Revista do Síndico

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Janeiro / Fevereiro / Março 2011 - Nº 190 - Ano 32 - Publicação Auxiliadora Predial

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Piscinas podem dispensar o uso do cloro

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Uma solução diferenciada começa a ganhar espaço no mercado gaúcho

e a ser adotada em condomínios: a pisci-na salgada, um sistema de manutenção contínua desses ambientes. Desenvolvido pela empresa Reset Soluções Industriais, de Porto Alegre, o gerador de cloro salino é um equipamento que utiliza cloreto de sódio, NaCl (sal grosso, usado para chur-rasco) como matéria-prima para a pro-dução de algicida (para eliminar algas

azuis ou verdes que surgem nos meios aquáticos) e bactericida de forma natural. “E isso com um custo baixo de energia, sem manuseio de produtos químicos e proporcionando um banho mais agradá-vel”, acrescenta o engenheiro mecânico e sócio-gerente da companhia, Regis Eder Pereira. Uma unidade da piscina salgada trabalha, em média, com uma despesa de R$ 100 por ano, em eletricidade.

No lugar do cloro, relata o gerente, é

empregado hipoclorito de sódio, de acor-do com as exigências da vigilância sani-tária. Ele explica ainda que, com esse método, a salinidade da água fica sete vezes menor que a do mar e a metade do soro fisiológico, bem próxima a do corpo humano. E foi por todos os motivos aci-ma que o síndico do Condomínio Con-dado de Castella, o engenheiro químico César Hoffmann, levou ao Conselho Consultivo a sugestão de usar essa alter-

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nativa em suas piscinas. Localizado em Viamão, o residencial possui mais de 300 casas construídas, somando cerca de 1 mil moradores. Hoffmann conta que fi-cou sabendo desse recurso por meio de revistas técnicas e pela indicação de co-legas da profissão. Funcionário do De-partamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) da Capital gaúcha, ele revela que atua com saneamento básico há quase 30 anos e que isso o faz enxergar os benefí-cios de novas perspectivas quando elas “batem à porta”. “Já sabia desse tipo de

tecnologia, mas os preços eram elevados. Recentemente, tive conhecimento sobre uma redução nos valores de implantação e, fazendo cálculos, pude comprovar que o retorno do investimento seria rápido para o Condomínio”, comenta. Sua ex-pectativa é de estar com o recurso apli-cado totalmente pago de cinco a seis meses.

Na administração do Condado de Castella desde 2008, no ano passado Hof- fmann assumiu como síndico e perma-necerá no cargo até março de 2011. Para

o engenheiro, as vantagens da piscina salgada são muitas e passam pela dimi-nuição do custo operacional, por não precisar mais comprar e estocar cloro e pela segurança dos funcionários que não manipulam produtos químicos agres -sivos. A essas melhorias ele agrega a tran-quilidade dos condôminos em aproveitar uma água mais saudável. Além do Con-dado, o Condomínio Reserva Petrópolis, em Porto Alegre, também já aderiu a es-se procedimento.

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O método tradicional de tratamento das piscinas envolve a colocação do hipoclo-rito de sódio, líquido ou granulado, dilu-ído diretamente na água, deixando um residual de cloro que é corrosivo e que pode levar o local, em determinados pe-ríodos, a ter um excesso ou ausência de bactericida. Já na nova técnica, o hipo-clorito de sódio é obtido através da ele-trólise do sal grosso sem iodo no meio aquático, o que ocorre devido à quebra de suas moléculas. “Como esse é um pro-cesso permanente, a quantidade de bac-

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tericida fica equilibrada”, esclarece o só-cio-gerente da Reset, Regis Eder Pereira. Dessa forma, o local fica protegido o tem-po todo, inclusive, contra a dengue.

Adaptável a estruturas de qualquer volume, espelhos d’água e chafarizes, a solução funciona através da aplicação de sal na água na proporção de 25 quilos para cada 5 mil litros, com reposições semestrais de 2,5 quilos de cloreto de sódio. Dois modelos de emprego da tec-nologia são disponibilizados: o de imer-são e o por fluxo. No primeiro, o equipa-mento é instalado próximo ao sistema de filtragem que, ligado às células eletrolíti-cas submersas nas piscinas, inicia o pro-cesso de conservação. No segundo, a geração do bactericida ocorre fora do ambiente a ser tratado, em aparelhos pro-jetados para trabalhar em conjunto com os de recirculação e/ou filtragem.

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A manutenção, reforça Pereira, é feita com aspiração, filtragem e ajuste do pH de forma usual, com limpeza da célula onde acontece a conversão de água e sal em algicida e bactericida. “A periodicida-de deve ser mensal e de forma rápida,

com uma simples raspagem dos metais”, informa. O gerente salienta que, durante o inverno – época em que são menos utilizadas –, as piscinas se mantêm limpas e claras. O método impede o desenvol-vimento de larvas de mosquito ou algas, mesmo que fiquem tapadas com uma capa. Os custos, conforme ele, variam de

R$ 900 a R$ 5 mil. Quanto maior o vo-lume de água a ser tratada, menor é o tempo de retorno do investimento. “Te-mos casos de clientes que tinham R$ 500 de gasto mensal em cloro e adquiriu a piscina salgada em nove parcelas de R$ 500. Ou seja, em nove meses manteve o custo sem novas despesas”, detalha.

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