TECIDO SANGUÍNEO E SEU PAPEL NA IMUNIDADE UMA VISÃO GERAL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
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TECIDO SANGUÍNEO E SEU PAPEL NA IMUNIDADE
UMA VISÃO GERAL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
PROF. VICTOR PESSOA
* Nosso organismo está constantemente exposto ao ataque de
agentes estranhos (vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos
de fungos, grãos de pólen, ácaros etc.);
* Determinados grupos de células se especializaram no
reconhecimento e no ataque àquilo que nos é estranho,
preservando, na medida do possível, a integridade de nossos
tecidos e órgãos. As células e as substâncias que participam
dessas estratégias de defesa do nosso organismo compõem o
que chamamos de sistema imunológico.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
CÉLULAS, TECIDOS E ÓRGÃOS DO SISTEMA CÉLULAS, TECIDOS E ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICOIMUNOLÓGICO
* As células que constituem o sistema imunológico originam-se de
células precursoras localizadas na medula óssea, sendo os
LEUCÓCITOS as principais. A partir de então, são lançadas na
corrente sanguínea, circulando pela linfa e por todos os tecidos
corporais.
* Os leucócitos originam-se a partir de duas linhagens celulares:
a mieloide, formadora dos neutrófilos, eosinófilos, basófilos e
monócitos, e a linfoide, a qual origina os linfócitos.
ATENÇÃO !
MONÓCITOS MACRÓFAGOSDIAPEDESE
Neutrófilo Basófil
oEosinófilo
Linfócito
LINFÓCITOSLINFÓCITOS
* São as únicas células que exibem a capacidade de reconhecer e
atacar especificamente um agente estranho.
* Quando formados, os linfócitos iniciam o processo de
maturação, caracterizado pela expressão de moléculas em sua
membrana plasmática que ajudam no reconhecimento específico
dos agentes estranhos.
* Finalizada esta etapa, os linfócitos migram para os diversos
tecidos do corpo, transportados pelo sangue e pela linfa, além de
se estabelecerem nos LINFONODOS e em outros órgãos
especiais, onde se proliferam e iniciam o combate contra os
agentes estranhos.
ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS: locais onde os linfócitos são
gerados e amadurecidos – medula óssea e o timo (mamíferos) e
a bursa de Fabricius (aves).
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS: locais onde ocorre a
proliferação dos linfócitos e o início das respostas imunológicas
específicas – linfonodos e o baço.
* São reconhecidas três grandes populações distintas de
linfócitos: os linfócitos B (amadurecem na medula óssea / do
inglês Bone marrow), os linfócitos T (amadurecem no timo / do
inglês Thymus) e os linfócitos natural killers (NK), ou
simplesmente “matadores naturais”. * O amadurecimento dos linfócitos B e T consiste na expressão
de marcadores moleculares (proteínas) na membrana
plasmática. No caso dos linfócitos B, observa-se a presença da
imunoglobulina D (IgD), enquanto os linfócitos T podem exibir
as proteínas CD4 (linfócitos T auxiliares) ou
CD8 (linfócitos T citolíticos).
* Estimulam o crescimento
e a diferenciação dos
linfócitos B;
* Ativam os macrófagos.
* Atacam células infectadas
por vírus e células
tumorais.
* Os linfócitos natural killers (NK), durante o processo de
amadurecimento, NÃO expressam nenhum tipo de marcador de
superfície comumente encontrado nos linfócitos T e B. Esses
linfócitos apresentam-se como células grandes que possuem
numerosos grânulos em seu citoplasma, sendo capazes,
também, de matar várias células tumorais, assim como as
infectadas por vírus, além de terem sua atividade aumentada
pela presença dos anticorpos.
IMUNIDADEIMUNIDADE
* Diz respeito a todas as estratégias de defesa do organismo, as
quais visam ao reconhecimento e à eliminação de um agente
estranho; * Tipos: natural, inata ou inespecífica / específica ou
adquirida; Limitada capacidade de reconhecer
especificamente um agente estranho,
ou seja, atua da mesma forma contra
qualquer agente invasor,
independentemente de sua natureza.
Componentes são: a pele e as
mucosas; as substâncias
antimicrobianas, como a lisozima,
produzidas pelos epitélios e algumas
glândulas; as proteínas sanguíneas
que fazem parte do chamado sistema
complemento, assim como as que
atuam como mediadoras da
inflamação, e as células citotóxicas e
fagocíticas, tais como os neutrófilos e
os macrófagos.
Capacidade de reconhecer
especificamente os mais
diversos tipos de agentes
estranhos. Além disso, a
exposição a um determinado
agente estranho desencadeia a
formação de uma memória
imunológica (daí a
denominação de imunidade
adquirida, pois o organismo
adquire a capacidade de
reconhecer um determinado
agente estranho outras vezes
em que for exposto a ele);
Linfócitos e anticorpos.
Macrófago
Bactérias
Bactérias resistentes à fagocitose (fagocitose
ineficiente)
Plasmócito (linfócito B ativado)
Anticorpos
Produz
Bactérias
Ligação entre anticorpos e bactérias
Macrófagos com fragmentos de bactérias
IMUNIDADE NATURALIMUNIDADE NATURAL IMUNIDADE ESPECÍFICAIMUNIDADE ESPECÍFICA
Complexos anticorpos-bactérias presos à superfície do macrófago
+
+
Fagocitose facilitada pela presença dos anticorpos
Fagocitose facilitada pela presença dos anticorpos
Aspecto Inata Adquirida
Especificidade para micróbios Baixa Alta
Memória Não Sim
Componentes
Barreiras físicas e químicas Pele; epitélio
mucoso; antimicrobianos
etc.
Sistemas imunes cutâneos e mucosos; anticorpos secretados
Proteínas sanguíneas Complemento Anticorpos
Células Fagócitos (macrófagos, neutrófilos e células NK)
Linfócitos
TIPOS DE IMUNIDADE ESPECÍFICATIPOS DE IMUNIDADE ESPECÍFICA
* As respostas imunes específicas são desencadeadas quando um
indivíduo é exposto a um determinado agente estranho,
disparando o “alarme” para o “recrutamento” de linfócitos e para
a produção de anticorpos. Fala-se, então, em IMUNIDADE
CELULAR, quando os linfócitos reconhecem fragmentos de
agentes estranhos expostos sobre a superfície de outras células, e
em IMUNIDADE HUMORAL, quando envolve a produção de
anticorpos. * Em ambos os casos, observam-se as seguintes fases:
a) Fase de reconhecimento: os linfócitos reconhecem
fragmentos de um agente invasor expressos na membrana
plasmática de uma célula;
b) Fase de ativação: multiplicação dos linfócitos;
c) Fase efetora: os linfócitos atacam imediatamente o agente
invasor ou ainda permanecem como células de memória. Durante
esta última fase, alguns linfócitos podem não ter sido ativados
apropriadamente, sendo, então, induzidos a sofrerem apoptose,
uma espécie de “suicídio celular”.
Fase de reconhecimento
Fase de ativação
Fase efetora
Linfócito “virgem”
Antígeno
Célula efetora
Célula de memória
Apoptose X
Proliferação e diferenciaçãoProliferação e diferenciação
* Imunidade ativa: o indivíduo imunizado passa a ter um papel
ativo no desenvolvimento da resposta imune (e.g. vacinação).
* Imunidade passiva: o indivíduo torna-se imune sem nunca
ter sido exposto a um dado antígeno. Recebe soro ou células de
uma outra pessoa imunizada com o mesmo antígeno.
ANTÍGENOS E ANTICORPOS (IMUNOGLOBULINAS)ANTÍGENOS E ANTICORPOS (IMUNOGLOBULINAS)
* ANTÍGENOS são “agentes estranhos” que têm a capacidade de
estimular a ação dos linfócitos e a produção de anticorpos.
Podem ser moléculas livres ou aderidas à superfície de um
microorganismo.
Os antígenos são moléculas
grandes, cujas dimensões são
maiores em relação à região na
molécula de anticorpo onde se
ligam.
Pequenas porções na estrutura do
antígeno onde os anticorpos se
ligam
* Os anticorpos ou imunoglobulinas (Ig) são glicoproteínas
sintetizadas pelos linfócitos B ativados (plasmócitos), em
resposta à presença de um antígeno. Estruturalmente, as
imunoglobulinas assemelham-se à letra “Y”, em que os “braços”
da molécula correspondem aos sítios de ligação com os
antígenos, enquanto a “cauda” permite a ligação com receptores
presentes na superfície de várias células.
Cadeias leves
Cadeias pesadas
Sítios de ligação
aos antígenos
Sítio de ligação com receptores presentes na
superfície celular
Produção de anticorpos frente a exposições seguidas a um
mesmo agente estranho. Na primeira exposição, tem-se a
estimulação para a produção de anticorpos, cujos títulos
aumentam gradativamente na corrente sanguínea. Já na
segunda exposição, observa-se o rápido aumento nos títulos de
anticorpos, uma consequência direta do estabelecimento de uma
memória imunológica ainda na primeira exposição ao agente
estranho.