Planejamento da logística de açúcar e etanol

Sertãozinho, SP

26/08/2016

Thiago Guilherme Péra

Coordenador do Grupo ESALQ-LOG

Agenda

o sobre o Grupo ESALQ-LOG

o conceitos de logística

o estrutura da logística sucroenergética

o mercado de frete e ferramentas de previsão

o expectativas de mercado

Grupo ESALQ-LOG

1997 2004

Publicação:Informe Sifreca

2006

Inauguração da sede própria: Antiga Colônia

Sertãozinho

2011Inauguração do

Anfiteatro Prof. Antônio Sanches de Oliveira

ESALQ-LOG reconhecido como Grupo de Pesquisa

pelo CNPq

2016

Equipe: 40 pessoasSifreca: 221 informes já

publicados

2003ESALQ-LOG

reconhecido como Grupo de Pesquisa e Extensão da ESALQ

pelo SVCEx

2008

Inauguração da sala

de treinamentos

SIFRECA

Grupo ESALQ-LOG

Grupo ESALQ-LOG

Conceitos Básicos de Logística

“ ... planejamento e operações dos sistemas físicos, informacionais, e gerenciais necessários para que

insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e

temporais de forma econômica”

Fonte: Daskin (1985)

Conceitos Básicos de Logística

“ ... fazer com que as coisas cheguem no lugar certo, na hora certa, em condições adequadas e

que se gaste o menos possível com isso”

Fonte: Caixeta-Filho

Relações importantes

Logística

Transporte Armazenagem

Setor Sucroenergético

Iniciativa PúblicaPrivadaCustos

Riscos/Perdas

Gargalos

Quais as estratégias para se fazer uma boa logística?

Relações importantes

Relações importantes

0,0900

0,1000

0,1100

0,1200

0,1300

0,1400

0,1500

0,1600

0,1700

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Cu

sto

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ran

sp

ort

e (

R$

/t.k

m)

Carreta 27 t Bitren 40 t Basculante Rodotren 49 t Basculante

Rodotren 51 t Graneleiro Bitren 50 t Graneleiro (5 rodas)

Custos de transporte rodoviário emfunção do tipo de caminhão

Agronegócio vs. Logística

Características dos produtos agrícolas

Baixo valor agregado

Grandes volumes e longas distâncias

Sazonalidade

Mercados concorrenciais

Perecibilidade vs. Alto Risco (natureza climática, biológica...)

Transporte agroindustrial

MALHA DE TRANSPORTE BRASILEIRA

Fonte: ANTT; Ministério dos Transportes; ANTAQ; Transpetro

Transporte agroindustrial

MATRIZ DE TRANSPORTE BRASILEIRA

Fonte: CNT/ANTT/ESALQ-LOG

Transporte agroindustrial

MATRIZ DE TRANSPORTE NO MUNDO

Fonte: CNT/ANTT/ESALQ-LOG

MODALIDADES DE NEGÓCIOS

QUAIS FATORES AFETAM O CUSTO DO FRETE RODOVIÁRIO???

Depreciação

Custo de capital

IPVA e Seguro

Pessoal

Pneus

Óleos

Lavagem / Manutenção

Combustível

)/$()(

)/$()(

kmRCVkmDistância

hRCFhtempoCrota

Pedágios

Impostos (± 20%)

Margem

MODALIDADES DE NEGÓCIOS

QUAIS FATORES AFETAM O PREÇO DO FRETE RODOVIÁRIO???

Distâncias

Pedágio

Qualidade da Via

Destino (ME ou MI)

Concorrência com produtos

Existência de outros modais

Época do ano

Leis

MODALIDADES DE NEGÓCIOS

ASPECTOS LEGAIS (Leis 12.619/12 e 13.103/15)

Fonte: Folha de São Paulo, 27/02/2015

MODALIDADES DE NEGÓCIOS

ESTOQUE SOBRE RODAS

MODALIDADES DE NEGÓCIOS

ESTADIALei 11.442, de 05/01/2007:§ 5º - (...) o prazo máximo para carga e descarga do veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de cinco horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino; após este período, será devido ao TAC (transportador autônomo) ou à ETC (empresa de transporte) o valor de R$ 1,00 por tonelada/hora ou fração.Entretanto, por emenda incluída na Medida Provisória no. 11.524: § 6º - O disposto no parágrafo 5º deste artigo não se aplica aos contratos ou conhecimentos de transportes em que houver cláusula ou ajuste dispondo sobre o tempo de carga ou descarga.Já pela recente Lei 13.103 (2015):... após a 5º hora de atraso, será devido ao TAC ou ETC o equivalente a R$ 1,38(um real e trinta e oito centavos) por tonelada/hora, servindo como base para ocálculo a capacidade total de transporte do veiculo (aspecto omisso naregulamentação anterior). Este valor deverá ser calculado desde a chegada doveiculo até o local de embarque/desembarque, sendo que o valor da tonelada/horaserá atualizado anualmente pelo Índice de Preço Ao Consumidor – INPC (passa-setambém a se exigir do embarcador e do destinatário o fornecimento aotransportador de documento capaz de comprovar o horário de chegada do caminhãoem suas dependências, sob pena de aplicação de multa pela ANTT que pode chegaraté 5% do valor da carga).

Fonte: CAIXETA-FILHO, 2015

RETROSPECTIVA DO MERCADO

2012

Safras Grãos

2013

Escoamento Gradual

2014

Agendamento Santos

2015

Sazonalidade Acentuada

Lei do Motorista

Utilização de Contratos

Terminais de Transbordo

Granulometria

Lei da Estadia

RETROSPECTIVA DO MERCADO

0

10

20

30

40

50

60

70

80

jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fre

te R

$/T

Série histórica do indicador de preço de frete rodoviário de açúcar (400 km)

Frete-Nominal-Momento

Fonte: Sifreca, 2015

GRANULOMETRIA

OBRIGATÓRIO

10-15%

0,10-0,12mm

HOMOGENEIDADE

UMIDADE DO CRISTAL

TAMANHO DO CRISTAL

QUADRO COMPARATIVO COMPOSIÇÃO DO CRISTAL DE AÇÚCAR

ANTES DEPOISCRITÉRIO

INDIFERENTE

5-15%

0,5-0,8mm

Com a adoção de um tamanho, homogeneidade eumidade do cristal de açúcar, a poeira gerada émenor e o risco de incêndio diminuído.Porém, com tais mudanças, outros aspectos da cadeiatem sido prejudicados. o tempo de formação decristais homogêneos chega a ser 3 vezes maior do queo do açúcar antes produzido. além disso, osterminais, principalmente os de transbordo, a asusinas em seus armazéns, têm apresentados sériosproblemas de empedramento.

MERCADO DE FRETES DE AÇÚCAR

60,00

62,00

64,00

66,00

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00ja

n/1

5

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Pre

ço d

o f

rete

(R

$/t

)

Período (mês)

Efetivo

Milho 2ª Safra

Inicio safra de cana

Janela exportação milho-açúcar

Efeito milhoEfeito Pedágio

Açúcar: rota para exportação (Santos), 300 km

MERCADO DE FRETES DE AÇÚCAR

60,00

62,00

64,00

66,00

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00ja

n/1

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Pre

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(R

$/t

)

Período (mês)

Efetivo Projetado Intervalo Mínimo Intervalo Máximo

Milho 2ª Safra

Inicio safra de cana

Janela exportação milho-açúcar

Efeito milhoEfeito Pedágio

Açúcar: rota para exportação (Santos), 300 km

MERCADO DE FRETES DE ETANOL

40,00

42,00

44,00

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48,00

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52,00

54,00out/

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Pre

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$/m

³)

Período

Efetivo

Colheita do Centro-Sul

Incidência CIDE na gasolina

Equilíbrio mercado após a

CIDE

Variações de colheita e demanda esperada

Etanol: rota para Paulínia, 200 km

MERCADO DE FRETES DE ETANOL

40,00

42,00

44,00

46,00

48,00

50,00

52,00

54,00out/

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nov

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Pre

ço d

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(R

$/m

³)

Período

Efetivo Projetado Intervalo Mínimo Intervalo Máximo

Colheita do Centro-Sul

Incidência CIDE na gasolina

Equilíbrio mercado após a

CIDE

Variações de colheita e demanda esperada

Etanol: rota para Paulínia, 200 km

Estudo de Caso

Avaliação de impactos econômicos da dutovia e hidrovia para transporte de etanol

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Objetivo: Avaliar os ganhos econômicos notransporte hidroviário e dutoviário deetanol anidro e hidratado no Centro-Sulbrasileiro

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Sistema Logum

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Cenários AnoOferta/Demanda

(milhões m³)

Capacidade (milhões

m³) Alteração dos parâmetros

Hidro Duto Ferro

Base 2020 45,7 - - 1,4 -

C1 2020 45,7 4,6 6,4 1,4

Inclusão de hidrovia e dutovia

com capacidade de 50% da

capacidade nominal²

C2 2020 45,7 9,1 12,7 1,4

Inclusão de hidrovia e dutovia

com capacidade de 100% da

capacidade nominal²

Definição dos parâmetros para cenário de 2.020

Cenários

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Custo médio de transporte de etanol no CS Brasileiro(R$/m³)

CenáriosEtanol anidro Etanol hidratado

Custo médio do frete Variação Custo médio do frete Variação

Base 71,71 - 68,45 -

C1 65,51 -8,7% 54,82 -19,9%

C2 59,79 -16,6% 50,24 -26,6%

Cenários

Dutoviário Hidroviário

Anidro Hidratado Anidro Hidratado

C1 26,2% 73,8% 12,5% 87,5%

C2 30,5% 69,5% 25,3% 74,7%

Alocação duto/hidro por tipo de etanol

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Regiões mais impactadas

RegiãoEconomias geradas

(variações %)

Ribeirão Preto -53,7%

Araçatuba -49,8%

Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba -45,2%

Sul Goiano -25,5%

Presidente Prudente -22,7%

Assis -21,2%

Leste de Mato Grosso do Sul -15,3%

São José do Rio Preto -10,5%

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Matriz de Transporte Etanol (2020)

Rodoviário 97%

Ferroviário

3%

Cenário “C1” Cenário “C2”

Rodoviário85%

Ferroviário

3%

Dutoviário; 8%

Hidroviário; 4%

Rodoviário 78%

Ferroviário

3%

Dutoviário; 12,50%

Hidroviário; 6,5%

Base

Estudo de caso – dutovia/hidrovia

Conclusões

Fortes impactos econômicos (reduções >20%)

Mudança na matriz de transporte de etanol

Reduções das distâncias rodoviárias percorridas

(maior fluxo de “tiro curto”)

Oportunidades para frota própria (????), devido ao ganho

na produtividade do transporte (curvas distâncias)

Importante: manter a paridade de custos (rodo vs. duto

vs. hidro) competitiva!!!

Considerações finais

Novos paradigmas da logística....

Dono da carga = dono da logística

Maior poder de barganha dos embarcadores

Operações de Fretes de Retorno

Considerações finais

Expectativas do mercado

o Incremento do nível (qualidade) do serviço de transporte rodoviárioo Resgate da credibilidade das ferroviaso Expansão da hidrovia e dutoviaoAumento da capacidade e eficiência dos terminais portuárioso Previsão é uma importante ferramenta para balizar a inteligência logística (tendências e contratos)o Avaliação dos impactos ambientais na logísticao Preocupação com as perdas nas operações logísticas

Convite

Referências

ANTT. Agência Nacional de Transportes Terrestres. Disponível em: <antt.gov.br>.

BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial.4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

DASKIN, M.S. Logistics: an overview of the state of the art and perspectives on future research, Transportation Research A, v.19, n.5/6, 1985.

ESALQ-LOG. Grupo de pesquisa e extensão em logística agroindustrial. Disponível em: <log.esalq.ups.br>.

GAMEIRO, A.H. Logística de granéis sólidos agrícolas. In: CURSO DE DIFUSÃO EM LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL, 2, 2010, Piracicaba. CD-ROM.

Obrigado!

Thiago Guilherme Pérathiago.pera@usp.br