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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
ARIELLA MONIQUE TOSCANO GUIMARÃES
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO
Brasília 2019
ARIELLA MONIQUE TOSCANO GUIMARÃES
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Especialização em Gestão e Direito Aeronáutico, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.
Orientador: Prof. Adriano Martendal, Dr.
Brasília
2019
Elaborada pelo Bibliotecário ________________ CRB nº_____
Ficha Catalográfica
ARIELLA MONIQUE TOSCANO GUIMARÃES
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Especialista em Gestão e Direito Aeronáutico e aprovado em sua forma final pelo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Especialização em Gestão e Direito Aeronáutico, da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Brasília, _____, de __________________ de 2019.
_____________________________________________________
Professor orientador: Prof. Adriano Martendal, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
_____________________________________________________
Prof. Nome Completo do Membro da Banca, MSc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
"Quando tudo tiver parecendo ir contra
você, lembre-se que o avião decola contra
o vento, e não a favor dele" (Henry Ford)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente а Deus pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs
dificuldades.
À Instituição e sеυ corpo docente, direção е administração qυе
oportunizaram vislumbrar um horizonte superior, e pеlа confiança nо mérito е ética
aqui presentes.
Ao professor Adriano Martendal, Dr. pela orientação, apoio е confiança.
Agradeço а minha mãе Edilza Toscano da Silva, heroína qυе mе dеυ
apoio e incentivo nаs horas difíceis, de desânimo е cansaço.
Obrigada a todos qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão
continuar presentes еm minha vida!
RESUMO
A Era do Conhecimento, impactou nossas organizações ainda são operadas
conforme o modelo controlador da Era Industrial que é pautada em princípios que
suprimem o desabrochar do potencial humano e consequentemente seu
cooperativismo e motivação dentro das organizações, gerando insatisfação
profissional e declínio das empresas. Então, o que deve ser feito para obter sucesso
na criação e adequação de negócios e profissionais à tão competitiva Era do
Conhecimento?
Palavras-chave: Era do Conhecimento, Planejamento Estratégico, Gestão,
Negócios.
ABSTRACT
Although we are living in the Age of Knowledge, actually many of our organizations
still are operated under the controlling model of the Industrial Age who is based on
principles that suppress the rise of human potential and hence its cooperativism and
motivation inside the organizations, creating professional dissatisfaction and the
decay of companies. Then, what should be done to achieve the success in creating
and suiting business and professional at the highly competitive Age of Knowledge?
Key Words: Age of Knowledge, Strategic Planning, Management, Business.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8
1.1 Aspectos Metodológicos .............................................................................. 9
2 OS DESAFIOS DAS EMPRESAS NA ERA DO CONHECIMENTO ................... 11
3 MÉTODOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ........................................... 16
3.1 Análise Swot ou Planilha F.O.F.A. ............................................................. 16
3.2 PDCA/SDCA ................................................................................................. 17
3.3 Balanced Scorecard (BSC) ......................................................................... 18
4 ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA E COMPETITIVIDADE PARA EMPRESAS E EMPRESÁRIOS ............................................................................... 23
4.1 Gestão de pessoas como meio de sobrevivência no mercado .............. 25
4.2 Gestão da informação como fator competitivo no mercado ................... 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 28
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 29
8
1 INTRODUÇÃO
Se analisarmos a evolução do mundo desde os primórdios da
humanidade veremos que o conhecimento sempre foi a base de tudo, porém para
que esse conhecimento gere evolução é necessário um planejamento, ordenamento,
foco, domínio e ação para colocá-lo em prática. A era do conhecimento trouxe um
aumento considerável na liberdade do homem em administrar a própria vida, mas
estamos totalmente despreparados para isso.1
No contexto histórico passamos por várias eras da civilização. Saímos da
Era do Caçador onde era suficiente caçar ou coletar usando utensílios rudimentares
para obter alimentos para sua própria sobrevivência, evoluindo para a Era da
Agricultura onde o conhecimento foi gerenciado para se obter mais alimentos com
menos esforço físico e mais esforço intelectual, trabalhando a terra, plantando,
cuidando da plantação para colher mais alimentos. Melhorando ainda mais o
rendimento produtivo surgiu a Era Industrial com a construção de fábricas,
transformação da matéria prima em produtos diversos, especialização, linha de
montagem.
Até que enfim atingimos a atual Era do Conhecimento sobrevinda do
processo de globalização e do advento de novas tecnologias de informação,
sobretudo da Internet que beneficiou grandes avanços e colaborou para igualar as
empresas no que tange à oportunidade e inclusão no mercado, fazendo com que o
conhecimento adquirisse status de diferencial competitivo.
No entanto, mesmo estando na Era do Conhecimento, ainda não estamos
preparados para operamos nossas organizações conforme as diretrizes da era atual.
Não temos um planejamento estratégico organizacional que possibilita ao
profissional o uso de todo seu potencial dentro das organizações. Então, um
planejamento estratégico organizacional pode adequar negócios e profissionais à
Era do Conhecimento? 1 COVEY, S. O 8o Hábito: Da eficácia à Grandeza. Rio de Janeiro: Campus. 2008
9
O objetivo deste trabalho é, a partir de uma base de conhecimentos
ampliados através da realização de pesquisa teórica, obtida através das obras
literárias produzidas sobre determinadas matérias e de autores referentes aos
assuntos tratados, apresentar as características da Era do Conhecimento, expondo
os fundamentos básicos das organizações e identificando quais métodos de
planejamento estratégico são utilizados atualmente, para assim demonstrar que um
bom planejamento estratégico organizacional pode adequar negócios e profissionais
à Era do Conhecimento.
1.1 Aspectos Metodológicos
A natureza de pesquisa desse trabalho classifica-se como pura, pois teve
a curiosidade intelectual do pesquisador como primeira motivação. O objetivo foi
criar uma base de conhecimentos.
A pesquisa básica tem como objetivo principal o avanço do conhecimento científico, sem nenhuma preocupação com a aplicabilidade imediata dos resultados a serem colhidos.2
Para ampliação do conhecimento foi realizada uma pesquisa teórica, visto
que este foi obtido a partir das obras literárias produzidas sobre determinadas
matérias e de autores referentes aos assuntos tratados.
Para tanto, o procedimento para o processo de investigação e
aprofundamento do estudo foi a pesquisa bibliográfica que, para Appolinário,
restringe-se à análise de documentos e tem como objetivo a revisão de literatura de
um dado tema, ou determinado contexto teórico.3
2 APPOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de Metodologia Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011, p 146. 3 Idem.
10
E finalmente, quanto à abordagem a pesquisa foi qualitativa que,
corresponde ao aprofundamento do conhecimento para interpretar, mediante análise
de conteúdo, o contexto do objeto que está sendo pesquisado. Coletando dados nas
interações sociais e analisando-os subjetivamente, pois nesta modalidade a
preocupação é com o fenômeno.
Quando não emprega procedimentos estatísticos ou não tem, como objetivo principal, abordar o problema a partir desses procedimentos. É utilizada para investigar problemas que os procedimentos estatísticos não podem alcançar ou representar, em virtude de sua complexidade. Entre esses problemas, poderemos destacar aspectos psicológicos, opiniões, comportamentos, atitudes de indivíduos ou de grupos. Por meio da abordagem qualitativa, o pesquisador tenta descrever a complexidade de uma determinada hipótese, analisar a interação entre as variáveis e ainda interpretar os dados, fatos e teorias.4
4 RODRIGUES, Maria Lucia; LIMENA, Maria Margarida Cavalcanti (Orgs.). Metodologias
multidimensionais em Ciências Humanas. Brasília: Líber Livros Editora, 2006, p.90.
11
2 OS DESAFIOS DAS EMPRESAS NA ERA DO CONHECIMENTO
Nos últimos anos, com a globalização e o advento da internet, a
celeridade das mudanças e a quantidade de informações e possibilidades de
aquisição de conhecimento que temos ao nosso dispor é assustadora! Bem como a
volatilidade de toda essa informação e do conhecimento adquirido, desnorteando os
profissionais e as organizações, que não sabem como se manterem à frente num
mercado de soluções tão efêmeras. No setor de tranporte aéreo não é diferente.
Para Covey, os principais problemas tanto dos profissionais quanto das
organizações é pensar fora de época. Muitas de nossas práticas ainda são da Era
Industrial. A Era Industrial já foi. Estamos na era do trabalho, da inovação e do
conhecimento. E essa Era será 50% mais produtiva!”, disse ele.5
Ainda operamos nossas organizações conforme as diretrizes do passado,
a Era Industrial, que se norteava pelos princípios da pouca confiança (o líder toma
todas as decisões); da falta de visão e valores compartilhados (as regras são
soberanas à visão e a missão); do desalinhamento (a eficiência toma conta); e
principalmente do enfraquecimento (mantêm o controle e não confiam nas pessoas),
que minam a inspiração, o talento, o comprometimento, o desempenho e o
desenvolvimento não só das organizações, como dos profissionais.
No setor aéreo a gestão ainda muito pautada em princípios retrógrados se
torna muito evidente, por ser uma área que possui suas raízes no militarismo e ainda
opera em todos os seus departamentos sob o regime hierárquico, conferindo
distanciamento entre os funcionários, engessando procedimentos que poderiam ser
revistos e atualizados, aproveitando o conhecimento individual de seus
coloboradores.
Para Chiavenato antes, a ênfase era colocada nas necessidades da
organização. Hoje, sabe-se que as pessoas precisam estar satisfeitas e felizes. Para
5 COVEY, S. O 8o Hábito: Da eficácia à Grandeza. Rio de Janeiro: Campus. 2008
12
que sejam produtivas, devem sentir que o trabalho é adequado às suas
competências e que estão sendo tratadas com carinho. Para elas, o trabalho é a
maior fonte de identidade pessoal.6
Para a maioria dos pilotos de linha aérea, por exemplo, estar no comando
de uma aeronave não significa apenas estar inserido no mercado de trabalho,
implica na realização de um sonho e toda sua identidade pessoal está pautada
nisso. Para esses profissionais, ter seu ofício valorizado e condições de trabalho
adequadas às suas necessidades, é garantia à empresa aérea de um funcionário
motivado e comprometido com seu labor, que certamente entrega-rá um serviço de
excelência.
Marisa Eboli entende que a Sociedade do Conhecimento é o produto de
uma revolução científica e tecnológica sem precedentes na história. Onde se
constata que o conhecimento torna-se obsoleto a cada cinco ou dez anos.7
A Era da Informação, que começou no início na década de 1990, foi,
segundo Chiavenato, resultante do grande desenvolvimento tecnológico e da
tecnologia da informação. É a Era atual, que nos levará a Era do Conhecimento
propriamente dita, é marcada pelo incessante desenvolvimento tecnológico, gerando
mudanças constantes e céleres, grande fluxo de informações, fácil acesso ao
conhecimento e competitividade intensa.
Devido a volatilidade das informações, o capital financeiro deixou de ser o
recurso mais importante, dando lugar ao capital intelectual. Hoje, mais importante
que o dinheiro é o conhecimento sobre como usá-lo e aplicá-lo de maneira rentável.
Com isso, as pessoas passam a ser mais valorizadas dentro das organizações, pois
o principal patrimônio organizacional passa a ser o conhecimento, o capital
6 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed.
Barueri, SP: Manole, 2014. 7 EBOLI, Marisa. et al. Educação Corporativa: Fundamentos, evolução e implantação de projetos. São Paulo:
Atlas, 2010.
13
intelectual.8 De nada adianta possuir a aeronave mais moderna se não houver um
piloto com capacidade intelectual e emocional compatíveis para operá-la.
Pessoas como talentos fornecedores de competências: como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso organizacional. Qualquer organização pode comprar máquinas ou equipamentos, comprar tecnologias para se equiparar aos concorrentes. Isso é relativamente fácil, mas construir competências é extremamente difícil, leva tempo, aprendizado e maturação.9
No mercado aéreo essa realidade é latente, visto que, formar profissionais
competentes a operar máquinas, tomar decisões rápidas e acertivas, administrar
conflitos, serem capazes de prestar primeiros socorros, gerenciar suas próprias
emoções e lidar com pessoas de todas as classes, idades e diversidade cultural, não
é uma tarefa fácil, demanda tempo e maturação.
Aliado a tudo isso, existe ainda a mudança do mercado em geral. Bem
como a mudança na própria maneira de trabalhar. Hoje as pessoas podem escolher
se autogerenciar, bem como, quanto e como vão se entregar ao trabalho levando
em consideração a aprendizagem, adaptação, evolução e renovação contínuas em
prol de um labor objetivando transformar ativos intangíveis em resultados
organizacionais desejados.
Devido a essa transformação do mercado, o foco da era atual mudou,
como demonstra Albrecht, no seu modelo emergente de organização empresarial:
8 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed.
Barueri, SP: Manole, 2014. 9 Idem.
14
A humanidade está inserida na Era da Informação e a enorme quantia de
informações existentes no mercado faz do conhecimento o grande trunfo dos
profissionais e das empresas para derrotar a concorrência e garantir sua
manutenção no mercado. A comunicação, por sua vez, ganhou destaque por ser o
meio pelo qual se difundem as informações, e aos indivíduos que conseguem
transformar essas informações em conhecimentos que são os que se consagram no
mercado.
Torna-se primordial a habilidade de relacionamento interpessoal em
aspectos como linguagem, comportamento, vivência multicultural e destreza em
negociações e seus impactos no ambiente de negócio, tanto nos aspectos internos,
como externos à empresa. Bem como, a capacidade de perquirir, examinar,
sintetizar, distinguir, aprender e manejar informações, provenientes ou não do
âmbito organizacional e transformá-las em conhecimento.
Por esse motivo, as empresas especializadas em seleções de
funcionários contam com a ajuda de psicólogos, pois várias das carasterísticas
inerentes ao profissional que se destaca na atualidade estão intimamente
relacionadas com sua personalidade, visto que o diferencial hoje, não está na
informação que se pode obter e sim na capacidade de gerenciá-la.
Para tanto, é preciso pensar em Gestão do Conhecimento nas
organizações para que estes profissionais consigam administrar o conhecimento
15
gerado em suas dependências que não só pode, como deve, produzir diferenciais
competitivos no mercado.
Por que as pessoas não alcançam os objetivos propostos? Porque muitas pessoas nem conhecem esses objetivos! Todo mundo sabe o que está acontecendo dentro da empresa? Todo mundo sabe as respostas para as perguntas? Informação transparente é o maior desinfetante dentro das empresas, além de alavancar crescimento.10
Dentro dessa realidade, a preocupação das organizações e dos
profissionais em atender o consumidor de maneira eficaz para se manterem no
mercado, tem levado a uma dedicação cada vez maior em relação aos aspectos
ligados ao aprimoramento da gestão através de um planejamento estratégico.
O cliente da Era atual, possui acesso a mesma informação ou a mais
informações que a prória empresa e seus colaboradores possuem, eles querem
mais! Buscam por uma experiência de serviço completa, buscam por inovação.
Em suma, a Era da Informação é um momento único, insurgente, repleto
de mudanças tecnológicas, que influencia dentro e fora das organizações, no qual
as pessoas dispõem de cada vez mais informação e adquirem mais conhecimento,
do que em qualquer outra época da humanidade, e como os serviços constituem a
atividade econômica principal, estar atento as mudanças e inovar é primordial.
10 COVEY, S. O 8o Hábito: Da eficácia à Grandeza. Rio de Janeiro: Campus. 2008
16
3 MÉTODOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Empresários e empreendedores precisam conhecer seu ambiente de
trabalho, seu mercado e seus clientes, gerando procedimentos alternativos para se
manterem no mercado atual. A ampla visão do cenário no qual estão inseridos é que
irá orientar as decisões estratégicas da empresa.
O sucesso empresarial depende principalmente de uma gestão ágil,
competente e completa que só é possível através de um planejamento estratégico,
que por sua vez, para ser eficiente, deve seguir uma sequência lógica por intermédio
de ferramentas que ajudam a alcançar o desempenho e objetivos pretendidos.
Segundo o SEBRAE as principais ferramentas utilizadas para fazer um
bom planejamento estratégico são a Análise Swot, o Cliclo PDCA e o Balanced
Scorecard (BSC).11
3.1 Análise Swot ou Planilha F.O.F.A.
Ferramenta que permite a análise panorâmica, visualizando:
• Strenghts (Forças)
• Weaknesses (Fraquezas)
• Opportunities (Oportunidades)
• Threats (Ameaças)
É uma ferramenta basilar para a administração, que possibilita
sistematizar a análise do panorama, macro ambiente e microambiente.
11 Fonte: Sebrae Nacional - 05/03/2018 Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/ tres-ferramentas-para-auxiliar-no-planejamento-estrategico-do-negocio,c55b6d461ed47510VgnVCM100000 4c00210aRCRD. Acesso em: 09 de julho de 2019.
17
Macro ambiente: é o ambiente externo, aquele que a empresa não
controla, mas recebe os impactos nos seus mais diversos setores, como o político,
econômico, social e tecnológico. Tem como objetivo identificar as oportunidades e
as ameaças. As oportunidades são as circunstâncias favoráveis, dentro desses
fatores, que podem ser utilizadas pela empresa dentro da sua atuação no mercado.
Enquanto que as ameaças são as circunstâncias desfavoráveis, dentro desses
fatores, que podem dificultar sua atuação no mercado.
Microambiente: é o ambiente interno, onde a empresa tem controle,
podendo identificar suas potencialidades, suas bases, e aprender a lidar com suas
limitações, com fulcro em identificar os pontos fortes e fracos da própria empresa.
Embasados no conhecimento panorâmico, os empresários devem criar
estratégias para aproveitar, da melhor forma, as oportunidades e os pontos fortes, e
minimizar o que limita, as ameaças e seus pontos fracos.12
3.2 PDCA/SDCA
Metodologia que orienta a companhia a criar estratégias seguindo as
etapas de:
• P (Plan): Planejamento: momento de encontrar problemas e
estabelecer planos de ação.
• D (Do): Executar: momento de executar aquilo que foi planejado.
• C (Check): Controle: momento de verificar se as metas foram
alcançadas e acompanhar os indicadores.
• A (Act): Agir: momento de fazer as retificações necessárias e
padronizar tudo que deu certo nos processos antecedentes.13
12 Fonte: Sebrae Nacional - 05/03/2018 Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/ tres-ferramentas-para-auxiliar-no-planejamento-estrategico-do-negocio,c55b6d461ed47510VgnVCM100000 4c00210aRCRD. Acesso em: 09 de julho de 2019. 13 Idem.
18
Fonte: Sebrae Nacional
3.3 Balanced Scorecard (BSC)
Metodologia de administração estratégica que exibe os indicadores de
desempenho sob as perspectivas de:
• Finanças
• Clientes
• Processos internos
• Pessoas e aprendizado (recursos e infraestrutura)
Com base nesses indicadores, por meio de um mapa estratégico, as
ações propostas para essas perspectivas serão apresentadas, gerando uma relação
causa x efeito.
As estratégias e objetivos serão obtidos pelas ações relacionadas às
seguintes perspectivas:
19
1. Recursos e infraestrutura: serviços e equipamentos adequados,
profissionais capacitados e motivados;
2. Processos internos: inovação em serviços e produtos, mercadorias
sem defeito, entregas pontuais;
3. Clientes: alcance de satisfação e fidelização;
4. Financeira: retorno do investimento e lucro esperado.14
Entretanto, os motivos que levam um empreendedor ao sucesso podem
ser os mesmo que o levam ao fracasso.
De 30 % a 50% dos executivos de grande potencial descarrilam, em geral, por não criarem comportamentos alternativos. Esses executivos agem se esquecendo de alguns fatos que podem ser cruciais para sua carreira, tais como: desatenção com as pessoas, mau desempenho em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à reação dos outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais, indiferença e trabalho em isolamento.15
Na era atual, é imprescindível que empreendedores, diretores e
administradores em geral, evoluam intrinsicamente, sendo necessário reconhecer
quando, o que já foi seu ponto forte no passado, hoje, com a evolução dos padrões,
pode não ser mais, e só atingirão esse nível de consciência buscando novos
conhecimentos, com fulcro na melhoria de seu comportamento pessoal como um
todo, para se adaptar de forma fluida e precisa a um mercado cada vez mais
inovador e competitivo.
14 Fonte: Sebrae Nacional - 05/03/2018 Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/ tres-ferramentas-para-auxiliar-no-planejamento-estrategico-do-negocio,c55b6d461ed47510VgnVCM100000 4c00210aRCRD. Acesso em: 09 de julho de 2019. 15 REIS, Francisco. Perfil do Administrador do Presente. Disponível em: https://administradores.com.br/ artigos/perfil-do-administrador-do-presente. Acesso em: 26 de agosto de 2019.
20
“A transformação está ligada ao aprendizado em profundidade, que
questiona e rompe com os meios e resultados existentes ou ‘antigos’ e conduz a
meios radicalmente novos”.16
Além das estratégias citadas aqui, segundo Wick & León, existe uma
concepção diferente de aprendizado, descrita como S. A. B. E. R., fundamentada
nas cinco etapas seguintes:
1. S (selecionar): escolher uma meta que seja fundamental para você e
para sua empresa;
2. A (articular): determinar como você vai atingir a meta;
3. B (batalhar): colocar o plano articulado em prática;
4. E (examinar): avaliar o que e como você aprendeu;
5. R (recomeçar): determinar sua próxima meta de aprendizagem.17
O aprendizado tem início quando se vislumbra a imperiosa necessidade
de aprender. O que ocorre geralmente quando surgem os desafios, os problemas de
difícil resolução, a percepção de que as expectativas não foram alcançadas, ou
ainda, a consciência de que ainda não se tornou competente o bastante para
assegurar a prosperidade do seu negócio ou carreira.
Portanto, o perfil de um empreendedor ou administrador deve ser repleto
de atributos inerentes aos de um eterno estudante, além de características
essenciais à aprendizagem organizacional, como por exemplo:
16 GOLD, J. A empresa que aprende baseada no conhecimento In: CLARKE, T., MONKHOUSE, E.
Repensando a Empresa. São Paulo: Pioneira, 1995. MARIOTTI, Humberto. Organizações de Aprendizagem. Educação continuada e a empresa do futuro. São Paulo: Atlas, 1996, p.134.
17 WICK, C.W., León, L.S. O desafio do Aprendizado. Como fazer sua empresa estar sempre à frente do mercado. São Paulo: Nobel, 1999.
21
• Curiosidade intelectual;
• Modéstia;
• Autocrítica vigilante;
• Entusiasmo pelo feedback;
• Predisposição à experimentação;
• Meios conscientes de criar, coletar e difundir conhecimentos;
• Capacidade de imaginar futuros alternativos.
Sobremaneira o indivíduo com esse perfil é, ou tornou-se, mais flexível e
disposto a absorver novos conhecimentos, objetivando sua qualificação e excelência
como profissional, que propiciará o sucesso na sua carreira e/ou empreendimento.
Há tempos, Wick & León conseguiram suscitar um paralelo entre os
administradores do passado e do futuro. Futuro esse que, se tornou (ou deveria ter
se tornado) a realidade na atual Era do Conhecimento. Vejamos:
22
O quadro comparativo acima demonstra que, o sucesso das empresas
atualmente está diretamente atrelado ao perfil de seus administradores, que ao se
responsabilizarem pelo próprio aprendizado e estarem conscientes que o seu
aprimoramento pessoal e profissional dependem cada vez mais de si na busca de
novos conhecimentos, poderão assim estabelecer os alicerces que manterão o
sucesso de suas carreiras e empreendimentos no mercado.
Na Era atual, torna-se cada vez mais frequente a incidência de indivíduos
ainda muito jovens com carreiras sólidas e donos de empreendimentos milionários,
enquanto que outros, de idade mais avançada, não conseguem sequer alcançar os
objetivos mínimos que planejaram para suas carreiras, ratificando assim que, a
postura de assumir a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento, tendo
poder de decisão sobre suas próprias atitudes, e poder de escolha intencional entre
o que aprender ou não, tem gerado lucros.
No entanto, o fator determinante é o senso de aprendizado e
aprimoramento contínuos, independente da faixa etária, a capacidade de se
atualizar é o grande trunfo para manter-se no mercado. E essa diferença entre
gerações dentro das organizações, pode se tornar um meio de incorporação de
novas perspectivas (trazidas pela nova geração) que, aliadas à experiência (das
gerações anteriores), juntas, apresentarão inovação ao mercado.
23
4 ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA E COMPETITIVIDADE PARA EMPRESAS E EMPRESÁRIOS
A internet, atualmente, é uma ferramenta presente em todos os
ambientes, sejam eles corporativo ou doméstico. E cada vez mais, o comércio via
internet está transformando o modo de negócio das organizações, que por sua vez,
muda a comportamento do consumidor que passou a realizar mais compras online.
Além da internet, temos a intranet que elevou o nível de comunicação
dentro das empresas, disseminando de maneira mais rápida e eficiente as
informações gerando maior integração nas organizações e, essa integração dos
setores gera alternativas melhores para alguns processos internos, culminando em
diminuição de custos, aumento de vendas, maior eficiência e presteza nas entregas,
entre outros fatores. Fazer parte dessa evolução e acompanhar as mudanças é
essencial para se manter no mercado competitivo e globalizado da atualidade.
A agilidade dos processos internos que aumenta a cada dia afetou a
estruturação e administração das organizações. No atual mercado, há de se
ponderar que o acesso à informação via internet é acessível, vasto, constante e
mutável, logo a estratégia competitiva hoje não está mais focada no conhecimento
que se tem ou que se pode obter e, sim no conhecimento que se pode efetivamente
aplicar e difundir.
Teoricamente, a internet possibilita que qualquer empreendimento opere
de forma global, independente do ramo de atuação, o que tem impelido as empresas
a procurarem esse meio como opção de marketing e prospecção de novos clientes e
nichos de mercado. O e-commerce, o marketing eletrônico, os serviços de suporte a
clientes (SAC’s) via e-mail são alguns exemplos de ferramentas advindas da internet
usadas atualmente pelas organizações em geral. No entanto, para se fazer um uso
realmente eficaz dessa ferramenta de trabalho é necessária realização de
treinamento para utilizá-la com discernimento do que é útil e compatível com as
necessidades da empresa.
24
A efemeridade das informações, bem como a cobrança de eficácia nos
resultados e eficiência dos empreendedores, talvez sejam hoje, os maiores desafios
das corporações.
Por tanto, o empreendedor e/ou administrador que almeja o sucesso deve
ter capacidade de obter, filtrar e escolher as informações das quais ele tem acesso,
para então, transformá-las em conhecimento que, por sua vez, será aplicado e
posteriormente difundido. Essa habilidade o colocará em destaque perante os
demais e trará visibilidade e reverência ao seu negócio. Além do mais, essa aptidão
aliada a um planejamento estratégico que o permita apreciar os acontecimentos
pretéritos, minimizará as chances de erros e o manterá unido aos valores da
empresa e focado nos objetivos desta, ao mesmo tempo que, possibilitará a esta
organização realizar seus feitos de maneira mais célere, alcançando mais
rapidamente seus objetivos.
Essas questões são de suma importância para o empreendedor deste
século, uma vez que estamos vivenciando um período profundamente arreigado em
Tecnologia da Informação, conhecido como Era do Conhecimento, ou Era da
Informação.
O administrador precisa tanto da criatividade, da agilidade, da capacidade de se modificar, de se adaptar continuamente, quanto da confiança, constância e permanência de seus sistemas de informação. A empresa precisa de ambos: criatividade e rapidez. A solução dessas questões é fundamental no processo de formação desses "gestores de conhecimentos", ou seja, de cada um de nós daqui para frente!18
Ou seja, é fundamental que o empreendedor dessa Era saiba gerenciar
as informações como um todo, tanto internas, como externas ao seu negócio, bem
como a si próprio e aos seus colaboradores para que consiga administrar com
eficácia, mantendo-se nesse tão competitivo mercado da Era do Conhecimento.
18 LIMA, Solange Moreira Dias de. O Perfil do Administrador do presente, face as Novas Tecnologias da Informação. Disponível em: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/O_Perfil_do_Administrador_no _Presente.htm. Acesso em: 05 de setembro de 2019.
25
4.1 GESTÃO DE PESSOAS COMO MEIO DE SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO
A gestão estratégica de pessoas concentra-se em ações que diferenciam a empresa de suas concorrentes. Sua dinâmica envolve aspectos como: utilização do planejamento; abordagem coerente para a concepção e gestão de pessoal; percepção das pessoas da organização como um recurso estratégico; conquista de vantagem competitiva.19
A descentralização de poder de decisão dentro das organizações é um
dos fatores que contribui para uma administração facilitada, um ambiente laboral
mais igualitário e um atendimento mais eficaz ao cliente, garantindo a prosperidade
empresarial, uma vez que assim, os consumidores possuem acesso facilitado à
informações precisas sobre os serviços oferecidos pela instituição. Desta forma, ao
capacitar todos, de igual maneira, o empreendedor estará plenamente apto a lidar
com a cobrança que a sociedade pós moderna exige em toda e qualquer prestação
de serviço, por mais simples que seja.
[...] as empresas podem adotar medidas para manter seus talentos na organização e obter vantagem sobre a concorrência, dentre as medidas os autores destacam que a empresa precisa: Proporcionar aos seus colaboradores estabilidade, adotando também outras medidas para que não ocorra acomodação; Melhorar a seleção na admissão, visando contratar candidatos mais experientes, dedicados e comprometidos; Salários condizentes à qualificação, como forma de valorização; Benefícios não financeiros, como credibilidade, orgulho, ética, desenvolvimento profissional, respeito etc.; Programas de participação nos lucros ou acionária, para aumentar a produtividade e comprometimento; Transparência, ou seja, divulgação de informações para que todos saibam dos seus objetivos e o que a empresa espera destes, além de maior acesso aos gestores; Estimular e descentralizar os processos decisórios; Fortalecimento de equipes e reformulação de processos, para laços sociais entre os funcionários e pessoas-chave da empresa.20
19 GIL, Antonio. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1 ed. São Paulo: Atlas S.A, 2009. 20 KURZHALS, Roseli e MONDINI, Luis C. Reter talentos na empresa: vantagem competitiva. Maiêutica Processos gerenciais, 2012. p. 134 Disponível em: publicacao.uniasselvi.com.br. Acesso em: 05 de setembro de 2019.
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Logo, para uma empresa se consolidar no mercado competitivo atual,
deve certificar-se que os seus funcionários conhecem, e estão integrados à Visão,
Missão e Valores da organização para que haja engajamento mútuo em prol do
crescimento e perpetuação da organização, visto que, na Era da Informação a
ferramenta mais preciosa é o conhecimento.
A união e valoração do conhecimento de cada um dos colaboradores de
uma instituição certamente é a grande alavanca competitiva do atual mercado.
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4.2 GESTÃO DA INFORMAÇÃO COMO FATOR COMPETITIVO NO MERCADO
Na Era do Conhecimento, informações das mais diversas estão
facilmente disponíveis para todos, a capacidade de obter informações não é mais
um privilégio de poucos e muito menos um diferencial competitivo, visto que o fluxo
de conhecimento passou a ser cíclico e não escalonado.
O empreendedor da atualidade precisa se comprometer com seu eterno
aprimoramento intelectual e pessoal, pois não basta obter informações, mas
transformá-las em conhecimento aplicado, além de difundi-lo para que esse mesmo
conhecimento retorne para si e ele possa aprimorá-lo num eterno ciclo de
aprendizagem e propagação de sabedoria.
Segundo Eric Waldo, “para conseguir mudanças reais, você precisa
ganhar os corações e as mentes das pessoas; E o único jeito de fazer isso é
trabalhar de maneira autêntica, com comprometimento real para transformações.”21
Devido a essa avalanche de informações que nos atinge a cada minuto,
de forma extremamente efêmera, apenas o essencial e autêntico realmente
sobrevive, tanto o consumidor, quanto o colaborador do 3º milênio anseiam por uma
experiência completa desde a competência e conhecimento atualizado ao empenho
e dedicação entregues à execução do serviço, seja por parte dos seus chefes ou
pelos prestadores de serviços.
Por tanto, o empreendedor, administrador ou empresário que possui a
habilidade de gestão e aprimoramento intelectual e emocional de si próprio,
fatalmente conseguirá transmitir isso a toda sua empresa, equipe e consumidor final
por meio de quaisquer dos planejamentos organizacionais aqui apresentados, pois
terá a destreza necessária para adequá-los a sua realidade.
21 FORBES, Eric Waldo, diretor executivo da Reach Higher
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Planejamento Estratégico Organizacional da Era do Conhecimento,
nada mais é do que, o aprimoramento de um dos métodos já existentes que será
pautado no perfil do empreendedor da atualidade, que deve ter não apenas
conhecimento técnico, como também humanístico e interdisciplinar e sistêmico.
Em suma, todos os pontos aqui suscitados demonstram que o
empreendedor da Era do Conhecimento, é aquele que almeja seu eterno
aprimoramento intelectual e pessoal e está apto a gerir, aprimorar e levar sua
sabedoria para o âmbito institucional de maneira autêntica e com responsabilidade
sobre suas ações, transformando o conhecimento em sua mais valiosa ferramenta
de trabalho.
O Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é
um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de
mudanças da organização, e se essa nova concepção de organização for
introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das
organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma
sociedade. É, portanto, uma nova modalidade de responsabilidade social
que se encontra nas mãos dos grandes gestores das organizações: os seus
administradores.22
As organizações da Era do Conhecimento necessitam se tornar apitas a
gerir conhecimentos para que através do aprimoramento contínuo possam
sobreviver à transitoriedade e competitividade existentes no mercado atual
difundindo seus conhecimentos para todos os patamares organizacionais, com fulcro
no engajamento mútuo em prol do sucesso da empresa.
22 LIMA, Solange Moreira Dias de. O Perfil do Administrador do presente, face as Novas Tecnologias da Informação. Disponível em: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/O_Perfil_do_Administrador_no _Presente.htm. Acesso em: 05 de setembro de 2019.
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6 REFERÊNCIAS
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