S01E02 - ANOTHER STATE OF MIND

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Versao: Original

Transcript of S01E02 - ANOTHER STATE OF MIND

Sua mente atordoada, não conseguia esquecer-se das palavras que aquele homem dissera a eles antes de morrer. Era um turbilhão de pensamentos que não achavam ligação uns entre os outros. Não, ela não permitiria aquilo. Ela não deixaria aquilo pra lá até que entendesse o que havia acontecido. Andava calmamente pelos corredores do colégio, sem prestar atenção em nada, com seus pensamentos nos últimos acontecimentos. Distraída, tomou um susto ao ser interrompida por Mike: - Te assustei? – Perguntou ele, percebendo uma perturbação na garota. - É… Um pouco. – Holly sorriu amarelo, voltando ao normal ao perceber que era apenas ele. Talvez em outros tempos ela estivesse morrendo por dentro, já que desde o primário ela tinha uma “quedinha” por ele, não só ela como todas as garotas da escola, mas, ela não se importou muito. Deu um longo suspiro ao notar que ele começaria a falar, se gabando sobre qualquer coisa para tentar chamar a atenção e continuou caminhando, distraída. Podia ver os lábios do garoto se movendo, mas, não prestava a mínima atenção no que dizia e, de hora em hora, soltava algo como um “Uhum” e era o suficiente para que ele continuasse mais alguns minutos sem calar a boca. - Então você concorda? – Mike perguntou, encarando-a fixamente. - É… Bem… Sim, claro. – Holly não fazia ideia do que ele tinha falado, mas, concordou, com a esperança que ele ficaria calado. - Então te pego as oito. – Mike sorriu, caminhando para a direção oposta de Holly e a deixando um tanto quanto confusa. Por causa da distração, acabou marcando um encontro com Mike e ela já estava arrependida. Parou de andar e se se encostou a um armário que estava próximo a ela: - Você poderia, por favor… - Outro susto. Holly levantou seu olhar e deu de cara com outro garoto, que parecia meio carrancudo, ele a encarava e ela sem entender, até que ele apontou para o armário que ela estava encostada e então ela se tocou e saiu da frente. – Obrigado. – Disse ele, em um tom grosso. Holly não tinha certeza se o conhecia, o rosto era familiar, mas ela não se lembrava de onde. Não, ela não se esqueceria daqueles olhos… Virou o rosto antes que ele pudesse perceber e saiu andando, um tanto quando constrangida com o que acabara de acontecer. Encontrou algumas amigas, não prestou atenção em nada que disseram. Jimmy a chamou para conversar, perguntou se algo tinha acontecido e ela contou. Ele a encarou por uns instantes e depois disse: - Deve ser algum tipo de pegadinha… Não se assuste. – Ele falava em tom de firmeza, mas seu olhar se perdia no horizonte. - Vou ao enterro. – Holly contou, fazendo com que o olhar de Jimmy se voltasse para ela. - Por quê? – ele perguntou. - Não sei, mas, algo aconteceu e eu preciso de pistas. – Holly respondeu já se inclinando para ir embora – Você vem? - Não existe tal coisa, para de fantasiar! – Jimmy disse, insistindo irritantemente para que ela não fosse. - Desista, ok? Eu vou e pronto. – A garota afirmou se afastando de Jimmy.

ANOTHER STATE OF MIND CHAPTER two

Ela não queria se aproximar muito, talvez ninguém a notasse… Só queria assistir a cerimônia, precisava sentir-se próxima para tentar entender… Precisava de pistas. O clima estava pesado, ela podia notar do local que observava. Uma mulher que estava mais próxima do caixão encarava o morto, sem demonstrar nenhum sentimento de tristeza, apenas o encarava friamente. Era nova, uns trinta e poucos. Podia ser a esposa, a irmã ou uma amiga talvez. Logo ao seu lado tinha uma garotinha de uns cinco anos, ela brincava com uma rosa que encontrara próximo ao caixão, em volta se reuniam um casal de idosos, provavelmente pais ou sogros, um grupo de uns cinco ou seis que estavam mais afastados, conversando. Percebeu mais um carro chegando e fixou sua atenção. Viu descer um homem de preto, chapéu preto e um cigarro na mão. Assim que desceu, apagou o cigarro e foi caminhando em passos rápidos em direção ao caixão. Aproximou seu rosto do rosto do defunto, como se quisesse contar-lhe um segredo, enquanto Holly tentava se lembrar de onde conhecia aquele cara, o viu movimentar seus braços, como se desse um aperto de mão ou coisa do tipo, mas, foi só. Em seguida ele se afastou e entrou no carro, indo embora. Holly precisava se aproximar só não sabia como. A garota se escondia por entre os arbustos para assistir a cerimônia, tinha em mente que ao final dela, poderia ter alguma oportunidade de chegar mais perto. O dia estava quente e seco, não chovia por lá a mais de um mês. Os jardins estavam todos ressecados, a mata estava sensível a ponto de queimadas acontecerem com mais frequência. Holly estava lá, escondida, quando de repente sentiu um vento gélido que começava a assoprar. As folhas secas, que antes forravam o chão, agora voavam e dançavam nos ares. Ela sentiu algo se aproximando e todos os pelos do seu corpo eriçaram. Sua pele que antes “queimava” com o sol forte, agora estava gelada, como a de uma pessoa morta. A garota sentiu um medo a tomar, não queria se mover, não queria olhar para trás, sentia estar sendo observada e seu corpo paralisou. Permaneceu imóvel até sentir uma mão tocar seu ombro, então se virou: - Está perdida? – perguntou. - É… Eu… Não, eu estava de passagem e… Perdi meu brinco – Mentiu, gaguejando. - Hum, entendo – respondeu, enquanto Holly, ainda estarrecida, encarava o indivíduo – Acho que encontrei seu brinco – continuou, colocando a mão na orelha da garota – Talvez você devesse aprender a mentir melhor – Sorriu irônico. Holly observava o garoto, aparentava ter a mesma idade que a dela, magro, olhos fundos, pálido, tinha um aspecto de uma pessoa bem doente, trajava um terno preto e calça social, mas, estava de coturno, não era tão alto e seus olhos azuis transmitiam uma solidão de tamanho imensurável, como o oceano. Talvez não fosse da família… Talvez fosse apenas um daqueles góticos que gostam de “passear” em cemitérios e ao vê-la lá escondida pode ter pensado que ela gostava de fazer o mesmo. Holly refletia em instantes, esperando ele dizer algo. Inventava mil desculpas para explicar o caso do arbusto e o motivo por ter inventado a ‘idiotice’ do brinco. - Era o meu pai. – o garoto continuou, não deixando de encará-la. - Meus pêsames. – Holly falou, depois de um minuto em silêncio total. - Obrigado – ele sorriu – O que você está fazendo aqui, afinal? – Perguntou, encarando ela como se pudesse ler sua mente e a menina desviou o olhar. - Estava curiosa, confesso. – Ela se virou novamente, olhando em direção à cerimônia – Por que você não está lá? – Perguntou. - Ah… Ninguém me notaria por lá. – disse, caminhando até o lado dela – E eu nem faço questão de ser notado. A visão daqui parece bem mais ampla. - Tem razão… - Holly sorriu, tentando descontrair – Você quer ir para outro lugar? - Talvez… Você quer ir? Não tem mais nada pra ver por aqui? – ele perguntou como se soubesse que ela precisava de algo. - Bem… Talvez queira saber de umas coisas… - Holly disse, contando a ele tudo sobre a noite do assassinato, o buquê de rosas e o estranho cara no caixão.

- Então você pensa em chegar lá perto? Sem que ninguém desconfie? – ele perguntou. - É… - Holly respondeu, percebendo que era meio impossível. - Posso ir até lá, acho que será mais fácil para mim do que para você… - ele suspirou, encarando a cena que se passava um pouco mais a frente deles. - Isso não te atrapalharia? Não quero incomodar… Aliás, qual o seu nome? – Holly perguntou. - Billie. – o garoto respondeu, voltando a encará-la.

Peço que POR FAVOR quem curtiu a história, dá um incentivo a autora aqui.. Infelizmente eu não posso saber o que pensam o que estão achando, as opiniões e isso é muito importante.. Então, por favor… Comentem na ask e dá uma ajudinha, smile e essas coisinhas mais…

COMENTARIOS DA AUTORA

keep calm and wait

for the nexttsa