Trabalho de Patologia
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Universidade Estadual de Londrina
Patologia
Heccus no tratamento de FEG
Discente: Jéssica Leite Gregório
Docente: Flávia Guarnier
Londrina
2013
Sumario
1
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................4
2. PATOLOGIA 2.1.1 Fibroedema gelóide (FEG)..................................................................52.1.2 Obesidade............................................................................................62.1.3 Lipodistrofia localizada.......................................................................62.1.4 Flacidez................................................................................................6
3. ULTRASSOM....................................................................................................7
3.1 Equipamento.........................................................................................................7
3.2 Características do Ultrassom................................................................................8
3.3 Dois tipos de pulsos utilizados na prática terapêutica..........................................8
3.4 Aplicações do ultrassom.......................................................................................9
3.5 Fatores de Propagação..........................................................................................10
3.6 Efeitos não térmicos..............................................................................................10
3.7 Efeitos térmicos....................................................................................................10
3.8 Efeitos terapêuticos...............................................................................................10
3.9 Indicações para ultrassom.....................................................................................11
3.10 Contra Indicação para ultrassom.........................................................................11
4. CORRENTES DE MÉDIA FREQUÊNCIA..............................................114.1 Efeitos terapêuticos...............................................................................................12
4.2 Vantagens da sua aplicação nos procedimentos estéticos..................................13
4.3 Indicações de uso da corrente de eletroestimulação neuromuscular de média
frequência na saúde e na estética....................................................................13
4.4 Protocolos de aplicação corporal ..................................................................14
4.5 Precauções para utilização.............................................................................14
4.6 Contra- indicações ................................................................................... 15
5. RESULTADOS................................................................................15
6. CONCLUSÃO................................................................................ 16
7. REFERÊNCIAS .............................................................................16
2
Lista de Tabelas
Tabela 1 – A profundidade de penetração de tecidos, relacionados à frequência..........8
Lista de Imagens
Imagem 1 – Resultado da 1º sessão do tratamento da FEG usando Heccus ....... 15
3
1. Introdução
Heccus
Para a diminuição de FEG
Registro do equipamento: ANVISA: 10360310021.
O Heccus é um gerador de ultrassom e correntes. O cabeçote Heccus tem três geradores
de ultrassom de 3 MHz com área efetiva de radiação de 6 cm² e potência de 18W cada
um, totalizando uma potência de 54W. A corrente Aussie gera estímulos elétricos
tripolares para ativação dos sistemas muscular e linfático. O Heccus é um gerador de
ultrassom e corrente Aussie destinado ao tratamento pré-cirúrgico ou pós-cirúrgico,
drenagem linfática e drenagem de hematomas, celulites, hidrolipoclasia, fortalecimento
muscular e ionização. Possibilita terapia combinada do ultrassom de 3 MHz associado
com corrente Aussie de estímulos elétricos tripolares para ativação do sistema linfático.
O Heccus possui diversos protocolos de tratamento, incluindo gordura localizada,
celulites grau I, II e III, hidrolipoclasia, modulação da dor e tratamento pós-
lipoaspiração, drenagem linfática, drenagem de hematomas, fortalecimento muscular
sedentário e condicionado, ionização, eletrolipólise e sonoeletroporação.
Método não invasivo.
Não causa dependência.
Não tem efeitos colaterais indesejáveis.
É um aparelho computadorizado onde todos os parâmetros são programados por teclado
de toque, localizados no cabeçote aplicador (transdutor) e indicados em monitor de
vídeo.
Modos de emissão de ultrassom
Possibilita escolher o modo de emissão do ultrassom em CONTÍNUO ou PULSADO. O
modo pulsado possui frequência de repetição do pulso de 100 Hz com possibilidade de
escolha do fator de trabalho de 20% (1/5) e 50% (1/2). O cabeçote aplicador do
HECCUS permite ainda a aplicação das correntes para estimulação elétrica. Sendo
assim, o cabeçote aplicador possibilita emissão de ultrassom de 3 MHz ou emissão de
4
correntes para estímulos elétricos ou a emissão simultânea de ultrassom e correntes
(terapia combinada). O Heccus permite ainda a emissão de corrente para estimulação
elétrica através de eletrodos colocados na pele.
Tipos de corrente
Corrente Aussie: 1.000 Hz ou 4.000 Hz modulada em baixa frequência na faixa de 10 a
120 Hz.
Correntes Polarizadas: de média frequência 4.000 Hz.
Dentre os resultados podemos ressaltar a ativação do sistema linfático (melhor
drenagem linfática), a melhora da flacidez e da textura da pele, a melhora da definição
da musculatura, a melhora da celulite e a redução gordura localizada (redução de
medidas).
Os resultados são sentidos na primeira sessão. Para resultados mais visíveis são
necessárias 10 sessões de 30 minutos.
Neste Trabalho a intenção era um maior enfoque na FEG, visando os efeitos fisiológicos
das correntes na melhor nutrição celular, diminuição de flacidez por exemplo.
2. Patologias
2.1 Fibroedema gelóide (FEG)
Gelificação da substância fundamental amorfa por alterações endócrinas,
metabólicas e circulatórias, que leva à fibrose com consequente compressão de artérias
e nervos, isquemia e bloqueio de funções. Em geral, 98% das mulheres têm ou terão
celulite um dia.
Localizam-se nos quadris, coxas, nádegas, joelhos, tornozelos, panturrilhas,
nuca, abdome, lombosacra e braços.
A principal causa e o hormônio estrogênio. A celulite representa a soma de
várias alterações no tecido subcutâneo. As alterações podem aparecer devido a uma
nutrição deficiente das células que dão firmeza e sustenta o subcutâneo essa baixa
oxigenação pode levar a morte celular e a célula que morre é substituída por tecido
fibroso
5
Fatores que podem predispor a FEG são a hereditariedade, idade, sexo,
desequilíbrio hormonal, stress, fumo e sedentarismo; postura e roupas.
Recursos fisioterapêuticos que podem ser aplicados são; massoterapia
(drenagem linfática); cinesioterapia; eletroterapia.
98% das mulheres sofrem com essa patologia.
.
2.2 Obesidade
É uma doença universal, considerada como própria da superalimentação. É
definida como aumento generalizado da gordura corporal resultante de um balanço
energético onde a ingestão supera o gasto. Para definir a obesidade no indivíduo, de
acordo com OMS (Organização Mundial da Saúde) na clinica, calculamos seu IMC
(Índice de massa corpórea).
Pode ter causas endócrinas, genéticas, hereditárias. O papel do fisioterapeuta é
desde a atividade física, a orientação alimentar e procedimentos que ajudem na perda de
peso através da eletroterapia e massoterapia.
2.3 Lipodistrofia localizada
É o acúmulo irregular de lipídios em determinadas regiões do corpo.
Objetivos do tratamento: redução da gordura localizada; conscientização
corporal; melhora da circulação. Recursos fisioterapêuticos: Massoterapia; eletroterapia;
crioterapia.
2.4 Flacidez
É decorrente de atrofia de tecido, tendo um aspecto frouxo, afetando em
separado pele ou músculos. O tratamento desse tipo de patologia consiste em
restabelecer a tensão perdida, indicando-se tratamentos como eletroterapia e
cinesioterapia.
3. Ultrassom
6
O ultrassom é uma onde mecânica longitudinal, ou seja, ela se propaga em meios
materiais como: sólido, líquido e gasoso devido à compressão e separação de moléculas,
por isso no vácuo não se propaga e não é audível, pois sua frequência é acima de 20
KHz .(Guirro et al, 2002)
Então quanto menor for à compressibilidade do meio maior será sua velocidade
de propagação, pois um pequeno movimento da molécula já atinge a molécula vizinha.
(Guirro et al, 2002)
Meio Irradiado: este meio oscila ritmicamente com a frequência do gerador
ultrassônico ao comprimir e expandir a matéria. (Guirro et al, 2002)
O ultrassom emite ondas sonoras que promovem vibrações mecânicas nos
tecidos subcutâneos. "Essas vibrações aumentam a circulação local e alteram a
permeabilidade da membrana das células de gordura, favorecendo o extravasamento do
seu conteúdo que será reabsorvido e eliminado pelo organismo", explica a fisioterapeuta
Renata Klein, do Centro de Bem-Estar Levitas, de São Paulo.
3.1 Equipamento composto por:
Gerador de alta frequência em contato com uma cerâmica piezoelétrica sintética
que se deforma na passagem da corrente elétrica.
Transdutores ultrassônicos são aqueles que têm a capacidade de transformar
energia elétrica em energia mecânica e os exemplos deles são os materiais
piezoelétricos: Quartzo, turmalina e titanato zirconato de chumbo, porém os mais
utilizados são os de cerâmica sintética (cada transdutor possui frequência de ressonância
natural, sendo que quanto menor for a espessura do cristal maior será sua vibração
(Guirro et al, 2002)
Efeito piezoelétrico: a propriedade de alguns cristais de apresentarem cargas
elétricas em determinadas superfícies produzidas por trações e compressões mecânicas
exercidas perpendicularmente sobre seu eixo principal. (Gutmann, 1989).
3.2 Características do Ultrassom
7
Apresenta frequências de 1,0; 3,0 e 5,0 MHz (Guirro et al, 2002). Sendo que a
frequência de 5,0 MHz é utilizada exclusivamente em dermatologia por apresentar
pequena capacidade de penetração de tecido biológico. (Guirro et al, 2002). O
comprimento de onda: 1,5 - 0,5 mm respectivamente com as frequências. Intensidade de
0,01 – 3,0 W/cm²
A profundidade de penetração do tecido é determinada pela frequência do
ultrassom e não pela intensidade, então quanto maior a frequência do ultrassom menor
será a profundidade do aquecimento.
Tabela 1 – A profundidade de penetração de tecidos, relacionados à frequência.
Meios Frequências
1,0 MHZ 3,0 MHz
Cartilagem 2,76 8,28
Tendão 1,16 3,48
Pele 0,62 1,86
Músculo 0,76 2,28
Gordura 0,14 0,42
Exemplo: A energia de 3 MHz é absorvida nos tecidos mais superficiais, com
uma profundidade de penetração entre 1 e 2 cm, sendo utilizado para tratar as condições
mais superficiais.
3.3 Dois tipos de pulsos utilizados na prática terapêutica:
3.31 Contínuos: apresenta efeitos térmicos e não térmicos utilizados em lesões
crônicas e nas afecções.
3.32 Pulsado: há um período de intermitência na saída de ondas do transdutor
onde se predomina o efeito não térmico, indicado quando calor causa desconforto ou
afecções agudas ou em regeneração tecidual.
3.4 Aplicações do ultrassom
8
Agentes de acoplamento devem ser aplicados entre a pele e o transdutor para
igualar as impedâncias acústicas dos diferentes meios e estes são: o gel hidrossolúvel e
água desgaseificada são os mais eficientes, sendo que estes não podem apresentar
bolhas de ar no seu interior, pois assim iria favorecer a atenuação do feixe. (Guirro et al,
2002)
3.41 Técnicas:
3.411 Aplicação direta: Superfície a qual vai ser irradiada não tem muitas
irregularidades, permitindo contato de toda superfície da pele com o transdutor.
Utilizado para tratamentos específicos e fonoforese.
Fonoforese ou sonoforese: auxilia no transporte de substancias que é eficiente
para administração tópica de medicamentos. (Diminui ação sistêmica da droga e efeitos
colaterais).
3.412 Subaquáticas: a água é um excelente meio de acoplamento e a imersão irá
possibilitar total exposição dos segmentos ao feixe ultrassônico, sendo então esta
técnica indicada para regiões irregulares, para áreas que não permitem o contato com o
transdutor e para regiões que o paciente não suporta a pressão do cabeçote. O recipiente
que contém água deve ser de plástico, pois os metálicos causam reflexão dos feixes.
3.413 Meios intermediários:
Balão: nesta terapia deve-se utilizar balão, bexiga ou luva de látex onde estará
com água e deve se aplicar gel hidrossolúvel tanto na superfície em contato com o
transdutor no caso o balão, mas também entre o balão e a pele.
Lembrando que o transdutor deve ser mantido sempre perpendicular à área
tratada, assim diminuindo a energia refletida e refratada. E sempre sendo movimentado
para que diminua a possibilidades de lesões celulares
3.5 Fatores de Propagação
9
A propagação da energia ultrassônica nos tecidos depende de dois fatores:
característica de absorção e reflexão do tecido.
3.51 Áreas de radiação efetiva (ERA): Porção da superfície do transdutor que
realmente produz a onda sonora. Porém a área efetiva é sempre menor que a superfície
do transdutor.
3.52 Tempo de tratamento: Tempo= Área/ERA. Sendo 15 min. o tempo
máximo por área.
3.6 Efeitos não térmicos
3.61 Movimentos mecânico: (micromassagem) ocorre movimento nas células.
3.62 Fenômenos de cavitação: Formação de bolhas gasosas que expandem e se
comprimem em razão da mudança de pressão induzida pelo ultrassom nos líquidos
teciduais.
3.7 Efeitos térmicos
Devido ao movimento das células isso provém o atrito entre as células
promovendo calor causando uma hiperemia que é uma vasodilatação pré-capilar;
aumento da permeabilidade de membrana; aumento da circulação sanguínea; aumento
de regeneração; diminuição de dor; tônus muscular; aumento de pH; aumento do
metabolismo das células.
3.71 Ações colóidoquímica: é a capacidade que a energia ultrassônica tem de
transformar o coloide gel => coloide sol.
3.8 Efeitos terapêuticos
No tecido ósseo, pode acelerar o reparo ósseo. Também acelera a resposta
inflamatória promove liberação de histaminas, macrófagos e aumento da síntese de
colágeno e fibroblasto.
3.9 Indicações para Ultrassom
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Fibroedema gelóide é tratado com a fonoforese e irá propiciar o aumento da
circulação, formação de neovascularização, relaxamento muscular devido à
micromassagem. Lipodistrofia localizada. Redução de edemas, devido a
micromassagem devido as ondas de compressão e rarefação. Pós-cirurgia plástica: como
ritidoplastia, blefaroplastia e lipoaspiração. Para prevenção de aderências de cicatrizes,
flacidez, edemas e minimizar as fibroses. Cicatriz hipertrófica e queloide caracterizam-
se por síntese de colágeno com fibras que não se orientam ao longo das linhas de fenda,
mas sim em espiral. Queimaduras, com objetivo de melhorar a cicatriz do paciente.
3.10 Contra Indicações para Ultrassom
Gravidez, diretamente sobre o coração, tumores, globo ocular, implantes
metálicos, processos infecciosos, tromboflebites e varizes (pela deficiência circulatória
e pelo risco de promover embolias).
4. Correntes de média frequência
Segundo Salgado (1999), as correntes de média frequência, entre as quais a corrente russa, possui algumas características
- Sem efeito polar (despolarizada);
- Cada eletrodo produz os mesmos processos eletrolíticos;
- Ausência de propriedades Galvânicas;
- Não produzem hiperemia;
- Variação da permeabilidade da membrana lipoprotéica;
- Não apresentam riscos dos efeitos eletrolíticos (cauterização);
- Adequadas para tratamentos das camadas mais profundas dos tecidos;- O v tolera altas intensidades de corrente;
- Todos os estímulos de baixa ou média frequência geram despolarização das fibras
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nervosas.
Se o músculo está inervado, Hayes (2002) afirma que a estimulação pode ser usada para:
- Fortalecer o músculo saudável, melhorando o recrutamento das unidades motoras; - Facilitar a melhora da função motora; - Melhorar a resistência por meio da melhora da capacidade aeróbica do músculo;- Promover circulação periférica pela facilitação do retorno venoso por meio do “efeito bomba” promovido pela contração muscular.
4.1 Efeitos Terapêuticos
A corrente de média frequência consegue ativar 30 a 40% a mais das unidades motoras quando comparada aos exercícios comuns e nos tratamentos convencionais, porque com a estimulação elétrica ocorre a modulação do nervo motor alfa e não despolarização do neurônio, como no movimento ativo, tendo assim, características de despolarização artificial, tornando possível ativar todas as unidades motoras simultaneamente.
De um modo geral os efeitos fisiológicos ocorrem sobre o nervo e o tecido muscular. Isto se sucede pela capacidade de músculos e nervos serem tecidos excitáveis, logo capazes de produzir uma resposta muscular e nervosa frente à corrente elétrica. Para que ocorra essa excitabilidade muscular e nervosa é necessária a presença de um estímulo, que irá promover um processo de despolarização na membrana muscular e nervosa, resultando em um potencial de ação. Esse por sua vez, se propagará ao longo do nervo em ambas as direções da localização do estímulo.
Por outro lado, se compararmos a ação de componentes mecânicos na eletroestimulação com a contração muscular voluntária, perceberemos que há apenas participação de componentes elásticos (miofilamentos). Não há a participação de componentes plásticos (ligamentos e discos intervertebrais) nem de componentes inextensíveis (ossos e tendões) no trabalho com o eletroestimulador.
Segundo Longo (1999), os neurônios geralmente seguem o princípio de tamanho, os menores neurônios são ativados antes dos maiores. Uma das razões para isto é que o potencial trasmembrâneo dos neurônios menores é aproximadamente -70 mV, enquanto que para os neurônios maiores é -90 mV.
Na musculatura isso quer dizer que as fibras musculares tônicas são ativadas antes das fibras musculares fásicas.
As correntes elétricas de média frequência ocupam medidas entre 1000 Hz e 100.000 Hz, apresentam múltiplas vantagens da utilização destas correntes. A principal delas é a melhor tolerabilidade à corrente. Nosso organismo oferece resistência à passagem de
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correntes elétricas, sendo esta, inversamente proporcional à frequência das mesmas; desta forma, correntes com frequências acima de 1000 Hz penetram na pele com mínima resistência.
A contração muscular induzida por ativação elétrica diferencia-se da contração voluntária, observam-se um maior recrutamento das unidades motoras, sendo do tipo II as primeiras a serem recrutadas, isto porque, as unidades motoras de condução rápida (tipo II), necessitam de menores intensidades de estimulação, o que pode explicar, a capacidade da eletroestimulação em produzir fortalecimento muscular, com níveis menores de intensidade, que aqueles requeridos durante a contração voluntária.
A estimulação elétrica máxima no fortalecimento muscular pode fazer com que quase todas as unidades motoras (constituídas por um neurônio motor simples e a fibra muscular que este inerva) em um músculo, se contraiam de forma sincronizada, o que não pode ser conseguido na contração voluntária. Isso permite o desenvolvimento de contrações musculares mais fortes, acompanhado de uma hipertrofia muscular, com uso da estimulação (LOW e REED, 2001).
4.2 Vantagens da sua aplicação nos procedimentos estéticos
Estimulação sensorial confortável sem comprometer a sua eficiência fisiológica
Estimulação motora potente sem atingir o limiar doloroso por liberação de endorfinas durante e após a aplicação
Promoção de elevados níveis de torque muscular durante as estimulações motoras (torque é o momento máximo da força de um músculo ou de um grupo muscular) com mínimo desconforto ao paciente por ser a corrente de média frequência uma modulação de ondas de pequena duração e ocorrer menor ativação das fibras nociceptivas e maior ativação das fibras sensoriais.
Redução nos riscos de irritações ou queimaduras cutâneas pelos eletrodos siliconados devido a redução da densidade de corrente local.
4.3 Indicações de uso da corrente de eletroestimulação neuromuscular de média frequência na saúde e na estética
Fortalecimento muscular
Drenagem de edemas
Relaxamento muscular
Controle e redução dos quadros inflamatórios
Modulação e eliminação das algias
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Ativação do reparo tecidual
Recuperação da função muscular
Aumento da performance em atletas
Alterações neurofisiológicas, morfológicas e bioquímicas
Definição da musculatura
Ativação do sistema veno-linfático
Pré-cirúrgico de cirurgias plásticas e outras
Pós-cirúrgico na ativação da convalescença
Melhoria da flacidez cutânea
Auxilio no combate à HLDG e redução de adiposidades
Combate as fibroses pós operatórias
4.4 Protocolos de Aplicação Corporal
Após a higienização da pele devem ser adaptados os eletrodos de borracha condutora com gel nos pontos motores musculares, observando-se as diversas regiões (glúteos, abdome, interno e posterior de coxas, braços)
O tempo de aplicação da técnica deve estar em torno de 20 a 30 minutos, dependendo das frequências e intensidades utilizadas durante a sessão.
A intensidade trabalhada é variável em cada paciente, sendo indispensável observar se durante a atuação dos estímulos da corrente os músculos movimentam-se, realizando a ginástica isométrica passiva.
.Avaliação Estética facial
Neste item devem ser analisados os seguintes aspectos:
As contra-indicações gerais de uso para as correntes elétricas.
Presença de cirurgias, paralisias e patologias
Presença de dermatoses, dermatites e outras alterações da integridade da pele, como psoríase, reações alérgicas, queimaduras de sol, quadros inflamatórios e infecciosos, acne rosácea.
4.5 Precauções Para Utilização Evitar tratar sobre a pele anestésica; Evitar feridas abertas na área de tratamento; Evitar áreas de extremo edema;
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Evitar a EENM em áreas de tecido adiposo excessivo; Não colocar eletrodos sobre os músculos da laringe, faringe, perto do seio carotídeo.
4.6 Contra-indicações: Sobre áreas torácicas; Em regiões do nervo frênico; Em pacientes hipertensos; Em áreas de distúrbio vascular; Neoplasias; Primeiro trimestre de gravidez; Pacientes muito desorientados mentalmente.
5. RESULTADOS
Imagem 1 – Resultado da 1º sessão do tratamento da FEG usando Heccus
Fonte: Roto tirada com a permissão da paciente I.L.G pela aluna Jéssica Leite Gregório
Após cada sessão do Heccus é feita uma drenagem linfática com aparelho ou manual para potencializar os resultados. Lembrar que somente o tratamento correto trará resultados satisfatórios. E também a prática de exercícios e uma dieta equilibrada auxiliam muito na obtenção destes resultados. Os resultados variam de paciente para paciente.
Normalmente pacientes que apresentam bastante retenção de líquido obterão melhores resultados. Bem como pacientes com gordura localizada na faixa abdominal. Não há como colocar em centímetros quanto um paciente irá perder ou não. Alguns perdem 10
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cm e outros perdem 3 ou 4 centímetros. E isto é relativo a cada pessoa e suas necessidades.
Para celulite os resultados são graduais e progressivos e são bastante satisfatórios. Há uma boa melhora após 10 sessões, geralmente diminui 1 grau do grau anteriormente diagnosticado.
6. CONCLUSÃO
Com este trabalho concluí, não apenas nas pesquisas que fiz, mas nas observações na Clínica Mais Você, com a profissional Grabriela Abrão, que o Heccus tem resultados visíveis na primeira sessão, como ele usa a corrente de média frequência e o ultrassom juntos, melhora a nutrição das células, a drenagem linfática, ajuda a descomprimir a região, ajuda a desfazer as aderências da pele, melhora circulação, entre outros, que através das pesquisas na literatura, tive a oportunidade de ver como seus resultados se explicam na fisiologia.
Tem que ter em mente, quem procura esses tratamentos, que sozinhos eles mesmo funcionando não são tão eficazes como quando se faz uma dieta saudável e exercícios físicos concomitantemente.
Na minha visão é de grande valia, quem pode investir neste tratamento estético para essa finalidade e não se deixar influenciar pelas promessas e informações que são dadas em fontes não confiáveis sobre esses procedimentos estéticos.
7. REFERÊNCIAS
Guirro E, Guirro R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3ª edição São Paulo 2002;
Milani GB, João SMA, Farah EA. Fundamentos da Fisioterapia dermato-funcional:
revisão de literatura. 2006; 13 (1): 37-43
Robertson V, Ward A, Low J, Reed A. Eletroterapia explicada princípios e práticas. 4ª
edição Rio de janeiro 2009;
Giovana Barbosa Milani; Silvia Maria Amado João; Estela Adriana Farah:
Fundamentos da Fisioterapia dermato-funcional: revisão de literatura;
Portal da educação. Link acessado 15/11/2013
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/
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ANVISA. Link acessado 15/11/2013
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa
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