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    1n.03 terminais de passageiros

    Terminal Princesa Isabel

    Estação Dom Bosco

    Terminal Pirituba

    Metrô de São Paulo: Estações Elevadas

    Linha C de Trens Urbanos de São Paulo

    número 03

    setembro de 2004

    Monorail Barrashopping

    Aeroporto Internacional Pinto Martins

    Estação Mussurunga

    Terminal Rodoferroviário de Santo André

    Terminal Parque Dom Pedro II

    Aeroporto Internacional Augusto Severo

    Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek

    Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço

    Terminais dePassageiros

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    2 3n.03 terminais de passageiros

    sumário

    04.  Aeroporto Internacional Augusto SeveroSérgio Roberto Parada

    08.  Aeroporto Internacional Juscelino KubitschekSérgio Roberto Parada

    11.  Aeroporto Internacional Pinto MartinsMuniz Deusdará Arquitetos Associados

    15. Terminal Rodoferroviário de Santo AndréBrasil Arquitetura

    18.  Terminal Parque Dom Pedro II

    Paulo Mendes da Rocha e MMBB Arquitetos

    20.  Estação MussurungaAndré Sá e Francisco Mota

    22.  Terminal PiritubaUna Arquitetos

    24.  Terminal Princesa Isabel João Walter Toscano

    26.  Estação Dom Bosco (Pêssego) João Walter Toscano

    28.  Monorail Barrashopping

    Siegbert Zanettini e Edward Mikulsky

    30.  Linha 5 - Metrô de São Paulo:

    Estações ElevadasLuís Carlos Esteves

    32.  Linha C de Trens Urbanos de São Paulo

    Luís Carlos Esteves

    editorial: estações de passageiros

    Desde o seu início, a construção metálica teve na estação depassageiros um de seus temas mais inovadores. Isso porque, coma Revolução Industrial e o aumento da produção de aço, vieramas primeiras grandes edicações construídas com este material.Representativo deste processo foi o surgimento do trem e, con-seqüentemente, das estações ferroviárias que transformaramprofundamente a estrutura urbana das cidades.

    A estação ferroviária era um tipo arquitetônico até então ine-xistente e os arquitetos do período acabaram por adotar ummodelo ambíguo, no qual sua parte frontal – onde cavam lobbye demais ambientes de apoio – reproduziam uma linguagem

    historicista, enquanto a gare, lugar das locomotivas e vagões,expressava a lógica das construções modernas, cujos elementosmetálicos eram componentes de um conjunto modular eindustrializado.

    Se desde então a arquitetura mudou muito, a mesma lógicaprojetual se mantém como preceito em todos os tipos de estaçõesde passageiros que foram surgindo ao longo do século xx e noinício do terceiro milênio. Hoje, além das estações ferroviárias,temos as estações rodoviárias, metroviárias, intermodais, marí-timas e, como símbolo da transformação tecnológica e de ummundo global, o aeroporto.

    Com programas complexos, esses equipamentos de infra-estrutura têm atraído especial atenção dos arquitetos, não só pelaimportância do transporte de passageiros no mundo atual, mastambém pelas possibilidades de exploração da linguagem queenvolvem o uso de sosticadas tecnologias construtivas. Algunsdos mais renomados arquitetos mundiais já apresentam em seuscurrículos projetos de tal magnitude, como Norman Foster, queprojetou as novas estações do metrô de Bilbao e o aeroporto deHong Kong, Renzo Piano, com o aeroporto de Kansai em Osakae Santiago Calatrava, com a estação de trem de Lyon.

    No Brasil, onde o concreto foi sinônimo da arquitetura modernaao longo de grande parte do século passado, destacam-se obrascomo o aeroporto Santos Dumont, dos irmãos Roberto e arodoviária de Jaú, de Vilanova Artigas. Mas, no processo de atua-lização das linguagens e tecnologias contemporâneas, o aço vemganhando cada vez mais espaço. Um exemplo dessa transição é arodoviária de Vitória, de Carlos Fayet, construída na década de1970 em estrutura espacial, num projeto que impressiona peloradicalismo de um espaço totalmente livre.

    Hoje, com o adensamento e a complexidade dos grandes centrosurbanos, a questão do transporte de passageiros é tratada comoprioridade tanto pelo poder público como pela sociedade civil.Assim, vemos cada vez mais os espaços destinados a esse serviçosendo construídos ou ampliados em todas as partes do país e namaioria deles, o aço não é apenas um elemento de destaque, massim a escolha técnica adequada às necessidades impostas pelasdemandas atuais.

    expediente

    conselho editorialAlcino Santos - cst

    Catia Mac Cord Simões Coelho - cbca

    Paulo Cesar Arcoverde Lellis - usiminas

    Roberto Inaba - cosipa

    Ronaldo do Carmo Soares - açominas

    Sérgio Iunis - csn

    produçãoNúcleo de Excelência emEstruturas Metálicas e Mistas

    Universidade Federal do Espírito Santo

    coordenação editorialTarcísio Bahia

    apoio editorialTiago Scaramussa Vionet Correia

    projeto gráfico e editoraçãoAna Claudia BerwangerRicardo Gomes

    revisãoKarina Bersan Rocha

    Arquitetura & Aço é uma publicação semestraldo Centro Brasileiro da Construção em Aço.

    Centro Brasileiro da Construção em AçoAv. Rio Branco 181, 28o andar20040-007 Rio de Janeiro RJhttp://www.cbca-ibs.org.bre-mail: [email protected]

    Tal como vem acontecendo em outrossetores, o processo de industrialização daconstrução civil está alterando substan-cialmente a forma de se projetar e cons-truir no Brasil. A arquitetura migrado processo artesanal para um processoindustrializado, cujos elementos pré-fabricados são componentes de umamontagem sequencial. Resultado: melhorqualidade dimensional e menor desperdíciode material e de tempo.

    Neste cenário, o aço é o material maisversátil e adequado a contribuir de formadecisiva para esta nova etapa da arquiteturae da construção civil brasileira.

    Mais do que isso, pode-se dizer que o açoassocia quatro questões fundamentais:

    1. Projeto

    . Transparência, esbeltez e leveza;

    . Grandes vãos livres, permitindo espaçosmais flexíveis;

    . Garantia de precisão construtiva.

    2. Economia

    . Redução do canteiro de obras;

    . Menor peso da estrutura: fundaçõesmais baratas;

    . Estruturas esbeltas: menor seção dospilares e menor altura das vigas;

    . Rapidez: obras mais rápidas;

    . Flexibilização no projeto de instalações eequipamentos;

    . Facilidade de modificações futuras.

    3. Meio ambiente

    . Menor desperdício de material deconstrução;

    . Menos barulho e poeira;

    . Material 100% reciclável.

    4. Segurança

    . Material certificado: confiança naqualidade;

    . Conexões visíveis: checagem docomportamento estrutural;

    . Capacidade de absorver açõesexcepcionais: terremotos e colisões.

    Assim, estimulando a criatividade dos

    nossos projetistas, o aço permite asso-ciar projetos arquitetônicos arrojadossegundo novas formas estéticas. Permiteainda maior racionalidade econômica,menos impacto sobre o meio ambiente emais segurança para os usuários, oferecen-do maior satisfação para clientes, usuários,arquitetos, engenheiros e construtoras econtribuindo de forma definitiva para amelhoria da qualidade e da produtividadeda construção civil brasileira.

    a construção em aço

    ISSN 1678-1120

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    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalAugusto Severo

    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalAugusto Severo

    No novo terminal do aeroporto de Natal, o açofoi determinante na conguração arquitetônica.As condicionantes de projeto deveriam considerara execução de uma obra limpa, sem provocarincômodos ao terminal vizinho em funcionamento,e obedecer ao posicionamento das fundaçõesexistentes, em função de um projeto anterior

    abortado pela Infraero. Assim, foi concebida umaestrutura totalmente em aço, com uma modulaçãode 12,00 metros de vãos, limitação dada pelasfundações existentes, na qual os referenciais são apaisagem e o conforto dos usuários.

    O projeto arquitetônico do novo terminal procurouaproveitar a brisa constante e a luz natural, bus-cando minimizar o consumo de energia comsoluções articiais. Os saguões de embarque edesembarque seriam ventilados naturalmente,com a cobertura se prolongando sobre as vias deembarque e desembarque, protegendo inteiramenteos veículos e passageiros. Na frente do aeroportofoi projetado um espelho dágua que reduziria atemperatura do ar, limitando o calor gerado pelopátio de estacionamento. Como o espelho não foiconstruído, quebrou-se a lógica de climatizaçãonatural do projeto. Hoje o saguão do Aeroportofoi enclausurado e teve instalado um sistema de arcondicionado.

    O mar e as dunas de areia inspiraramesta obra na qual a tecnologia está aserviço da plasticidade e funcionalidade.

    Quanto a sua distribuição espacial, o edifício foi desenvolvido em quatro níveis: no térreosituam-se os saguões de embarque e desembarque, salas de restituição de bagagens, escritóriosdas companhias aéreas e demais áreas de apoio e de manuseio de bagagens; no pavimentotécnico, situado entre o térreo e o 1º pavimento, local de acesso exclusivo dos técnicos damanutenção, estão todas as instalações de infra-estrutura, equipamentos de ar condicionado etransformadores de energia; no 1º pavimento, caracterizado como mezanino, estão abrigadasáreas para o comércio em geral e salas de embarque doméstico e internacional; e no 2º pavimento,denido como terraço panorâmico coberto, há uma pequena infra-estrutura comercial formadapor bar, sorveteria, lojas e espaço cultural.

    Através da leveza da estrutura e da transparência do vidro, as pontes deembarque exploram a relação do passageiro com a paisagem local.

    As ligações da estrutura de aço são bastanteevidenciadas, valorizando a lógica construtiva.

    O saguão e a via de chegada de veículos, totalmente aberto, tem suas imagens fortementemarcadas pela curvatura da cobertura e pelo desenho dos braços de aço.

    ELEVAÇÃO LONGITUDINAL10 25 50

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    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalAugusto Severo

    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalAugusto Severo

    O aço é um elemento visivelmente presente em toda a obra, sejanos apoios verticais da estrutura, cujas ligações foram valorizadas,seja na escada do saguão, ou mesmo nas pontes de embarque edesembarque.

    Contudo, o que mais se destaca no aeroporto é a forma da suacobertura, cujos movimentos e ondulações fazem referênciasao mar e às dunas. Isso porque Natal é um centro de turismonacional, para onde os visitantes são atraídos pela paisagemformada por elementos naturais. Cabe destacar que, a despeitodo senso comum, o aço permitiu a produção de uma obra comgrande plasticidade, inspirada na beleza do lugar.

    As ondulações das ondas e das areiasinspiraram a sinuosidade da cobertura.

    Vista da estrutura de aço do pavimentotécnico durante a execução da obra.

    O aproveitamento da luz e ventilação natural foi um dado que norteou todo o projeto.

    Projeto: Ségio Roberto ParadaArquitetos Associados

     Área construída:15.000 m2

     Aço empregado:usisac 41

    Peso da estrutura: 1.200 t

    Coordenação de projeto:Themag Engenhariae Gerenciamento

    Projeto de estrutura:Paulo A. Brasil Barroso

    Fornecedorda estrutura em aço:cidresme

    Construção:Empire Tecnologia

    Cliente: infraero

    Local: Natal - RNData do projeto:1997 / 1998

    Data de conclusãoda obra: 2000

    ELEVAÇÃO TRANSVERSAL10 25 50

    1 - PÁTIO DE A ERONAVES

    2 - VIA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

    3 - SAGUÃO DE EMBARQUE

    4 - SAGUÃO DE DESEMBARQUE

    5 - CHECK-IN

    6 - MANUSEIO DE BAGAGENS EMBARQUE

    7- RESTITUIÇÃO DE BAGAGENS

    DOMÉSTICA

    8 - RESTITUIÇÃO DE BAGAGENS

      DOMÉSTICA / INTERNACIONAL

    9 - FREE SHOP

    10 - ALFÂNDEGA

    11 - VIA DE SERVIÇO

    12 - PÁTIO DE SERVIÇO

    13 - CENTRAL DE UTILIDADES

    14 - ESTACIONAMENTO

    15 - EDIFÍCIO DE APOIO AO TPS

    PLANTA TÉRREO10 25 50

    14

    2

    3

    5

    6

    12

    4

    15

    108

    9

    11

    1

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    PLANTA DE COBERTURA 25 50 100 200

    NM

    CORTE10 25 50

    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalJuscelino Kubitschek

    A estrutura, concebida inicialmente em concreto, foi alterada para o usodo aço tendo em vista a agilidade e limpeza no processo construtivo, semno entanto descaracterizar o desenho inicial da arquitetura, em que sãoutilizadas nas fachadas placas pré-moldadas de concreto aparente e vidro.

    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalJuscelino Kubitschek

    Após o estudo de onze alternativas,foi concluído em 1990 o projeto doAeroporto de Brasília, adotando-secomo premissa a otimização da infra-estrutura existente e a execução daobra sem a interrupção operacionaldo terminal existente.

    Em 2000, após o reinício dasobras, foi necessário fazer algumasatualizações no projeto. O Estudo deReadequação requalicou o terminal,criando novas condições de confortopara o usuário. Foi incrementadaa idéia do Aeroshopping, com aocupação de toda a área da cobertura

    do edifício atual, bem como asua ampliação. Nesse ambienteserão instaladas quatro salas de ci-nema, praça de alimentação, áreapara entretenimento, entre outrosequipamentos.

    Trata-se de um aeroporto concebidoatravés do conceito múltiplo, forma-do por duas unidades satélites e umcorpo central que possibilita o atra-camento simultâneo de dezenove ae-ronaves e visa atender à demanda deoito mil passageiros/ano, até 2008.

    Com linguagem vinculadaà arquitetura brasileira, oemprego do aço permitea execução da obra semtranstornos.

    Um plano inclinado de vidro, suportado por treliças de aço, definem o terraço panorâmico.

    Projeto: Ségio Roberto ParadaArquitetos Associados

     Área construída:33.000 m2

     Aço empregado:usisac 41

    Peso da estrutura: 2.200 t

    Coordenação de projeto:Themag Engenhariae Gerenciamento

    Projeto de estrutura:Luis Gustavo G. Farah

    cpc Estruturas

    Welder Silva de Miranda

    wsm Engenharia de Projetos

    Fornecedorda estrutura em aço:cpc Estruturas Metálicas

    Construção:Construtora Beter

    Cliente:infraero

    Local: Brasília - DFData do projeto:2002 / 2003

    Data de conclusãoda obra: 2004

    Imagem naqual se observa

    a concepçãofinal do novo

    Aeroporto.

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    Muniz Deusdará Arquitetos Associados

    O novo terminal de passageiros doAeroporto Internacional Pinto Martinsaumentou em duas vezes e meia a capacidadede atendimento, que passou para cerca de2,5 milhões de passageiros/ano. Concebidonos modernos padrões de circulação eoperação, o novo terminal exigiu obras deinfra-estrutura de grande porte, como uma

    avenida de acesso com 4,8 quilômetros, erecebeu materiais de grande plasticidade:grandes panos de vidro, painéis de aço inoxe policarbonato.

    Concebido segundo um feixede lâminas e buscando umatransparência gradual, este

    projeto torna-se um novomarco da paisagem.A grande cobertura de aço proposta nesta

    readequação foi desenhada em grandesplanos curvos com apoios delgados, re-alçando a leveza estrutural e valorizando adinâmica espacial desejada.

    O conceito de aproveitamento máximoda luz e ventilação natural também foiutilizado nesta reformulação do projeto,reduzindo o consumo de energia.

    Sérgio Roberto Parada

    Aeroporto InternacionalJuscelino Kubitschek

    Vistas da estruturade aço durante asobras, cujo processode execução não

     pôde interferir nacontinuidade dosserviços do terminalem funcionamento.

    NM

    PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO 25 50 100 200

    Aeroporto InternacionalPinto Martins

    O aeroporto localiza-se em um terreno em aclive, permitindo sua visualização a distância e propiciandoum mirante natural da cidade. O programa físico foi implantado em quatro pavimentos, organizadosem três lâminas, denominadas terra, serviços e ar. No térreo, dois grandes saguões de embarque edesembarque recepcionam passageiros e visitantes. O check-in  é realizado na asa lateral direita, oembarque, na esquerda, e o desembarque, na porção central do aeroporto. Neste pavimento tambémestão as lojas, cafés, serviço de imigraçãoe sanitários. No subsolo, concentram-se os principaisequipamentos do aeroporto: central de utilidades e galeria técnica. Ali aloja-se a maior parte dasinstalações, shafts, sanitários, rack de telefonia, e toda a manutenção e apoio da Infraero.

    As curvas que caracterizam o projetodinamizam o espaço, valorizando-o.

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    Muniz Deusdará Arquitetos Associados

    Aeroporto InternacionalPinto Martins

    Muniz Deusdará Arquitetos Associados

    Aeroporto InternacionalPinto Martins

    Projeto:Luiz DeusdaráExpedito Deusdará

     Área construída:36.000 m2

     Aço empregado:SAC 41

    Peso da estrutura: 40 t

    Coordenação de projeto:Maria Daniela de Alcântara

     Arquitetos colaboradores:Mônica Trindade SchrammUbirajara Moreti

    Coordenação da obra:Rui Novais Dias

    Projeto de estrutura:Paulo André Brasil Barroso

    Fornecedorda estrutura em aço:alusudcidresme

    Construção:Construtora QueirozGalvão s.a.

    Cliente:infraeroGoverno do Estado do Ceará

    Local: Fortaleza - CE

    Data do projeto:1995 (básico)1996 - 1998 (executivo)

    Data de conclusãoda obra: 1998

    A estrutura de aço da cobertura dos dois saguões e dosegundo pavimento, desenvolvida em malha espacial dedupla curvatura, proporciona grande rigidez estruturale torna o espaço mais uído e agradável. Ao mesmo

    tempo, intensica a impressão de contemporaneidadeestética transmitida pelo esqueleto metálico nas duasgrandes bolhas laterais. Já o conector de embarque adotacobertura em arcos metálicos, revestidos de aço inox evidro. Essa mesma linguagem, em que o aço é o elementobásico, identica e uniformiza o projeto nas sete pontes deembarque xas.

    Nesta obra, ambiente em que os usuários são turistas embusca de lazer e descanso e na qual a precisão tecnológicaé item de segurança, a arquitetura faz uso do aço de modoexpressivo e racional.

    Mais do que resolver o encontro das coberturas, estedetalhe lembra-nos a imagem de uma palmeira tropical.

    Vista panorâmica de Fortaleza, com oaeroporto Pinto Martins em primeiro plano.

    CORTE LONGITUDINAL10 20 40

    CORTE TRANSVERSAL 10 20 40

    Vistas externas do terminal de passageiros a partir da via de acesso de veículos.

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    Brasil Arquitetura

    Terminal Rodoferroviáriode Santo André

    Dentro de um programa de revitalização da zona industrial de Santo André, esta obra,que concilia vários usos – terminal de ônibus, estação ferroviária, passarela e comércio– e que se posiciona sobre um nó urbano – composto por viadutos, vias expressas e depedestre, além de um rio canalizado –, pretende irradiar-se e oferecer, segundo palavrasdos próprios arquitetos, ‘melhoria e conforto na dura cidade em que vivemos’. Dessaforma, por exemplo, foi considerada a atração natural que o espaço da passarela podeproporcionar ao comércio informal, deixando-se a previsão de pontos para a instalaçãodos camelôs neste ‘edifíciorua’.

    Ligando tecidos urbanosfragmentados, este

    ‘edifício–rua’ tem no açosua principal expressão

    arquitetônica.Acima e ao lado, vistas da estruturaespacial e das telhas da cobertura.

    Muniz Deusdará Arquitetos Associados

    Aeroporto InternacionalPinto Martins

    Vista do saguão do terminal.

    CORTE 5 10 20

    PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO 10 20 40

    1 - EMBARQUE DOMÉSTICO

    2 - EMBARQUE INTERNACIONAL

    3 - EMBARQUE INTERNACIONAL / DOMÉSTICO

    4 - ADMINISTRAÇÃO INFRAERO

    5 - PRAÇA DE AL IMENTAÇÃO

    6 - CONECTOR

    7 - PONTE DE EMBARQUE / DESEMBARQUE

    8 - VAZIO

     

    9 - LOJA

    10 - VISTORIA

    11 - REFEITÓRIO

    12 - RECEPÇÃO INFRAERO

    13 - BANCO

    14 - CORREIOS

    15 - FREE SHOP

    6

    213

    9

    99999

    99

    9

    94

    8

    9

    99

    99 9

    5

    9

    99

    9

    9

    9

    99

    2

    8

    NM

    14

    1 10

    15

    1010 12

    13

    11

    7

    9

    9 99

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    PERSPECTIVA ESTAÇÃO CPTM

    Brasil Arquitetura

    Terminal Rodoferroviáriode Santo André

    Projeto: Francisco de Paiva FanucciMarcelo Carvalho Ferraz

     Área construída:8.653 m2

     Aço empregado:usisac 350aço de alta resistênciaa corrosão

    Peso da estrutura: 338 t

    Coordenação de projeto:Marcos Pimentel Bicalho

    Empresa Pública deTransportes de Santo André

     Arquitetos colaboradores:Anderson Fabiano FreitasCarmen Lúcia ÁvilaPedro Armando de BarrosCarlos Augusto FerrataMaurício Imenes

    Projeto de estrutura:Fabio T. Oyamada

    Consultoria de estrutura: Jorge Zaven Kurkdjian

    Fornecedorda estrutura em aço:metasa e alusud

    Construção:Projeção

    Cliente:Empresa de TransportePúblico de Santo André

    Local: Santo André - SP

    Data do projeto: 1998

    Data de conclusãoda obra: 1999

    Brasil Arquitetura

    Terminal Rodoferroviáriode Santo André

    A passarela é como um túnel de aço que conduz e protege os usuários.

    Desenvolvido em dois níveis interligados por escadas rolantes,o terminal rodoviário tem no aço sua principal expressividade.A área referente à estação ferroviária ainda não foi realizada.

    Enquanto as colunas em concreto do saguão e áreas deembarque e desembarque confundem-se com o ambiente, aestrutura superior de aço, com vãos de 15 e 8 metros e p intadaem azul, tem desenho próprio, valorizando o espaço e dando-lhe ritmo e graça.

    Trata-se de uma estrutura que não utilizou pers de padrãocomercial. Os elementos de aço foram fabricados especialmentepara a obra, mas sem abrir mão da racionalidade construtiva.São componentes reproduzíveis e facilmente montáveis,garantindo a qualidade e a precisão da estrutura.

    Os elementos de aço foram desenvolvidos exclusivamente para esta obra.

    1 - ESCADA ROLANTE

    2 - ESCADA

    3 - ELEVADOR

    4 - BILHETERIA

    5 - ADMINISTRAÇÃO FERROVIÁRIA

    6 - PLATAFORMA CENTRAL FERROVIÁRIA

    7 - COMÉRCIO

    8 - ACESSO À PASSARELA

    9 - SANITÁRIOS

    10 - INFORMAÇÕES

    11 - GUARDA-VOLUMES

    PLANTA TÉRREO10 20 40

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    Paulo Mendes da Rocha e MMBB Arquitetos

    Terminal ParqueDom Pedro II

    Paulo Mendes da Rocha e MMBB Arquitetos

    Terminal ParqueDom Pedro II

    Projeto: Paulo Mendes da RochaAngelo BucciFernando de Mello FrancoMarta MoreiraMilton Braga

     Área construída:23.805,69 m2

     Aço empregado:sac 41

    Peso da estrutura: 293,4 t

     Arquitetos colaboradores:Alexandre Hodapp

    Daniel FernandezLuciana ItikawaKeila CostaMarcelo SuzukiValéria PicolliZeuler Lima

    Coordenação de projeto:Proenge Engenhariade Projetos S/C Ltda

    Projeto de estrutura:Walter de Almeida Braga

    Fornecedorda estrutura em aço:Açotec

    Construção:Villanova Engenhariae Construções Ltda

    Cliente:São Paulo Transportes s.a.

    Local: São Paulo - SP

    Data do projeto: 1996

    Data de conclusãoda obra: 1996

    Composto por três plataformas de embarque edesembarque de passageiros, com acostamentode ambos os lados, este terminal de ônibusurbano totaliza um movimento diário de 500ônibus e 120.000 passageiros.

    Sem abrir mão da racionalidadeconstrutiva, esta obra nos trazimagens, como a de uma aveplanando, tranqüila e serena.

    A construção foi projetada utilizando técnicas e materiais distintos: fundações e pilares emconcretos moldados in loco com vãos de 20 m, suportando uma estrutura ortogonal de aço, quepor sua vez recebe uma cobertura em bra de vidro, concebida como um lençol suspenso pelaestrutura metálica. Essa solução resolve o problema das águas pluviais, que escoam em volta dospilares por dutos protegidos por painéis também em bra de vidro, e que servem como suportepara um sistema de comunicação visual.

    Um dos aspectos positivos desse partido, industrialmente concebido, foi o tempo de execução daobra: 120 dias, um prazo bastante exíguo considerando que a área coberta supera os 9.000m².

    Cabe ainda destacar o resultado plástico da obra, cuja raciona-lidade projetiva e simplicidade de elementos conferem uma ima-gem despojada bastante coerente ao uxo intenso dos milharesde passageiros que, cotidianamente, fazem uso deste equipamentopúblico.

    À fluidez do espaço contrapõe-se um sistema de comunicação visual. A leveza do ambiente é resultado da sobreposição da estruturada cobertura em relação aos painéis de fibra de vidro.

    A estrutura de aço da cobertura fica bastante evidenciada neste vista aérea do terminal.

    CORTE BLOCO DE SERVIÇOS

    1 5 10

    CORTE TRANSVERSAL5 10 20

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    André Sá e Francisco Mota

    Estação MussurungaProjeto: André Sá e Francisco Mota

     Área construída: 5.200 m2

     Aço empregado:sac 41

    Peso da estrutura: 109,4 t

     Arquitetos colaboradores:Danilo AndradeMarcelo ZaniniChristiane CastroVilma Andrade

    Projeto de Estrutura:Sistema Consultoriae Projeto Ltda

    Fornecedorda estrutura em aço:Lemos Metalúrgica Ltda.

    Construção:

    Construtora NorbertoOdebrecht

    Cliente:Secretaria de Transportesde Salvador

    Local: Salvador - BAData do projeto: 1999

    Data de conclusãoda obra: 2000

    A Estação Mussurunga faz parte do Sistemade Transporte Urbano de Salvador, que irá sevincular ao metrô, ainda em fase de implantação.Integrando-se ao Programa de Vias Estruturantes,esta estação intermodal teve como principal desaoo binômio baixo custo e curto prazo para execuçãoda obra.

    Foram escolhidos como processo construtivosistemas pré-moldados nos pilares e cobertura emestrutura metálica. Essa decisão permitiu o usode grandes vãos estruturais, necessários para aperfeita operação dos complexos acessos viáriosque deveriam incorporar as 17 vagas exigidasnas atividades de embarque e desembarque depassageiros. A construção inclui ainda escritóriopara administração do terminal, posto policial,sanitários, sala para motoristas, lanchonetes ecorreios.

    Com grande plasticidade,a cobertura metálicaem sheds garante aadequação ao programa.

    André Sá e Francisco Mota

    Estação Mussurunga

    Foram utilizados pilares e vigas calhas em concreto.A cobertura em forma de ‘Shed ’ foi desenvolvida emestrutura metálica treliçada em aço de maior resistência àcorrosão, cujas formas curvas não só respondem a questõesfuncionais, como também imprimem uma desejadaplasticidade. As telhas isotérmicas são do tipo sanduíchecom lã de vidro, pintadas na cor branca na parte interna,para maior claridade, e azul na parte externa, dentro doesquema cromático de fachada.

    Respectivamente, vistas externa e interna da estação.

    Detalhe dacoberturaem shed.

    Os arcos das treliças definem o perfil da construção.

    PLANTA BAIXA10 20 40

    CORTE TRANSVERSAL10 20 40

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    PLANTA10 20 40

    NM

    Una Arquitetos

    Terminal Pirituba

    Dimensionado para receber 100.000 passageiros pordia, este terminal foi projetado com três plataformas deparagem de ônibus, em duas ilhas de diferentes larguras.Cada plataforma possui sua área correspondente coberta,

    mas a estrutura funciona como uma grande cobertura de173 metros de comprimento, articulada nas passagens depedestres. Sob a cobertura mais larga, foram dispostos osblocos de serviços com sanitários, bancos, hidrantes, bebe-douros, telefones e comunicação visual.

    Tais construções, no centro da plataforma, fazem ocontraventamento da estrutura de aço que cobre toda aárea do terminal. A cobertura, com sua estrutura orto-gonal de aço, tem suas cargas transmitidas aos pilares deconcreto por meio de braços metálicos inclinados que seencontram num único ponto, tal qual uma árvore.

    São dois os acessos dos usuários. O primeiro, em nívelinferior e conectado com a vizinha estação de trens me-

     A busca pela transparê ncia e o usode pilares que nos lembram árvoresmarcam a imagem desta obra.

    Projeto: Cristiane MunizFernando ViégasFábio ValentimFernanda Barbara

     Área construída:5.763,43 m2

     Aço empregado:USISAC 300

    Peso da estrutura: 260 t

     Arquitetos colaboradores:André CiampiClóvis CunhaFelipe NotoGustavo PimentelMárcio Wanderley

    Coordenação de projeto:Cláudio Macedo

    Projeto de estrutura:Alberto Hamazaki

    Fornecedor daestrutura em aço:Projecta

    Construção:Construtora Beter

    Cliente: SPTrans

    Local: São Paulo - SPData do projeto: 2002

    Data de conclusãoda obra: 2003

    Una Arquitetos

    Terminal Pirituba

    tropolitanos, baliza a entrada por meio de uma pequena construçãoque abriga as bilheterias. O segundo acesso, em cota mais alta, dá-seatravés de uma ponte metálica, junto à pista viária elevada. Além disso,concentra as atividades administrativas em dois pavimentos, corrigindo odesnível entre avenida e plataformas. Ainda com relação à implantação, ecom o intuito de diminuir a interferência no trânsito local e aproveitandoa única rua em nível com o terreno, localizou-se a entrada de veículos nacota mais baixa do terreno.

    Quanto ao partido adotado, procurou-se não congurar um volumefechado, permitindo que a construção se insira com delicadeza na pai-sagem urbana. A permeabilidade visual, nesse caso, funciona comofator de orientação e segurança do usuário, e estabelece uma relação de

    continuidade com o entorno. A transparência pretendida é obtida pe-los recortes na cobertura, responsáveis pela entrada de luz e dispersãodos gases, e pelos grandes vãos desenhados pela estrutura espacial dosapoios.

    Vista aérea – relação doterminal coma paisagem de

    Pirituba: viaduto,linha-férrea e a

    colina do HospitalPinel.

    Vista do conjunto, contendo o edifícioadministrativo e a cobertura das plataformas.

    O pilar, tal qual uma árvore.

    ELEVAÇÃO10 20 40

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    Projeto:  João Walter ToscanoOdiléa Helena Setti Toscano

     Área construída:6.200 m2

     Aço empregado:astm a36

    Peso da estrutura: 180 t

    Coordenação de projeto:SEP Engenharia eProjeto S/C Ltda

     Arquitetos colaboradores:Massayoshi KamimuraGuilherme Toscano

    Projeto de Estrutura:SEP - Engenharia e

    Planejamento S/C LtdaFornecedorda estrutura em aço:Pierre Saby s.a.

    Construção:Consladel Construtorae Laços Detentores eEletrônica Ltda

    Cliente:SP Trans

    Local: Campos Elíseos - SPData do projeto: 1996

    Data de conclusãoda obra: 1997

     João Walter Toscano

    Terminal Princesa Isabel

    O terminal de ônibus Princesa Isabel está localizado numaregião com extensa vegetação arbustiva e que abrigaelementos históricos como o Palácio dos Campos Elíseos,antiga sede do governo paulista, e o monumento a Duque

    de Caxias, do escultor Victor Brecheret. Tal situação mo-tivou a solução em duas alas cobertas divididas por umpátio de transição, cujas árvores harmonizam o ambientesem comprometer a unidade do conjunto.

    Com uma modulação de 22 metros de vão entre pilares,e com uma área coberta de 6.200 m², a construçãofoi totalmente estruturada em aço: pilares tubularescom capitéis que valorizam o encontro com as vigaslongitudinais ‘I’ de alma cheia que, por sua vez, recebem asvigas treliçadas transversais. Com a intenção de destacara estrutura, as vigas longitudinais receberam uma pinturaamarela bastante vibrante, marcando a inserção da obra na

    Uma praça coberta integrada àpaisagem circundante define ocaráter deste terminal urbano.

    A racionalidade da estrutura se nota através do despojamentodos elementos construtivos que conformam o espaço.

    paisagem A cobertura utiliza telhas e calhasem aço, com lanternins para iluminaçãozenital em policarbonato.

    No que se refere à organização dos espaços,um volume baixo, com bilheterias e blo-queios, posiciona-se no acesso principaljunto à área arborizada. Essa solução

    permitiu sua integração ao conjunto semcomprometimento de sua independênciaespacial.

    Vista aérea do terminal, onde se vê o contrastedele com a arborização pré-existente.

    Através de um desenho simples, o encontrodo pilar com a viga é valorizado.

    DETALHE PILAR COBERTURA

    RUFO DE CHAPAGALVANIZADA PINTADA

    TELHA TRAPEZOIDALDE AÇO PINTADO

    TRELIÇA

    CALHA DE CHAPAGALVANIZADA PINTADA

    VIGA 'I'

    PEÇA DE APOIO

    PILAR DE AÇO PINTADO

     João Walter Toscano

    Terminal Princesa Isabel

    ILUMINAÇÃO ZENITAL

    CORTE TRANVERSAL2,5 5 10

    1 - BILHETERIA

    2 - BLOQUEIOS

    3 - SANITÁRIOS

    4 - SALAS OPERACIONAIS

    5 - PLATAFORMA DE EMBARQUE

    PLANTA TÉRREO

    10 20 40

        R    U    A    H    E    L    V     É    T    I    A

        A    L    A    M    E    D    A    G    L    E    T    E

    AVENIDARIO BRANCO

    NM

    5 5 5 5 5 5

    1

    2

    3

    4

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    4

    4

    1

    1

    6

    6

    8

    7

    1

    1

    2

    2

    3

    3

    4

    4

    1

    1

    6

    6

    8

    5

    5

    1 - PLATAFORMA

    2 - ELEVADOR DEFICIENTE FÍSICO

    3 - DEPÓSITO LIXO

    4 - PLATAFORMA DESCOBERTA

    5 - PASSAGEM EMERGÊNCIA

    6 - CALHA PARA PASSADIÇO

    7 - PASSARELA

    8 - RAMPA

    PLANTA PAVIMENTOPLATAFORMA

    10   20   40

        L    I    N    H   A

         D   O    T    E    R    R    E    N

       O

    NM

        R    U   A    A    U   G

        U   S    T   O

       S    E    K    E    R

    R        U         A         S         A        B         B         A        D        O          D        '         Â           N         G        E         L        O         

    A       V        E        N       

    I       D       A        J       A       

    C       U       -   P       Ê         S       

    S       E        G       O       

    C      A     N      A     L     

    A       V        E        N       I       D       A        J       A       

    C       U       -   P       Ê         S       S       

    E        G       O       

    R   U   A    I   T    A   L   I   N   A   

    5

    5

    MEZANINO

    CORTE TRANVERSAL MEZANINO E PLATAFORMA5 10 20

    PASSARELA

    ESTRUTURA EMCONCRETOPROTENDIDO

     VIDROLAMINADO TRIPLO TRANSPARENTEARQUEADO

    ESTRUTURA METÁLICAARQUEADA

    ESTRUTURA METÁLICA TELHA TÉRMICA

    PLATAFORMA

     João Walter Toscano

    Estação Dom Bosco(Pêssego)

    Se em planta a construção adota a cruz como partido arquitetônico, o corpotubular da gare em sua extensão horizontal longitudinal lembra os modernostrens-bala. E para que a idéia de movimento inerente ao trem estivesse presente,a transição exterior-interior se faz através de arcos de aço, três deles decrescentese justapostos à gare, e outros quatro arcos que, ao se afastarem do corpo daestação, marcam as áreas das plataformas descobertas.

    Internamente, o tubo de aço dene o espaço coberto das plataformas de embarquee desembarque ao longo da linha dos trens. Os arcos que denem esse espaço

    Uma cruz de estruturamista, esta estaçãoimpõe uma novadinâmica urbanae transforma apaisagem.

     João Walter Toscano

    Estação Dom Bosco(Pêssego)

    Projeto:  João Walter ToscanoOdiléa H. Setti Toscano

     Área construída:7.282 m2

     Aço empregado:astm a36

    Peso da estrutura: 140 t

     Arquiteto colaborador:Massayoshi Kamimura

    Projeto de estrutura:Promon Engenharia

    Fornecedorda estrutura em aço:

    alusudConstrução:Constran

    Cliente:cptm - Companhia Paulistade Trens Metropolitanos

    Local: São Paulo - SPData do projeto: 1996

    Data de conclusãoda obra: 1999

    formam na verdade uma abóbada preenchida por telhas metálicas, exceto noponto de acesso às plataformas, onde foram usados vidros laminados. Pintadosem vermelho, os elementos de aço acabam sobressaindo do contexto geral.

    Localizada sobre um vale, onde inicialmente havia um córrego e hoje há uma viaexpressa, ao redor do qual desenvolveu-se uma ocupação urbana, a construçãocumpre ainda o papel de passarela de pedestres, ligando as duas encostas dovale. Nos extremos das passarelas, que correm paralelas ao corpo da estação,localizam-se dois terminais de ônibus.

    Finalmente, quanto à solução estrutural, adotou-se solução mista, cujos apoios,plataformas, vias e as ‘asas’ transversais são em concreto protendido, e por suavez recebem a estrutura da cobertura, constituída pelos arcos de aço.

    Vista aérea da estação: uma cruz formada por um tubolongitudinal de aço transpassado por um prisma retangular.

    Vista da plataforma com destaque para os arcos semicirculares de aço.A inserção da estação na paisagem evidencia suaimportância como obra pública.

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    Siegbert Zanettini e Edward Mikulsky

    Monorail Barrashopping

    Localizado no Rio de Janeiro, o Barra Shopping é o maiorshopping center da América Latina. Em função da distâncias aserem percorridas no estacionamento foi desenvolvido um sistemade transporte em monotrilho, composto de três estações situadasao redor do Shopping. Uma das premissas era que as estaçõesfossem trabalhadas como esculturas diferenciadas, uma espécie deápice que marca a chegada o u partida dos passageiros.

    Em cada estação foi adotada uma solução distinta. A estaçãoamarela (da Lagoa) é um tubo que se constitui de arcos metálicos,conectados na parte superior e contraventados por três vigasesbeltas de aço, uma central e duas vigas calhas, que sustentam todaa cobertura de alumínio e policarbonato. As outras duas estações,a vermelha e a azul, são anexas ao edifício do Shopping.

    Obra pioneirafacilita o acessoao estacionamentodos usuários decentro comercial.

    Siegbert Zanettini e Edward Mikulsky

    Monorail Barrashopping

    Projeto: Siegbert ZanettiniEdward Mikulsky

     Área construída:1.455,25 m2

     Aço empregado:a 36

    Peso da estrutura: 320 t

     Arquiteta colaboradora:Vanessa de Oliveira

    Coordenação de projeto:Érika Di Giaimo Bataglia

    Projeto de Estrutura: Jorge Zaven KurkdjianExacta Estruturas Metálicas

    Fornecedorda estrutura em aço:Exacta Estruturas Metálicas

    Construção:Multiplan Planejamento,Participações e

    Administração S.ACliente:embraplan - EmpresaBrasileira de Planejamento

    Local: Rio de Janeiro - RJData do projeto: 1995

    Data de conclusãoda obra: 1996

    O trem, fornecido pela empresa suíçaIntamin Leisure, tem 27,8 m de comprimentoe circula a uma altura aproximada de 5,5macima do nível do terreno, num percursode 1,5 km. O uso das estruturas de açofoi ao encontro da exigência da empresafornecedora do sistema, visando a umaprecisão dimensional que atendesse aos ga-baritos e cotas de nível, além da conexãocom a estrutura convencional pré-existentedo Shopping.

    Vista do espaço interno da estação do monotrilho. A estação amarela tem nos pares de arcos oblíquos seu destaque.

    CORTE LONGITUDINAL5 10 15

    PLANTA DE COBERTURA5 10 20

    CORTE TRANVERSAL

    1 2,5 5

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    Luís Carlos Esteves

    Linha 5 - Metrô de São Paulo:Estações Elevadas

    Construída pela cptm  e operadapelo Metrô de São Paulo, esta 1ªEtapa é formada por estações queatendem à região sul da cidade.

    As estações são formadas por umconjunto de unidades autônomasde volumetria simples, facilmenteidenticáveis. O esquema de circu-lações, bastante objetivo, resultouem estações bastante compactas,mas com espaços de circulação di-mensionados com muito conforto.Esses fatores proporcionaram eco-nomia na construção e eciênciano uso do espaço. O acesso, salasoperacionais e salas técnicas estão

    implantadas no térreo, formandodois blocos soltos, sob as platafor-mas. As plataformas estão apoiadasem vigas de aço de seção I com

    Rapidez, eficiência,segurança e confortodos passageirosforam os requisitosque nortearam osprojetos destasestações para um

    sistema de transportepúblico de altacapacidade.

    Luís Carlos Esteves

    Linha 5 - Metrô de São Paulo:Estações Elevadas

    Projeto: Luís Carlos EstevesHarza Hidrobrasileira

     Área construída:Capão Redondo: 6.000 m2

    Campo Limpo: 5.800 m2

    Vila das Belezas: 5.800 m 2

     Aço empregado:astm a36

    Peso da estrutura:Capão Redondo: 340 tCampo Limpo: 340 tVila das Belezas: 340 t

     Arquitetos colaboradores: Jossei Issa

    Equipe Técnica CPTM: José Augusto BicalhoRenato Penna de Mendonça

    Fernando Buarque Gusmão Jaime Jorge BecharaClayton Alfredo Nigro

    Projeto de Estrutura:Ernesto Tarnoczy

    Fornecedorda estrutura em aço:Açotec

    Construção - Obra bruta:Maubertec, Promon,Constran, Andrade Gutierrez,OAS, Enescil/Jean Muller,Camargo Côrrea

    Construção - Acabamento:Planservi/MK/Seebla, Varca/ Scatena, Camargo Côrrea,Setepla/Toscano, EIT/Toniolo/ Sutelpa

    Cliente:stm - Secretaria de Estadodos Transportes Metropolita-nos de São Paulo

    cptm - Companhia Paulistade Trens Metropolitanos

    Local: São Paulo - SPData do projeto: 1993

    Data de conclusãoda obra: 2002

    Vista interna da plataforma da

    Estação CampoLimpo.

    34,00 m de comprimento, apoiadas namesma mesoestrutura do elevado, masdesvinculadas deste para evitar a trans-missão de vibrações decorrentes da passa-gem dos trens. Sobre estas duas vigas forammontadas lajes pré-moldadas de concreto,formando o piso das plataformas. Sob a lajedo piso e entre as duas vigas, foi criada umagaleria técnica, com grades metálicas de pisoapoiadas sobre as mesas inferiores das vigasI. A estrutura da cobertura e fechamentodas plataformas é feita em pórticos de açoxados às vigas I longitudinais de 3 4,00 m.

    As Plataformas dispõem de aberturascontínuas no piso, recobertas por grelhasde aço junto ao fechamento lateral, e noeixo central da cobertura, permitindo boaventilação destas áreas.

    Visualmente, contudo, é a imagem meta-fórica da estação como se fosse um tremque é o aspecto mais marcante. Inseridosna paisagem, estes tubos de aço – istoé, as plataformas elevadas – respondemadequadamente ao papel social destetipo de obra pública em função de suarepresentatividade, e sem abrir mão dasquestões funcionais e técnicas.

    Vista superior da estação Vila das Belezas, com destaque para a cobertura semi-tubular de aço.

    ELEVAÇÃO TÍPICA: ESTAÇÕES CAPÃO REDONDO, CAMPO LIMPO E VILA DAS BELEZAS

    CORTE TRANVERSAL ESTAÇÃO CAPÃO REDONDO

    Acima, vista externa da estação CapãoRedondo, onde se nota o contraste entrea dureza do concreto e a leveza do aço.

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    Luís Carlos Esteves

    Linha C de TrensUrbanos de São Paulo

    O projeto de dinamização da Linha C da Companhia Paulista de TrensMetropolitanos - CPTM corresponde a um trecho localizado ao longodo rio Pinheiros, onde foram implantadas 7 novas estações: Hebraica-

    Rebouças, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi, Granja Julieta e Socorro, ligando a região Metropolitana de São Paulo de oestea sul.

    A construção dessas novas estações em áreas bastante reduzidas e numalinha em operação indicava o uso de elementos pré-fabricados. Alémdisso, a implantação pedia estruturas leves, vazadas, de presença discreta,porém signicativa. Essas condicionantes vieram apenas reforçar a opçãopelo uso do aço.

     Áreas reduzidas em cont exto urbanoimpuseram uma construção industrializada,com identidade visual marcante.

    Luís Carlos Esteves

    Linha C de TrensUrbanos de São Paulo

    Uma das principais premissas doprojeto foi a adoção de uma unidadeformal no conjunto das estações queproporcionasse identidade à linha.As principais diferenças resultamda capacidade de atendimento, daforma de implantação e da neces-sidade de identicação de cada umadelas.

    As estações são formadas por trêsunidades: edifício de acesso, pas-

    sarela e plataforma.O edifício de acesso, agrupa no térreoa área de bilheterias e bloqueios e oconjunto de salas técnicas. No nívelsuperior estão localizadas as salasoperacionais e sanitários públicos.Toda a estrutura do edifício é emaço, com pilares e vigas de seção I.

    Uma passarela, com seção elíptica,faz a ligação entre o edifício deacesso e as escadas que levam àplataforma de embarque.

    Vista interna do encontro da passarelacom o módulo das plataformas.

    Projeto: Luís Carlos EstevesHarza Hidrobrasileira

     Área construída:Cidade Jardim: 2.900 m2

    Vila Olímpia: 2.900 m2

    Berrini: 2.900 m2

    Morumbi: 2.900 m2

    Granja Julieta: 2.900 m2

    Socorro: 3.400 m2

    Hebraica Rebouças: 2.900 m2

     Aço empregado:astm a36

    Peso da estrutura:Cidade Jardim: 226 tVila Olímpia: 226 tBerrini: 226 tMorumbi: 226 tGranja Julieta: 226 tSocorro: 240 tHebraica Rebouças: 226 t

     Arquiteto colaborador: Jossei Issa

    Projeto de estrutura:Cristina Pieber

    Fornecedor da

    estrutura em aço:ProjectaAçotec

    Construção:Estra, Constran, Etep,

    Dumez, gtm, Vetec, Estacon

    Cliente:stm - Secretaria de Estadodos Transportes Metropoli-tanos de São Paulo

    cptm - Companhia Paulistade Trens Metropolitanos

    Local: São Paulo - SPData do projeto: 1994

    Data de conclusãoda obra: 2000

    Vista do trecho da plataforma da estação Granja Julieta, cuja imagem é valorizada pela reflexão da água.

    Nesta vista áerea da estação Socorro se pode perceber o conjunto formado peloedifício de acesso, no alto, passarela e plataforma, à direita na margem do rio.

    ELEVAÇÃO LATERAL ESTAÇÃO SOCORRO

    AVENIDA NAÇÕES UNIDAS

    IMPLANTAÇÃO ESTAÇÃO BERRINI

    AVENIDA DAS NAÇÕES UNIDAS

    RIO PINHEIROS

    NM

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    Luís Carlos Esteves

    Linha C de TrensUrbanos de São Paulo

    fotos:

    capa: Tarcísio Bahia p. 4: Tarcísio Bahia / Ricardo Junqueira p. 5: Tarcísio Bahia p. 6: Paulo André Brasil / Tarcísio Bahia p. 7: Tarcísio Bahia p. 8, 9 e 10: Acervo do escritório p. 11 e 12: José Albano p. 13: Roberto Inaba p. 14: José Albano p. 15 e 16: Nelson Kon p. 17: Cícero Ferraz Cruz p. 18 e 19: Nelson Kon

     p. 20 e 21: Danilo Andrade p. 22 e 23: Bebeto Viegas p. 24 e 25: Cristiano Mascaro p. 26: Altavisão Imagens Aéreas p. 27: Cristiano Mascaro p. 28 e 29: Acervo do escritório p. 30, 31 e 33: Blair Alden p. 33 e 34: Tarcísio Bahia / Blair Alden

    impressão:Gráca GSA

    material para publicação:

    Contribuições para as próximas edições poderão ser envia-das para o CBCA e serão ava liadas pelo Conselho Editorialde Arquitetura & Aço. Entretanto não nos comprometemoscom a sua publicação. O material enviado deverá ser acom-

     panhado de uma autorização para sua publicação nestarevista ou no site do CBCA, em versão eletrônica. Todoo material será arquivado e caso seja possível publicá-lo oautor será comunicado.

    Devem ser enviadas as seguintes informações: desenhostécnicos do projeto, fotos impressas da obra, local, cliente,datas de projeto e construção, engenheiro calculista da

    estrutura, além de endereço, telefone e email do remetente.endereço para postagem:

    Revista Arquitetura e Aço - CBCAAv. Rio Branco, 181 - 28º andar

    20040-007 Rio de Janeiro RJ 

    próximo número:

    Shopping Centers e Centros Comerciais

    realização:

    apoio:

    É permitida a reprodução total dos textos, desdeque mencionada sua procedência.

    É proibida a reprodução das fotos e desenhos, excetomediante expressa autorização do autor.

    produção:

    Sua estrutura é formada por uma viga-caixão em aço até o níveldo piso. A estrutura elíptica se completa com pórticos em persde seção I. Seu recobrimento é feito em chapas lisas metálicas comisolamento térmico e as laterais são vedadas com chapas de açoperfuradas.

    A plataforma, que ocupa pequena faixa entre o rio Pinheiros ea avenida das Nações Unidas, foi executada com elementos pré-moldados de concreto e cobertura em estrutura e telhas de aço.Nas escadas que levam à plataforma, arcos em pers tubulares deaço servem de apoio à estrutura de cobertura. As telhas pintadasde branco realçam a leveza do conjunto.

    A estação Morumbi, apresentando o encontro dos volumesda passarela com a o da plataforma.

    ELEVAÇÃO PLATAFORMA ESTAÇÃO SOCORRO

    www.ibs.org.br

    www.ufes.br/~nexem/www.cbca-ibs.org.bremail: [email protected]

    Pilares e vigas tubulares suportam acobertura curva do módulo das plataformas.

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  • 8/17/2019 RevistaAA 03 Terminais.passageiros

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