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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MAURICIO VANELLI STOLT ANÁLISE DE SOFTWARES PARA A EMPRESA FULL AUTOMOTIVO LTDA Balneário Camboriú 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MAURICIO VANELLI STOLT

ANÁLISE DE SOFTWARES PARA A EMPRESA FULL AUTOMOTIVO LTDA

Balneário Camboriú

2010

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MAURICIO VANELLI STOLT

ANÁLISE DE SOFTWARES PARA A EMPRESA FULL AUTOMOTIVO LTDA

Relatório final apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração – Ênfase em Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientadora: Profª. Dra. Sara Joana Gadotti dos Anjos

Balneário Camboriú

2010

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MAURICIO VANELLI STOLT

ANÁLISE DE SOFTWARES PARA A EMPRESA FULL AUTOMOTIVO LTDA

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Ênfase em Gestão

Empreendedora da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário

Camboriú.

Área de Concentração: Sistema de Informação

Balneário Camboriú, 30 de Novembro de 2010.

___________________________________

Profª. Dra. Sara Joana Gadotti dos Anjos

Orientadora

____________________________________

Prof. Marcos Aurélio Batista

Avaliador

___________________________________

Prof. Roberto Hering

Avaliador

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: Mauricio Vanelli Stolt

Área de Estágio: Sistemas de Informação

Professora Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisora da Empresa: Arnilda Vanelli Stolt

Professora orientadora: Dra. Sara Joana Gadotti dos Anjos

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: Full Automotivo Ltda.

Endereço: Rua Adolfo Geiser, nº. 55

Bairro Poço Fundo – Brusque/SC

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administração

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo da Supervisora da Empresa: Arnilda Vanelli Stolt

Sócia Proprietária

Carimbo do CNPJ da Empresa:

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Brusque, 30 de Novembro de 2010.

A Full Automotivo Ltda., pelo presente instrumento, autoriza a Universidade

do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de

Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Mauricio

Vanelli Stolt.

_________________________________

Arnilda Vanelli Stolt

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“A mente que se abre a uma nova ideia

jamais voltará ao seu tamanho original”.

ALBERT EINSTEIN

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Ralph Stolt e Arnilda Vanelli Stolt por terem me

apoiado em horas difíceis e mostrar o caminho certo.

Ao meu irmão Leonardo Vanelli Stolt, que sempre esteve do meu lado não

importa a situação. À minha namorada Larissa, pelos finais de semanas perdidos

ajudando a construção do trabalho e pela compreensão.

À professora Sara, que além de ser uma ótima orientadora me ajudou em

todos os pontos do trabalho sempre com paciência e flexibilidade. Ao professor

Márcio pelas dicas e pelo bom humor.

A todos meus amigos de turma que compartilharam informações que foram

necessárias para fazer o trabalho.

A todos os colaboradores e parceiros da empresa FULL AUTOMOTIVO que

tornaram possível a execução do trabalho.

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RESUMO

Este estudo teve como objetivo geral analisar os softwares comerciais de peças automotivas líderes de mercado para a empresa Full Automotivo. Foram definidos os seguintes objetivos específicos: identificar e mapear os processos da Full Automotivo; descrever as principais necessidades da empresa quanto às soluções em automação; identificar as empresas que comercializam o sistema; escolher a empresa que melhor se adequa às necessidades da empresa. Quanto à metodologia, o estudo foi considerado como estudo de caso, sendo os dados tratados de maneira qualitativa. Foram pesquisadas algumas empresas que oferecem o sistema ERP voltado ao setor automotivo, que são: TOTVS; ACOM Sistemas; CIGAM; ForPrint. Após diversos estudos e propostas recebidas pelas empresas, destaca-se que as que oferecem um programa ERP bastante completo, que atende às necessidades da empresa Full Automotivo. Estudos mais criteriosos foram realizados e encontrou se uma empresa que atendeu ao requisito de custo e por possuir maior agilidade nas atualizações fiscais e contábeis do que as demais empresas, adequando-se melhor às necessidades da Full Automotivo.

Palavras-chave: Automação. Sistema de Informação. Sistema ERP.

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ABSTRACT

This study aimed to analyze the automotive parts business software market leaders for the company Full Automotivo. We defined the following objectives: identify and map the processes of Full Automotive; describe the main needs of the enterprise of automation solutions, to identify companies that market the system, choose the company that best suits your company's needs. Regarding the methodology, the study was considered as a case study, with data being treated in a qualitative way. Searches were some companies that offer ERP system aimed at the automotive sector, which are: TOTVS; ACOM Systems; CIGAM; ForPrint. After several studies and proposals received by the companies CIGAM and TOTVS, it is emphasized that both offer a very comprehensive ERP program, which caters to business needs Full Automotivo. More detailed studies have been conducted and the company TOTVS met the requirement of cost and have greater flexibility in fiscal and accounting updates than other companies, adjusting to the needs of Full Automotivo. Keywords: Automation. Information System. ERP System.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ASP – Aplication Solution Provider

B2B – Business to Business

BPI – Business Process Integration

BPMS – Business Process Management System

BSC – Balanced Scorecard

CDU – Cessão de direito de uso

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPF – Cadastro de Pessoa Física

CRM – Customer Relationship Management

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DARF – Documento de Arrecadação da Receita Federal

DIPJ – Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica

DIRF – Declaração do Imposto Retido na Fonte

EaD – Ensino à distância

EAN – European Article Number

ECF – Emissor de Cupom Fiscal

EDI – Electronic Data Interchange

EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva

EPI – Equipamento de Proteção Individual

ERP – Enterprise Resource Planning

FGV – Fundação Getúlio Vargas

GED – Gerenciamento de Documentos Eletrônicos

GUI – Graphical User Interface

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado

IN – Instrução Normativa

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

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IR – Imposto de Renda

ISO – International Organization for Standardization

ISS – Imposto Sobre Serviços

ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

LMC – Livro de Movimentação de Combustíveis

LMS – Learning Management System

Ltda. – Limitada

MIC – Metodologia de Implantação CIGAM

MPS – Master Production Schedule

MRP – Manufacturing Resource Planning

NBR – Norma Brasileira

NR – Norma Regulamentadora

ODBC – Open Data Base Connectivity

OLAP – On Line Analytical Processign

OP – Ordem de Produção

PCP – Planejamento e Controle da Produção

PDA – Personal Digital Assistant

Pgto - pagamento

PIS – Programa de Integração Social

PPP – Perfil Profissionagráfico Previdenciário

PR – Paraná

RH – Recursos Humanos

SI – Sistemas de Informação

SINTEGRA – Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais

com Mercadorias e Serviços

SP – São Paulo

SPED – Sistema Público de Escrituração Digital

SPLA – Service Provider License Agreement

TEF – Transferência Eletrônica de Fundos

TI – Tecnologia da Informação

TMS – Transportation Management System

UCC – Universidade Corporativa CIGAM

WMS – Warehouse Management System

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Síntese das tendências gerais da TI (Tecnologia da Informação) 34

Quadro 2: Requisitos do software ................................................................. 44

Quadro 3: Benefícios e problemas dos sistemas ERP .................................. 45

Quadro 4: Configurações do ERP CIGAM .................................................... 67

Quadro 5: Condições de pagamento do ERP CIGAM .................................. 73

Quadro 6: Serviços da TOTVS ...................................................................... 78

Quadro 7: serviços mensais de gerenciamento de projeto e atendimento a

clientes da TOTVS ........................................................................................

79

Quadro 8: Condições de pagamento da TOTVS ........................................... 80

Quadro 9: Comparação entre as empresas pesquisadas ............................. 81

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma da empresa Full Automotivo ................................... 20

Figura 2: Principais dimensões da estratégia competitiva ............................ 27

Figura 3: O relacionamento de duas vias entre organizações e tecnologia

de informação ................................................................................................

31

Figura 4: Papel do Sistema de Informação ................................................... 37

Figura 5: Fluxograma dos processos internos da empresa .......................... 55

Figura 6: Fluxograma do processo de compras da empresa ........................ 56

Figura 7: Fluxograma do processo financeiro da empresa ........................... 57

Figura 8: ERP CIGAM e suas principais integrações .................................... 67

Figura 9: Tecnologia de comunicação RM .................................................... 76

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 16

1.1 Tema ....................................................................................................... 16

1.2 Problema ................................................................................................. 16

1.3 Objetivos da pesquisa ............................................................................. 17

1.3.1 Objetivo geral ....................................................................................... 17

1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................ 17

1.4 Justificativa .............................................................................................. 17

1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 18

1.6 Organização do trabalho ......................................................................... 22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 23

2.1 Gestão da informação ............................................................................. 23

2.1.1 Informação ............................................................................................ 23

2.1.2 Gestão da informação .......................................................................... 26

2.2 Os Sistemas e as Organizações ............................................................. 29

2.3 Sistemas de Informação .......................................................................... 32

2.4 ERP – Sistema Integrado de Gestão ...................................................... 40

3 METODOLOGIA ........................................................................................ 50

3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 50

3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 51

3.3 Instrumentos de pesquisa ....................................................................... 51

3.4 Análise e interpretação dos dados .......................................................... 51

3.5 Limitações da pesquisa ........................................................................... 52

4 RESULTADOS OBTIDOS ......................................................................... 53

4.1 Processos da Full Automotivo ................................................................. 53

4.2 Necessidade da empresa em soluções de automação ........................... 57

4.3 Empresas fornecedores do ERP ............................................................. 61

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4.3.1 ACOM Sistemas ................................................................................... 62

4.3.2 ForPrint Informática .............................................................................. 63

4.3.3 CIGAM .................................................................................................. 63

4.3.3.1 Proposta apresentada pela CIGAM ................................................... 65

4.3.4 TOTVS .................................................................................................. 74

4.3.4.1 Proposta apresentada pela TOTVS .................................................. 75

4.4 Comparação entre as empresas ............................................................. 80

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 85

APÊNDICE .................................................................................................... 87

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Tema

O ERP é um software integrado que atende a toda a empresa numa única

ferramenta, e normalmente utiliza o que tem de mais atualizado na tecnologia da

informação, além de opções de parametrização para tornar o sistema mais completo

e flexível.

A integração exige maior capacidade de processamento – equipamentos mais

sofisticados – e maior homogeneidade de tecnologias e processos de negócio. A

maior capacidade de processamento é necessária em função da movimentação de

maiores volumes de informações pelo sistema, em tempo real, e pela consequente

necessidade de validações mais complexas. A homogeneidade dos processos é o

pré-requisito da integração, já que não há como integrar ações baseadas em

conceitos conflitantes.

A integração presume o uso comum dos dados e uma consistência de

conceitos e processos de negócios. Os dados são únicos e compartilhados por todas

as aplicações e, portanto, por todas as áreas da empresa. Dessa forma, um evento

real é registrado uma só vez e produz efeitos em todos os processos que estão

envolvidos.

Os sistemas de informação buscam integrar todas as informações da

empresa, proporcionando aos gestores o acesso a dados que possibilitem sua

tomada de decisões de maneira mais assertivamente.

Para Nascimento e Yoneyama (2000) automatizar é dotar os sistemas de

mecanismos ou dispositivos que, com um mínimo de intervenção humana, permita

que seja alcançadas as especificações de segurança, produtividade, qualidade,

conforto e outras.

1.2 Problema

A Full Automotivo está inserida no segmento automotivo, com foco na

produção de terminais de fio em latão, estanho, conectores plásticos, chicotes de

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som automotivo, chicotes de bomba de combustível, e todos os componentes

elétricos da linha automotiva.

Quais os softwares comerciais ERP que mais se adéquam as

necessidades da para a empresa Full Automotivo Ltda.?

1.3 Objetivos da Pesquisa

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar os softwares comerciais de peças automotivas líderes de mercado

para a empresa Full Automotivo.

1.3.2 Objetivos Específicos

Identificar e mapear os processos da Full Automotivo.

Descrever as principais necessidades da empresa quanto às soluções em

automação.

Identificar as empresas que comercializam o sistema.

Analisar o software que melhor se adequa às necessidades da empresa.

1.4 Justificativa

Os sistemas de informação apresentam valores diferentes para as empresas,

que também possuem necessidades e cenários diferenciados. Para Laudon e

Laudon (2004), uma infraestrutura de tecnologia da informação consistentemente

forte poderá, no longo prazo, desempenhar um importante papel estratégico na

empresa, e terá interferência na sobrevivência da empresa.

Isso porque as informações possuem papel fundamental na tomada de

decisões e no planejamento das estratégias, haja vista que se torna essencial se

conhecer o ambiente interno da empresa, tais como produtividade, demanda, lead

time, ponto de pedido, estoque, refugos, custos, entre outros dados que são

fundamentais à sua sobrevivência.

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Este estudo buscou auxiliar a empresa Full Automotivo na escolha das

empresas fornecedoras de software, a fim de escolher àquela que melhor se adeque

às necessidades da empresa.

Quanto à importância, este trabalho se justifica pela realização de uma

análise detalhada do sistema ERP na empresa Full Automotivo, além de poder servir

de base para os gestores na aquisição do sistema.

Para o acadêmico, o desenvolvimento do trabalho proporcionou maior

conhecimento sobre os sistemas de informação, mais precisamente o sistema ERP,

oportunizando assim os fundamentos teóricos em sua vida profissional.

Quanto à viabilidade, existe uma ampla bibliografia a respeito dos temas

voltados aos sistemas de informação e sistemas ERP - Enterprise Resource

Planning, além do acesso às informações necessárias na empresa Full Automotivo.

1.5 Contextualização do ambiente de estágio

Situada na cidade de Brusque, em Santa Catarina, a Full Automotivo é uma

empresa que está designada a desenvolver, produzir, comercializar, distribuir e

representar produtos no segmento automotivo, buscando sempre a excelência nos

seus serviços e produtos.

A Full Automotivo se compromete a buscar continuamente o aperfeiçoamento

de seus produtos e serviços, procurando atender às expectativas de seus clientes,

conquistando o seu respeito de forma satisfatória através da melhoria contínua:

da parceria com atuais fornecedores;

do aperfeiçoamento e desenvolvimento constante dos colaboradores e parceiros;

do respeito e preocupação com o meio ambiente;

da busca por novas tecnologias;

da melhoria dos produtos já desenvolvidos;

da melhoria e crescimento da organização.

A empresa possui uma área de 7.000m2, sendo 1.200m2 de área construída,

e conta atualmente com 25 colaboradores, distribuídos nos processos definidos

dentro do SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade). Todos os processos trabalham

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regidos por várias ferramentas alinhadas aos requisitos estabelecidos na Norma ISO

9001:2008.

A figura 1 visualiza o organograma funcional da empresa.

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Figura 1: Organograma da empresa Full Automotivo. Fonte: Dados fornecidos pela empresa (2010).

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Toda atividade agregada ao produto é monitorada, a começar pelo

recebimento da matéria-prima, onde todos os requisitos são inspecionados. No

processo de fabricação, todos os parâmetros são garantidos pelo uso da tecnologia

e por ferramentas adequadas que garantem o perfeito atendimento às

especificações.

A empresa comporta atualmente em suas instalações um amplo estoque de

terminais de latão natural e estanhado, que depois de fabricados, os mesmos

passam por um rigoroso processo de qualidade, na qual são analisados vários

requisitos, como aplicação, espessura, acabamento, conexão e trava, oferecendo

assim um ótimo rendimento elétrico.

Os conectores são fabricados pelo processo de injeção termoplástica em

moldes de múltiplas cavidades. Para garantir a qualidade do produto, a Full

Automotivo executa constantemente controles dimensionais e requisitos, bem como

trabalha somente com poliamidas de engenharia de fornecedores homologados da

indústria automotiva.

Os soquetes de faróis são atualmente produzidos e montados com

cabos de 1,00mm² e 1,5mm², os mesmos são submetidos a uma análise rigorosa,

onde os cabos são medidos conforme os requisitos, a fim de obter a medida

adequada, melhorando com isso a condução de energia.

Os kits são compostos por conectores e terminais, machos e fêmeas, e

proporcionam certa facilidade e agilidade na conexão de um ou mais cabos,

evitando erros de aplicação ou sobra de componentes, pois garantem um encaixe

perfeito e um ótimo acabamento.

Os chicotes para som são fabricados com cabos de ótima qualidade,

proporcionando certa agilidade e alto grau de acabamento na instalação, sendo

utilizados os chicotes de rádio/CD, cabos RCA, cabos Y e chicotes de alto-

falantes nos veículos, não haverá a necessidade de cortar os fios originais, evitando

emendas e até mesmo a perda da garantia do carro.

Os chicotes para bomba de combustível são fabricados com cabos em teflon,

para ser utilizado tanto em veículos a álcool, gasolina ou flex, evitando a degradação

dos mesmos por corrosão. Os chicotes possuem terminais estanhados e conectores

adequados para cada tipo de instalação, sem que haja a necessidade de cortes de

fios ou alterações mecânicas, mantendo com isso, totalmente a originalidade do

veículo.

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O porta fusível conta com um design moderno e inovador, produzidos

atualmente com fios de 1,5mm2, 2,5mm2 e 4,0mm2, e passam por uma rigorosa

análise de medição, onde os cabos são medidos conforme os requisitos, a fim de

obter a medida adequada.

1.6 Organização do trabalho

A primeira parte do trabalho apresenta a introdução, o tema da pesquisa, bem

como a identificação dos objetivos a serem cumpridos, a justificativa e a

apresentação da empresa, foco deste estudo.

O segundo capítulo apresenta o embasamento teórico de autores da área de

Gestão de Informação, com foco em Sistema de Informação, que direcionou o

trabalho para sua realização.

O terceiro capítulo refere-se à metodologia utilizada para a coleta,

apresentação, e caracterização da pesquisa, definindo o delineamento que foi

utilizado.

Assim, o quarto capítulo a seguir apresenta os resultados da pesquisa

coletados pelo acadêmico através da realização de entrevistas, bem como a análise

dos dados e o cumprimento dos objetivos específicos.

O quinto capítulo apresenta as considerações finais do acadêmico acerca do

estudo realizado, bem como uma análise dos objetivos propostos que foram

alcançados durante o decorrer do trabalho.

Por fim, são apresentadas as referências bibliográficas dos autores citados no

trabalho e o apêndice com o roteiro da entrevista.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo trata da fundamentação teórica do trabalho, considerando os

temas: gestão da informação, informação, sistemas e organização, sistemas de

informação e ERP.

2.1 Gestão da Informação

2.1.1 Informação

As informações são essenciais em todos os segmentos, tanto profissional

quanto pessoal dos indivíduos. É através delas que as pessoas tomam decisões,

fazem planejamento, moldam sua cultura, entre outras atitudes, e da mesma forma

que as empresas.

O conceito de informação, para Turban, Rainer Júnior e Potter (2003), é

definido como um conjunto de fatos (dados) organizado de modo a fazer sentido

para o destinatário. Com isso, entende-se que as informações nascem a partir dos

dados processados. Salientam ainda Laudon e Laudon (2004) que a informação são

os dados apresentados em uma forma significativa e útil para os seres humanos.

A informação é um ativo que precisa ser administrado, da mesma forma que os outros tipos de ativo representados pelos seres humanos, capital, propriedades e bens materiais, ela representa uma classe particular dentre esses outros tipos de ativo (McGEE; PRUSAK, 1994, p.23).

Os dados são fatos brutos que acontecem na organização, que existem

conforme os usuários vão alimentando um sistema. Já a informação são os dados

que foram moldados e que se tornarão importantes para os usuários.

Os dados, conforme explicam Gordon e Gordon (2006), são fatos, valores,

observações e medidas que não estão contextualizadas ou organizadas. Já a

informação são dados processados, ou seja, dados que foram organizados e

interpretados e possivelmente formatados, filtrados, analisados e resumidos.

Nas organizações, os gestores utilizam-se das informações para obter

conhecimento. Os sistemas de informação coletam dados, produzem informações e

auxiliam na criação do conhecimento.

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A informação, para McGee e Prusak (1994, p.24), “são dados coletados,

organizados, ordenados, aos quais são atribuídos significados e contexto. A

informação deve informar, enquanto os dados absolutamente não têm essa missão”.

A informação, segundo Stair e Reynolds (2002, p.4), “é uma coleção de fatos

organizados de modo que adquirem um valor adicional além do valor dos próprios

fatos”. Assim, definir e organizar os relacionamentos entre os dados gera

informação, ou seja, definir os diversos relacionamentos resulta em diferentes

informações.

Informação é todo conjunto de dados organizados de forma a terem sentido e valor para seu destinatário. Este interpreta o significado, tira conclusões e faz deduções a partir deles. Os dados processados por um programa aplicativo têm uso mais específico e maior valor agregado do que aquele simplesmente recuperado de um banco de dados. Esse aplicativo pode ser um sistema de gerenciamento de estoques, um sistema de matrículas on line de uma universidade, ou um sistema de Internet para compra e venda de ações (TURBAN; McLEAN; WETHERBE, 2004, p.63).

A informação, para McGee e Prusak (1994), é um ativo que precisa ser

administrado, sendo que seu valor é determinado exclusivamente pelo usuário.

Assim, gerenciar informação é tão importante quanto gerenciar outros tipos de bens.

A abordagem dada pelas empresas em relação à informação vem sofrendo

uma constante evolução. Conforme Laudon e Laudon (2004), pode-se identificar

cinco eras segundo as quais as empresas definiram a importância da informação:

Nos anos 50, a informação estava mais ligada a um mal necessário associado à

burocracia do projeto, manufatura e distribuição de um produto ou serviço.

Nos anos 60 e 70, as organizações passaram a ver a informação de uma forma

diferente, reconhecendo o seu potencial de uso para o suporte da administração de

uma forma geral.

Nos anos 70 e no início dos anos 80, a informação – e os sistemas que

coletavam, armazenavam e a processavam – passaram a ser vistos como

provedores de controle feitos sob medida para os objetivos específicos dentro da

organização.

A partir do meio dos anos 80, a concepção de informação se modificou

novamente, passando a ser vista como um recurso estratégico, uma fonte de

vantagem estratégica, ou uma arma para assustar ou frustrar a competição.

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Atualmente, a informação é encarada como um princípio fundamental dos

processos, produtos e serviços do negócio. As empresas são compostas

primariamente de recursos de conhecimento que, se propriamente compartilhados

com fornecedores, clientes e funcionários, podem se tornar a fundação para o

sucesso e a vantagem competitiva sustentáveis.

É importante perceber que a informação só existe quando dados são

ordenados e relacionados para empreender um determinado contexto, e isso faz

uma grande diferença quando se precisa apoiar uma decisão, pois muitas vezes há

uma acomodação com uma oferta de dados, que não oferecem correlações

suficientes para uma maior assertividade, e tomam-se decisões baseadas em

intuições (LAUDON; LAUDON, 2001).

A transformação de dados em informação é um processo, ou seja, um

conjunto de tarefas logicamente relacionadas e executadas para atingir a um

resultado definido. O processo de definição de relacionamento entre dados exige

conhecimento.

O conhecimento, segundo O‟Brien (2003), representa a percepção e a

compreensão de um conjunto de informações e de como estas informações podem

ser úteis para uma tarefa específica. O ato de escolher ou rejeitar dados com base

em sua relevância, para executar determinadas tarefas, está fundamentado em um

tipo de conhecimento pertinente ao processo de conversão de dados em

informação.

Caso o propósito da informação for capacitar os gestores a alcançar os

objetivos da organização com o uso eficiente de seus recursos, salienta Beuren

(2000) que deve-se observar que a informação também é um recurso.

Por isso, o valor da informação é valioso para as organizações, a fim de

serem tomadas decisões com base em dados precisos e reais de seu ambiente

interno e externo.

O valor da informação, para Davis apud Beuren (2000), resulta do valor da

alteração no comportamento da decisão, causada pela informação, menos o custo

da informação. Assim, dado um conjunto de decisões possíveis, o tomador de

decisões selecionará uma das bases de informação disponíveis.

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26

O papel da informação deve ser estimulado e utilizado em todas as etapas do

processo de gestão, a fim de contribuir para a eficiência e eficácia da integração

entre a definição, execução e avaliação da estratégia empresarial.

2.1.2 Gestão da Informação

Em todas as organizações, a informação é um ativo estratégico, pois quanto

mais precisa e atualizada as informações, melhor será a tomada de decisões.

É preciso identificar o cerne da questão quando nos referimos à informação,

pois tem sido usual o alto investimento em tecnologia de informação. Ainda há uma

crença de que a aquisição de sistemas de informação e implantação de novos

processos informacionais credenciam as organizações a melhores resultados.

Não há como discutir o valor dos sistemas de informação, mas é necessário

se desprender do processo e ater-se à informação propriamente dita. Segundo

Mcgee e Prusak (1994, p.08), “mudar o foco ao lidar com as questões de informação

antes de nos voltarmos para a tecnologia, pode ser uma atitude altamente benéfica

para a compreensão das dimensões estratégicas da informação”.

Assim, a informação afeta a definição das estratégias no ambiente

empresarial, sendo considerado um elemento vital para o processo de planejamento.

A informação e a tecnologia da informação, conforme McGee e Prusak (1994)

têm sido utilizadas com significativa vantagem na execução de processos vitais de

negócios. Uma estratégia em que deve ser simultaneamente considerado o enfoque

da posição da empresa relativamente ao ambiente competitivo, os recursos e

capacitações que serão necessários ao desenvolvimento e manutenção dessa

posição e a forma pela qual a organização será estruturada e administrada para

chegar a tal posição pode ser visualizada através da figura 2.

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Figura 2: Principais dimensões da estratégia competitiva. Fonte: McGee e Prusak (1994).

Em um ambiente competitivo estático ou onde as mudanças acontecem de

modo vagaroso, uma vez definida a estratégia, e com a execução e a integração em

funcionamento, a tarefa está concluída.

Os administradores lidam com informação em todos os seus aspectos diários

do trabalho. Os gestores podem usar informações para obter conhecimento. As

organizações usam as informações como um recurso, como um ativo ou como um

produto (McGEE; PRUSAK, 1994).

A informação como um recurso; tal como o dinheiro, pessoas, matérias-

primas, equipamentos ou tempo, a informação pode servir como um recurso, um

insumo na produção de bens e serviços. Os gestores podem usar a informação para

substituir capital e trabalho, ao mesmo tempo em que reduz custos (GORDON;

GORDON, 2006).

Processo de Negócio e Infraestrutura

Planejamento Empresarial

Posicionamento &

Escopo

Competências Específicas da Organização

Governância -Estrutura/Administração (própria,

associação, joint-venture, compra)

Estratégia Competitiva

Ambiente Competitivo

Estratégia

Planejamento/ Definição

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Na informação como um ativo, a propriedade de uma pessoa ou de uma

organização que contribui para os resultados de uma empresa. Sob este ângulo, a

informação assemelha-se a instalações, equipamentos e outros ativos da empresa.

Os gestores podem visualizar a informação como um investimento que eles podem

usar estrategicamente para dar à sua empresa uma vantagem sobre seus

competidores (GORDON; GORDON, 2006).

Na informação como um produto, as empresas também podem vender

informação, o resultado de seu processo produtivo, como um produto ou serviço ou

como componente embutido em um produto. Em uma economia orientada para

serviços, um número crescente de empresas encara a informação desta forma

(GORDON; GORDON, 2006).

As informações desempenham um papel vital no sucesso empresarial de um

empreendimento. Portanto, de acordo com O‟Brien (2003), a informação representa:

uma grande área funcional dos negócios que é tão importante para o sucesso

empresarial como as funções de contabilidade, finanças, administração de

operações, marketing e administração de recursos humanos;

uma contribuição importante para a eficiência operacional, produtividade e

moral dos funcionários, atendimento e satisfação do cliente;

uma fonte principal de dados e apoio necessária para promover a decisão

eficaz dos gerentes;

um ingrediente importante no desenvolvimento de produtos e serviços

competitivos que conferem à organização uma vantagem estratégica no mercado

global;

uma parte importante dos recursos de um empreendimento e seu custo de

realização de negócios, representando por isso um desafio maior à administração de

recursos.

Considera-se a informação como dados que se tornaram mais úteis quando

da aplicação do conhecimento. Esse conjunto de dados, regras, procedimentos e

relacionamentos que precisam ser seguidos para agregar valor ou alcançar

resultados adequados constitui a base de conhecimento (O‟BRIEN, 2003).

Existem três atividades em um sistema de informação que produzem as

informações de que as organizações precisam para tomar decisões, controlar

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operações, analisar problemas e criar novos produtos ou serviços. Essas atividades

são, de acordo com Laudon e Laudon (2001):

entrada: captura ou coleta dados brutos dentro da organização ou de seu

ambiente externo;

processamento: converte essa entrada de dados brutos em uma forma mais

significativa;

saída: transfere a informação processada às pessoas ou atividades onde ela será

usada.

A gestão do fluxo de informações passa a ter um caráter estratégico na

obtenção da vantagem competitiva, objetivo final de qualquer empresa. A Tecnologia

da Informação está mudando a maneira como as empresas operam.

Está afetando todo o processo através do qual elas criam os seus produtos e,

além disso, está reformulando o próprio produto: todo o pacote de bens físicos,

serviços e informação que as empresas provêem para gerar valor para seus

compradores e clientes (LAUDON; LAUDON, 2004).

2.2 Os Sistemas e as Organizações

Um sistema é um coletor de dados e processador de informações, seja ela de

qualquer natureza. No ambiente empresarial, Cassarro (2003, p.25) afirma que

“sistema é um conjunto de funções logicamente estruturadas, com a finalidade de

atender a determinados objetivos”. No meio empresarial, as informações constituem-

se em um dos principais elementos impulsionadores, tornando-as dinâmicas,

competitivas e cada vez mais atuantes.

O sistema demonstra a ideia de conjunto, de um todo, composto de

elementos que se inter-relacionam. Existe a possibilidade de desenvolverem ou

produzirem algo, com vistas em alcançar certos objetivos. O‟Brien (2003, p.17)

aponta que sistema é “um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham

juntos, rumo à uma meta comum recebendo insumos e produzindo resultados em

um processo organizado de transformação”.

“O sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas,

decorrendo dois conceitos: o de propósito (ou objetivo) e o de globalismo (ou

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totalidade)”, como destaca Chiavenato (1999, p.111). Esses dois conceitos retratam

duas características básicas dos sistemas:

propósito ou objetivo: todo sistema tem um ou alguns propósitos ou objetivos. As

unidades ou elementos (ou objetos), bem como os relacionamentos, definem um

arranjo que sempre visa alcançar um objetivo;

globalismo ou totalidade: todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma

ação que produza mudança em uma das unidades do sistema com muita

probabilidade deverá produzir mudanças em todas as outras unidades. Em outros

termos, qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará as demais

unidades, devido ao relacionamento existente entre elas. O efeito total dessas

mudanças ou alterações apresenta-se como um ajustamento de todo o sistema. O

sistema sempre reagirá globalmente a qualquer estímulo produzido em qualquer

parte ou unidade. Há uma relação entre as diferentes partes do sistema. Sempre

que há uma mudança no sistema, ocorre um ajustamento sistemático.

Verifica-se que as funções principais de um sistema são: a entrada de dados,

o processamento de informações, a saída da informação, a retroalimentação desta

informação e o ambiente que envolve o sistema.

Os sistemas de informação e as organizações trocam dados mutuamente.

Conforme Laudon e Laudon (2004), os sistemas podem ser alinhados à organização

para fornecer as informações que os grupos internos precisam. Ao mesmo tempo,

para se beneficiar das novas tecnologias, a organização deve estar consciente das

influências dos sistemas de informação e aberta a elas, pois esses sistemas podem

mudar totalmente a vida das organizações.

Nesse contexto, uma organização é uma estrutura social estável e formal que

retira recursos do ambiente e os processa para produzir resultados. Fundamenta

Laudon e Laudon (2004) que esta definição técnica aborda três elementos de uma

organização: (a) capital e trabalho são os fatores primários de produção fornecidos

pelo ambiente, e a organização transforma essas entradas em produtos e serviços

por meio de uma função de produção; (b) os produtos e serviços são consumidos

pelos ambientes, que os devolvem como entradas de suprimento, pois uma

organização é mais estável do que um grupo informal, em termos de longevidade e

rotina; e, (c) as organizações são entidades formais, com regras e procedimentos

internos e que devem ser regidas por leis. Também são estruturas sociais, porque

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constituem uma coleção de elementos sociais, sendo muito parecido com máquinas

– um arranjo específico de válvulas, polias, eixos e outras peças.

Percebe-se que a interação entre os sistemas de informação e as

organizações é complexo, sofrendo a interferência de diversos fatores, como a

estrutura da organização, os procedimentos, processos, políticas, cultura, o

ambiente que a cerca e as decisões da empresa. Esta interação pode ser observada

na figura 3.

Figura 3: O relacionamento de duas vias entre organizações e tecnologia de informação.

Fonte: Laudon e Laudon (2004, p.75).

Esse relacionamento complexo de duas vias é mediado por muitos fatores,

sendo que as decisões tomadas, ou não tomadas, não são as menos importantes.

Dentre outros fatores que intervêm no relacionamento estão a cultura organizacional,

a burocracia, as políticas, os processos de negócios e o puro acaso.

2.3 Sistemas de Informação

Organizações

Tecnologia de

informação

Fatores intervenientes

- Ambiente

- Cultura

- Estrutura

- Procedimentos padrão

- Processos de negócios

- Políticas

- Decisões administrativas

- Acaso

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Os sistemas de informação da empresa devem ser configurados de forma a

atender eficientemente às necessidades de dados de seus usuários.

Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto

de componentes inter-relacionados que coleta, processa, armazena e distribui

informação para dar suporte à tomada de decisão e ao controle da organização.

Além de apoiar, coordenar e controlar a tomada de decisão, os sistemas de

informação também podem ajudar os gerentes e trabalhadores a analisar problemas,

visualizar assuntos complexos e criar novos produtos (LAUDON; LAUDON, 2001).

Assim, um sistema de informação é uma solução organizacional e

administrativa, baseada na tecnologia de informação, para um desafio imposto pelo

ambiente interno e externo.

O sistema de informação, no entendimento de O‟Brien (2003), é um conjunto

organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de

dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização. Assim,

as pessoas recorrem aos sistemas de informação para se comunicarem entre si,

utilizando uma diversidade de dispositivos físicos (hardware), instruções e

procedimentos de processamento de informação (software), canais de

comunicações (redes) e dados armazenados (recursos de dados).

Os parâmetros dos sistemas são, ainda conforme Chiavenato (1999, p.117):

as entradas: são também chamadas de insumos ou impulsos que o sistema

recebe de fora e constituem os pontos de contato do sistema com o ambiente

externo;

as saídas: são também chamadas de resultados ou produtos que o sistema

coloca para fora e constituem também os pontos de contato do sistema com o

ambiente externo;

o processamento: constitui a operação interna do sistema; fica entre as entradas

e as saídas, pois transforma e processa os insumos e proporciona as saídas;

a retroação: é também chamada de retroalimentação ou retroinformação ou

ainda alimentação de retorno e constitui a função do sistema que compara a saída

com um padrão ou critério previamente estabelecido;

o ambiente: é o meio que envolve o sistema. O sistema aberto recebe entradas

do ambiente, processa-as e efetua saídas novamente para o ambiente, de tal forma

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que existe entre ambos – sistema e ambiente – uma constante interação. O sistema

e o ambiente encontram-se, pois, inter-relacionados e interdependentes.

Um sistema de informação constitui um tipo especial de sistema que pode ser

definido como um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que

coletam (entrada), manipulam (processamento) e disseminam (saída) os dados e a

informação, conforme Stair e Reynolds (2002), e fornecem um mecanismo de

feedback para atender a um objetivo. A seguir, será explanado cada um dos

componentes de um sistema de informação:

entrada: é a atividade de reunião e coleta de dados brutos. A entrada pode ter

vários formatos. Em um sistema de informação projetado para produzir

contracheques, por exemplo, os cartões de ponto dos empregados podem

representar a entrada inicial; em um sistema telefônico de emergência, uma

chamada poderia ser considerada a entrada; enquanto em um sistema de marketing

as respostas dos clientes nas pesquisas podem ser consideradas a entrada. Nota-se

que, independentemente do sistema envolvido, o tipo de entrada é determinado pela

saída desejada do sistema. A entrada pode ser um processo manual ou

automatizado;

processamento: em sistemas de informação, o processamento envolve a

conversão e a transformação de dados em saídas úteis. O processamento pode

incluir a realização de cálculos, comparações e tomadas de ações alternativas e,

ainda, o armazenamento dos dados para uso futuro. O processamento também

pode ser feito manualmente ou com a assistência de computadores;

saída: envolve a produção de informação útil, geralmente em forma de

documentos e/ou relatórios. Frequentemente, a saída de um sistema pode ser usada

como entrada para controlar outros sistemas ou dispositivos. A saída pode ser

produzida numa variedade de formatos. Para um computador, impressoras e

monitores são dispositivos comuns, assim como um processo manual envolve

relatórios e documentos manuscritos;

feedback: é a saída utilizada para promover as mudanças na entrada ou nas

atividades de processamento. O feedback também é importante para a gerência e

para os tomadores de decisão. Por exemplo, a saída de um sistema de informação

poderia indicar que os níveis de estoque para alguns itens estão baixos. Um gerente

poderia usar esse feedback e solicitar mais pedidos para o estoque. Os novos

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pedidos de estoque tornam-se, então, a entrada para o sistema. Nesse caso, o

sistema de feedback identifica um problema existente e alerta o gerente que existem

poucos itens em estoque. Além dessa abordagem, um sistema de computador

também pode ser pró-ativo, fazendo a previsão de eventos futuros para evitar

problemas. Esse conceito, frequentemente chamado de previsão, pode ser usado

para estimar as vendas futuras e pedir mais estoque antes que ocorra uma

escassez.

Quando combinadas com a tecnologia da informação, os dados,

procedimentos para processamento de dados e pessoas que coletam e usam os

dados criam os sistemas de informação. O quadro 1 apresenta as tendências gerais

da TI (Tecnologia da Informação).

Tendência Descrição Vantagens

Melhoria constante da relação custo/desempenho

A velocidade de processamento dos computadores e a capacidade de memória estão aumentando, enquanto os preços dos computadores continuam caindo. À medida que os custos de mão-de-obra aumentam, a proporção entre custo/desempenho dos computadores em relação ao trabalho manual aumenta consideravelmente.

Os computadores terão vantagens comparativas cada vez maiores em relação às pessoas; um número cada vez maior de tarefas rotineiras será executado pelos computadores, de modo econômico.

Armazenamento e memória

Os CD-ROMs e outros dispositivos de armazenamento aumentarão o espaço para guardar dados e informações.

Grandes capacidades de memória aceitarão o uso de multimídia e outras tecnologias novas, baseadas em computadores.

Interfaces gráficas e outras interfaces amigáveis com o usuário (user-friendly)

Uma interface gráfica do usuário (GUI – graphical user interface) é um conjunto de recursos de software que fornece aos usuários controle direto dos objetos visíveis na tela. Assim, os usuários podem usar os ícones, menus pull-down, janelas e um mouse, em vez de uma sintaxe de comandos complexa.

As GUIs melhoram a interação com o usuário, simplificando o máximo possível a interface ser humano-máquina.

Arquitetura baseada em cliente/servidor

Essa arquitetura liga os computadores pessoais (clientes) a computadores poderosos e especializados (servidores), que eles compartilham por meio das redes locais ou globais.

Permite a interconexão dos diferentes tipos de hardware; usada como suporte para a Internet e Intranets.

Computadores em rede (clientes enxutos)

Os computadores que não possuem uma unidade de disco rígido, mas, em substituição, estão ligados a um computador central, através de uma rede.

Oferece vantagens da computação de desktop, sem o alto custo do hardware comum dos computadores pessoais.

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Tendência Descrição Vantagens

Computação empresarial ampla

Uma extensão da infraestrutura de computação que liga todas as funções de uma organização e, às vezes, até a dos parceiros de negócios.

Melhora o relacionamento com os fornecedores, com outros parceiros de negócios e clientes. Permite que as organizações lancem os produtos e serviços no mercado, mas rapidamente, quando o processo de elaboração dos produtos transcorre on line.

Intranets e Extranets

Intranets são redes dentro de uma organização que usam tecnologias da Internet para conectar as comunicações organizacionais. Extranets são redes protegidas que conectam as Intranets de vários parceiros de negócios.

As Intranets otimizam as comunicações organizacionais. As Extranets criam uma poderosa comunicação interorganizacional e os sistemas de cooperação.

Data Warehouse

Depósitos gigantescos (armazenamento) em computadores para grandes volumes de dados.

Os data warehouses organizam os dados para facilitar o acesso aos usuários finais. Quando integrados à Internet, podem ser acessados em qualquer local, a qualquer momento.

Data mining (mineração de dados)

Uma técnica de análise sofisticada, que revela automaticamente relações entre os dados, não detectadas anteriormente.

Permite que os gerentes vejam as relações e a dinâmica existentes entre os elementos de dados, não visualizadas anteriormente (por exemplo, como a venda de um produto pode direcionar a venda de outro).

Ambiente orientado a objetos

Um tipo de desenvolvimento de software, que destaca a construção e uso de unidades independentes de instruções e dados (objetos) de software, que podem ser usados e reutilizados como componentes de software desenvolvidos para diversos propósitos na organização.

Pode reduzir consideravelmente o custo de construir e manter sistemas de informação baseados em computadores.

Gerenciamento de documentos eletrônicos (GED)

Uma técnica que converte documentos baseados em papel em documentos eletrônicos digitais, por meio de digitalização e tecnologias relacionadas.

Reduz muito as necessidades de armazenamento e permite a organização e manipulação dos documentos como quaisquer outros tipos de dados eletrônicos.

Multimídia e realidade virtual

Multimídia é a integração de vários tipos de mídia – voz, texto, gráficos, vídeo de movimentação completa e animação. A realidade virtual usa gráficos em 3D para permitir que os usuários insiram uma representação artificial de algum ambiente.

Fornece imagens gráficas interessantes, que podem ser usadas para aprimorar o treinamento educacional, materiais de publicidade, comunicação e de tomada de decisões.

Sistemas e agentes inteligentes

Regras automatizadas que executam decisões ou tarefas programadas antecipadamente, ao encontrar as condições especificadas nos dados. Usa componentes específicos ou baseados em conhecimento para reproduzir os processos de raciocínio do homem, na tomada de decisões.

Aumenta a produtividade e facilita a execução de tarefas complexas. Os agentes inteligentes ajudam os usuários a navegar na Internet, a acessar bancos de dados e a usar o comércio eletrônico.

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Tendência Descrição Vantagens

Computação portátil

Uso de computadores compactos em carros, máquinas e produtos para os consumidores.

Podem ser levados para quase todos os lugares. Reduzem o tempo entre a obtenção e o processamento de dados.

Expansão da Internet e término das supervias de informações

A interação da televisão e dos computadores por meio de uma rede nacional, baseada em fibra óptica, pode conectar mais de 750 milhões de usuários da Internet, em nível mundial, em menos de 10 anos.

A finalização das supervias de informações permitirá que a Internet alcance toda casa, empresa, escola e outras organizações em rede, e mudará o modo de viver, aprender e trabalhar.

Comércio eletrônico (CE)

Negociações executadas on line; o intercâmbio de produtos, serviços e dinheiro, com o suporte de computadores e redes de computadores.

Pode oferecer uma vantagem competitiva e modificar a estrutura organizacional, processos, procedimentos, cultura e gerenciamento.

Computação doméstica integrada

Integração da computação doméstica, televisão, telefone e sistemas de segurança domésticos em uma única unidade.

Facilitará a telecomunicação e o uso da Internet.

Quadro 1: Síntese das tendências gerais da TI (Tecnologia da Informação). Fonte: Turban, Rainer Júnior e Potter (2003).

Os sistemas de informação bem planejados têm diferentes papéis na

eficiência total da operação de uma empresa, como explica Bio (1985), tais como:

a velocidade dos fluxos e do processamento dos dados determinam a duração

do ciclo operacional;

coordenação e eficiência, do ponto de vista gerencial, é relevante a contribuição

que os sistemas podem dar à coordenação entre as várias unidades da organização

e à eficiência com que se executam as milhares de transações repetitivas do dia-a-

dia de qualquer empresa. Os sistemas, ao longo dos fluxos de procedimentos que os

compõem, agem como interligadores de atividades das várias unidades

organizacionais, com caráter coordenador dos sistemas;

informações operacionais: há influência significativa de informações operacionais

no aspecto de coordenação: informações adequadas exatas, obtidas rapidamente

sobre a posição da carteira de pedidos de uma indústria que trabalha sob

encomenda, são básicas para a coordenação entre as áreas de vendas, crédito,

planejamento e controle da produção. A exatidão dessas informações é vital para

evitar erros operacionais.

A Figura 4, a seguir, ilustra a idéia de que os sistemas de informações

operam para agilizar a velocidade dos fluxos e processamento dos dados, melhoram

a coordenação e eficácia gerencial e fornecem informações operacionais que, em

conjunto, maximizam o resultado da empresa.

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Figura 4: Papel do Sistema de Informação. Fonte: Laudon e Laudon (2004).

Assim, verifica-se que o papel representado pelo sistema de informações

deve possuir as seguintes características: velocidade, coordenação e eficiência e

informações operacionais, pois esta ferramenta vem auxiliar e otimizar o fluxo de

informações nas organizações.

O sistema de informações destaca as relações entre os componentes e

atividades dos sistemas de informação, como aponta O‟Brien (2003), fornecendo

uma estrutura referencial que enfatiza quatro conceitos principais que podem ser

aplicados a todos os tipos de sistemas de informação:

pessoas, hardware, software, dados e redes são os cinco recursos básicos dos

sistemas de informação;

os recursos humanos incluem os usuários finais e especialistas em Sistemas de

Informação, os recursos de hardware consistem em máquinas e mídia, os recursos

de software incluem programas e procedimentos, os recursos de dados podem

incluir bancos de dados e bases de conhecimento e os recursos de rede incluem

mídia e redes de comunicações;

os recursos de dados são transformados por atividades de processamento de

informação em uma diversidade de produtos de informação para os usuários finais;

Velocidade dos fluxos e

processamento

de dados

Coordenação e

eficiência

gerencial

Informações

Operacionais

$$$$$$$$$$$$

Sistemas de

Informações

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o processamento de informação consiste em atividades de entrada,

processamento, saída, armazenamento e controle.

Em termos conceituais, os sistemas de informação podem ser classificados

de maneiras diferentes, a fim de destacar os papéis principais que cada um

desempenha nas operações e administração de um negócio. A classificação dos

sistemas, conforme O‟Brien (2003) apresenta-se da seguinte maneira: sistemas de

apoio às operações, sistemas de apoio gerencial e outras classificações dos

sistemas de informação, explicados a seguir:

Os Sistemas de Apoio às Operações produzem uma diversidade de produtos

de informação para uso interno e externo. Entretanto, eles não enfatizam a produção

de produtos de informação específicos que possam ser mais bem utilizados pelos

gerentes. O papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa é

eficientemente processar transações, controlar processos industriais, apoiar

comunicações e colaboração e atualizar bancos de dados da empresa. Ele

subdivide-se em:

sistemas de processamento de transações: são um exemplo importante de

sistemas de apoio às operações que registram e processam dados resultantes de

transações das empresas. Eles processam transações de dois modos básicos. No

processamento em lotes, os dados das transações são acumulados durante um

certo tempo e periodicamente processados. No processamento em tempo real (ou

on line), os dados são processados imediatamente depois da ocorrência de uma

transação;

sistemas de controle de processos: monitoram e controlam processos físicos;

sistemas colaborativos: aumentam as comunicações e a produtividade de

equipes.

Os Sistemas de Apoio Gerencial são os sistemas de informação que se

concentram em fornecer informação e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos

gerentes. Vários tipos principais de sistemas de informação apóiam uma série de

responsabilidades administrativas do usuário final, que são:

sistemas de informação gerencial: fornecem informação na forma de relatórios

e exibições em vídeo para os gerentes;

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sistemas de apoio à decisão: fornecem suporte computacional direto aos

gerentes durante o processo de decisão;

sistemas de informação executiva: fornecem informação crítica em quadros de

fácil visualização para uma multiplicidade de gerentes. Os altos executivos, por

exemplo, podem utilizar terminais acionados pelo toque para visualizarem

instantaneamente textos e gráficos que destacam áreas fundamentais de

desempenho organizacional e competitivo.

Outras Classificações dos Sistemas de Informação fornecem classificações

mais exclusivas ou amplas, isso porque esses sistemas de informação podem

suportar aplicativos operacionais ou gerenciais:

sistemas especialistas: podem fornecer conselho especializado para tarefas

operacionais como diagnósticos de equipamento ou decisões gerenciais como

administração de carteiras de empréstimos;

sistemas de administração do conhecimento: são sistemas de informação

baseados no conhecimento que apóiam a criação, organização e disseminação de

conhecimento dos negócios aos funcionários e gerentes de ponta a ponta de uma

empresa. Os sistemas de informação que focalizam aplicações operacionais e

gerentes em apoio a funções básicas de negócio como contabilidade ou marketing

são conhecidos como sistemas de informação empresarial;

sistemas de informação estratégica: aplicam a tecnologia da informação aos

produtos, serviços ou processos de negócios de uma empresa para ajudá-la a obter

vantagem estratégica sobre seus concorrentes;

sistemas de informação interfuncional: os sistemas de informação são

combinações integradas dos vários tipos de sistemas de informação anteriormente

mencionados. Na prática, esses papéis são combinados em sistemas de informação

interfuncional ou integrados que proporcionam uma série de funções. Dessa forma, a

maioria dos sistemas de informação se destina a produzir informação a apoiar a

tomada de decisão para vários níveis gerenciais e funções organizacionais, além de

realizar tarefas de manutenção e registros e processamento de transações.

Assim, os sistemas de informação podem ser usados para obter uma

vantagem estratégica competitiva sobre empresas concorrentes. Os sistemas de

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informação podem ser usados para desenvolver novos nichos de mercado, fidelizar

clientes e fornecedor, diferenciar produtos e serviços e diminuir custos operacionais

(LAUDON, 1999).

2.4 ERP – Sistema Integrado de Gestão

Cada nível da organização da era do conhecimento, conforme Martins e

Campos (2000), possui diferentes tipos de conhecimento. Comunicações rápidas,

multidirecionais e acuradas são críticas para estas organizações. O trabalho será

predominantemente não rotineiro, autoorganizado e colaborativo, muitas vezes em

ambiente de redes. É cada vez maior o número de empresas que estão implantando

os chamados softwares de gestão integrados.

Com o aumento constante da capacidade destes softwares, os computadores

passaram a usar bancos de dados cada vez maiores, sendo que a quantidade de

dados disponíveis cresce exponencialmente.

A tendência das empresas é dispor de uma única base de dados trabalhando

com softwares de gestão integrados. Isto significa que várias áreas da empresa

acessam a mesma base (ERP).

A sigla ERP foi cunhada por uma empresa americana de pesquisa, o

Gartner Group. Salienta Souza (2000) que a intenção era definir esses sistemas

integrados como uma evolução dos sistemas MRPII (Manufacturing Resource

Planning, ou Planejamento dos Recursos de Produção).

O princípio básico do MRPII, segundo Correa, Gianese e Caon (2001), é o

princípio do cálculo de necessidades, uma técnica de gestão que permite o cálculo,

viabilizado pelo uso de computador, das quantidades e dos momentos em que são

necessários os recursos de manufatura (materiais, pessoas, equipamentos, entre

outros), para que se cumpram os programas de entrega de produtos com um

máximo de formação de estoques.

Os sistemas ERP podem, então, ser considerados uma evolução do modelo

MRPII, pois permitem controlar os demais recursos empresariais (recursos

financeiros, recursos humanos indiretos, vendas, distribuição etc.).

O sistema integrado de gestão (ERP) é interfuncional e orientado por um

conjunto integrado de módulos de software que auxilia os processos internos

básicos de uma empresa.

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Os sistemas ERP, para Souza e Saccol (2006), são sistemas de informação

integrados adquiridos na forma de pacotes comerciais de software com a finalidade

de dar suporte à maioria das operações de uma empresa industrial (suprimentos,

manufatura, manutenção, administração financeira, contabilidade, recursos

humanos, entre outros).

São pacotes comerciais que permitem a integração de dados provenientes dos sistemas de informação transacionais e dos processos de negócio ao longo de uma organização. Embora as empresas possam desenvolver internamente sistemas com as mesmas características, o termo ERP está normalmente associado a pacotes comerciais (MARKUS; TANIS, 2000 apud SOUZA; SACCOL, 2006, p.65).

O ERP oferece à empresa uma visão integrada em tempo real de seus

principais processos empresariais, como de produção, processamento de requisição

e controle de estoque, unidos pelo software de aplicação ERP e um banco de dados

único mantido por um sistema de gerenciamento de banco de dados. O sistema ERP

permite controlar os recursos empresariais (por exemplo, de caixa, matéria-prima e

produção) e a posição dos compromissos firmados pela empresa (pedidos de

clientes, requisições de compras e folha de pagamento), independentemente do

departamento (produção, vendas, contabilidade etc.) que insere os dados no

sistema (SOUZA; SACCOL, 2006).

A solução integrada, na visão de Turban, McLean e Wetherbe (2004), dos

sistemas integrados de gestão, correspondendo ao ERP, é um processo que

envolve planejamento e gestão geral dos recursos da empresa e sua utilização. O

ERP se apresenta como uma solução que possibilita benefícios que vão desde o

aumento da eficiência até o incremento da qualidade, da produtividade e da

lucratividade.

Os sistemas ERP realmente integrados são construídos, conforme Souza e

Saccol (2006), como um único sistema de informações que atende simultaneamente

aos diversos setores da empresa, em oposição a um conjunto de sistemas que

atendem isoladamente a cada um deles. Entretanto, o fato de um sistema ERP ser

integrado não leva necessariamente ao desenvolvimento de uma empresa

integrada. Assim, o sistema é uma ferramenta para que esse objetivo seja atingido.

Quanto ao ERP com ênfase no planejamento, fundamentam Vollmann et al.

(2006) que é projetado para permitir uma integração muito maior, eliminando o

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problema da otimização local. Assim, o ERP pode ser descrito como:

um conjunto de ferramentas gerenciais extensivo a toda empresa que ajuda a

equilibrar a demanda e o suprimento;

ter a habilidade de ligar clientes e fornecedores numa cadeia de suprimentos

completa;

empregar processos de negócios comprovados na tomada de decisões;

prover um alto grau de integração interfuncional entre vendas, marketing,

produção, operações, logística, compras, finanças, desenvolvimento de novos

produtos e recursos humanos;

capacitar as pessoas a administrar seus negócios com um alto nível de serviço

ao cliente e produtividade e, simultaneamente, com baixos custos e estoques e

fazendo as fundações para o comércio eletrônico efetivo.

Os sistemas ERP auxiliam muitos processos fundamentais de recursos

humanos, do planejamento de pessoal à administração de salários e benefícios, e

executam muitas das aplicações necessárias de registros financeiros e contabilidade

gerencial.

Os sistemas ERP, no entendimento de Souza e Saccol (2006), possuem

características que, se tomadas em conjunto permitem distingui-los de sistemas

desenvolvidos internamente nas empresas e de outros tipos de pacotes comerciais.

Essas características são:

são pacotes comerciais de software;

incorporam modelos de processos de negócios;

são sistemas de informação integrados e utilizam um banco de dados

corporativos;

possuem grande abrangência funcional;

requerem procedimentos de ajuste para que possam ser utilizados em

determinada empresa.

De modo diferente e mais completo, Souza (2000) aponta que os sistemas

ERP possuem uma característica que, quando tomada em conjunto os distinguem

dos sistemas desenvolvidos internamente nas empresas e de outros tipos de

pacotes comerciais. Essas características, importantes para a análise dos possíveis

benefícios e dificuldades relacionadas com a sua utilização e com os aspectos

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pertinentes ao sucesso de sua implementação são:

os sistemas ERP são pacotes comerciais de software;

os sistemas ERP são desenvolvidos a partir de modelos-padrão de processos:

processos de negócios podem ser definidos como um conjunto de tarefas e

procedimentos interdependentes realizados para alcançar um determinado resultado

empresarial. O desenvolvimento de um novo produto, o atendimento de uma

solicitação de um cliente, ou a compra de materiais são exemplos de processos;

os sistemas ERP são integrados: os sistemas ERP realmente integrados são

construídos como um único sistema empresarial que atende aos diversos

departamentos da empresa, em oposição a um conjunto de sistemas que atendem

isoladamente a cada um deles. Entre as possibilidades de integração oferecidas por

sistemas ERP estão o compartilhamento de informações comuns entre os diversos

módulos, de maneira que cada informação seja alimentada no sistema uma única

vez, e a possibilidade de verificação cruzada de informações entre diferentes partes

do sistema;

os sistemas ERP têm grande abrangência funcional: uma diferença entre os

sistemas ERP e os pacotes de software tradicionais é a abrangência funcional dos

primeiros, isto é, a ampla gama de funções empresariais atendidas. Normalmente,

no caso dos demais pacotes, apenas uma função empresarial é atendida,

possivelmente com maior profundidade do que através da utilização de um sistema

ERP. A ideia dos sistemas ERP é cobrir o máximo possível de funcionalidade,

atendendo ao maior número possível de atividades dentro da cadeia de valor;

os sistemas ERP utilizam um banco de dados corporativos: entre as diversas

formas de se desenvolver sistemas totalmente integrados, está a utilização de um

único banco de dados centralizado, denominado banco de dados corporativo. Isto

interpõe desafios organizacionais significativos para a empresa, entretanto, as

dificuldades de implementação são em geral plenamente compensadas pelas

vantagens que esta solução apresenta;

os sistemas ERP requerem procedimentos de ajuste: a adaptação é o processo

por meio do qual o sistema ERP é preparado para ser utilizado em uma determinada

empresa. A adaptação pode ser entendida como um processo de eliminação de

discrepâncias, ou diferenças, entre o pacote e a empresa.

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O principal objetivo do ERP é integrar todos os departamentos e funções da

empresa em um sistema unificado de informática, com capacidade de atender a

todas as necessidades da organização.

Para Vollmann et al. (2006), há quatro aspectos do software ERP que

determinam a qualidade do sistema ERP. De acordo com o quadro 2, destaca-se

que o ERP é mais apropriado para organizações que procuram o benefício da

integração dos processos e dados suportada pelo seu sistema de informação. O

ERP elimina processos redundantes devido a maior acurácia nas informações e pela

maior rapidez em responder às necessidades dos clientes.

Multifuncional em escopo

O software deve ser multifuncional em escopo, com a habilidade de seguir os resultados financeiros em termos monetários, as atividades de aquisição em unidades de material, as vendas em termos de unidades e de serviços e a produção ou os processos de conversão em unidades de recursos ou pessoas. Isto é, um software excelente de ERP produz resultados intimamente relacionados com as necessidades das pessoas para o dia-a-dia do trabalho delas.

Integrado

O software deveria ser integrado. Quando a transação ou porção dos dados representando uma atividade de negócios entra através de uma das funções, os dados considerando as outras funções relacionadas são mudados também. Isso elimina a necessidade de relançar os dados no sistema.

Modular

O software precisa ser modular na sua estrutura, de modo que possa ser combinado com um sistema expansível, estreitamente focado numa função particular ou conectado com softwares de outras fontes ou outras aplicações.

Facilitar o planejamento e controle clássico das atividades de produção

O software deve facilitar o planejamento e controle clássico das atividades de produção, incluindo previsão, planejamento da produção e gerenciamento de estoques.

Quadro 2: Requisitos do software. Fonte: Vollmann et al. (2006).

A implantação do ERP nas empresas visa proporcionar diversos benefícios.

Entre os benefícios apontados pelas empresas fornecedoras estão a integração, o

incremento das possibilidades de controle sobre os processos da empresa, a

atualização tecnológica, a redução de custos de informática e o acesso a

informações de qualidade em tempo real para a tomada de decisões sobre toda a

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cadeia produtiva. Por outro lado, Souza e Saccol (2006) destacam que também há

problemas a serem considerados com a implantação do ERP, conforme quadro 3.

Características Benefícios Problemas

São pacotes comerciais

- redução de custos de informática; - foco na atividade principal da empresa; - redução do backlog de aplicações; - atualização tecnológica permanente, por conta do fornecedor.

- dependência do fornecedor; - empresa não detém o conhecimento sobre o pacote.

Usam modelos de processos

- difunde conhecimento sobre best practices; - facilita a reengenharia de processos; - impõe padrões.

- necessidade de adequação do pacote à empresa; - necessidade de alterar processos empresariais; - alimenta a resistência à mudança.

São sistemas integrados

- redução do retrabalho e inconsistências; - redução da mão-de-obra relacionada a processos de integração de dados; - maior controle sobre a operação da empresa; - eliminação de interfaces entre sistemas isolados; - melhoria na qualidade da informação; - contribuição para a gestão integrada; - otimização global dos processos da empresa.

- mudança cultural da visão departamental para a de processos; - maior complexidade de gestão da implementação; - maior dificuldade na atualização do sistema, pois exige acordo entre vários departamentos; - um módulo não disponível pode interromper o funcionamento dos demais; - alimenta a resistência à mudança.

Usam bancos de dados corporativos

- padronização de informações e conceitos; - eliminação de discrepâncias entre informações de diferentes departamentos; - melhoria na qualidade da informação; - acesso a informações para toda a empresa.

- mudança cultural da visão de „dono da informação‟ para a de „responsável pela informação‟; - mudança cultural para uma visão de disseminação de informações dos departamentos por toda a empresa; - alimenta resistência à mudança.

Possuem grande abrangência funcional

- eliminação da manutenção de múltiplos sistemas; - padronização de procedimentos; - redução de custos de treinamento; - interação com um único fornecedor.

- dependência de um único fornecedor; - se o sistema falhar, toda a empresa pode parar.

Quadro 3: Benefícios e problemas dos sistemas ERP. Fonte: Souza e Saccol (2006).

A versão brasileira NBR 13596, de abril de 1996, substituída parcialmente pela

ISO/IEC 9126-1 de junho de 2003, define seis características que delineiam a qualidade

de um software e são fatores relevantes no processo de escolha, refinadas com suas

subcaracterísticas, conforme Storch (2000):

funcionalidade: a característica funcionalidade demonstra a existência de funções

específicas, que satisfazem os usuários. De acordo com a NBR 13596, publicada em

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abril de 1996, no item 4.1, consta que a funcionalidade compreende um conjunto de

atributos que evidenciam a existência de um conjunto de funções e suas

propriedades específicas. As funções são as que satisfazem as necessidades

explícitas ou implícitas. A característica funcionalidade tem como foco fundamental a

satisfação do cliente, abrangendo atributos que são determinados pelas

subcaracterísticas adequação, acurácia, interoperabilidade, conformidade e

segurança;

confiabilidade: a característica confiabilidade, de acordo com a NBR 13596, de

abril de 1996, no item 4.2., é o “conjunto de atributos que evidenciam a capacidade

do software de manter seu nível de desempenho sob condições estabelecidas

durante um período de tempo estabelecido”;

usabilidade: a NBR 13596, de abril de 1996, no item 4.3., define a característica

usabilidade como o “conjunto de atributos que evidenciam o esforço necessário para

se poder utilizar o software, bem como o julgamento individual desse uso, por um

conjunto explícito ou implícito de usuários”. Os atributos da usabilidade são

inteligibilidade, apreensibilidade, operacionalidade, e avaliam o grau de dificuldade

que o usuário tem ao operar e aprender a usar o software, efetuando uma análise

acerca deste uso;

eficiência: na NBR 13596, publicada em abril de 1996, no item 4.4., a

característica eficiência é conceituada como um “conjunto de atributos que

evidenciam o relacionamento entre o nível de desempenho do software e a

quantidade de recursos usados, sob condições estabelecidas”. No que concerne à

característica eficiência, os atributos que podem ser analisados são itens como

papel de impressora, discos de armazenamento de dados, manutenção e suporte;

manutenibilidade: segundo a NBR 13596, de abril de 1996, no item 4.5, a

característica manutenibilidade é definida como o “conjunto de atributos que

evidenciam o esforço necessário para fazer modificações especificadas no

software”. Na característica manutenibilidade, as suas subcaracterísticas mostram

atributos que podem incluir correções, melhorias ou adaptações no software;

portabilidade: a característica portabilidade, conforme a NBR 13596, de abril de

1996, item 4.6., é o “conjunto de atributos que evidenciam a capacidade do software

de ser transferido de um ambiente para outro”. A característica portabilidade, quando

se refere à mudança de ambiente, pode ser mudança de ambiente organizacional,

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hardware ou software. Seus atributos demonstram a habilidade do software em

adaptar-se a novos ambientes, legislação, sua conformidade com padrões, e

facilitadores para substituição.

A relevância das características, subcaracterísticas e seus atributos

dependem do tipo de software que está sendo analisado. Storch (2000) sugere que

a importância de cada característica da qualidade é atribuída de acordo com o tipo

de software, para os quais algumas características podem ser mais importantes que

outras.

Os sistemas ERP geram vantagens corporativas significativas para a

empresa, segundo O‟Brien e Marakas (2007), sendo que muitas empresas

conseguem extrair ótimo valor para o negócio das mais variadas formas de utilização

do ERP, que são:

qualidade e eficácia: o ERP cria uma estrutura de integração e aprimoramento

dos processos internos de uma empresa, melhorando significativamente a qualidade

e a eficácia do serviço de atendimento ao cliente, da produção e da distribuição;

redução de custos: em comparação com os sistemas não-integrados substituídos

pelos novos sistemas ERP, muitas empresas conseguem reduzir consideravelmente

os custos de processamento de transações, de pessoal de suporte de hardware,

software e TI;

apoio à tomada de decisão: o ERP disponibiliza rapidamente aos gerentes

informações interfuncionais vitais sobre desempenho para facilitar e agilizar a

tomada de decisão nos processos de toda a empresa;

agilidade empresarial: na implementação dos sistemas ERP, muitas das antigas

divisões departamentais e funcionais de processos empresariais e de sistemas de

fontes de informação, são subdivididas. Essa subdivisão produz estruturas

organizacionais, responsabilidades gerenciais e funções de trabalho mais flexíveis e,

consequentemente, organizações e mão-de-obra mais ágeis e adaptáveis e mais

qualificadas para captar novas oportunidades empresariais.

Destacam Turban, McLean e Wetherbe (2004), que qualquer que seja a

forma utilizada, o ERP tem sido fundamental para levar pequenas e médias

empresas a concentrarem-se em processos de negócio, facilitando assim a

reengenharia dos processos de todo o empreendimento. Ao interligar diversas

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fábricas e áreas de distribuição, as soluções de ERP também conduzem a uma nova

maneira de pensar, cuja expressão mais forte é a ideia da empresa capacitada a

expandir suas operações e com melhor gestão da cadeia de suprimentos.

No entanto, o ERP nunca pretendeu dar suporte integral às cadeias de suprimentos. As soluções de ERP estão centradas nas transações de negócio. Como tal, elas não fornecem modelos computadorizados necessários para reagir rapidamente a mudanças em tempo real no suprimento, demanda, mão-de-obra ou capacidade (TURBAN; MCLEAN; WETHERBE, 2004, p.225).

O sucesso da implantação do ERP também abrange os profissionais

envolvidos, que além da competência técnica devem reunir bons conhecimentos

sobre o negócio. O gestor responsável pela implantação deve acompanhar os

prazos, auxiliar na definição do escopo das modificações e não perder o foco do

projeto.

Nesse contexto, Corrêa (1998) apud Souza e Saccol (2006) destaca que o

sucesso na adoção de um ERP inicia-se na seleção. Deve-se realizar uma análise

de adequação de funcionalidades para checar se as particularidades da empresa

são atendidas. A implantação deve ser gerenciada por pessoas que entendam de

mudança organizacional e de negócio, devendo ser conduzida por funcionários da

empresa.

O ERP contribui para aumentar a eficiência da empresa, otimizando a capacidade para fazer negócios em qualquer lugar do mundo. Como vantagens podem ser citadas: aumento de valor percebido pelos investidores e pelo mercado; agilidade nas oportunidades de negócios; visibilidade; base única; informação em tempo real; atendimento a requerimentos globais, regionais e locais em um único sistema; e suporte à estratégia de e-Business. O ERP é considerado a porta de entrada para a integração entre as empresas da cadeia de fornecedores e está tornando-se uma plataforma para aplicações de data mining, gerenciamento da cadeia e sistemas de informação para executivos (SOUZA; SACCOL, 2006, p.249).

Por outro lado, salientam Turban, McLean e Wetherbe (2004), que apesar de

todos os avanços, os projetos ERP podem fracassar. Buscando evitar os fracassos e

garantir o sucesso, é necessário que os parceiros envolvidos na implantação do

ERP mantenham um diálogo honesto desde o início de cada projeto e garantam os

fatores vitais para o sucesso da implantação. Nesse diálogo inicial, devem ser

incluídos os seguintes fatores:

as expectativas dos clientes;

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os recursos e falhas do produto ERP utilizado;

o nível de mudança que o cliente precisará enfrentar para o ajustamento do

sistema;

o nível de comprometimento, na empresa cliente, com a concretização do

projeto;

o ajuste entre a organização e cultura do cliente e a organização e cultura do

projeto;

os riscos decorrentes das políticas imperantes no âmbito da empresa cliente;

as habilidades, responsabilidades e funções do consultor (quando houver).

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3 METODOLOGIA

Na visão de Marconi e Lakatos (2005, p.83):

O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

Nesse contexto, este capítulo apresenta os aspectos metodológicos

utilizados na pesquisa, enfatizando as questões ligadas ao tipo de pesquisa, área de

abrangência, bem como a apresentação e análise das informações.

3.1 Tipologia de pesquisa

Quanto ao método, esse foi classificado como um estudo de caso. Para

Roesch (2005, p.155):

O estudo de caso é um tipo de pesquisa, cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente. O estudo de caso pode ser interpretado como uma categoria de pesquisa que tem o objetivo de retratar uma configuração, funcionando como ponto de partida para uma análise que busque o estabelecimento de relações sociais mais amplas de um determinado objeto de estudo.

Já no entendimento de Richardson (2007), o estudo de caso tem como

objetivo analisar detalhadamente o passado, presente e as intenções sociais de uma

unidade social: um indivíduo, grupo, instituição ou comunidade. O estudo de caso foi

escolhido por se estar analisando o contexto organizacional da empresa em estudo,

realizando pesquisas, análises e conclusões.

Os dados foram tratados de maneira qualitativa. Os estudos que empregam

uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado

problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar

processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança

de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento

das particularidades do comportamento dos indivíduos (ROESCH, 2005). O método

qualitativo foi empregado na medida em que for analisado o nível de capacitação

dos fornecedores de softwares de ERP para empresas do setor automotivo.

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O método qualitativo difere, em princípio, do quantitativo, para Richardson

(2007), à medida que não emprega um instrumental estatístico como base do

processo. Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.

3.2 Sujeito do estudo

A população-alvo é o grupo completo de objetos ou elementos relevantes

para o projeto de pesquisa. Apontam Hair Júnior et al. (2005) que a população se

torna relevante porque possui as informações que a pesquisa se propõe a coletar.O

objeto de estudo constituiu-se em todos colaboradores da empresa Full Automotivo

Ltda., que totalizaram 25 colaboradores, na medida que ao mapear os processos,

foi necessário o detalhamento e contribuição dos colaboradores.

3.3 Instrumentos de pesquisa

Os dados foram coletados através de fontes primárias e secundárias.

Explica Roesch (2005) que os dados primários são aqueles coletados com o único

objetivo de satisfazer às necessidades da pesquisa, e os dados secundários, são

aqueles que já foram coletados e catalogados outrora pela empresa e que já estão

disponíveis para consulta.

“O questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar

alguma coisa. Para tanto, requer esforço intelectual anterior de planejamento, com

base na conceituação do problema de pesquisa e do plano de pesquisa” (ROESCH,

2005, p.142). Para uma análise delimitada dos processos e necessidades da

empresa utilizou-se questionário (Apêndice 1), que subsidiou dessa forma o escopo

e a partir deste esclarecer os parâmetros na análise das necessidades quanto aos

softwares de ERP.

Os dados secundários foram coletados na administração da empresa e nos

documentos existentes, a fim de caracterizá-la, além de pesquisas bibliográficas.

3.4 Análise e interpretação dos dados

Este tópico trata da organização de todos os dados propostos anteriormente

que foram coletados.

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A utilização de dados qualitativos pode conduzir a importantes intuições.

Conceitua Gil (2002) que estas podem esclarecer a natureza das relações

estatisticamente verificadas entre as variáveis, podem proporcionar nova visão

acerca do problema e, muitas vezes, conduzir a novas hipóteses.

Os dados qualitativos foram analisados por meio da análise descritiva.

Descrever como foram analisados e interpretados os dados resultantes da

pesquisa, relacionando aos tipos de pesquisa e aos procedimentos mais adequados.

O objetivo da análise descritiva é reunir as informações de forma coerente e

organizada, visando responder o problema de pesquisa. A interpretação proporciona

um sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a relação entre eles

(DENCKER, 2001).

3.5 Limitações da pesquisa

Uma das limitações encontradas foi o reduzido número de empresas que

fornecem o software ERP com experiência na instalação do sistema em empresas

do segmento automotivo, premissa essa determinada inicialmente pela Full

Automotivo.

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4 RESULTADOS OBTIDOS

Este capítulo apresenta os resultados obtidos na pesquisa que foi realizada

na empresa Full Automotivo, localizada na cidade de Brusque, Santa Catarina, sobre

uma análise dos softwares de ERP disponíveis no mercado.

A A apresentação dos dados inicialmente identificou e mapeou os processos

da Full Automotivo a partir de pesquisa documental e entrevista realizada com os

gestores da empresa das áreas de Administração, Produção, Qualidade, Financeiro

e Vendas. Em seguida, apresenta-se as principais necessidades da empresa quanto

às soluções em automação mediante estudo no ambiente interno da organização.

Ainda, demonstrou a entrevista realizada com os gestores a identificação das

empresas que comercializam o sistema e a escolha da empresa que melhor se

adequa às necessidades da empresa Full Automotivo.

4.1 Processos da Full Automotivo

A empresa Full Automotivo tem como foco o desenvolvimento, a produção,

comercialização, distribuição e representação de produtos no segmento automotivo.

O volume de produção mensal da empresa gira em torno de 120.000 itens

(prontos no estoque).

A produção tem início com o pedido do cliente. O planejamento da produção é

feito de forma a atender à demanda dos pedidos no prazo certo, além de manter

estoques que atendam a pedidos menores e de emergência.

Os pedidos são enviados pelos representantes, localizados em diversos

pontos do país, ao Setor Comercial da empresa. Cada pedido é analisado e

verificado se há o volume desejado em estoque. Caso sim, este é atendido na

pronta entrega. Caso não haja produtos suficientes em estoque, o pedido é enviado

ao Setor de Produção.

Os pedidos são então recebidos e analisados pelo PCP, que o encaminha

para a produção. Após atendido, é feita a separação do pedido e encaminhado para

expedição, que emite a nota fiscal e solicita a coleta para a transportadora.

O PCP é elaborado com base na média do volume de vendas dos últimos

seis meses, onde é utilizado o sistema puxado, que permite uma maior segurança

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de entrega, redução de estoque de matéria-prima, permitindo o monitoramento e

controles precisos da produção.

O processo produtivo da empresa está nos moldes da produção Just in time.

Baily et al. (2000) explicam que o Just in time é uma filosofia que busca a eliminação

de desperdício na produção, associada ao planejamento das compras, onde o foco é

produzir o suficiente para suprir o próximo processo evitando os gargalos. Desta

forma, não se encontram estoques excedentes e tudo funciona como um relógio.

Como o giro dos estoques está vinculado à rentabilidade da empresa, quanto mais

ele girar, melhor será o resultado final da organização.

O Just in time tem início com a chegada e conferência da qualidade da

mercadoria no ato do desembarque, passando pela conferência de acordo com o

plano de recebimento. Após, se inicia o processo de produção e montagem que foi

elaborado pelo PCP, onde todos os processos são acompanhados pelo Supervisor

da Produção, que acompanha os planos de inspeção cada etapa da Ordem de

Produção, sendo que todos os produtos possuem um padrão de montagem,

etiquetagem e endereçamento no estoque, facilitando a armazenagem e localização

dos produtos.

A figura 5 a seguir apresenta o fluxograma dos processos internos da

empresa.

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Setor

Vendas

Estoque matéria-prima Produção Expedição

Estoque produtos acabados

Figura 5: Fluxograma dos processos internos da empresa. Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2010).

O fluxograma de atividades pode ser visualizado desde o início das

operações da empresa até o envio do produto acabado para os clientes.

Simultaneamente, o Setor de Compras analisa os estoques, a fim de verificar

os níveis de estoque e definir se os mesmos necessitam ser repostos, pois a

produção não pode sofrer paradas por falta de matéria-prima.

Recebe pedido, verifica estoque pronto e estoque matéria-prima

Possui

estoque

?

Pedido aos

fornecedores

Matéria-prima enviada à produção

Início

Pedido dos

clientes

N

S

Elaboração

do PCP

Produção Envio dos produtos ao estoque

Fim

Separa os pedidos dos clientes

Nota fiscal /Transportadora

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Caso seja necessário repor o estoque, o Setor de Compras realiza as

cotações com os fornecedores, analisando critérios como qualidade, preço, frete e

prazo de entrega, e posteriormente fecham o pedido.

O almoxarifado recebe as mercadorias, confere as mesmas de acordo com o

plano de recebimento e o pedido realizado pelo Setor de Compras, realizando a

conferência e contagem do material, confere-se a nota fiscal com o pedido solicitado,

para posteriormente ser feita a entrada do material no estoque, por meio do sistema

de informações da empresa Full Automotivo.

Setor

Vendas

Setor compras

Estoque matéria-prima

Produção Estoque produtos

acabados

Figura 6: Fluxograma do processo de compras da empresa. Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2010).

Em seguida, o produto será estocado nos locais previamente definidos para

cada matéria-prima ou componente, agilizando o acesso aos funcionários no

momento da movimentação de materiais.

Recebe pedido, verifica estoque pronto e estoque matéria-prima

Possui

estoque

?

Pedido aos

fornecedores Matéria-prima enviada à produção

Início

Pedido dos

clientes

N S

Produção

Fim Cotação

mercadorias

Recebimento/Conferência

Matéria-prima enviada à produção

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Com isso, os níveis de estoque são constantemente atualizados, a fim de

serem consultados pelo Setor Comercial, Compras e PCP.

A nota fiscal é enviada ao Setor Financeiro.

Setor

Vendas

Setor compras

Estoque matéria-prima

Financeiro Expedição

Figura 7: Fluxograma do processo financeiro da empresa. Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2010).

4.2 Necessidade da empresa em soluções de automação

O atual sistema de informação utilizado pela empresa é construído na base

do Microsoft Access, que é um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados da

Microsoft, incluído no pacote do Microsoft Office Professional, que combina o

Microsoft Jet Database Engine com uma interface gráfica do utilizador. Ele permite o

Recebe pedido, verifica estoque pronto e estoque matéria-prima

Possui

estoque

?

Pedido aos

fornecedores Matéria-prima enviada à produção

Início

Pedido dos

clientes

N S

Conferência

Nota fiscal

Fim

Cotação

mercadorias

Recebimento/Conferência

Nota fiscal enviada ao financeiro

Emissão Nota fiscal para os clientes

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desenvolvimento rápido de aplicações que envolvem tanto a modelagem e estrutura

de dados como também a interface a ser utilizada pelos usuários.

O Microsoft Access é capaz de usar dados guardados em Access/Jet,

Microsoft SQL Server, Oracle, ou qualquer recipiente de dados compatível com

ODBC (Open Data Base Connectivity). O desenvolvimento da estrutura de dados se

dá de forma muito intuitiva, bastando que o desenvolvedor possa conhecimentos

básicos em modelagem de dados e lógica de programação.

Atualmente, este sistema atende às seguintes premissas:

entrada de pedidos dos clientes;

programação da compra e da produção;

controle do estoque dos materiais e dos produtos acabados;

emissão de notas fiscais;

relatórios gerenciais e histórico das produção;

rastreabilidade dos pedidos até a emissão da nota fiscal; e

controle dos custos.

Assim, o software atualmente utilizado pela empresa mantém os controles de

estoques, o PCP, acompanha o tempo de montagem e embalagem, identifica o

funcionário que realizou a operação, se o prazo de entrega está dentro do solicitado,

o atingimento ou não do padrão de qualidade para se armazenar a mercadoria em

estoque.

Para o controle de estoque, o sistema atual oferece a gestão de um controle

exato de todas as matérias-primas e peças em estoque.

No processo de produção da empresa, os principais gargalos são: não

oferece a informação de estoque quando atinge a quantidade mínima, não

permitindo à empresa a programação automática da solicitação de compra e

cotação, bem como, a solicitação automática da ordem de produção a fim de repor o

estoque. Além disso, observam-se outros gargalos, que são:

integração com a parte fiscal e contábil;

integração com o sistema financeiro;

adequação ao SPED Fiscal (Escrituração Fiscal Digital);

acessibilidade e facilidade para alteração e inclusão das estruturas dos produtos;

gerenciamento das compras e vendas;

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59

gerenciamento do crédito dos clientes; e

interação de mais de uma empresa do grupo com todos os módulos,

gerenciamento do RH.

Uma das principais dificuldades observadas na empresa e no processo de

gestão pela falta de um software ERP é o uso de vários sistemas que não estão

integrados, e também a falta de informações precisas de diversas áreas.

As principais necessidades da empresa a serem supridas com o ERP é

apresentar uma total interação de todos os setores da empresa, que viria

proporcionar maior agilidade na manutenção dos dados, compartilhamento de

informações, bem como um gerenciamento de todas as etapas, facilitando a tomada

de decisões no curto prazo, pois o usuário poderia acessar todas as informações

que tenha necessidade.

A Full Automotivo optou pela implantação do sistema ERP com o intuito de

otimizar seu fluxo de informações, pois tem necessidade de obter dados

padronizados, maior agilidade e precisão nas informações a serem acessadas pelos

usuários interessados.

A escolha do sistema de automação para a empresa deverá eliminar as

ineficiências do sistema atual, interligar todos os usuários em um único sistema, bem

como ter capacidade de adequação às necessidades da empresa.

Segundo as entrevistas realizadas com os gestores da empresa Full

Automotivo, as soluções em automação necessárias ao setor em que atuam seria

uma total interação de todos os setores da empresa. Em relação ao seu setor, as

principais informações de outros setores que necessitariam estar disponíveis são:

gerenciamento dos custos;

gerenciamento financeiro;

estratégias e planejamento estratégico;

desenvolvimento de novos produtos e de novos mercados;

cálculo de estoque mínimo, lead time e tempo de reposição.

Com a implantação do ERP, a empresa aponta que suas principais vantagens

serão a diminuição constante dos processos burocráticos, adequação e

padronização de todas as tarefas para todos os colaboradores, obtenção de dados

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que permitirá gerar inúmeras informações referente a diversos setores da empresa,

facilidade para mudanças repentinas sem perder o foco e a máxima interação entre

todos os envolvidos.

Quanto aos impactos que o ERP trará em relação à qualidade, lucratividade e

produtividade, os impactos positivos poderão ser observados em todas as áreas. Já

os impactos negativos serão inicialmente um aumento do custo de aquisição do

software, em decorrência da implantação, bem como o treinamento dos

colaboradores, mas que no longo prazo se converterá em retorno por meio da

economia de tempo, agilidade e otimização dos processos e exatidão nas

informações.

Destaca-se que os funcionários já estão sendo preparados para as mudanças

que ocorrerão com a implantação do ERP, pois a Full Automotivo já investe há seis

anos na educação e preparação de todos os colaboradores, sendo criada uma

cultura de constante desenvolvimento e aprimoramento na organização

Em relação ao relacionamento com os clientes, os impactos com a

implantação do sistema serão refletidas, haja vista que a empresa trabalhará

simultaneamente com o sistema antigo e o ERP, até a instalação do ERP ser

concluída.

Para a escolha do software, as principais características que o fornecedor

deverá ter no momento da negociação com a Full Automotivo são:

oferecer uma base de dados que seja maleável e adequação de qualquer

estrutura, proporcionando uma rápida e eficaz implantação;

constante atualização fiscal e contábil;

clareza e facilidade para a aquisição, bem como para a manutenção do software;

estrutura de profissionais para orientação de uma correta implantação;

valor de aquisição e implantação do software justo e coerente com o porte da

empresa;

assistência técnica constante e a qualquer horário;

agilidade nas atualizações fiscais, principalmente referente ao Sped Contábil e

Fiscal.

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Uma das necessidades da empresa é a implantação do SPED Fiscal e

Contábil, que tem como objetivo substituir os livros da escrituração mercantil pelos

seus equivalentes digitais, a partir do sistema de contabilidade.

O Decreto n. 6.022/2007 institui o Sistema Público de Escrituração Digital

(Sped), prevendo que os livros e documentos contábeis e fiscais deverão ser

emitidos em forma eletrônica.

O Sped é um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação,

armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração

comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo

único e computadorizado de informações.

A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para

efetuar tanto a escrituração fiscal como a contábil, as imagens em papel

simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico.

A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo

real, amplia as possibilidades de seleção de contribuintes e, quando da realização

de auditorias, gera expressiva redução no tempo de sua execução.

Com o Sped contábil e fiscal implantados, a empresa que utilizá-los estará

dispensada de apresentar grande parte das informações fornecidas na DIPJ

(Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) e outras

obrigações acessórias relativas a outros tributos (IPI, PIS/COFINS etc.) no âmbito

federal.

4.3 Fornecedores Softwares ERP

De acordo com os dados levantados na empresa Full Automotivo, observou-

se a necessidade de automatizar os processos visando maior agilidade. Os

principais gargalos tecnológicos são:

sistema não oferece a informação de estoque quando atinge a quantidade

mínima, não permitindo à empresa a programação automática da solicitação de

compra e cotação, bem como, a solicitação automática da ordem de produção a fim

de repor o estoque;

não há integração com a parte fiscal e contábil;

não há integração com o sistema financeiro;

adequação ao SPED Fiscal (Escrituração Fiscal Digital);

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acessibilidade e facilidade para alteração e inclusão das estruturas dos produtos;

gerenciamento das compras e vendas;

gerenciamento do crédito dos clientes; e

interação de mais de uma empresa do grupo com todos os módulos,

gerenciamento do RH;

implantação do SPED Fiscal e Contábil.

Desta forma buscou-se analisar os principais fornecedores de software que

permitissem sanar tais problemas. Dentre as necessidades apresentadas, buscou-se

fornecedores que permitam as atualizações, assistência e manutenção à empresa

Full Automotivo relacionadas a custo, capacidade de assessoria, prazo de

implantação, e flexibilidade para alterações e adaptações no sistema.

As principais empresas pesquisadas que oferecem o software ERP foram:

ACOM Sistemas; ForPrint Informática; CIGAM; Software Proteus (TOTVS).

4.3.1 ACOM Sistemas

A ACOM Sistemas atua no mercado de automação há mais de 10 anos,

estando localizada nas capitais de Curitiba/PR e São Paulo/SP. É uma empresa

caracterizada por traçar estratégias de forte investimento em pesquisa e

desenvolvimento de soluções de gestão empresarial. Desenvolvedora de soluções

de ERP - EVEREST Gestão Empresarial e CRM, fornece um conjunto completo de

gestão que se adapta de forma rápida e segura aos segmentos Industrial,

Distribuição e Serviços, proporcionando a estes uma gestão eficiente. Por meio de

uma recente fusão estratégica, a ACOM Sistemas cresceu aumentando sua

presença no mercado com mais de 300 clientes ativos em 2010, e reforçando seu

programa de canais, ampliou seu potencial de atendimento em todo território

nacional.

A ACOM Sistemas oferece um sistema que integra os departamentos de

Compras, Estoque, Vendas, Produção, Emissão de Notas Fiscais, entre outros,

sendo a solução ideal para empresas de médio e grande porte.

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4.3.2 ForPrint Informática

A ForPrint Informática Ltda. é uma empresa nacional, fundada em 1994,

especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão para pequenas e médias

empresas, com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O produto principal é o Corporator, uma solução rica em funcionalidade com

custo acessível. Ele é oferecido nas versões Light e Premium que distinguem-se

principalmente no custo e na possibilidade (ou não) de adaptações.

Além da versão em rede local, desde 2003 a empresa oferece a solução de

uso integral do sistema pela Internet, permitindo aos clientes reduzirem a estrutura

interna de informática, reduzirem custos e terem acesso de onde estiverem, inclusive

de várias filiais.

A empresa utiliza soluções da Microsoft em bancos de dados (SQL Server

2005, incluindo o Analysis Server para criação de cubos OLAP), integramos o

Corporator ao Word e ao Excel e utilizamos o Visual Studio (das versões 6 até 2008)

como plataforma de desenvolvimento. Para hospedagem da solução ASP utiliza-se

os servidores da Microsoft (Windows Server) fazendo uso da tecnologia Terminal

Server. Possui o contrato SPLA que nos permite alugar licenças da Microsoft para

hospedagem de clientes em nossos servidores.

4.3.3 CIGAM

A Rede CIGAM, com sede em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, deu

início às atividades em 1986, com o desenvolvimento da primeira versão do Sistema

de Gestão Empresarial. Quatro anos depois, através de pesquisas, foi escolhida a

ferramenta de desenvolvimento de alta produtividade Magic, com suporte a banco

de dados e interface gráficas, para desenvolver o ERP CIGAM. Em seguida, a

Certificação ISO 9001 e o início da política de distribuição do CIGAM por meio de

parceiros fez com que, em 2002, a estrutura nacional CIGAM já fosse formada por

cerca de 200 colaboradores.

Desde então a Rede CIGAM fez com que a carteira, na época de 500

empresas, passasse para 800 em 2004, chegasse a 1.000 em 2005 e atingisse os

atuais 1.500 clientes atendidos pelas 27 unidades estrategicamente instaladas pelo

Brasil. Além disso, com a fundação da Universidade Corporativa CIGAM (UCC) em

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agosto de 2007, a Rede pretende formar novos colaboradores, por meio de

especialização dos produtos da empresa, e conceitos de gestão, tecnologia,

fornecendo gratuitamente todo conhecimento necessário para os futuros

profissionais. A UCC é pioneira no país, com base em modelo sustentável, que gera

equipe qualificada, novos empregos e exemplo para o mercado de trabalho.

O programa de qualidade da empresa garante procedimentos certificados e

melhoria contínua no atendimento a seus clientes. A política de qualidade da CIGAM

Software de Gestão é:

prover soluções que confiram vantagens competitivas para nossos clientes em

Sistemas de Gestão Empresarial;

entender claramente e solucionar as necessidades de nossos clientes de forma

eficaz, profissional e responsável.

A CIGAM é especializada no desenvolvimento de software de gestão

empresarial, com vinte e três anos de experiência no mercado de ERP. Atualmente,

são mais de 1.670 clientes utilizando o CIGAM, suportados pela rede de

atendimento nacional com 27 unidades, contando com 350 colaboradores

capacitados em todo o Brasil.

O ERP CIGAM permite que as empresas possuam um maior sinergismo entre

os processos de negócios, pois quanto mais preciso e ágil o fluxo das informações,

maior é a velocidade com que esta informação será processada, o que é essencial

para atender à velocidade do mercado globalizado.

O ERP CIGAM é um completo sistema integrado de gestão empresarial,

construído seguindo os consagrados conceitos de administração, pensado para

facilitar a comunicação e a integração de toda empresa. Ao implementar o CIGAM o

cliente estará implementando também os conceitos de gestão empresarial e as

melhores práticas de mercado, que em conjunto passam a ser a ferramenta de

gerenciamento da empresa.

As metodologias de desenvolvimento e implementação do CIGAM

apresentam vantagens competitivas exclusivas, pois o desenvolvimento do CIGAM

evolui em um produto único, garantindo assim que todas as customizações e novos

recursos desenvolvidos sejam agregados ao ERP CIGAM e garantidas nas novas

versões, oferecendo para os clientes altas taxas de crescimento e evolução do

produto, disponibilizando novos recursos de forma rápida e constante.

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Esta técnica é possível graças à ferramenta de alta produtividade e

procedimentos de qualidade desenvolvidas em décadas, que nos permite agregar

novos recursos de forma parametrizada em tempos reduzidos. Estes recursos, em

conjunto com a metodologia de implementação aprovada por centenas de clientes

garantem uma implementação mais rápida e com menores custos em um produto

completo.

4.3.3.1 Proposta apresentada pela CIGAM

A definição de valores desta proposta consiste dos seguintes pontos:

produto CIGAM (seu valor é definido em função dos módulos, usuários

simultâneos, empresas e banco de dados);

contrato de Atualização e Suporte (garantia de atualização tecnológica e legal,

e funcionamento contínuo do CIGAM);

implementação (instalação, implementação, consultoria de negócio e

treinamento);

soluções complementares (customizações, comercialização e instalação de

redes, bancos de dados, software de suporte remoto e demais necessidades extras).

Implementação

Estas implementações serão as adequações às leis contábeis, fiscais ou

futuras necessidades da empresa.

A implementação do CIGAM segue uma metodologia consolidada por

milhares de cases. Os consultores participam das definições de processos e normas,

configurando o sistema de forma a garantir a aderência aos processos da empresa,

tendo como resultado final maior produtividade e informações precisas para uma

gestão eficiente.

Cada etapa foi elaborada para monitorar a implementação dentro dos prazos

e custos previstos, e são:

Acompanhamento de negócio - Análise da aderência do CIGAM ao negócio do

cliente;

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Análise de abrangência - Detalhamento das necessidades específicas de cada

negócio;

Reunião de conscientização - Macro visão do CIGAM e do trabalho necessário;

Elaboração de cronograma - Definição de prioridades, prazos e responsáveis

por cada área;

Detalhamento de objetivos - Detalhamento e mapeamento de processos,

prioridades e dados necessários;

Plano de trabalho por módulo - Parametrização e validação das operações no

sistema;

Treinamento - Treinamento, teste e validação das soluções implementadas;

Preparação do ambiente produtivo - Homologação dos dados e processos

pelos usuários;

Entrada em produção - Uso oficial do sistema acompanhada da equipe de

implementação;

Acompanhamento - Análise dos pontos possíveis de melhora e novas ações.

Os serviços de instalação, configuração, implementação, treinamento,

consultoria, configuração do ambiente operacional, serviços com bancos de dados,

conversão de dados e customizações serão faturados quinzenalmente de acordo

com o valor hora de cada serviço, conforme estão definidos no anexo desta proposta

em “Valores dos Serviços”. O controle destas horas é feito através de ordens de

serviço, que serão preenchidas pelos técnicos e assinadas pelo cliente em cada

visita.

O trabalho de implementação é conduzido por uma equipe formada por um

coordenador e um consultor implementados da rede CIGAM mais um coordenador e

um replicador por parte do cliente. As atividades de cada membro desta equipe são

definidas em reunião conjunta de acordo com os termos da MIC (Metodologia de

Implantação CIGAM). O ponto mais importante da implementação e que exige uma

atenção especial por parte do cliente é a disponibilidade de tempo das pessoas

envolvidas no processo, tanto dos gestores nas definições como dos usuários para

os treinamentos, prática e validação dos processos. O efetivo envolvimento destes

profissionais, e o acompanhamento do cronograma pelos coordenadores e de todos

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os treinamentos pelo replicador, é o segredo do sucesso da implementação como

um todo.

A figura 8, a seguir, apresenta o software ERP CIGAM e suas principais

integrações na organização.

Figura 8: ERP CIGAM e suas principais integrações. Fonte: CIGAM (2010).

A configuração do ERP CIGAM oferecido à empresa Full Automotivo é

apresentado através do quadro a seguir.

Orçamento e Verbas Limite de verbas por conta, acompanhamento orçamentário,

previsto x realizado

Gestão Financeira Contas a pagar/receber, fluxo, síntese financeira, caixa,

bancos, cheques, automação bancária

DIRF Controle da retenção de IR, PIS, COFINS, CSLL, ISS, INSS e

emissão da DARF

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Vendas/CRM Cotação, orçamento, vendas, resultado, agenda, estatística de

vendas, acompanhamento

Faturamento

Emissão e controle de pedidos, notas e cupom fiscal, crédito,

comissões, mapa de faturamento, previsão financeira, EDI

com clientes, EAN, etiquetas, rótulos

Logística e Distribuição Automatiza a expedição, rotas, etiquetas, romaneio, entrega e

geração de Nota Fiscal

Gestão de Materiais Estoque físico e financeiro, grade, reservas, encomendas,

inventário

Configurador Identificação detalhada dos itens a partir de características de

regra de relacionamento

Suprimentos/Compras Solicitação de compra, cotação, emissão e controle de ordem,

nota de entrada, EDI com fornecedores, liberação

Escrita Fiscal Emissão de livros de entrada e saída, ICMS, ISSQN, IPI, IN68,

IN86, Sintegra

Contabilidade Contabilidade fiscal e gerencial, rateios por contas gerenciais,

„n‟ níveis contábeis, razão, balancete

Controle Patrimonial Depreciação, correção, posição de bens

Contratos Gerenciamento de contratos de cobranças e pagamentos com

controle de vencimentos, reajustes, geração de faturamento

Gestão de serviços Emissão e controle de ordens de serviço, garantia, atividades,

agenda, help desk

Custo Estrutural

Setorização, custos fixos/variáveis, por unidade de negócio,

investimentos por categoria, conta gerencial e contábil,

apuração do custo operacional unitário, relatórios evolutivos

por categorias

Estratégia de preços

Formação do custo e do preço de venda para ambas as

filosofias de custeio com o conceito da engenharia financeira,

ficha técnica, planilha de negociação, preços e cenário

Gestão do Resultado

Ênfase no tratamento dos custos de distribuição, resultado por

negociação, acompanhamento do resultado por unidade/visão,

ranking’s, ponto de equilíbrio, metas de vendas

PCP Engenharia Ficha técnica, processos, recursos, insumos, composições,

custo de produção/processo

PCP Planejamento Planejamento de materiais e produção, MRP, liberação de

ordens

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PCP Controle Geração e controle de OP, consumos, etiquetas, talões,

código de barras, tempos

Workflow Otimiza os fluxos de trabalho, agiliza e automatiza os

processos

Planejamento

orçamentário

Elabora as peças orçamentárias, identifica os seus

responsáveis e cria todas as atribuições pertinentes,

contempla todas as intenções de curto, médio e longo prazos,

detalha as premissas, programa os fluxos físicos e financeiros

inerentes

Gestão do custo real

Permite monitorar e valorizar todos os eventos físicos e

monetários de produção, tais como: set-ups, quebras de

processos, recuperáveis e não-recuperáveis

Custo ABC

Vincula recursos aos processos, aos produtos e aos clientes

sem o uso de rateios genéricos. Permite uma maior precisão

nas apropriações através da reestruturação e mapeamento

dos gastos por atividades

Comex Importação Drawback intermediário, ordens de compra em outra moeda,

cálculos de impostos, nota fiscal

Comex Exportação Controle de invoice, check list, data de embarque

Gestão de frotas Controle de veículos, manutenção preventiva, gerenciamento

de pneus, consumos e reabastecimento, acerto de viagem

TMS

Controle funcional de cada colaborador envolvido no trabalho

de transporte, rotas e itinerários, qualidade nos serviços

prestados, programação e movimentação de rotas, tabela de

preço, frete x cliente, rentabilidade do negócio frete, emissão

de conhecimento de transporte nacional e internacional,

manifesto de cargos (granel e fracionada), fatura de cliente,

remessas de pagamentos cartas frete, acerto de viagens,

controle de qualidade (ex. Sasmaq e ISO), controle de

impostos de fretes e pessoas físicas

WMS

Objetivos e benefícios, organização de coleta de carga,

mapeamento e logística da distribuição da carga,

características, controle de rotas, gerência da equipes de

logística, alocação de espaços para armazenagem de carga,

controle de depósitos

LMS Controle de rotas, controle de itinerário e praças de pedágios,

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alocação de pessoas nos itinerários, alocação de veículos e

horários

Gerenciador de

processos e

sincronismo

Sincroniza empresas/lojas remotamente, roda e valida as

rotinas de sincronismo

PCP MPS Planejamento de compra e produção com base na previsão de

vendas

Controle de viagens

Controle e gerenciamento de solicitação de viagens,

agendamento de eventos previstos e reserva de verba para os

mesmos

BSC

Cadastramento de perspectivas (não se restringe as quatro

propostas de Kaplan e Norton), desenho do mapa estratégico

com os objetivos e devidas relações de causa e efeito,

cadastros de indicadores e planos de ação com os respectivos

responsáveis

Automação da força de

vendas – PDA

Automação e força de vendas

Expedição e inventário Automação de expedição e inventário

Mapeamento do

patrimonial

Automação de mapeamento patrimonial

Gestão de lojas

Pedido de vendas de balcão com monitoramento de margem

por item e pedido, emissão de ECF, TEF (Transferência

Eletrônica de Fundos), Visa, Redecard e Amex integrada ao

ECF, recebimento eletrônico TEF, controle de crediário

Serviços de

manutenção industrial

Gerenciamento de manutenção industrial programada,

preventiva e corretiva, emissão e controle de ordens de

serviço, permite identificar reclames, defeitos, causas e

soluções

Controle e apontamento

de produção

Emissão e controle de ordens e talões ou cartões de produção

de acordo com a definição da engenharia, mantém a

rastreabilidade da produção, assim como documentação e

emissão de procedimentos e instrução de trabalho

PCP Carga Máquina

Controle de alocação por turno, recurso, data e hora com

início e fim, alocação utilizando o método de „janela deslizante‟

com base na quantidade fracionada a OP em talões para

otimização do processo nas etapas seguintes, gráfico de

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visualização do tempo disponível por recurso x tempo alocado

Qualidade DOC

Inserção de novos documentos e importação de documentos

já existentes, impressão de listas mestras de documentos e

registros, distribuição automática de cópias eletrônicas,

impressão de documentos controlados

Qualidade RNC

Registro e histórico completo das não-conformidades, ações

de correção e disposição do produto e do problema, estatística

completa dos problemas, processos, causas e clientes,

relatórios de perdas

Qualidade AUDIT

Sistema flexível para controlar todos os tipos de auditorias,

seja de processo ou de setor/loja, gerenciamento da

qualificação e inatividade das auditorias, programação das

auditorias com avisos via correio eletrônico

Qualidade TREIN

Sistema para levantamento de necessidades de treinamento,

gerenciamento das habilidades e qualificação das funções,

programação de treinamentos, gerenciamento da execução

dos planos de treinamento

Qualidade MASP Metodologia de ações e soluções de problemas

Web Pedidos

Segurança por senha, ativação e inativação de usuários, uso

de perfis de usuários com restrições de acesso, controle de

sessão/expiração de sessão por tempo

Loja virtual

Cesta de compras (venda rápida), múltiplas formas de

pagamento, visualização do pedido, visualização da situação

financeira, controle de acesso (CNPJ, CPF e outros)

Gestão de serviços

WEB

Emissão e acompanhamento das ordens de serviço, permite

identificar reclames, defeitos, causas e soluções, consultas

dos serviços por ordem, gerenciamento de prestação de

serviços, controle garantias de ordens e de fabricantes

Vendas e pedidos WEB Vendas, recebimento e acompanhamento de pedidos via Web

E-Procurement

Integração do fornecedor com o cliente utilizando o conceito

B2B, notificação aos fornecedores dos itens a serem cotados

e alterações nas regras do processo de cotação

Solicitações de

Compras/Materiais Web

Emissão e acompanhamento de locações de compras via Web

i-Bolt Mapeamento de processos, workflow, integração de processos

de negócios Business Process Integration – BPI,

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automatização e monitoração dos processos de negócios

Business Process Management System – BPMS

Folha de pagamento até

100 funcionários

Marcações, integração com relógios, quadro horário/jornadas,

espelho ponto, banco de horas

Frequência e acesso até

100 funcionários

Apura as horas trabalhadas, extras, faltas, compensações,

afastamentos, férias, rateios de mão-de-obra, banco de horas

PPP – Perfil

Profissionagráfico

Previdenciário/Gestão

de Benefício

Vales-transporte, administração de convênios, vales

alimentação/refeição, demonstração gerencial dos benefícios

aplicáveis a cada empregado

Treinamento e

desenvolvimento

Treinamento, orçamento de treinamentos e dos investimentos

já realizados (previsto x realizado), certificação de capacitação

profissional

Gestão de salário

Matrizes salariais, descrições de cargos, programação e

parcelamento de aumentos, quadro de lotação, remuneração

por competências integrada à avaliação de desempenho

Recrutamento e seleção

Quadro de lotação, cadastramento de candidatos e análise de

currículos, triagem de candidatos através de uma montagem

flexível de requisitos

Saúde ocupacional

Normas Regulamentadoras (NR) 07 e 09, emissão de

Atestados de Saúde Ocupacional, gráficos de audiometrias,

controle sobre exames, posto de trabalho, cargo, função e

pessoa, histórico e prontuário médico, exames, emissão de

PPP, relatório de exames, e outros documentos legais

Segurança do trabalho

Controle completo da entrega de EPI‟s em conformidade com

a NR-06, Controle de EPC‟s (local e manutenção),

gerenciamento de alocação de recursos como armários e

caixa de ferramentas, estatísticas de EPI‟s e emissão das

fichas de comprovação de entrega.

Postos Controle de estoque de combustíveis, venda loja de

conveniência, emissão livro LMC

Quadro 4: Configuração do ERP CIGAM. Fonte: CIGAM (2010).

O ERP CIGAM tem garantia de 90 dias a partir da data da venda. A garantia

abrange atualização do sistema e suporte na utilização do sistema. Após o período

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de garantia o suporte e as atualizações são garantidos através do Contrato de

Suporte e Atualização do CIGAM, que abrange, entre outros:

orientação técnica geral sobre a utilização do sistema;

consultas por telefone, fax, Internet;

suporte remoto via software de comunicação (PC Anywhere, Terminal Service

ou Metaframe);

suporte local para orientação a dúvidas operacionais após treinamento;

atualização do CIGAM; garantia de que o cliente tenha sempre um sistema

atualizado em termos tecnológicos, legais, e funcionais;

orientações nas atualizações do sistema e sobre a documentação dos novos

recursos.

Os valores e condições de pagamento são apresentados no quadro 5:

Resumo financeiro Valores (R$)

ERP CIGAM (pgto. em duas parcelas) 13.409,00

ERP CIGAM (pgto. à vista) 12.068,00

Implementação

Implementação, instalação, configuração

e treinamento – previsto em 360h. 32.760,00

Contrato de Suporte e Atualização

Contrato de suporte e atualização de

versão (mensal) 720,00

Total (pgto em duas parcelas) R$ 46.889,00

Total (pgto. à vista) R$ 45.548,00

Quadro 5: Condições de pagamento do ERP CIGAM. Fonte: CIGAM (2010).

O valor para a aquisição do software ERP CIGAM, bem como a implantação e

a mensalidade para um mês de suporte e atualização variam entre R$ 45.548,00 e

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R$ 46.889,00, dependendo se a empresa optará por este pagamento à vista ou

parcelado em duas vezes.

4.3.4 TOTVS

A TOTVS é uma empresa de software, inovação, relacionamento e suporte à

gestão, líder absoluta no Brasil, com 49,1% de share de mercado, e também na

América Latina, com 31,2%. É a maior empresa de softwares aplicativos sediada em

países emergentes e a 7ª maior do mundo no setor. Possui mais de 25,2 mil clientes

ativos, conta com o apoio de 9 mil participantes e está presente em 23 países.

Por conhecer e compreender todas as empresas e os seus desafios de

enfrentar os mercados, a TOTVS possui uma ampla variedade de produtos e

serviços para todos os tipos e tamanhos de empresas. Existem soluções específicas

para 12 segmentos: agroindústria, construção e projetos, distribuição e logística,

educacional, financial services, jurídico, manufatura, saúde, série 1 (micro e pequena

empresa), série 3 (atendem qualquer segmento de forma eficiente e compatível com

a expectativa de desembolso por meio de soluções que reúnem a experiência e

sucesso da TOTVS em ERP), serviços e varejo.

A TOTVS quer que seus clientes se tornem cada vez mais competitivos, com

tranquilidade para pensar apenas no que é seu negócio e energia para se dedicar ao

que realmente interessa.

Pensando nisso, traz ao mercado o Operador Administrativo, que fornece um

portfólio completo de gestão, composto por: software, tecnologia, consultoria,

serviços de valor agregado (infraestrutura, educação, service desk).

As empresas necessitam de soluções específicas para cada momento da sua

história. Por isso, a TOTVS organiza e oferece as soluções de acordo com o Ciclo

de Maturidade de Gestão, adequando os produtos e serviços com o momento e a

evolução de cada cliente.

Inovação está no DNA da TOTVS. Prova disso é o TOTVS Ocean, uma

plataforma de atendimento e relacionamento que realiza os processos de oferta,

contratação, treinamento, implantação e suporte dos produtos e serviços TOTVS via

web, reduzindo custos e aumentando a assertividade dos projetos.

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Este software aproxima a TOTVS do mercado e de clientes pela convergência

digital, levando o melhor do mundo presencial com todas as vantagens do mundo

virtual, oferecendo os seguintes serviços:

oferta: forma complementar de Atendimento e Relacionamento, ferramenta de

expansão internacional;

demonstração: demonstrações virtuais gravadas ou vivas, produtos TOTVS

com excelência através de recursos vitais;

contratação: proposta a quatro mãos, mobilidade corporativa;

treinamento: educação à distância, disseminação do conhecimento interno e

externo;

implantação: mais rapidez, redução de custo e padronização da operação;

suporte: mais agilidade e assertividade, banco de conhecimento e delivery de

informação.

4.3.4.1 Proposta apresentada pela TOTVS

O TOTVS possui um módulo especialmente desenvolvido para suportar

integrações com outras soluções de maneira fácil e robusta. Seu projeto é moderno

e visa permitir:

acesso nativo a bancos de dados legados a fim de permitir consolidação e uso

de informações dos sistemas legados em processos do RM;

posicionamento do RM como uma plataforma de negócios capaz de agregar e

centralizar todas as soluções específicas da empresa;

integração do RM com sistemas legados maximizando os investimentos de TI.

A Figura 9 apresenta a integração das tecnologias de comunicação da

TOTVS.

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Figura 9: Tecnologia de comunicação RM. Fonte: TOTVS (2010).

A solução ERP TOTVS é dinâmica, racional e eficiente, e prepara a empresa

para administrar processos e recursos na busca de integração de informações. A

adoção da solução ERP TOTVS elimina o uso de interfaces manuais e a

redundância de atividades, proporcionando integração de diversos departamentos,

automatização e armazenamento de todas as informações de negócios.

Desafios

Os principais desafios a serem superados pelo ERP TOTVS são:

automatizar e centralizar informações;

gerenciar e integrar processos;

agilizar a eficiência nas operações.

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Resultados

Os resultados obtidos por meio do software ERP TOTVS são:

integração e velocidade de comunicação entre os processos de negócio;

automatização e armazenamento da informação;

melhoria no planejamento e alocação de recursos;

visão unificada e integrada das operações da empresa;

maior subsídio para tomadas de decisões.

Cessão de Direito de Uso de Software (CDU)

Licença não-exclusiva, não-transferível, limitada e condicional aos termos do

contrato de Cessão de Direitos de Uso de Software e Prestação de Serviços

(Contrato) para utilizar os softwares listados no item „Valores e Condições de

Pagamento‟, que é oferecida ao Cliente, sujeita aos termos e condições estipulados

na proposta.

Serviços mensais de software

Os serviços mensais de software oferecidos ao cliente, cuja prestação está

sujeita aos termos e condições estipulados na proposta e no contrato.

Serviços complementares de software

Os serviços complementares de software, os quais compreendem, dentre

outros, os Serviços de Implantação, Suporte Local, Fábrica de Software e

Treinamento e não fazem parte do escopo da proposta, serão também objeto da

proposta.

Assessoria/Consultoria – Serviços de Implantação

O atendimento de Serviço de Implantação será efetuado pela alocação de

profissionais qualificados e com base em horas trabalhadas. Mediante o Escopo

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Preliminar de Implantação, contendo o detalhamento dos trabalhos a serem

executados, com prazos, condições comerciais, responsabilidades e valores. O

projeto deve ser assinado por ambas as partes. Deve ser realizado através do

agendamento de visitas para a execução de trabalhos.

A ordem de serviço deverá ser assinada por pessoal responsável do Cliente,

caracterizando sua concordância nos apontamentos e descrição.

Os serviços agendados poderão ser cancelados, desde que para tanto, o

Cliente notifique a TOTVS por escrito, com antecedência mínima de 48h. e dirigindo-

se ao coordenador responsável pelo projeto da TOTVS. Decorrido esse prazo, será

apontado e cobrado as horas da agenda mesmo que não tenham sido efetuadas,

com ressalva as exceções, que serão objeto de análise pela TOTVS.

Os serviços com a TOTVS possuem os seguintes valores:

Recurso (s) Custo Unitário (R$)

Suporte/Consultoria 95,00

Desenvolvimento/Análise 95,00

Gerenciamento/Coordenação 110,00

Quadro 6: Serviços da TOTVS. Fonte: TOTVS (2010).

O preço da hora será acrescido em 50% (cinquenta por ano) quando o serviço

for prestado fora do horário comercial da TOTVS, que é das 08h às 18h de segunda

a sexta-feira. Os serviços prestados aos sábados, domingos e feriados terão

acréscimo de 100% (cem por cento) no preço da hora.

Serviços mensais de gerenciamento de projeto e atendimento a clientes

Referem-se aos serviços de apoio aos usuários durante e após a fase de

implantação, através de visitas e/ou acompanhamento, buscando fornecer a correta

implantação do software contratado e continuidade no relacionamento junto ao

Cliente assegurando a plena utilização do software.

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Recurso (s) Custo Unitário (R$)

Gerenciamento/Coordenação 2.062,50

Atendimento a cliente 0,00

Quadro 7: Serviços mensais de gerenciamento de projeto e atendimento a clientes da TOTVS.

Fonte: TOTVS (2010).

O valor referente ao Serviço de Gerenciamento/Coordenação será faturado

mensalmente pela TOTVS com vencimento todo dia 25 após a assinatura da

proposta até a data de homologação da implantação do software contratado.

Despesas de deslocamento

Todas as despesas relacionadas com deslocamento, alimentação e

hospedagem do pessoal da TOTVS para a prestação de serviços, serão de

responsabilidade do Cliente. As despesas administradas pela TOTVS serão

repassadas a título de reembolso. Sobre estes reembolsos incidirá 20% referentes a

taxas e despesas administrativas. Será cobrada do cliente a quilometragem

referente ao deslocamento da sede da TOTVS até o local da prestação dos serviços.

Hora de deslocamento

A TOTVS tem como política cobrar as horas despendidas com deslocamento

até as instalações do Cliente. Para todos os serviços prestados serão cobrados

horas/minutos de deslocamento da sede da TOTVS até o local da prestação dos

serviços.

Forma de pagamento – Condição

Os preços dos serviços são líquidos e serão acrescidos de impostos, taxas,

contribuições e quaisquer outros tributos incidentes quando da emissão da

respectiva nota fiscal.

Os preços dos serviços serão reajustados anualmente, de acordo com a

variação do IGP-M/FGV ou, no caso de sua extinção, por outro índice avençado

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pelas partes. Caso reduza-se a periodicidade mínima de reajuste admitida em lei, os

preços dos serviços passarão a ser reajustados na menor periodicidade permitida.

Os valores e condições de pagamento são apresentados no quadro 8:

Resumo financeiro Valores

Cessão de direito de uso de software e

implantação 22.400,00

Contrato de Suporte e Atualização 0,00

Serviços mensais de software 918,00

Total 23.318,00

Quadro 8: Condições de pagamento da TOTVS. Fonte: TOTVS (2010).

O valor para a aquisição do software ERP TOTVS, bem como a implantação e

a mensalidade para um mês de suporte e atualização será de R$ 23.318,00. Este

valor poderá sofrer alterações dependendo do deslocamento de um funcionário da

TOTVS, onde será cobrado o deslocamento, despesas com alimentação,

hospedagem e quilometragem.

4.4 Análise dos Softwares

Dentre as quatro empresas selecionadas, buscou-se através do site e

posteriormente contato com o fornecedor, bem como se pesquisou o segmento de

atuação de seus clientes, a fim de se verificar quais empresas já possuíam

experiência anterior na implantação de software ERP em empresas do setor

automotivo.

Os dados coletados foram realizados no primeiro semestre do ano de 2010,

por meio de visitas dos representantes das empresas fornecedores de software à

Full Automotivo, além do envio de propostas por e-mail e outras informações

pesquisadas no site de cada uma das empresas.

Dentre essas, as duas empresas que têm experiência na implantação de

softwares de ERP para o segmento automotivo são a TOTVS e a CIGAM, que

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também possuíam os requisitos de preço e acessibilidade definidos inicialmente pela

Full Automotivo.

Após diversos estudos e proposta recebida pelas empresas CIGAM e TOTVS,

destaca-se que ambas oferecem um programa ERP bastante completo, que atende

às necessidades da empresa Full Automotivo.

Apesar disto, a premissa em relação a maior agilidade nas atualizações

fiscais foi atendida pela empresa TOTVS, que já possui o Sped Contábil e Fiscal em

operação em seu sistema, enquanto a empresa CIGAM ainda estava em fase de

implantação e testes.

O quadro 9 apresenta um comparativo entre as empresas.

Premissa CIGAM TOTVS

Garantia de suporte e

atualização tecnológica X X

Atualização fiscal e

contábil X

Suporte remoto X X

Software R$ 12.068,00 R$ 22.400,00

Implantação R$ 32.760,00 R$ 15.500,00*

Contrato de suporte e

atualização mensal R$ 720,00 R$ 918,00

Quadro 9: Comparação entre as empresas pesquisadas. Fonte: CIGAM (2010); TOTVS (2010). * Implementação feita com terceiros

De acordo com o Quadro 9, destaca-se que as premissas da Full Automotivo

para a aquisição do software ERP são melhor atendidas pela TOTVS, haja vista a

necessidade da empresa em relação às atualizações fiscais (Sped Fiscal e

Contábil), além do custo da TOTVS ser 50,03% menor do que o valor proposto pela

CIGAM.

O único ponto deficiente da TOTVS será o valor mensal de suporte e

atualização, que é 27,50% maior do que o oferecido pela CIGAM.

Por isso, com base no estudo realizado, sugere-se à Full Automotivo negociar

os valores referentes à assistência técnica mensal e os serviços mensais de

gerenciamento de projeto e atendimento a clientes.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os sistemas de informação podem ser vistos como uma ferramenta que

auxiliam as empresas na maneira como suas informações são geridas. Contata-se

que por meio desses sistemas, seu uso permite uma melhoria na qualidade dos

serviços prestados, haja vista que a precisão das informações são fundamentais

para se oferecer serviços, e que refletirão no seu relacionamento com seus clientes.

Para isso, os sistemas devem ser alimentados com informações precisas e

corretas dos funcionários que neles operam, a fim de que o sistema possa fazer sua

parte no fornecimento de informações e relatórios.

Este trabalho buscou apresentar os principais conceitos relacionados à

gestão da informação e ao ERP, que forneceram embasamento teórico para a

realização da pesquisa, que teve como foco analisar os softwares comerciais para

empresas do segmento automotivo líderes no mercado.

Para isso, foi inicialmente identificado os processos da Full Automotivo, sendo

descritas as principais necessidades da empresa quanto às soluções em

automação.

Posteriormente, foram identificadas as empresas que comercializam o

sistema: TOTVS; ACOM Sistemas; CIGAM; ForPrint. Após uma pesquisa e

entrevistas realizadas com as empresas, observou-se que as empresas CIGAM e

TOTVS possuíam o perfil que a empresa Full Automotivo procura para a instalação

do software ERP.

Novamente, novas pesquisas foram realizadas, e a empresa TOTVS atendeu

ao requisito de custo e por possuir maior agilidade nas atualizações fiscais e

contábeis do que as demais empresas, adequando-se melhor às necessidades da

Full Automotivo.

Em relação ao problema de pesquisa, as principais características que o

fornecedor deverá ter no momento da negociação com a Full Automotivo são:

oferecer uma base de dados que seja maleável e adequação de qualquer estrutura,

proporcionando uma rápida e eficaz implantação; constante atualização fiscal e

contábil; clareza e facilidade para a aquisição, bem como para a manutenção do

software; estrutura de profissionais para orientação de uma correta implantação;

valor de aquisição e implantação do software justo e coerente com o porte da

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empresa; assistência técnica constante e a qualquer horário; agilidade nas

atualizações fiscais, principalmente referente ao Sped Contábil e Fiscal.

Todos os objetivos inicialmente traçados foram respondidos e cumpridos no

decorrer da pesquisa.

A importância deste estudo para a organização foi conhecer as empresas

fornecedoras de software ERP que atendam às particularidades de uma empresa do

segmento automotivo, a fim de facilitar a tomada de decisões e contribuir para a

escolha da empresa.

Embora novas pesquisas sejam importantes nesta área, sugere-se o

desenvolvimento de futuros trabalhos relacionados a implantação do software ERP,

o tipo de treinamento que deverá ser realizado em cada setor, além da eficácia do

sistema após sua implantação.

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APÊNDICE

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APÊNDICE 1

QUESTIONÁRIO

1) Qual o sistema de informação utilizado atualmente pela empresa?

2) Quais as necessidades que o sistema atual atende?

3) E quais as principais necessidades não atendidas pelo sistema atual?

4) Quais as principais necessidades da empresa a serem supridas com o

ERP?

5) No setor em que você atua, quais seriam as soluções em automação

necessárias atualmente?

6) Quais as atividades do seu setor que estariam interligadas e integradas

às atividades de outros setores?

7) Quais as principais dificuldades observadas na empresa e no processo

de gestão pela falta de um software ERP?

8) E quais as principais vantagens que você acredita que o ERP

proporcionará?

9) Quais os impactos positivos e negativos que o ERP trará em relação à

qualidade, lucratividade e produtividade?

10) Na sua opinião, os funcionários estarão abertos e motivados para as

mudanças a serem implantadas com a instalação do ERP?

11) E os clientes, como serão passadas as informações acerca das

mudanças que ele precisará enfrentar para o ajustamento do sistema?

12) Na escolha do software, quais as principais características que o

fornecedor deverá ter no momento da negociação com a Full Automotivo?