles.

O diagnóstico e o estadiamento foram realizados no ambulatório de

Coloproctologia HC da UNICAMP, podendo haver necessidade de exames

laboratoriais, radiografia de tórax, ultra-sonografia e a tomografia computadorizada

do abdome e pelve. Nenhum material adicional foi coletado dos pacientes ou

controles.

Todas as informações obtidas dos pacientes e controles foram

sigilosas, somente tendo acesso os profissionais envolvidos no estudo. Os dados

foram armazenados em arquivo eletrônico, cuja responsabilidade cabe ao

pesquisador responsável. O material biológico foi armazenado no Laboratório de

Genética do Câncer (FCM-UNICAMP), sob a responsabilidade da Profa. Dra

Carmen Silvia Passos Lima.

Os participantes foram informados e puderam optar por meio do "Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido" em:

✓ Permitir ou não o armazenamento do material coletado para

pesquisas futuras nesta área;

✓ Receber ou não os resultados da pesquisa por correio ou telefone.

Os procedimentos realizados só foram efetuados após a obtenção dos

“Termos de Consentimento Livre e Esclarecido” de pacientes e controles (Anexos

1 e 2). O estudo foi aprovado no Comitê de Ética da Faculdade de Ciências

Médicas da UNICAMP (Parecer n° 759/2007, anexo 5).

O armazenamento do material biológico foi realizado para possibilitar a

disponibilização a outras investigações do grupo de trabalho, e que para a

utilização do mesmo, as pesquisas futuras deverão ser aprovadas pelo Comitê de

Ética da instituição, mesmo com a autorização previa do individuo.

Page 39: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

38

3.6 Análise estatística O tamanho amostral do estudo teve como base as freqüências dos

polimorfismos gênicos obtidas em indivíduos normais de outras populações e, foi

calculado de acordo com as normas definidas por BEIGUELMAN [73] , sendo

estabelecido o total de 250 pacientes.

O teste de verificação do Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi realizado

com o intuito de verificar se ocorre distribuição preferencial de algum dos

genótipos avaliados no grupo de pacientes e controles utilizados no estudo

(BEIGUELMAN, 1995).

O significado estatístico das diferenças entre grupos foi calculado por

meio dos testes exato de Fisher, qui-quadrado, Kruskal-Wallis e Wilcoxon. O teste

de regressão logística foi realizado para corrigir discrepâncias de idades em

comparação entre pacientes e controles.

Page 40: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

39

4 RESULTADOS

Fazem parte do estudo 261 controles (G2) e 261 pacientes com ACE

(G1) atendidos, por ocasião do diagnóstico ou durante o seguimento clínico, no

ambulatório de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da UNICAMP.

O cálculo do tamanho amostral de acordo com as freqüências dos

polimorfismos foi de 237,72.

O teste de Hardy-Weinberg foi aplicado a controles e pacientes. Ambos

estão em equilíbrio (X2=0,019, p=0,89 e X2=0,587, p=0,4436 respectivamente),

para o lócus do polimorfismo VEGF C936T.

4.1 Idade

A idade média dos pacientes foi de 65,2 (32-97) anos, sendo que a

comparação entre os grupos evidenciou faixa etária maior no Grupo G1 (tabela1).

Tabela 1: Análise comparativa da idade média entre pacientes e controles

IDADE

Grupo média desvio-padrão mediana

G1 65,2 12,3 66

G2 52,9 3,7 53

teste Wilcoxon pareado p < 0.0001

Com relação à faixa etária não foram identificadas diferenças nas

freqüências dos genótipos do polimorfismo (tabela 2), assim como na comparação

das mesmas entre os grupos (tabela 3).

Page 41: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

40

Tabela 2: Idades média e mediana e genótipos do polimorfismo C936T do gene

VEGF

IDADE

Variante n Idade média desvio-padrão mediana

CC 415 59 11,1 56,0

CT 102 59 10,6 56,0

TT 5 58,4 11,8 53,0

teste de Kruskal-Wallis p = 0.9283

Tabela 3: Idade média das variantes do polimorfismo C936T por grupos

IDADE

G1 G2

Variante n Idade média n Idade média

CC 210 64,9 205 52,9

CT 48 65,8 54 52,8

TT 3 62,6 2 52

4.2 Sexo Com relação ao sexo de pacientes e controles, observou-se discreto

predomínio do sexo masculino (52,1%) sendo que não foram observadas

diferenças estatísticas em relação aos grupos (tabela 4).

Page 42: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

41

Tabela 4: Distribuição de pacientes (G1) e controles (G2) por sexo

SEXO

G1 G2

n % n % Sexo

F 125 47,9 125 47,9 M 136 52,1 136 52,1

Test qui-uadrado p=1,00

Gráfico 1: Distribuição de pacientes (G1) e controles (G2) por sexo

45,0%  46,0%  47,0%  48,0%  49,0%  50,0%  51,0%  52,0%  53,0%  

Masculino  Feminino  

Sexo

G1  

G2  

Page 43: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

42

Tabela 5: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T de pacientes

e controles por sexo

SEXO

G1 G2

CC CT+TT CC CT+TT

n n

Feminino* 105 19 95 30

Masculino** 101 36 110 26

*Teste exato de Fisher p= 0,1105 **Teste exato de Fisher p= 0,1936

4.3 Classe Observou-se também um predomínio da classe caucasóide, tanto no

G1 (88,9%) como no G2 (87,4%), porém sem diferença estatística na comparação

entre os grupos (p>0,05).

Tabela 6: Distribuição de pacientes e controles por classe

CLASSE

G1 G2

n % n %

Caucasóide 219 83,9 232 88,9

Não-caucasóide 42 16,1 29 11,1

Teste exao de Fisher p=0,1976

Page 44: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

43

Gráfico 2: Distribuição de pacientes e controles por classe

4.4 Localização do tumor A localização tumoral prevalente foi no reto com 119 pacientes, seguido

pelo cólon descendente (n=98), cólon ascendente (n=27) e com a menor

ocorrência o cólon transverso (n=10). Em quatro portadores de neoplasia de cólon

não foi possível a identificação do segmento acometido e em 19 não constava no

prontuário se o tumor primário era do reto ou cólon (tabela 6 e gráfico 3)

(p=0,1202).

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  50,0%  60,0%  70,0%  80,0%  90,0%  

Caucasóide  Não  caucasóide  

Raça

G1  

G2  

Page 45: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

44

Tabela 7: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

localização tumoral

LOCALIZAÇÃO TUMORAL

Cólon Direito Cólon esquerdo Reto n % n % n %

CC 34 87,2% 55 74,3% 99 79,2%

CT 5 12,8% 19 25,7% 24 19,2% TT 2 1,6%

Test qui-qadrado p= 0,2575

Gráfico 3: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

localização tumoral

4.5 Classificação TNM A análise da freqüência das variantes do polimorfismo foram

estudados em relação ao sistema TNM, não evidenciou diferença da freqüência da

variante CC nos diversos estágios, enquanto que a variante CT foi mais freqüente

no estágio I (p=0,0091). No estágio IV, a variante selvagem (CC) foi a única

identificada. A tabela 7 apresenta a freqüência dos genótipos do polimorfismo

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  50,0%  60,0%  70,0%  80,0%  90,0%  

CC  CT  

TT  

Localização Tumoral

Cólon  direito  

Cólon  esquerdo  

Reto  

Page 46: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

45

VEGF C936T segundo a classificação TNM incluindo os pacientes com neoplasia

de reto com tratamento neo-adjuvante. Foram excluídos 49 pacientes por falta de

dados para a obtenção do estágio.

Tabela 8: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo os

estágios da TNM

ESTÁGIO TUMORAL

I II III IV

n % n % n % n %

CC 32 67,4% 64 89,7% 63 76,3% 11 100%

CT 15 30,4% 7 10,3% 19 23,8%

TT 1 2,2%

Teste exato de Fisher p = 0,0091

Page 47: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

46

Gráfico 4: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo os

estágios da TNM  

A análise com a exclusão de 83 pacientes portadores de neoplasia

de reto com tratamento neo-adjuvante, também não evidenciou diferença

significante em relação aos estágios do tumor pela classificação TNM (tabela 8).

Quando agrupados os estágios I e II e comparamos com os estágios III e IV

obtivemos p = 0,2947 (OR 1,325, 95% IC, 0,8109 a 2,166) como podemos

visualizar na tabela 9.

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  50,0%  60,0%  70,0%  80,0%  90,0%  100,0%  

CC  CT  

TT  

Estágio

I  

II  

III  

IV  

Page 48: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

47

Tabela 9: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

classificação TNM excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante

ESTÁGIO

I II III IV

n % n % n % n %

CC 17 81% 46 86,8% 49 74,2% 9 100%

CT 4 19% 7 13,2% 17 25,8%

Teste t-student p = 0,1526

Gráfico 5: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

classificação TNM excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante

I  

II  

III  

I  V  

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  50,0%  60,0%  70,0%  80,0%  90,0%  100,0%  

CC  CT  

Estágio

I  

II  

III  

I  V  

Page 49: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

48

Tabela 10: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T agrupando o

estágio I e II versus III e IV, excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante

ESTÁGIO

I + II III + IV

n % n %

CC 63 85,1% 58 77,3%

CT 11 14,9% 17 22,7%

Teste exato de Fisher p = 0,2947

Gráfico 6: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T agrupando o

estágio I e II versus III e IV, excluindo-se pacientes com terapia neo-adjuvante

I  +  II  

III  +  IV  

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  50,0%  

60,0%  

70,0%  

80,0%  

90,0%  

CC  CT  

I  +  II  

III  +  IV  

Page 50: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

49

4.5.1 Infiltração tumoral e acometimento de linfonodos Para a análise da infiltração tumoral e de acometimento de

linfonodos foram excluídos 83 portadores de neoplasia de reto com tratamento

neo-adjuvante e 40 pacientes por falta de dados. Dois pacientes portadores de

pólipos com transformação carcinomatosa e removidos no pré-operatório por

colonoscopia foram classificados como T0. Não se observou diferença nas

freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T em relação à invasão

tumoral (tabela 10). Não foi identificada nesta população a variante TT.

Tabela 11: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

infiltração tumoral

INVASÃO TUMORAL

Tis T0 T1 T2 T3 T4

N % N % N % N % N % N %

CC 1 100% 1 50% 8 72,7% 23 88,5% 77 87,5% 7 70%

CT 1 50% 3 27,3% 3 11,5% 11 12,5% 3 30%

Qui-quadrado p = 0,6061

Page 51: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

50

Gráfico 7: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo a

infiltração tumoral

A análise da infiltração tumoral quando agrupamos as categorias Tis,

T0 e T1 versus T2, T3 3 T4 também não obtivemos resultados estatísticos

significantes (p=0,2288), o mesmo ocorreu com o risco relativo (OR 0,4487, 95%

IC, 0,1550 a 1,2999) como demonstrado na tabela 11.

Tis  

T0  T1  

T2  T3  T4  

0,0%  10,0%  20,0%  30,0%  40,0%  

50,0%  

60,0%  

70,0%  

80,0%  

90,0%  

CC  CT  

Tis  

T0  

T1  

T2  

T3  

T4  

Page 52: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

51

Tabela 12: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T agrupando

as categorias Tis, T0 e T1 versus T2, T3 e T4, excluindo-se pacientes com terapia

neo-adjuvante

Infiltração tumoral

Tis + T0 + T1 T2 + T3 + T4

n % n %

CC 10 71,4% 107 86,3%

CT 4 28,6% 17 13,7%

Teste exato de Fisher p = 0,2288

Gráfico 8: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T agrupando as

categorias Tis, T0 e T1 versus T2, T3 e T4, excluindo-se pacientes com terapia

neo-adjuvante

Tis+T0+T1  

T2+T3+T4  

0,0%  10,0%  20,0%  

30,0%  

40,0%  

50,0%  

60,0%  

70,0%  

80,0%  

90,0%  

CC  CT  

Tis+T0+T1  

T2+T3+T4  

Page 53: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

52

Com relação ao acometimento de linfonodos, também não foram

identificadas diferenças significantes em relação as variantes estudadas (tabela

10) (p=0,7637).

Tabela 13: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo o

acometimento de linfonodos

LINFONODO

N0 N1 N2

N % N % N %

CC 58 (84,1%) 35 (81,4%) 15 (93,8%)

CT 11 (15,9%) 08 (18,6%) 1 (6,3%)

teste exato de Fisher p = 0,4641

Gráfico 9: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T segundo o

acometimento de linfonodos

0,0%

50,0%

100,0%

CC CT

Linfonodo

N0

N1

N2

Page 54: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

53

4.6 Análise do genótipo em pacientes e controles Após a amplificação e digestão do DNA, os resultados foram analisados

conforme a figura 2. Quando a imagem mostra somente fragmentos de 208pb

significa que o paciente é portador do genótipo selvagem CC, quando a imagem

mostra fragmentos de 208, 122 e 86pb, o paciente é portador do genótipo variante

heterozigoto CT e quando na imagem aparecem os fragmentos de 122 e 86pb

significa que o paciente é portador do genótipo variante homozigoto TT.

Figura 2: Banda auto-radiografada com genótipos do polimorfismo C936T do gene

VEGF

Marcador CT CC TT

208 pares de base

122 pares de base 86 pares de base

Enzima de restrição NlaIII. M: marcador de DNA com tamanho de

100pb; CC= genótipo selvagem; CT= genótipo variante heterozigoto do C936T.

A análise dos genótipos do polimorfismo C936T não demonstrou

diferença estatística entre os grupos (Tabela 13, gráfico 10)

Page 55: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

54

Tabela 14: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T em

pacientes e controles

VEGF 936

G1 G2

n % n %

CC 210 80,5 205 78,5

CT 48 18,4 54 20,7

TT 3 1,1 2 0,8

teste exato de Fisher p= 0,737 Gráfico 10: Freqüências dos genótipos do polimorfismo VEGF C936T em

pacientes e controles

A análise da chance de risco (OR) da variante CC em relação a CT

foi de 1,47 com intervalo de confiança 95% (0,80 a 2,70), e da variante TT em

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

CC CT TT

VEGF

G1

G2

Page 56: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

55

relação CT foi de 0,34 com intervalo de confiança de 95% (0,03 a 3,63), com

p=0,737 (regressão logística com fator de ajuste para a idade).

Page 57: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

56

5 DISCUSSÃO

A angiogênese desempenha um papel essencial no crescimento

tumoral, invasão e metástase das células tumorais e pode ser estimulada pela

produção de fatores produzidos pela células neoplásicas [74, 75]. Entre os fatores

que regulam a angiogênese, o VEGF é o mais conhecido e considerando sua

capacidade de estimular a proliferação vascular, a sua expressão teria a

capacidade de modificar o comportamento biológico de tumores sólidos, incluindo

o ACE. O gene VEGF humano entretanto, é altamente polimórfico propiciando

uma ampla variação de sua expressão entre os indivíduos.

Acredita-se que o polimorfismo VEGF C936T interfira na produção da

proteína [44, 76], sendo o genótipo homozigoto variante TT associado aos

menores níveis plasmáticos da proteína VEGF [21]. Assim, o genótipo TT

diminuiria a angiogênese e, em tese, proporcionaria menor desenvolvimento

tumoral. Sabe-se que níveis séricos mais elevados de VEGF no período pré-

operatório em portadores de ACE associou-se a menor sobrevida [77].

Entretanto, estudos desse polimorfismo em diversos tumores sólidos

apresenta resultados distintos em relação ao risco de câncer ou fatores

prognósticos [35, 57, 78]. Oliveira et al. [79] demonstraram que o genótipo

selvagem CC é determinante para a maior agressividade do tumor esporádico de

mama.

No câncer gástrico, Tzanakis et al [62] encontraram uma forte

associação entre o gene C936T, o genótipo TT esta relacionado a um tamanho

maior do tumor. No entanto, os resultados do presente estudo, bem como os

resultados de Hofmann e Dassoulas não apóiam uma associação com o tamanho

do tumor, graduação histológica, estágio do tumor, metástases linfonodais e idade

ao diagnóstico em casos ACE, contudo Chae [68] mostrou que o alelo T esta

relacionado com o estagio avançado (metástase) do ACE.

Estes dados sugerem que a contribuição de cada genótipo às

Page 58: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

57

características do tumor pode estar intimamente relacionada com o tipo de órgão

que carrega a malignidade.

O presente estudo sugere que os genótipos estudados não aumentam

o risco de ACE (CT x CC = OR 1,47 95% IC 0,80 a 2,70 e TT x CT = OR 0,34 95%

IC 0,03 a 3,63). Estes achados foram corroborados por Hofmann [64], Dassaoulas

[65], Xu [37] e colaboradores obtendo os mesmos resultados em relação ao

polimorfismo C936T. Achados diversos foram obtidos por Eroglu e Wu [61, 80] em

estudo que evidenciou que este polimorfismo aumenta a predisposição do

paciente a desenvolver um tumor maligno, apesar da freqüência das variantes

deste estudo ser semelhante a de outros estudos [56, 81].

Estes dados podem ser explicados pela ação de diversos fatores como

a variação no lócus, ação de vários outros genes, aspectos ambientais e etnia, o

que justificaria seu estudo em populações distintas. Hefler et al [82] reportaram

que a presença de três genótipo homozigotos (2578/CC; 1154/GG; 634/CC)

presentes simultaneamente aumentaram os níveis séricos de VEGF e

relacionaram-se com menor sobrevida em 563 pacientes com carcinoma de

ovário. Assim, além da variação seqüencial do gene VEGF que alteraria sua

produção ou atividade, outros fatores angiogênicos presentes na circulação,

interagindo com VEGF, poderiam influenciar seu papel na patogênese de

cânceres.

O estudo da freqüência do polimorfismo torna-se importante pois pode

correlacionar-se com informações genéticas populacionais e assim determinar sua

influência no desenvolvimento tumoral. Nesta casuística, o estudo da distribuição

genotípica pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg demonstrou que as variantes

estudadas encontram-se dentro da proporcionalidade genética esperada.

A análise do polimorfismo com relação à idade, sexo e localização

tumoral não evidenciou alterações significativas, achado distinto de BAE et al. [83],

que constataram que a ocorrência do alelo T aumentaria o risco em indivíduos

Page 59: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

58

com idade inferior a 55 anos, mulheres, e estaria associado a maior ocorrência de

adenocarcinoma em cólon direito. Estes resultados podem ser explicados devido a

diferença étnica.

O estudo de aspectos relacionados ao comportamento biológico do

ACE também não evidenciou correlação quanto à presença do polimorfismo com

aspectos relacionados à invasão tumoral, acometimento de linfonodos ou

ocorrência de metástases, apesar de Vidaurreta et al. [76] reportar que o alelo T

se mostrou em menor freqüência no estágio de Dukes D (presença de metástase

a distância) e estágios inicias do CCR. Porém outros estudos mostram que o

aumento da expressão do VEGF está associado a ocorrência de metástase [59,

68, 84] e estágios mais avançados da doença [68], mas poucos estudos relata o

envolvimento do VEGF no estágio e localização tumoral [65]. Kim et al. [59] em

estudo com três polimorfismos do gene VEGF em 445 portadores de CCR

observaram que o genótipo 936TT associou-se a menor sobrevida.

No presente estudo o polimorfismo C936T não altera o risco de

desenvolvimento ACE. Nossos resultados estão de acordo com Hofmann et al.

[64], Dassoulas [65] e Wu [81] que sugeriram que os polimorfismos C2578A,

G634C e C936T não são fatores de risco geral para a ACE. A análise do

polimorfismo C936T do gene VEGF do presente estudo também foi realizada em

câncer de mama, pulmão, estômago, melanoma [35, 62, 85] e não influenciou a

suscetibilidade ao câncer de mama de forma significativa no estudo de Jin et al.

[85]. Por outro lado, os portadores do alelo T no VEGF 936 apresentam diminuição

do risco de câncer de mama e de pulmão de acordo com outros pesquisadores

[56, 86]. Esses resultados não são inesperados, pois o VEGF funciona como um

mediador fundamental da angiogênese, influenciando aspectos biológicos e

fenotípicos (tamanho do tumor, grau histológico, estágio da doença, e potencial

metastático) do que definir a susceptibilidade ao desenvolvimento de câncer.

Vários estudos têm recomendado que os genótipos do VEGF

influenciam a expressão VEGF [44, 56, 87, 88]. Como existem controvérsias em

Page 60: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

59

relação ao papel do polimorfismo C936T para o desenvolvimento e evolução de

alguns tipos de tumores malignos, justifica-se a realização de outros estudos,

incluindo a analise sérica da proteína do VEGF no sangue periférico dos pacientes

e controles, além de correlacionar este polimorfismo com outros envolvidos na

síntese do VEGF e angiogênese.

A princípio o VEGF C936T não pode ser considerado um marcador

tumoral no câncer colorretal em nossa população, apesar da angiogênese ser um

alvo terapêutico promissor, visando a inibição da formação de novos vasos e

possibilitando assim a regressão tumoral. Estudos com casuísticas maiores e com

indivíduos das diversas regiões do pais são necessários para definir o papel do

polimorfismo no risco de ACE em nossa população. Descobertas sobre

polimorfismos gênicos têm influenciando estas terapias utilizando o VEGF como

alvo, possibilitando a adequação de tratamentos individuais e melhorar a resposta

terapêutica no pós-operatório e tratamentos como quimioterapia [89, 90].

Algumas limitações devem ser consideradas neste estudo: os

indivíduos do grupo controle podem desenvolver ACE nos anos subseqüentes e

não foi considerado fatores ambientais como tabagismo e etilismo.

A contínua investigação para o melhor conhecimento sobre a

funcionalidade dos diversos polimorfismos do gene VEGF e sua relação com o

desenvolvimento tumoral deve ser incentivada, pois levará a uma melhor

compreensão da biologia tumoral e comportamento, podendo influenciar aspectos

terapêuticos assim como esclarecer a inconsistência de dados encontrados em

estudos recentes.

Page 61: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

60

6 CONCLUSÕES

✓ O polimorfismo C936T do gene VEGF não altera o sexo e a idade de

ocorrência do tumor, bem como a localização, o acometimento de linfonodo e o

grau de invasão tumoral.

✓ O polimorfismo C936T do gene VEGF não influencia o risco de

ocorrência de ACE em indivíduos de nossa população.

Page 62: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

61

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Brasil, M.d.S., Secretaria de Atenção à Saúde, Instituto Nacional de

Cancer, Coordenação de Prevenção e Vigilância, Estimativa 2006: Incidência de

câncer no Brasil. 1995, Rio de Janeiro: INCA.

2. Abrapreci. Dicas Uteis. 2007 [cited 2007 31 de agosto]; Available

from: http://www.abrapreci.org.

3. ACS. Learn about cancer. 2007 [cited 2007 23 de agosto]; Available

from: http://www.cancer.org.

4. Brasil, M.d.S., Instituto Nacional do Câncer, Coordenação de

Prevenção e Vigilância, Estimativa 2010: Incidência de câncer no Brasil. 2010, Rio

de Janeiro: INCA.

5. SMS, S.M.d.S. Boletins da SMS - Campinas. 2006 [cited 2007 19 de

agosto]; Available from: http://www.campinas.sp.gov.br/saude.

6. Fearon, E.R. and B. Vogelstein, A genetic model for colorectal

tumorigenesis. Cell, 1990. 61(5): p. 759-767.

7. Jass, J.R., Classification of colorectal cancer based on correlation of

clinical, morphological and molecular features. Histopathology, 2007. 50(1): p. 113-

130.

8. Dale C, S., Update on the serrated pathway to colorectal carcinoma.

Human Pathology, 2011. 42(1): p. 1-10.

9. Weinberg, R.A., A Biologia do Câncer. 2008, Porto Alegre: Artmed.

864.

10. Neto, J.A.R., New Trends in Coloproctology. 2000, Rio de Janeiro:

Revinter. 534.

11. Bert Vogelstein, K.W.K., The Genetic Basis of Human Cancer. 2 ed.

2002, New York: McGraw-Hill.

12. Rocha, J.C.C.D.A. and C.G.I.L. Ferreira, Oncologia Molecular. 2004,

São Paulo: Rocha. 469.

13. Borges-Osório, M.R. and W.M. Robinson, Genética Humana. 2 ed.

2001, Porto Alegre: Artmed. 460.

Page 63: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

62

14. Credidio, L., Terapia Gênica em Câncer Coloretal, in Faculdade de

Ciências Biológicas. 2002, Pontifícia Universidade Católica de Campinas:

Campinas.

15. Alberts, B., et al., Molecular Biology of the cancer. 4 ed. 2002, New

York: Garland Science. 1616.

16. Graça, B., et al., ANGIOGÉNESE E CANCRO da biopatologia à

terapêutica. ACTA MÉDICA PORTUGUESA 2004. 17: p. 111.

17. Frank, S.A., Dynamics of Cancer Incidence, Inheritance, and

Evolution. 2007, Princeton: Princeton University Press.

18. Kataoka, N., et al., Population-Based Case-Control Study of VEGF

Gene Polymorphisms and Breast Cancer Risk among Chinese Women. Cancer

Epidemiology Biomarkers & Prevention, 2006. 15(6): p. 1148-1152.

19. Folkman, J., Tumor Angiogenesis: Therapeutic Implications. New

England Journal of Medicine, 1971. 285(21): p. 1182-1186.

20. Kufe, D.W., et al., Holland-Frei Cancer Medicine. 6 ed. 2003,

Halmilton: BC Decker.

21. Lurje, G., et al., VEGF and VEGF receptor-2 (VEGFR2) gene

polymorphisms predict tumor recurrence in stage II and III colon cancer. 2007

ASCO Annual Meeting, 2007. 25(18S (June 20 Supplement)): p. 4004.

22. Figg, W.D. and J. Folkman, Angiogeneses. An Interative Aproach

From Science to Medicine. 2008, New York: Spring Science.

23. Chung, A.S. and N. Ferrara, Developmental and Pathological

Angiogenesis. Annual Review of Cell and Developmental Biology, 2011. 27(1): p.

null.

24. Carmeliet, P., Mechanisms of angiogenesis and arteriogenesis.

Nature Medicine, 2000. 6.

25. Colman, R.W., et al., Hemostasis and Thrombosis: Basic Principles

and Clinical Practice. 5 ed. 2006: Lippincott Williams & Wilkins.

26. Roskoski, J.R., Vascular endothelial growth factor (VEGF) signaling

in tumor progression. Critical Reviews in Oncology/Hematology, 2007. 62(3): p.

179-213.

Page 64: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

63

27. Loureiro, R.M.B. and P.A. D'Amore, Transcriptional regulation of

vascular endothelial growth factor in cancer. Cytokine & Growth Factor Reviews,

2005. 16(1): p. 77-89.

28. Rakesh, K., J. Carmeliet, and P. Carmeliet, Vessels of death or life,

in Scientific American Magazine. 2001.

29. Dvorak, H.F., Vascular Permeability Factor/Vascular Endothelial

Growth Factor: A Critical Cytokine in Tumor Angiogenesis and a Potential Target

for Diagnosis and Therapy. J Clin Oncol, 2002. 20(21): p. 4368-4380.

30. Nozawa, T., et al., Specific Enhanced Expression of Platelet-Derived

Endothelial Cell Growth Factor in Submucosa of Human Colorectal Cancer.

Diseases of the Colon & Rectum, 2004. 47(12): p. 2093-2100.

31. PINHO, M.D.S.L., Angiogênese:o gatilho proliferativo Revista

Brasileira de Coloproctologia, 2005. 25(4): p. 396-402.

32. DeVita, V.T., T.S. Lawrence, and S.A. Rosenberg, Cancer: Principles

& Practice of Oncology. 7 th ed. 2005, Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins

and Wolters Kluwer. 579.

33. Ruhrberg, C., VEGF in Development. VEGF in Development. 2008.

34. Bondke Persson, A. and I.R. Buschmann, Vascular Growth in Health

and Disease. Frontiers in Molecular Neuroscience, 2011. 4.

35. Howell, W.M., Influence of vascular endothelial growth factor single

nucleotide polymorphisms on tumour development in cutaneous malignant

melanoma. Genes and Immunity, 2002. 3(4): p. 229-232.

36. Balasubramanian, S.P., et al., Influence of VEGF-A gene variation

and protein levels in breast cancer susceptibility and severity. International Journal

of Cancer, 2007. 121(5): p. 1009-1016.

37. Xu, B., et al., VEGFA + 936C>T polymorphism and cancer risk: a

meta-analysis. Cancer Genetics and Cytogenetics, 2010. 198(1): p. 7-14.

38. Capp, C., et al., Papel do fator de crescimento endotelial vascular

nos carcinomas de tireóide. Revista HCPA, 2009. 29(1).

Page 65: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

64

39. Takahashi, H. and M. Shibuya, The vascular endothelial growth

factor (VEGF)/VEGF receptor system and its role under physiological and

pathological conditions. Clinical Science, 2005. 109(3): p. 227-241.

40. Clauss, M., et al., The Vascular Endothelial Growth Factor Receptor

Flt-1 Mediates Biological Activities. Journal of Biological Chemistry, 1996. 271(30):

p. 17629-17634.

41. Shibuya, M. and L. Claesson-Welsh, Signal transduction by VEGF

receptors in regulation of angiogenesis and lymphangiogenesis. Experimental Cell

Research, 2006. 312(5): p. 549-560.

42. Ferrara, N., H.-P. Gerber, and J. LeCouter, The biology of VEGF and

its receptors. Nature Medicine, 2003. 9(6).

43. Fan, F., et al., Expression and function of vascular endothelial growth

factor receptor-1 on human colorectal cancer cells. Oncogene, 2005. 24(16).

44. Renner, W., et al., A Common 936 C/T Mutation in the Gene for

Vascular Endothelial Growth Factor Is Associated with Vascular Endothelial

Growth Factor Plasma Levels. Journal of Vascular Research, 2000. 37(6): p. 443-

448.

45. Cébe-Suarez, S., A. Zehnder-Fjallman, and K. Ballmer-Hofer, The

role of VEGF receptors in angiogenesis; complex partnerships. Cellular and

Molecular Life Sciences, 2006. 63(5): p. 601-615.

46. Uthoff, S.M.S., et al., VEGF isoforms and mutations in human

colorectal cancer. International Journal of Cancer, 2002. 101(1): p. 32-36.

47. Miyazawa, M., Efeito da inibição dos receptores de fator de

crescimento endotelial vascular na angiogênese tumoral em carcinomas

espinocelulares de cabeça e pescoço, in Faculdade de Odontologia de Bauru.

2007, Universidade de São Paulo: Bauru. p. 87.

48. Young, L.R., Y. Inoue, and F.X. McCormack, Diagnostic Potential of

Serum VEGF-D for Lymphangioleiomyomatosis. New England Journal of Medicine,

2008. 358(2): p. 199-200.

Page 66: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

65

49. Matsunaga, Y., et al., VEGF-A and VEGF-F evoke distinct changes

in vascular ultrastructure. Biochemical and Biophysical Research Communications,

2009. 379(4): p. 872-875.

50. Fujisaki, K., et al., Circulating Vascular Endothelial Growth Factor in

Patients With Colorectal Cancer. American Journal of Gastroenterology, 1998.

93(2): p. 249-252.

51. Doi, K., et al., Functional Polymorphisms in the Vascular Endothelial

Growth Factor Gene Are Associated with Development of End-Stage Renal

Disease in Males. Journal of the American Society of Nephrology, 2006. 17(3): p.

823-830.

52. Yamaguchi, T., et al., Overexpression of soluble vascular endothelial

growth factor receptor 1 in colorectal cancer: Association with progression and

prognosis. Cancer Science, 2007. 98(3): p. 405-410.

53. Beiguelman, B., Genética de Populações Humanas. 2008, Ribeirão

Perto: Sociedade Brasileira de Genética. 235.

54. Balasubramanian, S.P., et al., Candidate gene polymorphisms in

solid cancers. European Journal of Surgical Oncology, 2004. 30(6): p. 593-601.

55. Yamamori, M., et al., Association of VEGF genotype with mRNA

level in colorectal adenocarcinomas. Biochemical and Biophysical Research

Communications, 2004. 325(1): p. 144-150.

56. Krippl, P., et al., A common 936 C/T gene polymorphism of vascular

endothelial growth factor is associated with decreased breast cancer risk.

International Journal of Cancer, 2003. 106(4): p. 468-471.

57. Lee, S.J., et al., Vascular Endothelial Growth Factor Gene

Polymorphisms and Risk of Primary Lung Cancer. Cancer Epidemiology

Biomarkers & Prevention, 2005. 14(3): p. 571-575.

58. Hu, Y.F., et al., Transcription factor AP-4 contains multiple

dimerization domains that regulate dimer specificity. Genes & Development, 1990.

4(10): p. 1741-1752.

Page 67: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

66

59. Kim, J.G., et al., Vascular Endothelial Growth Factor Gene

Polymorphisms Associated with Prognosis for Patients with Colorectal Cancer.

Clinical Cancer Research, 2008. 14(1): p. 62-66.

60. Kim, J.K., et al., Genetic Polymorphism of Vascular Endothelial

Growth Factor (VEGF C936T) in the Korean Population. Korean J Biol Sci, 2003.

7.

61. Eroglu, A., et al., Vascular endothelial growth factor 936 C/T

polymorphism in cancer patients. Annals of Oncology, 2006. 17(9): p. 1467-1468.

62. Tzanakis, N., et al., Vascular endothelial growth factor

polymorphisms in gastric cancer development, prognosis, and survival. Journal of

Surgical Oncology, 2006. 94(7): p. 624-630.

63. Jakubowska, A., et al., The VEGF_936_C>T 3′UTR polymorphism

reduces BRCA1-associated breast cancer risk in Polish women. Cancer letters,

2008. 262(1): p. 71-76.

64. Hofmann, G., et al., Common single nucleotide polymorphisms in the

vascular endothelial growth factor gene and colorectal cancer risk. Journal of

Cancer Research and Clinical Oncology, 2008. 134(5): p. 591-595.

65. Dassoulas, K., et al., Vascular endothelial growth factor and endoglin

expression in colorectal cancer. Journal of Cancer Research and Clinical

Oncology, 2010. 136(5): p. 703-708.

66. Wu, X., et al., Vascular endothelial growth factor 1498C/T, 936C/T

polymorphisms associated with increased risk of colorectal adenoma: a Chinese

case–control study. Molecular Biology Reports, 2010. 38(3): p. 1949-1955.

67. Yapijakis, C., et al., The low VEGF production allele of the +936C/T

polymorphism is strongly associated with increased risk for oral cancer. Journal of

Cancer Research and Clinical Oncology, 2007. 133(10): p. 787-791.

68. Chae, Y.S., et al., Association of Vascular Endothelial Growth Factor

Gene Polymorphisms with Susceptibility and Clinicopathologic Characteristics of

Colorectal Cancer. J Korean Med Sci, 2008. 23(3): p. 421-427.

69. Broders, A.C., The grading of carcinoma. Minn Med, 1925. 8.

Page 68: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

67

70. Edge, S.B., et al., AJCC Cancer Staging Manual. 7 ed. 2010, New

York: Springer. 646.

71. Vasen, H.F.A., et al., The International Collaborative Group on

Hereditary Non-Polyposis Colorectal Cancer (ICG-HNPCC). Diseases of the Colon

& Rectum, 1991. 34(5): p. 424-425.

72. Vasen, H.F.A., et al., New clinical criteria for hereditary nonpolyposis

colorectal cancer (HNPCC, Lynch syndrome) proposed by the International

Collaborative Group on HNPCC. Gastroenterology, 1999. 116(6): p. 1453-1456.

73. Beiguelman, B., Dinâmica dos Genes nas Famílias e Populações.

Sociedade Brasileira de Genética, 1995(2): p. 1-472.

74. Ferrara, N. and T. Davis-Smyth, The Biology of Vascular Endothelial

Growth Factor. Endocrine Reviews, 1997. 18(1): p. 4-25.

75. Carmeliet, P. and R.K. Jain, Angiogenesis in cancer and other

diseases. Nature, 2000. 407(6801).

76. Vidaurreta, M., et al., Vascular endothelial growth factor gene

polymorphisms in patients with colorectal cancer. Revista Espanhola de

Enfermedades Digestivas, 2010. 102(1): p. 20-25.

77. De Vita, F., et al., Elevated perioperative serum vascular endothelial

growth factor levels in patients with colon carcinoma. Cancer, 2004. 100(2): p. 270-

278.

78. Lin, C.-C., et al., Vascular endothelial growth factor gene‚àí460 C/T

polymorphism is a biomarker for prostate cancer. Urology, 2003. 62(2): p. 374-377.

79. Oliveira, C., et al., Polymorphisms in the 5'- and 3'-untranslated

region of the VEGF gene and sporadic breast cancer risk and clinicopathologic

characteristics. Tumor Biology, 2011. 32(2): p. 295-300.

80. Wu, X., et al., Vascular endothelial growth factor 1498C/T, 936C/T

polymorphisms associated with increased risk of colorectal adenoma: a Chinese

case–control study. Molecular Biology Reports, 2011. 38(3): p. 1949-1955.

81. Wu, G.-y., et al., Association Between EGF, TGF-β1, VEGF Gene

Polymorphism and Colorectal Cancer. World Journal of Surgery, 2009. 33(1): p.

124-129.

Page 69: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

68

82. Hefler, L.A., et al., Vascular Endothelial Growth Factor Gene

Polymorphisms Are Associated with Prognosis in Ovarian Cancer. Clinical Cancer

Research, 2007. 13(3): p. 898-901.

83. Bae, S.J., et al., Gender-specific Association between Polymorphism

of Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF 936C &gt; T) Gene and Patients with

Stomach Cancer. Yonsei Med J, 2008. 49(5): p. 783-791.

84. Guba, M., et al., Vascular endothelial growth factor in colorectal

cancer. International Journal of Colorectal Disease, 2004. 19(6): p. 510-517.

85. Jin, Q., et al., Vascular Endothelial Growth Factor Polymorphisms in

Relation to Breast Cancer Development and Prognosis. Clinical Cancer Research,

2005. 11(10): p. 3647-3653.

86. LEE, J.E., et al., Effect of Estrogen, Tamoxifen and Epidermal

Growth Factor on the Transcriptional Regulation of Vascular Endothelial Growth

Factor in Breast Cancer Cells. Anticancer Research, 2004. 24(6): p. 3961-3964.

87. Koukourakis, M.I., et al., VEGF gene sequence variation defines

VEGF gene expression status and angiogenic activity in non-small cell lung

cancer. Lung Cancer, 2004. 46(3): p. 293-298.

88. Watson, C.J., et al., Identification of polymorphism within the

vascular endothelial growth factor (VEGF) gene: correlation with variation in VEGF

protein production. Cytokine, 2000. 12(8): p. 1232-1235.

89. Loupakis, F., et al., Retrospective exploratory analysis of VEGF

polymorphisms in the prediction of benefit from first-line FOLFIRI plus

bevacizumab in metastatic colorectal cancer. BMC Cancer, 2011. 11(1): p. 247.

90. Grothey, A. and E. Galanis, Targeting angiogenesis: progress with

anti-VEGF treatment with large molecules. Nat Rev Clin Oncol, 2009. 6(9).

Page 70: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

69

ANEXO 1: Termo de Consentimento Paciente

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - a ser obtida dos pacientes, para

participação no estudo intitulado “Identificação do polimorfismo C936T no gene

VEGF, em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal esporádico”.

Nome do paciente: ...................................................................................................

Idade:.............. anos RG: ......................................

HC:.............................................

Endereço: ..................................................................................................................

Nome do responsável legal (se paciente incapacitado): ........................................

RG:................................................ Grau de parentesco: ........................................

Endereço:..................................................................................................................

Aceito participar do estudo proposto, no qual fornecerei uma amostra de sangue

(volume: 12 ml) a ser colhida em veia de um dos braços. Estou ciente de que este

sangue será utilizado para a avaliação de uma predisposição familiar para o

desenvolvimento de câncer do intestino e reto. Sei que posso sentir dor de

pequena intensidade e pequena duração no local da punção da veia. Estou ciente

de que não terei outros prejuízos com a realização deste exame. Essa é uma área

que está em grande evolução, portanto, caso você permita, gostaríamos de

guardar seu material para novos estudos nessa área. Qualquer outro estudo que

utilize esse material, primeiro deverá ser aprovado no Comitê de Ética em

Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e na Comissão

Nacional de Ética em Pesquisa. Sei que posso sair do estudo a qualquer momento

e que isto não vai prejudicar o meu tratamento na UNICAMP. Sei ainda, que meus

dados pessoais foram mantidos em sigilo pelo pesquisador. Se tiver qualquer

dúvida sobre o estudo poderei procurar o Prof. Dr. Cláudio Saddy Rodrigues Coy

no Gastrocentro - UNICAMP. Tel: (19) 3521-1383 e 3521-8563. Se tiver

Page 71: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

70

reclamações sobre qualquer procedimento do estudo, poderei procurar a

secretaria do Comitê de Ética do Hospital das Clínicas UNICAMP. Tel: (19) 3521-

8936.

Eu li/ouvi o conteúdo deste termo e recebi esclarecimentos sobre as minhas

dúvidas oralmente.

Guardar Material: SIM ( ) NÃO ( )

Gostaria de ser avisado por carta ou telefone se for constatado a predisposição

genética ao câncer de intestino e reto: SIM ( ) NÃO ( )

....................................................................

Assinatura do paciente

..........................................................................

Assinatura do responsável legal

.............................................................................

Assinatura do pesquisador legal

Campinas,.......... / ............ / ..........

Page 72: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

71

ANEXO 2: Termo de Consentimento Controle

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - a ser obtida dos controles, para

participação no estudo intitulado “Identificação do polimorfismo C936T no gene

VEGF, em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal esporádico”.

Nome do controle: ...................................................................................................

Idade:...............anos RG: ......................................

HC:.............................................

Endereço: ..................................................................................................................

Nome do responsável legal (se paciente incapacitado):.........................................

RG:................................................ Grau de parentesco:.........................................

Endereço:...................................................................................................................

Aceito participar do estudo proposto, no qual fornecerei uma amostra de sangue

(volume: 10 ml) a ser colhida em veia de um dos braços. Estou ciente de que este

sangue será utilizado para a avaliação de uma predisposição familiar para o

desenvolvimento de câncer do intestino e reto. Sei que posso sentir dor de

pequena intensidade e pequena duração no local da punção da veia. Estou ciente

de que não terei outros prejuízos com a realização deste exame. Essa é uma área

que está em grande evolução, portanto, caso você permita, gostaríamos de

guardar seu material para novos estudos nessa área. Qualquer outro estudo que

utilize esse material, primeiro deverá ser aprovado no Comitê de Ética em

Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e na Comissão

Nacional de Ética em Pesquisa. Sei que posso sair do estudo a qualquer momento

e que isto não vai prejudicar o meu tratamento na UNICAMP. Sei ainda, que meus

dados pessoais foram mantidos em sigilo pelo pesquisador. Se tiver qualquer

dúvida sobre o estudo poderei procurar o Prof. Dr. Cláudio Saddy Rodrigues Coy

no Gastrocentro - UNICAMP. Tel: (19) 3521-1383 e 3521-8563. Se tiver

Page 73: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

72

reclamações sobre qualquer procedimento do estudo, poderei procurar a

secretaria do Comitê de Ética do Hospital das Clínicas UNICAMP. Tel: (19) 3521-

8936.

Eu li/ouvi o conteúdo deste termo e recebi esclarecimentos sobre as minhas

dúvidas oralmente.

Guardar Material: SIM ( ) NÃO ( )

Gostaria de ser avisado por carta ou telefone se for constatado a predisposição

genética ao câncer de intestino e reto: SIM ( ) NÃO ( )

....................................................................

Assinatura do paciente

..........................................................................

Assinatura do responsável legal

.............................................................................

Assinatura do pesquisador legal

Campinas,.......... / ............ / ..........

Page 74: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

72

ANEXO 3: TABELA CONTROLE

Nome Sexo Raça Idade VEGF C936T

GJL M C 25 CC

JCM M C 50 CT

ACS M C 50 CC

JCS M C 50 CC

VO M C 50 CC

ECL M C 50 CC

HJM M C 50 CC

JCS M C 50 CC

JML M C 50 CT

JRC M C 50 CC

FLGF M C 50 CT

JSFP M C 50 CC

CAP M C 50 CC

OM M C 50 CC

UT M C 50 CC

VO M C 50 CC

JCM M C 50 CC

ACS M C 50 CC

MFN M C 51 CT

FS M C 51 CT

CAF M C 51 CC

SPB M C 51 CC

GPS M C 51 CC

ARO M C 51 CC

JBBM M C 51 CT

JMF M C 51 CC

JRC M C 51 CC

Page 75: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

73

ABS M C 51 CC

AS M C 51 CC

ALG M C 51 CC

NC M C 51 CC

PBS M C 51 CT

ALF M C 51 CC

AS M C 51 CC

MFN M C 51 CC

FS M C 51 CC

SPB M C 51 CC

RM M C 51 CC

ACSR M C 52 CC

WMC M C 52 CC

ECC M C 52 CC

DB M C 52 CC

JC M C 52 CT

JGSS M C 52 CC

CJF M C 52 CT

JPML M C 52 CC

FD M C 52 CC

ACC M C 52 CC

WMC M C 52 CC

ACSR M C 52 CC

ECC M C 52 CC

DB M C 52 CC

AJ M C 52 CC

ART M C 53 CC

LSS M C 53 CC

JGS M C 53 CC

DAS M C 53 CC

Page 76: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

74

JCL M C 53 CT

JGS M C 53 TT

MJS M C 53 CC

MN M C 53 CC

JVF M C 53 CC

LSS M C 53 CC

VAB M C 53 CC

MRS M C 53 CC

MS M C 54 CC

ST M C 54 CC

AC M C 54 CC

MGB M C 54 CC

LAL M C 54 CC

MGB M C 54 CC

VA M C 54 CC

MS M C 54 CC

AC M C 54 CC

LAL M C 54 CC

ET M C 55 CC

JMHM M C 55 CC

JRS M C 55 CT

MC M C 55 CC

M M C 55 CC

PAS M C 55 CC

JGAS M C 55 CC

JPS M C 55 CC

ABCM M C 55 CC

MC M C 55 CC

VA M C 55 CC

NPS M C 55 CC

Page 77: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

75

PAS M C 55 CC

PJS M C 55 CT

VA M C 55 CT

JMHM M C 55 CC

JRS M C 55 CC

SN M C 55 CC

ANP M C 56 CC

APM M C 56 CC

ANP M C 56 CT

APM M C 56 CC

RBAN M C 56 CC

SFR M C 56 CC

ACB M C 56 CC

PNOS M C 56 CC

RBAN M C 56 CC

SR M C 56 CC

RBM M C 56 CC

LG M C 56 CT

JFS M C 57 CC

LGO M C 57 CC

JAS M C 57 CT

BB M C 57 CC

MVG M C 57 CT

JPA M C 57 CC

IF M C 57 CT

WMS M C 57 CC

OJ M C 58 CC

OJ M C 58 CC

AR M C 58 CC

JAF M C 59 CC

Page 78: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

76

JFN M C 59 CC

LGT M C 59 CC

CM M C 59 CC

JAS M C 59 CT

AP M C 59 CC

MHP M C 60 CT

JDS M C 60 CC

EPC F C 47 CC

ASA F C 46 CC

IA F C 46 CT

RAFM F C 47 CT

LLB F C 47 CC

AMDA F C 47 CC

SSD F C 47 CC

MWAR F C 47 CC

LMSS F C 47 CT

GLZG F C 47 CC

EFN F C 48 CT

AMG F C 48 CC

MVAS F C 48 CC

MPB F C 48 CT

ES F C 48 CT

ECB F C 49 CT

IAGMS F C 49 CC

NFAL F C 49 CC

NS F C 49 CC

LG2 F C 49 CT

MATM F C 49 CC

MRA F C 49 CC

ASA2 F C 49 CT

Page 79: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

77

RMFM F C 49 CT

MFLDP F C 49 CT

NGAB F C 50 CC

EPA F C 50 CC

MCP F C 50 CC

SPU F C 50 CC

MARSM F C 50 CC

CMC F C 50 CC

MAOM F C 50 CC

LFN F C 50 CC

IMV F C 50 CC

MHPS F C 51 CT

DISD F C 51 CC

LTG F C 51 CC

MABB F C 51 TT

CR F C 51 CC

MFRV F C 51 CC

LNS F C 51 CC

LENA F C 51 CC

EACL F C 51 CC

BRB F C 51 CC

CSF F C 52 CC

ALA F C 52 CC

AVG F C 52 CC

MAT F C 52 CC

IMLC F C 52 CC

MACG F C 52 CC

ONISM F C 52 CC

NRP F C 52 CT

CCT F C 52 CC

Page 80: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

78

ACDG F C 52 CC

AAO F C 52 CC

NMJG F C 53 CC

JMS F C 53 CT

CPL F C 53 CC

CSF F C 53 CC

MSCO F C 53 CC

MJC F C 53 CC

TABM F C 53 CC

COB F C 53 CC

MAP2 F C 53 CC

EMF F C 53 CC

LAS F C 53 CT

TJPR F C 54 CT

CM F C 54 CC

AABP F C 54 CC

DMB F C 54 CC

MSOR F C 54 CC

BMSJ F C 54 CT

RBB F C 54 CT

LSO F C 54 CC

GAS F C 54 CC

APC F C 54 CC

MLAC F C 54 CC

ISD F C 54 CC

EAB F C 55 CC

BA F C 55 CC

SBSF F C 55 CC

VAS F C 55 CC

MLS F C 56 CT

Page 81: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

79

IRP F C 56 CT

LAS F C 56 CT

VSPF F C 56 CC

HCL F C 56 CC

DLS F C 56 CC

SCM F C 56 CC

MCBF F C 56 CC

ZVS F C 56 CC

LL F C 56 CC

MLSL F C 56 CC

CBL F C 56 CC

MARC F C 57 CC

MLVS F C 57 CC

MPSL F C 57 CT

ASL F C 57 CC

AAZ F C 57 CC

OPS F C 57 CC

LTO F C 58 CT

MCT F C 58 CC

LOR F C 58 CT

EPI F C 58 CT

GMC F C 58 CT

MPM F C 59 CC

EF F C 60 CC

ASL F C 62 CC

JAS M NC 51 CC

BJZ M NC 52 CC

LO M NC 52 CC

JAN M NC 52 CT

JCAN M NC 53 CT

Page 82: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

80

LM M NC 53 CT

SMS M NC 54 CC

JRF M NC 55 CC

NS M NC 56 CT

ARS M NC 58 CC

EPT M NC 59 CT

ESR M NC 60 CC

SAB F NC 46 CC

WSS F NC 46 CC

MASR F NC 46 CT

CAV F NC 46 CC

AISM F NC 48 CC

TAF F NC 50 CC

MPSG F NC 50 CT

MJGJ F NC 51 CT

ALFR F NC 51 CC

TAF F NC 51 CC

EETR F NC 51 CC

RMC F NC 52 CC

AMSC F NC 54 CC

MDS F NC 54 CC

MABR F NC 55 CC

VSC F NC 58 CC

AFDO F NC 59 CC

Page 83: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

81

Anexo 4: TABELA PACIENTES

Num Idade Sexo cor vegf tp np mp estagio neoadj LOCAL

4 72 M C CT Cólon esquerdo

7 82 M NC CC II Cólon esquerdo

8 34 M NC CC

10 56 F C CC T2 N1 MX III Sim Reto

12 64 M C CT Cólon esquerdo

14 84 M C CC T1 N0 MX I Sim Reto

16 68 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

17 73 M C CC Cólon esquerdo

18 68 F C CC

19 72 F C CC T2 N0 MX I Cólon direito

20 50 M C CC

24 60 M C CC T3 N1 M1 IV Cólon direito

25 64 M C CC T3 N1 III Cólon direito

26 50 M NC CC T2 N1 MX III Reto

31 56 F NC CT III Cólon esquerdo

32 81 F NC CC T2 N0 MX I Reto

35 84 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

36 73 M C CC T3 III Cólon esquerdo

37 81 M C CC T3 N1 MX III Cólon direito

38 63 M C CC Sim reto

39 76 M C CC T3 N1 MX III Cólon direito

40 75 F NC CC T3 N1 MX III Cólon esquerdo

41 81 F C CC T3 IV Cólon direito

42 79 F NC CC T3 N0 MX II Sim Reto

43 78 M C CC T3 N0 M1 IV Reto

44 56 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

45 73 F C CC T3 III Cólon esquerdo

46 53 F C CC

47 59 F C CC T3 II Cólon direito

48 89 M NC CC T2 N0 I Cólon esquerdo

49 92 F C CC T3 N1 MX III Cólon direito

51 83 M C CC T1 N0 MX I Reto

52 60 F C CT III Cólon esquerdo

Page 84: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

82

53 79 M NC CC T3 N1 M1 IV Cólon direito

54 49 M C CC T3 M1 IV Cólon esquerdo

55 82 M C CC T2 N0 MX I Sim Reto

56 69 F NC CC T3 N1 III Cólon direito

57 61 M C CT III

58 45 F NC CT T1 N0 MX I Sim Reto

59 83 F C CC T3 N0 MX II Sim Reto

60 70 F C CC T3 N2 MX III Cólon esquerdo

61 78 M C CT III Cólon direito

63 54 M C CC III Cólon esquerdo

64 70 F NC CT T2 N0 MX I Sim Reto

65 64 F NC CC T3 N1 M1 IV Cólon esquerdo

68 61 M NC CC T3 N2 MX III Sim Reto

70 61 F C CC T3 N2 MX III Reto

72 75 M C CC T2 N0 I Cólon esquerdo

76 60 M C CC T3 N1 MX III Sim Reto

77 70 M C CC T2 N0 MX I Reto

79 82 M C CC T3 N0 MX II Reto

80 77 M C CT III Cólon esquerdo

82 67 M NC CC T3 N1 III Cólon esquerdo

83 47 M C CC N1 III Cólon esquerdo

85 64 F C CC T2 N1 MX III Reto

89 83 M C CC Cólon esquerdo

90 68 M C CC T2 N0 MX I Sim Reto

91 83 F NC CC T3 N0 II Cólon esquerdo

92 85 M C CT III Cólon esquerdo

93 68 M C CT T2 N0 MX I Sim Reto

94 48 M NC TT T0 N0 MX Sim Reto

96 76 M C CC T3 N1 III Cólon esquerdo

97 58 F NC CC T0 N0 MX Sim Reto

98 81 F C CC IV Cólon esquerdo

99 79 M C CT T4 N0 MX II Cólon esquerdo

100 76 M NC CC T2 N1 M0 III Cólon esquerdo

101 50 F NC CC T3 N0 MX II Sim Reto

102 52 M C CC T1 N1 M0 III

103 53 F C CC T3 N0 MX II Sim Reto

Page 85: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

83

104 72 M NC CT T4 N1 M0 III Reto

105 51 F C CC T2 N1 M0 III Cólon direito

106 68 F C CC T0 N0 MX Cólon esquerdo

107 74 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

108 64 F C CC T1 N0 MX I Cólon direito

109 73 F C CC T2 N0 MX I

110 70 F C CC T3 N1 MX III Cólon esquerdo

111 84 F C CC T2 N0 MX I Cólon esquerdo

112 47 F C CT T3 N2 MX III Sim Reto

113 57 M C CT T0 NX MX Reto

114 57 M NC CC T0 N2 MX III Sim Reto

115 54 F C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

116 75 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

117 97 F C CC

118 64 M C CT T1 N0 MX I Reto

119 52 M C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

120 82 M C CT T3 N0 MX II Cólon esquerdo

121 42 M C CT T2 N0 MX I Sim Reto

122 50 F C CT T2 N0 M0 I Sim Reto

123 79 M NC CC T0 N0 M0 Sim Reto

125 47 F NC CC TIS N0 MX Reto

126 63 F NC CC T3 N0 MX II Reto

127 65 F C CC T3 N0 MX II Reto

128 71 F C CT T3 N0 MX II Cólon esquerdo

129 66 F C CT T3 N0 MX II Reto

130 46 M C CC T3 N2 MX III Cólon esquerdo

131 50 F C CC T1 N0 MX I Sim Reto

132 59 M C CC T2 N0 MX I Cólon esquerdo

133 67 F C CC T3 N0 MX II Cólon direito

134 65 F C CC T2 N2 MX III Cólon esquerdo

135 59 F C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

136 58 M C CT T2 N0 MX I Cólon direito

137 83 M C CC T3 N0 II Sim Reto

138 58 M C CC Cólon esquerdo

139 53 F NC CC T3 N0 MX II Reto

140 62 F C CC T3 N1 MX III Sim Reto

Page 86: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

84

141 59 F C CC T4 N0 MX II Cólon

142 40 M C CC T3 N0 MX II Cólon direito

143 69 M NC CT

144 46 M C CC T2 N0 MX I Sim Reto

145 50 F C CC T2 N0 I Cólon direito

146 73 M C CC Sim Reto

147 78 M C CT T0 N0 MX Sim Reto

148 65 F NC CC T3 NX MX II Reto

149 54 M C CC T0 N0 MX Sim Reto

150 67 M NC CC Cólon

151 62 F C CT T3 N1 M0 III Cólon esquerdo

152 57 F C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

153 57 F C CC T1 N1 MX III Reto

154 70 M C CC Sim Reto

155 43 F C CC T2 N0 MX I Sim Reto

156 91 M C CC T3 N1 MX III Cólon direito

157 44 F C CC T1 N0 MX I Cólon esquerdo

158 58 F C CC T1 N1 MX III Reto

159 73 M C CC T3 N2 MX III Cólon esquerdo

160 80 M C CC Cólon esquerdo

161 66 M C CC

162 65 M C CC IV Sim Reto

163 77 F C CC II Cólon direito

164 52 F C CC T3 NX MX III Sim Reto

165 72 F C CC T3 N1 M0 III Cólon esquerdo

166 81 M C CT Cólon direito

167 55 M C CC T3 N0 MX II

168 81 M C CC Sim Reto

169 61 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

170 56 F C CC

171 86 F C CC T3 N1 MX III

172 74 M C CC T3 N0 MX II Sim Reto

173 63 F C CC T2 N0 I Sim Reto

174 76 M C CT Cólon esquerdo

175 54 F C CC T3 N0 II Cólon direito

176 49 F NC CC T3 N0 MX II Cólon

Page 87: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

85

177 86 M C CT T3 N0 MX II Reto

178 58 F C CC T3 N0 MX II Sim Reto

179 73 M C CT

180 67 M C CC T3 N0 II Cólon esquerdo

181 76 M NC CT T3 N1 MX III Cólon esquerdo

182 76 F C CC T3 N2 M0 III Cólon direito

183 65 F C CT T2 N1 M0 III Reto

184 67 M C CT T2 N0 MX I Sim Reto

185 65 M C CC T3 N0 MX II Reto

186 56 M C CC T1 N1 M0 III Sim Reto

187 71 M C CC T3 Cólon esquerdo

188 73 F C CC T3 N2 MX III Cólon direito

189 60 F C CT T1 N0 MX I Cólon esquerdo

191 77 F C CT T3 N0 MX II Cólon esquerdo

192 45 F C CC T3 N0 MX II Sim Reto

193 43 F C CC T3 N2 III Cólon direito

194 68 M C CC T3 N1 MX III Cólon direito

195 66 M C CC T3 N0 II Cólon esquerdo

196 51 F NC CC T4 N0 MX II Cólon esquerdo

197 79 M C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

198 60 F C CC T3 N1 MX III Cólon direito

199 82 M NC CC T2 NX MX I Sim Reto

200 55 F NC CC T3 N1 M0 III Sim Reto

201 69 M C CC T3 N0 MX II Reto

202 59 F C CC T3 NX MX II Reto

203 80 F C CC T3 N0 M0 II Cólon esquerdo

204 75 M C CC T3 N0 MX II Reto

205 64 F C CC T3 N1 M1 IV Cólon direito

206 49 F C CC T3 N0 MX II Cólon esquerdo

207 85 F C CC T3 N0 MX II Sim Reto

208 78 F C CC T3 N1 MX III Sim Reto

209 54 F NC CC T3 N2 MX III Cólon direito

210 64 M C CC T2 N1 MX III Reto

211 71 F NC CC T1 N0 MX I Sim Reto

212 79 F C CC T3 N0 MX II Reto

213 63 M C CC T2 N1 MX III Cólon esquerdo

Page 88: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

86

214 58 M C CC T3 N2 M0 III Cólon

215 61 F C CC T4 N0 MX II Cólon esquerdo

216 52 F C CC T4 N0 MX II Sim Reto

217 44 F C CC T3 N1 MX III Sim Reto

218 69 M C CC T3 N0 MX II Cólon direito

219 50 F C CC T3 N0 MX II Cólon direito

220 51 M C CT T3 N1 MX III Cólon esquerdo

221 56 M C CC T1 N0 I Reto

222 80 M C CT Cólon direito

223 67 M C CT T2 N0 MX I Sim Reto

224 43 F C CC T2 No MX I Sim Reto

225 75 F C CT T3 N0 II Cólon esquerdo

226 56 M C CC

227 45 F C CC

230 71 M C CC T4 N1 MX III Reto

231 49 M C CC T2 N0 I Cólon esquerdo

233 76 F C CC T2 N0 MX I Reto

234 81 M C CC Sim Reto

235 60 F C CC Reto

236 60 F C CC Sim Reto

237 61 F C CC T0 N0 MX Sim Reto

238 39 M C CC T4 NX MX II Cólon direito

239 71 F C CC T3 N2 MX III Reto

240 32 F C CC T4 NX MX II Sim Reto

241 68 F C CC Sim Reto

242 71 F NC CC T3 N1 III Cólon direito

243 70 F C CC T2 N1 III Sim Reto

244 49 F NC CT III Cólon esquerdo

245 57 M C CT III Reto

247 61 M C CC T1 N1 III Sim Reto

249 77 F C CC T4 N1 MX III Cólon direito

251 83 F C CC T3 N1 III Cólon esquerdo

253 54 M C CC T1 N1 III Cólon direito

254 49 F NC CC T0 N0 Sim Reto

255 74 F NC CC T3 N1 III Cólon esquerdo

256 51 M C CC T3 N0 M0 II Cólon esquerdo

Page 89: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

87

257 77 M C CC T3 N0 MX II Reto

258 56 M C CC T3 N0 II Reto

259 58 M C CT

261 64 M C CC T3 N0 II Sim Reto

262 63 M C CT T1 N0 MX I Reto

263 69 F C CC II Cólon direito

266 69 M C CT T2 NX MX I Sim Reto

267 66 F C CC T2 N0 I Cólon esquerdo

268 71 M C CC T3 N2 M1 IV Cólon direito

269 71 F C CC T3 N0 II Cólon esquerdo

270 70 M C CT T3 N1 III Cólon esquerdo

271 84 M C CC T2 N0 I Sim Reto

272 48 M C CC T0 N2 III Sim Reto

273 58 M C CC T2 N0 II Cólon direito

274 76 M C CC T3 N1 MX III Cólon esquerdo

275 60 F C CC T2 N0 II Sim Reto

276 86 F C CT T4 N1 MX III

277 63 F C CC Cólon esquerdo

278 69 F C CC T2 N0 MX I Sim Reto

279 32 F NC CC T3 N2 MX III Sim Reto

280 69 M C CC T2 N0 II Cólon esquerdo

281 39 M C CT T2 N1 III Cólon direito

282 78 F C CC T0 N0 Sim Reto

283 37 M C CC T2 N0 II Cólon esquerdo

284 55 F C CT T1 N0 MX I Sim Reto

285 77 M C CC II

286 55 F C CT T3 N1 M0 III Sim Reto

288 66 M C CC T3 N0 MX II Reto

289 69 F C CC Reto

290 70 M C CT T2 N0 MX I Sim Reto

291 68 M C CC T3 N0 II Reto

292 56 M C CC T0 N0 Sim Reto

295 77 M NC TT T2 N0 M0 I Sim Reto

296 62 M C CC T4 N2 MX III Cólon esquerdo

298 58 M C CC T3 N2 M0 III Cólon esquerdo

299 61 M C CC T1 N0 MX I Sim Reto

Page 90: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

88

301 71 F C CC T3 N2 MX III Cólon esquerdo

303 69 F C CC T2 N0 MX I Sim Reto

305 83 F C CC T2 N0 MX I Reto

306 59 M C CT Sim Reto

307 67 F C CT T3 N2 MX III Cólon esquerdo

308 63 M C CT Sim Reto

309 72 M C CC T3 N2 M1 IV Sim Reto

310 55 F C CC T3 N0 MX II Reto

311 66 F C CT T2 N0 M0 I Sim Reto

312 58 M C CC T2 N0 MX I Sim Reto

313 67 F C CC T3 N2 MX III Reto

315 68 M C CC Sim Reto

Page 91: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

89

Anexo 5: Parecer do CEP

Page 92: VEGF no risco de adenocarcinoma colorretal esporádico e ......C936T foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Resultados : O G1 constou de

90