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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DANIELA MEDEIROS DE MIRANDA IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA Natal / RN 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

DANIELA MEDEIROS DE MIRANDA

IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA

DE CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA

Natal / RN

2019

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DANIELA MEDEIROS DE MIRANDA

IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA DE

CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Cirurgiã-Dentista. Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves.

Natal / RN

2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - ­Departamento de Odontologia

Miranda, Daniela Medeiros de.

Impacto da expansão rápida da maxila na qualidade de vida de

crianças na fase de dentadura mista / Daniela Medeiros de Miranda. - Natal, 2019.

43 f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências

da Saúde, Graduação em Odontologia, Departamento de Odontologia, Natal, 2019.

1. Técnica da expansão palatina - Trabalho de Conclusão de

Curso. 2. Dentição mista - Trabalho de Conclusão de Curso. 3.

Qualidade de vida - Trabalho de Conclusão de Curso. I. Alves,

Arthur César de Medeiros. II. Título.

RN/UF/BSO BLACK D4

Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-15/393

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DANIELA MEDEIROS DE MIRANDA

IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA DE

CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Cirurgiã-Dentista.

Aprovado em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves – UFRN

Orientador

__________________________________________

Prof. Dr. Cícero Florêncio Filho – ABO/RN

Membro

__________________________________________

Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas – UFRN

Membro

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Dedico este trabalho à minha família,

que é o meu bem mais precioso. Todas

as minhas conquistas e vitórias devo e

dedico a eles.

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AGRADECIMENTOS

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite

que ele possa ser realizado”. Gratidão á todos aqueles que, de alguma forma,

me incentivaram e estimularam a seguir os meus sonhos e objetivos, a persistir

e enfrentar todos os desafios e obstáculos que o processo de realização traz

consigo.

Agradeço a Deus por ter guiado e iluminado meu caminho, por ter me

fortalecido e amparado nos momentos que pensei em desistir, por ter me dado

forças para chegar até aqui, ao final desse ciclo tão bonito. Agradeço à Ele

também por ter colocado pessoas tão especiais em minha vida (Míria, Rebeca,

Priscila e Laleska), que seguraram a minha mão e estiveram ao meu lado

durante toda a caminhada, e que, por diversas vezes, acreditaram mais do que

eu mesma na realização desse sonho. Superei muitos obstáculos, e sem a ajuda

e apoio dessas pessoas, certamente não teria conseguido chegar até aqui.

Devo um agradecimento especial a eles que estiveram, e estão, ao meu

lado todos os dias. Não só durante a realização desse sonho, mas na realização

de todos os outros. A minha família: Luciano, Kátia, Marília e Filipe. Eles são a

minha base, o meu alicerce. Devo a eles tudo o que sou, e não teria como não

dedicar a eles também mais essa conquista. Sorte daqueles que possuem uma

família que incentiva, que ampara e que estimula a sermos cada dia melhores.

Eu tenho sorte!

Deixo meu agradecimento também à instituição UFRN, mais

especificamente ao Departamento de Odontologia, que foi durante esses 4 anos

e meio a minha segunda casa, que disponibilizou os recursos necessários para a

viabilização da realização desse trabalho, e a todos os mestres da casa, que

acrescentaram e contribuíram enormemente para o meu crescimento.

Por fim, gostaria de agradecer imensamente ao meu professor, amigo e

orientador, professor Arthur César de Medeiros Alves. Foi, sem sombra de

dúvidas, uma das escolhas mais certeiras que fiz durante a graduação. Não

poderia ter escolhido pessoa melhor para orientar o tão temido “trabalho de

conclusão de curso”. Conseguiu tornar o que muitos julgam como um fardo, em

uma tarefa prazerosa. Ainda agradeço a Amanda Félix Gonçalves Tomaz, que

foi essencial para a realização desse trabalho. kkwmdkemdkemdkeknednnedne

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RESUMO

Introdução: Embora os efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida da

maxila (ERM) sejam bem documentados na literatura, pouco se sabe a respeito

dos possíveis impactos que o tratamento pode causar na qualidade de vida dos

pacientes. Objetivos: Avaliar o impacto da ERM em diversos aspectos

relacionados à qualidade de vida de crianças na fase de dentadura mista.

Material e métodos: Um total de 71 crianças com idades variando entre 6 e 11

anos, na fase de dentadura mista, e diagnosticadas com atresia maxilar foram

tratadas com ERM utilizando-se o expansor do tipo Hyrax. Após o término do

período ativo da expansão, foi aplicado um questionário que avaliou a

percepção de dor, da fala, da deglutição, da impacção alimentar, da

higienização, da estética do sorriso, da oclusão e a satisfação da criança com o

tratamento. Resultados: As percepções de dor e de alterações na fala

melhoraram significantemente do primeiro ao último dia de ativação do

parafuso expansor. As percepções do impacto do aparelho expansor na

deglutição, na impacção alimentar, na higienização e na estética do sorriso

variaram de “atrapalhou nada” (escore 0) a “atrapalhou muito” (escore 7). A

percepção do impacto do diastema na estética do sorriso e da sobrecorreção

na oclusão foi de “desconforto leve” (escore 1). Por fim, 90,14% das crianças

relataram satisfação com o uso do aparelho e todas afirmaram reconhecer a

importância do tratamento para a correção da sua má oclusão. Conclusão:

Embora a expansão rápida da maxila promova impactos negativos na

qualidade de vida de crianças na dentadura mista, as mesmas relatam

satisfação com o uso do aparelho e reconhecem a importância do tratamento

para a correção da sua má oclusão.

Palavras-chave: Técnica da expansão palatina. Dentição mista. Qualidade de

vida.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 9

MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 10

Cálculo amostral.................................................................................... 10

População e amostra............................................................................. 10

Avaliação da percepção........................................................................ 12

Análise estatística................................................................................... 13

RESULTADOS ........................................................................................ 13

DISCUSSÃO ............................................................................................ 15

CONCLUSÃO............................................................................................ 18

REFERÊNCIAS......................................................................................... 19

APÊNDICE................................................................................................ 24

ANEXO...................................................................................................... 32

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IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA

DE CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA.

ABSTRACT

Introduction: Although the dentoskeletal effects of rapid maxillary expansion

(RME) are well documented in the literature, there is a lack of studies that

assessed the impacts of RME on patients' quality of life. Objectives: To

evaluate the impact of RME on several aspects related to the quality of life of

children in the mixed dentition. Methods: Seventy-one children with ages

ranging from 6 to 11 years and diagnosed with maxillary constriction were

treated with RME in the mixed dentition using the Hyrax expander. At the end of

the active expansion period, a questionnaire was applied to the participants in

order to evaluate their perception regarding pain, changes on speech, on

swallowing, on food impaction, on difficulties of hygiene, on smile esthetics, on

occlusion and children's satisfaction with treatment. Results: Perceptions of

pain and changes on speech improved significantly from the first to the last day

of screw activation. Perceptions of the impact of the expander on deglutition, on

food impaction, on hygiene and on smile esthetics ranged from “no discomfort”

(score 0) to “a lot of discomfort” (score 7). The perception of both the impact of

diastema on smile esthetics and the transverse overcorrection on occlusion was

“mild discomfort” (score 1). Finally, 90.14% of the children reported satisfaction

in using the expander and all patients recognized the importance of the

treatment to correct their malocclusion. Conclusion: Although RME have

promoted negative impacts on children’s quality of life, they reported

satisfaction in using the expander and recognized the importance of the

treatment to correct their malocclusion.

Keywords: Palatal expansion technique; Mixed dentition; Quality of life.

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INTRODUÇÃO

A expansão rápida da maxila (ERM) é um procedimento ortopédico

comumente realizado em crianças na fase de dentadura mista com o objetivo

de interceptar a atresia maxilar e as mordidas cruzadas posteriores, obter

espaço para o alinhamento dos incisivos permanentes superiores nos casos de

apinhamento primário definitivo ambiental, desestabilizar as suturas

circumaxilares previamente à tração reversa da maxila e tratar a irrupção

ectópica por palatino de caninos permanentes superiores1-3.

Independentemente da indicação, a ERM deve ser idealmente realizada

o mais precocemente possível a partir dos 5 anos de idade, haja visto que as

más oclusões transversais, o apinhamento primário definitivo, a Classe III e a

irrupção ectópica dos caninos permanentes superiores não se autocorrigem4.

Ademais, a consolidação da sutura palatina mediana aumenta com o passar da

idade, conferindo maior resistência à disjunção e diminuindo a proporção de

efeitos esqueléticos obtidos5-7.

De maneira geral, a ERM promove uma combinação de efeitos

esqueléticos e dentoalveolares representados pela abertura da sutura palatina

mediana, formação do diastema interincisivos centrais superiores, aumento da

largura da cavidade nasal e da maxila, aumento das distâncias intercaninos,

intermolares decíduos e intermolares permanentes, aumento do perímetro do

arco, diminuição do comprimento do arco, diminuição da profundidade do

palato, aumento da inclinação vestibular dos dentes de ancoragem, diminuição

da espessura da tábua óssea vestibular e diminuição da largura do corredor

bucal8-11.

Embora os efeitos dentoesqueléticos da ERM em crianças na fase de

dentadura mista sejam bem documentados na literatura, pouca atenção tem

sido dada aos possíveis impactos que o aparelho expansor e o período ativo da

expansão podem causar na qualidade de vida dos pacientes12.

Considerando que o parafuso expansor fica localizado no centro do

palato e que o dorso lingual fica em contato com a porção bucal do aparelho,

tanto em repouso quanto em função, espera-se que as crianças submetidas a

ERM apresentem algum comprometimento da fonação, da deglutição, da

mastigação e da higienização bucal13-14.

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Adicionalmente, as crianças podem experimentar diferentes níveis de

desconforto ou de dor na cavidade oral ou na face, durante o período ativo da

expansão, uma vez que a ativação do parafuso expansor gera forças

ortopédicas que variam de 1 a 3 Kg. Por fim, pode também ocorrer algum

comprometimento da estética do sorriso, uma vez que durante a ativação

rápida do parafuso expansor ocorre a formação de um diastema interincisivos

centrais superiores.

Embora um estudo clínico tenha observado que a realização da ERM

causou dor nos primeiros dias de ativação do parafuso expansor e que a

presença do aparelho expansor interferiu de forma leve e transitória na

deglutição e na mastigação das crianças13, ainda há uma série de variáveis a

serem estudadas, tais como os locais da cavidade oral ou da face onde os

pacientes mais sentem dor, a necessidade ou não do uso de medicações para

alívio da dor, o impacto do aparelho e do diastema interincisivos centrais

superiores na estética do sorriso, o desconforto da oclusão e o grau de

satisfação com o aparelho e com o tratamento. Sendo assim, o objetivo do

presente estudo foi avaliar o impacto da expansão rápida da maxila na

qualidade de vida de crianças na fase de dentadura mista.

MATERIAL E MÉTODOS

Cálculo amostral

O tamanho amostral foi calculado adotando-se um erro tipo 1 de 5%, um

erro máximo desejado de 0,2 e um desvio-padrão de 1,38 para a variável

percepção de dor15. Um total de 183 participantes foi requerido.

População e amostra

A amostra foi constituída por crianças diagnosticadas com atresia

maxilar e tratadas com expansão rápida da maxila na fase de dentadura mista.

Os participantes do estudo foram recrutados consecutivamente por uma única

pesquisadora (DMM) na Clínica Multidisciplinar IV do Departamento de

Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O

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recrutamento dos participantes aconteceu durante o período de agosto de 2018

a outubro de 2019, após a aprovação ética do projeto de pesquisa pelo Comitê

de Ética em Pesquisa da UFRN (Anexo A).

Os critérios de inclusão para a amostra consistiram: pacientes de ambos

os sexos, com faixa etária entre 6 e 11 anos, na fase de dentadura mista,

diagnosticados com atresia maxilar associada ou não a mordidas cruzadas

posteriores e tratados com expansão rápida da maxila utilizando o expansor do

tipo Hyrax modificado para a dentadura mista. Por outro lado, eram excluídas

do estudo as crianças que já tivessem sido submetidas previamente a

tratamento ortodôntico, que associaram a expansão rápida da maxila com

outras modalidades de tratamento, que apresentassem lesões de cárie ativas

e/ou doença periodontal, que possuíssem múltiplas perdas dentárias, que não

apresentassem ancoragem dentária para a retenção do expansor, e que

fossem portadoras de alterações neurológicas, síndromes craniofaciais e/ou

fissuras labiopalatinas.

As crianças que receberam o convite e concordaram em participar do

estudo assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). Da

mesma forma, a autorização da participação do menor na pesquisa foi obtida

de um dos responsáveis por meio do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE).

Os pacientes foram submetidos à expansão rápida da maxila com o

expansor do tipo Hyrax modificado para a dentadura mista. O aparelho foi

constituído de bandas pré-fabricadas adaptadas nos primeiros molares

permanentes ou nos segundos molares decíduos superiores, um parafuso com

capacidade de expansão de 13 mm e barras de conexão confeccionadas com

fio de aço inoxidável de espessura 1,2 mm que contornavam a superfície

palatina dos caninos e molares decíduos superiores.

Os procedimentos de instalação do expansor e de orientações quanto

aos cuidados, higienização e ativação do aparelho foram realizados pelos

discentes do sétimo período do curso de Graduação em Odontologia da UFRN.

As ativações do parafuso expansor foram realizadas pelo responsável do

menor, seguindo-se um protocolo de ativação de dois quartos de volta por dia,

durante um período de 14 dias.

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No sétimo dia do período ativo da expansão, foi realizada a aplicação de

um questionário que abordou a percepção do paciente a respeito do impacto

da ERM em relação a diferentes fatores relacionados à sua qualidade de vida.

Depois do término do período ativo da expansão, foi realizada a estabilização

do parafuso expansor com um fio de amarrilho metálico de espessura 0,008”, e

o expansor permaneceu passivo na cavidade bucal como contenção por um

período de 6 meses, quando, então, foi removido.

Avaliação da percepção

No sétimo dia do período ativo da expansão, a pesquisadora aplicou aos

participantes do estudo um questionário (Apêndice A) com o intuito de avaliar o

impacto que a expansão rápida da maxila pode apresentar em diversos

aspectos relacionados à qualidade de vida deles. As questões foram lidas

pausadamente, explicadas em uma linguagem acessível ao paciente e as

respostas fornecidas foram preenchidas pela pesquisadora com uma caneta

esferográfica azul ou preta.

A primeira parte do questionário consistiu em perguntas relacionadas

aos dados pessoais do paciente, tais como nome, idade, sexo e tipo de escola,

se pública ou privada. A segunda parte foi composta de 13 questões, em que a

primeira era relacionada à percepção de dor que o paciente sentiu no 1º (T1),

3º (T2) e 7º (T3) dias de ativação do parafuso expansor; a segunda questionou

os locais da face ou da cavidade oral em que o paciente mais sentiu dor; a

terceira foi relativa à necessidade da administração de analgésicos para alívio

da dor; a quarta abordou a interferência do aparelho na fala no 1º (T1), 3º (T2)

e 7º (T3) dias de ativação; a quinta questiona as palavras que foram mais

difíceis de falar com o aparelho; a sexta era relacionada à dificuldade de

deglutição; a sétima e a oitava avaliaram, respectivamente, o comprometimento

do aparelho e do diastema interincisivos superiores na estética do sorriso; a

nona e a décima questionaram a dificuldade de higienizar o aparelho; a décima

primeira estava relacionada ao desconforto com a nova oclusão; e, por fim, a

décima segunda e a décima terceira abordaram a satisfação do paciente com o

tratamento.

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Das 13 questões, duas eram subjetivas (2 e 5), três possuíam resposta

dicotômica “sim” ou “não” (3, 12 e 13) e oito (1, 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 11) utilizaram

uma escala visual analógica desenvolvida a partir da combinação de duas

outras escalas: uma escala numérica de gradação de 0 a 10 e uma escala de

faces proposta por Wong-Baker16. Para as questões que apresentavam a

escala visual analógica, apenas um número era circulado e representou,

juntamente com a respectiva face, a percepção do paciente em relação à dor,

desconforto ou dificuldade.

Análise estatística

O teste de Kolmogorov-Smirnov mostrou uma distribuição não normal

das variáveis estudadas. Sendo assim, medidas de tendência central, medidas

de dispersão e análises inferenciais não paramétricas foram utilizadas.

A distribuição dos participantes quanto ao sexo, o tipo de escola, a

necessidade de administração de medicamentos e o grau de satisfação do

paciente com o aparelho e com o tratamento foram representados por meio de

frequências absoluta e relativa. A idade dos participantes e a percepção da dor,

da fala, da deglutição, da estética do sorriso, da dificuldade de higiene e da

mastigação foram quantificados por meio da mediana dos escores, do intervalo

interquatílico e da amplitude. As comparações interfases para a percepção da

dor e da fala foram analisados por meio do teste de Kruskall-Wallis, seguido do

pós-teste de Dunn. Por fim, os locais da face e da cavidade oral onde o

paciente sentiu dor e as palavras com maior dificuldade de articulação na fala

foram descritas subjetivamente. Todas as análises foram realizadas por meio

do programa de computador Statistica 10.0® (Statsoft, Tulsa, OK, EUA),

adotando-se o nível de significância de 5%.

RESULTADOS

A amostra foi constituída por um total de 71 crianças, das quais 25

(35,21%) eram do sexo masculino e 46 (46,79%) eram do sexo feminino. A

mediana, o intervalo interquartílico e a amplitude da idade dos participantes

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foram descritos na Tabela 1. De todos os participantes, 35 (49,29%)

frequentavam escolas públicas e 36 (50,71%), escolas privadas.

Tabela 1 - Idade e distribuição dos participantes de acordo com o sexo.

n Mediana Q25% Q75% Máxima Mínima

Masculino 25 9 8 10 13 7

Feminino 46 9 9 10 12 7

Total 71 9 0 10 13 7

Q25% - Quartil 25%; Q75% - Quartil 75%.

Mais especificamente em relação à percepção de dor durante o período

ativo da expansão, observou-se relatos de “dor normal” (escore 3) durante o

primeiro dia e o terceiro dia de ativação do parafuso expansor que diminuíram

significantemente para “dor leve” (escore 1), no último dia de expansão (Tabela

2).

As regiões da cabeça e do pescoço em que as crianças mais relataram

dor foram nos dentes posteriores (45), nos dentes anteriores (37), na gengiva

(4), no palato (11), nas bochechas (3), no nariz (15), na região próxima aos

olhos e ouvidos (14), na testa (1), na ATM (1), nas têmporas (1) e nos

masseteres (1). O consumo de analgésicos foi observado em 26 (40,84%)

crianças para alívio da dor durante o período ativo da expansão.

Quanto à percepção da fala durante o período de acompanhamento,

observou-se que a presença do aparelho na cavidade oral “atrapalhou um

pouco” (escore 5) a fala no dia da instalação do aparelho, entretanto esse

incômodo diminuiu progressivamente e significativamente até o final da

primeira semana (Tabela 2). Os fonemas que mais foram comprometidos na

fala após a instalação do aparelho, foram os sons alveolares e palatais / s /, / r

/, / lh /, / l / e / nh/.

Os maiores impactos do aparelho expansor foram na deglutição e na

impacção alimentar, em que a percepção das crianças foi de que “atrapalhou

muito” (escore 7) e “incomodou muito” (escore 7), respectivamente (Tabela 3).

Por outro lado, a dificuldade de higienização (escore 3), o desconforto oclusal

(escore 1), a estética do diastema (escore 1) e a estética do sorriso (escore 0)

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parecem não ter impactado significativamente na qualidade de vida dos

pacientes (Tabela 3).

Tabela 2 - Comparação interfases da percepção de dor e de alterações na fala durante o período ativo da expansão.

Aspecto T1 T2 T3 p

Mediana Q25% Q75% Mediana Q25% Q75% Mediana Q25% Q75%

<0,001* Dor 3a 2 6 4a 3 5 1b 0 3,75

Fala 5a 3 8 3b 1 5 0c 0 2

Q25% - Quartil 25; Q75% - Quartil 75% a,b Símbolos diferentes expressam diferenças estatisticamente significativas *Estatisticamente significativo para p<0,05

Tabela 3 - Escores dos pacientes para o impacto de diversos aspectos relacionados à qualidade de vida.

Aspecto Mediana Q25% Q75% Mínima Máxima

Deglutição 7 5 9 0 10

Impacção alimentar 7 4,25 9 0 10

Dificuldade de higienização 3 0 5,75 0 10

Desconforto oclusal 1 0 4 0 10

Estética do diastema 1 0 4 0 10

Estética do sorriso 0 0 0,75 0 10

Q25% - Quartil 25; Q75% - Quartil 75%

Por fim, a maioria das crianças relatou satisfação com o uso do aparelho

(90,14%) e todas (100,00%) afirmaram reconhecer a importância do tratamento

para a correção da sua má oclusão.

DISCUSSÃO

Desde a década de 60, quando Andrew Haas publicou uma série de

casos apresentando, pela primeira vez, a abertura da sutura palatina mediana

em jovens, estudos clínicos têm sido realizados com o objetivo de avaliar os

efeitos dentoesqueléticos e sobre os tecidos moles da expansão rápida da

maxila17-22. Entretanto, pouco se tem investigado sobre o impacto que a ERM

pode ter na qualidade de vida das crianças12,13,15,23.

As pesquisas científicas centradas na atenção aos pacientes

começaram a ser publicados há aproximadamente 10 anos e têm uma grande

importância clínica, uma vez que permitem o ortodontista compreender a

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percepção da criança ou do adulto em relação ao procedimento que está sendo

realizado e antecipar possíveis sinais e sintomas que o mesmo pode sentir

durante o tratamento24. Esses cuidados contribuem sobremaneira para o

fortalecimento do relacionamento entre o ortodontista e os seus pacientes, a

colaboração com o tratamento, a satisfação com o serviço e o sucesso da

terapia25.

No presente estudo, observou-se que a ERM promoveu uma “dor

normal” até o terceiro dia de ativação do parafuso expansor, reduzindo para

“dor leve”, ao término do período ativo da expansão (Tabela 2). Achados

semelhantes foram observados em um estudo prévio que encontrou que 93,9%

das crianças afirmaram sentir dor e desconforto de grau leve a moderado nos

primeiros dias de tratamento13. A sensação de pressão forte, muitas vezes

percebidas como dor pelas crianças, acontece, em média, até o terceiro dia de

ativação, pois, a força de 1,5 a 3 Kg gerada pelo parafuso expansor é

transmitida dos dentes para o osso alveolar e do osso alveolar para a sutura

palatina mediana, que é a área de maior resistência à disjunção maxilar26,27.

Quando esse acúmulo de forças gera o desimbricamento sutural, ocorre a

dissipação das forças e, então, as ativações se tornam mais toleráveis pelos

pacientes até o término do período ativo da expansão28.

Durante o período de ativação do aparelho, 26 dos pacientes fizeram

uso de analgésico para alívio da dor. Esse achado permite concluir que, de

maneira geral, as crianças toleram razoavelmente as forças liberadas pelo

parafuso expansor, quando a ERM é realizada na faixa etária estudada. Essa

informação é importante clinicamente, pois sabe-se que, com o aumento da

idade e da maturidade esquelética, ocorre um maior imbricamento da sutura

palatina mediana, fato que aumenta a resistência à disjunção maxilar e pode

induzir uma pior percepção de dor por parte dos pacientes5,6,29,30.

Quanto à percepção da fala, observou-se que a presença do aparelho

na cavidade bucal “atrapalhou um pouco” a fonação no dia da instalação do

aparelho (Tabela 2). Entretanto, esse incômodo diminuiu progressivamente e

significativamente até o final da primeira semana (Tabela 2). Adicionalmente,

observou-se que os fonemas que mais foram comprometidos na fala após a

instalação do aparelho foram os sons alveolares e palatais / s /, / r /, / lh /, / l / e

/ nh /. De forma similar, um estudo prévio encontrou que, quando o aparelho

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expansor foi instalado, a inteligibilidade da fala diminuiu e os pacientes se

mostraram insatisfeitos13. Após a primeira semana de tratamento, o incômodo

diminuiu significativamente, retornando ao padrão de fala normal após à

remoção do aparelho13. Essas alterações na fala estão associadas ao fato de o

aparelho se localizar centralizadamente e em uma posição mais baixa do

palato31,32. O íntimo contato do aparelho com o dorso da língua modifica os

locais de articulação da língua no palato e altera o mecanismo de ressonância

oral33.

As maiores queixas dos pacientes do presente estudo estiveram

relacionadas ao impacto do aparelho expansor na deglutição e na impacção

alimentar (Tabela 3). Esses resultados corroboram com os achados

encontrados por um estudo prévio e estão associados também ao íntimo

contato do aparelho com a língua, o qual dificulta o movimento do dorso lingual

para cima e para trás durante o processo de deglutição normal13. Quanto à

impacção alimentar, o expansor do tipo Hyrax é constituído de espaços entre o

parafuso, os braços do aparelho e as barras de conexão, sendo, assim, uma

região propícia à retenção de alimentos34.

A presença do diastema interincisivos após o término do período ativo

da expansão não foi percebido pelas crianças como um fator de impacto

negativo (Tabela 3). Esse achado pode estar associado ao fato da amostra ser

constituída por crianças na dentadura mista, que corresponde a um estágio de

desenvolvimento da dentição em que as crianças já podem estar acostumadas

com a presença dos espaços decorrentes da esfoliação dos dentes decíduos

ou dos diastemas fisiológicos característicos da “fase do patinho feio”.

Adicionalmente, observou-se que a sobrecorreção da relação interarcos

transversal e os contatos prematuros e interferências oclusais gerados não

promoveram incômodo significativo nas crianças da amostra (Tabela 3).

Embora nenhum estudo prévio tenha avaliado essa variável, pode-se presumir

que o pequeno impacto da oclusão na qualidade de vida do paciente pode ser

consequência do fato de a relação oclusal se modificar gradualmente, por meio

do protocolo de ativação de um quarto de volta pela manhã e um quarto de

volta à noite diariamente. A mudança gradual na relação oclusal pode propiciar

uma melhor condição de adaptação da propriocepção do ligamento periodontal.

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18

O presente estudo observou que a ERM promoveu impactos negativos

em diversos aspectos da qualidade de vida de crianças, na primeira semana de

uso do aparelho. Sendo assim, é imprescindível que o ortodontista esclareça

para o paciente as possíveis dificuldades que serão enfrentadas durante o

tratamento, pois a compreensão das consequências e dos desconfortos que o

procedimento pode promover, além de oferecer expectativas mais realistas

relacionadas ao tratamento, gera uma maior relação de confiança entre o

profissional e o paciente, podendo torná-lo mais colaborador. A chance de se

obter a colaboração do paciente é grande, quando esses cuidados são

tomados, uma vez que 90,14% das crianças se mostraram satisfeitas com o

aparelho e todas reconheceram a expansão rápida da maxila como um

tratamento essencial para a aquisição de um sorriso perfeito e uma oclusão

correta.

A principal limitação do presente trabalho está associada ao pequeno

tamanho amostral, fato que impossibilitou a obtenção de uma distribuição

normal das variáveis estudadas. Dessa forma, reitera-se a necessidade de um

estudo envolvendo um tamanho amostral maior para que os resultados sejam

representativos para a população. Além disso, considerando que esses

resultados só podem ser generalizados para crianças tratadas com expansão

rápida da maxila durante a dentadura mista, é de grande importância a

realização de mais estudos que avaliem a percepção dos adultos jovens

submetidos à expansão rápida da maxila ancorada por miniimplantes ou

adultos mais maduros submetidos à expansão rápida da maxila assistida

cirurgicamente.

CONCLUSÃO

Embora a expansão rápida da maxila promova impactos negativos na

qualidade de vida de crianças na dentadura mista por meio de dor, alterações

na fala e na deglutição, impacções alimentares e dificuldade de higienização, a

percepção da criança quanto a esses aspectos melhora até o final da primeira

semana após a instalação do aparelho, reconhecendo a importância do

tratamento para a correção da sua má oclusão.

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APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA DE CLÍNICA INFANTIL

Questionário sobre a percepção dos pacientes quanto ao uso dos aparelhos

expansores Nome da paciente: _____________________________________________________________________ Idade: __________ Série: __________ Escola: ( ) Pública ( ) Particular Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino Data da avaliação: __________ Data do término da ativação: __________ Questão 1: O quanto você sentiu dor:

a. No primeiro dia que sua mãe ou seu pai apertou seu aparelho?

b. No terceiro dia que sua mãe ou seu pai apertou seu aparelho?

c. No último dia que sua mãe ou seu pai apertou seu aparelho?

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Questão 2: Quais os locais do rosto e da boca onde você mais sentiu dor? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Questão 3: Você precisou tomar remédio para diminuir a dor que você sentia quando sua mãe ou seu pai apertava seu aparelho expansor?

( ) Sim ( ) Não Questão 4: O quanto o aparelho expansor atrapalhou na sua fala:

a. No dia da instalação do aparelho?

b. Três dias depois da instalação do aparelho?

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c. Uma semana depois da instalação do aparelho?

Questão 5: Quais as palavras que você achou mais difícil de falar com o aparelho na sua boca? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Questão 6: O quanto o aparelho expansor atrapalhou no momento de engolir os alimentos?

Questão 7: O quanto te incomodou as pessoas verem o seu aparelho expansor quando você sorri?

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Questão 8: O quanto te incomodou as pessoas verem o espaço que ficou entre seus dentes da frente?

Questão 9: O quanto você se incomoda por juntar resto de comida no seu aparelho expansor?

Questão 10: Quanta dificuldade você tem para limpar o seu aparelho expansor?

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Questão 11: O quanto você sente desconforto com a sua nova mordida?

Questão 12: Você está feliz com o seu aparelho?

( ) Sim ( ) Não Questão 13: Você acha que valeu a pena fazer o seu tratamento com o aparelho expansor?

( ) Sim ( ) Não

Obrigado.

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APÊNDICE B – PÁGINA DE TÍTULOS

IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA DE

CRIANÇAS NA FASE DE DENTADURA MISTA.

IMPACT OF RAPID MAXILLARY EXPANSION ON CHILDREN'S QUALITY OF

LIFE IN THE MIXED DENTURE.

AUTORES

Daniela Medeiros de Miranda, aluna de graduação, Departamento de

Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande

do Norte, Brasil.

Amanda Félix Gonçalves Tomaz, cirurgiã-dentista, mestre, aluna de Doutorado

em Ciências Odontológicas, Departamento de Odontologia, Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Hallissa Simplício Gomes Pereira, cirurgiã-dentista, mestre, doutora, professora

adjunta de Ortodontia, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas, cirurgião-dentista, mestre, doutor,

professor adjunto de Ortodontia, Departamento de Odontologia, Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Arthur César de Medeiros Alves, cirurgião-dentista, mestre, doutor, professor

adjunto de Ortodontia, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Autor correspondente

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30

Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves, Av. Sen. Salgado Filho, 1787 –

Lagoa Nova, Natal/RN, 59056-000, (+5584) 99606-9657,

[email protected]

RESUMO

Introdução: Embora os efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida da

maxila (ERM) sejam bem documentados na literatura, pouco se sabe a respeito

dos possíveis impactos que o tratamento pode causar na qualidade de vida dos

pacientes. Objetivos: Avaliar o impacto da ERM em diversos aspectos

relacionados à qualidade de vida de crianças na fase de dentadura mista.

Material e métodos: Um total de 71 crianças com idades variando entre 6 e 11

anos, na fase de dentadura mista, e diagnosticadas com atresia maxilar foram

tratadas com ERM utilizando-se o expansor do tipo Hyrax. Após o término do

período ativo da expansão, foi aplicado um questionário que avaliou a

percepção de dor, da fala, da deglutição, da impacção alimentar, da

higienização, da estética do sorriso, da oclusão e a satisfação da criança com o

tratamento. Resultados: As percepções de dor e de alterações na fala

melhoraram significantemente do primeiro ao último dia de ativação do

parafuso expansor. As percepções do impacto do aparelho expansor na

deglutição, na impacção alimentar, na higienização e na estética do sorriso

variaram de “atrapalhou nada” (escore 0) a “atrapalhou muito” (escore 7). A

percepção do impacto do diastema na estética do sorriso e da sobrecorreção

na oclusão foi de “desconforto leve” (escore 1). Por fim, 90,14% das crianças

relataram satisfação com o uso do aparelho e todas afirmaram reconhecer a

importância do tratamento para a correção da sua má oclusão. Conclusão:

Embora a expansão rápida da maxila promova impactos negativos na

qualidade de vida de crianças na dentadura mista, as mesmas relatam

satisfação com o uso do aparelho e reconhecem a importância do tratamento

para a correção da sua má oclusão.

Palavras-chave: Técnica da expansão palatina; Dentição mista; Qualidade de

vida.

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APÊNDICE C – ATRIBUIÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS

Uma vez publicado o artigo, os autores abaixo assinados cedem todos

os direitos autorais do manuscrito: “IMPACTO DA EXPANSÃO RÁPIDA DA

MAXILA NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS NA FASE DE

DENTADURA MISTA” à Dental Press International. Os autores abaixo

assinados garantem que este é um artigo original e que não infringe direitos

autorais ou outros direitos de propriedade de terceiros, não está sob

consideração para publicação em outra revista e não foi publicado

anteriormente, seja impresso ou eletronicamente. Nós assinamos esta

declaração e aceitamos total responsabilidade pela publicação do artigo

supracitado.

__________________________________________

Daniela Medeiros de Miranda

__________________________________________

Amanda Félix Gonçalves Tomaz

__________________________________________

Hallissa Simplício Gomes Pereira

__________________________________________

Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas

__________________________________________

Arthur César de Medeiros Alves

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ANEXO A – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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ANEXO B - NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA

DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS

Purposes and polices

Phases for Publishing the Articles One of the main purposes of Dental Press Journal is to preserve the idoneity of the published articles, being valorized by the Dentistry class. Therefore, all the articles

received by Dental Press are submitted to the following process: 1) The manuscript is submitted via the online system ScholarOne Manuscripts: https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo" 2) The editor selects 3 professionals, among all the consultants and co-workers of the journal, in order to evaluate the article. In order to evaluate the article. In this phase the "double blind" system is used, i.e., the names of the authors are omitted on purpose so that the analysis of the study is not influenced, and the authors, although informed on the current method, do not know who is responsible for evaluating their work.

3) Enclosed to the article, each consultant receives a questionnaire, which will allow him to make observations and determine if the article will be published or not. When sending the article and the filled questionnaire, each consultant chooses if wants or not to revise the article once more. Before the author´s corrects the article, the editor will analyze the corrections requested by the

consultants. 4) The article will be selected for publishing only if both consultants approve it. If one of them refuses it, the article will be sent to a third consultant. 5) After the article has been approved by the consultants and the editor, it will be submitted to the correction of the

references according to the Vancouver norms. 6) Professionals in charge of performing the desktop publishing make the article suitable for the graphic criteria of the Journal. 7) Properly diagrammed and revised, the article is sent to the Scientific Board of the Journal to be reviewed, observing the arrangement of the pictures, plots, text, abstracts, keywords, and other components. 8) Finally, the article is sent to the author who will make the last considerations. Only during this phase of the process, the authors are informed on the edition in which his article will be published. 9) The articles and other materials of each edition are brought together, forming the "sketch" of the issue that is

revised page by page, picture by picture, letter by letter by the magazine's art editor who assumes the role of "Ombudsman". 10) Only after performing the last corrections in the "sketch", the graphic and printing phases are properly

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initiated. Flux gram of the articles for publishing 1) Article is submitted through the online manuscript

submission system.

2)The editor analyzes the article.

3) The article is sent to the consultants.

4) The consultants analyzes the article.

5) If the article is refused, it is sent to a third consultant.

6) The editor analyzes the correction requested by the

consultants.

7) The revised article is sent to the authors (if corrections

are necessary).

8) The article is sent to the consultants once more (if they

require).

9) After the final manuscript is approved by the editor, it

is pre-selected for publishing.

10) The article is submitted to both the references

correction and normalization.

11) The article is diagrammed according to the criteria of

the journal.

12) The diagrammed article is reviewed.

13) The article is sent for the author's approval.

14) The edition is defined.

15) A last editorial correction is performed.

16) The graphic production is carried out.

Form and preparation of the manuscripts

Dental Press Journal of Orthodontics publishes original scientific research, significant reviews, case reports, brief communications and other materials related to orthodontics and facial orthopedics. 1. Title Page - Must comprise the title in English, an abstract and keywords. - Information about the authors must be provided on a separate page, including authors' full names, academic degrees, institutional affiliations and administrative positions. Furthermore, the corresponding author's name, address, phone numbers and e-mail must be provided. This information is not made available to the reviewers.

2. Abstract - Preference is given to structured abstracts in English with 250 words or less. - The structured abstracts must contain the following sections: INTRODUCTION: outlining the objectives of the study; METHODS, describing how the study was conducted; RESULTS, describing the primary results, and CONCLUSIONS, reporting the authors' conclusions based on the results, as well as the clinical implications. - Abstracts in English must be accompanied by 3 to 5 keywords, or descriptors, which must comply with MeSH. 3. Text - The text must be organized in the following sections:

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Introduction, Materials and Methods, Results, Discussion, Conclusions, References and Illustration legends. - Texts must contain no more than 4,000 words, including captions, abstract and references.

- Illustrations and tables must be submitted in separate files (see below). - Insert the legends of illustrations also in the text document to help with the article layout. 4. Illustrations - Digital images must be in JPG or TIF, CMYK or grayscale, at least 7 cm wide and 300 dpi resolution. - Images must be submitted in separate files. - In the event that a given illustration has been published previously, the legend must give full credit to the original source. - The author(s) must ascertain that all illustrations are cited in the text.

5. Graphs and cephalometric tracings - Files containing the original versions of graphs and tracings must be submitted. - It is not recommended that such graphs and tracings be submitted only in bitmap image format (not editable). - Drawings may be improved or redesigned by the journal's production department at the discretion of the Editorial

Board. 6. Tables - Tables must be self-explanatory and should supplement, not duplicate the text. - Must be numbered with Arabic numerals in the order they are mentioned in the text. - A brief title must be provided for each table.

- In the event that a table has been published previously, a footnote must be included giving credit to the original source. - Tables must be submitted as text files (Word or Excel, for example) and not in graphic format (noneditable image). 7. Copyright Assignment - All manuscripts must be accompanied by the following written statement signed by all authors: "Once the article is published, the undersigned author(s) hereby assign(s) all copyright of the manuscript [insert article title here] to Dental Press International. The undersigned author(s) warrant(s) that this is an original article and that it does not infringe any copyright or other third party proprietary rights, it is not under consideration for publication by

another journal and hás not been published previously, be it in print or electronically. I (we) hereby sign this statement and accept full responsibility for the publication of the aforesaid article." - This copyright assignment document must be scanned or otherwise digitized and submitted through the website*,

along with the article. 8. Ethics Committees - Articles must, where appropriate, refer to opinions of the Ethics Committees. 9. References - All articles cited in the text must appear in the reference

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list. - All listed references must be cited in the text. - For the convenience of readers, references must be cited in the text by their numbers only.

- References must be identified in the text by superscript Arabic numerals and numbered in the order they are mentioned in the text. - Journal title abbreviations must comply with the standards of the "Index Medicus" and "Index to Dental Literature" publications. - Authors are responsible for reference accuracy, which must include all information necessary for their identification. - References must be listed at the end of the text and conform to the Vancouver Standards (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). - The limit of 30 references must not be exceeded.

- The following examples should be used: Articles with one to six authors Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Articles with more than six authors

De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Book chapter Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas

cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Book chapter with editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertation, thesis and final term paper Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990. Digital format Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF).

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