UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca...

59
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA GERALDO ANÁLISE DO DEPARTAMENTO DE VENDAS DA EMPRESA ALUMPLAST IND. DE PVC LTDA. São José 2006

Transcript of UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca...

Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MARCELO DE LUCCA GERALDO

ANÁLISE DO DEPARTAMENTO DE VENDAS DA EMPRESA ALUMPLAST IND.

DE PVC LTDA.

São José

2006

Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

MARCELO DE LUCCA GERALDO

ANÁLISE DO DEPARTAMENTO DE VENDAS DA EMPRESA ALUMPLAST IND.

DE PVC LTDA.

Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação

– apresentado como requisito parcial para obtenção do

grau de Bacharel em Administração da Universidade do

Vale do Itajaí.

Professor Orientador: Amarildo Kanitz

São José

2006

Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

MARCELO DE LUCCA GERALDO

ANÁLISE DO DEPARTAMENTO DE VENDAS DA EMPRESA ALUMPLAST IND. DE PVC LTDA.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua

forma final pela Coordenação do Curso de Administração – Comércio Exterior da

Universidade do Vale do Itajaí, em

Luciana Merlin UNIVALI – CE São José Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

Prof. Amarildo Kanitz UNIVALI – CE São José

Professor Orientador

Prof. Rogério Raul da Silva UNIVALI – CE São José

Membro

Prof.(a) Ana Paula Sohn UNIVALI – CE São José

Membro

Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.

Ao meu amigo e orientador Prof. Amarildo Kanitz pela atenção e grande

incentivo.

Aos meus pais, por me darem a oportunidade e o apoio durante os anos em

quem estive cursando a Universidade.

À minha filha Beatriz, que compreendeu a minha ausência nesta etapa

importante da minha vida.

À minha namorada, Simone, que sempre me ajudou, incentivou e apoiou em

todos os momentos.

Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

"Estratégia é a arte ou ciência de saber

identificar e empregar meios disponíveis para

atingir determinados fins, apesar de a eles se

oporem obstáculos e/ou antagonismos

conhecidos."

Sun Tzu

Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

RESUMO

DE LUCCA, Marcelo G. Análise do departamento de vendas da empresa Alumplast Ind. de PVC Ltda. 2006. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração – Habilitação Comércio Exterior) – Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2006.

Com o avanço da tecnologia e da globalização, cada vez mais as empresas estão na busca da supremacia do seu segmento. A postura adotada pelas empresas no passado, ou seja, o foco direcionado apenas para dentro da organização, não deve ser o mesmo nos dias atuais, haja vista que a grande preocupação dos gerentes é com o pós-venda, com a satisfação do cliente e adoção de novas estratégias. O atual trabalho tem por objetivo analisar o departamento de vendas da Alumplast Ind. de PVC Ltda., permitindo identificar os pontos fortes e fracos com o intuito de tornar as operações de vendas mais eficientes e eficazes. A pesquisa se caracteriza como descritiva. As técnicas de pesquisa utilizadas foram: bibliográfica e pesquisa de campo. Na coleta de dados, foram utilizadas fontes primárias (entrevista semi-estruturada) e secundárias, com abordagem qualitativa. O resultado da pesquisa identificou alguns pontos fracos no sistema atual, como por exemplo, preço dos produtos mais elevado que de seus concorrentes, problemas relacionados à entrega de material e também a falta de flexibilidade na hora da tomada de decisão. O que se pôde concluir é que, com a reestruturação no departamento de vendas, criando um novo planejamento, um programa de recrutamento e seleção juntamente com um programa de reciclagem, a empresa poderá otimizar os processos.

Palavras-chave: Planejamento; vendas; marketing.

Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

ABSTRACT

DE LUCCA, Marcelo G. Análise do departamento de vendas da empresa Alumplast Ind. de PVC Ltda. 2006. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração – Habilitação Comércio Exterior) – Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2006.

With the advancement of the technology and of the more and more globalization the companies are in the search of the supremacy of his segment, the posture adopted by the companies in the past, or be, the focus directed barely for inside the organization, is not the even in the present days, have seen that to big worry of the managers is with the powders sell, with the satisfaction. The present work has for objective analyzed the department of sales of the Alumplast Ind. of PVC Ltda. Permitting identifies the weak and strong points with the design of become the operations of efficient and efficient sales. In the development of the research, was utilized to descriptive. The techniques of research utilized were: bibliographical, in works and complementary articles recommended by the professor adviser. In the fact-gathering, were utilized primary springs (interview is structured) and secondary, with qualitative approach. The result of the research identified some weak points in the present system, as by example, price of the products more elevated that of his competitors, problems related to the delivery of stuff and also the absence of flexibility at the right moment of the decision-making. What could conclude is that, with a restructuration in the department of sales, creating a new planning, a program of recruitment and selection jointly with a program of recycling the company will be able to, have the optimization of the trials.

Key-words: Planning, sales and marketing.

Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01: Sinopse da evolução das definições de marketing ................. 17

Quadro 02: Principais tipos de varejistas ................................................... 24

Quadro 03: Varejo sem loja ........................................................................24

Quadro 04: Lojas de varejo ....................................................................... 25

Figura 01 – Conceitos de marketing ............................................................ 18

Figura 02 – Principais etapas do gerenciamento da força de vendas ......... 28

Figura 03 – Organograma da Alumplast ...................................................... 43

Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

SUMÁRIO

RESUMO ...............................................................................................................................5 ABSTRACT ...........................................................................................................................6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................................7 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................9

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA.........................................................11

1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................12

1.2.1. Objetivo Geral........................................................................................12

1.2.2. Objetivos Específicos ...........................................................................12

1.3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................................14

2.1 MARKETING ......................................................................................................14

2.2 AMBIENTE DE MARKETING .............................................................................19

2.3 MERCADO .........................................................................................................20

2.4 CLIENTE ............................................................................................................21

2.5 VAREJO .............................................................................................................22

2.6 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS.........................................................................26

2.6.1. Formas de organização ........................................................................31

2.7 RELACIONAMENTO DE VENDAS.....................................................................35

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO...........................................................................................38

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO ..................................................................................40

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...................................................................40

4.1.1. Produtos ................................................................................................42

4.2 ORGANIZAÇÃO ATUAL DA ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS ...........................43

4.3 ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS .............................................................46

4.3.1. Entrevistas com os vendedores ...........................................................49

4.4 PROPOSTA DE MELHORIA NO SETOR DE VENDAS......................................53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................55

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................57

Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

1 INTRODUÇÃO

Antigamente, o que se podia observar é que as empresas se preocupavam

somente com a produtividade de seus processos, ou seja, as organizações eram

voltadas apenas para sua gestão, sem dar importância aos clientes, os

consumidores finais de seus produtos. Este comportamento devia-se,

principalmente, à inexistência de concorrência entre produtores.

Com o passar dos anos, percebe-se o aumento constante da competitividade,

causada por fatores tais como a alta dos derivados de petróleo, o aumento da mão-

de-obra, aumento nas taxas tributárias, o desenvolvimento da informática e dos

meios de transportes.

Ao se deparar com esta competitividade, as empresas, cada vez mais, vêm

se preocupando em inovar e diversificar a sua pauta de produtos, objetivando

melhorar a satisfação de seus clientes e buscar um lugar de destaque no mercado

em que atuam.

O ambiente dos negócios nos dias de hoje vem exigido das empresas a

adoção de estratégias que as tornem competitivas frente a concorrência existente. À

medida que as transformações vêm ocorrendo no mercado, o que se pode denotar é

que aumenta o desafio das empresas em sobreviver a essas transformações. Os

consumidores, cada vez mais exigentes, e as constantes inovações dos produtos e

serviços fazem com que as empresas, diante desta realidade, busquem alternativas

para se manterem competitivas.

Fatores como a globalização, descentralização e a terceirização são alguns

dos desafios que os profissionais vêm enfrentando no atual cenário. As próprias

noções de emprego e trabalho estão mudando. Nesse sentido, as organizações têm

investido mais em tecnologia, em novos produtos e em pessoal, para que o cliente

sempre possa ter suas expectativas alcançadas dentro da organização.

A empresa estudada, Alumplast Indústria de PVC Ltda., iniciou suas

atividades em 15 de setembro de 1984 e esteve localizada na Avenida Ivo Silveira

em Florianópolis por aproximadamente 10 anos. Tempos depois, a empresa

manteve seu escritório neste endereço, mas mudou sua fábrica para um galpão

próprio no Rio Grande, em Palhoça, onde esteve sediada por mais 5 anos. Depois a

Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

10

fábrica e o escritório passaram a funcionar no mesmo local – às margens da BR 101

em São José, por mais três anos.

Com o crescimento da demanda, surgiu a necessidade de expandir a

fábrica para um local apropriado e com maiores recursos. Assim, nos dias

atuais a sua sede está instalada no distrito industrial do município de São José.

Inicialmente, a empresa manteve seu foco na fabricação de esquadrias de

alumínio e instalação de forro PVC. Nesta época, suas vendas concentravam-se

somente no varejo, ou seja, eram destinadas diretamente ao consumidor final.

No decorrer dos anos, o seu fundador, Jonas Benjamim Geraldo,

vislumbrando um mercado promissor, com o uso de recursos próprios, decidiu

investir na industrialização de perfilados de PVC fabricando a linha de forros e

acessórios. Então, a empresa passou a atuar também no atacado.

A instalação da indústria de PVC surgiu da identificação por parte da empresa

de um nicho de mercado pouco explorado na época - esta foi uma das dez primeiras

indústrias a fabricar a linha de forros de PVC no Brasil.

Atualmente, a Alumplast Ind. PVC Ltda. vem comercializando seus produtos

para todos os estados brasileiros, tendo como principais clientes lojas de materiais

de construção, lojas de decoração, instaladores de forros e divisórias, além de

construtoras. A empresa conta com representantes específicos para cada região,

com uma forte atuação nas regiões sul e sudeste.

O sucesso obtido com este segmento vem superando as expectativas iniciais

e está proporcionando à empresa a possibilidade de entrar no mercado

internacional. Portanto, a Alumplast já iniciou alguns contatos para exportação de

seus produtos, tendo negociações adiantadas no Mercosul, nos Estados Unidos e

no Oriente Médio.

Observa-se, na empresa estudada, a prioridade quanto aos princípios de

qualidade total em suas atividades, seguindo a prática de melhorias contínuas,

visando alcançar seus objetivos de tempo, inovação e custos.

A Alumplast Ind. PVC Ltda é reconhecida pela ética com que conduz seus

negócios, pela integridade de seus profissionais, pelo relacionamento com seus

clientes, consumidores e fornecedores e pelo cumprimento com suas obrigações

sociais.

Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

11

Um dos pontos de apoio ao sucesso da empresa é atribuído à área de

logística. Esta logística se inicia pela concentração de todas as suas atividades de

fabricação em um único parque industrial, o que lhe proporciona otimização de

fatores como transporte e cumprimento de prazos.

A localização estratégica da empresa, situada próxima a BR101, facilita o

escoamento da produção para todos os estados brasileiros e, se necessário,

também para o mercado externo.

Após analisar vários fatores relativos à empresa, verificou-se a necessidade

de algo que a diferenciasse dos concorrentes de forma competitiva. Sabemos que

uma empresa, para ser competitiva, precisa contar com profissionais capacitados

para dar suporte, sobretudo no que se refere ao departamento de vendas.

Do papel de desencadeador de consumo para o regulador e estimulador da

produção, o marketing vem encontrando na sociedade moderna novos usos e

aplicações. Em decorrência do rápido desenvolvimento tecnológico e das mudanças

no comportamento social, vem ampliando suas fronteiras de atuação para outros

campos. Sabe-se que, para um perfeito desenvolvimento e expansão de uma

empresa, está envolvida uma série de fatores e questões estratégicas, podendo-se

dizer que o marketing é uma peça fundamental para esse desenvolvimento.

Partindo desse pressuposto, este trabalho busca analisar a estrutura do

processo de vendas da empresa Alumplast Indústria de PVC Ltda. É a situação

problema que se descreve no item seguinte.

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

O convívio e o estágio desenvolvidos na Alumplast proporcionaram a

oportunidade de o pesquisador conhecer todas as atividades desenvolvidas pela

empresa. Tendo em vista o grande crescimento do setor de plástico nos últimos

anos, nota-se a necessidade de analisar o desempenho do setor de vendas desde o

seu processo organizacional e administrativo da empresa Alumplast Indústria de

PVC Ltda. O motivo se justifica frente ao crescimento e aceitação dos produtos da

empresa no mercado, paralelo à acirrada concorrência existente no setor.

Partindo deste pressuposto, torna-se necessário que a força de vendas,

considerada estratégica, esteja preparada para enfrentar desafios como o mercado

competitivo. É preciso estar a par dos novos paradigmas que vêm sendo

Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

12

determinados pelos novos modelos de administração e, principalmente, pelo

relacionamento direto com os clientes e fornecedores. Trata-se de uma busca

contínua pela eficiência e eficácia do departamento de vendas, cujas melhorias têm

impacto direto no crescimento da empresa.

1.2 OBJETIVOS

Para o desenvolvimento deste trabalho, propõem-se os objetivos que serão

apresentados a seguir.

1.2.1. Objetivo Geral

Analisar o processo de vendas na empresa Alumplast Indústria de PVC Ltda.

1.2.2. Objetivos Específicos

• Verificar os procedimentos adotados na atual administração de vendas;

• Descrever a estrutura da força de vendas;

• Identificar os pontos fortes e fracos da estrutura da força de vendas.

1.3 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema para desenvolvimento do trabalho se deu pela afinidade

do acadêmico com a empresa e, mais precisamente, com as necessidades

identificadas no departamento de vendas. Este é um dos departamentos mais

importantes da organização e observou-se a necessidade de analisar se o mesmo

vem desenvolvendo suas atividades de forma organizada e se vem proporcionando

boa atuação para conquistar e manter os clientes.

O setor passa por um momento em que a concorrência está muito acirrada.

As empresas lutam cada vez mais por um espaço no mercado. Em busca de um

bom desempenho, a Alumplast Indústria de PVC Ltda vem trabalhando de forma a

acompanhar o mercado, seguindo suas tendências e se tornando cada vez mais

competitiva. Com essa visão crescente da empresa, verifica-se a necessidade de

uma reestruturação para que a empresa comece a atingir novos mercados.

Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

13

O trabalho se torna relevante, pois o mesmo indica onde e como melhorar o

setor de vendas, sendo que o estudo possibilitou uma melhor compreensão do setor,

unindo teoria e prática, propiciando um crescimento profissional de grande

importância.

O trabalho em questão serve de referência para acadêmicos ou pessoas que

queiram obter compreensão sobre este ramo de atividade.

Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A teoria se faz necessária para que se possa embasar os temas em estudo e,

dessa forma, ter uma compreensão do ambiente empresarial e organizacional.

É necessário compreender os conceitos de marketing, mercado, cliente,

varejo, administração de vendas, com vistas a aplicar a teoria em benefício da

prática de intervenção na empresa em estudo.

2.1 MARKETING

A importância do marketing no desenvolvimento empresarial vem crescendo.

Sua abordagem teórica vem passando por transformações e adaptações no cenário

econômico, pois o capital corporativo vem se adaptando de forma acelerada,

buscando-se diminuir os custos de produção em diferentes localidades para obter o

máximo de competitividade. O marketing possibilita a criação de oportunidades de

lucros e de oferecer idéias melhores que aumentem a vantagem competitiva das

empresas (KOTLER, 1998).

Nas palavras de Cobra (1994, p. 36), “marketing é uma expressão anglo-

saxônica derivada da palavra mercari, do latim, que significa comércio, ou ato de

mercar, comercializar ou transacionar”.

Las Casas (2002, p.13) também apresenta o conceito:

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade.

Pride e Ferrel (2000, p. 13) sustentam que as organizações necessitam

vender produtos para sobreviver e crescer “e as atividades de marketing as ajudam

a vender os seus produtos. Os recursos financeiros gerados pelas vendas podem

ser usados para desenvolver produtos inovadores”.

Para Stanton e Spiro (1999, p. 29):

Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

15

Marketing é uma filosofia de negócios que faz da satisfação do cliente a justificativa econômica e social para a existência da empresa. Desse modo, as atividades da empresa devem se concentrar em descobrir o que o cliente deseja, satisfazendo esses desejos e gerando lucros a longo prazo.

Segundo Kotler e Armstrong (2003 p.3), “marketing é um processo

administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e

desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com os outros”. Ou

ainda, marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício,

sendo que os principais objetivos são: atrair novos clientes, prometendo-lhes valor

superior, e manter os clientes atuais, proporcionando-lhes satisfação.

Pode-se, assim, concluir que marketing consiste em atender as necessidades

dos clientes fazendo melhorias que irão beneficiar a ambos: empresa e cliente.

Nesse sentido, McKenna (1992, p.3) afirma que o marketing deve ser:

orientado para criação, e não ao controle de um mercado; baseia-se na educação desenvolvimentista, no aperfeiçoamento incremental, e no processo contínuo, e não em simples táticas para conquistar fatia de mercado, ou eventos únicos. E que é mais importante, baseia-se no conhecimento e na experiência existente na organização.

Godri (1997, p.12), concordando com Kotler (1998) e McKenna (1992),

contribui afirmando que o marketing “é a atividade de descobrir, conquistar e manter

clientes”.

Para Kotler & Armstrong (2003, p.3),

Muitas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propaganda. Isso não causa nenhuma surpresa. Afinal, todos os dias somos bombardeados por comerciais de televisão, anúncios em jornais e revistas, campanhas de mala-direta, ofertas na internet campanhas de tele-marketing. Entretanto, vendas e propaganda constituem apenas a ponta do iceberg do marketing.

Pride e Ferrel (2000, p.3) definem “marketing como o processo de criar,

distribuir, promover e apreçar bens, serviços e idéias para facilitar relações de troca

satisfatórias com clientes em um ambiente dinâmico”.

Sendo assim, conclui-se que o marketing envolve muito mais que venda e

propaganda. Antes mesmo de o produto ser fabricado, o marketing já vem atuando.

Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

16

Nessa concepção, Pride e Ferrel (2000, p. 4) enfatizam:

Marketing é mais do que a simples publicidade ou venda de um produto; implica desenvolver e gerenciar um produto que satisfará as necessidades do cliente. Seu foco é fazer com que o produto esteja disponível no lugar certo e a um preço aceitável para os compradores.

Já nos dizeres de Richers (2000), as finalidades principais do marketing

consistem em, primeiramente, identificar o nicho de mercado e/ou suas

oportunidades de demanda, e conquistar, preencher nichos identificados com

recursos.

Pride e Ferrel (2000, p. 4) acrescentam que: as atividades de marketing

“ajudam a produzir os lucros essenciais não apenas para a sobrevivência individual

das empresas mais também para a saúde e a sobrevivência fundamental da

economia global”.

Cobra (1997), completando as reflexões de Richers (2000), comenta que as

atividades de marketing no Brasil já datam de quatro décadas, mas persiste a

imagem de venda e propaganda. Concorda com os demais autores citados

anteriormente, Kotler e Armstrong (1998), McKenna (1992), Gronroos (1993),

Richers (2000), e define marketing como uma forma de sentir o mercado e adaptar

produtos e serviços, trata-se de um comprometimento com a busca da melhoria da

qualidade de vida das pessoas, atendendo suas necessidades.

Conforme Nickels e Burk (1999, p. 8),

Para entender para onde o marketing está indo, pode ser útil compreender como ele evoluiu ao longo do tempo. Nos séculos dezoito e dezenove, as empresas nos Estados Unidos e na Europa desenvolveram a capacidade de fazer produtos em grande escala e a preços baixos.

Cobra (1997, p.27) apresenta um quadro com a evolução do marketing no

decorrer dos anos:

Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

17

AUTOR ANO DEFINIÇÃO DE MARKETING American Marketing Association

1960 “O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador.”

Ohio State University 1965 “O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.”

Kotler e Sidney Levy 1969 “O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas.”

William Lazer 1969 “O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais.”

David Luck 1969 “O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.”

Kotler e Gerald Zaltman 1969 “A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.”

Robert Bartls 1974 “Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas e não econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.”

Robert Haas 1978 “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda.”

Robert Haas 1978 MARKETING INDUSTRIAL – “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para as especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-venda a convencer mais e mais clientes a usarem e a continuarem usando esses produtos e serviços.”.

Philip Kotler 1997 “É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e de organizações.”

Quadro 01: Sinopse da evolução das definições de marketing Fonte: adaptado de Cobra (1997)

Analisando o quadro de Cobra (1997), que retrata a evolução do marketing,

pode-se concluir que existem muitas definições sobre o que é marketing para os

vários autores citados. Com o passar dos anos, criam-se novos entendimentos

frente às exigências do mercado, sofrendo modificações que alteram a percepção do

conceito de marketing.

É importante salientar que Philip Kotler foi um dos propulsores desse novo

contexto de interpretação do marketing, pois teorizou sobre os princípios

elementares e deu sentido aos fundamentos até então estabelecidos, fazendo

correlação entre teoria e prática. Foi este autor que vinculou definitivamente o

produto à satisfação de necessidades do cliente.

Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

18

Dessa forma, o marketing é de suma importância para a organização, pois

nele se concentram os esforços em obter novos clientes, sempre com o objetivo de

manter os atuais clientes satisfeitos com o produto e com a organização.

Segundo Kotler e Armstrong (2003, p.04), os principais conceitos de

marketing são:

Necessidades, Desejos

e demanda Mercado Principais Conceitos Produtos de Marketing e serviços Troca Valor, Transações satisfação e relacionamentos e qualidade

Figura 01 – Conceitos de marketing Fonte: Kotler e Armstrong (2003, p.04)

Na realidade, o objetivo central do marketing é ganhar mercado. Para

McKenna (1992, p.8), o significado real é “pensar em sua empresa, sua tecnologia e

seu produto de forma diferente, começando pela definição de onde pode estar sua

liderança, porque em marketing o que você lidera ganha”.

O marketing destaca-se e se completa em ter o produto certo à disposição no

lugar e hora certa. É preciso certificar-se que o cliente tenha conhecimento do

produto e atenda sua necessidade naquele momento (WESTWOOD, 1996, p.128).

No que diz respeito aos conceitos citados acima, Kotler (2003) sustenta que

todos os consumidores têm necessidades e desejos para serem atendidos. Isso gera

a demanda de um determinado produto. Assim, as empresas investem cada vez

mais para poder atender a essas eventuais necessidades. Na próxima etapa, o autor

destaca que vem a satisfação que esse produto vai gerar para o consumidor: se é

um produto valorizado pela qualidade ou apenas uma necessidade do cliente. O

outro passo é o valor monetário que o produto vai ter. Isso depende muito da

necessidade do consumidor, isto é, quanto ele está disposto a pagar para obter o

produto. Por último, deve-se verificar o tipo de mercado que esse produto vai atingir,

qual o perfil do consumidor.

Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

19

Em função do exposto, torna-se relevante abordar o ambiente de marketing,

mercado, cliente, varejo, conforme se apresentam nos itens seguintes.

2.2 AMBIENTE DE MARKETING

Na velocidade que a tecnologia avança, nota-se no atual cenário econômico

um ambiente em que a mudança é constante e o futuro é imprevisível, pois o

crescimento tecnológico é acelerado. Assim, a forma com que os pedidos são feitos

também tende a mudar.

Na visão de Pride e Ferrel (2000, p. 7): “o ambiente de marketing, que inclui

forças concorrentes, econômicas, políticas, legais e reguladoras, tecnológicas e

socioculturais, envolve o cliente e afeta o mix de marketing”.

Segundo Kotler & Armstrong (2003, p.61),

O ambiente de marketing de uma empresa é constituído de participantes e forças externas a ele que afetam a capacidade da administração de marketing de desenvolvimento e manter bons relacionamentos com seus clientes alvos. Ele oferece tanto oportunidades quanto ameaças. Empresas bem-sucedidas sabem a importância de estar sempre observando e se adaptando ao ambiente em mutação.

Churchill Jr. e Peter (2000) enfatizam que um bom profissional de marketing

deve, primeiramente, avaliar todo o ambiente externo e suas variáveis para que, com

essas informações, ele possa atuar de forma a identificar as melhores oportunidades

e, assim, servir seu mercado de forma a valorizar seus produtos, criando um valor

maior para seu produto. Essa análise pode também ajudar a identificar as possíveis

ameaças que uma organização possa sofrer avaliando suas vantagens competitivas.

Para os autores Kotler e Armstrong (2003) e Churchill Jr. e Peter (2000), o

ambiente de marketing envolve todo tipo de mudança que pode ocorrer no mercado

e, como conseqüência, afetar as organizações. Por isso, as organizações precisam

cada vez mais acompanhar as tendências do mercado, para que fiquem

competitivas em relação a seus concorrentes.

Pride e Ferrel (2000, p. 4) afirmam que “as forças do ambiente de marketing

afetam a habilidade da empresa de facilitar trocas de três modos gerais. Primeiro,

Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

20

elas influenciam o clientes afetando seu estilo e seu padrão de vida e sua

preferências e necessidades de produtos”.

2.3 MERCADO

É consenso, nas reflexões acerca de mercado, que para a empresa poder

sobreviver, precisa obter um mercado comprador para seus produtos, seja na

indústria, comércio ou prestação de serviços. Essa necessidade de conhecer o seu

mercado também vai mostrar qual será a demanda da organização e a sua

possibilidade de vendas, o quanto de matéria-prima e insumos de produção ela

precisará, sempre observando a capacidade de sua produção.

Segundo Cobra (2003, p.62):

O mercado é entendido como um lugar público onde serviços são comprados e vendidos, diretamente ou através de intermediários. Ou ainda, que mercado é constituído de um aglomerado de pessoas com habilidade presente ou potencial e desejo para comprar um produto ou serviço, e isso equivale á noção de demanda.

Godri (1997, p.23) acrescenta que “mercado é o conjunto de empresas ou

pessoas que ofertam ou demandam um determinado bem ou serviço”.

Por sua vez, Kotler (1993, p. 38) enfatiza que “o mercado é composto por

clientes potenciais que têm a mesma necessidade e estão aptos a engajar-se ao

processo de troca para poder satisfazer as suas necessidades ou desejos”.

Na mesma linha, Churchill Jr. e Peter (2002) consideram que o mercado é

definido quando indivíduos ou organizações têm o desejo e a capacidade de

comprar produtos e serviços.

Segundo Cobra (1993, p. 94), “o importante para a organização é descobrir

mercados com necessidades a serem satisfeitas, para então poder criar produtos e

serviços que atendam a essas necessidades”.

Cobra (1994) comenta que o próprio vendedor é a pessoa mais indicada para

sentir o mercado e as suas necessidades, podendo sugerir ações estratégicas e

táticas visando à valorização dos negócios desenvolvidos pela empresa.

Keegan e Green (2000, p. 4) complementam que “quem estuda mercados

mundiais encontrará padrões universais e diferenças culturais”.

Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

21

Com um número tão grande de novos produtos e tecnologias no mercado, os

consumidores sentem-se intimidados, e com isso, entra a credibilidade do produto e

da empresa por trás desse produto.

Os comerciantes entendem que não há consumidores iguais, e que é muito

difícil atender as necessidades e satisfações de todos da mesma maneira. Para

atender a todos, os comerciantes orientam seus esforços a grupos menores, dentro

do mercado maior. Estas igualdades, similaridades, podem se basear em

características pessoais, comportamento de compra ou formação psicológica

(SHEWE e SMITH, 1982).

Para Westwood (1996), o mercado é o foco principal da empresa. Pois para

elaborar a estratégia geral da empresa, formular o produto ou serviço corretamente e

decidir como comercializar, é importante também ter conhecimento das informações

relevantes que sejam conhecidas sobre o produto ou serviço que estão no mercado.

Faz-se necessário conhecer a participação de mercado, como é distribuída, quem

são os usuários, qual a freqüência que compram, se os clientes utilizam apenas uma

marca ou várias e como fazem suas escolhas.

As principais fontes de oportunidades no mercado são: fornecer um novo

produto ou serviço; fornecer de maneira nova, ou melhor, um produto ou serviço

existente; fornecer algo escasso (KOTLER, 2000).

Keegan e Green (2000, p. 4) complementam que “quando uma empresa

consegue criar mais valor para os consumidores do que seus concorrentes, diz-se

que ela tem vantagem competitiva na indústria em que atua.”

2.4 CLIENTE

O cliente é tratado na literatura de forma estratégica, pois cada vez mais, as

empresas estão correndo atrás dos consumidores e buscando torná-los clientes

fiéis. Ao se tornar um cliente fiel, em troca, o consumidor quer que suas

necessidades sejam entendidas e atendidas individualmente.

Segundo os Professores do Departamento de Mercadologia da FGV - EAESP

(2003, p.38), cliente “é uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha um

papel no processo de troca ou transação com uma empresa ou organização. Dizem

também que cliente pode ser tanto o cliente potencial como o cliente atual de uma

empresa”.

Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

22

Nickels & Burk (1999, p. 6) acrescentam: “cliente é um indivíduo ou

organização que compra ou troca alguma coisa de valor pelos produtos do

vendedor”.

O cliente é a peça fundamental em qualquer negócio, pois é ele quem vai

adquirir os produtos comercializados e dar um feedback, consolidando assim a

empresa e a marca.

Cobra (1993) comenta que o relacionamento com os fornecedores e,

principalmente, com os clientes e consumidores é de extrema importância para a

organização conseguir alcançar o seu diferencial estratégico. Enfatiza também que o

serviço ao cliente faz parte do marketing, uma vez que concebido e agregado ao

produto. A satisfação do cliente é um elemento fundamental, tanto no serviço antes

da venda, durante e principalmente no pós-venda.

A este propósito, Cobra (1994, p. 161) acrescenta:

Para muitos vendedores, a venda termina quando o cliente dá pedido; essa é sem duvida, uma falsa premissa. Na verdade, a venda não termina nem mesmo quando o cliente paga, ou dá um novo pedido; o ciclo é continuo e permanente, até que o cliente cerre definitivo suas portas.

Já Stanton e Spiro complementam que:

O vendedor deve saber tudo que for possível sobre os negócios do cliente potencial – seu porte, suas atuais práticas de compras, a localização de suas instalações, o nome dos seus executivos e, o mais importante, os nomes das pessoas que tomam as decisões de compras e daquelas que têm influência nas compras.

Uma das funções da área de vendas é conhecer bem o cliente e isso pode vir

a ser uma estratégia. Desta forma, a organização vai dando suporte visando à

manutenção de seu cliente que já é fiel, e em busca de novos clientes.

2.5 VAREJO

Quando se fala de varejo, pode-se dizer que o varejista tem uma função muito

importante na estrutura de distribuição de um determinado produto, pois segundo

Professores do Departamento de Mercadologia da FGV – EAESP (2003, p.145),

Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

23

O varejista é o intermediário que se encarrega de realizar a venda para os consumidores finais – os que farão uso pessoal do produto, geralmente em pequenos lotes. E ainda, cabe ao varejista manter o estoque dos produtos que comercializa, oferecendo variedade aos seus consumidores.

Para Godri (1997), varejo é a comercialização direta ao consumidor final em

pequenas quantidades.

A este propósito, Las Casas (2002, p. 223) comenta:

Quando uma empresa vende ao consumidor final, ela está praticando uma atividade varejista. Muitas empresas estão ligadas ao varejo dos mais variados tipos, como lojas, butiques, padarias, restaurantes, supermercados, farmácias, drogarias, postos de gasolina etc.

O varejista acaba ajudando o fabricante do produto, uma vez que distribui

seus produtos para uma maior quantidade de clientes em lotes pequenos.

Las Casas (2002, p. 223) complementa: “devido a grande quantidade de

estabelecimentos na atividade varejista, alguns autores fizeram esforço para

classificá-los de forma compreensível e prática”.

Existem vários tipos de varejistas, com ou sem loja e organizações de varejo.

Kotler (2000) mostra os principais tipos, como pode ser visto no quadro a seguir.

TIPO DE VAREJISTAS DESCRIÇÃO

Loja de especialidade Uma linha restrita de produtos com uma grande variedade, como lojas de vestuário, lojas de artigos esportivos, lojas de moveis, floricultura e livrarias.

Loja de departamentos Varias linhas de produtos, sendo cada linha operada como um departamento separado.

Supermercado Operações de auto-serviço relativamente grandes, de baixo custo, baixa margem e alto volume, projetadas para atender a todas as necessidades de alimentação, higiene e limpeza doméstica.

Loja de conveniência Lojas relativamente pequenas, localizadas próximo a áreas residenciais, funcionando em horários prolongados durante toda a semana e exibindo uma linha limitada de produtos de conveniência de alta rotatividade a preços ligeiramente mais altos.

Loja de descontos Mercadoria-padrão vendidas a preços mais baixos, com margens menores e volume maior.

Varejista off-price (de liquidação)

Mercadorias compradas a valores inferiores aos preços normais de atacado e vendidas a preços inferiores aos de varejo.

Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

24

varejo. Lojas de fábrica São de propriedades dos fabricantes e por eles operadas;

normalmente vendem sobras de estoque, produtos que saíram de linha ou artigos com defeito.

Lojas de descontos independentes

São de propriedade de empreendedores ou de divisões de grandes corporações de varejo e por eles operadas.

Clubes de atacadistas Vendem uma seleção limitada de produtos de mercearia, utensílios e roupas de marca e uma variedade de outros produtos vendidos com grandes descontos a seus sócios, que pagam anuidades.

Super loja Ocupa um espaço médio de 3.500m² de área de vendas e vende praticamente todos os itens, de alimentação ou não, que os consumidores costumam comprar. Geralmente oferece serviços como lavanderia, lavagem a seco, conserto de sapatos, troca de cheques e pagamento de contas. Um novo grupo denominado dominadores de categorias oferece grande sortimento de uma categoria particular de produtos e atendimento diferenciado.

Showroom de vendas por catalogo

Ampla seleção de mercadorias de alto preço, alta rotatividade e marcas vendidas com descontos. Os clientes encomendam as mercadorias de um catalogo na loja e então retiram essas mercadorias em uma área de entrega dentro da loja.

Quadro 02: Principais tipos de varejistas Fonte: Adaptado de Kotler (2000, p.541-542)

Kotler (1993) mostra alguns tipos de varejo, com loja e sem loja, retratando

que o cliente não necessita ir até a loja, por exemplo. As compras eletrônicas,

ultimamente, vêm crescendo muito rapidamente nos últimos anos.

VAREJO SEM LOJA

MARKETING DIRETO

Mala direta Marketing por catálogo Telemarketing resposta

direta de televisão

VENDA DIRETA

Porta a porta Reuniões domésticas

VENDA POR MÁQUINA

Venda automática de produtos Serviços de entretenimento

Caixa eletrônico

Quadro 03: Varejo sem loja Fonte: Adaptado de Kotler (1993, p.35)

LOJAS DE VAREJO VOLUME DE SERVIÇOS

LINHA DE PRODUTO

ÊNFASE NO PREÇO

DISTRIBUIDOR GRUPO DE LOJAS

Self-service Loja especializada

Lojas de desconto

Cadeia empresarial

Centro comercial de bairro

Serviço limitado Loja de departamento

Varejista “ponta de estoque”

Cadeia voluntária e cooperativa de varejista

Shopping center regional

Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

25

Supermercados Cooperativa de consumidores

Shopping center comunitário

Lojas de conveniência

Organização de franquia

Shopping center de vizinhanças

Loja mista, superloja e hipermercado.

Conglomerado de merchandising

Negócio de serviços

Quadro 04: Lo jas de varejo Fonte: Adaptado de Kotler (1993, p.35)

Cobra (1997, p.336) afirma que “as organizações varejistas sofrem como

quaisquer outros organismos, a influência do ciclo de vida desenvolve-se em quatro

estágios básicos: crescimento inicial, desenvolvimento acelerado, maturidade e

declínio”.

O sucesso do varejista de uma pequena ou grande empresa depende de

quanto incorpora o conceito de varejo. Seu conceito é de orientar o gerenciamento

que faz o varejista enfocar a determinação das necessidades do mercado-alvo e a

satisfação das necessidades mais eficientes que seus concorrentes (LEVY e WEITZ,

2000).

Kotler (2000, p.545), concordando com os autores acima, diz que “os

varejistas precisam realizar pesquisas de marketing periódicas para certificar-se de

que estejam alcançando e satisfazendo seus clientes-alvo”.

Para Miranda (1997, p.95), “as funções de marketing descritas referem-se ao

conjunto de atividades operacionais em qualquer estabelecimento de varejo, e é fácil

ver que, bem ou mal, todos os estabelecimentos varejistas desempenham essas

funções”.

A estratégia principal dos varejistas é a seleção do mercado-alvo, estreitando

os mercados potenciais para segmentos mais lucrativos, afirma Sandhusen (2000).

Segundo Kotler & Armstrong (2003, p.336),

O varejo engloba todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços diretamente a consumidores finais para uso pessoal, e não empresarial. Muitas instituições – fabricantes, atacadistas e varejistas – fazem varejo. Mas a maior parte do varejo é feita por varejistas: empresas cujas vendas vêm primordialmente do varejo.

Varejo, para Cobra (2003 p.272),

Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

26

é o representante de vendas de uma ampla linha de produtos, de um ou mais fabricantes. Assume estoques, expõe e vende produtos de diversas marcas, quase sempre dentro de uma linha de comércio: alimentos, roupas, eletrônicos, automóveis, sapatos, perfumes e cosméticos etc. Exerce uma grande variedade de funções, faz propaganda de uma ou mais marcas, oferece garantia adicional aos prazos de garantia do fabricante, presta informações de mercado para o fabricante, entre outras atividades.

Com essa visão dos autores, pode-se notar que o varejista é uma peça

fundamental na estrutura de distribuição de um produto, pois ele ajuda o fabricante

com a distribuição, propaganda e demais condicionantes que fazem com que o

produto tenha sucesso no mercado.

2.6 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

Administrar as vendas de uma organização não é fácil tarefa. Os gerentes de

vendas devem atuar sempre para que esse setor seja eficiente e dê bons resultados

para empresa. O setor de vendas é um dos setores mais importantes da

organização e sempre o mais cobrado por resultados que sejam satisfatórios para o

crescimento da mesma.

Segundo Churchill Jr. & Peter (2000 p. 518), a “administração de vendas é o

planejamento, direcionamento e controle das atividades de vendas pessoais da

organização”.

Stanton & Spiro (1999, p. 49) acrescentam:

É difícil administrar uma força de vendas de forma inteligente sem um bom conhecimento do processo de venda. Embora debates inflamados sobre a necessidade de o gerente de vendas ter uma boa e bem sucedida experiência de vendas tenham ocorrido na área de marketing durante décadas, o bom-senso favorece o gerente competente e conhecedor do campo que ele administra.

Para Cobra (1994, p. 21), “a atividade de vendas é classificada como

ferramenta promocional entre propaganda, promoção de vendas, merchandising e

relações públicas”.

Os esforços da força de vendas precisam ser administrados. Eles são governados por um plano de vendas, isto é, a declaração formal das metas e estratégias de vendas. A elaboração e o controle dos

Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

27

planos de venda são as atividades básicas da administração de vendas (CHURCHILL JR. e PETER, 2000, p. 518).

Na tomada de decisão ou na elaboração de estratégias, é muito importante

que o gerente de vendas aja com cautela, analisando bem o cenário em busca da

melhor alternativa. De acordo com Kotler & Armstrong (2003, p.416):

Os gerentes de marketing enfrentam diversos dilemas no momento de elaborar a estratégia e a estrutura da força de vendas. Como deverão ser estruturados os vendedores e suas tarefas? Que tamanho deverá ter a força de vendas? Os vendedores deverão vender sozinhos ou trabalhar em equipe com outros profissionais da empresa? Devem vender em campo ou por telefone?

Segundo os autores citados acima, as empresas enfrentam um grande dilema

na hora de decidir como organizar a estrutura de vendas, como organizá-la de forma

que seja alcançado o retorno que se deseja, seu tamanho, a quantidade de

profissionais, como se desenvolverá o trabalho, entre outras questões.

Na concepção de Cobra (1994, p. 21):

Num passado não muito distante, o gerente de vendas era um homem apenas preocupado em gerenciar negócios, fechando vendas. Hoje com a complexidade de multinegócios, ele deve ser um estrategista de campo, ao mesmo tempo planejando e tomando decisões.

Tendo em vista essa dificuldade, cada vez mais se faz necessário que o

gerente de vendas tenha capacidade de administrar cada etapa do processo de

vendas, elaborando estratégias, seleção de pessoal e treinamento adequado para o

bom andamento do setor.

Las Casas (2002, p. 20-22) cita algumas influências da administração de

vendas no ambiente interno da empresa:

• Composto de marketing: há vários elementos do composto de marketing

que afetam as atividades de departamento de vendas.

• Aos recursos da companhia: uma equipe de vendas pode ser reduzida se

a empresa não tiver condições de aumentar sua capacidade de produção

ou se estiver passando por condições financeiras precárias.

Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

28

• A atitude da administração: alguns gerentes ou diretores dão muita

atenção ao departamento de vendas, enquanto outras não.

• Localização do departamento de vendas: ocupa lugar acima das principais

funções mercadológicas, enquanto em outras esta subordinado ao

departamento de marketing.

Para Kotler & Armstrong (2003, p. 416):

Gerenciamento da força de vendas, nada mais é que a análise, planejamento, implantação e controle das atividades da força de vendas. Abrangem a elaboração da estratégia e da estrutura da força de vendas e a seleção, o treinamento, a remuneração, a supervisão e a avaliação dos vendedores da empresa.

Essas importantes decisões de força de vendas estão apresentadas na figura a seguir.

Elaboração da Recrutamento Treinamento Remuneração Estratégia e da e dos dos Estrutura da Seleção Vendedores Vendedores força de vendas de vendedores Avaliação Supervisão dos dos Vendedores Vendedores Figu ra 02- Principais etapas do gerenciamento da força de vendas Fonte: Kotler & Armstrong (2003, p.416)

Na visão de Kotler & Armstrong (2003, p.416):

No que diz respeito à estrutura da força de vendas, a empresa pode adotar uma entre diversas diretrizes para repartir a responsabilidade sobre as vendas. A decisão é simples quando ela vende uma linha de produtos para um único setor e tem clientes em diversas localidades. Nesse caso, deveria utilizar uma estrutura de vendas por

Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

29

território. Contudo, se ela vende muitos produtos a diversos tipos de clientes, talvez fosse necessária uma estrutura de força de vendas por cliente ou um misto das duas.

Segundo Churchill Jr. & Peter (2000 p. 519):

Os gerentes de vendas e de marketing devem decidir como organizar as forças de vendas. Para obter o máximo de seus vendedores, eles estabelecem territórios de vendas, grupos de clientes atuais e potenciais designados a determinados vendedores, filiais, revendedores ou distribuidores.

Visando otimizar os processos relacionados à área de vendas e marketing, os

gerentes de vendas designam tarefas para cada colaborador envolvido no processo,

como por exemplo, dividir as vendas por regiões, por produtos, e focar o marketing

em algum produto específico ou público-alvo.

Na concepção de Cobra (1994 p. 271), “todo o processo de constituição de

uma adequada força de vendas tem inicio no traçado do perfil adequado do

vendedor e prossegue através do recrutamento”.

Las Casas (2002) afirma que o bom desempenho nas atividades de vendas

só será executado se o gerente de vendas contar com uma equipe capacitada e

motivada, sendo que o recrutamento e a seleção são atividades relevantes para

formação de uma equipe eficiente.

Moreira (2005, p. 236) complementa: “o recrutamento consiste em utilizar um

conjunto de técnicas capazes de fornecer à empresa um número adequado de

pessoas necessárias ao alcance de seus produtos”. Também se faz importante

priorizar o treinamento na área de vendas.

Para Las Casas (2002, p. 152), “o treinamento de vendas pode ser encarado

como forma de otimização dos investimentos na área. Como os custos de

recrutamento e seleção são geralmente muito elevados, através do treinamento

pode-se objetivar maior retorno do investimento feito na contratação”.

Cobra (1994, p. 152) complementa “o treinamento de vendas pode ser

encarado como forma de otimização dos investimentos da área. Como os custos de

recrutamento e seleção são geralmente muito elevados, através do treinamento

pode-se objetivar maior retorno do investimento na contratação”.

Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

30

Depois do treinamento, cabe ao gerente de vendas determinar a remuneração

de cada cargo.

Conforme Stanton (1999, p. 234), “existe um estreito relacionamento entre o

planejamento estratégico de marketing de uma empresa e o plano de remuneração

de sua força de vendas. O plano de remuneração tem uma influência direta no

sucesso da implantação do plano de marketing”.

Já na visão de Las Casas (2002, p. 130):

Pelos efeitos que pode causar no plano de marketing, a remuneração da força de vendas exige da administração certa atenção. É recomendável que as atividades dos vendedores estejam em sintonia com o planejamento de marketing para que os esforços sejam direcionados no mesmo sentido.

Kotler (2003, p. 603) destaca que “para atrair vendedores de alta qualidade, a

empresa precisa desenvolver um plano de remuneração atraente. Eles gostam de

renda regular, recompensa extra para desempenho acima da média e pagamento

justo por experiência e antiguidade”.

Kotler (2003, p. 606) ainda complementa: “os novos vendedores recebem um

território, um pacote de remuneração, treinamento e supervisão. Todas as pessoas

que trabalham para alguém são supervisionadas. A supervisão representa o

interesse natural e continuo da empresa pelas atividades de seus funcionários”.

Sobre este aspecto, Stanton e Spiro (1999, p. 290) esclarecem: “embora

liderança refira-se à abordagem geral da gerência à motivação, a supervisão é a

operação e controle do dia-a-dia da força de vendas”.

Kotler (2003, p. 611) ainda afirma:

A Administração obtém informações sobre seus vendedores de várias maneiras. A fonte mais importante são os relatórios de vendas. Informações adicionais são obtidas por meio de observação pessoal, cartas de cumprimentos e reclamações recebidas de clientes e conversas com outros vendedores.

Para Cobra (1994, p. 434), “através de uma análise de vendas, a

administração pode observar se todos os territórios vendem de forma que cubram

igualmente as quotas de vendas e de lucro. Observa-se, também, se não há classes

de clientes que não contribuem para o lucro da empresa”.

Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

31

O departamento de vendas deve ser organizado. Autores renomados citam

algumas formas de realizar esta organização.

2.6.1. Formas de organização

Stanton e Spiro (1999, p. 73) salientam que “o sistema mais utilizado para

dividir a responsabilidade e a autoridade de linha pelas operações de vendas talvez

seja a organização geográfica – a força de vendas é agrupada com base nos

territórios geográficos”.

Segundo Las Casas (2002, p.20-22), a organização de vendas por território

tem como base a divisão geográfica, sendo que os vendedores atuam em territórios

específicos, sendo assim responsáveis pelo desempenho local.

Cobra (1994, p. 239) enfatiza: “a maioria das empresas designa seus

vendedores para territórios específicos, dentro dos quais passa a agir

especializadamente por produtos ou tipos de clientes”.

Este tipo de venda é mais recomendado para clientes homogêneos e que

estejam muito concentrados, tendo assim uma maior flexibilidade, contato mais

próximo com vendedores, redução dos custos de visita.

Nesse tipo de estrutura, cada pessoa é indicada para uma área geográfica separada, denominada região, onde fará suas vendas. Um número razoável de pessoas representando regiões contíguas é colocado sob a coordenação de um executivo regional, que se subordina ao gerente geral de vendas. (STANTON e SPIRO, 1999, p.73).

Sobre organização de vendas por clientes, Las Casas (2002, p.20-22) cita

que, nesse sistema, se atribui uma quantidade x de clientes a determinados

vendedores, os quais são responsáveis por seu atendimento e venda.

Stanton e Spiro (1999, p. 73) acrescentam: “uma empresa pode beneficiar-se

da especialização regional em seu departamento de vendas de muitas maneiras. Por

exemplo, esta estrutura normalmente assegura melhor cobertura da totalidade do

mercado e melhor controle da força de vendas”.

Logo, os vendedores, neste tipo de organização, ficam mais próximos dos

clientes, atendendo melhor suas necessidades e conhecendo com mais afinco seus

Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

32

problemas. Uma das desvantagens desta organização é o alto custo com as visitas

mais freqüentes.

Já Stanton e Spiro (1999, p. 73) ressaltam que “uma desvantagem da

organização geográfica de vendas é que normalmente não há especializações nas

atividades de marketing”.

No que diz respeito à organização de vendas por produto, Las Casas (2002,

p.20-22) pensa que, nesse sistema de organização, existe a necessidade de se

indicar diversos administradores e vendedores por cada um deles, cada produto,

pois cada produto tem suas particularidades e diferenças técnicas, as quais poderão

exigir atendimentos e conhecimentos específicos.

Stanton e Spiro (1999, p. 73) destacam que “a principal vantagem dessa

forma de organização é a atenção especializada dada a cada linha de produtos pela

força de vendas”. Por outro lado, este tipo de organização apresenta a desvantagem

de aumento do custo da empresa, pela existência de mais vendedores por produtos

diferenciados, terem que se deslocar ao mesmo cliente.

Stanton e Spiro (1999, p. 73) compreendem que “a maior dificuldade reside

talvez no fato de às vezes mais de um vendedor de uma empresa visita o mesmo

cliente. Isso não só é uma duplicação cara em esforços, como também podem

provocar ressentimentos por parte dos clientes”.

Existe também a especialização por mercado, que é baseada na divisão de

departamentos por tipos de clientes classificando-os pelo ramo de negócio ou pelo

canal de distribuição. Na percepção de Stanton e Spiro (1999, p. 77), “a utilização da

especialização por mercado nas estruturas organizacionais tem crescido nos últimos

anos, enquanto especialização por produtos, pelo menos em alguns setores, tem

diminuído”.

A organização do setor de vendas é fundamental para que se tenha um

controle de todos os envolvidos e que se possa delimitar as funções a cada

colaborador, designando as regiões de atuação os clientes a serem atendidos e os

clientes potenciais, atendimento desde o fechamento do pedido até a entrega da

mercadoria, fazendo com que o cliente esteja satisfeito com o atendimento do

mesmo.

Las Casas (2002, p.17-19) mostra a importância de vendas para a sociedade:

Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

33

• Importância para a economia: ...com maiores vendas, os consumidores

se beneficiam com mais produtos; consequentemente, crescendo a

produção, cresce no nível de empregos e investimentos.

• Melhor padrão de vida: os vendedores levam aos consumidores

produtos que proporcionam conforto.

• Aperfeiçoamento do produto: as empresas precisam de vendedores para

desenvolve mercado.

• Manutenção da atividade empresarial: a empresa é fonte geradora de

custos, a partir da origem de sua existência.

• Desenvolvimento de profissionais: o setor de vendas é um importante

departamento para o desenvolvimento de profissionais de alto nível.

De acordo com Cobra (2003, p.353):

Administrar vendas significa liderar o processo. Quando uma empresa não administra todas as etapas da venda, ela poderá estar perdendo negócio e o que é pior: clientes. Para não perder clientes é preciso administrar todas as etapas da venda até a entrega do produto, e mais, é preciso administrar o relacionamento com o cliente (...) Para focar o relacionamento a empresa deve administrar o cliente como uma conta bancária de vulto. E deve medir com freqüência o grau de satisfação de seus clientes, a fim de inibir situações de perda de clientes. É preciso também que a força de vendas seja competente e competitiva.

Após a estrutura de vendas estar definida, o próximo passo, segundo Kotler

(2000), seria a constituição do tamanho da força de vendas, pois o setor de vendas

é um dos mais importantes e costuma ser um dos mais caros da empresa. Quanto

maior, mais caro fica e os custos aumentam consideravelmente.

Stanton e Spiro (1999, p. 102) abordam que, “na maioria das organizações, a

força de vendas é o único grupo que produz receitas diretamente. Dessa forma, a

força de vendas está diretamente envolvida na execução dos planos estratégicos de

marketing da empresa”.

No que diz respeito ao tamanho de sua força de vendas, a empresa

primeiramente precisa definir a forma de recrutamento de seus vendedores, decidir

entre vendedores fixos ou representantes, e algumas outras variantes para se

montar sua equipe de vendas.

Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

34

Churchill & Peter (2000, p.520) questionam:

Como recrutar vendedores brilhantes, criativos, motivados e dispostos a permanecer no trabalho? O processo de recrutamento envolve uma série de atividades, desde a de decidir se serão contratados vendedores ou representantes autônomos, até a de selecionar indivíduos para cargos específicos dentro da área de vendas.

Na visão de Stanton e Spiro (1999, p. 102), “evidentemente, o processo de

seleção e o tipo de vendedores contratados devem ser condizentes com o

planejamento estratégico de marketing da empresa”.

Como o setor de vendas é quem gera diretamente as receitas para a

empresa, a seleção de pessoal merece uma atenção especial, pois é o ponto de

partida para o desenvolvimento de um grupo que vai representar a empresa e,

consequentemente, vir a gerar as receitas.

Ainda de acordo com Churchill & Peter (2000, p.521),

Em qualquer que seja a rota escolhida para montar a força de vendas, os gerentes de vendas precisarão encontrar vendedores para representar os produtos da organização. Para tanto, podem começar a prospecção simplesmente pedindo sugestões a seus contatos no setor. Se querem encontrar representantes autônomos experientes, os gerentes podem realizar uma sondagem em feiras comerciais ou veicular anúncios classificados nos jornais locais.

Segundo os autores citados, uma das partes mais importantes da

administração de vendas é o recrutamento dos vendedores, pois os mesmos serão

os responsáveis pelo contato direto com o cliente. Eles passarão a imagem da

empresa, são como o espelho da organização e isso conta muito para o cliente, pois

a propaganda de um cliente satisfeito vale, às vezes, mais que propagandas na

mídia.

Para Cobra (1994), com o decorrer do tempo, em muitos momentos se cria a

necessidade de um perfil de vendedor diferente que venha a superar as expectativas

criadas não somente pela organização, mas pelo cliente que ela almeja atender e

renovar assim os desafios que se renovam.

Cobra (1994) distingue os tipos de vendedores atuais:

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

35

• Consultor de negócios: deve ajudar o cliente a comprar e precisa orientá-lo

no seu próprio negócio.

• Vendedor tecnológico: munido de notebook e de uma parafernália de

recursos tecnológicos, o vendedor deve saber utilizá-los para organizar e

agilizar suas vendas.

• Trade marketing: eficaz como gerenciador de categorias de produtos ou

de marcas.

A venda passa a ser apenas uma parte do processo de marketing. O

vendedor deve agir como consultor de negócios e ainda ter conhecimento

tecnológico para atender e esclarecer duvida de produtos e serviços. E o vendedor

de varejo, para defender a marca de seus produtos no ponto de venda, deve agir

como trade-marketing, ou seja, como gerente de categorias de produtos.

Além de todos esses quesitos que um vendedor tem que seguir, há a

necessidade de ele ser ético, pois segundo Cobra (2003, p. 357):

A venda em qualquer circunstancia precisa ser ética. Quando um vendedor promete algo que não pode cumprir, incide em erro passível de punição pelo Código de Defesa do Consumidor, como “venda enganosa”. Prometer e não cumprir é imperdoável.

Stanton e Spiro (1999, p. 464) enfatizam, a este propósito:

Os vendedores estão expostos a maiores pressões éticas do que as pessoas em muitos outros cargos. Trabalham em condições relativamente sem supervisão; são responsáveis principalmente por gerar as receitas da empresa, o que, às vezes, pode ser muito estressante; deparam-se continuamente com problemas que exigem soluções singulares, o que também é desgastante; e muitas vezes, também são avaliados com base em objetivos de curto prazo.

2.7 RELACIONAMENTO DE VENDAS

Nos dias atuais, com a concorrência acirrada e o cliente cada vez mais

exigente, as empresas estão mais preocupadas em dar um atendimento preferencial

a seus clientes, entender suas necessidades e o que fazer para atendê-las.

Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

36

Nesse sentido, Nickels & Burk (1999, p.104) sustentam que:

o comportamento do consumidor compreende todas as decisões e atividades do consumidor ligadas á escolha, compra uso e descarte dos bens e serviços. Como se pode verificar nessa definição, as empresas devem prestar atenção ao comportamento do consumidor que ocorre antes da compra e que continua até muito além do momento em que o produto foi utilizado, indo ao descarte do produto após seu uso.

McKenna (1999, p. 18) afirma: “uma equipe de vendas bem-sucedida

desenvolve clientes e não apenas pedidos”.

Kotler (1993) complementa que o vendedor cria um vínculo entre a empresa e

o cliente, e é através dele que o cliente adquire confiabilidade na empresa e a

mesma obtém informações sobre os clientes, por isso é importante que o

departamento de vendas seja bem estruturado.

Para Stanton e Spiro (1999, p. 4), “os clientes estão mais sofisticados e mais

exigentes do que no passado. Já não se preocupam em apenas comprar produtos;

em vez disso, estão mais interessados em encontrar soluções para seus problemas

empresariais”.

O que os clientes compram, por que eles compram, quando compram, onde

compram e como compram: são algumas perguntas que as organizações fazem e,

com isso, conseguem entender melhor seu cliente, dando um atendimento

diferenciado. Assim, o cliente vê que suas expectativas e necessidades foram

atendidas, fazendo com que se torne fiel aquele produto ou empresa.

Nickels & Burk (1999, p. 6) afirmam que “os clientes estão se tornando

participantes mais ativos no processo de troca. Um crescente número de negócios,

por exemplo, está trabalhando junto com os fornecedores para desenvolver produtos

que atendem melhor as suas necessidades”.

Na visão de Stanton e Spiro (1999), aquele vendedor estilo porta-a-porta,

contador de histórias e tapinha nas costas, já saiu de moda e nos dias atuais com o

aumento da competitividade, surgiu um novo tipo de vendedor, um profissional

qualificado que pode assumir tanto funções gerenciais quanto de um consultor de

marketing, pois ele tem um relacionamento direto com o cliente e sabe quais

necessidades precisam ser supridas para atingir a eficiência e eficácia nas vendas.

Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

37

Cobra (1994, p. 161) acrescenta que “tão importante como vender é

administrar a venda, pois até que o cliente receba e aceite a mercadoria, constante

em seu pedido, a venda é apenas um compromisso de compra e venda sem grande

valor legal (a menos que conste um contrato legal)”.

Para Stanton e Spiro (1999), é muito importante que as áreas de vendas e de

marketing entendam que trabalhar como uma equipe traz muito mais benefícios para

a empresa do que rivalidade que existe entre essas áreas, pois unidos podem criar

estratégias que se transformarão em diferencial competitivo.

Stanton e Spiro (1999, p. 11) acrescentam ainda que “essa nova geração de

vendedores procura levar para a sua empresa os desejos dos clientes, estimulando

o desenvolvimento de novos produtos”.

No próximo capítulo, será abordada a descrição do método utilizado na

elaboração do trabalho.

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Neste item, descreve-se a metodologia utilizada para o desenvolvimento do

trabalho, visando atingir os objetivos propostos inicialmente. Na perspectiva de Gil

(1995, p. 43), “pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de

desenvolvimento do método cientifico. O objetivo fundamental da pesquisa é

descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos

científicos”.

Uma vez que é necessário coletar dados para o desenvolvimento do trabalho,

foi utilizado, então, o método de pesquisa que se caracteriza como descritivo.

Oliveira (1999, p.128) destaca que

a pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo. Não há interferência do investigador, que apenas procura descobrir, com o necessário cuidado, a freqüência com que o fenômeno acontece.

Na mesma ótica, Vergara (1998, p. 45) afirma que:

A pesquisa descritiva expõe característica de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.

A presente pesquisa classifica-se também como estudo de caso. Para Gil,

(1999, p.72), este tipo de pesquisa “(...) é caracterizado pelo estudo profundo e

exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento

amplo e detalhado (...)”.

Ainda de acordo com Gil (1995, p. 45), algumas pesquisas descritivas são

mais complexas e permitem não apenas saber a existência de relações entre

variáveis, mas sim determinam a natureza dessas relações.

A abordagem da pesquisa demonstra-se como do tipo qualitativa. Segundo

Richardsom (1999, p.79), a pesquisa qualitativa “(...) pode ser uma forma

adequada para entender a natureza de um fenômeno social(...)”, descrevendo a

complexidade de determinado problema, analisar e interpretar variáveis,

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

39

compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,

contribuindo no processo de mudança de determinado grupo, possibilitando o

entendimento do comportamento dos indivíduos.

Mas na visão de Goode e Hatt (1973, p. 398), a pesquisa moderna não deve

separar os “qualitativos” e “quantitativos” ou o ponto de vista “estatístico” e “não

estatístico”. Não importa quão precisa sejam as medidas, o que é medido continua a

ser uma qualidade.

Um dos instrumentos de coleta dos dados utilizado foi a entrevista semi-

estruturada. A entrevista foi aplicada junto ao gerente responsável pelo

departamento de vendas, que foi entrevistado no dia 06 de outubro de 2006. As

respostas possibilitaram obter muitas informações sobre as atividades

desenvolvidas no processo de vendas.

O pesquisador utilizou também a pesquisa documental, na medida em que

os documentos, listas e dados sobre o estudo realizado na área de vendas foram

úteis ao estudo.

Os dados levantados na empresa Alumplast Indústria de PVC Ltda. foram

coletados com entrevistas aos profissionais designados na função administrativa,

sendo um gerente responsável e quatro vendedores internos.

Sobre a interpretação e análise dos dados, foi realizado o cruzamento das

respostas através do processo analítico-descritivo, constituindo uma boa

referência para análise ao problema em estudo.

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

40

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

Este capítulo trata, inicialmente, da caracterização da empresa, citando seu

histórico, onde se pode conhecer a trajetória desta empresa que vem se destacando

no mercado em que atua, os produtos comercializados. Os dados apresentados

foram obtidos por entrevista não estruturada ao diretor chefe da empresa e também

em pesquisa ao site da organização - www.alumplast.com.br.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa Alumplast Indústria de PVC Ltda. iniciou suas atividades em 15 de

setembro de 1984, localizada na Avenida Ivo Silveira em Florianópolis, onde

permaneceu por aproximadamente 10 anos. Tempos depois, a empresa manteve

seu escritório neste endereço, mas mudou sua fábrica para um galpão próprio no

Rio Grande, município de Palhoça, onde esteve sediada por mais 5 anos. Depois,

mudou para um galpão alugado onde a fábrica e o escritório ficavam no mesmo no

mesmo local, às margens da BR 101 em São José, onde esteve fixada por mais 3

anos.

Com o crescimento da demanda, surgiu a necessidade de expandir a

fábrica para um local mais apropriado e com maiores recursos. Atualmente, a

sua sede está instalada no distrito industrial do município de São José.

Inicialmente, a empresa manteve seu foco na fabricação de esquadrias de

alumínio e instalação de forro PVC. Nesta época, suas vendas concentravam-se

somente no varejo.

No decorrer dos anos, o seu fundador, Jonas Benjamim Geraldo,

vislumbrando um mercado promissor, com o uso de recursos próprios, decidiu

investir na industrialização de perfilados de PVC. fabricando a linha de forros e

acessórios. Então, a empresa passou a atuar também no atacado.

A instalação da indústria de PVC surgiu da identificação, por parte do

empresário, de um nicho de mercado pouco explorado na época - esta foi uma das

dez primeiras indústrias a fabricar a linha de forros de PVC no Brasil.

Atualmente, a Alumplast Ind. PVC Ltda. vem comercializando seus produtos

para todos os estados brasileiros, tendo como principais clientes lojas de materiais

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

41

de construção, lojas de decoração, instaladores de forro e divisórias, além de

construtoras. A empresa conta com representantes específicos para cada região,

com uma forte atuação nas regiões sul e sudeste.

O sucesso obtido com este segmento vem superando as expectativas iniciais

e está proporcionando à empresa a possibilidade de entrar no mercado

internacional, com alguns contatos para exportação de seus produtos, e

negociações adiantadas no mercado do Mercosul, nos Estados Unidos e no Oriente

Médio.

A empresa, ciente de seu papel, tem como missão satisfazer seus clientes

com atendimento personalizado, oferecendo produtos de qualidade e diversidade,

sempre perseguindo a melhoria contínua dos processos.

E sua visão está voltada a realizar um constante processo de pesquisa,

procurando identificar os anseios de seu público consumidor. Busca ainda adequar o

marketing mix da empresa com as características peculiares do segmento, sendo

também responsável pelo estabelecimento de um eficaz e eficiente relacionamento

com o público de interesse.

Os produtos, desde o fabricante até o consumidor, percorrem diversos

caminhos, chamados de canais de distribuição. Envolvem atacadistas, varejistas,

representantes comerciais, enfim, intermediários de marketing que, agregando

margens de comercialização, levam os produtos ou serviços ao local onde o

comprador potencial se encontra, em tempo e momento convenientes a estes

compradores em condições de transferir a posse do produto.

Os canais de distribuição dos produtos da empresa Alumplast Ind. de PVC

Ltda. são empresas que, geralmente, trabalham no ramo de materiais de construção,

decoração e acabamentos em geral. Elas trabalham com estoque próprio, fazendo

os pedidos quando necessário. A empresa não mantém distribuidores próprios ou

em regime de consignação.

Os revendedores têm o seu diferencial dependendo da sua capacidade de

compra, idoneidade e interesse do mesmo com relação ao produto. A Alumplast

oferece para seus clientes mostruários gratuitamente, bem como assistência

pessoal, com visitas periódicas de vendedores.

Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

42

4.1.1. Produtos

A Alumplast Ind. de PVC Ltda fabrica forros pvc em diversos padrões:

- Branco 150x8mm / 200x6mm / 200x8mm / 300x8mm

- Marfim 150x8mm

- Cinza 150x8mm

- Mogno 150x8mm

- Cerejeira 200x8mm

Estes são produtos de fácil instalação, não requerendo mão-de-obra

especializada, de fácil limpeza e que dispensa pintura. Além disso, o produto possui

boa durabilidade, não deteriora, não empena, não mancha, é anti-inflamável,

impermeável e possui boa qualidade termo-acústica.

O principal objetivo da empresa com os produtos de pvc é oferecer aos

clientes uma solução quando estes precisam, em qualquer ambiente, de um design

moderno aliado à durabilidade e qualidade. Além disso, fabrica venezianas de PVC

ideais para janelas de alumínio de correr, diminuindo os custos de fabricação da

janela em aproximadamente 60%.

O principal produto é o forro de PVC (200x6mm) branco, sendo responsável

por 32% das vendas, muito utilizado em ambientes maiores, ideais para postos de

gasolina e igrejas. A empresa se preocupa em dar ênfase aos outros produtos, já

que o produto acima citado vende por si próprio, e com essa visão é que os esforços

estão mais concentrados nestes outros produtos, pois sua produção fica ociosa não

sendo atingida num total, como já acontece com o forro de PVC de (200x6mm).

A seguir, o organograma, com a descrição dos departamentos da empresa

Alumplast:

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

43

Figura 3 – Organograma da Alumplast

Fonte: Dados da empresa (2006)

O Diretor geral é o responsável por todos os setores, e trabalha no setor que

faz o planejamento, cria as regras, define as metas a serem cumpridas, é o

responsável por todas as decisões tomadas na empresa.

O Departamento de vendas é responsável pelas vendas, pelo cumprimento

das metas estabelecidas pelo diretor; é também onde o cliente encontra apoio no

pós-venda. Este departamento conta com o auxílio de seu gerente de vendas, que

tem a função de selecionar, treinar, supervisionar e dar suporte para seus

vendedores internos.

O Departamento administrativo é responsável por todas as atividades

relacionadas com a área administrativa da empresa.

O Departamento financeiro é quem controla, libera crédito e cuida de todas as

operações financeiras da empresa.

4.2 ORGANIZAÇÃO ATUAL DA ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

Conforme relatos obtidos com a gerente responsável, o departamento de

vendas conta com 4 vendedores e 10 representantes terceirizados. Na empresa

DIRETOR

GERAL

DEPARTAMENTO

ADMINISTRATIVO

DEPARTAMENTO

FINANCEIRO

DEPARTAMENTO

DE VENDAS

Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

44

Alumplast, o setor de administração de vendas é estruturado de uma maneira muito

simples. O profissional responsável em receber todos os pedidos enviados a

empresa externamente fica a cargo dos próprios vendedores, que agilizam todas as

etapas para efetivar a venda.

Desta forma, conforme relatado, os vendedores da empresa Alumplast são

responsáveis pelo contato com seus clientes, passando para o gerente de vendas

somente os pedidos quando estes já se encontram fechados com o cliente.

Neste ambiente se apresenta no departamento designado setor de venda da

Alumplast, estruturado a partir do gerente de vendas, responsável por todo o

processo de operação de vendas, e ao mesmo tempo, o mesmo designa ao diretor

administrativo, que encaminha o pedido até a linha de produção.

Desta forma, todas as etapas que ocorrem na empresa no que diz respeito a

vendas passam pela mão deste profissional, que possui bom conhecimento na

respectiva área

Frente a tais observações, foi constatado que a empresa, em seu processo de

vendas externas, está estruturada da seguinte forma:

1- Vendedor prospecta um novo cliente;

2- O vendedor apresenta os produtos da empresa ao cliente (neste momento, o

vendedor já entra em contato com o gerente de vendas, solicitando o preço e o

prazo de pagamento, para o determinado produto a ser vendido)

3- Quando a empresa adquire um novo cliente conquistado pelo representante, a

emissão de pedido acontece da seguinte maneira:

• O cliente é visitado, o negócio é fechado, o representante emite o seu

pedido juntamente com o cadastro padrão, que depois é enviado por e-

mail ou por fax para a Alumplast.

• O vendedor responsável por aquele representante emite um pedido

interno de fabricação do produto juntamente com o pedido de controle

financeiro, anexa o cadastro com os dois pedidos e repassa para ser

aprovado pelo financeiro juntamente com o diretor da empresa.

• Não tendo nenhuma restrição no cadastro, o pedido é conferido e

enviado à produção; após sua fabricação o cliente retira na própria

empresa ou então é acionada a transportadora indicada.

Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

45

• Quando a venda é fora do estado, a empresa costuma deixar a

mercadoria em algum redespacho na cidade de são Paulo – SP sempre

indicado pelo cliente.

4- Nos dizeres do responsável, os vendedores se apresentam, de forma geral, com

a função de buscar novos clientes, atender aqueles que já são parceiros/clientes da

empresa, atender aos clientes que procuram pelos serviços que ligam para a

empresa, e são atendidos.

5- Cada vendedor também é responsável por selecionar seus representantes em

cada região pré-destinada para tal vendedor os quais irão ser supervisionados pelo

mesmo.

6- Quanto aos representantes, os quais não são exclusivos, a empresa procura

selecionar aqueles que tenham representações de algum produto líder no seu

segmento, pois os mesmos contam com uma vasta carteira de clientes com quem já

mantêm uma parceria e fidelização. Isso facilita a apresentação da marca Alumplast,

e acaba também possibilitando que a empresa já entre no mercado conquistando a

credibilidade junto aos seus novos revendedores, além dos representantes que

visitam os mesmos periodicamente, mantendo um contato mais direto.

7- Os vendedores internos passam a dar suporte para os mesmos a fim de conferir

se estão sendo bem atendidos e se as suas expectativas estão sendo superadas.

8- Dentro da empresa, há uma programação de fabricação de cada produto, pois em

essencial existem 3 (três) modelos de forros (branco) que o cliente tem a opção de

pedir sob medida. Geralmente, 2ª, 3ª e 4ª feira são fabricados só modelos de

(150X8mm) e o (200X6mm), dependendo da quantidade de pedido pode-se esticar o

prazo até 5ª feira, e na 6ª feira é fabricado o forro de 300X8mm.

9- Os modelos em cores só são fabricados quando o estoque está baixo, não tendo

assim a opção de se fabricar sob medida.

10- Os acabamentos também só são fabricados quando o estoque está baixo, pois a

empresa trabalha com controle de estoque mínimo, para não deixar acabar o

produto.

11- No que se diz respeito à produção, o gerente informa que a fabricação dos

produtos é feita sob medida, o que permite à empresa ter um diferencial sobre seus

concorrentes. Como a fabricação é semanal, a disponibilização da mercadoria para

Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

46

o cliente é muito rápida, então desde a chegada do pedido sob medida até o término

da fabricação demora em torno de 3 dias, sabendo que os produtos em barra de 6

metros o despacho é imediato após a aprovação do cadastro.

12- Clientes antigos já tem o pedido liberado imediatamente.

4.3 ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS

Para melhor entender o Departamento de vendas e a sua força de vendas, o

gerente responsável foi entrevistado. Procurou-se apontar como está o ambiente

desta organização tendo como parâmetro as questões referentes ao recrutamento,

seleção, treinamento, perfil do vendedor e condições de trabalho, para fins de

compreender se a empresa possui um bom desempenho deste setor.

Desta forma, segue abaixo a descrição das questões e suas respostas:

1) De que forma é feito o recrutamento na empresa?

Através de anúncios em jornais de grande porte e circulação estadual e

nacional ou através de indicações de pessoas conhecidas de algum vendedor

ou Diretor da empresa.

2) De que forma é feita a seleção?

Através de analise de currículos e entrevista pessoal. Não são feitos testes

psicográficos.

3) Qual o período de experiência?

O período de experiência é de 90 dias.

4) Poderia descrever as características desejadas de um vendedor?

As características desejadas são:

• Pró-ativo

• Capaz de trabalhar em equipe

• Jovem

• Líder

• Boa comunicação e escrita

• Motivado

Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

47

5) Qual o perfil dos vendedores atuais?

O perfil dos vendedores atuais se encaixa nas características citadas na

pergunta anterior, pois os mesmos foram selecionados há pouco tempo,

quando se buscou pessoas com estas características.

6) Quais tarefas atribuídas aos vendedores?

Além de vender os produtos da empresa, trabalhar com pré e pós venda,

buscando aumentar sua carteira de clientes e fidelizar os clientes atuais.

7) Sobre participação em eventos e treinamento, qual é a freqüência dos

vendedores?

É feito um treinamento anual, buscando sempre cursos disponíveis no

mercado relacionado a vendas.

8) Como são remunerados?

Os vendedores internos são remunerados com um salário fixo mais comissão,

além de uma ajuda de custo (combustível) e vale alimentação.

9) Vocês trabalham com pós-vendas? Já pensaram em trabalhar?

Como já apresentado na resposta da pergunta 06, a equipe trabalha com pós-

vendas.

10) Você julga adequado o perfil dos seus vendedores?

Julgo adequado, pois temos uma equipe jovem, dinâmica, motivada e pró-

ativa, características que considero dentro do perfil que desejamos.

11) O que você poderia falar sobre as vendas, os vendedores da

empresa e o faturamento da mesma?

Estamos em busca de incremento nas vendas, através de visitas periódicas a

todos os clientes da empresa. Esta opção de visita aos clientes, motivou os

vendedores que estão conhecendo pessoalmente a sua carteira (antes o

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

48

contato era por telefone). Esta ação está fazendo com que o faturamento da

empresa cresça e com o tempo chegue e alcance o esperado pela direção.

12) Quais materiais e equipamentos são disponibili zados pela empresa

aos vendedores?

Material impresso promocional da empresa, além de recursos de informática,

com um banco de dados extenso suficiente para o bom trabalho dos

vendedores.

Através da aplicação da entrevista, podemos notar que o recrutamento da

empresa é baseado em anúncios em jornais de grande circulação estadual e

nacional, podendo a indicação vir de algum vendedor ou através da direção da

empresa.

Tratando da seleção de seus vendedores, é feita uma análise de currículos e

entrevista pessoal, e não existe a realização de teste psicográfico. A busca é de

profissionais que sejam pró-ativos, capazes de trabalhar em equipe, que sejam

jovens, tenham liderança, boa comunicação e sejam motivados, que trabalhem com

o pré e pós-vedas buscando aumentar sua carteira de clientes e fidelizando seus

clientes antigos.

Sobre o treinamento com os vendedores, a empresa procura disponibilizar

cursos sobre venda anualmente para aumentar seus conhecimentos.

Em relação às características dos atuais vendedores, o gerente julga

adequado, pois a equipe é jovem, dinâmica, motivada e pró-ativa, características

que considera dentro do perfil desejado pela diretoria.

Ainda segundo o gerente de vendas, quando lhe perguntado sobre as vendas

da empresa, seus vendedores e o faturamento da mesma, ele respondeu que estão

em busca de incremento nas vendas, através de visitas periódicas aos clientes. Com

estas visitas houve uma maior motivação por parte dos vendedores em ter o contado

direto com o cliente e, assim, conhecendo pessoalmente a sua carteira de clientes.

Antigamente o contato era por telefone, e esta mudança fez com que as vendas

tivessem um aumento.

Diante deste contexto, podemos perceber a visão do gerente de vendas da

empresa Alumplast Indústria de PVC Ltda. Percebe-se que a empresa vem

Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

49

conquistando novos mercados, com metas pré-estabelecidas pra o próximo ano.

Existe a necessidade de a empresa se estruturar para enfrentar seus concorrentes já

que cada vez a disputa por mercado é mais acirrada.

Para se obter mais informações sobre esta atuação da empresa, foram

entrevistados os quatro vendedores. Desta maneira, os envolvidos com este

processo puderam apresentar sua percepção sobre treinamento, vendas, melhorias

necessárias, condições de trabalho, pontos fortes e fracos, entre outros, mostrando

desde a maneira como ingressaram na empresa, até seus pontos de vista a respeito

de como a empresa opera com seu processo de vendas.

4.3.1. Entrevistas com os vendedores

1) Como você ficou sabendo da oferta de trabalho?

Vendedor 1 – Através de um vendedor da empresa.

Vendedor 2 – Através de anúncio em jornal.

Vendedor 3 – Anúncio em jornal e entrevista.

Vendedor 4 – Indicação.

2) Como você foi selecionado?

Vendedor 1 – Através de entrevista.

Vendedor 2 – Através de entrevista.

Vendedor 3 – Entrevista.

Vendedor 4 – Por entrevista.

3) Você recebeu treinamento qu ando ingressou na empresa? Quais?

Vendedor 1 – Orientação dos vendedores mais antigos.

Vendedor 2 – Sim, os vendedores deram suporte durante duas semanas.

Vendedor 3 – Sim, orientação dos vendedores quando necessário.

Vendedor 4 – Sim, os vendedores me passaram as orientações e quando

necessário era ajudado.

4) Você recebe treinamentos com freqüência?

Vendedor 1 – Sim, quando necessário.

Vendedor 2 – Somente em reuniões.

Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

50

Vendedor 3 – Nenhum treinamento fora da empresa, somente os específicos.

Vendedor 4 – Não.

5) Avalie seus conhecimentos sobre internet.

Vendedor 1 - Quase técnico.

Vendedor 2 – Básico.

Vendedor 3 – Técnico.

Vendedor 4 – Básico.

6) Você utiliza internet nas vendas? Por quê?

Vendedor 1 - Sim, pois possibilita acesso a vários bancos de dados além da

correspondência eletrônica.

Vendedor 2 – Por ser um modo ágil e barato.

Vendedor 3 - A internet é o meio mais barato de se comunicar com seus clientes

e possibilita acesso a um grande número de informações.

Vendedor 4 – Sim, muitos clientes preferem enviar pedidos e até manter contato

pela internet, até por questão de custo.

7) O que você acha que pode ser melhorado nas suas condições de

trabalho?

Vendedor 1 – Maior autonomia para fechar os pedidos.

Vendedor 2 – Mais treinamento, flexibilidade por parte da direção.

Vendedor 3 – Há uma pressão muito grande por parte da direção, falta

flexibilidade.

Vendedor 4 – Ambiente carregado, a busca constante por metas.

8) Como você avalia a quantidade de vendedores para a empresa?

Vendedor 1 – Suficiente pela demanda apresentada no mercado.

Vendedor 2 – Quadro com a quantidade exata.

Vendedor 3 – Suficiente.

Vendedor 4 – Poderia ser reduzido.

9) Como você avalia as tarefas de seu cargo?

Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

51

Vendedor 1 – Fácil, porém não específicas, pois o vendedor além de fechar a

venda ainda é responsável pelo transporte da mercadoria o que muitas vezes

impede a negociação.

Vendedor 2 - Ótimas a serem cumpridas.

Vendedor 3 – Necessárias, é desde o contado do cliente, transporte e pós-

vendas.

Vendedor 4 – Tudo que se espera de um vendedor, o pré-vendas e o pós-

vendas.

10) Enumere 5 pontos fortes e 5 pontos fracos da empresa:

Vendedor 1 – Fortes: Solidez, entrega em curto prazo, atendimento aos clientes,

ambiente de trabalho amistoso, cumprimento das leis trabalhistas ao pé da letra.

Fracos: não caberia julgar os pontos fracos, pois sou apenas funcionário,

contudo, poderia destacar alguns itens como preço, medo de perder tira a

vontade de ganhar.

Vendedor 2 – Fortes: Qualidade, linha de produtos ótima, equipe de vendas pró

ativa, localização privilegiada, entrega rápida. Fracos: entregas programadas, às

vezes, deixam de ser programadas, inflexibilidade nas propostas no que diz

respeito a valores, muita cobrança, pouca motivação e preços altos.

Vendedor 3 – Fortes: empresa familiar, qualidade nos produtos que comercializa,

localização em área industrial e próximo a BR, agilidade nas vendas, entrega.

Fracos: preço, falta de planejamento de marketing, cursos de reciclagem para

aprimoramento, inflexibilidade e falta de motivação.

Vendedor 4 – Fortes: Definição de metas, remuneração quando se alcança as

metas, entrega, qualidade dos produtos e fácil comunicação com o presidente.

Fracos: preços, alguns procedimentos burocráticos e inflexibilidade na hora do

fechamento das vendas.

Após a coleta de dados, através de pesquisa com os vendedores, pode-se

concluir que este estudo se faz importante para se conhecer melhor o desempenho

do departamento de vendas, com vistas a descobrir seus pontos fortes e,

futuramente, melhorar os pontos fracos.

Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

52

Os dados das entrevistas mostram que a oferta de trabalho se apresenta de

diversas maneiras: anúncios em jornais conhecidos na região, indicação de

terceiros, recrutamento em empresas especializadas etc. Todos os vendedores

foram selecionados através de entrevistas; quanto ao treinamento, todos foram

unânimes em afirmar que ao ingressar na empresa receberam orientações dos

vendedores mais antigos, e ao longo do tempo, quando se faz necessário, são feitos

outros tipos de treinamentos para aprimorar os seus conhecimentos e melhorar os

seus desempenhos.

A Internet vem sendo o meio de comunicação mais utilizado nos meios

empresariais, sendo uma ferramenta muito importante, pois possibilita a otimização

dos processos. A Alumplast Indústria de PVC Ltda. disponibiliza aos seus

colaboradores este recurso no fechamento de pedidos, visando a redução de custos.

Em comum acordo, os vendedores consideram a empresa um ótimo local

para se trabalhar, destacando a comunicação e o inter-relacionamento entre os

colaboradores, gerentes e diretor. Mas em contraponto, todos gostariam de ter mais

flexibilidade e autonomia na hora da venda. Muitas vezes, em uma empresa familiar,

como a estudada, fica difícil descentralizar o poder de tomada de decisão do

presidente.

A quantidade de vendedores que a empresa conta hoje vem suprindo as suas

necessidades, pois eles conseguem atender toda a cartela de clientes e dar suporte

aos seus respectivos representantes, além de buscar novos clientes.

Quanto às tarefas que são realizadas, os entrevistados as consideram fáceis

de serem cumpridas, pois basicamente o vendedor tem que se preocupar com a

venda e o pós-venda. Em alguns casos específicos, fica aos cuidados dos

vendedores o agenciamento do transporte das mercadorias.

Os vendedores identificaram alguns pontos fortes e fracos, nos quais se

destacam como pontos fortes: a solidez da empresa, qualidade dos seus produtos,

entregas em curto prazo, o bom atendimento aos clientes e o suporte no pós venda,

localização, cumprimento das obrigações trabalhistas Referente aos pontos fracos,

pode-se destacar: o preço mais elevado se comparado aos seus concorrentes,

inflexibilidade da gerência, e pouca motivação.

Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

53

4.4 PROPOSTA DE MELHORIA NO SETOR DE VENDAS

O desenvolvimento do estágio proporcionou ao acadêmico o conhecimento

das necessidades da empresa no setor de administração de vendas. Observou-se a

necessidade de reestruturar o departamento de vendas da empresa, em busca da

eficiência e eficácia para melhor atender os seus clientes.

De acordo com os dados obtidos com a pesquisa, notou-se ainda a

necessidade de a empresa adotar uma política administrativa que reflita a sua

estrutura do processo de vendas, sendo que os principais pontos a serem

observados são:

• Sobre planejamento de vendas, cabe ressaltar que é possível precaver-

se contra eventualidades futuras, adequando a empresa às atividades

necessárias. Além disso, o planejamento contribui para a redução de

custos, pois as operações passam a ser estabelecidas dentro dos

padrões de racionalidade e eficiência, para melhor aproveitamento dos

recursos disponíveis.

• Um outro ponto de grande importância é a questão do recrutamento dos

vendedores, pois essa etapa requer técnicas especializadas e deveria

ser feita por pessoas com um conhecimento maior sobre o assunto. É

nessa etapa que se forma a equipe que cuidará das vendas da empresa,

responsável por seu faturamento.

• Observou-se a necessidade de um treinamento mais intenso com os

vendedores, fazendo com que haja um aperfeiçoamento nas técnicas de

vendas a serem utilizadas pelos mesmos, o que pode resultar em maior

motivação.

• Verificou-se a necessidade de um planejamento estratégico para a

empresa, definindo a estratégia corporativa, os objetivos de marketing, a

estratégia de marketing e, finalmente, um plano de marketing.

A empresa se mostra bastante sólida em sua estrutura e segura de suas

atividades comerciais para com seus clientes, no entanto, torna-se necessário uma

atenção maior com as atividades relacionadas a vendas. Já foi dito que este setor

Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

54

desempenha um papel vital e de grande importância para a mesma. Portanto, deve-

se buscar sempre o aperfeiçoamento dos processos, satisfazendo assim seus

clientes com atendimento personalizado e produtos de ponta.

Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

55

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho proposto definiu, inicialmente, os objetivos a serem atingidos.

Assim, descreve-se, a seguir, cada um deles e o resultado obtido. Com a finalização

do trabalho pode-se ter uma visão detalhada daquilo que se vê na literatura sobre

marketing e a realidade percebida no meio organizacional.

Toda empresa que possui como meta atingir a supremacia no seu segmento

de mercado deve ater-se aos mínimos detalhes na elaboração do seu planejamento,

procurando estar sempre atenta às oportunidades de mercado para que não seja

ultrapassada pela concorrência.

A implantação de mudanças tanto técnicas quanto operacionais causa

impacto sobre como as pessoas trabalham. Portanto, a administração de uma

organização deverá planejar estratégias, visando fornecer aos seus operadores

condições para que os mesmos entendam os novos procedimentos e conhecimento

de tecnologias utilizadas.

O que se pode notar é que, com um programa de recrutamento e seleção

melhor estruturado, juntamente a um projeto de reciclagem e treinamento dos

antigos funcionários, a empresa poderá obter a otimização dos processos na área

de vendas, visando à redução de custos, a agilidade no atendimento aos clientes e

também um incremento na conquista de novos clientes.

Na revisão de literatura, foram apresentados tópicos relacionados ao tema

estudado com a visão de autores renomados, que conceituam tópicos como

marketing, administração de vendas, cliente, mercado. A fundamentação teórica

serve de apoio para a intervenção na empresa em estudo.

O primeiro objetivo deste estudo, que tratava da verificação dos

procedimentos adotados na atual administração de vendas, foi atingido no capítulo

quatro do estudo, onde se podem conferir as atividades realizadas pela empresa.

O objetivo seguinte, que tratava de descrever a estrutura da força de vendas,

também foi atingido no capítulo quatro, através de pesquisa estruturada com os

vendedores. O que se pode notar é que, com a reestruturação do setor, a empresa

só tende a ganhar, pois para se manter competitiva é necessário inovar e criar

estratégias pautadas nos objetivos e metas da organização.

Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

56

O terceiro e último objetivo, que preconizava identificar os pontos fortes e

fracos da estrutura da força de vendas, também foi atingido através da pesquisa com

os vendedores. Foi através da identificação dos pontos fracos que se chegou à

conclusão de que o departamento de vendas precisa ser reestruturado e

modernizado com um novo plano de recrutamento e seleção. Além disso, observou-

se a necessidade de um treinamento mais intenso com os vendedores, fazendo com

que haja um aperfeiçoamento nas técnicas de vendas a serem utilizadas pelos

mesmos, o que pode resultar também em maior motivação.

A seguir, propõem-se duas sugestões de encaminhamentos para trabalhos

futuros:

• Elaborar um plano de recrutamento e seleção para a empresa;

• Elaborar um plano de marketing, focado a conquista de novos clientes.

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

REFERÊNCIAS

ARANTES, Affonso C. A. et al. Administração mercadológica: princípios e métodos. 3. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1978. CHURCHILL JR.; PETER, Gilbert. Criando valor para o cliente. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil . São Paulo: Cobra Editora & Marketing, 2003. ________. Administração de vendas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. ________. Marketing competitivo: Uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 1993. ________. Marketing básico: uma abordagem brasileira. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. GOODE, Willian J.; HATT Paul K. Métodos em pesquisa social. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 1973. GODRI, Daniel. Marketing de ação. Blumenau: Eko, 1997. GRONROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços: a competição por serviços na hora da verdade. Rio de Janeiro: Campus, 1993. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10 ed. São Paulo: Prentice-Hall, 1993. ______. Princípios de marketing . 7 ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1998. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Garry. Princípios de marketing . 9. ed. São Paulo: Prenticie-Hall do Brasil, 2003. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de vendas. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2002. LEVY, Michael; WEITZ, Barton. Administração de varejo. São Paulo: Atlas, 2000. McKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: estratégias bem-sucedidas para a era do cliente. Rio de Janeiro: Campus, 1992. ________. Estratégias de marketing em tempos de crise. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARCELO DE LUCCA …siaibib01.univali.br/pdf/Marcelo de Lucca Geraldo.pdf · 2007. 9. 3. · Professor Orientador: Amarildo Kanitz São José 2006.

58

MIRANDA, Roberto Lira. Marketing do varejo: e alianças estratégicas com indústria. Rio de Janeiro: QualityMark, 1997. NICKELS; BURK. Marketing: relacionamento, qualidade e valor. Rio de Janeiro: Editora JC, 1999. P.D.M. DA FGV-EAESP. Gestão de marketing . São Paulo: Saraiva, 2003. PRIDE, Willian M; FERREL O. C. Marketing: conceitos e estratégias. 11. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora, 2000. ROGERS, Len. Administração de marketing. São Paulo: Makron Books, 1993. SANDHUSEN, Richard. Marketing básico. São Paulo: Saraiva, 2000. SCHEWE, Charles D.; SMITH, Reuben M. Marketing: conceitos, casos e aplicações. São Paulo: MacGraw-Hill do Brasil, 1982. STANTON, Willian J.; SPIRO, Rosann. Administração de vendas. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. WESTWOOD, John. O plano de marketing. São Paulo: Atlas, 1996.