Slides Aula 06 - Laissez Faire
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23/3/2015
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
s
Aula 06: Laissez Faire
Diego Carneiro
[email protected] | facebook.com/diego.carneio
AULA 06: Laissez Faire
Textos base:
A Formação do Capitalismo Corporativo e a Defesa do Laissez Faire. (HUNT & SHERMAN, 1996)
Objetivo:
Mostrar como se deu a transição das ideias do liberalismo clássico com a mudança da estrutura de mercado na economia capitalista.
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O Custo Social da Revolução Industrial
A Revolução Industrial possibilitou grande elevação da produtividade do trabalho baseado na utilização de máquinas;
A canalização do potencial produtivo para a produção de bens de capital limitou a expansão de bens de consumo, constituindo alto custo social e resultando em privações para as ;
O liberalismo clássico mostrou-se insensível a estas mazelas;
Duas corrente políticas fizeram-lhe contraponto: os radicais da tóri, aristocratas contrários a classe média e os socialistas.
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A Formação do Capitalismo Corporativo
O período compreendido entre 1840 e 1873 fiou conhecido como era de ouro do capitalismo de grande concorrência;
A Inglaterra passou por um boom ferroviário, ao mesmo tempo em que intensificou a exportação de máquinas, bem como carvão e aço;
Melhorias no processo produtivo revolucionaram a indústria do aço, tornando possível a produção com qualidade, custo e escala;
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A Concentração do Poder Corporativo
As melhorias tecnológicas foram tais que só as fábricas de grande porte tiraram proveito dos métodos mais eficientes de produção;
A concorrência tornou-se agressiva e destrutiva e, em pouco tempo, empresas menores foram eliminadas;
Concorrente maiores frequentemente optavam por se associar, formando cartéis, trustes ou fundindo-se para sobreviver;
As sociedades anônimas difundiram-se, e um mercado de capitais bem organizado canalizava as poupanças de milhares de indivíduos;
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A Concentração do Poder Corporativo
A concorrência entre corporações gigantes teve consequências tão devastadoras que as próprias corporações acabaram renunciando-a;
Várias grandes empresas associaram-se voluntariamente em carteis ou pools, preservando ao mesmo tempo, uma relativa autonomia;
Outras associações utilizavam uma empresa para controlar as ações e o direito de voto das corporações participantes;
Havia ainda a alternativa da fusão ou amálgama de várias empresas formando uma corporação unificada;
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O Caso da Inglaterra
A Inglaterra, onde a filosofia liberal clássica lançou raízes mais sólidas, foi o país menos atingido pela formação de corporações monopolistas
Apesar disso, setores como a fabricação de aço, ferrovias, tecidos foram dominados por um pequeno número de grandes empresas;
O Caso da Alemanha
Ao contrário da Inglaterra, a Alemanha não internalizou o liberalismo, e não havendo obstáculos filosóficos, ideológicos ou legais, os cartéis e monopólios difundiram-se rapidamente por lá;
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O Caso dos Estados Unidos
A Guerra Civil deu grande impulso a industrialização nos EUA, não só por ampliar o mercado, mas por favorecer a aprovação leis benéficas as corporações;
A primeira Lei dos Direitos Civis, de 1866, concedeu aos negros a cidadania e o mesmo direito que desfrutavam os brancos;
Esta lei proibia também os governos estaduais de privar pessoa da vida, da liberdade e da propriedade sem antes submetê-la a justo processo, conforme a ;
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O Caso dos Estados Unidos
Modificações posteriores determinaram que corporações deveriam ser equiparadas juridicamente a pessoas, colocando-as sob a cláusula do justo processo;
Assim, limitações aos excesso cometidos pelas corporações, impostas por governos estaduais, eram invalidadas sob a referida cláusula;
Isso incluía certos hostis e instituídos pelas autoridades locais;
Assim, as corporações cresceram de sobremaneira nos EUA;
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A Concentração de Rendas
A contrapartida do processo de concentração industrial foi a concentração igualmente surpreendente de renda;
Essa concentração intencificou-se entre 1870 e 1929, quando apenas 5% da população controlava 34% das rendas pessoais;
No final da década de 20, o quinto mais rico da população concentrava 50% da renda;
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Revigoramento do Ideologia Liberal Clássica
A doutrina econômica clássica tomava como pressuposto a existência de uma economia composta por uma infinidade de pequenas em presas;
Em tais condições, nenhuma empresa isoladamente poderia exercer influência significativa sobre os preços e o total de mercadorias;
Apesar da defasagem de seus pressupostos, o liberalismo recuperaram sua atualidade com o utilitarismo de Benthan e ao ganharem um elaborado arcabouço de álgebra e cálculo;
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Teoria Neoclássica da Utilidade e do Consumo
Supõe-se uma economia composta por um grande número de pequenos produtores e consumidores;
As empresas adquiriam fatores de produção que utilizavam no processo de produção de forma a maximizar seus lucros;
Os preços dos produtos finais e dos fatores de produção escapavam totalmente ao seu controle;
As firmas determinavam unicamente a quantidade de bens produzidos;
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Teoria Neoclássica da Utilidade e do Consumo
As famílias, por sua vez, vendiam terras, capital e trabalho a preços que variam segundo condições de mercado;
Com a receita de suas rendas, adquiriam bens e serviços, escolhendo-os de modo a maximizar a utilidade extraída deles;
As consumidores maximizam a utilidade, quando o acréscimo de utilidade derivado da ultima unidade consumida é equivalente ao acréscimo da utilidade derivado de todas as outras .
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Teoria Neoclássica da Utilidade e do Consumo
Supondo a existência de um mercado livre, no qual o consumidor pudesse trocar livremente suas renda por mercadorias;
Movidos pelo interesse próprio, os consumidores procurariam maximizar a utilidade;
Assim, dada a distribuição existente de riquezas e de rendas, os consumidores, ao adquirirem mercadorias, distribuíam sua renda de forma a maximizar o bem estar de todos;
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Teoria Neoclássica da Produção
O comportamento da empresa é completamente simétrico ao comportamento do consumidor;
A empresa procuraria operar com a maior eficiência possível, o que implicava reduzir ao máximo os custos de produção;
A empresa adquiriria fatores até o ponto em que a quantidade acrescentada à produção pela ultima unidade de cada fator fosse equivalente a quantidade acrescentada por todos os outros fatoras
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Teoria Neoclássica da Produção
Em uma economia de livre mercado, com várias empresas concorrendo entre si, cada mercadoria seria produzida em tal quantidade, e por tais métodos que se tornaria impossível deslocar recursos da produção de uma mercadoria para a produção de outra mercadoria diferente sem reduzir o valor total do que foi produzido na economia;
Ótimo de Pareto;
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Laissez Faire
Em uma de mercado competitiva, produtores e consumidores encontrariam sempre uma combinação ótima de mercadorias, fosse qual fosse sua renda e riqueza inicial;
Os fatores de produção seriam utilizados da forma mais eficiente possível, e as mercadorias seriam produzidas em quantidades que maximizassem o valor da produção social;
Contudo, para que isto fosse alcançado a interferência governamental nas funções do livre mercado deveriam restringida ao máximo;
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Laissez Faire
O princípio da maximização dos lucros conduziria a um situação em que cada categoria de fatores produtivos receberia como pagamento um quantidade equivalente ao valor de sua contribuição marginal;
Os críticos afirmavam que para que esse sistema fosse justo era necessário distribuir de forma equitativa a propriedade dos fatores de produção;
Em sua fase inicial, a visão clássica destoava abertamente da realidade da época;
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Modificações Subsequentes da Teoria Neoclássica
Gerações posteriores de economistas neoclássicos trataram de equalizar a teoria a realidade, principalmente quanto a suposição de livre concorrência;
As principais falhas apontadas foram: 1. Poder de Mercado: compradores e vendedores influenciando os preços;
2. Bens Públicos: mas não lucrativos;
3. Externalidades: os custos privados diferem dos custos sociais;
4. A liberdade irrestrita tornava o sistema instável, causando desperdícios;
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Modificações Subsequentes da Teoria Neoclássica
Tais imperfeições colocavam em risco os benefícios do sistema capitalista, mas que podiam ser corrigidos com intervenção estatal;
As medidas antitruste poderiam forçar grandes monopólios a atuarem como se fosse empresas competitivas, o que chamavam de
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As estradas, escolas, exércitos e outros bens consumidos socialmente ficariam a cargo dos governos;
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Modificações Subsequentes da Teoria Neoclássica
Amplos sistemas de impostos e subsídios especiais poderiam ser implementados para equiparar os custos privados aos sociais;
Por meio de políticas fiscais criteriosas, o governo poderia suprimir a instabilidade do sistema;
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O Laissez Faire e os Darwinistas Sociais
Para os Darvinistas Sociais a concorrência constituía um processo teleológico em que cada geração era superior à geração precedente;
Este progresso ascensional se devia à eliminação dos menos aptos para sobreviver, daqueles que eram incapazes de se manter e procriar
A sobrevivência da espécie humana só seria assegurada se a sociedade distribuísse seus benefícios em proporção ao mérito das pessoas;
Políticas assistencialistas impediriam a ;