UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · e avaliação, sobre os quais se observam os...
Transcript of UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · e avaliação, sobre os quais se observam os...
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
SUPERVISOR ESCOLAR: PARCEIRO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
DO PROFESSOR
Por: Angelisa Oliveira da Cunha
Orientador
Profa. Maria Poppe
Rio de Janeiro
2009
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
SUPERVISOR ESCOLAR: PARCEIRO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
DO PROFESSOR
Apresentação de monografia à Universidade Cândido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Administração e Supervisor Escolar.
Por: Angelisa Oliveira da Cunha
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família e aos
amigos que acreditaram no meu sonho e me
incentivaram a realizá-lo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por permitir a realização de
um sonho.
Agradeço a todos os professores da UCAM
que colaboraram com os conhecimentos que
me foram passados para o meu crescimento
pessoal e profissional.
RESUMO
Este estudo teve como objetivo pesquisar as contribuições do supervisor
escolar frente às ações do professor, no processo ensino-aprendizagem.
O supervisor escolar pode colocar em prática, estratégias que visem
suas finalidades, abordagens, técnicas de ensinar e a formação dos
professores para melhoria do processo educativo.
Discutiu-se, também, as relações humanas no contexto atual, colocando
em prática estratégias, métodos e técnicas como principal apoio ao corpo
docente, que implica em uma ação planejada e organizada preocupando-se
sempre com a renovação da escola e das práticas pedagógicas
METODOLOGIA
Este trabalho é resultado, principalmente, de trabalho em pesquisa
bibliográfica.
Foi fundamental a contribuição dos autores para conhecer suas idéias.
Entre eles, Imídio Giuseppe Nérice (1980) que descreve os atributos
necessários para o supervisor exercer seu cargo, devendo ter claro o conceito
de educação e seus objetivos dando sentido preciso, positivo e consciente.
A contribuição de Ben M. Harris (1973) confirma as idéias de Nérice
(1980), de que o supervisor escolar deve estar em constante avaliação de sua
própria conduta, condições técnicas, liderança democrática e sólida cultura
geral e pedagógica.
Débora Dias Gomes (2003) analisa as relações humanas no aspecto da
motivação, e os resultados que podem ajudar a enxergar seus próprios
motivos, seus valores e crenças. Tais motivos deverão ser resultado de
aprendizagem e conscientização para que o supervisor escolar possa
reconhecer as necessidades de seus liderados, e ajudá-los a ver como tais
necessidades podem ser atendidas, dando-lhes a confiança de que são
capazes de conseguir superar obstáculos e alcançar sucesso por meio de seus
próprios esforços.
Por fim, Naíde Alves Prestes (1976) demonstra sua preocupação no
pensar da ação supervisora e também na maneira como se intitula no agir, no
equilíbrio, nos conhecimentos técnicos e nas relações humanas.
As reflexões sobre o currículo mostrando sua importância nos “temas da
vida”, que são princípios de uma proposta curricular, centrados na cidadania
que suscitam uma análise de valores, entre vários assuntos como a
sexualidade, saúde, cultura, meio ambiente, ciência, tecnologia, a família e as
linguagens.
Esta abordagem teórico-prática é enriquecida pela autora, oferecendo
sugestões para a realização dessas atividades através da orientação da
supervisão escolar e o corpo docente que irá planejar, desenvolver e avaliar
seu trabalho.
Este estudo descreve etapas focalizando uma postura profissional do
supervisor escolar, como alicerce a todas as propostas no processo educativo
que poderá realizar com os professores, desde a fundamentação teórica
passando pelos objetivos e estratégias, até a avaliação dos seus resultados.
Para tanto, a supervisão escolar precisará, através de sua liderança, estimular
o corpo-docente nas atividades para realização dos fins da educação, para a
descoberta e vivência dos valores e atitudes, para o desenvolvimento das
potencialidades do estudante.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
As características da Supervisão Escolar. 11
CAPÍTULO II
As Relações Humanas e a Supervisão Escolar. 22
CAPÍTULO III
As ações do supervisor frente ao processo educativo. 32
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA 50
ÍNDICE 51
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
9
INTRODUÇÃO
Para bem desempenhar sua função, o supervisor escolar deve estar
a par do conceito, dos fins e dos objetivos da educação. O sucesso da
supervisão escolar depende do bom relacionamento do supervisor com as
demais pessoas envolvidas, de uma forma ou de outra, com o processo
ensino-aprendizagem.
Para desenvolver tais questões organizamos os capítulos segundo a
seqüência que consideramos adequada ao assunto. No primeiro capítulo “As
características da supervisão escolar”, tendo como objetivo geral ao processo
total de aprendizagem, o planejamento pedagógico e a eficácia da sua
execução, propiciando condições para a participação do corpo docente em
suas respectivas áreas de trabalho. Num outro momento, a participação da
supervisão escolar na organização das turmas, horários, reuniões,
reformulação de programas, de métodos e processos educativos, de técnicas
de avaliação e processos educativos na busca do desenvolvimento contínuo de
cada pessoa com quem trabalha na escola.
No segundo capítulo foi abordado o tema “As relações humanas e a
supervisão escolar”. A parceria do professor com o supervisor escolar
concretiza as mediações necessárias para o aperfeiçoamento do trabalho
pedagógico. O papel do supervisor escolar na articulação e na parceria para
um processo pedagógico mais adequado às necessidades de formação dos
alunos possa ser desencadeado.
O terceiro capítulo enfocou “As ações do supervisor frente ao
processo educativo”. É o agir com inteligência, equilíbrio, liderança, autoridade,
dominando conhecimentos técnicos e de relações humanas. O objetivo da
supervisão escolar ce o processo educativo que inclui o currículo, planejamento
10e avaliação, sobre os quais se observam os procedimentos de coordenação,
com a finalidade integradora e orientação no estudo, nas trocas, no significado
da práxis.
Portanto, nas relações humanas a supervisão escolar busca realizar
um trabalho envolvendo a coordenação, incentivo e atualização de estudos
relativos ao Projeto Pedagógico.
11
CAPÍTULO I
AS CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR
A supervisão escolar tem como objetivo geral, dar condições para que
os objetivos da educação sejam atingidos. Envolve o aperfeiçoamento do
processo total de aprendizagem, garantido o planejamento pedagógico e a
eficácia da sua execução, propiciando condições para a participação do corpo
docente, unificado em torno dos objetivos gerais da escola e diversificado em
função das características específicas de suas respectivas áreas de trabalho.
Participar da organização das turmas, horários, reuniões, reformulação
de programas, de métodos e processos educativos, de técnicas de avaliação e
processos educativos, de técnicas de avaliação e demais instrumentos
operacionais da ação didático-pedagógica. O supervisor escolar deve buscar o
desenvolvimento contínuo de cada pessoa com quem trabalha, quer seja
professor, funcionário ou membro da comunidade sob sua responsabilidade.
1.1 – A Supervisão Escolar e os atributos necessários para a
melhoria da educação.
O supervisor escolar, a fim de bem exercer as funções do seu cargo,
deve apresentar condições específicas que lhe facilitem o trabalho, tendo em
vista a extensão e complexidade do mesmo.
As condições básicas para o exercício da atividade da supervisão
escolar é a sua capacidade de visão de conjunto, isto é, de situar cada
12problema no contexto da situação e compreender as pessoas com quem
trabalhe, analisando as situações que causem tensões; deve ter habilidade nas
relações humanas, interagindo com a equipe e com cada um dos seus
componentes, percebendo suas necessidades e conquistando a confiança e o
respeito, para que haja harmonia durante o trabalho. Consiste em perceber que
as pessoas são diferentes e tirar delas suas qualidades despertando o que elas
têm de melhor.
O supervisor escolar deve ser uma pessoa capaz, bem preparada do
ponto de vista educacional e psicológico, agradável e especialista no processo
democrático de grupo. Reconhece seu papel de líder e consegue a cooperação
de seus companheiros da administração e dos professores, em todas as
decisões importantes que afetem a eles mesmos e à situação de ensino-
aprendizagem. (Nérice, 1980).
As condições para o exercício da função de supervisor podem ser
reunidas em dois grupos: condições pessoais e condições técnicas.
Condições pessoais: ter empatia, ser criativa, organizada e imparcial; ter
iniciativa, capacidade de liderança e relacionamento, interesse pela educação,
autocontrole, ser discreta, capacidade de reconhecer os méritos alheios,
revelar maturidade emocional e social, saber ouvir, ser ponderada.
“O supervisor escolar deve estar em constante avaliação de sua própria
conduta, para oferecer estimulo à sua inteligência, coordenação a seus
sentimentos e direção à sua vontade, atingindo, assim, a integridade
moral”.(Harris, 1973, p.25)
13Condições técnicas: sólida cultura geral e pedagógica, sólido
conhecimento de metodologia das diversas atividades, áreas de estudo e
disciplinas; boa informação bibliográfica, dominar as técnicas de dinâmica de
grupo; preparo em: liderança democrática, comunicação e relações humanas;
alguma experiência em administração escolar e magistério e esforço de
constante atualização.
E não esquecer que as condições pessoais e técnicas do supervisor são
básicas para o adequado trabalho da supervisão escolar, uma vez que,
segundo Isaias I :
“A supervisão deve inspirar aos professores as melhores idéias a
respeito de seu trabalho; deve ajudá-los com eficiência nas tarefas,
sempre que necessário; deve inspirar simpatia aos professores e deve
estimulá-los não somente a trabalhar com dedicação, como, também, a
pensar e atuar com independência e iniciativa”.
1.2 – Os métodos e técnicas da Supervisão Escolar
Os procedimentos por que atua a supervisão escolar podem classificar-
se em métodos e técnicas.
Os métodos de supervisão escolar são aqueles procedimentos mais
amplos e que dão um sentido de unidade à ação supervisora, sendo que os
mesmos, na sua aplicação, podem valer-se, em casos particulares da
cooperação de todas as técnicas. As técnicas de supervisão escolar, por sua
vez, destinam-se a casos particulares da supervisão e podem, todas elas,
integrar quaisquer métodos.
I - Isaias apud Freire, 1963, p.18
14Assim, toda e qualquer técnica pode ser utilizada em qualquer método,
isto segundo a situação, oportunidade e conveniência.
As técnicas de supervisão podem ser classificadas, também, quanto à
maneira de obtenção de dados, podendo ser indiretas ou diretas e que dão
sentido ao trabalho desenvolvido, sendo que os principais são: método
científico, método não-diretivo, método de faces múltiplas, método de ajuda
mútua e método de osmose.
1.2.1 – Método Científico
O método científico (método de supervisão científica) consiste em
observar o professor em seu desempenho profissional para, depois em
trabalho individualizado, ser orientado para superar as suas deficiências e
melhorar a sua ação evolutiva.
Os objetivos a serem atingidos são: aperfeiçoamento do processo
ensino-aprendizagem, por meio de estudo do comportamento do professor em
turma e melhor conhecimento sobre o processo educativo.
Segundo Pfeiffer (1976), as etapas do método são as seguintes:
• reunião individual do supervisor com o professor, a fim de
explicar-lhe como funciona o método e obter o seu consentimento
para observá-lo na turma;
• análise e interpretação dos dados colhidos durante a observação
em turma;
• reunião individual com o professor, para expor-lhe os resultados
da observação e, através de diálogo amigável, orientá-lo para a
superação dos aspectos negativos constatados;
15• depois, nova observação em turma, para observação da melhoria
ou não do seu desempenho;
• e, a seguir, nova reunião individual.
O supervisor, para observação em sala de aula, pode efetuar anotações,
utilizar fichas, gravador e filmar, cujos testemunhos poderão melhor convencer
o professor do que simplesmente palavras.
A utilização de elementos tecnológicos pode permitir ao professor rever
e reovir o seu desempenho.
1.2.2 – Método Não Diretivo
O método não diretivo visa ao aperfeiçoamento do processo ensino-
aprendizagem, por meio de oportunidades dadas ao professor de ter mais
consciência de suas percepções, objetivos, necessidades e aspirações, o que
o auxiliará a desenvolver-se, aumentando-lhe a habilidade de analisar, avaliar e
interpretar o que se passa em torno de si e do seu trabalho, ajudando, assim, a
tornar a sua ação mais significativa e eficiente.
Os procedimentos são:
• o professor relata ao supervisor as sua próprias dificuldades,
elaborando ele mesmo, a seguir, um plano de auto-
aperfeiçoamento;
• com base nesse plano, o supervisor dá a orientação solicitada ou
observa o professor em turma, nos aspectos por ele solicitados;
• após as observações de turma ou de outro qualquer aspecto da
ação do professor, realiza-se a reunião individual. Nesse
encontro, o supervisor deve repetir, com outras palavras, aquilo
16que o professor disse ou pretendeu fazer, para constatar se era
aquilo mesmo que ele queria dizer ou fazer, e, em torno da
questão ou questões em foco, haverá diálogo;
• as etapas seguintes serão indicadas pelo próprio professor, como
novas observações, novos diálogos, etc.;
• durante as reuniões individuais, o supervisor, se necessário, fará
perguntas que induzam o professor a melhor analisar ou aprovar
suas próprias idéias;
• é preciso ressaltar que, sempre, quem toma decisões é o próprio
professor.
O método não diretivo favorece a percepção da realidade objetiva e
subjetiva da vivência educacional por parte do próprio professor, que são
subsídios básicos para as observações a serem efetuadas pelo supervisor e
para as reuniões individuais que se seguirem.
1.2.3 – Método de Faces Múltiplas ou Misto
O método de faces múltiplas consiste na planificação das mais variadas
técnicas de supervisão, que podem variar de caso para caso, em função das
características das pessoas envolvidas, tornando-se difícil estabelecer um
procedimento para este método.(Lucio H, William, 1972, p.37)
A aplicação deste método requer, por parte do supervisor:
- segurança no uso das variadas técnicas de supervisão;
- bastante prática na utilização das mesmas, a fim de aplicá-las com
oportunidade e em situações adequadas às mesmas.
17Não há dúvida de que o emprego deste método dá mais liberdade de
ação ao supervisor, tornando-lhe o serviço mais interessante e mesmo criativo,
exigindo, ao mesmo tempo, maior preparo técnico para utilização das mais
variadas técnicas de supervisão e interpretação dos dados disparmente
recolhidos.
1.2.4 – Método de Ajuda Mútua ou Interpessoal
O método de ajuda mútua ou interpessoal consiste em trabalho
integrado entre o supervisor e o professor, visando ao aperfeiçoamento do
processo educativo e, ao mesmo tempo, aperfeiçoamento por cooperação
mútua, dôo supervisor e professor.
Este método pode desenvolver-se da seguinte maneira:
• observação dos trabalhos de casa, por solicitação do professor;
• reunião individual com o professor, a respeito das observações
efetuadas na turma;
• chegando ambos a um acordo quanto as deficiências recíprocas,
a elaboração de plano de aperfeiçoamento para ambos;
• depois de algum tempo, nova observação em turma, seguida de
uma reunião para discussão e avaliação dos resultados.
O método de ajuda mútua tem a vantagem de aproximar supervisor e
professor em um mesmo plano, unindo-os para conseguirem objetivos comuns,
sendo que um tem no outro uma fonte de estimulo e ajuda.
É preciso que o supervisor esteja bem preparado para por este método
em prática, pois, caso contrário, poderá sentir-se inseguro, vendo seu trabalho
criticado pelo professor.
181.2.5 – Método por Osmose
O método por osmose consiste em promover experiências pedagógicas
com a colaboração de professores voluntários, na esperança de provocar
contágio nos demais professores.
- Promover aplicação de métodos e técnicas de ensino ou outro
qualquer procedimento didático, mas não postos em prática na escola;
- contagiar, indiretamente, outros professores, para renovarem o seu
comportamento didático, tendo em vista a melhoria do processo educativo;
- durante a efetivação dos projetos de experiências, o supervisor
acompanhará os trabalhos, podendo funcionar como “ajudante do professor’;
- após cada experiência, é feita adequada avaliação dos resultados, em
trabalho conjunto entre o supervisor e o professor;
- desde que outro qualquer professor se interesse pela experiência, o
supervisor procurará estimulá-lo, colocando-se à disposição do mesmo para
ajudá-lo a também fazer sua experiência.
Para aplicar este método, o supervisor precisa apresentar quatro
condições básicas: espírito científico, curiosidade intelectual, disposição para
tentar inovar e disponibilidade para novos trabalhos.
Os métodos citados consistem em decisões a fim de que seja
encontrada a melhor solução para uma dificuldade ou uma situação
problemática.
1.3 - Supervisão Escolar e seus Setores
As tarefas da supervisão escolar são múltiplas, uma vez que cobrem
todas as responsabilidades didáticas da escola, organizando adequadamente,
19para que a sua ação possa desenvolver-se, também, ordenada e
oportunamente.
O supervisor escolar, inicialmente, deveria contar com anotações
precisas, por meio de um diário e de uma agenda para tarefas a médio prazo e
de outra agenda para tarefas a longo prazo.
1.3.1 – Diário
O diário seria uma agenda para execução de tarefas imediatas, a serem
levadas a efeito, no dia presente. Todas as tarefas de um dia deveriam ser
planejadas na véspera, isto para que um dia de trabalho se iniciasse com
segurança, sabendo o que fazer.
1.3.2 – Agenda para tarefas a médio prazo.
As tarefas a médio prazo são aquelas que não são de execução
imediata, mas que também não podem ficar muito tempo sem solução. Essas
tarefas, então, seriam estudadas com mais calma, mas, com vistas a sua
aproxima execução. A agenda iria “lembrando” ao supervisor de estudar essas
tarefas e sem a pressão do “agora”, a fim de que pudessem ser providenciadas
e executadas da melhor forma possível.
1.3.3 – Agenda a longo prazo
As tarefas a longo prazo são aquelas, para as quais é destinado maior
tempo para o seu planejamento e execução e que, quase sempre, estão a
reclamar estudos mais longos.
As agendas para tarefas a médio e longo prazos têm a finalidade de
alertar ao supervisor para o que ele tem de fazer, com antecedência
20necessária, evitando atropelos de última hora, tão prejudiciais a todo e
qualquer trabalho.
Interessante, também, seria que o supervisor mantivesse um caderno de
anotações em que registrasse, dia a dia, todos os trabalhos realizados. Estas
anotações deveriam ser efetuadas com toda precisão e clareza. Essas notas
deveriam ser suficientemente explícitas, para que os fatos tratados ou tarefas
executadas fossem facilmente caracterizados e localizados no tempo e no
espaço.
Outros tipos de anotações deveriam entrar na cogitação do supervisor,
que seria um caderno em que consignaria as idéias e planos que fossem
surgindo, a respeito do seu trabalho. É um bom hábito tomar nota rapidamente
dessas idéias, porque muitas delas costumam não voltar facilmente ou, quando
voltam, quase sempre já passou a sua oportunidade.
Mas o grande sustentáculo do supervisor escolar devem ser os setores
da supervisão, que precisam contar com sala e mobiliário apropriados, de
maneira que a utilização dos mesmos se faça de maneira simples e imediata.
Os principais setores da supervisão escolar são:
1 - Setor de Planejamento
2 - Setor de Comunicação
3 - Setor de Material Didático
4 - Setor de Ensino
5 - Setor de Assistência ao Professor
6 - Setor de Reuniões
7 - Setor Bibliográfico
218 - Setor de Assistência ao Aluno
9 - Setor Extraclasse
10 - Setor de Disciplina
11 - Setor de Relações com a Comunidade
12 - Setor de Arquivo
13 - Setor de Avaliação
Os setores da supervisão escolar se destinam a racionalizar os
trabalhos, de forma a dar ao supervisor uma visão geral das tarefas que dele
dependem, bem como o auxiliam a melhor distribuir o seu próprio trabalho.
22
CAPÍTULO II
AS RELAÇÕES HUMANAS E A SUPERVISÃO ESCOLAR
Segundo Milton (1975 p.47), assim como o professor é responsável, na
sala de aula, pela mediação aluno/conhecimento, a parceria entre o supervisor
escolar e o professor concretiza as mediações necessárias para o
aperfeiçoamento do trabalho pedagógico.
Na atuação do supervisor escolar com os demais profissionais da
educação, é importante refletir sobre a escola, seus desafios atuais, o preparo
dos professores para enfrentá-los e, finalmente, o papel da supervisão escolar
na articulação e na parceria para que um processo pedagógico mais adequado
às necessidades de formação dos alunos possa ser desencadeado.
Esse panorama, tão claramente presente, nos remete à discussão sobre
as relações humanas e a supervisão escolar com ações possíveis de parceria,
de articulação, de formação, de informação, de ajuda e orientação.
2.1 – Relações Humanas como o desafio do sucesso para a
escola.
O supervisor escolar que deseja transformar seu planejamento
estratégico em ações de qualidade deverá desenvolver uma parceria com o
corpo docente com um objetivo estratégico para o processo educativo. Um
conjunto de características técnicas e comportamentais, que precisam ser
desenvolvidas em nossos professores por meio de um sólido trabalho
23pedagógico adequado, que resulte em melhorias de pensar, sentir e agir,
tornando possível garantir a eficiência do processo educacional e a eficácia de
seus resultados.
A escola que aprende só será realidade se o copo docente que nela
trabalha, souber desaprender e aprender como se aprende uma nova forma de
ver o velho e o novo jeito de ser escola.
O professor é um ser humano, com seus mistérios, complexidade e
manias, que não se desligam ao apertarmos um botão. É a motivação que faz
a diferença. A constatação não é nova, mas a prática é incipiente.
A motivação é a porta que se abre ou se fecha por dentro. O que pode
ser uma ação de fora para de dentro é criação de um ambiente que estimule
motivos para ações de qualidade. Provocar motivos (motivos para ação =
motivação). É nesse contexto que cabe ao supervisor escolar perceber que
ações motivacionais são inúmeras e as práticas que provocam a desmotivação
são poucas, no entanto, fatias para atrapalhar a realização de planos
estratégicos. (Gomes. 2003 p.407).
A escola precisa conceber e articular estratégias que libertem as
pessoas de suas preocupações triviais e as integrem numa jornada institucional
para fins mais elevados. O grande capital das escolas é o professor, que
determina o sucesso ou o fracasso de qualquer processo educativo. Uma ação
didática adequada pode estimular os alunos a superar os déficits de
aprendizagem.
A função do supervisor escolar é reconhecer as necessidades e
dificuldades do corpo docente, ajudá-lo nas suas necessidades, mostrando que
24são capazes de conseguir superar obstáculos, alcançando sucesso por meio
de seu próprio esforço.
Nossos alunos estão à procura de orientação moral, tanto quanto
psicológica, cognitiva ou intelectual. Essa expectativa só será atendida se cada
profissional evidenciar, por meio de suas ações e posturas, a dignidade do seu
papel. O aluno aprende o que o professor é, absorvendo, lenta e
cumulativamente, o seu exemplo.
Uma das principais causas que geram a insegurança do corpo docente
nas escolas é a falta de diálogo. Os professores ficam sem saber como estão
indo no trabalho, pois não tem qualquer retorno quanto ao sem desempenho. A
efetividade na avaliação do desempenho é fundamental para gerar confiança
no professor e uma aproximação do supervisor, para desenvolver estratégias
que o ajude no seu desempenho.
2.2 – Normas para um bom relacionamento
O supervisor escolar deve coordenar o relacionamento dos indivíduos
implicados nos trabalhos de uma escola, em função da hierarquia dos cargos,
fazendo com que se relacionem com respeito e democraticamente.
O supervisor escolar pode, através de algumas normas, auxiliar no bom
relacionamento entre os membros da equipe, de modo a levá-los a encontrar
soluções inteligentes, aproveitando ao máximo a capacidade individual de cada
um.
25Segundo Willes (1972), as principais normas de um bom relacionamento
humano são:
• cordialidade e tolerância para com os outros;
• evitar discussões;
• fazer com que os outros se sintam importantes, sem hipocrisias;
• não recusar ajuda quando solicitado;
• não trair uma confiança;
• respeitar o colega, independente da função que exerça;
• procurar estar sempre de bom humor;
• evitar permanecer indiferente diante das aflições dos outros;
• evitar falar em voz alta;
• não querer dizer sempre a “última palavra”;reconhecer, com humildade,
os próprios erros, sem querer atribuí-los a outros;
• evitar contradições;
• ser confiante e otimista;
• controlar reações agressivas como a indelicadeza e a ironia;
• ser sincero.
Quanto ao supervisor, é importante seguir alguns princípios, tais como;
• ser sincero com as pessoas e justo nos julgamentos;
• não exagerar a sua própria importância;
• reconhecer a importância de cada pessoa na escola;
• ser alegre e comunicativo;
• utilizar, de maneira eficiente, as aptidões de cada um;
• dar, aos seus supervisionados, liberdade de pensamento e de ação.
26O fundamento das boas relações humanas é a crença no próprio valor e
no valor das pessoas. O supervisor escolar deve ajudar cada indivíduo a
desenvolver suas potencialidades, respeitando suas opiniões, explicando as
decisões; trabalhando com cada um no tipo de melhoria que julgam importante;
ajudando o professor indiferente, através de atividades de socialização e
encorajamento de relações informais entre o professor e os alunos.
Para o supervisor escolar, o principal objetivo de sua função é garantir
um processo de ensino-aprendizagem saudável e bem sucedido, levando o
corpo docente a experimentações e troca de idéias, aceitando diferenças
individuais, valorizando a contribuição de cada professor e reconhecendo que o
grupo é mais rico devido à presença de cada professor, indiferentemente das
limitações de alguns membros.
Através das relações humanas, o supervisor é o indivíduo capaz de
desenvolver, na escola, uma autêntica comunhão de idéias e ideais.
2.3 – As observações da Supervisão Escolar sobre o
relacionamento na escola.
O supervisor escolar pode colher ótimos dados para o desenvolvimento
do seu trabalho a respeito do relacionamento humano entre os diversos grupos
que atuam na escola.
Assim, é importante que o supervisor escolar esteja ciente de como são
as relações entre:
• professores e alunos;
27• direção e alunos;
• direção e professores;
• professores e professores;
• professores e pais de alunos.
Sabe-se que muito da ação da escola se perde pelas más relações entre
seus membros, razão porque a supervisão escolar tem sempre que estar
atenta às boas relações humanas na escola, como elemento influente no bom
desempenho e rendimento das atividades escolares.
As técnicas diretas de supervisão são aquelas que fornecem dados de
estudo, recolhidos diretamente em trabalhos que estejam sendo realizados. As
principais técnicas diretas são: observação da ação do professor, reuniões de
professores e entrevistas individuais.
2.3.1 – Observação da ação do professor
A observação tem de ser o recurso fundamental do supervisor escolar,
uma vez que a tomada de consciência de como realmente está se
desenvolvendo o ensino, só pode se efetivar por meio da constatação do que
se passa com relação à direção, aos professores, aos alunos e aos demais
elementos implicados no processo educativo.
Deve ser interesse do supervisor escolar observar: secretaria, sala dos
professores, recreio, reunião de pais e professores. As aulas, no entanto são
campo especial de observação e estas poderiam ser programadas pela
supervisão ou solicitadas pelos professores.
28As observações programadas devem fazer parte do plano de trabalho da
supervisão, que reservará algum tempo diário para entrar em contato direto
com o funcionamento das diversas turmas da escola.
As observações solicitadas, que costumam ser mais proveitosas, que
pressupõem existir predisposição por parte do professor em ser observado,
não constam do planejamento, mas neste deve haver, sempre, espaço para
atender a este ótimo tipo de solicitação.
Após observação em turma, deve haver uma reunião entre supervisor e
professor, a fim de poder emitir opinião a respeito das aulas assistidas e
enaltecer os aspectos positivos do trabalho observado, demonstrando vontade
de auxiliá-lo a melhorar a sua atuação educativa.
A presença do supervisor em turma deve ser a mais discreta possível,
dando à mesma um tom de amizade com o professor. No caso de o supervisor
ter de se retirar, deverá aproveitar para fazê-lo durante alguma interrupção dos
trabalhos de turma e da maneira mais cordial possível.
2.3.2 – Reuniões com os professores
Reunião é técnica de muita utilidade em supervisão e consiste em
encontro mais ou menos informal de pessoas interessadas em uma mesma
problemática, a fim de trocarem idéias a respeito.
No caso da supervisão, a reunião consiste no encontro do supervisor
com professores interessados em um mesmo problema ou um conjunto de
problemas relacionados com o processo educativo, a fim de, em forma de
29interação, focalizá-lo e estudá-lo, visando a encontrar soluções que favoreçam
o processo ensino-aprendizagem.
As finalidades das reuniões dos professores são:
• transmissão de informações, ordens, exigências a serem cumpridas;
• distribuição de tarefas especiais;
• coleta de dados, sugestões e informações;
• avaliação de atividades realizadas ou em curso;
• tomada de decisões;
• solução de problemas;
• análise dedados, de documentos ou normas de interesse comum;
• venda de idéias;
• prestação de homenagens;
• recepção ou apresentação de novo colega ou superior.
As reuniões constituem eficiente veículo de comunicação. Sem
comunicação inexistem liderança e administração.
2.3.3 – Entrevistas individuais.
A entrevista é um procedimento necessário e útil, para que se
estabeleça contato pedagógico construtivo entre supervisor e professores.
A entrevista costuma acontecer depois de observada uma atividade do
professor, mas pode, também, ser solicitada por este. A entrevista é o
instrumento mais direto para ajudar o professor individualmente.
30Depois que se tenha observado os professores, estes, naturalmente, se
mostram ansiosos por conhecer a opinião do supervisor escolar sobre o que
haja ouvido ou visto. Caso não aconteça logo a entrevista, o professor, quase
sempre, começa a preocupar-se, temendo que o supervisor não tenha ficado
satisfeito.
O motivo fundamental de uma entrevista está em que está é uma das
melhores técnicas para melhorar o processo educativo. As observações para
ajudar professores inexperientes, professores não formados e professores
experientes, porém com problemas, não seriam de muita utilidade se não
fossem seguidas de uma ou mais entrevistas a fim de ser planejado um meio
para melhorar a situação.
As entrevistas, que não devem ter uma relação entre superior e
subalterno, mas uma relação entre iguais, podem ser utilizadas como ótimo
recurso de trabalho de supervisão e podem ser sugeridas pelo supervisor,
solicitadas pelo professor e seguidas pelas observações.
• Sugeridas pelo supervisor – Nessas entrevistas devem ser
evitadas, inicialmente, sugestões corretivas ou recomendações.
• Solicitadas pelo professor – Nessas entrevistas é bom deixar que
o professor conduza a conversa, devendo o supervisor mais ouvir
do que falar.
• Seguidas as observações – Nessas entrevistas a conversa é mais
fácil, porque ela é esperada por ambos e o seu tema já é mais do
que conhecido.
Essas são entrevistas entre duas pessoas igualmente interessadas em
melhorar uma situação. Os pontos de vista e dados de cada uma das partes
são necessários para completar o panorama. O intercâmbio de dados e idéias
tem de centrar-se na solução do problema e não em uma das pessoas
envolvidas na entrevista.
31O supervisor escolar tem um papel importante nesses encontros com a
finalidade de superar esses problemas junto com o professor, tendo em mira os
fins e objetivos da educação.
32
CAPÍTULO III
AS AÇÕES DO SUPERVISOR FRENTE AO PROCESSO
EDUCATIVO
Pensar a ação supervisora é também pensar a maneira como se intitula,
é agir com inteligência, equilíbrio, liderança, autoridade, dominando
conhecimentos técnicos e de relações humanas.
O supervisor escolar tem no currículo e no processo didático os seus
objetivos de controle de qualidade.
O objetivo específico da supervisão escolar em nível de escola é o
processo educativo. A abrangência desse processo inclui: currículo,
planejamento e avaliação, sobre os quais se observam os procedimentos de
coordenação, com a finalidade integradora e orientação no estudo, nas trocas,
no significado da práxis.
No interesse de uma aproximação do processo de ensino-aprendizagem
– objetivo da ação supervisora – em alguns de seus elementos, inicia-se pelo
currículo.
3.1 – Currículo e os subsídios da ação supervisora
Os parâmetros legais do currículo do ensino fundamental encontram, na
Resolução nº 2/98 do Conselho Nacional de Educação (CNE), uma de suas
principais referências normativas.
33Nessa Resolução observam-se, de modo especial, os “temas da vida
cidadã”, numa perspectiva de contextualização e interdisciplinaridade, que são
princípios da nova proposta curricular.
Tratando-se de práxis supervisora e seus procedimentos de
coordenação (com sentido de promover a integração de estudos e práticas),
esse temas, como “elos articuladores”, tornam-se particularmente relevantes.
Essa relevância se potencializa porque os temas, centrados na cidadania,
suscitam a análise de valores e, mais amplamente, da axiologia do currículo.
Os termos da Resolução nº 2, de 07/04/1998, do CNE focalizam de
modo particular, no Inciso IV, alínea a:
IV – Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso
para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a
unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A
base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em
torno de paradigma curricular que vise a estabelecer a relação entre a
educação fundamental e:
a) a vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos
como:
1 – a saúde;
2 – a sexualidade;
3 – a vida familiar e social;
4 – o meio ambiente;
5 – o trabalho;
6 – a ciência e a tecnologia;
7 – a cultura;
8 – as linguagens.
34E para coordenar atividades de estudo e de integração do currículo é
necessário que o supervisor tenha clareza dos valores inerentes a cada tema.
No intuito de oferecer subsídios à análise de valores – objetivo da
supervisão do currículo – oferecem-se, para análise, algumas questões
suscitadas pelos “temas da vida cidadã”, abordando, didaticamente, temas que
são concretamente ligados e influentes em nossas vidas.
• Saúde
É dever do Estado garantir a saúde pública, seja em condições de
infraestrutura urbana e rural – saneamento, água, esgoto, higiene,
segurança, seja em ações preventivas – orientação, vacinais, controle de
qualidade de medicamentos -, seja em atendimento médico-hospitalar. Em
nível de participação pessoal e social, cada brasileiro tem responsabilidade
com o coletivo do qual participa, tanto quanto a consciência e reivindicação
de seus direitos.
• Sexualidade
Ética, moral e saúde estão no entendimento sério e responsável da
sexualidade.
Assim, o sexo tem uma abordagem ampla, pois muitos são os fatores
orgânicos, psicológicos, existenciais a serem contemplados na integralidade
do ser humano. Amplo também é o entendimento dos cuidados preventivos
de doenças sexualmente transmissíveis, pois só alcançam sua dimensão de
valor nos parâmetros de conduta da pessoa, da família, da sociedade.
A sexualidade tem a ver com o conhecimento do corpo, do emocional,
do afetivo e das relações humanas e sociais; é tema fundamental da vida e,
portanto, da escola, da educação, da sociedade e da família.
35• A vida familiar e social
A vida familiar reflete na vida social, o que significa dizer que a situação
– força ou fragilidade – da família reflete no fortalecimento ou fragilização do
corpo social.
Na família encontram-se sentimentos, ideais, paradigmas, experiências,
exemplos que forma os jovens e prosseguem nas famílias que por eles
serão constituídas.
Os limites do conceito de família e do significado de pais podem ir além
dos biológicos. Ampliando-se esses limites, ampliam-se também o conceito
e a contribuição social da família.
O ser humano não é segmentado na sua constituição e formação;
ambas se realizam íntegras e integradas na saúde, no trabalho, na ética, na
espiritualidade, no desenvolvimento cognitivo e emocional. Por todas essas
perspectivas de formação, é necessário que se valorizem e preservem as
condições de inserção do ser humano na sociedade, na família, no meio
ambiente.
• O meio ambiente
O homem é societário do seu meio, isto é, integra-o, beneficia-se dele e
lhe dá benefícios.
Assim como na vida familiar, as condições do meio ambiente também
repercutem na vida humana.
Quando o homem preserva e constrói o meio, ele preserva e constrói a
sua própria vida.
O ar, a água, os seres vivos, vegetais ou animais, são consorciados, ou
seja, unidos associativamente. Reafirma-se essa premissa no interesse de
frisar que no entorno do ser humano estão condições e fatores que lhe são
vitais ou, ao contrário, podem destruí-lo.
36Por isso, o meio ambiente é objeto de estudo, de mobilização social, de
vontade e de ação políticas, de compromisso e responsabilidade coletiva
com a defesa da vida.
Além dos elementos biológicos, há que se considerar no meio ambiente
– na mesma perspectiva de valorização da vida – os padrões éticos, morais,
religiosos das condutas e relações sociais. Esses padrões purificam o meio
social e contribuem para a purificação do meio biológico; ambos são meio
ambientes e produtos da II ”arquitetura de Deus e dos homens”. Nessa
arquitetura também se define o sentido do trabalho.
• Trabalho
É realização do homem. A qualificação do trabalho é, portanto, a
qualificação do homem que o realiza. A dignidade humana, da vida, impõe a
segurança, a garantia do trabalho.
O trabalho é parte dignificante da condição de humanidade, a sua
carência ou subvalorização, tanto quanto a “mais-valia” que explora o
trabalhador ou subtrai da criança o direito de viver sua idade, seu tempo,
são violências e poluição do meio humano, por meio da desqualificação ou
esbulho do trabalho.
Educar com e para valores implica, necessariamente, formar cidadãos
capazes de refletir e agir em favor de maior distribuição dos bens sociais e
dos meios de alcançá-los. A concentração ou elitização dos bens resulta em
sacrifício de muitos e privilégio de poucos.
III “Honrar o trabalho é honrar a vida humana e sua dignidade”.
Nesse sentido, qualifica-se o trabalhador, sua formação e suas
ferramentas – conhecimento e recursos – que se produzem pela ciência e
tecnologia.
II Papa João Paulo II, 1997. III Frase dita pelo para João Paulo II quando da sua vinda ao Brasil, em 1997.
37• Ciência e tecnologia
Vive-se a era da sociedade tecnológica, propiciada pelo avanço
científico. A sociedade tecnológica traz recursos e desafios; ambos
convocam a escola a, novamente, refletir sobre conhecimentos e valores.
A tecnologia, resultado da produção científica do conhecimento, traz
contribuições ao homem, na mesma medida em que lhe traz compromissos.
Em meio a esses compromissos contemplam-se a finalidade do uso e o
princípio da democratização do acesso ao conhecimento das linguagens e
recursos tecnológicos.
A atitude de estudo e pesquisa é, essencialmente, uma atitude crítica e
reflexiva. Reflexão e crítica aplicam-se à leitura de texto escrito,
informatizado, teórico-científico ou do cotidiano, das conversas, dos meios
de comunicação de massa. Reflexão e crítica são atitudes da vida e do
trabalho, potencializadas, quando o seu objetivo é ensino-aprendizagem do
conhecimento, valores, educação e cultura.
• Cultura
A cultura é uma das expressões de identidade, de nacionalidade do
povo. Cultura, portanto, é linguagem, é arte, são realizações pelas quais se
manifestam elementos significativos da história do país e do seu sentimento
de Nação.
A cultura, como aspecto da vida cidadã, merece um tratamento, no
currículo, de modo a desenvolver valores de respeito, de preservação e de
criação.
Não se faz educação ou ensino educativo sem conhecimento e
valorização cultura. A cultura popular é, então, vinculada à erudita, com
igual importância na formação escolar, pois não se faz desenvolvimento
cultural, “letrado”, intelectual, sem atenção às instituições, aos costumes, às
realizações artísticas, às várias linguagens sociais.
38• Linguagens
As linguagens, como direito e dever da vida cidadã, apresentam-se
como veículos de comunicação e expressão a serem compreendidos e
respeitados em suas várias formas, grupos sociais, raças e etnias.
Os códigos – os sinais da língua falada e escrita – mas também os
sinais dos gestos, incluindo aqueles de quem não fala ou ouvem, tanto
quanto as imagens e expressões culturais, são considerados e preservados
quando a preocupação é formar para reconhecer, realçar e viver a
cidadania.
Nesse sentido social, ético, humanista, as escolas devem entender os
conteúdos como meios e não fins, privilegiando as linguagens que os
produzem e os comunicam, as metodologias diversas pelas quais se
ensinam, e a afetividade, o sentimento de quem os aprende.
As escolas encontram-se em fase e em face de reestruturação dos seus
currículos, o trabalho supervisor na sua “co-ordenação” (organização em
comum) de oportunidades de estudos e trocas, estimulando-os e
“coletivizando-os”.
Oportunidades de estudos e trocas, estimulados, coletivizados, aplicam-
se também à atuação supervisora frente à elaboração, avaliação e integração
dos programas.
3.2 – Planejamento, uma ação organizada.
O papel do supervisor escolar ganha novas dimensões, passando de
controlados e direcionados para estimulador e sustentador do trabalho docente.
39Para o sucesso desse trabalho o planejamento de ensino consiste em
prever situação de efetivação do processo ensino-aprendizagem, que
compreende três abordagens para chegar à efetivação do ensino, sendo a
primeira o planejamento de curso, a segunda o planejamento de unidades e a
terceira a aula.
3.2.1 – Planejamento de Curso
Plano de curso é a previsão de todas as atividades escolares em uma
atividade, área de estudo ou disciplina, durante o período letivo, que pode ser
anual, semestral ou bimestral, tendo em vista tornar o ensino mais integrado,
eficiente e com sentido de continuidade.
O plano de curso é uma previsão e uma reflexão sobre o que de melhor
possa ser feito quanto ao ensino de uma atividade, área de estudo ou disciplina
para que sejam alcançados os objetivos do processo de ensino-aprendizagem.
Um plano de curso, para ser bem estruturado, precisa levar em conta
alguns elementos que são fundamentais e que possibilitarão a estruturação do
planejamento que são os seguintes:
• objetivos da atividade, área de estudo ou disciplina com os objetivos da
escola e da educação;
• horas disponíveis para rodo o período, semestral ou anual, em que a
atividade, área de estudo ou disciplina for lecionada;
• condições peculiares do meio;
• na área de estudo ou disciplina, levar em conta o que já foi realizado e o
que falta realizar;
40• programa mínimo a ser desenvolvido, representando o conteúdo da
atividade, na área de estudo ou disciplina;
• métodos e técnicas de ensino julgados eficientes para ser tratado o
conteúdo acima, a fim de serem alcançados os objetivos previstos e sua
disposição em verdadeiro plano de ação didático;
• motivação do curso, a fim de serem iniciados os trabalhos;
• material didático necessário, com levantamento do disponível e o que
tem de ser providenciado;
• atividades extraclasse que possam ser levadas a efeito;
• processos de avaliação da aprendizagem que mais se ajustem à
atividade, área de estudo ou disciplina e que mais eficientemente
auxiliem no controle da aprendizagem;
• bibliografias e outras informações que se façam necessárias para o bom
desenvolvimento dos estudos em uma atividade, área de estudo ou
disciplina.
Um plano de curso pode apresentar três momentos: vertical, horizontal e
de entrosamento.
Momento vertical é aquele em que os conteúdos de um programa são
distribuídos através das semanas ou meses do período letivo, acompanhados
de um correspondente número de horas/aula às mesmas destinadas.
Momento horizontal é aquele em que é determinada, mais ou menos, a
extensão e profundidade desejadas para cada conteúdo do programa.
41Momento de entrosamento é aquele em que os professores das diversas
atividades, área de estudos ou disciplinas vão realizar um trabalho de
interrelacionamento das mesmas.
3.2.2 – Planejamento de unidade
Unidade é um conjunto significativo de uma atividade, na área de estudo
ou disciplina, não muito curto, que apresenta início, desenvolvimento e
desfecho. Os programas nas áreas de estudo ou disciplinas são formados
pelos conteúdos que darão subsídios para as aulas.
O planejamento de conteúdos é, pois, uma previsão mais bem objetiva
do que o planejamento de curso, tendo em vista proporcionar atividades que
propiciem aprendizagem ao aluno.
Os elementos que permitem planejar adequadamente um conteúdo são,
praticamente, os mesmos de um plano de curso, somente que mais objetivos e
específicos, uma vez que se encontram mais próximos do que os do plano de
curso, para a sua efetivação através do processo ensino-aprendizagem. Seus
principais elementos são:
• tempo disponível;
• conteúdo expresso em termos de subunidades;
• previsão de métodos e técnicas de ensino que melhor se ajustem ao
conteúdo da unidade;
• previsão de possível motivação;
• previsão mais objetiva de material didático;
• indicação de trabalhos complementares;
• indicação de bibliografia específica dos conteúdos;
42• indicação de formas de avaliação da aprendizagem que mais se ajustem
ao conteúdo da unidade.
3.2.3 – Planejamento de aula
Aula representa certo tempo de convívio ou não entre professor e aluno
em que o primeiro orienta a aprendizagem do segundo para que este alcance
objetivos predeterminados. É na aula, principalmente, que tem lugar a
efetivação do processo ensino-aprendizagem.
Os planejamentos de cursos e de unidades são como que preparadores
do planejamento de aulas, planejamento este que vai deflagrar o processo
ensino-aprendizagem.
Os principais elementos que permitem planejar uma aula são:
• objetivos da aula, de maneira mais precisa, e que podem ser
informativos, formativos e de automatização e que, também, devem
estar em harmonia com os objetivos dos conteúdos do curso, da escola
e da educação;
• duração da aula;
• indicação do conteúdo da aula quanto à sua extensão e profundidade;
• indicação precisa da metodologia a ser aplicada;
• indicação objetiva do material didático a ser utilizado;
• motivação da aula, que deve estar relacionada com as vivências do
aluno e, sempre que possível, com a realidade da problemática da
atualidade;
• indicação bibliográfica referente à aula;
43• indicação de trabalhos a serem executados na aula ou como tarefa.
O supervisor escolar, a fim de facilitar o seu processo de liderança, deve
esforçar-se par criar um ambiente de “igual para igual”, o que muito facilitará o
entendimento e boa vontade de todos os implicados no processo ensino-
aprendizagem.
3.3 – Avaliação do processo ensino-aprendizagem
Em qualquer etapa da ação educativa, é fundamental que os
professores estejam convencidos de que quaisquer atividades propostas pela
escola perdem seu significado quando passam a ser cultivadas como um fim
em si mesmas, isto é, quando se centraliza a atenção das atividades,
perdendo-se de vista que estas são apenas meios que deverão estar voltados
para a realização dos fins da educação, para a descoberta e vivência dos
valores e atitudes, para o desenvolvimento das potencialidades do estudante.
A avaliação deverá checar a eficiência da ação pedagógica, tendo dois
pontos básicos de referência: a) bagagem inicial trazida pelo aluno
(comportamentos de entrada); e, b) condições em que o aluno se encontra ao
final de cada etapa escolar (comportamento de saída). A avaliação deverá
informar quais os avanços realizados pelos alunos no caminho para os
objetivos gerais e específicos, os progressos feitos em cada disciplina ou área,
as influências que as diferentes experiências curriculares exercem no
desenvolvimento de cada aluno.
Tendo em vista os resultados do processo ensino-aprendizagem, os
professores, orientados pelo supervisor escolar, deverão reformular sua
44estratégia, o nível das informações, a abordagem adotada, reforçar atividades
e, se necessário, sacrificar objetivos considerados inatingíveis para a turma.
Tais reformulações poderão contribuir para modificar o ambiente de tensão e
frustrações entre os professores e alunos decorrente de metas inacessíveis, e
diminuir a evasão escolar por desinteresse ou por impossibilidade de alcançar
as metas propostas.
O rendimento escolar envolve tantas variáveis que é difícil criar
instrumentos de mensuração objetiva do mesmo. Um ponto, entretanto, vai se
tornando cada vez mais aceito; o de que a avaliação dos resultados deve
incidir sobre os objetivos propostos no início de cada etapa.
A prova objetiva é o instrumento que usualmente se utiliza para verificar
conhecimentos. Constitui-se de questões padronizadas que não devem permitir
interpretações diferentes por parte de quem a ela se submete e que, por outro
lado, devem apresentar um critério único de correção a fim de evitar a
subjetividade por parte de quem corrige.
No caso de medida de retenção, as questões podem ser organizadas de
maneira simples, sob as formas de completamento, classificação e
reconhecimento.
O supervisor escolar poderá auxiliar os professores, discutindo
princípios de organização de provas e apresentando e analisando “modelos” de
provas objetivas. Para análise desse instrumento, poderá construir roteiros de
análise das questões propostas (verificando os objetivos, a redação, a
distribuição das questões, o tipo de operações solicitadas), tabulando os
resultados e fazendo uma apreciação crítica sobre o aproveitamento das
turmas.
45É necessário verificar que a prova objetiva, por melhor elaborada que
seja, não consegue captar as variações individuais que ocorrem em dimensões
como: interpretação pessoa, criatividade, originalidade, caminhos pessoais
para resolver problemas, etc.
Outro aspecto que deve merecer a atenção do supervisor são as notas.
É evidente que todas as atividades realizadas pelos alunos devem ser
avaliadas. Entretanto, é necessário atribuir pesos diferentes a cada uma, de
acordo com sua contribuição para atingir os objetivos; e essa atribuição de
pesos não deve ser feita ao acaso. O professor deverá planejar a distribuição e
valorização de atividades de acordo com os objetivos de cada unidade ou
projeto a ser desenvolvido.
O supervisor escolar deverá, após as avaliações parciais, organizar
reuniões para estudo das dificuldades que os alunos apresentam. Grupos de
alunos e até turmas inteiras podem apresentar problemas especiais que exijam
acompanhamento mais direto de sua vida escolar.
O supervisor escolar pode auxiliar os professores na identificação das
dificuldades dos alunos, a fim de selecionar os tipos de atividades e os
instrumentos de trabalho mais adequados às falhas dos alunos.
As falhas de conteúdos e de formação de conceitos poderão ser
sanadas mediante a organização de uma série de sessões de Estudo Dirigido.
Pode-se pensar, também, na utilização da Instrução Programada que, além de
dispensar a presença do professor, possibilita economia de tempo e pode ser
adotada para um grande número de alunos. Talvez este seja o caminho para
solucionar os problemas que estão sendo encontrados pelas escolas, com a
entrada de alunos que trazem consigo sinais característicos de deficiência
cultural.
46 Dificuldades de ordem intelectual (em alunos normais) – poderão ser
superadas gradativamente através de estudos dirigidos bem dosados, que
solicitem desde as operações mentais bem simples até as mais complexas.
Dificuldades quanto a técnica e uso de instrumentos – poderão ser
objeto de atividades suplementares de reforço nesses aspectos em oficinas e
laboratórios.
Dificuldades específicas – poderão surgir em algumas áreas (dificuldade
em língua estrangeira, na expressão e comunicação de idéias, etc.) cabendo
ao supervisor colaborar com os professores na criação de instrumentos
adequados à superação de tais falhas, a fim de que cada aluno tenha as
melhores condições possíveis de realização escolar.
Um bom meio para a identificação da dificuldade de cada aluno é a ficha
Psico-pedagógica cumulativa, cujas informações sobre aspectos tanto
quantitativos como qualificativos podem ser altamente esclarecedores sobre a
deficiência de aproveitamento escolar; a manipulação e estudo da mesma pelo
Orientador Educacional e pelo Supervisor Escolar poderá fornecer pistas
importantes para a organização de programas de reforço e recuperação.
Os casos mais complexos de TDH, dislexias, ausência de coordenação
motora, dispersão excessiva e outros, deverão ser encaminhados a
especialistas.
Etimologicamente, supervisão significa “visão sobre”, e da sua origem
traz o viés para controlar o executado. Desta forma, quando transposta para a
educação, passou a ser exercida como função de controle no processo
educacional. Uma nova questão se impõe para nós educadores, uma nova
47compreensão da qualidade da educação que se consubstancia no
compromisso da formação de homens mais humanos, através de uma
educação comprometida com esta humanização, nesta época de globalização
em que a modernidade apresenta uma característica surpreendente e
ameaçadora. O supervisor escolar deve, através da sua liderança, permitir a
humanização da escola, das instituições e do mundo.
48
CONCLUSÃO
Esperamos que esse trabalho possa mostrar a importância da
atuação do Supervisor Escolar, numa sociedade tão diversificada e cheia de
contrastes como a brasileira.
A escola é mais que uma soma de professores, e o papel do
Supervisor Escolar é criar um ambiente de compreensão, liberdade, respeito,
liderança e criatividade, estimulando, em cada professor, formas de atuação
didática.
A supervisão escolar dirige a atenção para os fundamentos da
educação. O Supervisor deve procurar ter consciência clara dos conceitos e
crenças que determinam sua maneira de agir, dos fins que pretende atingir e
dos meios a utilizar. É necessário um bom relacionamento humano,
comunicação e liderança, para que haja interação mútua e contínua.
A Administração da escola, a Supervisão Escolar e a Orientação
Educacional se constituem em papéis-meios, que garantem a melhoria do
processo educativo. Sua assistência e apoio ao professor, no sentido de que
esteja cada vez melhor preparado ao desempenho de suas funções, é vital.
Para que possam prestar esse apoio e assistência, faz-se necessário, no
entanto, que não só atuem integralmente, somando esforços, assumindo um
ponto de vista comum, mas também que adquiram habilidades para tal.
A supervisão escolar constitui uma estratégia de ações, participando
da organização das turmas, horários, reuniões, reformulação de programas, de
métodos e processos educativos, de técnicas de avaliação e processos
educativos e demais instrumentos operacionais da ação didático-pedagógico.
49Na atuação do supervisor escolar com os demais profissionais da
educação, é importante refletir sobre a escola, seus desafios atuais, o preparo
dos professores para enfrentá-los e o papel do supervisor escolar na
articulação e na parceria para que um processo pedagógico mais adequado às
necessidades de formação dos alunos possa ser desencadeado.
O estudo conclui que o centro de atenção máxima da escola deve
ser o aluno, mas, o grande capital das escolas é o professor, que determina o
sucesso ou o fracasso de qualquer processo educativo. Uma ação didática
adequada pede estimular os alunos a superar os déficits de aprendizagem. O
clima de uma escola é a qualidade ou propriedade de seu ambiente que
influencia o comportamento do corpo docente, gerando um trabalho
responsável, coerente e transparente.
Dessa forma, a Supervisão Escolar tem como objetivo geral, dar
condições para que os objetivos da educação sejam atingidos.
50BIBLIOGRAFIA
Nérice, Imídio Giuseppe – Introdução à Supervisão Escolar, SP, Atlas,
1976.
Alves, Nilda - et al - Educação e Supervisão: O Trabalho Coletivo na Escola,
SP, Cortez, 2006.
Prestes, Naíde Alves – Supervisão em Educação, SP, Moraes, 1980.
Gomes, Débora Dias – MBA Educação/Escola Que Aprende, RJ. OR Produtor
Editorial Independente, 2003.
51
INDICE
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I:
AS CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR 11
1.1 – A Supervisão Escolar e os atributos necessários para a
melhoria da educação 11
1.2 – Os métodos e técnicas da Supervisão Escolar 13
1.2.1 – Método Científico 14
1.2.2 – Método Não Diretivo 15
1.2.3 – Método de Faces Múltiplas ou Misto 16
1.2.4 – Método de Ajuda Mútua ou Interpessoal 17
1.2.5 – Método por Osmose 18
1.3 – Supervisão Escolar e seus Setores 18
1.3.1 – Diário 19
1.3.2 – Agenda para tarefas a médio prazo 19
1.3.3 – Agenda a logo prazo 19
CAPÍTULO II:
AS RELAÇÕES HUMANAS E A SUPERVISÃO ESCOLAR 22
2.1 – Relações Humanas como o desafio do sucesso para a escola 22
2.2 – Normas para um bom relacionamento 24
2.3 – As observações da Supervisão Escolar sobre o relacionamento
na escola 26
2.3.1 – Observação da ação do professor 27
2.3.2 – Reuniões com os professores 28
2.3.3 – Entrevistas individuais 29
CAPÍTULO III:
AS AÇÕES DO SUPERVISOR FRENTE AO PROCESSO EDUCATIVO. 32
3.1 – Currículo e os subsídios da ação supervisora 32
3.2 – Planejamento, uma ação organizada. 38
3.2.1 – Planejamento de curso. 39
523.2.2 – Planejamento de unidade 41
3.2.3 – Planejamento de aula. 42
3.3 – Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 43
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA 50
ÍNDICE 51
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
53
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
SUPERVISOR ESCOLAR: PARCEIRO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
DO PROFESSOR
Autor: Angelisa Oliveira da Cunha
Orientador: Maria Poppe
Monografia apresentada e submetida a
Professora Maria Poppe
Obteve o grau _________________