Treinamento Para Professores

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IGREJA PENTECOSTAL ASSEMBLÉIA DE DEUS. TREINAMENTO DE PROFESSORES. Instrutor: Pr. Valtemir Introdução: Nosso propósito é colaborar e orientar os professores de jovens , adultos, juniores e adolescentes das mais diferentes camadas sociais e contexto familiares. Levar os professores e pais a valorizar a experiência singular de observar e conhecer melhor os juniores e os adolescentes no seu processo de aprendizagem. Às vezes ocorrem mudanças bruscas, inevitáveis e radicais; na verdade, um mundo novo, vasto, que é preciso conhecer e explorar. Compete aos líderes saber quando criticar, encorajar ou ajudar. Nesta palestra queremos provocar uma atitude reflexiva dos que atuam direta ou indiretamente com os alunos, a fim de ajudá-los, já que estão se ajustando ao novo padrão de vida que pode afetar o comportamento em casa, na escola. I – QUEM SÃO OS NOSSOS ALUNOS E PRINCIPALMENTE OS JUNIORES E OS ADOLESCENTES. De modo geral, por volta dos onze anos, a infância começa a chegar ao fim. Essa idade marca o início da pubescência e às vezes da puberdade. Nesta idade, os juniores começam a examinar nossos valores e comportamento, questionar nossos padrões de autenticidade e de consideração pelos outros. Os pais deixam de ser elementos formadores por excelência e passam a ser orientadores. A adolescência não é fase estanque; é processo da vida. O adolescente mostra-se desajeitado, por seu crescimento físico ser bem acentuado. Trata de ganhar sua autonomia intelectual, moral e afetiva, e, na procura de identidade própria acentua a formação de grupos. Os adolescentes não se contentam com uma linha intermediária e muito menos com o conformismo ; querem uma explicação para as crenças pessoais , e, assim, satisfazer a necessidade de explicar o inexplicável. 1

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IGREJA PENTECOSTAL ASSEMBLÉIA DE DEUS.

TREINAMENTO DE PROFESSORES.

Instrutor: Pr. Valtemir

Introdução:

Nosso propósito é colaborar e orientar os professores de jovens , adultos, juniores e adolescentes das mais diferentes camadas sociais e contexto familiares. Levar os professores e pais a valorizar a experiência singular de observar e conhecer melhor os juniores e os adolescentes no seu processo de aprendizagem. Às vezes ocorrem mudanças bruscas, inevitáveis e radicais; na verdade, um mundo novo, vasto, que é preciso conhecer e explorar. Compete aos líderes saber quando criticar, encorajar ou ajudar. Nesta palestra queremos provocar uma atitude reflexiva dos que atuam direta ou indiretamente com os alunos, a fim de ajudá-los, já que estão se ajustando ao novo padrão de vida que pode afetar o comportamento em casa, na escola.

I – QUEM SÃO OS NOSSOS ALUNOS E PRINCIPALMENTE OS JUNIORES E OS ADOLESCENTES.

De modo geral, por volta dos onze anos, a infância começa a chegar ao fim. Essa idade marca o início da pubescência e às vezes da puberdade. Nesta idade, os juniores começam a examinar nossos valores e comportamento, questionar nossos padrões de autenticidade e de consideração pelos outros. Os pais deixam de ser elementos formadores por excelência e passam a ser orientadores. A adolescência não é fase estanque; é processo da vida. O adolescente mostra-se desajeitado, por seu crescimento físico ser bem acentuado. Trata de ganhar sua autonomia intelectual, moral e afetiva, e, na procura de identidade própria acentua a formação de grupos. Os adolescentes não se contentam com uma linha intermediária e muito menos com o conformismo ; querem uma explicação para as crenças pessoais , e, assim, satisfazer a necessidade de explicar o inexplicável.

II – ENSINO.

Ensinar: é estimular e desenvolver os alunos. Ensino: é uma atividade centralizada no professor, quando ele comunica a verdade aos seus alunos. Aprendizagem: é uma atividade centralizada no aluno, orientada pelo professor, representando,

porém, uma transformação de vida.

O ensino e o nível de eficiência de um professor são avaliados através da aprendizagem obtida pelo aluno.

III – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE EDUCAÇÃO.

Aluno/ Mestre/ Matéria/ Método/ Objetivo.

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IV-MÉTODOS DE ENSINO.

Método é apenas o caminho para se chegar a um alvo, enquanto que a técnica de ensino é a maneira, o modo de executar, de explanar o assunto. Além da matéria e dos objetivos, o professor precisa ter método e técnica adequados para produzir aprendizagem.

Tradicionais; Modernos.

1) Escolha dos métodos. Ao escolher os métodos que vai utilizar, o professor deve levar em conta os seguintes fatores: - Os objetivos da lição.- A maturidade dos juniores.- O interesse dos juniores pelo assunto.- a experiência anterior do aluno.- O assunto a ser ensinado.- Os recursos educacionais disponíveis. - O tempo de duração da aula.- a habilidade do professor.

2) O que determina a escolha do método.

- Que se deseja conseguir com a lição.- Qual o método se adapta melhor ao espaço disponível, ao material e recursos educacionais existentes e adequados ao números de alunos e ao tempo de duração

3) Como alcançá-los. Todos os métodos têm vantagens e desvantagens, porém, para tornar o ensino dinâmico, um professor competente: - Varia os métodos.- Cria métodos de acordo com as necessidades dos alunos.- Adapta métodos de acordo com as necessidades dos alunos.- Usa metodologia ativa, adequada e diversificada.- Usa os recursos pedagógicos.

VI – MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO. Os alunos, principalmente os juniores e os adolescentes têm um estilo de vida agitado, por isso devemos aplicar métodos que estimulem ao estudo da Bíblia. - Perguntas e respostas. - Discussão e debate orientado. - Tarefas / pesquisa. - Dramatização . - Artes manuais. - jogos bíblicos.

VII – RECURSOS AUDIVISUAIS. São meios adicionais de comunicar a mensagem através de: - Quadro e giz;- Quadro e pilot.- Mapas.

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- álbum seriado.

Os acessórios de ensino projetáveis como datashow, filmadora, som e vídeo são muito apreciados e retêm a atenção e facilita a compreensão da mensagem.

VIII – CONHECIMENTO AO ALCANCE DOS JUNIORES E DOS ADOLESCENTES. Neste período o aluno deve alcançar proficiência ou capacidade no uso da Bíblia. Ele deve adquirir facilidade de encontrar qualquer passagem. Esse deve é o tempo de ajudá-lo a formar o hábito da leitura diária da Palavra de Deus.

Conteúdo -> grande parte da Bíblia que até agora esteve vedada aos alunos pode ser descoberta por eles. Guia -> A Bíblia como fone de orientação para suas próprias vidas, como solução de seus problemas. Inspiração -> Conforto e promessas. Descobrir onde ficam focalizadas as passagens mais conhecidas.

IX – COMO DEVE SER O PROFESSOR.

Responsabilidade do professor. Qualificações do professor. Características do professor. Atitudes do professor.

X – ATIVIDADES COMPLEMENTARES. Atividades sadias, espirituais e atraentes devem ser programadas, pois, trazem excelentes resultados.

Evangelização; Visitação. Encontros. Cartas. Louvor. Social.

XI – NECESSIDADES DESSAS FAIXAS ETÁRIAS. Compreensão - Aceitação. Liberdade – Reconhecimento. Mensagem de afeto - amor.

XII – ALGUMAS IDÉIAS PARA A TAREFA ALCANÇAR ÊXITO. Considere cada criança enquanto pessoa humana. Ouça as queixas com atenção e maturidade. Evite julgamento precipitado. Trabalhe com entusiasmo. Conheça seus alunos pelo nome. Seus alunos estão deixando de ser crianças. Repita! Repita! Repita! Estabeleça meta para si mesmo e para sua classe ( Exemplo: metas de qualidade,

eficiência, assistência, assiduidade, crescimento, aproveitamento, etc.). Autoridade não se impõe: oriente-os com firmeza, mas não tente subjulgá-los e, ensine

algo positivo e glorifique a Deus por todas as vitórias.

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XIII – REUNIÕES COM OS RESPONSÁVEIS.

Deve haver constante entrosamento com os responsáveis dos alunos.

Palestras/ entrevistas. Exposição de trabalho de alunos. Visita ao lar. Celebração para homenagear os alunos. Contato, se possível, com a escola secular.

XIV – ENTRANDO NO TEXTO – HEMENÊUTICA.

HERMENÊUTICA .

Este estudo foi preparado para ajudar estudantes em geral na obra do Senhor, em especial àqueles que se esmeram na pregação da Palavra. Outrossim, dado à grande profundidade deste assunto, abordaremos de uma forma mais simples possível, objetivando, no entanto, fornecer uma base do que é a hermenêutica.

DEFINIÇÃO: Hermenêutica é a arte e ciência de interpretar textos.

ETIMOLOGIA: Seu nome deriva do mitológico deus grego Hermes - filho de Zeus e mensageiro dos deuses - , associando à ciência , à interpretação e à eloquência. A palavra “hermenêutica” origina-se do verbo grego έρμηνεύειν / hermeneuein, cujo significado é igual ao da palavra exegese, ou seja, “interpretar”. Hermenêutica significa , pois, interpretação.

EXPLANAÇÃO GERAL: Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas, ou regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado. É considerada arte, porque a comunicação é flexível, e portanto, uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação. Exige-se do bom intérprete que ele aprenda as regras da hermen6eutica bem como a arte de aplicá-las. A hermenêutica bíblica se ocupa dos métodos e técnicas empregados para interpretar as Escrituras e da maneira correta de aplicá-las. Seu objetivo é apresentar regras gerais e específicas de interpretação, que possibilitem o entendimento do verdadeiro sentido transmitido pelos autores sagrados. Conquanto o Espírito Santo seja o intérprete da Palavra de Deus ( 1 Co 2:9,10), faz-se necessária uma metodologia para a compreensão das passagens ( Ne 8:8; At 17:11), sobretudo as de difícil interpretação ( 2 Pe 3:16,18). Ou seja, há uma parte que cabe ao homem na interpretação bíblica ( cf. Tg 4:8; Pv 16:1). É dever de cada cristão interpretar as Escrituras corretamente. Se os crentes não estiverem aptos para a interpretação, quem estará? ( Mt 22:29; At 17:10,11; 2 Tm 2:15). Jesus confiou a cada crente, começando pelos apóstolos, a responsabilidade de interpretar os seus mistérios (Mt 13:11). Quem deseja interpretar corretamente as Escrituras, além de ser salvo, deve ser espiritual. O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus ; quanto ao carnal, jamais entenderá os propósitos do Senhor. (1 Co 2:11-15; 2 Co 4:4).

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Mas não é só isso. Para interpretar a Palavra de Deus, é necessário Ter uma vida de oração ( Sl 119:18), reverência ( 1 Ts 2;13; Is 66:2; Sl 119:120), certeza de que a Bíblia é a Palavra de Deus ( Sl 119:18), paciência no estudo ( Rm 12: 3), prudência ( Hb 5:11; 6:1) e, quando possível, conhecimento da cultura geral.

I – INTERPRETAÇÕES DAS ESCRITURAS: LITERAL, FIGURATIVA E SIMBÓLICA. Um dos problemas controversos na hermenêutica contemporânea é a literalidade com a qual interpretamos palavras da Bíblia. Os cristãos conservadores às vezes são acusados de “literalistas cabeça-dura” em suas interpretações. Os teologicamente mais liberais alegam que incidentes como a queda do homem, o dilúvio e a história da viagem submarina de Jonas deveriam ser entendidas como metáforas, símbolos e alegorias, e não como acontecimentos históricos reais. Uma vez que todas as palavras são símbolos que representam idéias, dizem esses liberais, não deveríamos buscar aplicar essas palavras num sentido estritamente literal. Os teólogos conservadores concordam em que as palavras podem ser usadas em sentidos literal, figurativo ou simbólico. As três sentenças seguintes, servem-nos de exemplos:

1) LITERAL : foi colocado na cabeça do rei um “coroa” cintilante de jóias.2) FIGURATIVO: ( um pai bravo com o filho) – Na próxima vez que me chamar de “coroa” você vai ver

estrelas ao meio-dia.3) SIMBÓLICO : “viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e

uma “coroa” de doze estrelas na cabeça. ( Ap 12:1). A diferença entre os três empregos da palavra coroa não está no fato de que um sentido se refere a acontecimentos históricos reais, enquanto os outros não. As expressões literais e figurativas, de modo geral se referem a acontecimentos históricos reais, como ( na sentença n..º 02) , o filho poderia testificar se voltasse a chamar o pai de “coroa”. A relação entre as idéias que as palavras expressam e a realidade é direta, e não simbólica. Contudo, as idéias expressas em linguagem simbólica, também com frequência, têm referentes históricos. Assim, a mulher de Apocalipse 12:1, pode significar a nação de Israel, e as doze estrelas representam as doze tribos de Israel, a lua representa a revelação do AT , e o sol a luz da revelação do NT.

Os problemas surgem quando os leitores interpretam as declarações de um modo diverso daquele que o autor tinha em mente. Daí, o contexto e a sintaxe proporcionam importantes pistas para a intenção e, portanto, para o significado.

II - A COMPLEXA TÉCNICA DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA E SUA APLICAÇÃO DIVIDE-SE EM SEIS PASSOS, QUE VEREMOS ADIANTE:

1) ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL - que considera o ambiente histórico-cultural do autor, a fim de entender suas alusões, referências e propósito. A análise contextual considera a relação de uma palavra com o corpo todo do escrito de um autor, para melhores resultados de compreensão provenientes de um conhecimento do pensamento geral.

2) A ANÁLISE LÉXICO-SINTÁTICA - revela a compreensão das definições de palavras ( lexicologia) e sua relação uma das outras ( sintaxe) a fim de se compreender com maior exatidão o significado que o autor tencionava transmitir.

3) A ANÁLISE TEOLÓGICA - estuda o nível de compreensão teológica na época da revelação a fim de averiguar o significado do texto para seus primitivos destinatários. Assim sendo, ela leva em conta textos bíblicos relacionados, quer dados antes, quer depois das passagens em estudo.

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4) A ANÁLISE LITERÁRIA - identifica a forma ou método literário usado em determinada passagem com vistas às várias formas como história , narrativa, cartas, exposição doutrinal, poesia e apocalipse. Cada uma tem seus métodos únicos de expressão e interpretação. 5) A COMPARAÇÃO com outros intérpretes coteja a tentativa de interpretação derivada dos quatro passos acima com o trabalho de outros intérpretes.

6) A APLICAÇÃO é o importante passo que traduz o significado de um texto bíblico para seus primeiros ouvintes com o mesmo significado que ele tem para os crentes em época e cultura diferentes. Em alguns casos a transmissão se realiza com razoável facilidade; em outros, como as ordens bíblicas, obviamente influenciadas por fatores culturais ( exemplo: saudar com ósculo santo – I Ts 5:26; Lavar os pés - Jo 13:15), a tradução através de culturas se torna mais complexas.

Nesse processo de seis passos, os de um a três pertencem à hermenêutica geral. O quarto passo constitui hermenêutica especial. O sexto - transmissão e aplicação de mensagem bíblica de determinada época e cultura a outra - geralmente não é considerado parte integrante da hermenêutica per se, mas está incluído no texto por causa de sua óbvia aplicação ao crente do século XXI , tão distanciado, no tempo e na cultura dos primeiros destinatários da mensagem.

III - COLOCANDO EM PRÁTICA ALGUNS DOS SEIS PASSOS, VISTOS ANTERIORMENTE :

1) Análise Histórico-cultural ; contextual. Não se pode interpretar o significado de um texto com certa precisão sem as análises histórico-cultural . Os dois exemplos abaixo mostram a importância dessa análise:

Suponhamos que fizessem para você o seguinte teste: 1.1) - Em Pv 22:28 ordena: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais.” Significa este versículo: a) Não efetuar mudanças na forma como sempre fizemos as coisas.b) Não furtes.c) Não remover os marcos que orientam os viajantes de cidade para cidade.d) Nenhum dos casos acima. e)Todos acima estão certos. Comentários: Se a sua resposta foi (a) ou (c) é provável que você tenha chegado ao texto subconscientemente indagando: “Que é este texto para mim?” a pergunta importante, porém, é : “Que é que este texto significa para o seu autor e para o seu primeiro auditório?” Neste caso o marco refere-se ao poste que indicava o fim da propriedade de certa pessoa e o começo da do seu vizinho. Sem as modernas técnicas de agrimensura, era uma coisa relativamente fácil aumentar a área da gleba( solo cultivável; porção de terra) mudando os marcos. A proibição é dirigida contra um tipo específico de furto.

1.2) Outro exemplo está em Mc 7:8-13, referente ao corbã, que significa “dádiva, doação”. Na prática do corbã um homem poderia declarar que todo o seu dinheiro iria para o tesouro do templo quando ele morresse, e, uma vez que o dinheiro pertencia a Deus, já não lhe cabia a responsabilidade do sustento dos pais idosos. O argumento de Jesus é que os homens estavam usando essa tradição farisaica para invalidar a ordem de Deus no decálogo ( os dez mandamentos) referente a honra aos pais. ( Ex 20:12) . Sem o conhecimento da prática cultural do corbã, não entenderíamos essa passagem.

2) ANÁLISE LÉXICO-SINTÁTICA:

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Às vezes a análise léxico-sintática é difícil, mas com frequência ela produz resultados empolgantes e significativos, segue alguns passos:

a) Apontar a forma literária geral ( denotação, conotação, poesia, prosa ) , prosa = aquilo que é escrito sem ser em verso, natural, trivial, conversa.

b) Indicar as divisões naturais ( parágrafos e sentenças) de textosc) Apontar os conectivos ( conjunções, preposições, pronomes, etc), dentro dos parágrafos e sentenças

, que auxiliam na compreensão do pensamento do autor.d) Determinar o significado isolado das palavras - Qualquer palavra que sobrevive por muito tempo

numa língua começa a assumir uma variedade de significados. Por isso é necessário procurar os diversos possíveis significados de palavras antigas.

e) Analisar a sintaxe - A relação das palavras entre si, expressa-se por meio de suas formas e disposições gramáticas.

f) Colocar os resultados de sua análise léxico-sintática em palavras que não tenham conteúdo técnico, fáceis de ser entendidas, que transmitam claramente o significado que o autor tinha em mente.

Há diversos métodos para se discernir as denotações específicas tencionadas por um autor. Como exemplo, vejamos II Tm 3:16-17 que declara que a Palavra de Deus foi dada de sorte que “o homem de Deus seja perfeito.” Que é que o autor quer dizer por “perfeito”? quer ele dizer sem pecado? Incapaz de cometer erro? Incapaz de erro ou pecado em alguma área específica? A melhor resposta é dada por suas próprias frases explicativas que se seguem de imediato - “que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Neste contexto “perfeito” comunica a idéia de perfeitamente habilitado para um viver piedoso.

IV – NESTE TÓPICO, VEREMOS ALGUNS EQUÍVOCOS COMETIDOS POR ALGUNS PREGADORES E ENSINADORES DA PALAVRA, DEVIDO NÃO SEGUIR AS RECOMENDAÇÕES DA HERMENÊUTICA OU POR DESCONHECÊ –LA .

Em Mt 22:29, diz : Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, n em o poder de Deus.

Vejamos abaixo tais equívocos: 1) O CAMELO E A AGULHA: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no Reino de Deus.”( Mc 10:25). Este versículo retrata a dificuldade para uma pessoa ser salva devido seu coração estar nas riquezas. Esquecendo-se de que a Bíblia possui figuras de linguagem, como a hipérbole - emprego de exagero com o objetivo de enfatizar uma verdade - , alguns pregadores suavizam essa declaração, afirmando que a agulha era uma porta estreita que obrigava o camelo a passar agachado. Então, por que de acordo com Mc 10:26, os discípulos ficaram tão espantados, questionando a possibilidade de um rico ser salvo? Na expressão “fundo de uma agulha”, o artigo indefinido “uma” indica a existência de mais agulhas. Nas páginas sagradas e na história, não há uma referência sequer a uma porta chamada “agulha” ou “fundo de agulha”. Jesus referiu-se ao buraco de uma agulha mesmo! Para Deus tudo é possível. ( Mc 10:27).

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2) “NÃO CAI UMA FOLHA DE UMA ÁRVORE, SE NÃO FOR DA VONTADE DE DEUS”.

Muitos pregadores citam esta frase , dizendo que a Bíblia assim diz. Esse chavão não está nas Escrituras. A Bíblia mostra claramente que Deus é o controlador da natureza. Em Is 40:12-31, vemos como Ele tem o universo em sua mão e faz o que lhe apraz. É necessário, no entanto, notar que o senhor nem sempre faz valer sua vontade imperativa, pois respeita o livre-arbítrio. ( Tg 4:8). Daí, os homens, derrubam árvores inteiras, devastam mata atlântica e destrói a biodiversidade. Isso não ocorre porque Deus não esteja no controle! Na verdade, desde o início, é responsabilidade do homem cuidar da terra. ( Gn 1:26; 2:15).

3) “VINDE A MIM COMO ESTAIS”.

É claro que Jesus recebe o pecador arrependido na condição em que estiver. Ele veio buscar e salvar os perdidos. ( Lc 19:10). Não obstante, a frase em questão não está registrada nos evangelhos, apesar de ser usada com frequência pelos pregadores. Prefira usar versículos bíblicos de fato, como Mt 11:28: “vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” E mais: Sl 34:11;95:1; Is 1:18; 2:5: 55:1; Ez18:30)

4) “O NOME DE DEUS É JÁ.”

Embora o Senhor opere milagres durante o culto e especialmente no momento da exposição da Palavra ( At 14:8-10), as Escrituras não o apresenta com o nome “Já”, no sentido de que Ele aja sempre de forma imediata. Tal chavão tem sua origem em Sl 68:4: “... o seu nome é JÁ..” texto cujo real significado é ignorado por muitos pregadores. Em português, na versão Almeida Revista e Corrigida, está escrito no texto em apreço que o nome de Deus é JÁ - com duas letras maiúsculas. Porém, nas versões modernas, este problema já foi resolvido, pois aparecem os vocábulos “Senhor”( ARA) e “Jeová” ( ARC) ao invés de “JÁ”. Esta palavra é uma forma resumida de “JAVÉ” ( Yahweh), nome pessoal de Deus do tetragrama hebraico YHWH.

5) “A PALAVRA DE DEUS SE RENOVA A CADA MANHÃ.”

Esse chavão não está na Bíblia. A Palavra de Deus continua atual, nova! Os preceitos divinos são imutáveis e universais, a despeito das grandes transformações que ocorrem no mundo. Por isso, ela não precisa se renovar! Não é como um jornal ou uma revista que já chegam às nossa mãos desatualizadas. Quem lê a Bíblia, sabe que o profeta Jeremias usou uma expressão parecida com o chavão em apreço, mas referindo-se “às misericórdias do Senhor”. ( Lm 3:22,23).

Obs: Chavão: Forma muito repetida de falar ou escrever; clichê.

TESTE

1) Em Esd 4:1, vemos uma menção à Judá e Benjamim. Conforme o contexto histórico ( Reino Unido x Reino Dividido na História de Israel), explique o por que desta menção. Ver I Rs 11 - 12.

2) Em Mt 5:22, Jesus diz que se alguém chamar um irmão de tolo estará sujeito ao fogo do inferno, mas em Mt 23: 17-19, Ele chama os fariseus de insensatos, que é o mesmo que tolos ou loucos. Como você explica esta aparente contradição?

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3) Lendo 2 Co 3:6, temos: “...a letra mata, mas o espírito vivifica”, pela hermenêutica, faça uma exposição desta passagem.

4) Em Is 64:1, diz: “Oh! Se fendesses os céus, e descesses!” com base no contexto desta passagem, o que significa? Marque a alternativa correta abaixo:

a) O movimento de um local físico para o outro.b) Os céus se abrindo e Deus descendo.c) Manifestação especial da presença de Deus.d) Todas estão corretas.e) Nenhuma está correta.

5) Em Jo 8:5, vemos uma indagação que os fariseus fizeram a Jesus, referente a um adultério por uma mulher. De acordo com a aplicação da lei ( Lv 20:10; Dt 22:22-24), deveria morrer. Faça uma análise da solução que Jesus deu, observando o contexto, justifique as contradições destas passagens.

6) Na expressão: “Muitos primeiros serão derradeiros e muitos derradeiros serão primeiros.” ( Mt 19:30), Jesus estava falando sobre o quê? Marque a correta, e faça um comentário hermenêutico.

a) Salvação b) arrependimento c) fé d) galardão.

7) Leia Mt 10:4 e fale um pouco sobre o discípulo “Simão, o zelote”. Aborde o contexto histórico enfocando os zelotes. ( Lc 6:15; At 1:13).

Caros irmãos, como obreiros do Senhor, devemos nos preocupar com esta matéria, que é de suma importância para nosso desempenho na transmissão da mensagem de Deus para o homem, a Bíblia. Sinto-me honrado em extremo, quando aprendo algo sobre tais verdades e oro para que na vida de cada obreiro, aconteça o mesmo. Deus quer ser conhecido, pois Ele já se revelou em sua Palavra, basta que atentemos com mais diligência para a mesma, a fim de que, possamos nos encontrar mais intimamente com Deus. Confesso que é uma tarefa mui árdua, esta busca, pois, estamos nos deparando com o Livro dos livros, o qual nos traz contextos remotos, isto é, de tempos longínquos ao nosso. Costumes, leis, filosofias de vida, revelações de fatos que nenhum livro do mundo aborda em hipótese alguma, enfim, um Livro histórico, didático, místico, profético , eficaz para a humanidade; o pensamento de Deus manifestado para nós. Deus nos ajude, nos fortaleça e ponha em nós sua indispensável bênção. Amém. CONCLUSÃO. A EBD ( Escola Bíblica dominical) destina-se à formação da criança, do pré-adolescente, do adolescente, jovem, adulto, visando principalmente o crescimento espiritual. Vivemos numa sociedade que enfrenta a inversão de valores, e por isso é necessário abordar de maneira clara e vibrante os princípios bíblicos. Utilizar uma metodologia de ensino que desenvolva o raciocínio, a reflexão, a criatividade, a consciência moral, a cidadania, de acordo com a Palavra de Deus, deve ser constante preocupação do professor. Atenção individual e respeito ao aluno e sua família, devem ser priorizados por essa importante agência de ensino, que é a Escola Dominical, ou seja, o Departamento de Educação.

OBS: LER O TEXTO PARA REFELEXÃO SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL A graça e a paz seja com todos.

Pr Valtemir Ramos Guimarães.

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