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TREINAMENTO EM SDH

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TREINAMENTO EM SDH

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I

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................1

1.1. GERAL ..................................................................................................................................................1 1.2. REDES PDH ATUAIS ...........................................................................................................................2 1.3. REDE SDH............................................................................................................................................3 1.4. BENEFÍCIOS DA SDH..........................................................................................................................4

2. HIERARQUIA DIGITAL SÍNCRONA...........................................................................................................5

2.1. INTERFACE DE NÓ DA REDE (NNI)...................................................................................................5 2.1.1. TAXAS DE BITS ............................................................................................................................5 2.1.2. ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO............................................................................................6 2.1.3. ESTRUTURA DE QUADRO STM-N............................................................................................12

2.2. CAMADAS DA REDE SDH.................................................................................................................13 2.3. MÉTODOS DE MULTIPLEXAÇÃO.....................................................................................................15

2.3.1. FORMAÇÃO DO VC-12 A PARTIR DE 2Mbps...........................................................................16 2.3.2. FORMAÇÃO DO TUG-2 A PARTIR DE VC-12...........................................................................19 2.3.3. FORMAÇÃO DO VC-3 A PARTIR DE 34Mbps...........................................................................20 2.3.4. FORMAÇÃO DO TUG-3 A PARTIR DE VC-3.............................................................................22 2.3.5. FORMAÇÃO DO TUG-3 A PARTIR DE TUG-2 ..........................................................................23 2.3.6. FORMAÇÃO DE VC-4 A PARTIR DE 140Mbps .........................................................................24 2.3.7. FORMAÇÃO DE VC-4 A PARTIR DE TUG-3 .............................................................................25 2.3.8. FORMAÇÃO DO STM-N A PARTIR DE VC-4 ............................................................................26

2.4. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA DE QUADRO DO STM-0.................................................................27 2.4.1. FORMAÇÃO DO "PAYLOAD" DO STM-0...................................................................................27 2.4.2. INTERCONEXÃO STM-0/STM-1 ................................................................................................29

2.5. BYTES DE OVERHEAD .....................................................................................................................32 2.5.1. OVERHEAD DE SEÇÃO (SOH)..................................................................................................32 2.5.2. OVERHEAD DE VIA (POH).........................................................................................................38

2.6. SINAIS DE MANUTENÇÃO................................................................................................................45 2.7. PONTEIROS .......................................................................................................................................47

2.7.1. PONTEIROS DE AU....................................................................................................................47 2.7.2. PONTEIRO DE TU-3 ...................................................................................................................54 2.7.3. PONTEIRO DE TU-12 .................................................................................................................56

2.8. CONCATENAÇÃO DE QUADROS DE AU-4 .....................................................................................61 2.9. MAPEAMENTO DE CÉLULAS ATM ..................................................................................................63

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1. GERAL

Os trabalhos para padronização da Hierarquia Digital Síncrona (SDH)

tiveram início no XVIII Grupo de Estudos do CCITT (atual ITU-T) em Junho de 1986. O

objetivo desses estudos era criar um padrão mundial para os sistemas de transmissão

síncrona que proporcionasse aos operadores de rede uma rede mais flexível e

econômica.

Em Novembro de 1988 foram aprovados as primeiras recomendações da

SDH: G.707, G.708 e G.709. Essas recomendações definem as taxas de transmissão,

o formato do sinal, as estruturas de multiplexação e o mapeamento de tributários. O

CCITT também definiu uma série de recomendações que controlam a operação dos

multiplexadores síncronos (recomendações G.781, G.782 e G.783) e Gerência de

Rede da SDH (recomendação G.784).

É a padronização destes aspectos dos equipamentos SDH que vai

fornecer a flexibilidade necessária aos operadores de rede para gerenciar

eficientemente o crescimento da rede e o provisionamento de novos serviços

esperados para as próximas décadas. Além disso, esta padronização torna possível a

interconexão direta de equipamentos de diversos fabricantes.

As recomendações da SDH estão baseadas nos princípios da

multiplexação síncrona direta, que é a chave para uma rede de telecomunicações mais

eficiente e mais flexível. Isso significa que sinais tributários individuais podem ser

multiplexados diretamente em um sinal SDH de taxa superior sem a necessidade de

estágios de multiplexação intermediários. Portanto, os Elementos de Rede SDH podem

ser interconectados diretamente, o que diminui drasticamente o número de

equipamentos utilizados.

A gerência efetiva da flexibilidade proporcionada pela SDH requer um

gerenciamento de rede e uma capacidade de manutenção mais avançados, portanto

aproximadamente 5% da estrutura do sinal SDH são alocados para dar suporte às

práticas e procedimentos de gerenciamento de rede avançado.

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1.2. REDES PDH ATUAIS

Nas redes PDH existentes, normalmente, a tecnologia de transmissão ponto-

a-ponto é utilizada para interligar localidades ou clientes. Por exemplo, um sinal a 64Kbps

deve ser multiplexado até a taxa de 2Mbps e, após outros estágios de multiplexação, à

taxa de 140Mbps, utilizando multiplexador terminal. Entretanto, para se comutar este sinal

de 64Kbps, todo o sinal de 140Mbps deve ser demultiplexado, necessitando para tanto de

um conjunto de multiplexadores em cada ponta do enlace de transmissão. Este arranjo se

torna bastante caro quando, na prática, apenas alguns sinais de 64Kbps necessitam ser

comutados. A Figura 1.1 apresenta uma aplicação típica para sistemas PDH.

Figura 1.1 - Rede PDH Atual

Caso um cliente não necessite mais de um dos serviços oferecidos, o

reprovisionamento e o re-roteamento consomem muito tempo e dinheiro uma vez que

os equipamentos têm que ser realocados ou até mesmo substituídos. O re-roteamento

de circuitos pode levar de alguns minutos a horas, dependendo dos métodos de

controle.

Com a rede SDH, toda a alocação de sinais e o roteamento da

transmissão terão um controle centralizado e totalmente flexível, tornando simples o re-

roteamento ou o reprovisionamento de circuitos.

140Mbps

34Mbps

8Mbps

2Mbps

64Kbps

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1.3. REDE SDH

A rede SDH desempenha as mesmas funções que a rede PDH existente,

ou seja, transporta os dados do cliente de uma localidade para outra. Entretanto,

através do uso da multiplexação síncrona direta ela executa essa tarefa de uma

maneira mais eficiente. Os sistemas DXC da SDH podem rotear sinais (por exemplo

2Mbps) através da rede sem ter que primeiro demultiplexar o sinal de linha de alta

velocidade, diminuindo custos e proporcionando uma maior eficiência e segurança na

transmissão.

Os DXCs da SDH são controlados através de conjuntos de mensagens

padronizadas, permitindo que novos circuitos sejam provisionados em alguns mili-

segundos a partir de uma estação de controle centralizada. A Figura 1.2 apresenta uma

aplicação de rede utilizando equipamentos SDH.

Figura 1.2 - Rede SDH

Os atuais Sistemas de Gerência das redes SDH permitem não só detectar

falhas, mas avaliar o desempenho, modificar configurações de equipamentos, modificar

rotas e controlar a segurança, entre outras facilidades.

2Mbps

64Kbps

DXC

REDE SDH

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1.4. BENEFÍCIOS DA SDH

As redes SDH são mais simples de operar, mais baratas, mais resistentes

a falhas e, além disso, preparadas para operar com diferentes serviços que venham a

surgir no futuro. Entre os principais benefícios da rede síncrona, podemos citar :

� Custo dos elementos de rede mais baixo: devido ao padrão comum,

equipamentos compatíveis estarão disponíveis a partir de vários fabricantes, tornando

o mercado mais competitivo e os preços mais atraentes.

� Melhor gerência de rede: com uma gerência melhor os operadores

serão capazes de usar a rede mais eficientemente e fornecer melhores serviços.

Conceitos de TMN serão adotados.

� Provisionamento mais rápido: como novos circuitos podem ser

definidos através de software para ocupar o espaço desejado na banda de

transmissão, o provisionamento é muito mais rápido. A única nova conexão necessária

estará entre as dependências do cliente e o nó de acesso à rede mais próximo.

� Melhor utilização da rede: com total controle do roteamento, os

circuitos do cliente podem ser configurados de forma a se obter o melhor uso dos

recursos da rede.

� Recuperação da rede: com a possibilidade do re-roteamento da rede

em tempo real, uma falha pode ser eliminada através da simples reprogramação das

rotas. Os sistemas de proteção e relatórios internos irão automaticamente cuidar das

falhas mais simples.

� Futuros serviços: a SDH será responsável pelo transporte de novos

serviços como TV de Alta Definição, sistemas CAD/CAM, redes WAN, RDSI (ISDN) e

novos serviços da demanda. Como o operador tem total controle sobre a alocação de

sinais, qualquer novo serviço será simples de ser provisionado.

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2. HIERARQUIA DIGITAL SÍNCRONA

2.1. INTERFACE DE NÓ DA REDE (NNI)

A NNI é a interface de nó da rede necessária para interligar os elementos

da SDH no transporte de informações. É um conjunto de padronizações que define os

seguintes itens:

� Taxas de bits;

� Estrutura de multiplexação;

� Estrutura de quadro.

2.1.1. TAXAS DE BITS

Na SDH é definida uma estrutura básica de transporte de informação

denominada Módulo de Transporte Síncrono-1 (STM-1) com taxa de 155,520Mbps.

Essa estrutura define o primeiro nível da hierarquia. As taxas de bit dos níveis

superiores são múltiplos inteiros do STM-1.

São padronizados quatro módulos de transporte: STM-1, STM-4, STM-16

e STM-64, conforme mostra a Tabela 2.1

Tabela 2.1- Níveis da Hierarquia Digital Síncrona

Nível SDH Taxa de Bits (Mbps) Designação 1 155,520 STM-1 4 622,080 STM-4

16 2.488,320 STM-16 64 9.953,280 STM-64

Também é definida uma estrutura de quadro com capacidade de

transmissão inferior a do STM-1, com o objetivo de utilização em sistemas de rádio-

enlace e satélite. Essa estrutura possui taxa de 51,840Mbps e é denominada STM-0,

não sendo considerada um nível hierárquico da SDH.

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2.1.2. ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO

A estrutura de multiplexação, mostrada na Figura 2.2, segue as normas

para SDH do Instituto Europeu de Padrões de Telecomunicações (ETSI). Nela

podemos identificar as seguintes estruturas :

a. Container (C)

Estrutura de tamanho apropriado que transporta o sinal tributário pela

rede SDH. A Tabela 2.2 mostra a distribuição dos tributários PDH em cada container.

Tabela 2.2- Tributários Mapeados em Containers

Container Tributário Mapeado C-11 1.544 Kbps C-12 2.048 Kbps C-2 6.312 Kbps C-3 34.368 Kbps

44.736 Kbps C-4 139.264 Kbps

b. Container Virtual (VC)

Estrutura de informação formada por uma carga útil acrescida de um

Overhead de Via (POH) que permite a monitoração no caminho percorrido pelo sinal.

A carga útil (container) transportada pelo VC é chamada "payload". Os

VCs podem ser de ordem inferior (LO VC) ou de ordem superior (HO VC). Os LO VC

também são chamados VC-m (m = 1, 2,3) e os HO VC podem ser chamados de VC-n

(n = 3, 4).

Tabela 2.3- Composição do LO VC e HO VC

LO VC Período (µµµµs) Payload VC-11 500 C-11 VC-12 500 C-12 VC-2 500 C-2 VC-3 125 C-3

HO VC Período (µµµµs) Payload VC-3 125 C-3 ou 7xTUG-2 VC-4 125 C-4 ou 3xTUG-3

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c. Unidade Tributária (TU)

Estrutura que provê a adaptação entre as Camadas de Via de Ordem

Inferior e Superior. É formado por um "payload" de informação (LO VC) e um ponteiro

de TU que indicará a diferença de fase entre o quadro de TU e o LO VC em questão.

Tabela 2.4- Composição da Unidade Tributária (TU)

Unidade Tributária Payload TU-11 VC-11 TU-12 VC-12 TU-2 VC-2 TU-3 VC-3

d. Grupo de Unidades Tributárias (TUG)

O TUG é uma estrutura de informação formada pelo entrelaçamento byte

a byte de TUs. A Tabela 2.5 apresenta as possíveis composições dos TUGs.

Tabela 2.5- Composição do Grupo de Unidades Tributárias (TUG)

TUG TU 4xTU-11

TUG-2 3xTU-12 1xTU-2

TUG-3 7xTUG-2 1xTU-3

e. Unidade Administrativa (AU)

A AU provê adaptação entre a Camada de Via de Ordem Superior e a

Camada da Seção Multiplexadora. É formada por um "payload" de informação (HO VC)

e um ponteiro de AU que a diferença de fase entre o VC e o quadro STM de transporte.

Tabela 2.6- Composição da Unidade Administrativa (AU)

Unidade Administrativa Payload AU-3 VC-3 AU-4 VC-4

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f. Grupo de Unidades Administrativas (AUG)

O AUG é uma estrutura de informação constituída pelo entrelaçamento

byte a byte de AUs, a Tabela 2.7 apresenta sua composição.

Tabela 2.7 - Composição do Grupo de Unidades Administrativas (AUG)

Composição AUG 3xAU-3

1xAU-4

g. Módulo de Transporte Síncrono (STM)

O quadro STM é uma estrutura de informação que ocupa a Camada de

Seção. É formado por um "payload" de informação (AUG) e um Overhead de Seção

(SOH) que permitirá a monitoração do percurso do sinal durante a transmissão.

1 RSOH

3 4 PONTEIRO ( AU PTR )

5 PAYLOAD MSOH

9

Figura 2.1 – Módulo de Transporte Síncrono (STM)

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9

Figura 2.2 - Estrutura de Multiplexação da SDH

44.7

36 K

bps

34.3

68 K

bps

C-4

TUG

-3V

C-3

TU

-3

ST

M-N

VC

-4A

U-4

AU

G

x 3

x 7

x 1

x 3

x 1

x N

139.

264

Kbp

s

C-1

2V

C-1

2T

U-1

2

2.04

8 K

bps

Pro

cess

amen

to d

e P

onte

iro

Map

eam

ento

Alin

ham

ento

Mul

tiple

xaçã

o

C-2

VC

-20

TU

-2x

1

C-1

1

1.54

4 K

bps

6.31

2 K

bps

TU

-11

x 4

VC

-3

C-3

AU

-3

x 3

VC

-11

TU

G-2

x 7

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a. Ponteiro (PTR)

O PTR transporta a informação numérica do "offset" de quadro, que indica

quantos bytes existem entre o início do quadro de um LO VC ou HO VC em relação ao

início do quadro da entidade de transporte (TU ou AU, respectivamente). Em outras

palavras, os bytes de ponteiro promovem um ajuste de fase entre estruturas,

simplificando o processo de multiplexação e viabilizando a transporte síncrono de

sinais.

b. Mapeamento

O mapeamento é o processo pelo qual tributários são adaptados em VCs

para serem transportados através da rede SDH. Se o sinal tributário for assíncrono, no

mapeamento deverá ser feita a justificação de bit, que não deve ser confundida com a

justificação de ponteiro. A justificação de bit deve ocorrer em função das variações

existentes nas taxas dos sinais tributários.

Tabela 2.8 – Variação dos Sinais Tributários em Partes Por Milhão

Sinal Tributário Taxa Nominal Variação Típica 2M 2.048Kbps ± 50ppm

34M 34.368Kbps ± 20ppm 140M 139.264Kbps ± 15ppm

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c. Multiplexação

A multiplexação é o processo pelo qual vários sinais da Camada de Via

de Ordem Inferior são adaptados na Camada de Via de Ordem Superior, ou vários

sinais da Camada de Via de Ordem Superior são adaptados na Camada da Seção

Multiplexadora.

d. Alinhamento

O alinhamento é o processo pelo qual a informação de "offset" do quadro

é incorporada ao quadro de transporte, ou seja, a inserção de bytes de ponteiros às

estruturas.

O VC-n associado a um AU-n não tem fase fixa em relação ao quadro

STM-N, porém o ponteiro de AU-n tem. Deste modo, a posição do VC-n pode variar,

pois o ponteiro de AU-n indicará onde inicia o primeiro byte do VC-n. O mesmo

acontece com os VC-m associados ao TU-m que não têm fase fixa em relação ao início

do VC-n.

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2.1.3. ESTRUTURA DE QUADRO STM-N

A estrutura básica do quadro STM-N é dividida em três áreas (SOH, PTR

e "payload" de informação), conforme mostra a Figura 2.3. O quadro STM-N consiste

de 9 linhas por Nx270 bytes, lidos da esquerda para a direita e de cima para baixo.

N x 9 N x 261 1 RSOH

3 4 PONTEIRO (AU PTR)

5 AUG MSOH

9

Figura 2.3- Estrutura Básica do STM-N

a. Overhead de Seção (SOH)

O SOH é dividido em duas áreas. Nas linhas de 1 a 3 e colunas de 1 a 9

tem-se o Overhead da Seção Regeneradora (RSOH), enquanto que nas linhas de 5 a 9

e colunas de 1 a 9 encontra-se o Overhead da Seção Multiplexadora (MSOH).

b. Ponteiro de Unidade Administrativa (AU PTR)

O AU PTR está localizado dentro da linha 4 das colunas 1 a 9.

c. "Payload" (AUG)

O "payload" de informação do STM-N é formado por N AUGs, onde:

- AUG = 1 x AU-4, ou

- AUG = 3 x AU-3

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2.2. CAMADAS DA REDE SDH

A rede SDH é dividida em camadas com funções específicas onde uma

camada inferior é cliente da camada imediatamente superior e uma camada superior é

servidora da camada imediatamente inferior.

A rede SDH tem basicamente três camadas distintas que são: Camada de

Circuito, Camada de Via e Camada de Transmissão.

� Camada de Circuito é a camada de sinais tributários da SDH.

� Camada de Via é a camada responsável pelo suporte e monitoração da Camada de

Circuito. Pode ser de ordem inferior (Camada de Via de Ordem Inferior) ou de ordem

superior (Camada de Via de Ordem Superior).

� Camada de Transmissão é a camada que fará o transporte de informação via STM-

N. É dividida em Camada de Seção e Camada Física.

A Camada de Seção é subdividida em Camada de Seção Multiplexadora,

que se relaciona com a transmissão ponto-a-ponto da informação entre locais que

acessem (roteiem ou terminem) rotas, e Camada de Seção Regeneradora, que se

relaciona com a transmissão da informação entre regeneradores e entre regeneradores

e locais que acessem a via.

A Camada Física é o meio físico de transmissão do STM-N.

Dependendo do tipo de atendimento que se pretende, estarão disponíveis

diferentes tipos de rede implicando em diferentes traçados entre camadas da SDH.

Na Figura 2.4 se vê um exemplo do caminho nas camadas SDH de uma

determinada rede de telecomunicações.

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P D H

P D H

R E G

R E G

MU

XM

UX

SD

XC

"LO

OP

Tra

il "

Cam

ada

Fís

ica

Cam

ada

da S

eção

Reg

ener

ador

a

Cam

ada

da S

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Mul

tiple

xado

ra

Cam

ada

de V

ia d

e O

rdem

Sup

erio

r

Cam

ada

de V

ia d

e O

rdem

Infe

rior

Cam

ada

de C

ircui

to

Figura 2.4 - Modelo de Rede em Camadas

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15

2.3. MÉTODOS DE MULTIPLEXAÇÃO

Na Figura 2.5 é mostrada a estrutura de multiplexação simplificada,

apenas com as taxas de hierarquia européia.

34.368 Kbps

C-3

C-4

TUG-2

TUG-3

VC-4

C-12VC-12

VC-3TU-3

TU-12

STM-N AU-4AUG

x 3

x 7

x 1

x 3

x 1x N

139.264 Kbps

2.048 KbpsProcessamento de Ponteiro

Mapeamento

Alinhamento

Multiplexação

Figura 2.5- Estrutura de Multiplexação Simplificada

São apresentadas três maneiras distintas de formação de um quadro

STM-1, a partir dos tributários de 2.048Kbps, 34.368Kbps ou 139.264Kbps. A descrição

da formação do quadro STM-1 está dividida em oito etapas:

� Formação do VC-12 a partir de 2Mbps;

� Formação do TUG-2 a partir de VC-12;

� Formação do VC-3 a partir de 34Mbps;

� Formação do TUG-3 a partir de VC-3;

� Formação do TUG-3 a partir de TUG-2;

� Formação do VC-4 a partir de 140Mbps;

� Formação do VC-4 a partir de TUG-3;

� Formação do quadro STM-N a partir de VC-4.

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2.3.1. FORMAÇÃO DO VC-12 A PARTIR DE 2Mbps

A primeira etapa para a formação do VC-12 é a inserção do sinal de

2.048Kbps em uma estrutura denominada Container-12 (C-12). O número 1 de C-12

refere-se ao mapeamento de sinais PDH de primeira ordem e o número 2 diferencia o

container C-12 do container análogo da Sonet, C-11.

O C-12 é uma estrutura de 4 x 34 bytes contendo o sinal de 2.048Kbps

além de bytes fixos de enchimento, bits de controle de justificação, bits de justificação e

bits de informação. O mapeamento de tributários em um C-12 é efetivo a cada quatro

quadros de 125µs, formando-se assim um multiquadro de 500µs.

Após a inserção do sinal de 2.048Kbps no C-12, é adicionado a cada

quadro, um byte de POH contendo informações sobre o desempenho, manutenção e

alarmes da via percorrida. A adição dos quatro bytes de POH, resulta na estrutura

denominada Container Virtual-12 (VC-12). O VC-12 é uma estrutura de 4 x 35 bytes

que se repete a cada 500µs.

O mapeamento do tributário de 2Mbps em um VC-12 pode ocorrer de

duas maneiras:

� mapeamento assíncrono;

� mapeamento síncrono em nível de byte.

a. Mapeamento Assíncrono

O mapeamento assíncrono apresenta as seguintes características:

• permite o mapeamento de um tributário de 2Mbps com qualquer estrutura de quadro;

• não permite visibilidade dentro do VC-12 de qualquer sinal integrante do tributário;

• utiliza o processo de justificação de bit para o mapeamento, possibilitando que o

tributário seja um sinal com tolerância de ±50ppm.

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Figura 2.6 – Mapeamento Assíncrono de 2Mbps

O C-12 consiste de 1.023 bits de informação (bits I), dois bits de

oportunidade de justificação (S1 e S2), 6 bits de controle de justificação (C1C1C1 e

C2C2C2) e 8 bits reservados para uso futuro como overhead (bits O). Os bits restantes

são bits fixos de enchimento.

Dois conjuntos de três bits de justificação (C1 e C2) são usados para

controlar as duas oportunidades de justificação S1 e S2, respectivamente. O bit S2 é

utilizado para justificação positiva enquanto que o bit S1 é utilizado para justificação

negativa. Quando C1C1C1 = "000", há uma indicação de que S1 é um bit de

informação, enquanto que para C1C1C1 = "111", a indicação é de que S1 é um bit de

justificação. Os bits C2 controlam S2 da mesma forma.

PAYLOAD

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

34 b

ytes

125µ

sPAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 R R R R R S1

ENCHIMENTO

125µ

s

S2 I I I I I I I

PAYLOAD

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

35 b

ytes

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD (31 BYTES)

C1 C2 R R R R R S1

ENCHIMENTO

125µ

s

S2 I I I I I I I

POH

POH

POH

POH

C-12C-12 VC-12VC-12

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b. Mapeamento Síncrono em Nível de Byte

O mapeamento síncrono em nível de byte de sinais tributários de 2Mbps

na SDH apresenta as seguintes características:

• permite a visibilidade dos dados do tributário, pois os canais de 64Kbps bem como a

estrutura de sinalização ocupam posições conhecidas na estrutura do VC-12;

• só realiza o mapeamento de tributários síncronos com o VC-12 já que não utiliza o

processo de justificação de bit;

• provê interconexão com a PDH no mapeamento de tributários de 2Mbps com

estrutura de quadro com 30 ou 31 canais.

Esse mapeamento pode empregar sinalização por canal associado (CAS)

ou sinalização por canal comum (CCS).

Figura 2.7 – Mapeamento Síncrono em Nível de Byte de 2Mbps

VC-12VC-1234

byt

es

125µ

s12

5µs

125µ

s12

5µs

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

CANAL 16

CANAIS DE 17 A 31

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

CANAL 16

CANAIS DE 17 A 31

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

CANAL 16

CANAIS DE 17 A 31

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

CANAL 16.

CANAIS DE 17 A 31

ENCHIMENTO

VC-12VC-12

34 b

ytes

125µ

s12

5µs

125µ

s12

5µs

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

ALINH. MULTIQ. / SINAL.

CANAIS DE 16 A 30

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

ALINH. MULTIQ. / SINAL.

CANAIS DE 16 A 30

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

ALINH. MULTIQ. / SINAL.

CANAIS DE 16 A 30

ENCHIMENTO

POH

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

CANAIS DE 1 A 15

ALINH. MULTIQ. / SINAL.

CANAIS DE 16 A 30

ENCHIMENTO

(CAS) (CCS)

35 b

ytes

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2.3.2. FORMAÇÃO DO TUG-2 A PARTIR DE VC-12

Afim de prover o ajuste de fase de sinais de 2Mbps mapeados de forma

assíncrona, são inseridos à estrutura de VC-12 quatro bytes de ponteiro, um a cada

quadro. Com a adição de ponteiros ao VC-12, forma-se a estrutura de TU-12, com 4 x

36 bytes a cada 500µs.

Figura 2.8 – Formação da Estrutura de TU-12

Três TU-12 são multiplexadas para dar origem ao TUG-2, formado por

108 bytes e representado por uma estrutura de 9 linhas por 12 colunas de bytes. A

Figura 2.9 representa também o TU-12 na forma matricial, por uma estrutura de 9

linhas por 4 colunas.

PAYLOAD

ENCHIMENTO

ENCHIMENTO

35 b

ytes

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD

C1 C2 O O O O R R

ENCHIMENTO

125µ

s

PAYLOAD (31 BYTES)

C1 C2 R R R R R S1

ENCHIMENTO

125µ

s

S2 I I I I I I I

POH

POH

POH

POH

VC-12VC-12

PAYLOAD35 b

ytes

125µ

s

PAYLOAD 125µ

s

PAYLOAD 125µ

s12

5µs

PTR

PTR

PTR

PTR

TU-12TU-12

PAYLOAD

36

byte

s

Page 22: Sdh

20

Figura 2.9 – Formação da Estrutura de TUG-2

É importante observar que, como a estrutura de TUG-2 ocorre em 125µs,

apenas os primeiros quadros de cada um dos três TU-12 são multiplexados neste

processo. Outros três TUG-2 serão formados a partir dos segundos, terceiros e quartos

quadros de cada TU-12.

2.3.3. FORMAÇÃO DO VC-3 A PARTIR DE 34Mbps

Um sinal tributário de 34.368Kbps pode ser inserido em um container

denominado C-3, que além do sinal tributário também inclui bytes justificação de bits

fixos de enchimento, totalizando 756 bytes. Em seguida é adicionada uma coluna com

9 bytes de POH com informações de desempenho, manutenção e alarmes da via

percorrida, formando-se a estrutura VC-3. O VC-3 é representado por uma estrutura de

9 x 84 bytes que ocorre a cada 125µs.

No mapeamento representado na Figura 2.10, o payload é dividido em

três áreas idênticas. Cada uma destas três áreas possui 1431 bits de informação (I),

dois conjuntos de 5 bits de controle de justificação (C1 e C2), dois bits de oportunidade

de justificação (S1 e S2) e 573 bits de enchimento fixo.

1 2 3 4

5 6 7 8

33 34 35 36

4 colunas

9 linhas

12 colunas

TUG-2

X

Y

Z

9 linhas

XXX

YYY

ZZZ

1 2 3 4

5 6 7 8

33 34 35 36

4 colunas

9 linhas

1 2 3 4

5 6 7 8

33 34 35 36

4 colunas

9 linhas

X Y Z

Page 23: Sdh

21

Figura 2.10 – Mapeamento de 34Mbps em VC-3

Os dois conjuntos de 5 bits do controle de justificação, C1 e C2, são

usados para controlar os dois bits de oportunidade de justificação, S1 e S2,

respectivamente.

C1C1C1C1C1 = 00000, indica que S1 é um bit de dado;

C1C1C1C1C1 = 11111, indica que S1 é um bit de justificação.

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

C3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

IC

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

C3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

IC

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

C3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

3x8

I3x

8 I

AB

8I

1 3

1

3

1

3

1

3

1

1

3

1

3

1

3

1

3

1 3

1

1

3

1

3

1 3

1

3

1

3

1 1

3

1

3

1

3

1

3

1

3

1 1

3

PO

H d

o V

C-3

J1 B3

C2

G1

F2 H4

Z3 K3

Z5

T1

T2

T3

= R

R R

R R

R R

R

C =

R

R R

R R

R C

1 C

2

AB

= R

R R

R R

R R

S1

S2

I I I

I I I

I

R =

Bit

fixo

de e

nchi

men

toC

1;C

2= B

its d

e co

ntro

le d

e ju

stifi

caçã

oS

1;S

2= B

its d

e op

ortu

nida

de d

e ju

stifi

caçã

oI=

Bit

de in

form

ação

184

Page 24: Sdh

22

Os bits C2 controlam S2 da mesma maneira. Uma decisão por maioria

deverá ser utilizada no receptor para proteção contra erros simples ou duplos nos bits

C. O valor contido em S1 e S2, quando eles forem bits de justificação, não é definido,

devendo ser ignorado no receptor.

O mesmo mapeamento poderia ser usado para sinais de 34.368Kbps

síncronos a nível de bit ou byte. Nesses casos, o bit S1 seria um enchimento fixo e S2,

um bit de informação. Através da atribuição do valor "1" ao bit C1 e "0" ao bit C2, um

receptor comum poderia ser usado por ambos os mapeamentos síncrono e assíncrono

a 34.368Kbps.

2.3.4. FORMAÇÃO DO TUG-3 A PARTIR DE VC-3

Agrupando-se outra coluna de 9 bytes à estrutura de VC-3, forma-se o

TU-3, conforme representa a Figura 2.11.

Figura 2.11 – Formação do TUG-3 a Partir de VC-3

Os três primeiros bytes da última coluna inserida contêm efetivamente o

valor de ponteiro de TU-3, que aponta o início de VC-3. Os seis bytes seguintes são

bytes fixos de enchimento.

P

O

H

PAYLOAD

85 colunas

9 linhas

P

O

H

PAYLOAD

86 colunas

9 linhas

PTR

VC-3

TU-3 = TUG-3

Page 25: Sdh

23

2.3.5. FORMAÇÃO DO TUG-3 A PARTIR DE TUG-2

O TUG-3 será formado através da multiplexação de sete TUG-2s, além da

inserção de duas colunas de enchimento conforme mostra a Figura 2.12. A estrutura

matricial de um TUG-3 é composta por 9 linhas e 86 colunas, totalizando 774 bytes.

1 2 3 4

5 6 7 8

33 34 35 36

4 colunas

9 linhas

12 colunas

TUG-2 (1)

X

Y

Z

9 linhas

XXX

YYY

ZZZ

TU-12

1 2 3 4

5 6 7 8

33 34 35 36

4 colunas

9 linhas

12 colunas

TUG-2 (7)

X

Y

Z

9 linhas

XXX

YYY

ZZZ

TU-12

...

12

34

56

7

12

3

54

67

TUG-3

9 linhas

enchimento

1 2 86

...............

Figura 2.12- Formação do TUG-3 a partir de TUG-2

Page 26: Sdh

24

2.3.6. FORMAÇÃO DE VC-4 A PARTIR DE 140Mbps

Na formação de um VC-4 a partir de um tributário de 139.264Kbps o

tributário é inserido em um container denominado C-4 com 9 linhas por 260 colunas. Ao

C-4 é acrescentada uma coluna de 9 bytes de POH, formando o VC-4 com 9 x 261

bytes.

Figura 2.13- Formação do VC-4 a Partir de 140Mbps

RSOH

MSOH

PTR AU-4

270 bytes

9 261 bytes

STM-1

1

3

4

5

9

J1

B3

C2

G1

F2

H4

Z3

K3

Z5

VC-4

20 blocos de 13 bytes

1 byte

13 bytes

POH W 96 I X 96 I Y 96 I Y 96 I Y 96 I

X 96 I Y 96 I Y 96 I Y 96 I X 96 I

Y 96 I Y 96 I Y 96 I X 96 I Y 96 I

Y 96 I Y 96 I X 96 I Y 96 I Z 96 I

1 Byte

12 Bytes

W = I I I I I I I I

X = C R R R R R O O

Y = R R R R R R R R

Z = I I I I I I S R

Page 27: Sdh

25

2.3.7. FORMAÇÃO DE VC-4 A PARTIR DE TUG-3

Um VC-4 pode ser formado através da multiplexação de três TUG-3,

conforme mostra a Figura 2.14.

TUG-3 TUG-3TUG-3

1 86 1 86 1 86

(1) (2) (3)

1 2 3 261POH

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 1 1 ......... 86 86 86

1 258

enchimentoPayload

VC-4

Figura 2.14- Formação de VC-4 a Partir de TUG-3

Notar que além da multiplexação, torna-se necessária a inclusão de uma

coluna com 9 bytes de POH contendo monitoração de desempenho, manutenção e

alarmes da via, também são inseridas duas colunas de enchimento resultando em uma

estrutura de 9 linhas por 261 colunas, totalizando 2.349 bytes.

Page 28: Sdh

26

2.3.8. FORMAÇÃO DO STM-N A PARTIR DE VC-4

Quando se associa um ponteiro ao VC-4 é obtida uma nova estrutura

denominada AU-4. O ponteiro de AU-4 indica a localização do primeiro byte do VC-4,

sendo que esse ponteiro possui posição fixa dentro do quadro STM-1.

A multiplexação de várias AUs dá origem ao AUG. Nesse caso, devido à

utilização de apenas uma AU, a AU-4 coincide com o AUG. Acrescentando os bytes de

SOH à estrutura existente, forma-se o quadro STM-1 conforme mostra a Figura 2.15. O

quadro STM-1 possui um total de 2.430 bytes e um período de 125µs.

VC-4

POH

C-4

261 bytes

9 bytes

261 bytes

9 bytesPonteiro de AU

9 bytes

Ponteiro de AU

RSOH

MSOH

AUG

associando ponteiro

AUG=AU-4

STM-1

associando Overhead de Seção

Figura 2.15- Formação do STM-1 a Partir de VC-4

A estrutura de quadro STM-N é formada basicamente pela multiplexação

de N payloads de quadros STM-1. O quadro STM-N possui também bytes de SOH e de

ponteiros (N x 9 colunas).

Page 29: Sdh

27

2.4. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA DE QUADRO DO STM-0

A estrutura de quadro de um STM-0 possui as mesmas áreas que um

quadro STM-N, ou seja, SOH, Ponteiros e "Payload". A Figura 2.16 mostra a

representação da estrutura de quadro de um sinal STM-0.

Ponteiro de AU

RSOH

MSOH

Payload

1

345

9

1 3 4 90

Número de bytes : 810Número de bits : 6480Período : 125 usTaxa : 51,84 Mbps

Figura 2.16- Estrutura de Quadro do STM-0

2.4.1. FORMAÇÃO DO "PAYLOAD" DO STM-0

O payload de um STM-0 é formado por um AU-3 e, por sua vez, o AU-3 é

formado adicionando-se bytes de enchimento e ponteiros de AU ao VC-3. A Figura

2.17 mostra a formação desse "payload".

Page 30: Sdh

28

POH

POH

VC-3

AU-3

AU-3

AU-3

RSOH

PONTEIRO

MSOH

30 59

ENCHIMENTOassociandoponteiro de AU

1 2 3

associando SOH

ponteirode AU-3associado

9 bytes

9 bytes

9 bytes

9 bytes

85 bytes

87 bytes

87 bytes

90 bytes1

345

9quadro STM-0

Figura 2.17- Formação do Quadro STM-0

A Figura 2.18 mostra as duas possibilidades de formação do VC-3 :

VC-3 a partir de 7 TUG-2s: para se formar um VC-3 a partir de TUG-2s, é

feita uma multiplexação temporal de 7 TUG-2, além da inserção de uma coluna de

POH ( contendo informações de monitoração de desempenho, manutenção e alarmes

).

VC-3 a partir de um C-3: uma vez obtido o VC-3, um ponteiro de 3 bytes é

associado a ele para permitir ajustes de freqüência do "payload" com relação à

estrutura de transporte. Dessa forma, obtém-se o AU-3. Associando-se a essa

estrutura os bytes de supervisão de seção, conforme mostra a Figura 2.17, obtém-se o

quadro STM-0.

Page 31: Sdh

29

STM-0 AU-3 VC-3 C-3

TUG-2

TU-12 VC-12 C-12

x 7

x3

34,368 Mbps

2,048 Kbps

Figura 2.18- Formação do Quadro STM-0

2.4.2. INTERCONEXÃO STM-0/STM-1

Quando houver necessidade de interligação STM-0/STM-1 de forma a

permitir a continuidade das informações da via, os rádios síncronos STM-0 deverão

possibilitar a interligação em multiplexadores STM-1 através do caminho definido pela

Figura 2.19.

STM-1 AUG AU-4 VC-4 TUG-3

STM-0

NNI

RRPAU-3 VC-3 TUG-2

x1x1x1

x1x1

1 a 3

1

x7

x7

Figura 2.19- Interconexão STM-0/STM-1

Page 32: Sdh

30

Dessa forma, como os sinais não chegam a nível de 2Mbps, consegue-se

manter as informações da via contidas em VC-12. Nos casos em que não houver

necessidade de manutenção das informações da via, a interconexão STM-0/STM-1

poderá ser feita a nível de 2Mbps.

Page 33: Sdh

31

PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Na sua opinião, quais as vantagens da tecnologia SDH em relação à PDH ? 2) Demonstre o cálculo da taxa de transmissão (em bps) de um quadro STM-16. 3) Qual a função do Ponteiro ? Quais estruturas utilizam ponteiros dentro do quadro STM-N ? 4) A partir da estrutura de multiplexação simplificada, calcular as taxas de saída de cada um dos processos que envolve a alocação dos sinais E3 (34Mbps). 5) Qual a diferença entre um quadro de VC-4 formado por TUG-3’s com sinais de 2M e outro formado por TUG-3’s com sinais de 34M ? Se houver diferença, explique o motivo. 6) Quantos TUG-3 são necessários para transportar 313 tributários de 2M e 14 de 34M ? Quais as taxas de transmissão SDH podem ser utilizadas para este conjunto de tributários ? 7) Porque torna-se necessária a inserção de colunas de enchimento à estrutura de TUG-3 quando o mesmo é formado pela multiplexação de 3 TUG-2 ? 8) Qual o motivo da capacidade de transporte do quadro STM-1 não ser suficiente para transportar 4 tributários de 34Mbps ? 9) Em qual camada de rede SDH são lidos os bytes de POH de VC-4 ? 10) Defina com suas palavras nível de cross-conexão.

Page 34: Sdh

32

2.5. BYTES DE OVERHEAD

Na SDH existem quatro tipos de overheads :

• Overhead da Seção Regeneradora (RSOH);

• Overhead da Seção Multiplexadora (MSOH);

• Overhead da Via de Ordem Superior (HO POH);

• Overhead da Via de Ordem Inferior (LO POH).

2.5.1. OVERHEAD DE SEÇÃO (SOH)

O SOH é a informação adicionada ao "payload" para formar um STM-N,

sendo dividido em RSOH e MSOH. No SOH podem ser encontradas as informações de

alinhamento de quadro, manutenção, monitoração de desempenho e outras funções

operacionais.

A informação do RSOH é terminada na Camada da Seção Regeneradora,

permitindo a monitoração do caminho percorrido nesta seção. Os bytes do RSOH são

lidos por todos os equipamentos que compõe a rede SDH (multiplexadores,

regeneradores e DXCs).

A informação do MSOH passa através dos regeneradores

transparentemente e termina na Camada da Seção Multiplexadora, onde os AUGs são

montados e desmontados monitorando, dessa forma, o caminho percorrido dentro da

Camada da Seção Multiplexadora (referir-se à Figura 2.4).

Figura 2.20- Terminação dos Bytes de SOH

MUXA

MUXB

REG 1 DXCB

DXCA

SR SR SR SR

SM SM SM

Page 35: Sdh

33

A1 A1 A1 A2 A2 A2 J0

D1 D2 D3PONTEIRO DE AU

B2 B2 B2 K1 K2

D4 D5 D6

D7 D8 D9

D10 D11 D12

S1 Z1 Z1 Z2 Z2 M1 E2

B1 E1 F1

* *

RSOH

MSOH

9 bytes

9 linhas

Bytes reservados para uso nacional

Bytes que não são embaralhados, portanto se deve tomar cuidado com os seus valores

*

Bytes dependentes do meio de transmissão

Nota: Todos os bytes não assinalados estão reservados para uma futura padronização

Figura 2.21- Bytes do SOH

NOTA : O quadro do sinal STM-1e possui o SOH reduzido, não contendo os bytes D1, D2, D3 e o byte K1. A1 e A2 : Palavra de Alinhamento de Quadro

São bytes reservados para a transmissão da informação de início de

quadro, denominados Palavra de Alinhamento de Quadro (PAQ). Através de um

algoritmo de identificação e confirmação da PAQ, o receptor pode identificar o início do

quadro STM-N.

A1 = 11110110;

A2 = 00101000.

Page 36: Sdh

34

JJ00 : “Trace” de Seção de Regeneração

O byte J0 é alocado como “trace” de uma seção de regeneração, devendo

existir concordância mútua, quanto a seu valor, entre elementos de rede. O operador

da rede pode “escrever” seu conteúdo de forma a identificar a seção em questão. A

Figura 2.22 apresenta um exemplo de sua utilização entre dois elementos de rede.

Figura 2.22- Exemplo de Programação do Byte Jo

BB11 : Monitoração de Erros na Seção Regeneradora

Esse byte permite a monitoração de erros na Seção Regeneradora

utilizando o código BIP-8 ("Bit Interleaved Parity" - 8). O BIP-8 é um código de 8 bits,

usando paridade par, formado no transmissor após o embaralhamento do quadro.

Todos os bits do quadro STM-N anterior são divididos em seqüências

(blocos) de 8 bits. A quantidade de bits "1" nos primeiros bits das seqüências de 8 bits

tem de ser par, incluindo o byte B1. Da mesma forma a quantidade de bits "1" nos

segundos bits das seqüências de 8 bits tem de ser par e assim por diante, até os

oitavos bits nas seqüências de 8 bits.

EE11 ee EE22 : Canal de Serviço

Os bytes E1 e E2 constituem canais de 64Kbps de serviço para

comunicação de voz, sendo que E1 faz parte do RSOH, podendo ser acessado tanto

nos regeneradores quanto nos demais equipamentos. E2 faz parte do MSOH podendo

ser acessado nos equipamentos que compõe a Seção Multiplexadora.

MUXA

MUXB

Jo = AparaBJo’ = BparaA

Jo = BparaAJo’ = AparaB

Page 37: Sdh

35

FF11 : Canal de Usuário

Reservado para uso da empresa operadora da rede. Seu conteúdo ainda

não é definido, entretanto, pode ser utilizado como um canal de 64Kbps para

comunicação de dados na seção regeneradora.

DD11--DD1122 : Canal de Comunicação de Dados- DCC

Os bytes D1 a D3 (DCCr) formam um canal de 192Kbps para

comunicação no percurso do sinal dentro da Camada de Seção Regeneradora. Os

bytes D4 a D12 (DCCm) formam um canal de 576Kbps para comunicação no percurso

dentro da Camada de Seção Multiplexadora.

BB22 : Monitoração de Erro na Seção Multiplexadora

Os bytes B2 permitem a monitoração de erros na Seção Multiplexadora

através do código BIP-Nx24 ("Bit Interleaved Parity" Nx24), que é um código de 24 bits

com paridade par. O BIP-Nx24 tem a mesma filosofia do BIP-8, porém é mais preciso

pois além de ter mais bits (24), esse número aumenta com o aumento da hierarquia

STM-N. Por exemplo: para um sinal STM-4, o número de bits será 4 x 24 = 96 bits.

KK11 ee KK22 : Comutação Automática de Proteção

K1 e K2 são bytes reservados para um protocolo de sinalização

automática de proteção. São utilizados para comunicação entre NE’s local e remoto,

com o propósito de controlar comutações de linha através de um protocolo orientado a

bit.

Os três últimos bits do byte K2 têm como função indicar a presença de

RDI (Indicação de Defeito Remoto) ou de SIA (Sinal Indicativo de Alarme) na seção

multiplexadora. Os bits 6, 7 e 8 do byte K2 podem assumir os seguintes valores após o

desembaralhamento:

“110” � Indicação de Defeito Remoto (RDI) na seção multiplexadora.

Indica para o lado de transmissão que o lado de recepção detectou uma falha de seção

no sinal recebido ou está recebendo MS-SIA.

“111” � Sinal Indicativo de Alarme (SIA) na seção multiplexadora.

Page 38: Sdh

36

SS11 : Status de Sincronização

Os bits de 5 a 8 do byte S1 são alocados para Mensagens de Status de

Sincronização. A Tabela 2.9 mostra os padrões de bits para os quatro níveis de

sincronização utilizados. Além dos padrões definidos para níveis de sincronismo, são

definidos ainda outros dois padrões, um para indicar que a qualidade da sincronização

é desconhecida e outro para sinalizar que a seção não deve ser usada para

sincronização. Os códigos restantes são reservados e não devem ser utilizados até que

sejam definidos.

Tabela 2.9 - Níveis de Sincronização SDH

Byte S1 (b5 a b8) Nível de Qualidade de Sincronização 0000 Qualidade Desconhecida 0001 Reservado 0010 G.811 0011 Reservado 0100 G.812 Trânsito 0101 Reservado 0110 Reservado 0111 Reservado 1000 G.812 Local 1001 Reservado 1010 Reservado 1011 SETS 1100 Reservado 1101 Reservado 1110 Reservado 1111 Não usar para sincronização

ZZ11 ee ZZ22 : Bytes Reservados

São bytes reservados para funções ainda não definidas. Podem ser

utilizados como canais de dados de 64Kbps até que sua função seja definida pelo ITU-

T.

Page 39: Sdh

37

M1 : REI de Seção Multiplexadora

A Indicação de Erro Remoto (REI) na seção de multiplexação transporta a

contagem dos blocos errados (0 a N) detectados pelo código BIP-N x 24 (B2) na seção

multiplexadora.

A Figura 2.23 mostra o SOH do sinal STM-4. Podemos notar que a

capacidade desse SOH é quatro vezes a capacidade do SOH do sinal STM-1, porém

nem todos os bytes se repetem. O mesmo ocorre com os overheads dos demais

quadros STM.

A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 J0 Z0 Z0 Z0

B1 E1 F1

D1 D2 D3PONTEIROS DE AU

B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 K1 K2D4D7

D10

D5D8

D11

D6

D9

D12

S1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z1 Z2 Z2 M1 Z2 Z2 Z2 Z2 Z2 Z2 Z2 Z2 Z2 E2

* * * * * * * * * * *

36 BYTES

RSOH

MSOH

9

LINHAS

Bytes reservados para uso nacional

* Bytes que não são embaralhados, portanto se deve tomar cuidado com seus valores

Nota: Todos os bytes não assinalados estão reservados para uma futura padronização internacional (dependem do meio de transmissão, uso nacional adicional e outros propósitos)

Figura 2.23- SOH para Sinal STM-4

Page 40: Sdh

38

2.5.2. OVERHEAD DE VIA (POH)

O POH é a informação adicionada a um container (payload) para criar um

VC. A informação do POH provê a integridade da comunicação no caminho percorrido

dentro da Camada de Via, ou seja, entre os pontos onde são montados e desmontados

os VCs (referir-se à Figura 2.2). Existem dois tipos de POH :

� POH de Ordem Inferior (LO POH) : o LO POH é a informação adicionada ao C-m

para formar os VC-m (VC-11, VC-12, VC-20 e

VC-3).

� POH de Ordem Superior (HO POH) : o HO POH é a informação adicionada ao C-n

para formar o VC-n (VC-3, VC-4 e VC-4-Xc).

a. POH de VC-3/VC-4/VC-4-Xc (HO POH)

Os bytes de POH de VC-3 / VC-4 / VC-4-Xc são adicionados ao payload

durante a montagem dos quadros e permanecem com ele até seu destino, onde são

lidos. O HO POH consiste de 9 bytes com funções necessárias ao transporte e

monitoração do sinal dentro da camada de via de ordem superior.

Figura 2.24- Localização do HO POH

J1

B3

C2G1F2

H4Z3

K3Z5

85 colunas

J1

B3

C2G1F2H4

Z3

K3Z5

261 colunas

J1

B3C2G1

F2H4

Z3

K3Z5

261 x X colunas

VC-3 VC-4 VC-4-Xc

C-3 ou 7 x TUG-2 C-4 ou 7 x TUG-3

EN

CH

IME

NT

O

C-4-Xc

Page 41: Sdh

39

JJ11 : “Trace” de Via de Ordem Superior

Byte independente do "payload" e usado para comunicação fim a fim. É o

primeiro byte do VC e transporta o "Path Trace” do VC-3/VC-4/VC-4-Xc. Sua

localização é indicada pelo ponteiro de AU-n associado. O byte J1 é utilizado para

transmitir repetitivamente um identificador de acesso da via de ordem superior tal que o

terminal receptor possa verificar a sua conexão com o transmissor (análogo a J0).

Esse identificador de ponto de acesso da via usa o formato de numeração

E.164. Um quadro de 16 bytes é definido para a transmissão dessa numeração. O

primeiro byte da seqüência é um marcador de início de quadro e inclui o resultado de

um cálculo CRC-7 sobre o quadro anterior. Os seguintes 15 bytes transportam os

caracteres ASCII necessários para o formato de numeração E.164. O quadro de 16

bytes é mostrado a seguir:

1CCC CCCC marcador do início do quadro

0XXX XXXX byte 2

. . Numeração

. . E.164

0XXX XXXX byte 16

Onde, CCC CCCC é o resultado do cálculo do CRC-7 sobre o quadro

anterior; e 0XXX XXXX representa o caracter ASCII da seqüência E.164.

BB33 : Monitoração de Erros na Via de Ordem Superior

O byte B3 é reservado em cada VC-3/VC-4/VC-4-Xc para a função de

monitoração de erros na via. Essa função será desempenhada por um código BIP-8

usando paridade par. O BIP-8 é calculado sobre todos os bits do VC-3/VC-4/VC-4-Xc

anterior antes do embaralhamento, e colocado no byte B3 do VC-3/VC-4/VC-4-Xc atual

antes do embaralhamento.

Page 42: Sdh

40

CC22 : Identificador de Sinal

O byte C2 é alocado para indicar a composição do "payload" do VC-3/VC-

4/VC-4-Xc. A Tabela 2.10, em código hexadecimal, apresenta os códigos possíveis

para esse byte.

Tabela 2.10- Codificação do Byte C2

MSB (1234)

LSB (5678)

CÓD. HEXA. (Nota 1)

SIGNIFICADO

0000 0000 00 não equipado (Nota 2) 0000 0001 01 equipado - não específico (Nota 3) 0000 0010 02 indicação de estrutura de TUG 0000 0011 03 “locked” TU (Nota 4) 0000 0100 04 mapeamento assíncrono de

34.368 Kbps em C-3 0001 0010 12 mapeamento assíncrono de

139.264 Kbps em C-4 0001 0011 13 ATM 0001 0100 14 MAN (DQDB) (Nota 5) 0001 0101 15 FDDI (Nota 5)

Nota 1: Existem 247 códigos reservados que não devem ser utilizados até serem definidos. Nota 2: O valor “0” de C2 indica via de VC-3/VC-4/VC-4-Xc não equipada. Este valor será atribuído se a camada de seção estiver completa e não houver a geração do VC-3/VC-4/VC-4-Xc no equipamento de origem. Nota 3: O valor “1” de C2 será usado somente em casos onde o código de mapeamento não é definido na Tabela acima. Nota 4: O código “3” continuará a ser interpretado como definido previamente para propósito de compatibilidade com equipamentos antigos, mesmo não estando mais o modo “locked” definido. Nota 5: Mapeamento para MAN e FDDI a serem definidos.

GG11 : Status da Via

Este byte é alocado para retornar ao terminal gerador do VC-3/VC-4/VC-

4-Xc o status e o desempenho do sinal recebido pelo terminal remoto. Essa

característica permite que o status e o desempenho do sinal nos dois sentidos de

transmissão sejam monitorados em qualquer terminal, ou em qualquer ponto da via. O

byte G1 é dividido entre REI e RDI, conforme mostra a Figura 2.25.

Page 43: Sdh

41

Figura 2.25- REI e RDI no Byte G1

REI : Os bits de 1 a 4 transportam a contagem dos blocos errados

detectados erros pelo código BIP-8. Essa contagem tem 9 valores legais,

nominalmente de 0 a 8 erros. Os sete valores restantes possíveis, representados por

esses quatro bits, devem ser interpretados como ausência de erro.

RDI : Sempre que for recebido um sinal não válido, a indicação de alarme

remoto da via VC-3/VC-4/VC-4-Xc é enviada de volta para o equipamento gerador.

Este sinal é indicado pelo bit 5, que assume "0" se não houver RDI de via e "1" se

houver RDI de via, cujas possíveis causas são o SIA de via ou condição de falha de

sinal.

FF22 ee ZZ33 : Canal de Usuário da Via

Esses bytes são alocados para canais de comunicação a 64Kbps entre os

elementos da via e são independentes do payload.

HH44 : Indicador de Posição

Esse byte provê um indicador de posição generalizado para "payloads" e

pode ser específico de um "payload" (por exemplo, H4 pode ser usado como um

indicador de posição de multiquadro para o VC-12/VC-2).

Figura 2.26- Indicador de Multiquadro para VC-12

1 2 3 4 5 6 7 8

REI RDI SEM USO

J1

B3

C2G1F2

H4Z3

K3Z5

VC-40

12

3

PTR

POH

PTR

POH

PTR

POH

PTR

POH

0 1 2 3

TU-12

Page 44: Sdh

42

KK33 : Comutação Automática de Proteção

Os bits de 1 a 4 deste byte estão reservados para uso futuro como

protocolo de sinalização da comutação automática de proteção da via de ordem

superior. Os bits de 5 a 8 não têm funções definidas pelo ITU-T.

ZZ55 : Byte do Operador de Rede

Para manutenção de conexões tipo Tandem o byte Z5 poderá ser

reescrito pelo operador (sem afetar a facilidade de monitoração de desempenho fim a

fim dada pelo byte B3), sendo alocado para propósitos específicos de gerenciamento.

Pode ser usado da seguinte maneira: os bits 1 a 4 são usados como resultado dos

erros de entrada e os bits 5 a 8 são usados como um canal de comunicação.

b. POH de VC-12 (LO POH)

O POH do VC-12 será acrescentado ao C-12 (payload) e permanecerá

com ele até o seu destino. O POH será utilizado para funções necessárias ao

transporte e monitoração do sinal dentro da Camada de Via de Ordem Inferior.

Consiste de 4 bytes denominados V5, J2, Z6 e K4, conforme mostra a Figura 2.27.

Figura 2.27- Localização do POH de VC-12

VV55 : Status de Via de Ordem Inferior

O byte V5 é o primeiro byte do VC-12, apontado pelo ponteiro de TU-12.

Provê funções de verificação de erros, identificação de sinal e de status da via de VC-

12. O byte V5 é utilizado apenas no modo flutuante, sendo designado como um byte de

recheio no modo travado.

As atribuições dos bits de V5 são descritas a seguir e ilustradas na Figura

2.28. A Tabela 2.11 mostra a codificação dos bits 5, 6 e 7 (Identificação de sinal).

35 bytes e 125µµµµs

VC-12

V5 J2 Z6 K4

Page 45: Sdh

43

1 2 3 4 5 6 7 8

BIP-2 REI RFI* L1 L2 L3 RDISIGNAL LABEL

Figura 2.28 - Byte V5

Bits 1 e 2 - Monitoração de Desempenho : para monitoração de erro é

utilizado o código BIP-2. Ao primeiro bit é atribuído um valor de maneira que a paridade

seja par em todos os bits ímpares (1, 3, 5, e 7) de todos os bytes do VC-12 anterior.

Analogamente, ao segundo bit é atribuído um valor que faça a mesma operação com

bits pares (2, 4, 6 e 8) de todos os bytes do VC-12.

Bit 3 - Indicação de REI : assume o valor "0" quando nenhum erro é

detectado pelo BIP-2, ou o valor "1" quando um ou mais erros são detectados,

retornando essa informação ao gerador do VC-12 em questão.

Bit 4 - Indicação de Falha Remota na Via (RFI) : esse bit é fixado em "1"

se uma falha é declarada, caso contrário é fixado em "0". A indicação RFI é enviada de

volta ao gerador de VC-12. (Nota: uma falha é um defeito que persiste por um tempo

superior ao alocado para os mecanismos de proteção do sistema de transmissão.)

Bits 5, 6 e 7 - Codificação de Sinal : Existem oito condições diferentes

de composição de VC-12, de acordo com o valor dos bits 5, 6 e 7 (L1, L2 e L3),

conforme Tabela 2.11.

Tabela 2.11- Codificação de Sinal

L1 L2 L3 SIGNIFICADO 0 0 0 não equipado 0 0 1 equipado - não específico (Nota 1) 0 1 0 assíncrono 0 1 1 síncrono em nível de bit (Nota 2) 1 0 0 síncrono em nível de byte 1 0 1 1 1 0 equipado - reservado 1 1 1

Page 46: Sdh

44

Nota 1: O valor 1 será usado somente em casos onde o código de mapeamento não é definido.

Para operação conjunta com equipamentos antigos (isto é, projetados para transmitir somente os

valores 0 e 1) o equipamento antigo, ao receber um valor diferente de 0 deverá interpretar como

uma indicação de equipado; o equipamento novo, ao receber o valor 1 não deverá gerar um alarme

de descasamento de sinal ("Signal Label mismatch ").

Nota 2: O código “3”, para compatibilidade com equipamentos antigos, continua a ser interpretado

como definido, mesmo considerando que o mapeamento síncrono em nível de bit não é mais

definido.

Bit 8 - Indicação de RDI de Via : a esse bit é atribuído o valor "1" se for

recebido SIA na via de TU-12, ou uma condição de falha de sinal. Fora essas duas

condições recebe o valor "0". O sinal indicativo de RDI é enviado de volta ao gerador

de VC-12.

JJ22 : Identificador do Ponto de Acesso de Via

Transmite repetitivamente um identificador de ponto de acesso da via de

ordem inferior (análogo a J0 e J1). Através desse byte, o terminal receptor pode

verificar a continuidade da conexão com relação ao transmissor. Esse identificador usa

o formato de numeração E.164, de forma idêntica aos quadros definidos na descrição

do byte J1.

ZZ66 : Byte do Operador de Rede

O byte Z6 está sob consideração para prover uma função de monitoração

de conexão tipo “Tandem” da mesma forma que o byte Z5 no POH de ordem superior.

O byte Z6 não deverá afetar a facilidade de monitoração de desempenho fim a fim do

BIP-2 no byte V5.

KK44 : Canal de Comutação Automática de Proteção

Os bits de 1 a 4 deste byte são alocados para sinalização de comutação

automática de proteção de via de ordem inferior. Os bits de 5 a 8 são reservados para

uso futuro, com propósito e valor ainda não definidos. O receptor deve ignorar seu

conteúdo.

Page 47: Sdh

45

2.6. SINAIS DE MANUTENÇÃO

Diversos bytes pertencentes ao SOH e POH de Vias Superior e Inferior,

são alocados para funções de sinalização de manutenção das respectivas seções e

Vias. Os sinais de manutenção utilizados na SDH são :

a) SIA : Sinal de alarme enviado a hierarquia inferior indicando falha detectada e

alarmada na hierarquia superior.

b) RDI : Indica ao terminal transmissor que o terminal receptor detectou uma falha

de seção ou que está recebendo SIA.

c) REI : Indica a quantidade de blocos errados detectados pelo equipamento

remoto.

d) VC não Equipado : Informa as hierarquias inferiores que um VC não está

equipado e não é conectado a uma função de geração de terminação de via.

e) VC não Equipado de Supervisão : Informa as hierarquias inferiores que um VC

não está equipado e foi gerado para supervisão.

Tabela 2.12- Sinais de Manutenção

Sinal de Manutenção Identificação MS-SIA Tudo “1” detectado nos bits 6, 7 e 8 do byte K2 MS-RDI Código “110” detectado nos bits 6, 7 e 8 do byte K2 MS-REI Conteúdo do byte M1 HO VC não equipado Tudo “0” nos bytes C2, Z5 e J1 com byte B3 válido LO VC não equipado Tudo “0” nos bits 5, 6 e 7 do byte V5, nos bytes Z6 e J2 com

BIP-2 válido HO VC não equipado de supervisão

Tudo “0” nos bytes C2 e Z5 com bytes B3, J1 e G1 válidos

LO VC não equipado de supervisão

Tudo “0” nos bits 5, 6 e 7 do byte Z6. Os bits 1, 2, 3 e 8 do byte V5 e o byte J2 são válidos.

SIA de TU-n Tudo “1” no TU-n, inclusive em seu ponteiro SIA de AU-n Tudo “1” no AU-n, inclusive em seu ponteiro REI de Via Conteúdo dos bits de 1 a 4 do byte G1 (HO VC) e do bit 3 do

byte V5 (LO VC) RDI de Via Valor “1” no bit 5 do byte G1 (HO VC) ou no bit 8 do byte V5 (LO

VC)

Page 48: Sdh

46

SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Para a seguinte sequência de bytes : B1, B3, A1, J1, B2, K1, D1, D4, F1, F2, K3, Z5, C2, V5, H4, G1, S1, M1, E1 e E2. Responda : a) Quais os bytes lidos pelos repetidores SDH ? b) Quais os bytes lidos apenas pelos equipamento multiplexadores ? c) Quais destes bytes pertencem ao POH e quais pertencem ao SOH ? 2) Qual a relação existente entre os bytes B2 e M1 ? 3) Onde se localizam e qual a função dos seguintes bytes : C2 e V5 ? 4) Qual a diferença entre palavra de alinhamento de quadro e processo de alinhamento. Quais os bytes envolvidos em cada uma destas etapas ? 5) Para a rede SDH a seguir, defina as prioridades para fontes de sincronização dos NE’s.

1.2.3.4.

Nó A

Nó C

Nó BNó D

G.811 G.812T

1.2.3.4.

1.2.3.4.

1.2.3.4.

Page 49: Sdh

47

2.7. PONTEIROS

Ponteiros são indicadores cujos valores definem o "offset" de quadro, que

significa a diferença em bytes entre o início do quadro de um VC-m ou VC-n e o quadro

da entidade de transporte TU ou AU.

Os ponteiros permitem a realização de operações assíncronas dentro da

rede síncrona. A SDH é entendida como sendo uma rede síncrona, isto significa dizer

que todos os nós da rede síncrona devem derivar seus sinais de sincronismo a partir

de um único relógio mestre da rede. Entretanto, a SDH é projetada para lidar com

operações assíncronas na rede. Isto é necessário para acomodar diferenças de

sincronismo resultantes da perda de referência de relógio em um nó, e a conseqüente

utilização de um relógio reserva. A rede SDH também é projetada para acomodar

diferenças de sincronismo na fronteira entre duas redes SDH distintas e com relógios

mestres diferentes.

Por exemplo, para acomodar "offsets" de relógio, o VC-4 pode ser

movimentado (justificado) positivamente ou negativamente em relação ao quadro de

transporte. Isso é possível através do recalculo ou atualização do valor do Ponteiro de

AU em cada nó da rede.

2.7.1. PONTEIROS DE AU

A fim de simplificar os processos de multiplexação e Cross-connect de

sinais, a estrutura VC-4 pode flutuar dentro do "payload" dos quadros STM. Isso

significa que o VC-4 pode começar em qualquer lugar dentro do quadro, de modo que

ajustes de fase de relógio possam ser executados caso necessário.

Quando um VC-4 é montado em um quadro de transporte, bytes

adicionais denominados Ponteiro de AU, são adicionados ao Overhead de Seção.

Esses bytes contêm um valor de ponteiro que indica a localização do primeiro byte do

VC-4 (byte J1).

Page 50: Sdh

48

Localização do Ponteiro de AU

O ponteiro de AU-4 e de AU-3 estão contidos nos bytes H1 e H2,

conforme mostra a Figura 2.29.

Figura 2.29 - Localização do Ponteiro de AU-4 e AU-3

Valor do Ponteiro de AU

O valor do ponteiro de AU está efetivamente contido nos bytes H1 e H2 e

apontam o início (primeiro byte) do respectivo VC. Os três bytes H3 são reservados

para oportunidade de justificação negativa e os três bytes subsequentes (posição zero

no payload) para oportunidade de justificação positiva de ponteiro.

Figura 2.30 – Composição dos Bytes H1 e H2

261 colunas

AU-4

PAYLOAD

87 colunas

AU-3

PAYLOAD

H1 YY H2 II H3 H3H3 H1 H3H2

H1 Y Y H2 I I H3H3H3

N N N N S S I D I D I D I D I D H3 H3 H3

10 bits de valorde ponteiro

Oportunidadede justificação

NEGATIVA

Oportunidadede justificação

POSITIVA

bits deNew Data Flag

Page 51: Sdh

49

Os dois bytes Y e I têm valores fixos e não possuem funções definidas,

servindo apenas para compatibilizar SDH e Sonet. No caso da Sonet seriam

necessários três bytes de ponteiro (H1, H2 e H3) individuais para cada AU-3

multiplexada no quadro STM. Para a SDH, apenas três bytes são suficientes para

indicar o início de VC-4. Para que o número total de bytes de ponteiro seja o mesmo,

na Sonet e na SDH, são inseridos os bytes Y e I nos quadros STM que têm em seu

payload estruturas de VC-4.

Em função desta compatibilização, tanto para AU-4 quanto para AU-3, o

valor do ponteiro pode variar de 0 a 782 (783 valores diferentes), que coincidem com

as posições onde o quadro de VC pode começar. Como AU-4 tem um tamanho

correspondente a três AU-3, o valor do ponteiro de AU-4 é incrementado de 3 em 3

bytes. Assim, para um ponteiro indicando "offset" de quadro igual a 0 significa que o

VC-4 começa no primeiro byte do "payload", e para um valor de ponteiro

imediatamente superior, o VC-4 começará no quarto byte do "payload" e assim por

diante, conforme mostra a Figura 2.31.

Figura 2.31 – Ponteiro de AU-4

H1 Y Y H2 1# 1# H3 H3 H3

H1 Y Y H2 1# 1# H3 H3 H3

- - - -

- - - -

0 - - 1 - - 86 - - 87 - - 88

521 - -522 - -

782 - -86 - -0 - - 1 -

521 - -

Ponteiro

Oportunidade de Justificação Negativa (3 Bytes)

Oportunidade de Justificação Positiva (3 Bytes)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 AUG 270 1

4

91

4

9

125us

250us1# : byte tudo "1"Y : 1001 SS11 (bits S não especificados)

Page 52: Sdh

50

Justificação de Frequência

Se houver diferença de fase entre os quadros de AUG e de VC, então o

valor do ponteiro deverá ser incrementado ou decrementado conforme necessário,

acompanhado por um correspondente processo de justificação positiva ou negativa.

Se a fase do quadro de VC se atrasa com relação à fase do AUG, então o

alinhamento do VC deve ser periodicamente atrasado no tempo e o valor do ponteiro

incrementado de "1". Nesse caso, o relógio de leitura (local) é mais rápido que o de

escrita (proveniente do VC) e o processo é denominado Justificação Positiva.

A justificação positiva de ponteiro é indicada pela inversão dos bits I (7, 9,

11, 13 e 15) da palavra que contém o ponteiro de AU. Esse processo permite que, na

recepção, a operação de ponteiro seja reconhecida através da detecção da inversão da

maior parte dos cinco bits I existentes.

Três bytes de justificação positiva (enchimento) aparecem imediatamente

após o último byte H3 (posição zero) do quadro de AU-4 que contém os bits I

invertidos. No próximo quadro o valor do ponteiro estará com o novo valor,

incrementado de 1, do "offset" de quadro.

Operações de ponteiro consecutivas devem estar separadas de pelo

menos três quadros, onde o valor do ponteiro permanece constante. Ou seja, o valor

do ponteiro se modifica somente a cada quatro quadros ou mais.

A Figura 2.32 mostra o processo de justificação positiva em AU-4.

Page 53: Sdh

51

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

1# :

byte

tudo

"1"

Y

: 100

1 S

S11

(bi

ts S

não

esp

ecifi

cado

s)

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

Val

or d

o P

onte

iro (

n)

Val

or d

o P

onte

iro

bits

I in

vert

idos

Val

or d

o P

onte

iro (

n+1)

Iníc

io d

e V

C-4

n-1

n n

n n

+1 n

+1Q

uadr

o 1

125u

s

n-1

n n

n n

+1 n

+1Q

uadr

o 2

250

us

Qua

dro

3

3

75us

Qua

dro

4

50

0us

n-1

n n

n n

+1 n

+1

n-1

n n

n n

+1 n

+1

Byt

es d

e Ju

stifi

caçã

o P

ositi

va (

3 by

tes)

AU

G

Figura 2.32 - Processo de Justificação Positiva em AU-4

Page 54: Sdh

52

Se a fase de quadro do VC se adiantar com relação a do quadro de AUG,

então o alinhamento do quadro de VC deve ser periodicamente avançado no tempo e o

valor do ponteiro decrementado de "1". Nesse caso, o relógio de leitura (local) é mais

lento que o de escrita (proveniente do VC) e o processo é denominado Justificação

Negativa.

A justificação negativa de ponteiro é indicada pela inversão dos bits D (8,

10, 12, 14 e 16) da palavra que contém o ponteiro de AU. Esse processo permite que,

na recepção, a operação de ponteiro seja reconhecida através da detecção da inversão

da maior parte dos cinco bits D existentes.

Três bytes de justificação negativa (informação útil) aparecem nas

posições dos três bytes H3, no quadro AU-4 que contém os bits D invertidos. No

próximo quadro o valor do ponteiro estará com o novo valor, decrementado de 1, do

"offset" de quadro, permanecendo nesse valor durante pelo menos três quadros.

A Figura 2.33 mostra o processo de justificação negativa para o AU-4.

"New Data Flag" (NDF)

Os bits N (de 1 a 4) da palavra do ponteiro transportam o NDF que

permite uma mudança arbitrária no valor do ponteiro, caso este necessite ser

incrementado de um valor superior a 1.

A operação normal (NDF desabilitado) é indicada pelo código "0110" nos

bits N. O NDF habilitado é indicado pela inversão dos bits N para "1001". Um NDF deve

ser interpretado como habilitado quando três dos quatro bits coincidirem com o padrão

"1001" e como desabilitado quando três dos quatro bits coincidirem com o padrão

"0110". Os valores restantes (ou seja, "0000", "0011", "0101", "1010", "1100" e "1111")

devem ser interpretados como inválidos.

Page 55: Sdh

53

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

H1

Y Y

H

2 1

# 1

#H

3 H

3 H

3

1# :

byte

tudo

"1"

Y

: 10

01 S

S1

1 (b

its S

o es

peci

ficad

os )

H1

Y

Y

H2

1#

1#

H1

Y

Y

H2

1#

1#

H3

H3

H3

Val

or d

o P

onte

iro (

n)

Va

lor

do P

onte

iro b

its D

inve

rtid

os

Val

or

do

Pon

teiro

(n-

1)

Iníc

io d

e V

C-4

n-1

n n

n n

+1 n

+1Q

uad

ro 1

125

us

n-1

n n

n n

+1 n

+1

Qu

adro

2

25

0us

Qua

dro

3

3

75u

s

Qua

dro

4

500u

s

Byt

es d

e J

ustif

ica

ção

Ne

gativ

a (3

byt

es)

AU

G

n-2

n-1

n-1

n-1

n n

n n

+1 n

+1

n-2

n-1

n-1

n-1

n n

n n

+1 n

+1

Figura 2.33 - Processo de Justificação Negativa em AU-4

Page 56: Sdh

54

2.7.2. PONTEIRO DE TU-3

Uma TU-3 é uma estrutura de informação constituída por um "payload" de

informação (VC-3), um ponteiro de TU-3 e por bytes de enchimento. Sua estrutura é

idêntica à do TUG-3.

O ponteiro de TU-3 indica, através de um "offset" de quadro, em que byte

da estrutura de TU-3 se encontra o primeiro byte do POH do VC-3 o que, de modo

indireto, indica a diferença em bytes entre a posição ocupada pelo POH do VC-3 e o

início do quadro de VC-4. Dessa forma, o ponteiro de TU-3 proporciona um método de

alinhamento dinâmico do VC-3 dentro do quadro de TU-3, ou seja, o VC-3 fica com

fase flutuante dentro da estrutura de quadro da TU-3, independente de seu conteúdo.

Se existir uma diferença de fase entre o quadro de VC-3 e o quadro de

TU-3 (derivada da taxa de quadro do VC-4), o valor do ponteiro de TU-3 será

incrementado ou decrementado quando necessário, acompanhado da correspondente

justificação de byte positiva ou negativa.

Localização do Ponteiro de TU-3

Três ponteiros de TU-3 individuais estão contidos em três bytes

separados H1, H2 e H3 dentro de um VC-4 conforme Figura 2.34.

AUG

PTR AU-4

PTR AU-4

J1B3C2G1F2

H4Z3K3Z5J1

B3C2

H1 H1 H1H2 H2 H2H3 H3 H3 0 0 0 1 1 1 83 83 84 84 84

85 85 85 86 86 86

594 594 594H1 H1 H1 595595 595 596H2 H2 H2H3 H3 H3 0 0 0 1 1

763 763764 76476483 83 84 84 84

ENCHIMENTO

1 9 10 270

261

VC-4

Figura 2.34 - Localização do Ponteiro de TU-3

Page 57: Sdh

55

Valor do Ponteiro de TU-3

O valor do ponteiro de TU-3 contido em H1 e H2 indica a posição do

primeiro byte de VC-3. Os dois bytes alocados para exercer a função de ponteiro

podem ser vistos como uma palavra conforme a Figura 2.30. O valor do ponteiro de

TU-3 é um número binário que pode variar de 0 a 764, ou seja as 765 posições onde o

VC-3 pode começar.

Justificação de Freqüência

Se a fase do quadro de VC-3 se atrasa com relação a do quadro de TU-3,

o alinhamento (posição) do VC deve ser periodicamente atrasado no tempo e o valor

do ponteiro de TU-3 incrementado de 1. Essa operação é indicada pela inversão dos

bits I da palavra do ponteiro, o que permite que haja detecção de maioria de cinco bits

na recepção. Um byte de justificação positiva (enchimento) aparece imediatamente

após o byte H3 pertencente ao quadro do TU-3 que apresenta os bits I invertidos. No

próximo quadro o valor do ponteiro estará com o novo valor, incrementado de 1, do

"offset" de quadro, permanecendo nesse valor durante pelo menos três quadros.

Se a fase do quadro de VC-3 se adianta em relação à do quadro de TU-3,

então o alinhamento do VC deve ser periodicamente avançado no tempo e o valor do

ponteiro decrementado de 1. Essa operação é indicada pela inversão dos bits D da

palavra do ponteiro, o que permite que haja detecção de maioria de cinco bits na

recepção. Um byte de justificação (informação) aparece no byte H3 do quadro de TU-3

que contém os bits D invertidos. Os três próximos quadros apresentarão valores do

ponteiro de TU-3 com o novo "offset" de quadro.

"New Data Flag" (NDF)

Os bits N (de 1 a 4) da palavra do ponteiro transportam o NDF que

permite uma mudança arbitrária no valor do ponteiro. A operação de NDF e valores

associados aos quatro bits N ocorrem de maneira idêntica ao ponteiro de AU-4.

Page 58: Sdh

56

2.7.3. PONTEIRO DE TU-12

O TU-12 é uma estrutura de informação constituída por um VC-12 e um

ponteiro de TU-12. O TU-12 possui posição definida dentro do VC-n (VC-3 ou VC-4),

bem como deriva sua taxa de quadro destas estruturas. O valor do ponteiro de TU-12

indica o número de bytes existentes entre o byte V2 de ponteiro e o início do quadro de

VC-12 transportado. Indiretamente, esse valor indica a diferença em bytes entre a

posição ocupada pelo quadro de VC-12 e o início do VC-n (VC-3 ou VC-4).

Se existir uma diferença entre as fases do quadro do VC-12 e do quadro

de TU-12 (derivada da taxa de quadro do VC-n), o valor do ponteiro de TU-12 será

incrementado ou decrementado conforme o necessário, acompanhado da

correspondente justificação de byte (positiva ou negativa). Dessa forma, o ponteiro de

TU-12 proporciona uma forma de alinhamento dinâmico e flexível do VC-12 dentro do

quadro de TU-12, ou seja, o VC-12 pode ficar com uma fase flutuante dentro da

estrutura de quadro do TU-12.

Localização do Ponteiro de TU-12

O ponteiro de TU-12 está contido nos bytes V1 e V2 de TU-12, conforme

mostra a Figura 2.35.

Figura 2.35 - Localização do Ponteiro de TU-12

V1

V2

V3

V4

V5

J2

Z6

K4

TU-12

VC-12

Page 59: Sdh

57

Cada multiquadro de TU-12 tem duração de 500µs, sendo dividido em

quatro conjuntos de 36 bytes e duração de 125µs.

O primeiro byte de cada conjunto é ocupado pelos bytes V1, V2, V3 e V4,

sendo que V1 e V2 contêm o valor efetivo de ponteiro de TU-12. V3 é utilizado no

processo de justificação negativa, o byte seguinte (já no payload) no processo de

justificação positiva e V4 é reservado.

Valor do Ponteiro de TU-12

A palavra do ponteiro de TU-12 é mostrada na Figura 2.36. Seu valor (bits

7 a 16) é um número binário que indica a distância do byte V2 em relação ao primeiro

byte do VC-12 (byte V5). O "offset" de quadro do TU-12 pode variar de 0 a 139, em

decimal.

Figura 2.36 - Palavra de Ponteiro de TU-12

V1

V2

V3

V4

TU-12

N N N N S S I D I D I D I D I D V3

10 bits de valorde ponteiro

Oportunidadede justificação

NEGATIVA

Oportunidadede justificação

POSITIVA

bits deNew Data Flag

V4

Reservado

Page 60: Sdh

58

Justificação de Freqüência de TU-12

O ponteiro de TU-12 é usado na justificação de freqüência do VC-12, da

mesma maneira que o ponteiro de TU-3 é usado na justificação de freqüência do VC-3.

Uma oportunidade de justificação positiva (enchimento) é imediatamente posterior ao

byte V3. Adicionalmente, V3 serve como oportunidade de justificação negativa, sendo

ocupado por dados.

A indicação de ocorrência ou não de justificação é dada pela inversão ou

não dos bits I ou D do ponteiro no atual multiquadro TU-12. O valor do byte V3 não é

definido quando ele não é usado para justificação negativa, sendo ignorado pelo

receptor nessa condição.

"New Data Flag" (NDF)

Os bits N da palavra do ponteiro transportam a informação de NDF. Esse

é o mecanismo que permite uma mudança arbitrária no valor do ponteiro. Assim, como

no NDF do ponteiro de TU-3, o valor normal transmitido é de "0110". O recebimento de

um valor igual a "1001" indica um novo alinhamento para o VC.

Page 61: Sdh

59

TERCEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Explique o motivo pelo qual o ponteiro de AU-4 é incrementado de 3 em 3 bytes. 2) Em qual situação é necessário realizar o processo de justificação positiva ? 3) Em uma variação do ponteiro de AU-4 na seguinte sequência : 88-89-90-89-181 : a) Qual o valor dos bytes H1 e H2 para cada passagem desta sequência ? b) Onde ocorreu justificação positiva, e onde ocorreu justificação negativa ? c) O que ocorreu na passagem de 89 a 181 ? 4) Proceder uma justificação positiva para o caso do ponteiro indicar, no primeiro quadro STM, o número 4 (em decimal). Representar, na página seguinte, os bytes H1 e H2 indicando a localização do byte J1, antes e após a justificação. 5) Supondo o ponteiro de AU-4 com o seguinte valor : H1= 1001 1100 H2= 0111 0001 Qual o significado desta informação ? Quantos bytes existem entre o byte H2 e o byte V1 do tributário 2M(12) ? Supor que VC-4 só possui tributários de 2M.

Page 62: Sdh

60

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO NÚMERO 4

PO

NT

EIR

O D

E A

U-4

NI

DN

NN

II

II

DD

DD

SSH1

H2

H3

01

23

45

520

521

522

782

NI

DN

NN

II

II

DD

DD

SSH1

H2

H3

01

23

45

520

521

522

782

NI

DN

NN

II

II

DD

DD

SSH1

H2

H3

01

23

45

520

521

522

782

NI

DN

NN

II

II

DD

DD

SSH1

H2

H3

01

23

45

520

521

522

782

Page 63: Sdh

61

2.8. CONCATENAÇÃO DE QUADROS DE AU-4

Para que se possa transportar "payloads" que exijam uma capacidade

maior que a oferecida por um container, torna-se necessário a geração de uma nova

entidade de transporte, cuja capacidade possa suprir essa necessidade. Para isso ,

pode-se reunir várias AU-4 consecutivas para formar uma AU-4-Xc. Esse processo é

denominado Concatenação.

A capacidade disponível da AU-4-Xc é X vezes a capacidade de um

container C-4, por exemplo, 599.040 Kbps para X=4 e 2.396.160 Kbps para X=16. As

colunas 2 a X do VC-4-Xc são de enchimento. O POH é atribuído ao VC-4-Xc (o BIP-8

engloba 261.X colunas do VC-4-Xc). A Figura 2.37 mostra a estrutura de quadro de um

VC-4-Xc.

J1

B3

C2

G1

F2

H4

Z3

K3

Z5

Enchimento

RSOH

MSOH

PTR AU-4

270 x N bytes

9 x N 261 x X bytes

STM-N

1

3

4

5

9 C-4Xc

VC-4-Xc

1 X - 1 260 x X

261 x X bytes

Figura 2.37 - Estrutura do VC-4-Xc

Para indicar que a informação útil é um multi-C4, o ponteiro de AU-4

contém uma Indicação de Concatenação (CI).

Page 64: Sdh

62

A primeira AU-4 de uma AU-4-Xc terá uma faixa normal de valores de

ponteiro. Todas as AU-4 subsequentes dentro da AU-4-Xc terão seus ponteiros com a

Indicação de Concatenação "1001" nos bits 1 a 4, bits 5 e 6 não especificados, e bits 7

a 16 tudo "1", conforme mostra a Figura 2.38. A CI determina que os processadores de

ponteiro devem fazer as mesmas operações que foram realizadas na primeira AU-4 da

AU-4-Xc.

Figura 2.38 - Bytes H1 e H2 Indicando Concatenação de AU-4

H1 Y Y H2 I I H3H3H3

N N N N S S I D I D I D I D I D

1 0 0 1 S S 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

INDICAÇÃO DE CONCATENAÇÃO

Page 65: Sdh

63

2.9. MAPEAMENTO DE CÉLULAS ATM

O tamanho da célula ATM foi padronizado em 53 bytes, sendo 48 bytes

de informação e 5 bytes de overhead. Antes de serem mapeadas nos containers, as

células ATM passam por uma interface onde são adaptadas à da SDH - o campo de

informação de cada célula é embaralhado. O embaralhador deve operar somente

durante o campo de informação das células, durante os 5 bytes de overhead a

operação deve ser suspensa e o estado do embaralhador mantido.

O processo de inicialização deve ser com valores todos de 1s. O

embaralhamento aumenta a segurança e a robustez do mecanismo de delimitação de

células contido no overhead, denominado HEC ("Header Error Control"). Esse

mecanismo é similar ao utilizado na recuperação de alinhamento de quadro e é

utilizado para encontrar a delimitação das células ATM quando o container é

desmapeado.

Um feixe de células ATM pode ser mapeado em um container C-4 ou em

um C-4-Xc. A seguir, bytes de POH e (X - 1) colunas de enchimento (no caso do C-4-

Xc) são adicionadas ao container, gerando-se um VC-4 ou um VC-4-Xc. Já que a

capacidade do C-4-Xc (2340.X bytes) não é um múltiplo inteiro do comprimento da

célula (53 bytes), uma célula pode exceder o limite do C-4-Xc.

Figura 2.39 – Concatenação de Células ATM

J1

B3

C2

G1

F2

H4

Z3

K3

Z5

VC-3/VC-4

261 bytes

CÉLULA ATM

53 OCTETOS