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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Antonio Tem6teo da Silva
AVALlA~AO DE PARAMETROS MORFO FUNCIONAIS EM
PRATICANTES DE CAPOEIRA PRE-PUBERES
Curitiba
2005
13
Antonio Temoteo da Silva
AVALlA<;:AO DE PARAMETROS MORFO FUNCIONAIS EM
PRATICANTES DE CAPOEIRA PRE-PUBERES
Trabalho de Conclusao do Curso deEduca<;iio Fisica, Aproiundamento emTreinamento Desportivo, da Faculdade deCienc;as Biol6gicas e da Saude, daUniversidade Tuiuti do Parana.
Orientador: Professor Ms. Gerson LuizCleto Dal-Col
Curitiba
2005
TERMO DE APROVACAo
Antonio Tem6teo da Silva
AVALlAf;AO DE PARAMETROS MORFO FUNCIONAIS EM
PRATICANTES DE CAPOEIRA PRE-PUBERES
Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para a
obtenc;ao do titulo de Licenciado em Educac;ao Fisica da Universidade Tuiuti
do Parana, Aprofundamento em Treinamento Oesportivo.
Curitiba, 06 de Julho de 2005.
Orientador: Prof. Ms. Gerson Luiz Cleto Oal-Col
Prof. Ooutor ~rno Krug - Cadeira de TOCC
DEDICATORIA
Dedico este trabalho a todas as pessoas que acreditaram e apoiaram minhapessoa, em especial..
A meu mestre Antonio Carlos de Menezes (Mestre Burgues). Por me mostrar 0
caminho da Capoeira enquanto discipulo e filosofia de vida ..
A Marina Wendling e Familia, pelo credito, apoio e incentivo dado a minha busca evontade de veneer.
Aos professores e diretores das escolas que acreditaram na ideia de oportunizaraos alunos a pratica da Capoeira.
Obrigado.
AGRADECIMENTOS
Agrade~o a DEUS, per iluminar a meu caminho e par ter me dado for~a. paciemciae animo, para concretizar mais este trabalho e Qutros que ainda esta par vir..
Em especial a minha mae que sempre batalhou para que eu tivesse urn futuro ..
Agrade~o ao professor Ooutar Arne krug. pelo acompanhamento e revisao doestudo e ao orientador Gerson Oal-Col, pelos questionamentos que propiciaram
urn maior aprofundamento na realizayao deste trabalho ..
"Aquele que duvida e nao investiga torna-se naD 56 infeliz mas tambem injusto!"(pascal)
SUMARIO
LlSTA DE QUADROS.
RESUMO ...
1. INTRODUc;:AO.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA.
1.2 PROBLEMA.
1.3 OBJETIVOS .
05
06
070708
08
08
08
09
09
11
13
16
16
1.3.1 Objetivo Geral.
1.3.2 Objetivos Especificos
2. REVISAO DE LlTERATURA .
2.1 A CAPOEIRA
2.1.1 A Capoeira no Mundo.
2.1.2 A Capoeira no Brasil
2.2 FLEXIBILIDADE .
2.2.1 Visao Historica .
2.2.2 Conceito de Flexibilidade e Alongamento . . 17
2.2.3 Os Beneficios dos Programas de Alongamento e Flexibilidade . 18
2.2.4 Problemas ocasionados pela falta de Flexibilidade . 19
2.2.4.1 Estresse e tenseo. 19
2.2.4.2 Postura e Simetria Corporais .
2.2.4.3 Ceibras Museu/ares.
2.3 FORC;:A.
20
20
21
222.3.1 For~aDinamica .
2.3.2 For~aExplosiva . 22
2.4 RESISTENCIA. 22
3. METODOLOGIA. 24
3.1 TIPO DE PESQUISA. 24
3.2 POPULAc;:AOE AMOSTRA . 24
3.2.1 Popula~ao 24
3.2.2 Amostra "......... 24
3.3 INSTRUMENTO . 25
3.4 COLETA DE DADOS ..
3.5 AVALlA<;:Ao.
4. APRESENTAI,;AO E DISCUssAo DOS RESULTADOS .
5. CONCLUSOES E RECOMENDAI,;OES .
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .
APENDICES .
APENDICE 1 -INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..
25
26
27
34
35
37
38
LlSTA DE FIGURAS
Quadro 1 - Resultados do teste de Flexibilidade entre pre e pas. 27
Gr3tico 1- Mediasdo teste de Flexibilidade entre pre e pas. 28
Gnifico 2 - Mediasdo teste de For9aentre pre e pas. 28
Quadro2 - Resultados do teste de For9aentre pre e pas. 29
Quadro 3 - Resultados do teste de Resistencia (Cooper) entre pre e pas. 30
Gr3tico 3 - Mediasdo teste de Resistencia (Cooper)entre pre e pas. 30
Quadro4- Freqiiencia cardiaca antes do teste de resistencia. 31
Gnifico 4 - Mediada freqiiencia cardiaca antes do teste de resistencia . 31
Quadro5 - Freqiiencia cardiaca logo apas do teste de resistencia . 32
Gnifico 5 - Mediada freqiiencia cardiaca logo apas do teste de
resistencia . 32
Quadro6 - Freqiiencia cardiaca 3 minutos apas 0 teste de resistencia . 33
Gr3tico 6 - Mediada freqiiencia cardiaca 3 minutos apas 0 teste de
resistencia . 33
RESUMO
AVALlAC;:AODE PARAMETROS MORFO FUNCIONAIS EM PRATICANTES DE
CAPOEIRA PRE-PUBERES
Autor: Antonio Temoteo da SilvaOrientador: Professor Ms. Gerson Luiz Cleto Dal-Col
Curso de Educac;aoFisicaUniversidade Tuiuti do Parana
Na busca de analisar os parametres morfo funcionais em praticantes deCapoeira pre-puberes, de forma a registrar dados referentes a ftexibiliclade, forc;aeresistencia antes e depois de um periodo de treinamento na Capoeira, analisou-seos resultados e a consequencia desta prauca atraves de um estudo de caracteristicadescritiva comparativa, e uma amostra de 15 alunos de capoeira de ambos os sexospodendo ainda chegar as seguintes conclusoes. Os testes de aptidao fisica para aCapoeira, discutidos e avaliados neste estudo, sao meios eficientes de avaliac;aodoaspecto da aptidao fisica de capoeiristas p"o-puberes. Pelos resultados do presentetrabalho pode-se afirmar que nas qualidades fisicas: ftexibilidade, forc;ae resistencia,houve uma melhora de desempenho. Quanto ao que diz respeito a capacidadecardio-respiratoria na verdade houve um aumento do desempenho significativo nopas teste. Em resposta as quest6es deste estudo, pode-se afirmar que a pratica daCapoeira pode trazer melhorias organicas e fisiologicas aos praticantes e comrelac;ao ao melhoramento dos aspectos cardio-respiratorio e neure-muscular podeser analisada afirmativamente, ressaltando-se 0 exfguo tempo para a realiza920deste estudo.
Palavras-chave: Parametres morfo funcionais, praticantes de Capoeira, pre-puberes.
Enderec;o:Rua Alferes Poli, 2972 - Bairre Parolin - CEP: 82.220-051E-mail: [email protected]
1. INTRODU<;Ao
AVALlA<;Ao DE PARAMETROS MORFO FUNCIONAIS EM
PRATICANTES DE CAPOEIRA PRE-PUBERES
1.1 JUSTIFICATIVA DOTEMA
A Capoeira. homologada desde 26 de dezembro de 1972 pelo ministerio da
Educa<;ao e Cultura como desporto e por excelencia uma atividade lisica bem
ajustada a nossa cultura.Embora originaria dos negros. a Capoeira foi assimilada e desenvolvida pelos
mesti<;os e mulatos. encontrando entre eles. campo fertil e novas qualidades a
explorar. que foram sendo deixadas de lade ja que muitas investiga<;6esrecairam no
estudo de suas origens.A Capoeira. atividade tao pouco divulgada em sua essencia, mas muito
praticada, motivou a busca de maiores esclarecimentos que pudessem comprovar
quais eventos esta pratica traz ao executante.
o jogo da Capoeira onde sao evidenciadas qualidades lisicas tais como for<;a,
resistencia, flexibilidade, etc., tende a desenvolver de forma integrada os tres
dominios de aprendizagem do ser humane: Psicomotor, afetivo e cognitiv~. Ela
desenvolve as qualidades lisicas de base, atuando com eficacia na melhoria da
condi<;ao geral, desenvolvendo sobremaneira as capacidades aer6bica e
anaer6bica.Independente da idade, a atividade lisica intensa regular produz melhoras
fisiol6gicas mensuraveis. A magnitude dessas melhoras depende de muitos fatores,
incluindo estado inicial de aptidao, idade, tipo e volume de treinamento. Sendo assim
nao e dificil de notar Quea Capoeira, hoje presente em varios estados brasileiros e
no exterior, destaca-se no campo da educa<;aocom treinamento e pesquisas que
engrandecem cada vez mais esta arte que inteiramente desenvolvida no Brasil e
uma genuina arte marcial brasileira e par esta pratica desportiva, a presente estudo
justifica-se em procurar subsidios reais que mostrem como se da a trabalho de
Avaliayao de Parametros Morfo Funcionais em Praticantes de Capoeira Pre-
Puberes.
1.2 PROBLEMA
Quais seriam as efeitos provenientes da pratica da Capoeira sabre a forya
muscular, a fiexibilidade e a resistencia aerobica em um grupo pre-pubere de ambos
os sexos?
1.3 OBJETJVOS
1.3.1 Objetivo GeraJ
Avaliar as parametros morfo funcionais em praticantes de capoeira pre-
puberes, de ambos os sexos.
1.3.2 Objetivos Especificos
• Analisar os efeitos da pratica da Capoeira sobre a forya, fiexibilidade e
resistencia aerobica em um grupo de alunos pre-puberes de ambos os
sex~s, bem como analisar a frequencia cardiaca.
• Comparar os resultados de dois momentos de testes, com treinamento no
intervalo entre estes.
• Levantar a importancia e a contribuiyao funcional da Capoeira como
elemento relevante na melhoria da condi~ao fisica de pre-puberes.
2. REVIS)i.O DE LlTERATURA
2.1 A CAPOEIRA
Segundo Couto (1999), 0 termo Capoeira vem de origem Tupi, "Kapu'era",
que significa um mato que nasceu nas derrubadas de uma mata virgem. Alem disso,
Capoeira significa cesto de varas, onde se guardam aves, cap6es, galinhas, etc. nao
se tem documenta<;aoprecisa para afirmar, com seguran<;a,terem sido os negros de
Angola os inventores do jogo da Capoeira, porem sabe-se que tem origem na
escravidao; quando 0 negro fugia dizia-se: "foi para a capoeira, caiu na capoeira".
Como um ate de simula<;ao, os capoeiristas, brincando no mato nao causavam
suspeitas aos seus donos.
Esse jogo era uma forma de identidade grupal, um recurso de afirma<;ao
pessoal nos conflitos internos da popula<;ao escrava. Atraves da Capoeira, os
escravos libertos criaram uma forma pr6pria de comunicac;ao e de ocupac;ao do
espa<;ourbano.
Os capoeiristas sofreram serias persegui<;6es, repressao da policia e
discrimina<;aopor parte da sociedade. A historia tambem nos relata sobre a atua<;ao
dos negros em defesa do quilombo dos palmares, republica organizada em fun<;ao
da grande fuga de escravos na epoca das invas6es holandesas. Embora com armas
primitivas, quase todas improvisadas, os negros derrotavam varias expedi<;6es
chefiadas pelos celebres capitaes do mato, come<;ando ai a tradi<;ao marcial da
Capoeira. Espalhou-se entao, a fama do jogo que dava superioridade ao negro na
luta corpo a corpo, mostrando-se um jogo estranho de bra<;os,pernas e tronco, de
agilidade e violencia.
Com a extin<;aodos palmares, segundo Santos (1996), a capoeiragem, como
era mais conhecida, se sobressai como recurso de ataques e defesas. 0 final do
seculo XIX e inicio do seculo XX assinalam 0 apogeu da Capoeira no Brasil. As
for<;aspoliticas da epoca contribuem para sua prolifera<;ao, bern como, para seu
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desvirtuamento, principal mente ap6s a Proclama<;ao da Republica, quando surgem
os interesses eleitorais. Nesta ocasiao, as principais capoeiristas tornavarn-se cabos
eleitorais, capangas au secretarios de grandes figur6es.
Apos um longo periodo de persegui<;ao, em 1907 surge "0 guia da Capoeira
au Ginastica Brasileira", cujo autor parece anonimato, utilizando-se da iniciais D.D.C.
como forma de identifica<;iio. 0 trabalho trata de orientar sobre determinadas
tecnicas que pass am a ser seguidas par mo<;os de "boa familia" como exercicios de
defesa pessoal.
Ressalta Couto (1999), que os capoeiristas se expand em em gestos e
movimentos, traduzindo uma mistura de dan<;a e luta com golpes, rasteiras, numa
surpreendente beleza de movimentos. A malicia se manifesta no jogo, na musica e
no canto. A malicia e uma no<;ao de astucia, manha, uma li<;ao aprendida na
escravidao, mas que ainda e valida nos grupos modernos, significa em nao confiar
demais ou saber desconfiar na hora certa, isso deve ser aplicado dentro da roda do
jogo da Capoeira. No jogo, e possivel se perder e se encontrar, e livre, e a
participa<;ao e voluntaria; porem existem regras; a jogo funciona como um signa na
historia, envolvido nas mudan<;as de origem social.
Para Falcao (1998), a Capoeira constitui-se numa atividade em que 0 jogo, a
luta e a dan<;a se interpenetram. Ela e, ao mesmo tempo, luta, dan<;a e jogo, embora
seu praticante seja definido como um jogador e nao como um lutador ou dan<;arino.
Entre os capoeiristas, fala-se de jogar Capoeira e, muito raramente, ouve-se falar em
lutar ou dan<;ar Capoeira. Essa e uma constata<;ao que diferencia a Capoeira das
outras modalidades de luta, II medida que a componente jogo redimensiona 0
conceito dessa cultura de movimento.
Segundo a 6tica Huizinga (2001), 0 jogo e uma atividade em que predomina a
alegria, nao precisa ser justificada e nem precisa de um objetivo para Ocorrer. 0 jog a
promove a forma<;ao de grupos sociais com tendencia a rodearem-se de segredo e a
sublinharem sua diferen<;a em rela<;ao ao resto do mundo por meio de disfarces ou
Qutros meios semelhantes.
o jogo, na Capoeira, representa uma constante negocia<;ao (sobretudo
corporal) em que cada Capoeira procura ampliar cada vez mais 0 seu volume. A
Capoeira enquanto luta, remonta suas origens; convem observar que 0 jogo e a
dan<;a contribuem para a dissimula<;ao do componente luta na pnitica da Capoeira, II
medida que nao se efetiva um confronto direto, mas uma constante simula<;ao de
II
ataques e defesas, medidas pel a ginga, numa ambiguidade on de 0 jogo, a danc;a e a
luta se interpenetram.
A pratica desportiva por si s6 ja traz como reflexo natural 0 melhor aspecto,
desempenho e saude fisica do adepto. Na Capoeira isso tambem e verdade, sendo
que junto com 0 lado estetico, natural mente tambem trabalham os principios basicos
da boa saude do corpo. Existem na Capoeira inumeras formas de se verificar, bem
como observar, a sua influencia no desempenho fisico corporal dos adeptos. Essas
possibilidades vao desde a liberac;ao da expressao corporal, ate os efeitos de uma
terapia anti estresse, que sua pratica proporciona. A Capoeira desenvolve um
excelente senso de equilibrio, de dominio espacial e de coordenac;ao motora,
chegando a atingir movimentos bem complexos, on de mesmo sem notar 0 praticante
vai desempenhando toda uma sequencia de aprendizado corporal e motor (COSTA,
1993).
2.1.1 A Capoeira no Mundo
A capoeira cruza oceanos: pouco mais de tres decadas ap6s sua retirada do
C6digo Penal Brasileiro, essa arte tao tipicamente nacional atrai a atenc;ao de
estrangeiros dos quatro cantos do planeta. Nao s6 no carater marcial, mas. ainda
que as diferenc;as de lingua e cultura entre 0 Brasil e alguns paises sejam abissais,
tambem pelos aspectos culturais. artisticos e hist6ricos da capoeira (CAPOEIRA,
1988).
o atual senador da Republica. Antonio Carlos Magalhaes, tem ajudado a
expandir a capoeira. Em seu primeiro mandato como governador da Bahia, criou 0
Centro Folcl6rico da Bahia, em 1969. Ele pr6prio criou a Secretaria de Turismo do
Estado, a Bahiatursa, no mesmo periodo. A partir de entao, segundo 0 antrop610go
Rego, de Salvador, a capoeira saiu do Brasil. Esse estudioso conta que a Bahiatursa
mandava os capoeiristas para 0 exterior para que fizessem apresentac;6es. 0
objetivo era despertar 0 interesse dos estrangeiros pela Bahia, a fim de aumentar
seu potencial turistico. Curiosa mente (e sabe-se la com que intenc;ao), ACM, como e
chamado 0 senador, exigia, ainda segundo Rego, que os capoeiristas, para sair do
pais, aprendessem balet. Assim, diversos capoeiristas sairam do Brasil levando na
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bagagem. alem de berimbau e pandeiro, sapatilhas e roupas de danc;a(CAPOElRA.
1988).
A capoeira chegou aos Estados Unidos. 1974, por meio de um capoeirista de
nome Jelon Vieira. ex-aluno de outro capoeirista chamado Ezequiel. Este. formado
pelo mestre Bimba, criador da capoeira regional e responsavel pela formaC;aode
alguns dos capoeiristas que levaram essa luta para fora do pais. Jelon Vieira chegou
aos EUA com um pequeno grupo de capoeiristas para fazer shows e se estabeleceu
em Nova Yorque, onde esle ate hoje (CAPOEIRA. 1999).
Ubuirajara "Acordeon" foi tambem formado pelo finado mestre Bimba. Depois
de ensinar e difundir a capoeira aqui no Brasil por 15 anos. em 1984 foi para os
Estados Unidos e ja ensina capoeira na Calif6rnia ha varios anos. Bira, como echamado. chegou Ie alguns anos depois e foi se eslabelecer na California
(CAPOEIRA. 1999).
Bira explicou que a capoeira na~ tem apoio de especie alguma nos EUA e
tambem nao e conhecida. Apesar disso. ele consegue adeptos que 0 pagam para
aprender a arte (CAPOEIRA. 1999).
Criada pelos escravos. proibida durante muito tempo no proprio Brasil a
capoeira este tendo uma revanche espetacular no mundo. Comec;ou na Franc;a.
onde S8 transformou no esporte da moda, que com8!y8 a virar urna verdadeira febre(CARVALHO, 2000).
Segundo Carvalho (2000). e na perspectiva cultura e nao como modalidade
esportiva que a capoeira ganhou 0 mundo definitivamente nos anos 90. Passou a
fase de afirma~ao de sua riqueza no Brasil para S8 transformar num fen6meno
cultural de massa em escala mundial.Segundo informac;6es de Capoeira (1999). um grupo chamado Capoeira na
Neves tem feito sucesso na cidade de Oslo. capital da Noruega. Trata-se de um
grupo que surgiu sem que nenhum mestre de capoeira houvesse ensinado, e que
comeCfou a reunir duas vezes par semana, varias pessoas que conheciam a
capoeira do Brasil e de Portugal para jogar. "Foi a velha historia de ensina quem
sabe mais". Isto aconteceu em 93. na Universidade de Oslo, quando 0 grupo foi
fundado.
Segundo Carvalho (2000). atualmente na~ he grupo consolidado no Brasil
que nao tenha os seus representantes sediados no exterior.
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Ha dois exemplos de que a capoeira esta cada vez mais ganhando 0 seu
espa<;o. Um deles e meslre Joao Grande, que esla nos Estados Unidos e que
deixou dois dos mestres brasileiros, mestre Gildo e mestre Boa Gente, encantados
com 0 bom trabalho que vem desenvolvendo com alunos de toda a parte do mundo:
Jamaica; Africa do Sui, Etiopia, Ira, Japao, americanos de varias partes do pais,
brasileiros de diversos estados, todos cantando e gingando na maior harmonia
(CARVALHO,2000).
Segundo Carvalho (2000), e necessario, entao, procurar entender essa
expansao internacional no contexte da diniimica da cultura mundializada. Apesar de
suas fortes raizes brasileiras, a capoeira passa a ser vista, cada vez mais, como
expressao de um desejo universal de Iiberdade.
2.1.2 A Capoeira no Brasil
Apos mais de quatrocentos anos de persegui<;ao 0 jogo da capoeira,
conhecido e praticado em todo 0 Brasil, chegou aos nossos dias, com conteudos
artistico, filosofico, cultural e social, tornando-se uma das mais importantes
manifesta<;6esde nosso povo (CAPOEIRA, 1999).
Configura-se como luta, dan<;a,atividade fisica e brincadeira. A capoeira e
tudo isto e muito mais. Criada pelos escravos, na epoca da colonial, mantida viva
apesar da discrimina<;aoque sofreu durante seculos, a capoeira hoje e praticada no
Brasil inteiro, por todas as faixas etarias e classes sociais (CARVALHO, 2003).
Existe diversidade de opini6es a respeito do aparecimento da luta, a maioriadas quais, fundamentada na origem do nome capoeira. No entanto, essa
denomina<;ao surgiu pela primeira vez, nos escritos historicos da Guerra dos
Palmares. Naquela epoca (seculo XVII), aproveitando-se da confusao gerada pela
Invasao Holandesa, milhares de escravos escaparam das fazendas criando
"republicas" (COSTA, 1993).
Segundo 0 referido autor, cessadas as invas6es estrangeiras, as portugueses
enviaram expedic;6es para exterminar as pequenas nalioes e aprisionar as negros.De acordo com alguns autores, "capoeiras" eram as guerreiros dos "capoes" OU
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seja, os homens que se escondiam nas malas e saiam para enlrenlar os capiUies-
de-malo (COSTA, 1993).Par essa razao ou qualquer oulra anlerior ao falo, ap6s a Guerra dos
Quilombos e Palmares 0 capoeira ja era um Iipo caraclerislico do Brasil colonial.
Como os samurais japoneses, vesliam-se de maneira particular, chap"u de lado e
argola de ouro na orelha e se ofereciam mercenariamenle para empreiladas de
assassinalos e emboscadas (CARVALHO, 2003).
Com 0 passar dos anos a lula africana enconlrou no mesti90 das ra9as
colonizadoras 0 seu executanle ideal. Magro e musculoso, mais baixo que 0 negro e
mais deslro que 0 portugues, 0 mulato, a seu modo, transformou a capoeira numa
notavellula acrobatica (COSTA, 1993).
A segunda melade do seculo XIX encontra a capoeiragem no seu apogeu. No
Rio de Janeiro, Recife e Salvador, havia maltas de capoeirislas. Identificados como
criminosos profissionais eram temidos pela propria palicia. Com 0 ad vento da
Republica, 0 Marechal Oeodoro da Fonseca, pressionado pela crescente onda de
criminalidade, iniciou 0 combale a capoeira. Os pralicanles da ginastica nacional
eram sumariamente recolhidos a ilha da Trindade para trabalhos for9ados. 0 C6digo
Penal de 1890 previa de dois a seis meses de prisao celular, aos pralicantes dos
exercicios de agilidade e destreza corporal, conhecido pela denomina9ao de
capoeiragem (COSTA, 1993).
Oessa campanha poueo restou da eapoeira. Alualmente, elemenlos isolados,
alguns de idade bastanle avan9ada, ainda mantem viva, talvez inconscienlemente,
uma da mais antigas e verdadeiras expressoes de nossa nacionalidade (COSTA,
1993).
Existe a Capoeira Angola e a Capoeira Regional. A Angola teve como seu
eultuador maior Vicente Ferreira Pastinha, Meslre Pastinha (1889 - 1981) e Manoel
dos Reis Machado, mais conheeido como Meslre Bimba (1899 -1974), que resolvido
a metodizar e aperfei90ar a Capoeira Angola, criou a Luta Regional Baiana.
Segundo Costa (1993), a Angola poderia anles ser definida como um estado
de espirito dislinlo, onde 0 jogo e implieito, ao eontrario da Regional, onde se mostra
explicito (pelo menos em quem nao aprendeu a esconder lambem, com a Angola).
Onde se joga mostrando uma parte e escondendo a outra. E, da mesma forma que a
verdadeira Capoeira Regional, se busca 0 respeito pelos rituais da Capoeira. Por
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isso, a Capoeira Angola verdadeira e uma manilesta<;ao essencial e sempre
autentica da Capoeira.
Existem outras conlusoes em relayao as distin<;oesentre a Capoeira Regional
e a Capoeira Angola. Inclusive os toques de berimbau da Angola sao bem mais
populares e, embora a maioria dos capoeiristas digam ou sejam adeptos da
Regional, quando abrem aroda e come<;am a jogar, Iii estao os principios da
Angola: tres berimbaus, atabaque, pandeiros, etc.
Outro equivoco muito comum que se comete e 0 de que a Angola deve ser
leita no nivel de movimenta<;aobaixa, proximo ao chao, que seja sempre jogo baixo.
o lato de se jogar alto ou baixo e uma consequencia do andamento do jogo e nao
tem uma regra, onde alto seja Regional e baixo seja Angola. Como a dura<;ao do
jogo de Angola e maior e ela conta com toques de ritmos mais lentos - como 0 Sao
Bento Pequeno de Angola e 0 proprio toque de Angola - 0 jogo acaba durando
muito mais e, com isso, fica maior a chance de evoluir no jogo, seja jogando alto
(subindo), ou jogando baixo (descendo), ou ao contrilrio, descendo e depois
novamente subindo (COSTA, 1993).
o jogo Regional, se caracteriza por ser jogado sob os toques da Capoeira
Regional: Sao Bento Grande Regional. Idalina, Banguela, Amazonas, luna, segundo
os principios desenvolvidos pelo seu criador, 0 Mestre Bimba.
Nao basta ser rapido qualquer toque que se translorme em Regional 0 jogo.
Tem regra, tem jogo especifico para os toques especificos, tem lundamentos
proprios. Jogo Regional pode ser de lora, como tambem pode ser de dentro; pode
ser alto ou baixo; pode ser jogado na manha do toque da Banguela, que 0 Mestre
criou para acalmar as animas. Mas, tern que ser marcado, sincronizado no toque doberimbau unico que segura aroda e da 0 tom do jogo. Nao tem que disparar
apressado que nao se possa mais cantar; pode ser manhoso tambem. Regional nao
tem que ser jogo aspero e sem mandinga. A Regional tem lor<;a,garra, ritmo e muita
ciencia tambem (COSTA, 1993).
A lalta de respeito com os lundamentos da Regional e muitas vezes tao
grande quanto para com a Angola, uma vez que a maioria dos capoeiristas dizem
ser adeptos e praticantes da Regional e nao conhecem, salvo as exce<;6es, os
lundamentos desse estilo.
A Regional tem sua pr6pria ciencia e eliciencia. Se pretende-se seguir este
estilo, deve-se buscar conhecer e obedecer os seus principios, delende-Ios e
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respeita-Ios. Podemos dizer que sejam representantes legitimos da Capoeira
Regional os ex-alunos do Mestre Bimba e seus descendentes diretos e os demais
capoeirislas que sejam fieis as suas bases e filosofia, independente da origem do
conhecimento adquirido, se for autentico, e daro.
As cantorias na Regional, forma divididas entre quadras e corridos,
diferentemente da Angola que abra com a ladainha e depois passa para os corridos
(COSTA, 1993).
2.2 FLEXIBILIDADE
Para Campos (1990), na capoeira a flexibilidade e 0 alongamento tornam-se
imprescindiveis porque estao presentes praticamente em todos os movimentos e
golpes.
Esse autor confirma a importancia e a contribui~ao da capoeira como
atividade capaz de desenvolver a flexibilidade de maneira eficaz, e de uma forma
bastante natural, ate espontanea.
Acredita-se que a capoeira desenvolve a for~a atraves dos saltos e no
dominic dos movimentos de equilibria durante a sua execuc;ao.
2.2.1 Visao Historica
Desde a antigjjidade, 0 alongamento e 0 desenvolvimento da flexibilidade tem
side utilizado para atingir varios objetivos. Exemplos comuns dos usos da
flexibilidade sao enconlrados hist6rica e geograficamente em pinturas e entalhes. A
flexibilidade pode ser usada construlivamente para melhorar 0 bem-eslar de uma
pessoa, por um outro lado, pode ser usada em detrimento do bem-estar do individuo
e por, fim , causar a morte. Esses usos prejudiciais induem tortura (para fins de
interroga~ao, intimida~ao e puni~ao) e execu~ao.
Uso conslrutivo do alongamento de acordo com Egan apud Dantas (1999), a
origem da flexibilidade como urn metodo de treinamento e desconhecido. Contudo,
imagina-se que os antigos gregos usaram algum tipo de treinamenlo de flexibilidade
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que permitia eles dan~assem , realizassem acrobacias e lutassem com grande
facilidade. Alem disso, 0 treinamento de flexibilidade foi incorporado nos tres tipos
de ginastica grega. Historicamente 0 alongamento foi usado para 0 prejuizo das
pessoas, por exemplo, Beccaria apud Dantas (1999), em seu classico ensaio,
identificou cinco inten~6es em que tortura foi utilizada durante um interrogatorio:
• Fazer uma pessoa confessar urn crime;
• Esclarecer relatos contraditorios;
• Descobrir cumplices;Inocentar alguem de infamia e;
• Descobrir outros crimes dos quais alguem pode ser culpado, mas nao
acusado.
Desde os tempos antigos, sabia-se que as for~as de alongamento, se
aplicadas na parte do corpo adequadamente com for~a suficiente, eram capazes de
iniciar a morte , lenta au rapidamente.
2.2.2 Conceito de Flexibilidade e Alongamento
A palavra fiexibilidade e derivado do latim flectere ou fiexibilis , "curva-se" . 0
The New Shorter Oxford English Dictionary (1993) define fiexibilidade como
"habilidade para se curvado, fiexivel". A amplitude do movimento da articula~ao do
tecido mole normal em resposta ao alongamento alivo ou passiv~, a habilidade de
um musculo para relaxar e ceder a uma for~a de alongamento e a habilidade para
mover uma articula~ao atraves de uma amplitude de movimento normal sem
estresse excessive para unidade musculotendinosa (DANTAS, 1999).
Para que haja amplitude de movimento normal e necessario haver mobilidade
flexibilidade dos lecidos moles que circundam a articula~ao, ou seja , musculos.
Tecido conectivo e pele, e mobilidade articular. As condi~6es que podem levar a
encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao redor de uma articula~ao e perda
subsequente da amplitude de movimento incluem:
• imobiliza~ao prolongada;
• mobilidade restrita;
• doen~as de tecido conectivo ou neuromusculares;
18
• processo patologico nos tecidos devido a trauma e;
• deformidades osseas congenitas e adquiridas.
2.2.3 Os Beneficios dos Programas de Alongamento e Flexibilidade
A qualidade e a quantidade desses beneficios sao posteriormente
determinados por dois fatores, 0 primeiro corresponde as metas ou objetivos do
individuo, cujo contexto pode ser biologico, psicologico, sociologico ou filosofico, 0
segundo, saas as meios, as metod os e as tecnicas para atingir os objetivos de urnapessaa.
Desenvolvendo e seguindo um programa de flexibilidade e alongamento, tem-
se muitas vantagens fisicas e mentais , das quais as nao menos importantes sao a
satisfac;:aoe 0 prazer . Alongar-se e sentir-se bem, resulta muitas vezes em uma
sensac;:aode torpor e entusiasmo. Alem disso, e uma forma simples de relaxar e 0
prazer de fazer algo bom para si mesmo.
Um dos beneficios mais importante de um programa de flexibilidade e a
possivel promoc;:ao do relaxamento. A partir de uma perspectiva puramente
fisiologica, 0 relaxamento e a suspensao da tensao muscular. Indesejavelmente,
altos niveis de tensao muscular no organismo humane resultam em varios efeitos
colaterais negativos. A tensao muscular excessiva tende a diminuir a percepc;:ao
sensorial do mundo e aumentar a pressao sanguinea (Larson e Michelman) apud
Dantas (1999). Alem disso, os musculos tencionados tendem a cortar sua propria
circulac;:ao,suporte sanguineo reduzido resulta em uma falta de oxigenio e de
nutrientes essenciais e origina produtos de residuDs t6xicos que 58 acumulam nas
celulas, esse processo predispoe uma pessoa a fadiga e ate a dores. Quando um
musculo permanece parcialmente contraido, desenvolve-se um estado anormal de
encurtamento prolongado, chamada contratura. A contratura e a tensao muscular
cr6nica naD 56 encurtam 0 musculo, mas tambem 0 tornam menos flexivel, men os
forte e incapaz de absorver 0 choque e 0 estresse de varios tipos de movimento ,
mais apropriado para tal disturbio seria facilitar 0 relaxamento muscular e seguir
imediatamente com algum tipo de alongamento e a posic;:aode ADAMS apud
(DANTAS, 1999).
19
Um programa de alongamento e flexibilidade oferece uma oportunidade ideal
para buscar 0 auto dominio. 0 alongamento pode dar a uma pessoa, algo para lutar
contra e a favor, assim como a maratona faz para um corredor. Pode tambem
fornecer intervalos silenciosos para pensar, meditar au auto-anallsar-se sendo que
ele pode ser feito em qualquer lugar, a qualquer hora. 0 alongamento e flexibilidade
podem ensinar li90es sobre os proprios limites e fornecer oportunidades para que se
possa testar-se fisiologicamente.
o uso dos exercicios de alongamento para aumentar a flexibilidade e,
geralmente, baseado na ideia de que ele pode diminuir a incidencia, a intensidade
ou a dura9iio da lesiio musculotendinosa e articular (Arnheim, 1971; Aten e Knight,
1978; Bryant, 1984; Corbin e Noble, 1980; Davis, Longan e Mckinney, 1965; Garnett
et al.,1989) apud Dantas (1999). Uma amplitude de flexibilidade ideal ou favoravel
que ira prevenir a lesiio quando os musculos e articula90es forem super alongados
acidentalmente. Resumindo a pesquisa, Corbin e Noble (1980) afirmam que uma
abundancia de dados clinicos sustenta a necessidade de um treinamento de
flexibilidade para prevenir lesoes musculares do tecido conjuntivo.
2.2.4 Problemas ocasionados pela falta de Flexibilidade
2.2.4.1 Estresse e tensao
o estresse e uma parte inevitavel da vida e, geralmente, pode ser descrito
como "desgaste". Pode ser definido como rea9iio generalizada do corpo aos
estimulos (Christiansen e Baum) apud Dantas (1999). Hoje muitos cientistas
acreditam que as tensoes emocionais prolongadas desempenham um papel
importante no processamento dos alimentos, assim como pressao sangliinea alta,
ulcera peptica, cefaleia e dores articulares e musculares (Asterita, 1985; Dobson,
1983; Larson e Michelman, 1973) apud Dantas (1999). 0 exercicio de alongamento
e flexibilidade pode ser executado como uma estrategia de absten9ao para reduzir
ou prevenir 0 estresse indesejado.
20
2.2.4.2 Postura e Simetria Corporais
A maneira de melhorar as medidas e propo,,;6es lisicas e atraves da
combina<;aode uma dieta adequada e exercicios para desenvolver uma simetria
corporal e uma boa postura, a pessoa deve engajar-se em grandes atividades
motoras em vez de especializar-se em uma atividade que desenvolva somente uma
area do corpo. Incorporando um programa de alongamento e fiexibilidade dentro de
um programa de aptidao global, voce pode melhorar nao somente sua sa"de , mas
tambem sua aparencia lisica. A rela<;ao do alongamento e flexibilidade com a
postura e , principalmente, teorica e clinica . Corbin e Noble (1980) e Holtand e Davis
apud Dantas (1999) afirmam que um desequilibrio no desenvolvimento muscutar e
uma falta de fiexibilidade em certos grupos musculares podem contribuir para ma
postura. Quando a atividade fisica nao e um componente regular da vida da pessoa,
muitas doen<;ase condi<;6esdebilitantes sao mais provaveis de ocorrer, tais como
astenia (perda de for<;a), ataxia (incapacidade para coordenar os movimentos
corporais) e hipocinesia (habilidade diminuida para mover-se; (Larson e Michelman)
apud Dantas (1999). Dependendo do metodo e da tecnica de alongamento
empregada, os individuos podem aumentar sua agilidade, coordena<;ao ,
flexibilidade e for<;amuscular.
2.2.4.3 Caibras Museu/ares
Contrata<;6es musculo esqueleticas involuntarias dolorosas geralmente
chamadas caibras (Mc Gee) apud Dantas (1999). As caibras usuais sao de origem
neural, nao muscular. A caibra comum inicia quando um musculo ja em sua posi<;ao
mais encurtada contrai-se involuntariamente (Noorris, Gasteiger e Chatfield, 1957;
Weiner e Weiner, 1980) apud Dantas (1999). As caibras comuns cessam quando 0
musculo envolvido e alongado passivamente (Bertolas et al. ,1993; Davidson, 1984;
Graham, 1965; Weiner e Weiner,1980) apud Dantas (1999) ou quando h8 uma
contratat;i3oativa de sue antagonista (Fowler) apud Dantas (1999), como em uma
das tecnicas de alongamento de facilita<;aoneuromuscular proprioceptiva que sera
discutida mais adiante. Em ambas a manobra, considera-se que h8 uma diminui<;ao
21
da atividade eletrica do musculo (Veries, 1966; Helin, 1985; Norris, Gasteiger e
Chatfield, 1957) apud Dantas (1999). 0 mecanisme proposto para explicar a
habilidade dessas tecnicas para aliviar as caibras e hipoteticos (Mc Gee) apud
Danlas (1999). Desde que se considerou que alongamento alivia a caibra aguda ,
alguns individuos afirmam que exercfcios de alongamento iraQ prevenir as caibras
(Daniel, 1979; Matvienko e Kartasheva, 1990; Sontag e Wanner, 1988) apud Dantas
(1999).
2.3 FOR<;:A
Segundo Campos (1990) adquire-se fon;a pela pratica sistematica da
capoeira, devido aos inumeros saltos e saltitos, e tambem, em decorrencia da
movimentac;ao entre 0 jogo do chao e 0 jogo alto, no qual 0 praticante trabalha a
forc;a,saindo do plano baixo para 0 alto, em movimentos rapidos e potentes.
Atraves de pesquisas e resultados, esta comprovada a grande importancia da
qualidade forc;a nos esportes, de um modo geral. Pode-se defini-Ia dentro do
conceito americana, como sendo a capacidade de exercer tenseo muscular contra
uma resistencia, envolvendo fatores mecanicos e fisiologicos, os quais determinam a
fon;a em algum movimento particular (BARBANTI, citado por CAMPOS, 1990).
A forc;aesta dividida em Dinamica e Estatica. A forc;a Dinamica, por sua vez,
esta subdividida em forc;amaxima, forc;arapida e resistencia de forc;a.
Na capoeira, a forc;a rapida (potencia) e bastante utilizada nos golpes de
ataque e contra ataque, saltos e esquivas. A resistencia da forc;a tem um emprego
puramente anaer6bico e a fonia maxima praticamente nao existe, uma vez que naoe necessaria. Para adolescentes, 0 importante e 0 emprego da forc;a geral, para
atuar no desenvolvimento integral e multi lateral, utilizando-se 0 peso do proprio
corpo, as atividades naturais e as bolas de medicine-ball (CAMPOS, 1990).
Os testes de forc;a estao entre as medidas mais praticas para analisar a
aptidao fisica. Eles tem sido usados com bastante sucesso h8 varias decadas e isto
se deve ao fato de que a forc;a e uma medida aitamente objetiva; e afetada por
processos patol6gicos e por problemas emocionais (MATHEWS, 1986).
22
2.3.1 For<;a Dinamica
Eo 0 tipo de for~a que envolve os musculos dos membros em movimento.
suportando 0 peso do corpo em movimentos repetidos durante um periodo de
tempo. 0 musculo encurta-se com tensao vanavel ao deslocar uma carga constante.
Para todo 0 trabalho de deslocamento e parada, 0 capoeirista necessita de for~a
muscular, dinamica necessaria para movimenta9ao e parada, (FOX, 1991).
2.3.2 For<;a Explosiva
For~a que pode ser explicada pela capacidade de exercer 0 maximo de
energia em um unico movimento - potencia muscular. For<;:a extrema mente
importante para realizar os movimentos da Capoeira, sabendo que a Capoeira econhecido pela extrema velocidade exigida. A for,a rapida compreende a
capacidade do sistema muscular de movimentar-se 0 corpo ou parte do corpo ou
ainda objetos com uma velocidade maxima. Portanto a for9a explosiva para 0
capoeirista e necessaria para que sejam realizadas as mudan~as bruscas de
dire9ao, parada e retomada de velocidade (FOX, 1991).
2.4 RESISTENCIA
A resistencia na Capoeira e muito importante por que um capoeinsta sem
uma boa resistencia jamais podera mostrar corretamente as suas habilidades numa
roda.
Segundo Tubino (1984), resistencia e a qualidade fisica que permite um
continuado esfor90, proveniente de exercicios prolongados, durante um determinado
tempo.
Resistencia aer6bica e a qualidade que permite a um atleta sustentar por um
periodo longo de tempo uma atividade fisica relativamente generalizada em
condi<;5esaerobicas, isto e, nos limites do equilibrio fisiol6gico denominado Steady-
State.
23
A resistencia geral aerobica depende principalmente da capacidade dos
sistemas cardia vascular, respirat6rio e metab6lica, assim como da qualidade de
coordena<;ao, tipica do movimento (HOLLMANN e HETTINGER, citados por
WEINECK,1991).
Zakharov (1992), nos diz que 0 treinamento da resistencia aerobica tem um
significado substancial nas diversas modalidades esportivas, sem exce<;ao,elevando
o nivel aerobico possivel do organismo, criando uma base funcional sempre
necessaria ao aperfei<;oamentodos diversos aspectos na prepara<;aodo desportista.
Fator este bastante necessario a pratica da Capoeira, devido a sua constante
movimentac;ao.
24
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
o presente estudo e de caracteristica quase descritiva comparativa. que
segundo Cervo e Bervian (1994) e um tipo de pesquisa que observa, registra,
ana lisa e correlaciona tator au fen6menos sem manipula-Ios, procura descobrir umaprecisao passivel, a frequencia com Que 0 fen6meno ocorre, sua rela~ao e conexaocom Qutros, sua natureza e caracteristicas.
Segundo Andrade (1999), a pesquisa descritiva com caracteristica
comparativa, do tipo questionario, a principal justificativa para a utiliza9ao de um
questionario e a necessidade de se obter respostas de uma determinada area
geografica. 0 questionario normalmente leva a informa90es seguras sobre as
praticas atuais, condiC1oese informac;6es, refere-s8 a opinioes au conhecimento.
3.2 POPULAc;:AOE AMOSTRA
3.2.1 Popula<;lio
A popula9ao para 0 presente estudo constou de alunos pre-puberes
praticantes de Capoeira em centr~s de educa9iio da Cidade de Curitiba - PR.
3.2.2 Amostra
A amostra utilizada para a pesquisa compreendeu 15 alunos pre-puberes, de
ambos os sex~s, praticantes de Capoeira em um determinado centro de educac;ao
na cidade de Curitiba - PR.
25
3.3 INSTRUMENTO
Para realiza~iio desta pesquisa foram utilizadas fichas para coleta de dados
dos testes de flexibilidade, testes de for~a e testes de resistemcia (Cooper), foram
utilizados tambem cron6metro e fita metrica.
Descri~iio das fichas de coleta de dados:
• Flexibilidade - ficha em forma de quadro com espa~os para anota~iio dos
dados em centimetros das atividades de sentar e alcan~ar, extensiio do
tronco e pesco~o e afastamento lateral do membros inferiores.
• For~a - ficha em forma de quadro com espa~os para anota~iio dos dados
em numero de repeti~6es efetuadas nas atividades de flexilo abdominal e
agachamento.
• Resistencia (Cooper) - ficha em forma de quadro com espa~os para
anota~ilo dos dados em numero de voltas no percurso, sendo cada uma
com 182 m, nesta ficha tambem continham espa~os para anota~iio das
frequencias cardlaca em repouso, maxima e de recupera<;ao.
3.4 COLETA DE DADOS
Para 0 desenvolvimento da pesquisa, foram feitos no primeiro semestre de
2005, duas coletas de dados, sendo a primeira nos dias 10 e 15 de Mar~o e a
segunda nos dias 09 e 14 de Junho. Cada fase da coleta compreendeu os teste de
flexibilidade, force e resistencia (Cooper), sendo estes efetuados da seguinte forma:
• Flexibilidade - os dados foram anotados nas fichas em metros e
centimetros para as atividades de sentar e alcan~ar; extensiio do tronco e
pesco~o e afastamento lateral dos membros inferiores, sendo estas
medidas com uma fita metrica.
• For~a - os dados foram anotados nas fichas em numero de repeti~6es
para as atividades de flexilo, abdominal e agachamento por um tempo pre-
determinado de 1 minuto.
• Resistencia (Cooper) - os dados foram anotados nas fichas em numero de
voltas efetuadas, onde cada volta possuia 182 metros, em um tempo pre-
26
determinado de 12 minutos. No caso da ultima volta nao ser integral mente
completada, era feita uma medi,ao da volta parcial e a metra gem anotada
na ficha.
3.5 AVALlA<;:Ao
Os dados foram analisados com os testes, tabulados, e venficados conforme
suas permanencias, evolu,oes ou regressoes das qualidades analisadas. Os dados
entao fcram express os em forma de quadros com suas respectivas descri,oes.
3.6 LlMITA<;:OES
• 0 numero de alunos utilizados na pesquisa poderia ter sido maior;
• 0 periodo de treinamento entre os dois testes efetuados poderia ter side
maior;
• Dificuldade em efetuar 0 pas-teste, devido as condi,oes climaticas e 0
manejo com as alunos;
• Utiliza,ao de apenas uma faixa etana, etc.
27
4. APRESENTA<;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS
A seguir apresentam-se as resultados obtidos em fun980 dos testes
efetuados, entre estes testes, 0 treinamento da Capoeira manteve-se continuo,
sendo 2 aulas semanais com durac;ao de 1 hara cada, par urn periodo de 3 meses.
Buscou-se com ests treinamento contribuir para a melhoria das qualidades fisicas
atraves dos mDvimentos basicos, desenvolvendo habilidades elementares, para
posterior execu980 dos principios tecnicos de ataque e defesa e habilidades nos
saltas, giros e acrobacias.Os centeudos das aulas foram: aquecimento de 15 minutos; 40 minutos de
Capoeira propriamente dita, constando de aprendizagem dos movimentos
fundamentais, basicos e a roda de Capoeira, sequencias de combinagoes, projegoes
e quedas; e 5 minutos de volta a calma au relaxamento.
Quadro 1 - Resultados do teste de Flexibilidade entre pre e pas.
AlunosSentar(em) Extensiio (em) Afastamento (em)
Pre-teste Pas-teste Pre-teste P6s-teste Pre·teste Pas-teste
01 16,5 17.5 36 39 117 13602 33,5 35..5 44 44 152 14703 29,5 30 38 36 142 14604 37 37,5 43 43,5 154 15505 25 26 32 33 139 14206 39 4Q 35 34 150 15007 32.5 35 43 45 134 14008 30,S 33 42 42 135 13609 40 41 49,5 48,5 165 16510 11 12.5 22 23 132 13111 31,5 33 4& 47 161 16112 39 40 40 41 156 15613 31.5 32 55 57 145 15014 39 40,S 43 42 143 14615 2.8 27 29 29.5 132 137
Media 32,5 35 43 42 145 148Desv Pad 4,8 5 7 7,3 10,5 9
28
Grilfico 1 - Medias do teste de Flexibilidade entre pre e pos.
Oepois
Observa-se no quadro 1 e grafico 1, referentes aos testes de flexibilidade, que
na atividade de sentar a alcanyar todos as praticantes de Capoeira prs-puberes
obtiveram melhora na flexibilidade; na atividade de extensao do tronco e pesco90,
observa-s8 que 9 alunos obtiveram melhora na flexibilidade, apenas 2 rnantiverarn-
S8 no mesma nivel de flexibilidade e 4 obtiveram sua flexibilidade diminuida; 0 par
fim, na atividade de afastamento lateral dos membros inferiores, observa-s8 que 10
alunos obtiveram melhora da f1exibilidade, 3 mantiveram-se no mesmo nivel de
flexibilidade e apenas 2 alunos tiveram sua flexibilidade diminuida. Cantata-s8 neste
quadro que a grande maioria dos casas obtiveram melhora da flexibilidade de um
teste para 0 Dutro, observando-se que a pratica da Capoeira e fator de beneficio
para a flexibilidade em individuos pre-puberes.
Grafico 2 - Medias do teste de Forc;.:aentre pre e pos.
Antes Depois
29
Quadro 2 - Resultados do teste de For~a entre pre e pas.
Flexao (nO vezes) Abdominal (nO vezes)Agachamento
Alunos (n° vezes)
Pre-teste Pas-teste Pre-teste P6s-teste Pre-teste Pas-teste01 30 33 31 31 50 5302 29 30 31 30 43 4503 22 24 27 30 36 3504 aa 30 34 34 52 5505 12 15 24 26 41 4506 37 36 36 39 56 5507 34 33 33 34 51 5308 32 35 40 42 59 6109 33 34 35 34 49 5210 20 22 20 23 41 5111 41 42 40 41 47 4812 29 33 31 34 51 5613 29 28 32 30 54 5414 22 23 37 36 42 4015 26 30 33 36 49 50
Media 29 30 33 3.4 49 52Desv Pad 7 6,6 5,6 5,2 6,3 6,7
Observa-s8 no quadro 2 e grafico 2, referentes aDs testes de forga, que na
atividade de fiexao 12 alunos obtiveram rendimento maior, ou seja, efetuaram maior
numero de repetic;oes, e apenas 3 tiveram queda no numero de repetic;6es; na
atividade de abdominal, observa-s8 que 9 alunos obtiveram melhor desempenho de
urn teste para a Dutro, au seja aumentaram 0 numero de repetigoes, 2 alunospermaneceram com a mesma numero de repetic;oes nos dais testes efetuados e 4
alunos diminufram 0 numero de repetit;;oes de um teste para a outro; e par fim, na
atividade de agachamento, observa-se que 12 alunos obtiveram maior desempenho
no pas teste, apenas 1 aluno manteve-se no mesmo nfvel de repetit;;oes e 2 alunos
obtiveram queda no seu rendimento. Constata-se neste quadro que de maneira
geral, os alunos com a pratica da Capoeira podem alcant;;a um maior numero de
repetit;;oes nas atividades que exigem fort;;a, mostrando com isso que a pratica desta
atividade aperfeil'oa a qualidade fisica forga.
30
Quadro 3 - Resultados do teste de Resistencia (Cooper) entre pre e pas.
AlunosResistencia (metros)
Pre-teste Pas-teste01 2.184 2.18002 2.002 2.10503 2.366 2.24404 1.82Q 1.950as 1.636 1.75306 2.322 2.35807 2.128 2.21108 2.032 2.08909 2.059 2.06310 1.898 1.91911 2.432 2.38912 2A07 2.6Q113 2.378 2.28314 2.366 2.42115 2.321 2.431
Media 2.184 2.211Desv Pad 243 225
Grafico 3 - Medias do teste de Resist€mcia (Cooper) entre pre e pos.
Observa-s8 no quadro 3 e grafico 3, referentes aos testes de resistencia, que
11 alunos obtiveram desempenho maior no segundo teste, au seja, percorreram
maior metragem pelo perfodo de 12 minutos; sendo que as outros 4 alunos
obtiveram men or metragem total no p6s tests. Portanto, este quadro apresenta
31
dados que justificam a hipotese de que a pratica da Capoeira beneficia a qualidade
fisica resistencia.
Quadro 4 - Frequ€mcia cardiaca antes do teste de resistencia.
AlunosF.C.Repouso
Pre-teste P6s-tesle01 84 8402 104 10003 100 10004 100 10005 96 9406 68 6707 60 8208 84 8409 92 9610 80 8311 100 10012 100 10113 100 10014 112 10815 80 81
Media 96 96Desv Pad 12 11
Gnifico 4 - Media da frequimcia cardiaca antes do teste de resistfmcia.
Antes Oepois
32
Quadro 5 - Frequencia cardiaca logo apos do teste de resistEmcia.
AlunosF.e.Maxima
Pre-teste Pas-teste
01 132 12402 156 14803 132 12404 136 12405 128 12006 156 14607 110 10208 132 12809 110 11010 110 10011 148, 15512 160 14813 160 15614 160 14415 160 150
Media 136 128Desv Pad 19 18
GrafteD 5 - Media da freqLh~ncia cardiaca logo apos do teste de resistemcia.
Antes
33
Quadro 6 - Frequ(!ncia cardiaca 3 minutos apes 0 teste de resistEmcia.
AlunosF. C. Recuneracao
Pre-teste P6s-teste01 100 9602 96 9203 92 8804 104 10005 100 9606 72 7207 90 8908 100 9609 84 8610 84 8611 118 11212 100 10013 98 9614 104 102
15 78 72Media 98 96
Desv Pad 11 10
Grafteo 6 - Media da frequeneia eardiaea 3 minutos apes 0 teste de resisfencia.
Antes Depois
No quadro 4, 5, 6 e graficos 4, 5 e 6, que represenlam a freqO,mcia cardiaca
dos alunos antes, durante e depois dos testes de resistencia, observa-se que os
alunos quando nao obtiveram melhor rendimento na questao de frequencia cardiaca
mantiveram-se em condi<;oes de normalidade; podendo-se contatar ainda que a
pratica da Capoeira favorece no aspecto cardio-respiratorio.
34
5. CONCLUSOES E RECOMENDAc,;OES
Na busca de analisar os parametros m6rfo funcionais em praticantes de
Capoeira pre-puberes. de forma a registrar dados referentes a flexibilidade. fo,,;a e
resistencia antes e depois de um periodo de treinamento na Capoeira. analisou-se
as resultados e a consequencia desta pratica obtendo as seguintes conclus6es.
Os testes de aptidao fisica para a Capoeira. discutidos e avaliados neste
estudo. sao meios eficientes de avalia9ao do aspecto da aptidao fisica de
capoeiristas pre-puberes.
Pelos resultados do presente trabalho pode-se afirmar que nas qualidades
fisicas: flexibilidade. for9a e resistencia. houve uma melhora de desempenho.
Quanto ao que diz respeito a capacidade cardio-respirat6ria na verdade houve um
aumento do desempenho significativQ no p6s teste.
Em resposta as quest6es deste estudo. pode-se afirmar que a pratica da
Capoeira traz melhorias organicas e fisiol6gicas aos praUcantes e com rela9ao ao
melhoramento dos aspectos cardio-respirat6rio e neuro-muscular pode ser analisada
afirmativamente. ressaltando-se 0 exiguo tempo para a realiza9ao deste estudo.
Com base nos resultados e nas conclus6es recomenda-se que:
• Novos estudos que abordem outras qualidades sejam realizados;
• 0 numero de sujeitos seja aumentado;
• Seja dedicado um tempo maior para tal estudo;
35
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ZAKHAROV, A. Ciencia do Treinamenlo Desportivo. Rio de Janeiro: Palestra
Sport, 1992.
38
APENDICE 1 - FICHAS PARA COLETA DE DADOS
ALUNO: _
AVALlAL<;:AO DA FLEXIBILIDADE
FLEXIBILIDADE FATOR REPETI(;OES DATA REPETI(;;OES DATAPRE>TESTE POS·TESTE
1 SentareCmalcancar
Extensao do2 trance e Cm
pesco<;oAfastamento
3 lateral dosCmmembros
inferiores
AVALlAL<;:Ao DA FOR<;:A
FORGA FATOR REPETIGOES DATA REPETIGOES DATAPRE-TESTE POS-TESTE
1 Flexao 1 min
2 Abdominal 1 min
3 Agachamento 1 min
AVALlA<;:Ao DE RESISTENCIA (COOPER)
DATA PRE-TESTE VOLTAS
1 12131415 1617 1819110111112113114115116117118119120TEMPO FREQUENCIA CARDiACA
F.C.RepousoI
F. C. Maxima IF. C. Recupera~ao12 minutos (3 min ap6s)
I I
DATA POS-TESTE VOLTAS
1 I 2 I 3 I 4 I 5 I 6 I 7 I 8 I 9 110111112113114115116117118119120TEMPO FREQUENCIA CARDiAC A
F.C.RepousoI
F. C. Maxima I F. C. Recupera~ao12 minutos (3 min ap6s)
I I