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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da
Comunicação
Curso de Administração
PESQUISA DE CLIMA DA UNIDADE DE
ATENDIMENTO SANTA ROSA CENTRO DA SICREDI
UNIÃO RSDocumento Sistematizador do TCC
CARINA ANDERLE
Orientador: Prof. Pedro Luís Büttenbender
Santa Rosa (RS), Novembro de 2012.
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“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.
(Peter Drucker)
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, me iluminando todos os dias,
conduzindo minhas escolhas e o meu caminho, com muita luz e sabedoria.
São inúmeras as pessoas a quem agradecer por terem contribuído de alguma forma
para que esta conquista se realizasse, agradeço a todas de coração. Entretanto, algumas se
tornaram especiais durante esta caminhada e merecem um agradecimento carinhoso e
especial:
Agradeço a todos os professores que passaram por minha vida, contribuindo com meu
crescimento, me tornando uma pessoa melhor. E em especial ao Professor Luciano
Zamberlan, pelo seu carinho, sua atenção, dedicação e principalmente por não desistir de
mim. Muito obrigada de coração, por tudo, por ser essa pessoa maravilhosa e esse profissional
admirável.
Agradeço, também de forma muito carinhosa e especial ao meu querido orientador
Professor Pedro Luís Büttenbender, pelas suas valiosas e oportunas orientações e, principalmente,
pelo seu apoio, seu carinho, atenção e profissionalismo demonstrados ao longo deste estudo.
MUITO OBRIGADA!
Ao Sicredi, aos meus colegas e aos meus gestores pela confiança e apoio na realização do
estudo.
E, por fim, agradeço às pessoas mais importantes da minha vida, sem as quais esta
conquista jamais teria se tornado realidade: meus pais, Marli e Gabriel, e a minha nona Maria
Paulina, que Deus a tenha. Obrigada por tudo! AMO VOCÊS ETERNAMENTE!
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estrutura do Sicredi...................................................................................................46
Figura 2: Mapa de abrangência do Sicredi União RS ..............................................................47
Figura 3: Composição da população brasileira.........................................................................49
Figura 4: Alfabetização da população brasileira.......................................................................52
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Gênero da população pesquisada ............................................................................48
Gráfico 2: Idade da população pesquisada ..............................................................................50
Gráfico 3: Escolaridade da população pesquisada....................................................................50
Gráfico 4: Tempo de serviço na cooperativa ...........................................................................53
LISTA DE QUADROS
Quadro 1:Modalidades de organizações...................................................................................21
Quadro 2: Tipos de cooperativas singulares de crédito............................................................24
Quadro 3: Síntese das proposições sugeridas a partir da realização deste estudo....................80
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Aspectos de trabalho e remuneração percebidos no Sicredi – Unidade deAtendimento Santa Rosa/Centro ..............................................................................................56
Tabela 2: Fatores de comunicação no Sicredi – Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro...............................................................................................................................58
Tabela 3: Relacionamento e percepções de satisfação .............................................................60
Tabela 4: Visão de futuro dos colaboradores em relação ao Sicredi .......................................62
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................ 12
1.1 Apresentação do Tema ................................................................................................. 12
1.2 Questão de Estudo ........................................................................................................ 14
1.3 Definição dos Objetivos do Estudo .............................................................................. 14
1.3.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 14
1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................................. 14
1.4 Justificativa ................................................................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 18
2.1 Definições e Tipologias de Organizações ..................................................................... 18
2.1.1 Organização cooperativa de crédito ..................................................................... 22
2.2 Cultura Organizacional ................................................................................................. 25
2.3 Gestão de Pessoas ......................................................................................................... 27
2.4 Clima Organizacional ................................................................................................... 32 3 METODOLOGIA DO ESTUDO ........................................................................................ 37
3.1 Classificação do Estudo ................................................................................................ 37
3.2 Universo Amostral ........................................................................................................ 39
3.3 Coleta de Dados ............................................................................................................ 40
3.4 Interpretação e Análise dos Dados................................................................................ 41
4 PESQUISA DE CLIMA DA UNIDADE DE ATENDIMENTO SANTA ROSA CENTRO
DA SICREDI UNIÃO RS ........................................................................................................ 45 4.1 Caracterização da Organização ..................................................................................... 45
4.1.1 Sistema de Crédito Cooperativo Sicredi ............................................................... 45
4.1.2 Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Serro Azul – Sicredi
União RS. .......................................................................................................................... 46
4.2 Perfil dos Colaboradores do Sicredi – Unidade de Atendimento Santa Rosa/Centro .. 48
4.3 Política de Gestão de Pessoas ....................................................................................... 54
4.3.1 Aspectos de trabalho e remuneração no Sicredi – Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro ...................................................................................................................... 55
4.3.2 A Comunicação no Sicredi – Unidade de Atendimento Santa Rosa/Centro ......... 57
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4.3.3 Relacionamento e percepções de satisfação no Sicredi – Unidade de Atendimento
Santa Rosa/Centro ............................................................................................................ 59
4.3.4 Visão de Futuro dos Colaboradores do Sicredi – Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro ...................................................................................................................... 61
4.4 Percepções dos Colaboradores do Sicredi – Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro: críticas e sugestões ......................................................................................... 63
4.4.1 Motivações para continuar trabalhando no Sicredi – Unidade de Atendimento
Santa Rosa/Centro ............................................................................................................ 63
4.4.2 Considerações sobre pontos que o Sicredi pode melhorar ................................... 69
4.4.3 Percepções dos Gestores ....................................................................................... 71
4.4.4 Relação de Percepções: gestor x colaborador ...................................................... 73
5 PROPOSIÇÕES ................................................................................................................... 75
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 81
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 83
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ÍNDICE
ANEXOS
Anexo I: Entrevista realizada com o “Gestor A”......................................................................86
Anexo II: Entrevista realizada com o “Gestor B”.....................................................................88
Anexo III: Respostas às questões abertas aos colaboradores (questões 36 e 37).....................90
Anexo IV: Equipe Sicredi – Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro..............................92
Anexo V: Equipe Sicredi – Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro..............................92
APÊNDICES
Apêndice I: Questionário aplicado aos colaboradores..............................................................93
Apêndice II: Roteiro de entrevista com os gerentes.................................................................95
Apêndice III: Tabulação Geral dos Dados................................................................................96
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RESUMO
A área de gestão de pessoas, ao longo do tempo, demonstra uma importância cada vezmaior e, aos poucos, vem tornando-se uma das áreas mais estratégicas das organizações. Os
resultados organizacionais dependem da qualidade com que as pessoas realizam seu trabalhodiariamente. Para que haja um trabalho de qualidade as pessoas precisam estar motivadas e asorganizações precisam oferecer aos seus colaboradores um ambiente de trabalho agradável,
proporcionando condições favoráveis ao desenvolvimento e comercialização de produtos eserviços mais qualificados. As cooperativas de crédito, embora com finalidade diferenciadadas demais organizações, precisam ser competitivas, mantendo-se em desenvolvimentocontínuo, agregando renda a seus associados. Neste contexto, este estudo buscou investigar asvariáveis que interferem no clima organizacional na percepção dos colaboradores da Unidadede Atendimento Santa Rosa Centro da Sicredi União RS. A partir desta investigação foi
possível conhecer as políticas de gestão de pessoas praticadas pelo Sicredi União RS,diagnosticando o clima organizacional, suas variáveis, bem como pontos fortes e pontos amelhorar na percepção dos colaboradores da Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro(UA 15). Também foi possível verificar a percepção dos gestores em relação às variáveis doclima organizacional. Os dados e informações necessárias para a realização deste estudoforam obtidos através da aplicação de um questionário de múltipla escolha (escala de Likert)aos colaboradores e de uma entrevista previamente estruturada com os gestores da unidade deatendimento. De modo geral, os resultados obtidos foram satisfatórios, embora algunsaspectos apontam oportunidades de melhorias, como por exemplo, em relação à implantaçãode um plano de carreira e desenvolvimento profissional.
Palavras-chave: cooperativas de crédito, clima organizacional.
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INTRODUÇÃO
O sucesso ou fracasso das organizações em sua maior parte depende das pessoas, que
são responsáveis pelas diversas funções em busca da geração de resultados. Portanto, o ciclo
organizacional depende da capacidade da mesma enfrentar os desafios impostos diariamente
em seu ambiente, seja ele interno ou externo.
Essa realidade demonstra que o ambiente empresarial teve significativas mudanças e,
dentre elas, destaca-se a valorização do capital humano, ou seja, o seu capital intelectual. O
capital intelectual é um dos principais desafios e necessidades causadas por constantesmudanças e pela globalização.
A gestão de pessoas tornou-se uma solução e uma vantagem competitiva para as
organizações que a desenvolvem com eficiência. O setor de recursos humanos tornou-se um
dos mais importantes no meio empresarial conferindo à gestão de pessoas um papel
estratégico, pois as organizações ainda estão aprendendo a lidar com as pessoas de maneira
mais humana e participativa.
Com este cenário, as pessoas buscam fazer parte de organizações que, além de uma
remuneração fixa ao final de um período de trabalho previamente estabelecido, ofereçam
também benefícios financeiros e pessoais, especialmente um bom ambiente de trabalho. Além
disso, espera-se também das organizações flexibilidade e oportunidades de crescimento e
desenvolvimento profissional através de regras claras e objetivas.
Desta forma, as organizações devem preocupar-se com temas como comportamento e
clima organizacional, gestão de pessoas, desenvolvimento de pessoas, captação e manutençãode talentos e profissionais competentes.
Com base nestas novas preocupações da área de Gestão de Pessoas, a realização do
estudo apresentado a seguir, buscou investigar as variáveis que interferem no clima
organizacional na percepção dos colaboradores da Unidade de Atendimento Santa Rosa
Centro da Sicredi, União RS.
A apresentação dos resultados obtidos está organizada em cinco capítulos distintos para melhor compreensão das informações aqui apresentadas. O capítulo 1 destina-se a
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contextualização do estudo: apresentação do tema e questão de estudo, objetivo geral e
específicos bem como a justificativa que tornou plausível a realização deste estudo.
O capítulo 2 comporta o referencial teórico utilizado: são ideias, definições e defesasde diversos autores que serviram como base e auxílio e, em algumas vezes, justificaram
determinados resultados. Este capítulo está dividido em quatro assuntos distintos e
complementares: definições de tipologias de organizações – organização cooperativa de
crédito; cultura organizacional; gestão de pessoas; e clima organizacional.
Após o referencial teórico encontra-se o capítulo 3 com as explanações sobre a
metodologia utilizada para realização da pesquisa e posterior construção deste estudo.
Também está organizado em seções distintas, no total de 4 eixos: classificação do estudo;
universo amostral; coleta de dados; e interpretação e análise dos dados.
O capítulo 4 é composto por todas as informações e resultados obtidos a partir da
realização da pesquisa e análise dos dados coletados. Está organizado em quatro seções
distintas, algumas divididas em subseções para melhor apresentação dos resultados. A
primeira seção deste capítulo apresenta a caracterização da organização estudada, bem como
um breve histórico desde sua criação até o momento atual.
A partir da segunda seção do capítulo 4 são apresentados os resultados encontrados
efetivamente. Na seção 4.2 encontra-se a apresentação do perfil dos colaboradores do Sicredi
– Unidade de Atendimento Santa Rosa/Centro. A seção 4.3 apresenta os aspectos em relação
às políticas de gestão de pessoas e está dividida em outras quatro subseções: aspectos de
trabalho e remuneração; comunicação; relacionamento e percepções de satisfação; e visão de
futuro.
A quarta seção do capítulo 4 é destinada à explanação das percepções apresentadas
pelos colaboradores através das respostas às questões abertas (Apêndice I e Apêndice II,
Anexos I, II e III). Esta seção também é dividida em quatro subseções para melhor
organização dos resultados obtidos: motivações para continuar trabalhando no Sicredi;
sugestões de pontos a melhorar; percepções dos gestores; relação das percepções dos gestores
em relação às percepções dos colaboradores.
O capítulo 5 é reservado às proposições que surgiram a partir da realização desteestudo. Por fim, encontra-se a conclusão onde são apresentados os principais resultados deste
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estudo de uma maneira geral e sucinta, com apontamentos e opiniões da autora da pesquisa,
bem como suas expectativas de utilização prática dos resultados expostos no decorrer deste
estudo.
Para iniciar a apresentação dos resultados obtidos, contextualiza-se o estudo no
capítulo a seguir, buscando situar o leitor em relação ao tema, objetivos e justificativas que
permitiram a construção deste relatório.
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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Nesse capítulo apresenta-se a caracterização da organização, delimitação do tema e a
questão que orientou a realização do presente estudo. Este teve como principal objetivo
investigar as variáveis que interferem no Clima Organizacional dos colaboradores, como
também políticas de gestão de pessoas e a percepção do gestor frente a essas variáveis, através
de uma pesquisa de clima organizacional.
1.1
Apresentação do Tema
Na sociedade atual, a competitividade e as exigências do mercado determinam que a
administração das empresas seja mais flexível e atue de forma cooperativa, obrigando-as a
conquistar seus clientes através de produtos e serviços qualificados e excelência no
atendimento. Busca-se cada vez mais o constante aperfeiçoamento de métodos que deem
condições para garantir e aumentar a participação dos empresários no mercado extremamente
competitivo aliando qualidade de vida a seus colaboradores.
Para que uma organização funcione de forma eficiente e eficaz, cada parte desta deve
desenvolver suas funções com responsabilidade e comprometimento, da melhor forma
possível. Mais do que uma boa remuneração, ao ingressar em um sistema organizacional
produtivo, o indivíduo busca, de modo geral, satisfazer tanto suas necessidades de pertencer a
um grupo social quanto de autor realização. No entanto, sabe-se que estes objetivos nem
sempre são alcançados, visto que existem inúmeros fatores que interferem nas relações de
trabalho e influenciam na satisfação dessas necessidades.
Para que a gestão de pessoas tenha papel atuante dentro da empresa, é preciso
conhecer melhor seu colaborador, suas expectativas e necessidades, valorizá-lo e motivá-lo a
comprometer-se com os objetivos organizacionais. Com isso as pesquisas de Clima ganham
espaço, pois o clima organizacional influencia direta e indiretamente o comportamento.
Motivação, produtividade e satisfação das pessoas envolvidas são pontos inerentes com os
procedimentos organizacionais de toda e qualquer empresa.
Estudar o clima organizacional tem como intuito minimizar conflitos entre as
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necessidades dos indivíduos e os objetivos da organização. Através do levantamento das
opiniões e aspirações individuais, com relação às organizações, o gestor pode conhecer e
entender melhor o comportamento dos indivíduos, podendo assim, propor medidas de modo
que a organização possa alcançar seus objetivos institucionais atendendo às expectativas dos
colaboradores. Pois, a pesquisa de clima organizacional é um poderoso instrumento de
diagnóstico da satisfação e motivação dos colaboradores frente às políticas de Recursos
Humanos/Gestão de Pessoas adotadas pelas empresas, bem como, da gestão da qualidade de
vida no trabalho.
A avaliação do clima organizacional de uma empresa constitui uma oportunidade de
realizar melhorias contínuas no ambiente de trabalho e nos resultados dos negócios. As
pessoas precisam ter oportunidade para expor o que pensam, permitindo assim sua
participação no processo organizacional. O estilo de liderança tem muita influência no alcance
da excelência da qualidade.
No sentido de que as pessoas dependem das organizações nas quais trabalham para
atingir suas metas e objetivos pessoais e individuais, convém citar Chiavenato (2008) o qual
afirma que o contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Conforme
este mesmo autor, as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro deorganizações, as quais dependem daquelas para funcionar e alcançar sucesso.
Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, quase impossível, diante
da importância e do impacto que o trabalho provoca. Com isso, para que a gestão de pessoas
seja eficiente e eficaz, é preciso que haja um planejamento voltado a cada organização de
modo a atingir suas necessidades específicas e pontuais.
Durante muito tempo, ao falar em qualidade nas empresas, se enfatizava principalmente produção e remuneração. Atualmente fala-se não apenas em qualidade no
trabalho, mas também em qualidade de vida dos colaboradores, ou seja, os colaboradores
precisam estar motivados e satisfeitos tanto no trabalho como em sua vida pessoal.
Diante do contexto apresentado e ao considerar a importância que representa para a
empresa, o tema escolhido para esse estudo consistiu na realização de uma Pesquisa de Clima
na Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro da Cooperativa de Crédito Sicredi União RS
da cidade de Santa Rosa.
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1.2 Questão de Estudo
A pesquisa de clima em uma organização é fundamental para ter pessoas satisfeitas no
trabalho, bem como para a empresa ter profissionais que atendam suas necessidades.
Diante da importância do assunto clima organizacional para o desenvolvimento da
organização e da qualidade de vida dos colaboradores, este estudo foi orientado a partir da
seguinte questão: Como os colaboradores avaliam as variáveis do Clima Organizacional na
Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro do Sicredi União RS?
1.3
Definição dos Objetivos do Estudo
O estabelecimento de objetivos claros remete à busca de resultados concretos. A partir
da formulação do problema, fez-se necessário estabelecer um objetivo geral e objetivos
intermediários ou específicos que permitiram chegar à solução do problema percebido, isto é,
os objetivos orientaram a metodologia utilizada para a construção deste estudo.
1.3.1
Objetivo geral
Investigar as variáveis que interferem no clima organizacional na percepção dos
colaboradores da Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro da Sicredi União RS.
1.3.2
Objetivos específicos
Investigar e descrever as políticas de gestão de pessoas da Sicredi União RS;
Diagnosticar o clima organizacional entre os colaboradores a partir da pesquisa
específica;
Analisar as variáveis do clima organizacional, identificando junto aos colaboradores
da unidade de atendimento pontos fortes e fracos que podem ser melhorados;
Verificar a percepção do gestor frente às variáveis do clima da organização com vista
a fazer um comparativo com a percepção dos colaboradores;
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Propor sugestões de melhorias a partir do diagnóstico constituído.
1.4
Justificativa
O sistema financeiro nacional caracteriza-se por uma gama de produtos e serviços a
serem ofertados à sociedade a partir de seus órgãos representativos intermediários - os bancos
e as cooperativas de crédito - para clientes ou associados.
As Cooperativas de Crédito são organizações compostas por pessoas com os mesmos
objetivos, desejos e aspirações. São uma forma de associação, cooperação e união de forças e
recursos.
Estas cooperativas são sociedades de pessoas, constituídas com o objetivo de prestar
serviços financeiros aos seus associados, na forma de ajuda mútua, baseada em valores como
igualdade, equidade, solidariedade, democracia, responsabilidade social, além de terem como
objetivo diminuir desigualdades sociais, facilitar o acesso aos serviços financeiros, difundir o
espírito da cooperação e estimular a união em prol do bem-estar comum.
As cooperativas de crédito diferenciam-se dos bancos porque buscam a promoção do
indivíduo e da sociedade em seus meios, procurando o envolvimento desses em todas as
atividades que oferecem. Schardong (2002) define as Cooperativas de Crédito a partir do
objetivo de captação de recursos financeiros para financiar as atividades econômicas dos
cooperados, a administração e a prestação dos serviços de natureza bancária por eles
demandada.
Em Santa Rosa atualmente existem três unidades de atendimento, com mais de 15 milassociados. Por seu diferencial competitivo, o ato cooperativo e o trabalho focado no
associado, presta um atendimento diferenciado e personalizado. Esse segmento de
cooperativas vem crescendo de forma acentuada e representativa nos últimos anos,
principalmente desde sua livre admissão de associados no ano de 2003.
A partir desse contexto percebeu-se que é uma organização voltada para o capital
humano. Com isso, o desenvolvimento do presente estudo proporcionou a elaboração de um
diagnóstico relacionado a uma pesquisa de clima da Cooperativa Sicredi União RS partindoda unidade de atendimento Santa Rosa Centro. E também permitiu à acadêmica relacionar
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conhecimentos teóricos desenvolvidos em sala de aula aplicando-os a realidade da
organização.
A escolha da organização objeto de estudo, deu-se principalmente pelarepresentatividade na sociedade por ser uma cooperativa, por seus princípios e valores
voltados à comunidade em geral. Pelo foco nas pessoas, associados e colaboradores, pela
proximidade e facilidade ao acesso de informações que a acadêmica tem com a organização,
como também pela oportunidade e aceitação por parte dos dirigentes e Área de Gestão de
Pessoas, e por já ter realizado outros estudos na mesma organização.
Justificou-se também por sua originalidade, tratando-se de uma abordagem inovadora,
analisando de forma específica a percepção dos colaboradores daquela unidade de
atendimento, ao considerar que não foram encontrados outros estudos mais específicos no
corrente ano dentro da Unidade de Atendimento Santa Rosa Centro da Cooperativa Sicredi
União RS em relação ao tema aqui investigado. O Sistema a nível nacional realizou uma
pesquisa de clima no início de 2012, com abordagens a nível sistêmico, a qual está sendo
avaliada e analisada internamente pelos gestores.
Com a pesquisa de clima obteve-se elementos necessários para apresentar um
diagnóstico da organização, evidenciando percepções e atitudes dos colaboradores que nela
atuam com relação a vários aspectos ligados ao trabalho e sua qualidade de vida.
O clima organizacional representa conceitos que os indivíduos partilham a respeito do
ambiente de trabalho. Além disso, o estudo trouxe oportunidade de conhecer melhor os
colaboradores em relação à sua satisfação com a empresa. Para que a organização consiga
atingir suas metas e objetivos é necessário o apoio destes, motivados, felizes e orgulhosos dos
valores compartilhados na mesma.
Ao encontro deste estudo esteve a preocupação da área de gestão de pessoas, pois o
clima organizacional afeta diretamente a motivação e o comportamento das pessoas, que por
sua vez afeta o desempenho dos negócios, gerando resultados positivos ou negativos.
Este estudo justificou-se também, por abordar umas das questões mais importantes da
atualidade nas organizações: a gestão de pessoas, trabalhando principalmente a satisfação e
motivação dos colaboradores através do clima organizacional, buscando permitir a realização
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pessoal e profissional. Pois a motivação das pessoas tem uma relação direta com a excelência
da qualidade dos produtos e serviços das organizações.
O fundamental é descobrir como os fatores motivacionais contribuem para aexcelência da qualidade de produtos e serviços oferecidos, como também para com o
relacionamento entre colaboradores e gestores.
Portanto, a realização deste estudo justificou-se por sua relevância, pois é um tema
atual ao qual as organizações estão destinando uma atenção especial por proporcionar
melhorias consideráveis, desde que sejam aplicadas e desenvolvidas de acordo com as
mudanças necessárias. Neste sentido, o Sicredi realiza periodicamente uma pesquisa de clima
organizacional na qual este estudo também está embasado.
Justificada a escolha da organização objeto do estudo, o tema proposto, a questão e a
importância do estudo, parte-se para a apresentação da revisão da literatura que embasou a
realização deste e a construção do relatório de resultados.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo é apresentada a revisão da literatura que permitiu o embasamento
teórico para a realização do estudo. O referencial foi construído apoiado em definições de
autores como Dutra (2001, 2002 e 2008); Chiavenato (2005 e 2008); Gil (2001); Juran (1990),
Luz (1995), dentre outros.
2.1 Definições e Tipologias de Organizações
Segundo os dicionários, organização é o modo pelo qual um grupo, um sistema, uma
instituição ou associação se organizam em busca de objetivos comuns. Para Nogueira (2007)
uma organização é um sistema técnico e social que gera valores, serviços e produtos em
determinado contexto, satisfazendo necessidades individuais ou coletivas. É a reunião de um
determinado número de pessoas em busca de uma vontade única.
Maximiano (1999) diferencia a organização dos demais grupos sociais por algumas
características próprias como seus propósitos, a divisão do trabalho e a coordenação. No
mesmo contexto, Silva (2001) define organização como duas ou mais pessoas trabalhando
juntas cooperativamente dentro de limites identificáveis, para alcançar um objetivo ou meta
comum.
A partir desta ideia, pode-se dizer que organização é um conjunto de atividades
conscientemente coordenadas, de duas ou mais pessoas onde, devido a limitações pessoais, os
indivíduos são levados a cooperarem uns com os outros para alcançar metas e objetivos, osquais provavelmente a ação individual isolada não conseguiria.
Além desse conjunto de atividades, a organização é uma combinação de esforços
individuais em busca de objetivos comuns. Segundo Maximiano (1999) através de uma
organização, é possível alcançar propósitos muitas vezes impossíveis para uma única pessoa,
porém tangível para o conjunto destas. Sempre que surge a necessidade da união de esforços
para cumprir uma meta, realizar um objetivo, produzir um produto ou serviço, o resultado é
uma organização.
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Nesta perspectiva Chiavenato (1999, p. 360), afirma que a organização pode ser vista
como uma “unidade ou entidade social em que as pessoas interagem entre si, para alcançar
objetivos comuns”. Assim, as organizações se constituem em uma ação mutuamente
orientada, de dois ou mais indivíduos que faz com que elas sejam dinâmicas, interativas e
complexas, ou seja, um organismo vivo.
Já para Kanaane (1994, p.30) organização é “um sistema socialmente estabelecido
pelo conjunto de valores expressos pelos indivíduos que dela fazem parte, sendo assimiladas e
transmitidas sucessivamente pelas mesmas”. Neste contexto observa-se que o conceito de
organização vai além do conjunto de pessoas, tendo uma forte ligação com os valores
estabelecidos por esses indivíduos e transmitidos de forma inconsciente ao ambiente em que
estão inseridos.
Chiavenato (2003) ressalta ainda que o propósito da organização deva ser produzir um
produto ou serviço para satisfazer as necessidades dos clientes, que podem ser consumidores,
usuários, associados ou contribuintes.
Conforme Vasconcellos (2002) a estrutura de uma organização pode ser definida
como resultado de um processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades são
especificadas desde os níveis mais baixos até a alta administração existindo um sistema
formal de comunicação.
Ao considerar as definições de organização como o conjunto de pessoas que trabalham
por um fim organizacional convém considerar, conforme Chiavenato (1999), que as
organizações, assim como os seres humanos, também têm um ciclo de vida, pois apresentam
estágios como nascimento, infância, juventude e maturidade. Porém, esse tempo não é
contado em ordem cronológica, e sim conforme suas fases vão sendo superadas.
O ciclo de vida organizacional depende, também, da estrutura que a organização
apresenta e de sua capacidade para enfrentar os desafios de seu mercado de atuação. Neste
sentido, cabe apresentar algumas definições de tipologias organizacionais.
As organizações são classificadas em diversas tipologias e modalidades, cada uma
determinada por diferentes variáveis. Para este estudo optou-se por apresentar as tipologias
organizacionais constituídas a partir da variável estrutura organizacional.
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Conforme as concepções de Mintzberg (1995), existem cinco tipos de organizações:
de estrutura simples, burocracia mecanicista, estrutura divisionalisada, burocracia profissional
e adhocracia.
As pequenas organizações têm liderança centralizada geralmente em um único
indivíduo que exerce autoridade informal e supervisão direta - sua estrutura é do tipo simples.
Já as organizações do tipo burocracia mecanicista são caracterizadas por uma estrutura
hierárquica definida, com fluxos formais de informações, porém associados a um processo
pouco inovador. Neste tipo de organização todos os indivíduos têm suas funções definidas
rigorosamente para a elaboração de um produto previamente definido.
Organizações de estrutura divisionalisada possuem um vértice estratégico que
concentra o poder central e subdivide-se em diferentes departamentos, aos quais são divididas
as funções operacionais, minimizando a interdependência entre as divisões. Chiavenato
(1997) corrobora com este tipo de organização ao afirmar que a hierarquia divide a
organização em camadas, escalas ou níveis de autoridade, sendo que as pessoas que ocupam
os cargos e funções superiores tem autoridade sobre as que ocupam cargos e funções
inferiores.
O quarto tipo de organização definida por Mintzberg (1995) é a de burocracia
profissional. Neste tipo de organização o vértice estratégico tem uma função de coordenação
do pessoal de apoio e gestão de recursos financeiros e materiais.
E, por fim, as organizações do tipo adhocracia que são caracterizadas por uma
configuração em que as diferentes partes da organização se fundem em uma estrutura sem
ordenação. Neste tipo de organização prioriza-se a inovação. Sua comunicação é de ordem
informal e a coordenação é ajustada mutuamente, beneficiando a cooperação.
Para Vasconcellos (2002) as organizações podem ser classificadas também como
formais e informais, sendo que este conceito não pode ser definido de forma rígida. A
classificação de organização formal e informal deve obedecer como uma escala – nível de
formalização – que tenha em uma extremidade muito informal e na outra extremidade muito
formal.
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Já Nogueira (2007) através de sua definição de sistema técnico e social divide as
organizações em seis modalidades: públicas, empresariais, sindicais, políticas, sociais e do
terceiro setor, conforme apresenta-se no Quadro 1.
Quadro 1: Modalidades de Organizações
TIPO CARACTERÍSTICAS
OrganizaçõesPúblicas
Organizações estatais, geridas pela administração ou gestão pública.São criadas por lei e tem sua estrutura administrativa fundamentadaem estatutos específicos – determinando que o ingresso em seusquadros só ocorra por meio de concurso público.
Organizações
Empresariais
Uma das características da empresa privada é o princípio da
heteronomia, segundo o qual o poder de decisão é exercido por quemdetém a autoridade e a responsabilidade na organização. Esse tipo deempresa representa a principal força econômica e social do sistemacapitalista e exercem papel fundamental de planejar a distribuição dariqueza.
OrganizaçõesSindicais
Exercem papel regulador do mercado de trabalho. Ao longo do tempotransformaram-se em organizações profissionais de negociaçãocoletiva.
Organizações
Políticas
Os partidos políticos transformaram-se em organizações profissionais,
burocráticas e máquinas de arrecadação de dinheiro para ascampanhas eleitorais.
OrganizaçõesSociais
Os movimentos sociais produziram organizações de todos os tipos,acompanhando a dinâmica da mudança social. Atualmente, váriasdessas organizações são consideradas do terceiro setor.
Terceiro Setor
Integrado por organizações sem fins lucrativos, com a finalidade pública e social. Apresentam as seguintes características gerais:formalidade, caráter privado, não distribuem lucros, tem autonomiasobre a própria gestão e parte de sua força de trabalho é voluntária ou
não remunerada.Fonte: Elaborado com base em Nogueira (2007).
Conforme Robbins (2002), as definições de estrutura organizacional podem também
ocorrer através da departamentalização, a qual pode ser por funções desempenhadas, por
produtos, por critérios geográficos, por processos, dentre outros.
Maximiano (1999, p. 26) corrobora que organização pode ser “uma grande empresa ou
uma pequena oficina, um laboratório de análise ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma
escola”. Todo e qualquer conjunto de indivíduos interagindo como um sistema técnico e
social produzindo resultados de forma eficaz e eficiente.
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Em relação ao detalhamento das organizações cooperativas e das Cooperativas de
Crédito, as organizações cooperativas tiveram seu princípio na Revolução Industrial,
conforme Masy (1979) e em experiências anteriores como também evidenciado por Masy
(1992).
O autor destaca ainda, que a estrutura e formação das Reduções Jesuítica-guaranis no
centro Sul da América do Sul no século XVII caracterizaram-se como organizações
cooperativas. Estas contribuições iniciais, juntamente com os demais estudos sobre
organizações sustentam o detalhamento da próxima seção deste estudo.
2.1.1 Organização cooperativa de crédito
A organização cooperativa é uma forma de associação de pessoas que se reúnem,
voluntariamente, para atender as necessidades comuns através de uma atividade econômica.
Na definição de diferentes autores (Oliveira (2006); Büttenbender (2010 e 2011); Scherer
(1999)) as sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer tipo de serviço,
operação ou atividade, conforme a finalidade dos cooperados. Sendo os associados usuários e
donos da organização, assumindo riscos e dividindo sobras ou perdas.
As cooperativas de crédito diferenciam-se das demais sociedades cooperativas pelas
seguintes características: adesão voluntária, variabilidade de capital, inacessibilidade das
quotas-partes de capital de terceiros, um voto vale um voto independente de seu capital,
retornos das sobras no final do exercício, neutralidade política e indiscriminação religiosa,
racial e social.
Segundo Schardong (2002):
As cooperativas de crédito, na condição de instituições financeiras monetárias,integrantes do sistema financeiro nacional, têm seu funcionamento autorizado peloBanco Central do Brasil, subordinando-as aos normativos próprios, aprovados peloConselho Monetário Nacional, que faz uso das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei n. 4.595/64. (SCHARDONG, 2002, p.86).
Na mesma linha de pensamento, Oliveira (2006) e Büttenbender (2010 e 2011)
definem as cooperativas como associações de pessoas com objetivos comuns, sem fins
lucrativos, com forma e natureza jurídica próprias de natureza civil, não sujeitas à falência,organizadas economicamente e democraticamente, com participação livre de todos, com
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igualdade de direitos e deveres para a execução de quaisquer atividades, operações ou
serviços. Tendo como cooperado o indivíduo que se associa para participar ativamente da
organização cooperativa.
Schardong (2002) afirma que uma cooperativa de crédito tem como objetivo
primordial captar recursos financeiros de modo a financiar as atividades econômicas dos
cooperados, a administração das suas poupanças e a prestação dos serviços de natureza
bancária por eles demandada. Desta forma, as cooperativas de crédito apresentam as mesmas
modalidades econômicas - financeiras de uma instituição tradicional, porém com diferenciais
competitivos voltados para o associado.
Sobre sua natureza societária, Schardong (2002, p. 85) também ressalta que as
cooperativas de crédito são “sociedades de pessoas, com forma e natureza próprias, de
natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados”.
Distingue-se das demais sociedades, nos termos do artigo 4 da Lei n. 5.764/71 pelas seguintes
características:
a) Adesão voluntária;
b)
Variabilidade de capital, representado por quotas-partes;
c) Limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado;
d) Incessibilidade das quotas-partes de capital a terceiros, estranhos à sociedade;
e) Singularidade de voto;
f) Quórum para funcionamento e deliberação da assembleia geral baseado no
número de associados e não no capital social;
g) Retorno das sobras do exercício proporcionalmente às operações realizadas pelo
associado;
h) Indivisibilidade do fundo de reserva;
i) Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;
j) Área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle,
operações e prestação de serviços.
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Segundo (Franke, apud Schardong, 2002, p. 86), “a natureza jurídica própria da
cooperativa consiste em ser uma sociedade auxiliar, de caráter institucional, a qual, na sua
condição, existe tão somente para prestar serviços aos associados”. Destaca também a dupla
qualidade de associado e usuário dos produtos e serviços prestados pela sua organização.
Schardong, (2002) explica que as cooperativas de crédito, diferente das demais
organizações e instituições financeiras, não precisam necessariamente maximizar o lucro, mas
devem sim considerar os interesses econômicos e sociais de seus cooperados, prestando o
melhor atendimento, satisfazendo as necessidades econômicas financeiras e sociais dos seus
associados.
Diferente das relações de negócio entre instituições financeiras e clientes, a relação de
negócio entre as cooperativas de crédito e seus associados, vai além, complementando um ao
outro. Neste sentido Schardong (2002) classifica as organizações cooperativas singulares de
crédito com abrangência associativa em cinco tipos, conforme Quadro 2:
Quadro 2: Tipos de Cooperativas Singulares de Crédito
COOPERATIVASINGULAR DE
CRÉDITO
CARACTERÍSTICAS
Cooperativa deEmpregados e
Servidores
Formada por pessoas físicas com ligação a empresas ouórgãos públicos, assim como pessoas jurídicas sem finslucrativos.
Cooperativas deProfissionais eTrabalhadores
Formada por pessoas físicas de uma determinada categoria e pessoas jurídicas sem e com fins lucrativos com as mesmasatividades econômicas das associadas pessoas físicas.
Cooperativas deCrédito Rural Determinada pelo artigo 84 da Lei n. 5764/71, é formada por pessoas físicas que de forma efetiva e predominante,exerçam atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas.
Cooperativas deMicroempresários,
Pequenos Empresáriose
Microempreendedores
Poderão associar-se pessoas físicas e jurídicas que exploramatividades de natureza industrial, comercial, agropecuária,agropastoril ou prestação de serviços, como também pessoas
jurídicas sem fins lucrativos.
Cooperativas de Livre
Admissão deAssociados
Formada por todas as pessoas físicas e jurídicas sem fins
lucrativos, bem como pessoas jurídicas que exerçamatividades econômicas correlatas às pessoas físicas.
Fonte: Elaborado pela autora com base nas definições de Schardong (2002).
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Pelos conceitos e tipologias apresentados evidencia-se a importância das cooperativas
para seus associados e a comunidade em geral, pois ambos ganham com os atos de
cooperação de uma organização cooperativa de crédito.
Isto faz com que essa organização conquiste um espaço representativo dentro do
mercado que atua, tendo como diferença principal entre o sistema bancário e o sistema
cooperativo de crédito o objetivo da sociedade, onde as cooperativas socializam o crédito e os
bancos promovem a industrialização do dinheiro.
Apresentado o sistema cooperativo de crédito, suas particularidades e suas
características, parte-se para o estudo da cultura organizacional, considerando sua influência e
reflexos no sistema organizacional.
2.2 Cultura Organizacional
Para compreender e intervir melhor em uma organização faz-se necessário investigar e
estudar sua cultura organizacional, considerando o contexto histórico e cultural em que ela
está inserida. É importante ressaltar que existe uma interferência real da cultura nacional,
regional e até mesmo inter-regional na cultura da organização propriamente dita, que se dá
nos relacionamentos, padrões de conduta, forma de administração, enfim, preceitos de cada
organização.
Nesta dimensão segundo Maximiano (1999, p. 37) “a cultura depende do tamanho e da
complexidade da organização”. Sob a mesma perspectiva que a cultura organizacional é
percebida pelos colaboradores, Maximiano (1999) observa que ela também é transmissível,
uma vez que os novos colaboradores acabam adquirindo a cultura daqueles que se encontramna organização, assim como é renovável, onde cada novo conceito é absorvido pelos
integrantes da organização.
Na mesma visão Robbins (1999) caracteriza a cultura organizacional como um
conjunto de significados compartilhados por seus colaboradores, que acaba diferenciando uma
organização da outra. Esse conjunto de significados partilhados é o que forma a identidade da
organização, com suas características específicas.
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A partir dessa base, Robbins (1999) explica que a cultura organizacional desempenha
várias funções dentro da organização. Na primeira, ela tem um papel de definição de fronteira,
isto é, cria distinções entre uma organização e outra. Segunda, transmite um sentido de
identidade para os membros da organização. Terceira, a cultura facilita a geração de
comprometimento a alguma coisa maior do que auto interesse de alguém. Quarta, ela
intensifica a estabilidade do sistema social. Nessa dimensão a cultura torna-se um mecanismo
que controla, molda e guia o comportamento de seus colaboradores.
Dentro de uma organização, a cultura exerce diversas funções definindo os limites, a
coerência nos atos dos colaboradores, dando a eles uma sensação de identidade, de pertencer a
algo mais amplo e sério, trazendo motivação e fazendo com que comprometam-se com os
interesses coletivos.
Algumas vezes funciona como um vínculo entre os colaboradores e a empresa,
mantendo-os unidos através de normas e ações, mas uma das suas principais funções é
diferenciar uma organização da outra.
Outra forte influência na formação da cultura de uma organização é seu capital
humano, suas pessoas. Cada indivíduo tem uma forma de pensar, princípios e crenças
diferentes. A junção dessas pessoas dentro de uma mesma organização leva ao conflito de
pensamentos, necessitando a formação de uma só cultura para todos se guiarem, pois a cultura
dominante tem uma visão macro da organização.
Neste sentido, Robbins (2005) expõe que as características biográficas e a inteligência
são alguns dos fatores que interferem no desempenho e na satisfação dos funcionários. Alguns
conceitos como motivação, poder e política são difíceis de serem avaliados, tornando-se
importante iniciar qualquer análise por fatores definidos com maior facilidade edisponibilidade como, por exemplo, sexo, idade, estado civil, tempo de serviço na
organização, dentre outros.
Na análise da relação idade e produtividade, não existem comprovações de qual faixa
etária é mais produtiva. As diferenças estão na experiência, na capacidade de bom senso, na
ética e no compromisso com a qualidade. Quanto mais tempo de serviço o funcionário tiver,
menores serão as possibilidades de pedir demissão do emprego.
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Da mesma forma, não existem diferenças de produtividade entre pessoas de gêneros
diferentes – masculino e feminino. Tanto os homens quanto as mulheres têm capacidade para
apresentar desempenho equivalente na função que realizam. Robbins (2005) afirma que a
diferença existente entre homens e mulheres está relacionada aos funcionários que tem filhos.
Neste caso, as mulheres costumam se ausentar mais vezes do emprego por necessidade de
cuidados com os filhos.
De acordo com Chiavenato (2005, p.190) “o comportamento individual nas
organizações depende não somente das características individuais das pessoas, mas também
das características da organização”.
No contexto da afirmação anterior, o autor apresenta alguns princípios básicos do
comportamento individual em decorrência das características individuais e organizacionais: as
pessoas são diferentes na capacidade comportamental; têm necessidades diferentes e tentam
satisfazê-las; pensam no futuro e escolhem como se comportar; percebem seu ambiente em
função das suas necessidades e experiências passadas; reagem afetivamente; seus
comportamentos e atitudes são causados por múltiplos fatores. (CHIAVENATO, 2005).
Para melhor compreensão sobre um dos temas mais importantes das organizações
atualmente, apresenta-se a seguir o referencial sobre gestão de pessoas.
2.3 Gestão de Pessoas
Na era da informação, lidar com pessoas passou a ser uma solução e uma vantagem
competitiva para as organizações bem sucedidas. O talento e capital humano andam juntos em
busca da competitividade e do sucesso, agregando valor às mesmas. A competitividadetornou-se mais intensa entre as empresas e seu recurso mais importante passou a ser o ser
humano, seu conhecimento e suas habilidades mentais.
A cultura sofreu grandes impactos e mudanças, trazendo um contexto ambiental de
turbulências e de imprevisibilidades para as organizações além de transformações na área de
gestão de pessoas. No entendimento de Chiavenato (2005), o conhecimento tornou-se útil,
produtivo e de responsabilidade gerencial.
Com isso, a gestão de pessoas assume um papel estratégico nas organizações, pois as
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pessoas passam a ser consideradas como parceiras das empresas tomando decisões a respeito
de suas atividades, cumprindo as metas e alcançando resultados previamente propostos,
satisfazendo necessidades e expectativas.
Na mesma linha de pensamento, Dutra (2008) afirma que, a forma ideal de utilização
do conhecimento na empresa seria uma entrega mútua entre empresa e colaborador, cada um
dando o melhor que tem a oferecer ao outro.
Chiavenato (2005, p.187) define que “as organizações não existem sem as pessoas.
(...) Na verdade, as pessoas são o começo, o meio e o fim das organizações”. Este mesmo
autor expõe que:
Ao longo do desenvolvimento histórico das organizações, as pessoas foramconceituadas sob diferentes ângulos e perspectivas. A adoção de conceitos sobre anatureza das pessoas tinha por finalidade justificar a maneira pela qual asorganizações procuravam tratar as pessoas e seus problemas e necessidades. (...)Essas concepções passaram por mudanças e alterações ao longo do tempo (...). Ocerto é que ainda hoje as organizações estão aprendendo a lidar com as pessoas deuma maneira cada vez mais humana e participativa. (CHIAVENATO, 2005, p.188-189).
Dutra (2008) também destaca a valorização das pessoas, pois para o autor a pessoa
tem que se sentir valorizada, pelas suas atribuições e pelo seu desempenho com o trabalho.
Sabe-se que a motivação das pessoas tem uma relação direta na excelência da qualidade dos
produtos e serviços das empresas, como também na qualidade de vida de seus colaboradores.
O fundamental é descobrir como esses fatores contribuem para atingir os objetivos propostos.
Juran (1990) destaca que na busca pela qualidade, alguns fatores motivam as pessoas a
se comprometerem mais com a organização, os quais devem ser identificados e conhecidos
pela liderança. Uma vez conhecidas as forças do comportamento, caberá ao gerente examinar
como essas forças dificultam ou promovem a qualidade, estabelecendo ações estratégicas deforma construtiva.
Na perspectiva de aplicação do conhecimento nas organizações, Robbins (2000,
p.360) define o envolvimento do funcionário como “um processo participativo que utiliza a
competência total dos funcionários e se destina a encorajar o maior comprometimento com o
sucesso da organização”.
A partir da importância dos líderes conhecerem seus colaboradores, em busca de umcomprometimento maior, Gil (2001) ressalta que a gestão de pessoas tende a tornar-se o setor
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mais importante da administração. Seus agentes passarão a ser selecionados não somente pela
capacidade técnica inerente ao setor, mas também pela competência nas outras áreas de
atuação da administração.
Algumas práticas de seleção de pessoas ocorrem através de instrumentos como
entrevistas, testes escritos ou testes de simulação de desempenho. Estas práticas de seleção
determinam quem será contratado, pois se forem aplicadas adequadamente permitem
identificar candidatos competentes e adequados à vaga que a organização busca preencher.
(ROBBINS, 2005).
De acordo com Dutra (2001, p. 20) “o modelo de gestão de pessoas deve ser
compreendido como o conjunto de políticas, práticas, padrões atitudinais, ações e
instrumentos empregados por uma empresa para inferir no comportamento humano e
direcioná-lo no ambiente de trabalho”.
Robbins e Coulter (1998) apresentam o processo de administração de recursos
humanos em oito atividades que, se realizadas de maneira adequada, proporcionam à
organização empregados capazes de manter seu nível de desempenho por um longo prazo.
Neste processo apresentado por Robbins e Coulter (1998), inicia-se com o
planejamento de recursos humanos a partir da necessidade de aumento do quadro de
funcionários (recrutamento) ou da necessidade de redução do quadro de funcionários
(desligamento).
Durante os processos de recrutamento ou desligamento ocorre o processo de seleção,
onde busca-se a identificação de profissionais competentes e habilidosos para as funções que
serão desenvolvidas.
A partir do momento que os funcionários são contratados surge a necessidade de
oferecer orientação, treinamento, desenvolvimento de carreira, salários e benefícios
proporcionais ao nível de complexidade e qualidade das atividades desenvolvidas.
Nestes momentos é importante que haja comunicação entre as lideranças e seus
liderados, pois compete à administração de recursos humanos identificar possíveis problemas
de desempenho e corrigi-los. Esta identificação é realizada pela avaliação de desempenho.
Chiaventato (2005, p.313) corrobora neste sentido ao afirmar que:
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Toda organização funciona a partir dos processos de comunicação. A dinâmicaorganizacional somente é possível quando a organização assegura que todos os seusmembros estejam devidamente conectados e integrados. As redes de comunicaçãoconstituem as amarrações que interligam todos os integrantes de uma organização. Acomunicação é fundamental para o funcionamento coeso, integrado e consistente de
qualquer organização. É exatamente por essa razão que uma das finalidades maisimportantes do desenho organizacional é assegurar e facilitar o processo decomunicação e tomada de decisão. (CHIAVENATO, 2005, p.313).
Dutra (2001) ressalta também a necessidade de criação de uma cultura de
aprendizagem nas organizações como fator fundamental para dar respostas a um ambiente
exigente, complexo e dinâmico. Assim, o estilo de liderança tem grande influência no alcance
da excelência da qualidade. É preciso dar oportunidade às pessoas, permitindo a participação
dessas no processo organizacional.
Para Robbins (2005, p.400) “funcionários competentes não permanecem competentes
para sempre”. Por conseguinte, justifica-se a importância de oferecer aos colaboradores
programas de treinamento e desenvolvimento.
Os programas de treinamento podem afetar o comportamento do colaborador de duas
formas: aperfeiçoar suas habilidades para que desenvolva suas funções com sucesso; e
melhorar sua auto eficácia. Robbins (2005, p.415) define auto eficácia como “a expectativa
que o indivíduo tem em relação a ser capaz de executar os comportamentos necessários parachegar a certo resultado”.
Para isso as pessoas necessitam de preparação para assumir atribuições e
responsabilidades em níveis crescentes de complexidade. Portanto, se for agregado valor às
pessoas, estas poderão sentir-se motivadas, valorizadas e consequentemente, poderão
contribuir de forma produtiva, para o alcance dos objetivos estratégicos da empresa.
De acordo com Chiavenato (2005, p.16) “o comportamento organizacional está
relacionado com a maneira como as organizações se comportam em um mundo dinâmico e
em constante desenvolvimento”.
Neste sentido, são apresentados alguns dos principais desafios do comportamento
organizacional como, por exemplo, a rapidez com que o mundo está mudando, as mudanças
que acontecem no ambiente de negócios, na força de trabalho, as transformações nas
expectativas de clientes e consumidores, de gerentes e dirigentes. Mudanças também em
relação ao conhecimento, tornando-se o principal fator de produção de riquezas.
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Neste contexto de mudanças e desafios, Robbins (2000) define o trabalho bimodal
representado por trabalhadores de baixa qualificação de um lado e, de outro, trabalhadores
com alta qualificação que se utilizam da informação para obter bons salários.
Além disso, Chiavenato (2005) expõe mudanças na natureza do trabalho: mistura
intensa de componentes humanos e tecnológicos, cargos cada vez menos definidos e
programados, influência dos clientes no trabalho da organização, equipes como unidades
básicas, força de trabalho temporária e remota, organizações cada vez mais flexíveis,
integradas, conectadas e dinâmicas.
Conforme Robbins (2005) o comportamento organizacional é um campo de estudos
que investiga o impacto que indivíduos, grupos e estrutura têm sobre o comportamento dentro
das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia
organizacional.
É um campo que estuda três determinantes do comportamento nas organizações:
indivíduos, grupos e estrutura. Robbins (2005, p.6) resume que “o comportamento
organizacional se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de
como este comportamento afeta o desempenho da empresa”.
O estudo do comportamento organizacional é uma ciência aplicada que se apoia nacontribuição de diversas outras disciplinas comportamentais. [...] A psicologia é aciência que busca medir, explicar e, algumas vezes, modificar o comportamento dosseres humanos e dos animais. [...] Inicialmente, os psicólogos organizacionais eindustriais estudavam os problemas de fadiga, falta de entusiasmo e outros fatoresrelevantes para as condições de trabalho que poderiam impedir um desempenhoeficiente. Mais recentemente, sua contribuição se expandiu para incluir estudossobre aprendizagem, percepção, personalidade, emoções, treinamento, eficácia deliderança, necessidades e forças motivacionais, satisfação com o trabalho, processosde tomada de decisões, avaliação de desempenho, mensuração de atitudes, técnicasde seleção de pessoal, planejamento do trabalho e estresse profissional. (ROBBINS,
2005, p.08).
Para Davis e Newstrom (1992) o comportamento organizacional é o estudo e a
aplicação do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações e se aplica
amplamente ao comportamento das pessoas em todos os tipos de organizações, tais como
negócios, governo, escolas e organizações de serviços. Estes autores afirmam que os
elementos-chave do comportamento organizacional são pessoas, estrutura, tecnologia e
ambiente no qual a organização opera.
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Segundo Bowditch e Buono (1992) a ênfase do estudo do comportamento
organizacional refere-se às motivações que levam as pessoas a apresentarem determinado
comportamento enquanto realizam seu trabalho nas organizações.
Neste sentido, Davis e Newstrom (1992), expõem que a imprevisibilidade do
comportamento humano nas organizações, surge através das necessidades individuais e como
a cultura de valores interfere no desempenho comportamental dos colaboradores a partir de
percepções das ciências do comportamento, da administração e outras disciplinas que se
destacam nesta linha de estudo.
O ponto mais forte do comportamento organizacional é a sua natureza interdisciplinar.
Integra as ciências comportamentais e outras ciências sociais que podem contribuir para o
campo. Ele tira dessas disciplinas quaisquer ideias que aprimorarão os relacionamentos entre
as pessoas e as organizações (ROBBINS, 2005).
Conforme Robbins (2005) a maior contribuição dos sociólogos foi no estudo do
comportamento dos grupos dentro das organizações, especialmente as formais e complexas.
As áreas que mais receberam contribuições foram a dinâmica de grupo, o desenho de equipes
de trabalho, a cultura organizacional, a teoria e a estrutura da organização formal, a tecnologia
organizacional e aspectos como poder, comunicação e conflitos.
Cada organização tem seu estilo de vida, comportamento, mentalidade, presença,
personalidade, que nem sempre pode ser visto ou medido, mas percebido através de seus
efeitos e consequências.
Para que os colaboradores de uma organização tenham um bom desenvolvimento, é
imprescindível que os gestores e líderes saibam como está o clima organizacional da sua
empresa. Para conhecer um pouco sobre a importância do clima organizacional, a seguir
apresentam-se ideias referentes ao contexto deste tema.
2.4 Clima Organizacional
As organizações possuem características particulares, como fluxo, hierarquia,
remuneração, entre outras. Para Maximiano (1999) a partir dessas propriedades os membrosda organização desenvolvem percepções e sentimentos. E essas percepções e sentimentos
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refletem de maneira positiva ou negativa a satisfação e a motivação dos colaboradores no
trabalho, influenciando o comportamento dos mesmos em relação à administração da
empresa.
O produto final desses sentimentos individuais ou grupais chama-se clima
organizacional. Portanto, estudar o clima é uma maneira de conhecer a organização, assim
como se suas práticas administrativas estão de acordo ou não com os objetivos de seus
colaboradores.
A análise do clima organizacional é necessária aos administradores para que estes
possam desenvolver suas atividades de forma a ter sempre em mente o comportamento das
pessoas no trabalho.
Ao ingressar em um sistema organizacional o indivíduo busca, de modo geral,
satisfazer tanto suas necessidades de pertencer a um grupo social quanto de se auto realizar.
Entretanto, nem sempre os objetivos a que esse indivíduo se propõe são alcançados, pois
existem inúmeros fatores nas relações de trabalho que influenciam na satisfação dessas
necessidades.
O clima organizacional é formado por percepções compartilhadas entre os
trabalhadores influenciando na satisfação, no rendimento das atividades e na motivação,
regulando de forma indireta a produtividade, otimizando assim o desempenho da organização.
Desta maneira, conhecer o clima de forma profunda pode colaborar positivamente na
qualidade de vida dos colaboradores da organização.
Para Luz (1995) o clima de uma organização é resultado do estado de espírito das
pessoas que a compõem em determinado período e pode servir como indicador do nível de
satisfação ou insatisfação dos colaboradores em determinado ambiente de trabalho.
Sob a mesma perspectiva, Luz (1995) afirma que o clima organizacional trata do
conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento formais e informais, existentes nas
organizações. Também afirma que o clima é resultante da cultura dessas organizações: de
seus aspectos positivos e negativos (conflitos).
A pesquisa do clima organizacional pode ser considerada como um instrumento que,
aplicado de forma consciente e metódica, tem condições de assegurar consistência em
praticamente todas as decisões de mudanças com eficiência, eficácia e qualidade.
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Portanto, é impossível adotar um modelo de gestão de pessoas pronto, sem considerar
a complexidade das organizações e o contexto sócio-político-econômico e cultural em que
elas estão inseridas. Ainda, é possível afirmar que o clima organizacional é o reflexo das
motivações, comportamentos e relações estabelecidas entre os agentes organizacionais, além
de ser um fator que influencia estas variáveis (LUZ, 1995).
Com base nos conceitos apresentados, parte-se do entendimento de que identificar o
clima organizacional pode ser considerado um bom instrumento para aumentar a eficiência da
organização, pois possibilita a criação de um ambiente que satisfaça às necessidades de seus
membros, ao mesmo tempo em que canaliza esse comportamento motivador na direção dos
objetivos organizacionais.
Gil (2001) corrobora, ao mencionar que a pesquisa de clima constitui-se em uma
importante ferramenta de gestão estratégica, pois possibilita à empresa identificar como os
colaboradores sentem e percebem o clima da organização da qual fazem parte.
Analisando as definições apresentadas anteriormente, é possível constatar a presença
de dois elementos comuns a quase todas elas. O primeiro é a referência à percepção como um
meio de identificação do clima. O outro é a referência à influência do clima organizacional na
satisfação, motivação e no comportamento das pessoas, pois um clima organizacional bem
trabalhado trás inúmeros benefícios às organizações.
Quando essas variáveis são alteradas, ocasionam mudanças no clima, que
curiosamente é mais perceptível do que suas fontes causais. Luz (1995), afirma que este é
afetado pelos conflitos e pelos fatores positivos e negativos que ocorrem no ambiente de
trabalho, bem como pelos fatores externos que ocorrem no contexto socioeconômico e
político como também, na vida particular dos colaboradores.
De acordo com as definições de Bennis (1999) o clima organizacional é resultado dos
valores e atitudes presentes no relacionamento entre os colaboradores. Estes valores podem
ser exemplificados como sinceridade, autoridade, relações sociais, dentre outros.
Dentre as dimensões está a resistência à mudança, o estresse, a liderança e a
motivação. A dimensão resistência à mudança está relacionada com as alterações das rotinas
de trabalho por outra mais eficiente e envolve a participação dos funcionários neste processode implantação e adequação a um novo sistema.
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A dimensão estresse está relacionada com as ações rotineiras, o que envolve o
relacionamento com as demais pessoas. O estresse afeta a produtividade do funcionário, e
pode ser causado tanto por fatores pessoais quanto organizacionais, cabendo ao administrador
desenvolver ações que amenizem os impactos negativos do estresse.
A dimensão liderança relaciona líder e colaborador, na concepção de que bons líderes
influenciam e motivam seus colaboradores, sua equipe de trabalho, e assim a organização se
torna mais eficiente e eficaz. Bons líderes geram mais resultados positivos.
A dimensão motivação está mais ligada a aspectos internos do que externos, uma vez
que as organizações podem gerar estímulos externos, mas cada funcionário terá uma
percepção se motivando ou não. No trabalho, atividades sem grande importância, sem
significado ou aquelas onde não há razão aparente do por que está sendo feito podem ser
extremamente estressantes.
Desta forma, é possível perceber que o clima organizacional dentro de uma empresa
não é algo simples de ser analisado, porque ele se apresenta defeituoso, nebuloso e sem
contornos bem definidos, dificilmente se mostrando claro aos olhos dos administradores que
procuram avaliá-lo.
Sendo assim, a análise do clima organizacional se faz necessária aos administradores
para que estes possam desenvolver suas atividades de forma a ter sempre em mente o
comportamento das pessoas no trabalho. Isso só será possível quando estiverem convencidos
e sensibilizados da importância de seus recursos humanos e do clima de suas organizações.
De acordo com Luz (1995) e Vasconcellos (2002), vários são os elementos típicos que
contribuem para um clima favorável na organização, dentre os quais pode-se citar: qualidade
da liderança; quantidade da confiança; tipos de comunicação; sentimento de trabalho útil;
responsabilidade; recompensas agradáveis; oportunidade; controle, estrutura, burocracias
razoáveis; envolvimento do empregado; participação.
Em relação à comunicação, Robbins (2005) disserta sobre a importância de uma
comunicação eficaz entre os diversos níveis organizacionais, apresentando as falhas de
comunicação como uma das principais causas de conflitos interpessoais nas organizações.
Por comunicação, entende-se a transmissão de um significado e a sua compreensão. A
transmissão somente não significa que haja comunicação. Uma das funções da comunicação é
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o estímulo para o esforço, oferecendo meios para a expressão emocional dos grupos e para a
tomada de decisões. (ROBBINS, 2005).
Apresenta-se a seguir a descrição dos procedimentos metodológicos que foramutilizados para a aplicação da pesquisa e para o desenvolvimento deste estudo.
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3 METODOLOGIA DO ESTUDO
A metodologia é voltada para a aplicação da pesquisa, análise dos dados e informações
obtidas e tem como função básica orientar. Este capítulo tem por objetivo apresentar a
metodologia que foi utilizada para a construção do presente estudo, pois é fundamental
compreender quais foram os procedimentos metodológicos que nortearam o mesmo.
Descreve-se a seguir: a classificação do estudo; o universo amostral; a coleta de dados
e maneira como ocorreu a análise e interpretação dos dados. Ou seja, este tópico explica o
caminho metodológico que conduziu o estudo, o qual teve como objetivo identificar o climaorganizacional da unidade de atendimento do Sicredi Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro. Inicia-se esta seção a partir da classificação do estudo realizado.
3.1 Classificação do Estudo
Toda e qualquer classificação de estudos se faz mediante algum critério. Em relação às
pesquisas, podem ser classificadas por seus objetivos gerais. Neste sentido, Gil (2002)
classifica as pesquisas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas, as
quais têm por finalidade proporcionar maior vínculo e entendimento do estudo, com o
objetivo de torná-lo mais real.
Este estudo caracterizou-se como exploratório e descritivo, quanto aos objetivos. E
quanto aos procedimentos em bibliográfico, documental e de campo. Quanto à forma de
abordagem, caracterizou-se como quantitativo também denominado de método estatístico por
Gil (2002), o qual se baseia na aplicação da teoria estatística da probabilidade. Este mesmo
autor (2002) considera ainda que tudo possa ser quantificável, o que significa traduzir em
números opiniões e informações.
Também foi qualitativo quanto à abordagem por ser exploratório, estimulando os
entrevistados a pensarem livremente sobre o assunto, emergindo aspectos subjetivos e
atingindo motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira mais espontânea.
Quanto aos objetivos, o estudo se classificou como exploratório e descritivo.
Exploratório, de acordo com Gil (2002), porque teve como objetivo proporcionar maior
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familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou construir hipóteses.
Segundo Vergara (2009) o estudo exploratório é realizado em determinada área na
qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por seu estilo não comportahipóteses, que poderão surgir durante ou no final do mesmo.
Gil (2002) expõe que os estudos descritivos juntamente com os exploratórios, são os
mais solicitados pelas organizações em geral, pois assumem a forma de levantamento de
dados, identificando objetivos, conceitos e variáveis.
O presente estudo também apresentou levantamento de dados dos mais diversos tipos,
como socioeconômicos, psicossociais entre outros. De modo geral, Gil (2002), define essasfases em uma sequencial, iniciando pela especificação dos objetivos; operacionalização dos
conceitos e variáveis; elaboração do instrumento de coleta de dados; pré-teste do instrumento;
seleção da amostra; coleta e verificação dos dados; análise e interpretação dos dados e
apresentação dos resultados.
Desta forma, os objetivos específicos do levantamento permitiram verificar como os
colaboradores da unidade se distribuem em relação às variáveis. Essas variáveis vão desde o
sexo, idade, nível de escolaridade até o nível de satisfação e rendimento nas atividades.
Quanto aos procedimentos técnicos, o estudo se classificou como bibliográfico,
documental, de campo e entrevista em profundidade com abordagem qualitativa. Realizou-se
uma entrevista com os gestores partindo de questões pré - estruturadas, e também foi aplicado
um questionário aos demais colaboradores da unidade.
O estudo documental é muito semelhante ao estudo bibliográfico, sendo que a
diferença entre ambos está na natureza das fontes. Para Gil (2002) enquanto o estudo
bibliográfico usa contribuições de diversos autores sobre determinado assunto, o estudo
documental vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, podendo
ser reelaborados de acordo com os objetivos do mesmo.
No entendimento de Vergara (2009), a investigação é realizada em documentos
conservados no interior da organização em estudo e ainda, com pessoas, registros,
regulamentos, circulares, ofícios, comunicações informais, informações, entre outros.
O estudo realizado também se caracterizou como estudo de campo porque foram
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coletados dados primários na organização em estudo, incluindo entrevistas com os gestores e
aplicação de questionário aos colaboradores.
No estudo de campo, se enfatiza a importância do pesquisador ter uma experiênciadireta com a situação de estudo. No mesmo sentido, Vergara (2009) afirma que o estudo de
campo é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno
ou que dispõe de elementos para explicá-lo.
Portanto, este estudo caracterizou-se também como estudo participante, pois a
acadêmica integra a equipe de trabalho da organização em questão, possui experiência neste
local de trabalho podendo interpretar, analisar e interferir de forma positiva e critica na analise
dos resultados obtidos.
Após a classificação do estudo, apresenta-se posteriormente a descrição do universo
amostral com o qual foi desenvolvida a pesquisa de clima organizacional no Sicredi –
Unidade de Atendimento Santa Rosa/Centro.
3.2 Universo Amostral
O universo amostral define toda população e a população amostral. No entendimento
de Vergara (2009) população amostral não é o número de habitantes de um local, mas sim um
conjunto de elementos, como por exemplo, empresas, produtos, pessoas, que possuem as
características que poderão ser objeto de estudo.
Foi utilizada a pesquisa de Surveys ou levantamento, com uma abordagem quantitativa
correspondente aos dados coletados com os colaboradores da unidade, que segundo Gil
(2002) se caracteriza pela interrogação direta dos entrevistados, cujo comportamento e ideias
buscaram-se conhecer.
Gil (2002, p. 70) explica que “quando esse levantamento recolhe informações de todos
os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo”. O levantamento de dados do tipo
Survey é mais adequado para estudos descritivos que explicativos, tornando-se muito útil para
o estudo de opiniões e atitudes, e pouco indicado em estudos de problemas de estruturas
sociais e complexas.
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A coleta de dados para a realização deste estudo foi realizada em uma das cooperativas
singulares do sistema, a Sicredi União RS, especificamente na Unidade de Atendimento Santa
Rosa/Centro, localizada na Av. Rio Branco, nº 16, no centro da cidade de Santa Rosa/RS.
No que se refere ao universo amostral do estudo, foram coletadas informações de
todos os 38 colaboradores da unidade, através de um censo, além da entrevista individualizada
em profundidade com os dois gestores. A estrutura da unidade está dividida em duas áreas: a
área administrativa que cuida da parte burocrática, suporte assistencial, tesouraria e caixas; e a
área comercial, onde ficam os assistentes e gerentes de negócios da bateria de atendimento
aos associados, comercializando os produtos e serviços.
Definido o universo amostral, a seguir são apresentadas as técnicas que foram utilizadas
para a coleta dos dados e informações inerentes à realização do estudo.
3.3 Coleta de Dados
A coleta de dados é a fase cujo objetivo foi obter informações da realidade. No estudo
bibliográfico os dados foram coletados em livros, revistas especializadas, site do Sicredi,
artigos, teses e dissertações referentes ao assunto abordado.
Para o estudo documental as informações foram extraídas de manuais, sites internos,
relatórios de pesquisa da empresa, regulamentos, memorandos, entre outros, conforme foram
surgindo as necessidades no decorrer da realização do trabalho.
A entrevista em profundidade foi feita com base em um roteiro semiestruturado aos
dois gestores da unidade. Buscou-se, a partir dessas informações, analisar e conhecer a visão
dos gestores frente a sua gestão e seus colaboradores.
A eficácia da entrevista depende muito da competência do entrevistador, pois para Gil
(2002), a entrevista não pode ser apenas uma conversa informal, sem planejamento. Isto
implica na confiança dessa entrevista.
Gil (2002) afirma, para que uma entrevista possa ser entendida como técnica de coleta
de dados para seleção, alguns cuidados devem ser tomados, tais como: pré-seleção dos
candidatos, elaboração do roteiro, definição do local, preparação do material, formulação de
perguntas, conclusão e sumarização da entrevista, auto avaliação, entre outros.
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Para este estudo a entrevista aos dois gestores foi primeiramente explicada,
justificando a realização do estudo. As questões foram discutidas pessoalmente e após
encaminhadas via e-mail para os mesmos, possibilitando que as questões fossem respondidas
com tempo hábil e com maior criticidade. Por questão de ética, a identidade dos gestores foi
preservada, utilizando-se como codinome “Gestor A” e “Gestor B” na apresentação dos
resultados referendados no decorrer deste relatório.
Quanto ao estudo de campo, o instrumento de coleta de dados utilizado foi um
questionário com cinco níveis de satisfação, previamente estruturado. Esse questionário foi
elaborado pela acadêmica a partir de estudos e análise de alguns autores de seu referencial
teórico bem como apoiado também na pesquisa de clima organizacional que o Sicredi já
realiza periodicamente.
A escolha dos colaboradores que responderam ao questionário deu-se em virtude
destes fazerem parte da unidade de atendimento onde a acadêmica é colaboradora. O
questionário foi estruturado com questões referentes à caracterização dos entrevistados e
outras questões relacionadas ao clima organizacional. Os 38 colaboradores da Unidade de
Atendimento