Revista Alma_Naq 3ª Edição
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Ecologia:
Construindo
com arquitetura
responsável
artes, ciências e filosofia para uma vida mais saudável
Parque do Tabuleiro:
Astronomia:
Equinócio
da
Primavera
como Patrimônio
A Natureza
Saúde:
Reiki,
restabelecendo
o equilíbrio
energético
ano 1 - nº 3Distribuição Gratuita
2O Pico do Tabuleiro, com seus mais de 1.200 mts de altura, localiza-se em Caldas da Imperatriz.
Segundo análises da Ciência, o nosso planeta
começou a se formar há aproximadamente 4,5 bilhões
de anos. Vida e meio ambiente, em suas várias
manifestações, foram se transformando e foram
transformados nesse tempo todo até chegarmos ao
cenário atual. Nós e o nosso planeta, somos resultado de
todas essas interações que a vida sofreu e que se utilizou
em sua ânsia para existir. Hoje sabemos que Vida, é todo
um processo que reune várias formas de seres em elos
dinámicos de interação e interdependência. Sabemos?
Ainda não muito. O ser humano nos últimos 50 anos, em
sua idealização de progresso e no seu modo de viver,
vem abalando o equilíbrio natural do planeta e
esgotando e degradando seus recursos naturais,
destruindo assim os elos e alterando os ciclos da vida
que também nos foi dada. Algumas pessoas já
perceberam isso e já buscam viver dentro de um
equilíbrio dinâmico harmônico com a natureza,
procurando produzir o mínimo impacto ambiental na
maneira em que moram, se alimentam, se divertem e se
locomovem, utilizando uma aplicação progressiva de
novas tecnologias e resgatando antigos saberes que
possam oferecer uma prática de bem viver respeitando
o futuro das novas gerações. Já perceberam que, além
da evolução biológica, há também uma evolução de
consciência, que há o fato de ser cada vez mais
consciente de si mesmo, do mundo em que se vive e de
seus atos e relacionamentos com um Plano Maior de
Existência. Conscientemente ou não, estamos todos
juntos escrevendo diariamente o nosso futuro, pessoal,
planetário e civilizatório.
Concepção e coordenação: Reinaldo CarusoJornalista responsável: Ricardo Cassarini - SC 02517 JPArte, diagramação e produção gráfica: Noite SolarColaboram nesta edição:Textos: Flora Neves, Márcio Mortari, Karoline Fendel, Karina Signori, Neno Brazil, Fernando Angeoletto, Márcia de Almeida.Fotos: Neno Brazil, Zé Paiva, Flora Neves, Fernando Angeoletto, Juliana Saldanha. Contato: [email protected] 48 - 9146.7840Impressão: Elbert Indústria Gráfica - fone 48 - 3241.1421Publicação da R. Caruso Editora - Cnpj: 59.203.125/0001-61
EditorialEditorial
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Oferecer a todos que nos visitam, terapias, tratamen-tos, conhecimentos e caminhos que combinados proporcionam qualidade de vida, relaxamento,estética, bem estar, harmonia, equilibrio e paz interior, levando o SER a sentir-se profundamente harmonizado e repleto de vigor e energia! Esse é o objetivo da Zen Terapêutica.
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“Um espaço; Um tempo; Uma vida com qualidade!”
po
r Ka
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Separar os resíduos em casa, na escola e no Todo o cuidado com lâmpadas
trabalho não tem contra-indicação e traz fluorescentes e compactas, pilhas e baterias,
satisfação, pois gera atiVIDAde e renda, pois são resíduos perigosos, também devem
promove inclusão social, economiza os bens ser entregues nos postos de coleta.
naturais da nossa amada mãe Terra, diminui o Maiores informações no www.comcap.org.br
volume de “lixo” destinado aos aterros, já que o Utilizar a inteligência e tecnologia
rejeito – o que não tem jeito - corresponde a humana para reaproveitar materiais e evitar
menos de 15% de tudo que é jogado fora... desperdícios é necessário e urgente!
Além disso, segundo diversas Leis, entre Depende de cada um e de todos nós!
elas a Política Estadual de Resíduos Sólidos de Vamos construindo a história...
Santa Catarina - Lei 13.557/2005 e a Política Um bom futuro no presente!
Nacional de Resíduos Sólidos - Lei 12.305/2010, Saudações,
recentemente sancionada após 19 anos no Recicleide *
Congresso - a responsabilidade quanto ao
gerenciamento dos resíduos é de toda a
sociedade!
Então, compete à municipalidade efetuar a
coleta diferenciada e à cada cidadão destinar
adequadamente seus próprios resíduos:
Os resíduos recicláveis, secos e limpos,
devem ser destinados para a coleta seletiva ou
catadores da região.
Os resíduos orgânicos, que correspondem a
50% do lixo domiciliar coletado nas grandes
cidades, podem ser reaproveitados ou utilizados Enviada de Reciclópolis com a missão de para alimentar a Terra, trazendo saúde e
Defender a Vida no Planeta! vitalidade para toda família... Há 11 anos, com EcoArte, alegria e
A compostagem é uma prática milenar e informação, divulga e motiva a efetiva ação de
eficiente...Experimente! simples práticas individuais que podem melhorar a O óleo usado pode ser transformado em realidade, promovendo saúde, solidariedade e
combustível ou sabão, existem vários postos de cidadania.
coleta na cidade. *Karina Signori
ecoarteira e permacultora
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A farinha de Dona Rosa e o Berbigão de Seu Aristides
Dona Rosa embarca, toma assento e em pouco tempo encanta comissários e a tripulação, tamanha é sua simpatia e tão doce o seu semblante. É a primeira vez que viaja de avião. “Sempre olhava pra cima e dizia que aos 60 anos eu ia viajar naquilo”, conta ela que, aos 53, estava realizando o sonho de voar. O rumo é Brasília.
Na capital federal, dona Rosa Nascimento, produtora artesanal de farinha de mandioca do litoral catarinense, foi encontrar centenas de produtores como ela, trocar experiências, estabelecer contatos comerciais. Protagonista da gastronomia tal qual um chef de cozinha, dona Rosa é expressão da máxima “Comer é um ato agrícola”, um dos pensamentos essenciais do Movimento Slow Food. Brasília sediou, de 19 a 22 de março de 2010, o II Terra Madre Brasil. É o maior evento realizado no país pelo Slow Food, concebido para aproximar e tecer relações diretas entre os agricultores, os chefs de cozinha e todos os elos envolvidos no ato (e no hábito) de comer. A grande Florianópolis teve participação variada no evento, com membros de Convivium, representante de produto da Arca do Gosto, chefs e o coletivo da Revolução dos Baldinhos, além da equipe técnica do Cepagro.Em termos gastronômicos, podemos dizer que a presença de Floripa teve o sabor de berbigão com farinha – e todas as suas variações. O Sr. Aristides, um dos fundadores da RESEX (Reserva Extrativista) do Pirajubaé, esteve lá para dar o recado sobre o seu ambiente de coleta explorado por 25 famílias e ameaçado pela expansão urbana. O molusco berbigão, ao lado de outras 20 matérias-primas genuinamente brasileiras, integra a Arca do Gosto do Slow Food, beneficiando-se de ações que atentam ao risco de sua extinção.
por Fernando Angeolettotexto e fotos
Fotos: acima, Dona Rosa encontrando-se com a chefTereza Corção, do Instituto Maniva.
Seu Aristides e o chef Ubiratan Farias durante degustação de berbigão e em baixo, Dona Rosa e Seu Aristídes na roda de debates.
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No Terra Madre, duas deliciosas versões do Petrini, cuja imersão no mundo gastronômico molusco foram preparadas pelo chef Ubiratan iniciou com a prática do jornalismo, é “uma Farias, do restaurante Villa Açor (São José), das 50 pessoas que podem salvar o Mundo”, durante a degustação de produtos do bioma de acordo com lista divulgada pelo jornal Mata Atlântica. Dona Rosa e sua colega Inácia, britânico The Guardian em 2008. Por trás do que mantém engenhos artesanais de farinha controle do ritmo de vida e da ecogastronomia em Três Barras (Palhoça, SC), participaram de aperfeiçoada, a filosofia posta em marcha por mesas-redondas e compartilharam algumas Petrini e o Slow Food prega que alimentos de suas preciosidades, como os bijus e a bijajica. provenientes de exploração humana ou Foi também a oportunidade de dona Rosa empreitadas que arruínem culturas e o meio-conhecer pessoalmente a chef Tereza Corção, ambiente devem ser sistematicamente do Instituto Maniva. Apesar de nunca terem se rejeitados. “É uma revolução doce e encontrado, elas tinham relação a partir do tranqüila”, explica ele durante a entrevista, Convivium do Slow Food Engenho de Farinha. enquanto desfia ideias sobre fortalecimento Parte da farinha de Rosa, numa relação das economias e gastronomias locais, comercial solidária e direta, é vendida s ob e ra ni a a li m en ta r, direito de plantar, colher ao restaurante de Tereza, que fica no Rio e c om er . São essas as ferramentas para de Janeiro. contornar os obstáculos da atual crise do O Terra Madre deste ano teve uma importante consumismo insustentável, uma “crise aliada ambiental, através de outra contribuição entrópica, que não traz em si suas próprias da região de Florianópolis. Harmonizando o condições de superação, mas sim a perda de ciclo que começa na produção limpa e justa dos sentidos”, segundo Petrini. Ele conclama a alimentos, passando pela consciência dos d a r m o s u m b a sta a o co l o n i a l i s m o processos por quem transforma a matéria- gastronômico, e agirmos como co-produtores prima, a reciclagem de 100% dos resíduos dos alimentos, buscando aproximação com orgânicos do evento trouxe a marca da os agricultores e a ciência dos processos. sustentabilidade ao Movimento Slow Food. O “Quem semeia utopia colhe realidade”, prega trabalho ocorreu graças ao coletivo da Petrini em expressão de sua austera anarquia, Revolução dos Baldinhos (Lene, Karol e Maicon), conduzindo a fraternidade do Terra Madre em que deram oficinas e organizaram a sua constante missão de mudar as malfadadas compostagem das sobras geradas na cozinha, regras do consumismo em nível mundial.onde foram preparados almoço e jantar para 500 pessoas durante 4 dias.Não há como desconsiderar o volume de sobras e a energia desperdiçada em toda a cadeia gastronômica. O italiano Carlo Petrini, fundador do Movimento Slow Food internacional, sabe disso muito bem: “o Mundo faz comida para 12 bilhões, embora sejamos 7 bilhões. Devemos acabar com o desperdício”, lembrou ele durante entrevista coletiva concedida no Terra Madre. Por este motivo, Petrini enalteceu as ações de reciclagem da Revolução dos Baldinhos, durante sua fala no encerramento do evento. Após conhecer o processo de compostagem, ele afirmou que pretende levar o coletivo de Florianópolis para disseminar a técnica no encontro mundial do Slow Food na Itália.
"Fernando Angeoletto é jornalista, assessor de comunicação do Cepagro (www.cepagro.org.br) e sócio-fundador da Caminhos do Sertão Cicloturismo (caminhosdosertao.com.br). Esteve em Torino de 21 a 25/10, participando da cobertura do Terra Madre e Salone del Gusto 2010, eventos de abrangência mundial do Movimento Slow Food”
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A palavra equinócio vem do Latim,
aequus (igual) e nox (noite), e significa
"noites iguais", ocasiões em que o dia e
a noite duram o mesmo tempo.
Exatamente às 00h09 do dia 23 de setembro, a zul) projetada na abóbada celeste, veremos que
um interessante evento astronômico voltou a durante o solstício de inverno o Sol se posiciona
ocorrer no ano. Trata-se do equinócio, um dos dois exatamente 23.5 graus ao Sul dessa linha,
momentos anuais em que o Sol cruza o plano do enquanto no solstício de verão o astro aparentaria
equador celeste, a linha imaginária do equador estar 23.5 graus ao Norte. Nos equinócios,
projetada na abóbada do céu. O momento tem entretanto, o Sol é visto exatamente sobre ela,
significado especial, pois também marcou o início como mostra a figura.
da primavera no hemisfério sul e início do outono no A linha amarela mostra a posição do Sol alguns
hemisfério Norte. Além de setembro, o equinócio meses antes e depois de setembro. Observe que
acontece também em 20 de março, quando inicia o antes do equinócio de setembro o Sol não
outono no hemisfério Sul e a primavera no ultrapassa a linha do equador celeste (linha azul).
hemisfério Norte. Esse cruzamento só ocorre durante os equinócios
de março e setembro.
A partir do equinócio de setembro, à medida que os
meses passam o Sol se põe mais tarde. Enquanto às
Visto da Terra, o Sol aparenta se deslocar do leste 18h00 de julho o Sol já está quase se pondo, neste
para o oeste, sobre uma linha imaginária mesmo horário, em novembro, o astro-rei ainda
denominada eclíptica, vista no gráfico do topo br il ha bem acima do horizonte. Esse é o principal
da página como uma linha vermelha. motivo para a adoção do Horário de Verão, que este
Se imaginarmos a linha do equador da Terra (linha ano teve início em 17 de outubro.
Cruzamento Equatorial
Durante sua translação ao redor do Sol, a Terra passa por quatro momentos bem definidos e que marcam o início das estações do ano. Os solstícios marcam o início do verão e do inverno enquanto os equinócios marcam a primavera e o outono. A Terra não gira sobre seu eixo no mesmo plano da translação e sim com uma inclinação acentuada de 23.5 graus. Essa inclinação é diretamente responsável pelas diferentes estações do ano, pois faz com que os raios de Sol atinjam o planeta de forma diferente em cada uma das estações, alterando significativamente o clima.
Fonte: Apolo11 -
http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100923-091316.inc
Equinócio de PrimaveraEquinócio de Primavera
22/dezSolstício de
Verão
Equinócio dePrimavera
22/set
20/marçoEquinócio de
Outono
Equador
Trópico deCapricórnio
Sol
Trópico deCâncer
20/junhoSolstício de
Inverno
Como se formam as Estações:
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O movimento do nosso planeta em torno do sol dura um ano e
a sua principal conseqüência é a mudança das estações.
As plantas e os outros seres vivos adaptaram-se a essas mudanças.
No caso das plantas, elas não crescem com a mesma velocidade em
todos as estações. Durante as épocas desfavoráveis elas limitam ou
cessam o seu crescimento. Este processo recebe o nome de
dormência, é o período em que dizem que as plantas dormem. Assim,
elas conseguem sobreviver a baixas temperaturas ou quando há
escassez de água, por exemplo. Após passado o período crítico,
quando a temperatura torna-se mais amena, a água torna-se mais
abundante ou outro fator limitante para sua sobrevivência volta a
tornar-se disponível, as plantas voltam a crescer e a se desenvolver.
Essa dormência pode ocorrer tanto nas plantas adultas quanto
nas sementes.
A primavera é a estação mais florida do ano, é onde a maior parte
das plantas aproveitam para exibir suas floradas, atraindo animais
para sua polinização e gerando as sementes que espalharão novas
plantas pela natureza. Mas como elas sabem que chegou essa
estação? Não é somente porque a temperatura se tornou mais
quente. Se assim fosse, em muitos anos, estas plantas floresceriam
durante os dias quentes de outono, e no entanto seriam prejudicadas
ou destruídas durante as baixas temperaturas e geadas que viriam
depois no inverno. Elas não florescem antes da hora devido a
mecanismos hormonais que inibem o florescimento e também faz com
que as sementes não germinem em condições desfavoráveis. Mas,
sinais específicos vindos do ambiente também são muito importantes
para que elas saiam do estado de dormência. Estes sinais podem ser
a temperatura, por exemplo, como ocorre com os bulbos de tulipas,
jacintos e narcisos que florescem após terem sido expostos a baixas
temperaturas. Outro sinal necessário para algumas sementes é a
desidratação, ou seja, ficarem secas, isto indica para elas que já
saíram de dentro de um suculento fruto, por exemplo, e que já estão
no ambiente. Ou ainda, muitas plantas orientam-se pelo fotoperíodo,
ou seja, a duração do dia e da noite.
fonte: wiki
Fotos: R.Caruso
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O termo ecossistema foi utilizado diferenciadas, mas que são interdependentes e
originariamente em 1935 pelo ecólogo britânico atuam em conjunto, formando a unidade
Arthur Tansley, todavia, atualmente, existem ecossistêmica que é chamada de biosfera, a qual
diversas definições sobre o tema. Com o por sua vez interage com a litosfera, com a
aprofundado estudo da Vida é possível encontrar atmosfera, com a ionosfera e com o sistema solar,
uma ciência que é a base das relações no planeta este com a Via Láctea e com outras galáxias,
Terra: a ecologia. A palavra deriva do grego oikos, buscando constantemente sua auto-regulação, ou,
com o sentido de “casa”, e logos, que significa em outras palavras, sua homeostase dinâmica.
“estudo”. Assim, o estudo do “ambiente da casa” Assim, o Planeta pode ser interpretado como uma
inclui todos os organismos contidos nela, todos os comunidade entrelaçada de plantas, animais e
elementos como água, ar, fogo, terra/minerais, microorganismos co-evoluindo em diversos
além de todos os processos funcionais e ambientes, garantindo o fluxo energético dos
fenômenos naturais que a tornam habitável. Já o ecossistemas, surgindo assim, conforme Lovelock
enfoque sistêmico pode ser definido como sendo e colaboradores (1979), a “Teoria de Gaia”, onde
um plano que possui diversos elementos que se se considera que o Planeta é um organismo vivo
inter-relacionam, onde cada elemento é que depende do conjunto de formas de vida para
interdependente do outro para existir e que manter o seu equilíbrio dinâmico, ou seja cada
todos os elementos juntos formam um todo que organismo e cada população fazem parte de um
executa funções distintas, surgindo aí uma breve todo orgânico. Todo este fluxo de energia começa
definição de ecossistema, onde a diversidade com a energia solar (proveniente da fusão nuclear
biológica e os ciclos biogeoquímicos possuem dos átomos de Hidrogênio transformando em
relações em redes de conexões ecológicas. Hélio) que percorre cerca de 8 minutos na
velocidade da luz para chegar até a superfície
Dependendo da abordagem, é possível terrestre, onde é captada pelas algas nos oceanos
considerar uma Bacia Hidrográfica, ou seja toda a e pelos vegetais terrestres, considerados
área de captação de água de um rio, como um produtores primários, e transformada em energia
grande ecossistema, todavia uma pequena poça de química (glicose), com a presença de água e gás
água desse rio também pode ser considerado um carbônico, no processo de fotossíntese,
ecossistema, pois pode conter microorganismos percorrendo toda a teia alimentar, passando
unicelulares como bactérias, protozoários, algas e pelos consumidores primários, secundários e
fungos que interagem e se auto-regulam. terciários até completar o ciclo por intermédio
Conforme a escala de relações ecológicas, em dos organismos decompositores que reciclam os
nível microscópico ou macroscópico, teremos elementos químicos e moléculas retornando ao
ecossistemas distintos, com funções e estruturas solo elementos essenciais à vida.
Ecossistema: equilíbrio dinâmico e auto-regulação.Ecossistema: equilíbrio dinâmico e auto-regulação.te
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A humanidade vive um momento da “cultura dos
contrastes”, onde a cada dia que passa, são
revelados fatos que inquestionavelmente
apontam para a necessidade de serem
promovidas transformações culturais que
considerem a importância das questões
ambientais como essenciais para a sanidade e
vitalidade dos ecossistemas.
Mas afinal, o que representa um ecossistema?
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Uma comparação prática do potencial do ambiente, proporcionando o movimento e a
de reciclagem da matéria orgânica é que quanto circulação do fluxo vital, os quais são
mais diversidade um ecossistema possui mais manifestados na interação com as dimensões
reprodução de formas de Vida ele terá, ou seja, espiritual e mental. Seguindo essa vertente,
em uma monocultura (cultura agrícola baseada em surge a abordagem da “ecologia profunda”
um único vegetal em grandes extensões de terra) (conforme Arane Naess), a qual se apresenta
existe uma determinada taxa de reprodução como uma visão holística de inter-relações
muito baixa, principalmente para a vida do solo, já integradas, com uma postura ética de respeito e
em policultivos diversificados (como em cultivos cuidado com todas as formas de vida, onde o
ecológicos em agroflorestas, também chamados questionamento das coisas do cotidiano são
de Sistemas Agroflorestais-SAFs), a taxa de entendidos sob a ótica ecológica e espiritual de
reprodução de organismos é gradativamente evolução dos ecossistemas.
maior com o passar do tempo, fortalecendo e O ilustre físico Fritjof Capra
fertilizando esse ecossistema. revolucionou a concepção de ecossistemas e traz
A natureza manifesta inúmeras em suas pesquisas a necessidade de serem
possibilidades de combinações de elementos que inseridas as dimensões social e cultural no
se relacionam para formarem ecossistemas entendimento da “Teia da Vida” e das “Redes
distintos ao redor do Planeta, desse modo, de uma Vivas”, reforçando que a humanidade pode
forma geral, é possível encontrar no Brasil seis aprender e se reeducar a conviver de uma forma
ecossistemas diferenciados pela sua forma, mais sustentável com o Planeta quando passar a
função e localização geográfica: Amazônia, observar e interagir com princípios ecológicos
Cerrado, Caatinga, Floresta Atlântica, Pantanal e acima dos princípios antropocêntricos,
Pampa. Mesmo com toda a degradação, financeiros e industriais. Diversas experiências
desmatamento, especulação imobiliária, integradas podem ser citadas como sendo
monoculturas, pastagens intensivas, exploração motivadoras da sustentabilidade, como a
do petróleo/outros minerais e da energia nuclear, Permacultura por exemplo, onde o cuidado com o
o conjunto dos ecossistemas brasileiros abriga P l a n e t a , c o m a s p e s s o a s e c o m o
um índice de biodiversidade que já é considerado compartilhamento de excedentes, fortalecem a
o maior do Planeta, influenciando na auto- busca pela melhoria da qualidade de vida e das
regulação dos processos vitais e fenômenos relações humanas. Por fim, de uma forma lúcida e
naturais. Dentro desse contexto, a proteção e o sensata Capra relaciona a ecologia com a
equilíbrio dinâmico dos ecossistemas contribui na sustentabilidade: “São estes alguns dos
regulação climática, na disponibilização de princípios da ecologia - interdependência,
recursos hídricos sem contaminantes, no reciclagem, parceria, flexibilidade, diversidade
encontro de espécies para reprodução, na e, como conseqüência de todos estes,
formação de corredores ecológicos, no controle sustentabil idade. . . a sobrevivência da
de erosão, na formação de solos férteis, na humanidade dependerá de nossa alfabetização
ciclagem de nutrientes, na polinização das flores ecológica, da nossa capacidade para entender
e no controle biológico, além da produção de esses princípios da ecologia e viver em
matérias-primas e de alimentos saudáveis. conformidade com eles.”
Para uma outra interpretação do
conceito de ecossistema é possível citar uma
metáfora com o próprio corpo humano, onde as
bilhões de células formam uma rede e se auto-
regulam, promovendo a vitalidade de cada pessoa
e formando os tecidos e órgãos. Assim, o
equilíbrio dinâmico do corpo é o resultado da
interação de todas as células, as quais são
alimentadas com a energia vinda dos alimentos e Márcio Mortari é biólogo
contato: [email protected]
Para saber mais:
www.fritjofcapra.net
Maior Unidade de Conservação de proteção
integral de Santa Catarina e reserva da
biosfera da Mata Atlântica, o Parque do
Tabuleiro possui uma das maiores
biodiversidades do mundo. Um pedacinho do
paraíso na Terra para melhor se conhecer,
amar e proteger.
Maior Unidade de Conservação de proteção
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biosfera da Mata Atlântica, o Parque do
Tabuleiro possui uma das maiores
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Nos anos 50, os botânicos Padre Raulino Reitz e Nas áreas de planície encontram-se as Roberto Miguel Klein iniciaram diversos estudos Restingas e Manguezais, nas serras a Floresta sobre a Mata Atlântica em Santa Catari-na. Pluvial da Encosta Atlântica, Floresta de Araucária Durante a pesquisa evidenciaram a importância e os Campos de Altitude. Estes ecossistemas são do território que hoje abriga o Parque Estadual da pertencentes ao Bioma Mata Atlântica, um dos Serra do Tabuleiro para a conservação da natureza biomas mais ameaçados e de mais biodiversidade e para a manutenção da vida. Mas, foi somente em do mundo. Além disso, o Parque funciona novembro de 1975 que Reitz conseguiu criar a tão como regulador climático de toda região, é fonte sonhada Unidade de Conservação. de água e vida para mais de um milhão Atualmente fazem parte do Parque do de habitantes, possui a segunda melhor água Tabuleiro áreas dos municípios de Palhoça, Santo termal do mundo, abriga espécies únicas da Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São fauna e da flora, possui potenciais ecoturísticos Bonifácio, São Martinho, Imaruí, Paulo Lopes e imensuráveis e, ainda assim, a falta de fiscalização, Florianópolis. Além das ilhas Siriú, Cardoso, Coral, especulações imobiliárias, criação de gado e Andrade, Largo e os arquipélagos das Três Irmãs e irregularidades fundiárias são os principais Moleques do Sul, totalizando uma área de 84.130 problemas que caracterizam a realidade do hectares, que corresponde a cerca de 1% do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, mesmo território do Estado. após 35 anos de criação. Uma das características que revelam a Frente a esse quadro percebe-se a necessida-singularidade desta unidade de conservação é o de, não apenas de que seja divulgada a fato de o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro importância dessas áreas naturais protegidas, mas proteger cinco dos seis ecossistemas existentes também que as comunidades tradicionais cobrem no Estado. do órgão gestor mais atuação e contribuam para a sua conservação.
Parque do TabuleiroParque do TabuleiroTextos e fotos: Flora Neves
12
Os Parques têm como objetivo a preservação Para que esta percepção de desrespeito ao de áreas naturais de grande importância Parque seja modificada, é preciso que exista ecológica. E suas terras são de posse e domínio conscientização ambiental! No momento que as públicos, sendo que as áreas particulares pessoas entenderem e conhecerem as funções e existentes dentro dos seus limites no momento da relações que existem entre seres humanos e sua criação deveriam ser desapropriadas e natureza, então veremos comunidades indenizadas. Não foi o que aconteceu com o valorizando e defendendo os recursos naturais e Parque do Tabuleiro que, segundo Alair de Souza, suas Unidades de Conservação.chefe da unidade de gestão do Parque, até o ano Cabe também aos gestores, fazer com que essas de 2009 teve apenas 17% de suas terras Unidades proporcionem fonte de renda às indenizadas. co m u n i d a d e s , l eva n d o a o ve rd a d e i ro “A criação de áreas protegidas é a forma mais desenvolvimento econômico ecologicamente eficiente para garantir a conservação da sustentável, local e regional. Um exemplo disso no natureza”, afirma o diretor do departamento de Parque é a permissão para que se realizem florestas da secretaria de biodiversidade e atividades de pesquisas científicas e ecoturismo, florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de desde que, regulamentado e autorizado pelo Deus Medeiros. órgão gestor, no caso, a Fatma, Fundação Estadual Porém, em Santa Catarina, além das políticas do Meio Ambiente.públicas não darem o devido valor às áreas naturais protegidas como oportunidade ao desenvolvimento econômico sustentável das regiões, incentivam ainda a anulação e diminuição das mesmas. Como aconteceu em março de 2009, quando desanexaram algumas áreas do Parque, como a Vargem do Braço, em Águas Mornas, local de onde vem a água que abastece mais de 1 milhão de pessoas da Grande Florianópolis. Esta área perdeu a proteção integral, como alerta o promotor do Parque, José Eduardo Cardoso: “Arrancaram o coração do Parque”. Fica aí a reflexão: Sem a proteção dos mananciais de água, qual garantia futura de qualidade de vida que uma população pode ter?
As pesquisas científicas realizadas no território do Parque mostram a importância da conservação dos ambientes para manter a complexa rede de conexões entre as espécies, preservando a biodiversidade e assim mantendo a qualidade de vida das populações humanas.
O trabalho dos p e s q u i s a d o r e s t a m b é m busca a conscientização das populações de entorno, de modo que a importância do equilíbrio biológico como um todo seja percebida por essas comunidades vizinhas, para que elas também se sintam parte desses ambientes.
O Ecossistema de Restinga é considerado um mosaico de ambientes pois apresenta diversificadas paisagens, como dunas, praias, banhados, vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, sendo a Restinga do Parque uma das mais desenvolvidas do Sul do Brasil. O Ecossistema de Restinga se desenvolve nas planícies costeiras, formadas pelo avanço e recuo do mar, que ao longo de milhares de anos depositou sedimentos marinhos. . Este complexo ecossistema apresenta espécies da flora como: Araçá, Tucum, Jerivá, Mangue-Formiga, Gabiroba, Samambaia, Erva-Balieira, Orquídeas e Bromélias. A fauna é representada por: Jacaré-do-Papo-Amarelo, Lontra, Cachorro-do-Mato, Gato-do-Mato-Pequeno, Furão, Tamanduá-Mirim, Capivara, entre outros.
O Ecossistema de Manguezal se desenvolve onde há o encontro das águas doce e salgada, este local é chamado de estuário O manguezal do Rio Cubatão (protegido pelo Parque) é o limite sul de distribuição da espécie Rizophora mangle (Mangue-vermelho), no Continente Americano. Os manguezais são considerados berçários marinhos, pois diversas espécies de peixes e crustáceos utilizam este ambiente em alguma etapa do seu ciclo de vida, seja para reprodução, alimentação, descanso ou para ter seus filhotes. Muitas espécies de aves encontram nos manguezais importante fonte de alimento e área de descanso. Encontramos neste ecossistema espécies da fauna como: Jacaré-do-Papo-Amarelo, Lontra, Mão-Pelada, Caranguejos e diversas espécies de peixes.
A Floresta de Encosta Atlântica é uma exuberante formação vegetal, densa, alta e sombreada, que se desenvolve ao longo das encostas das serras voltadas para a costa Atlântica brasileira. A Mata Atlântica é conhecida mundialmente por sua rica biodiversidade de fauna e flora e grande numero de endemismo. Como espécies nativas da fauna podemos citar o quati , o bugio-ruivo, macaco-prego, cutia, ouriço-cacheiro, porco-do-mato-queixada, porco-do-mato-cateto, puma, jaguatirica, macuco, jacutinga, saíra-sete-cores , anta, veado-mateiro, tucano-do-bico-verde. Originalmente esse ecossistema se distribuía desde o Rio Grande do Norte até o nordeste do Rio Grande do Sul quase que exclusivamente nas encostas dos morros.
Ecossistemas do Parque do Tabuleiro
A Floresta de Araucária, tecossistema do Bioma Mata Atlântica, característico da Região Sul do Brasil e de algumas áreas da Região Sudeste. Sua fisionomia natural é caracterizada pelo predomínio da Araucaria angustifolia, popularmente conhecida como Pinheiro-Brasileiro. No entanto, em seu sub-bosque existem inúmeras outras espécies vegetais, muitas das quais igualmente ameaçadas de extinção, como a Canela-Sassafrás, Canela-Preta, Imbuia e Xaxim, Canela-Amarela, Tanheiros, Canela-Burra, Erva-Mate, Peroba entre outras.Há também uma extensa lista de espécies da fauna ameaçadas pela redução de seu habitat natural. Animais como Gralha-Azul, Macuco, Inhambu, Jacutinga, Jacu, Curicaca, Araponga, Lontra, Bugio, Onça-Parda, Jaguatirica, Mão-Pelada, Quati, Veados e outros.
ambém chamada de Floresta Ombrófila Mista, é um
Os Campos de Altitude se encontram nas partes mais elevadas das serras, acima de 1000 metros, onde a altitude limita o crescimento de muitas espécies e o solo não suporta vegetação de grande porte, predominando neste ecossistema espécies herbáceas. Por estarem isolados, estes campos não mantém grande fluxo gênico, ou seja, podem apresentar endemismos (espécies que só existam neste ambiente), espécies raras e ameaçadas de extinção. É possível encontrar neste ecossistema uma variada composição de gramíneas e densos agrupamentos de fungos (Sphagnun), além de espécies arbustivas. A fauna dos Campos de Altitude é composta por Veado-Mateiro, Pica-Pau-do-Campo, Puma, Cutia, diversas aves entre outros.
Foto: Zé Paiva - Arquivo FATMA
Foto: Zé Paiva - Arquivo FATMA
Foto: Zé Paiva - Arquivo FATMA
Foto: Zé Paiva - Arquivo FATMA
Foto: www.conifers.org
fonte: http://parquedotabuleiro.blogspot.com
Em 2002, foi inaugurado em Palhoça, o Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O local possui uma trilha interpretativa de cerca de 1 km, na qual os visitantes são acompanhados por monitores ambientais, que dão informações sobre o Parque, a Mata Atlântica, a fauna e a flora desses ecossistemas, além de contarem um pouco da sua história. Desde a criação do CV, a Caipora, Co-operativa para Conservação da Natureza, esteve à frente de seu funcionamento.
O Centro de Visitantes está localizado na Baixada do Maciambu, município de Palhoça, BR 101 (km 238) - aproximadamente 40km de Florianópolis. Está aberto de quarta a domingo, das 9h às 16h e a entrada é gratuita. As visitas de grupos organizados devem ser agendadas com antecedência pelo telefone (48) 3286-2624.
Com a mesma intenção do CV, foi criado em 2008, em Imaruí, o Centro Temático das Águas (CT) e mais tarde o Centro Temático da Terra, em São Bonifácio.
O objetivo principal para criação era divulgar a importância do Parque, disseminar a educação ambiental e mostrar a relevância dos recursos hídricos, ponto forte da região de Imaruí e dos ricos solos na região de São Bonifácio.
O Parque é administrado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), órgão ligado a Secretária de Desenvolvimento Econômico e Sustentável do Estado de Santa Catarina.
Para mais informaçoes: http://www.fatma.sc.gov.br/
Flora Neves é jornalistaE-mail: [email protected]
www.ecoflora.blogspot.com
Centro de Visitantes do Parque
Terra Indígena Morro dos Cavalos
Registros Culturais
Em 2008 o Ministério da a preocupação que essas comunidades indígenas Justiça, declarou de posse têm com o meio ambiente e, que a contribuição permanente dos grupos para a preservação é um fator altamente positivo indígenas Guarani Mbyá e para o Parque.Nhandéva a Terra Indígena Morro dos Cavalos, Palhoça, com área aproximada de 2 mil hectares. Dentro dos limites do PEST pode-se observar diversos Desde 1975 estudos registros deixados por povos que, há milhares de
antropológicos de pesquisadores da Universidade anos, habitaram o litoral de Santa Catarina. São Federal de Santa Catarina apontam a existência de encontrados sítios arqueológicos como sambaquis, famílias indígenas morando na região do Morro dos cavernas, oficinas líticas e gravuras rupestres. Cavalos, inserida dentro do Parque do Tabuleiro. A p r e s e n ç a d e s t e s r e s q uícios reafirma ainda mais a E é importante salientar o conhecimento e importância da conservação desta área.
15
Não, eu não estou falando de
políticos tampouco de piratas ou
gangsteres, pois a palavra bando é
mais empregada para definir uma
quadrilha de ladrões do que para um
grupo de músicos, escoteiros ou
conservacionistas, talvez um bando
de artistas ainda vá lá.
No nosso caso trata-se de um bando de aves, que apesar da
imediata relação com a leveza e a liberdade desses seres alados
trata-se de um verdadeiro saque, uma associação para forrageio
intensivo dos recursos da mata com a segurança do bando.
Encontrei pela primeira vez com um bando desses no começo do
nosso inverno austral. Fomos à casa do avô do nosso amigo Luiz
na localidade de Vila Hoffman (município de São Pedro de
Alcântara, SC - Brasil) uma comunidade próxima a açoriana ilha
de Santa Catarina, mas de colonização germânica. Lá chegando,
um café colonial na casa da Vó, e depois o Vô de 79 anos nos
recebeu fazendo farinha e nos serviu da cachaça que fabrica ali
também num engenho do início do séc. XX, feito a mão, de
madeira com uma engenharia do séc. XIX. É bonito de ver
aquelas engrenagens funcionando à água.
O pai e o tio dele, um deles nascido na Alemanha, construíram
um açude e canalizaram na pá e na picareta, parte da água do rio
para uma roda d'água que move o engenho de farinha e cachaça
e também uma outra que traciona uma máquina artesanal de
transformar troncos em tábuas, postes e palanques de cerca .
A água move os dentes de madeira que moem a cana-de-açúcar
para fazer cachaça, ralam a mandioca para fazer farinha e
movem a pá de madeira que mexe a mandioca ralada sobre o
cobre quente e a transforma em farinha. Esta “paellera” de
cobre imensa sobre um forno torra a massa da mandioca e a
torrefação faz subir um pó, que se chama polvilho (acho que em
algumas línguas), mas que não é aproveitado, apenas tudo se
cobre de branco como se pode ver nas fotos do Rooney que
arriscou entupir sua lente de pó focando as teias cheias de
farinha. Eu me afastei um pouco do engenho aonde o Ben filmava
a roda d'água e sentei na beira do mato por onde passava o
canalzinho que ia para a roda. Esperava rever umas aves
coloridas que tinha visto de relance antes, ali próximas da água.
texto e fotos: Neno BrazilEncontro com um bando mistoEncontro com um bando misto
A massa da mandioca torrando num forno de latão. Foto Rooney Rech
O polvilho subindo. foto Rooney Rech
Polvinho sobre a telha...
O bando misto: Saíra-sete-cores Tangara seledon e fêmea do Saí.
Apesar da luz não ser muito boa (estava nublado)
preparei a câmera com a lente 400 mm, fiz uma foto
do telhado branco de farinha. Sentei numa pedrinha
atrás de uns arbustos para esperar as aves, mal me
acomodei percebi um bando chegando por entre as
árvores vindo na minha direção. Eram uns cinco ou seis
pássaros coloridos no núcleo do bando com pios e
outras aves acompanhando perifericamente o
deslocamento do grupo pelas galerias da mata. Estes
cinco ou seis pássaros, eu não os contei, pois fiquei
tão perplexo que não sabia para qual olhar, vieram
todos para o arbusto imediatamente à minha frente e
ficaram a 60 cm da ponta da minha lente (que só
começa a focar a partir de 3,50metros). Por puro
reflexo ainda tentei focar, mas baixei a câmera e
fiquei apenas olhando as Saíra-militar, Saíra-sete-
cores, Saí-azul e sua fêmea verdinha e eu acho que vi
uma Saíra-lagarta também....Todas me olhando
fixamente parecendo curiosas com a minha
estupefação e alegria frente a elas. O tempo parou
por uns segundos e de repente todas voaram como se
numa coreografia criada pelo vento por entre as
árvores da floresta.
Fiquei atônito por uns instantes e saí correndo
também para o lado do açude, atrás delas, tentando
fotografá-las. Encontrei um pequeno e irrequieto
passarinho que ficou bem no foco e foi o melhor
registro que fiz do bando misto naquele dia, era o
Pula-pula que depois, descobri em pesquisas
“googleanas”, funciona como uma espécie de
catalisador para o fenômeno do bando misto.
Existem diversos tipos de formações desses bandos
mistos, variando conforme a época do ano, ou a
presença de alguma espécie migratória, ou o tipo de
mata ou alteração no meio ambiente, ou estação
reprodutiva, mudam os pássaros associados conforme
essas variáveis. Não há consenso sobre o que move os
pássaros de espécies diferentes a cooperar formando
tais bandos.
Também não sei, mas sei que bonito de ver é.
Neno Brazil.
entre outras coisas, é passarazzi.
www.passarazzi.blogspot.com
Saíra-militar Tangara cyanocephala.
Pula-pula Balasileurus culicivorus é o centro do bando.
Saí-azul Dacnis cayana, membro do bando.
Saíra-sete-cores Tangara seledon .
Na década de setenta, Percy Ney Silva, o “Ney”, tinha uma dúvida.
Fazer um curso de regência musical no exterior ou um curso de
agronomia em Florianópolis. Optou pela “arte de plantar alimentos”,
como ele mesmo diz e juntando suas economias com o dinheiro da
venda de uma moto comprou 15 hectares de terra no Canto do
Moreira, distrito de Ratones, para onde se mudou em 79.
A primeira necessidade que sentiu foi de acumular água para gerar
um ambiente mais húmido, regar as plantas e tomar uns banhos. Na
época de aquisição das terras, a nascente que atravessa a
propriedade encontrava-se seca e desvitalizada, tendo água
acumulada apenas nos períodos de chuva. Meio que só acomodando as
pedras e acompanhado um desenho das rochas maiores que já
existiam no local, acabou surgindo uma piscina com a forma de um
coração, a forma que veio a descobrir ser usada no Flowforms.
Basicamente, Flowforms são esculturas criadas com a forma de um
coração, onde a água circula em movimentos de vórtices e meandros
formando desenhos iguais ao do símbolo do infinito. São utilizadas no
processo de depuração da água com a finalidade de aumentar as
qualidades químico-físicas e propriedades organoléticas. A circulação
impede também que a água esquente tornando-se imóvel e morta e
facilitando o desenvolvimento de bactérias. Logo a vegetação em
torno ressurgiu.
Basicamente, a intuição do Ney já estava lhe indicando o caminho a
seguir em sua vida e se ainda haviam dúvidas elas logo acabariam.
Desenvolver o aprimoramento das habilidades humanas,
associadas à recuperação e proteção dos ambientes naturais
tendo por objetivo a experimentação de sistemas sustentáveis que
permitam uma relação harmônica dos seres humanos com a natureza.
Essa é a Meta do Instituto Çarakura
Instituto ÇarakuraInstituto Çarakura
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18
Em abril de 1980, s
acordado por vizinhos no meio de uma noite chuvosa. Ouviram pelo
rádio que um avião tinha caído, batido contra o Morro da Virgínia, em
Ratones e resolveram ir até lá para ajudar. No caminho encontraram
com o senhor que era dono das terras e que conhecia as picadas, que
lhe falou que só subiria se ele fosse junto, senão ele não iria não.
Resolveram subir, de noite, com chuva e sem lanterna e encontraram
um cenário de horror: Em meio aos destroços ouvia-se gemidos de
sobreviventes, misturados com o cheiro de carne humana queimada.
Sem saber direito o que fazer, Ney reparou que um helicóptero
tentava desesperadamente encontrar um local para pouso. Ao olhar
para traz, reparou numa névoa azul clara, mostrando que havia uma
vegetação plana, um local plano alí. Correu para o local e começou a
baixar a vegetação (vassourão) com as mãos, até atingir uma área
que permitiu o pouso do helicóptero, desembarcando médicos,
socorristas e equipamentos de resgate.
Foi a primeira vez entre várias outras que a nuvem azulada lhe
apareceu, desta vez como que se fosse para confirmar o caminho que
estava seguindo: ajudar as pessoas através do manejo da Natureza.
E aí partiu para a construção da sua casa. Iniciava-se o ciclo das
construções. Com apenas a pequena experiência de participar da
construção de uma casa de pau a pique no litoral de São Paulo, aos 16
anos, Ney começou a construir sua casinha. Juntou pedras e troncos
do local e acrescentou um pouquinho de uma antiga casa em
demolição no Ratones. Apaixonando-se também pela auto-construção,
surgia o núcleo do que viria a ser o Instituto Çarakura. Aproveitando
de uma época em que materiais de antigos engenhos desativados e
materiais de demolição de grandes casas no centro de Florianópolis
eram descartados e dados de graça ( madeiras como peroba e
canela), foi expandindo a casinha.
A busca pela recuperação do espaço natural , bem como estabelecer-
se de forma integrada a natureza do lugar , fundamentaram a
decisão de Ney em fixar-se neste local, o qual habita já a mais de
30 anos.
O intenso trabalho de recuperação da mata ciliar, o trabalho contra
a caça, a inibição do uso de “coivara” ( queimada do solo) e a
edificação de sua morada natural , foram ações fundamentais nos
primeiros anos de vivência do então estudante de agronômia, junto a
floresta do Rio Ratones, bioma o qual a propriedade rural encontra-
se inserida. Após alguns anos, já eram visíveis os resultados sobre as
intervenções em prol da recuperação da área. A nascente ganhando
corpo d’água através da recuperação da mata ciliar e de pequenos
represamentos, a floresta nativa se desenvolvendo, a perseguição
aos animais já não era tão escandalosa...
Em 97 o destino uniu Andrea de Oliveira a vida de Ney. Récem
chegada de Lages para cursar Engenharia Sanitária e Ambiental na
Ufsc, Andrea procurava um local para morar na Lagoa da Conceição.
Ney, por essa época, ajudava a família no projeto de uma pousada na
Lagoa da Conceição. Já deu pra imaginar o que aconteceu.
A empatia foi recíproca e logo começaram a compartilhar os mesmos
sonhos e a mesma missão.
eis meses após chegar em Ratones, Ney foi
Em março de 2007, Ney e Andrea, juntos a mais 20 amigos,
fundam o Instituto ÇaraKura, uma ONG ambientalista, sem fins
econômicos, formada por profissionais de diversas áreas, voltada
ao desenvolvimento da Pesquisa Científica, Educação Ambiental e
Proteção de áreas Naturais, tendo o Sítio ÇaraKura como sede
administrativa e unidade experimental em tecnologias sociais. Os
projetos e práticas pedagógicas desenvolvidos pelos membros do
Instituto ÇaraKura já beneficiaram mais de cinco mil crianças e
jovens. As atividades propostas buscam desenvolver o
aprimoramento das habilidades humanas, associadas à recuperação
e proteção dos ambientes naturais; tendo por objetivo a
experimentação de sistemas sustentáveis, que permitam uma
relação harmônica dos seres humanos com a natureza, promovendo
a sensibilização e principalmente a participação ativa das crianças,
jovens e adultos em atividades éticas ligadas ao uso sustentável
dos recursos naturais. Desde 2002 desenvolvem um projeto
permanente de Educação Ambiental, baseado na visitação de
escolas públicas e particulares da cidade de Florianópolis e região
ao Sítio ÇaraKura. Caminhar na mata, tomar banho de rio, plantar,
colher, cuidar dos animais, preparar alimentos e outras tarefas
peculiares impossíveis de serem desenvolvidas na escola pela falta
de áreas naturais, ganham importância como atividade educativa.
A intenção é possibilitar um espaço onde crianças e jovens possam
vivenciar de forma lúdica e corporal, os mistérios e revelações dos
reinos da natureza e sua relação integrada aos ciclos naturais,
como Percepção Ambiental, semeando no espírito da criança o
amor e respeito por todos os seres e preparando os jovens para
uma atuação mais consciente no planeta em que vivemos. Promovem
regulamente cursos e oficinas de Bioconstrução, PDC’s
(planejamento e desenho permacultural), formação de professores
com ênfase na questão ambiental, Educação para a Cultura de Paz,
Arte Culinária, além dos projetos Trote Solidário, Unidade de
Conservação, Integração entre os Povos, Resgatando a Cultura,
Mudas Brasil e Casa Ecológica. O Instituto Çarakura conta ainda
com a parceria do Núcleo de Educação Ambiental do Centro
Técnologico da UFSC (NEAmb), Pró-Reitoria de Assuntos
Estudantis (PRAE-UFSC) e da Rede Viva da Ilha.
20
Nas fotos, Ney, a família Çarakura e Andrea
Para saber mais: www.institutocarakura.org.br
Reserva ÇaraKura
Em fase de andamento, prevê a implementação de uma
Unidade de Conservação denominada RPPN, “Reserva
Particular do Patrimônio Natural”, no Sítio ÇaraKura,
sede do Instituto ÇaraKura, com objetivo de assegurar a
perpetuidade de preservação desta porção fundamental
de ecossistema insular de Mata Atlântica.
Para realização deste projeto, o instituto conta com o
fundamental apoio do GPDA, Grupo de Pesquisa em
Direito Ambiental da Universidade Federal de Santa
Catarina, o qual vem desenvolvendo os aspectos jurídicos
e burocráticos do processo. Outro parceiro de destaque
é o NEAmb, Núcleo de Educação Ambiental do Centro
Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina,
o qual facilita o envolvimento da universidade na
formação dos grupos temáticos, bem como o apoio de
diferentes departamentos, fundamentais colaboradores
na elaboração e implementação do Plano de Manejo da
futura Reserva ÇaraKura.
Anibens
No Çarakura os bichinhos podem viver tranquilos e sem
medo de serem desejados para o almoço. Todos tem seu
nome e são tratados como da família e andam livres pelo
sítio. Além do constante trabalho de observação,
pesquisa e prática agrícola, cultivo de hortas, hortos e
pomares, constantemente são desenvolvidos na sede do
Instituto ÇaraKura oficinas que promovam hábitos
alimentares saudáveis. As oficinas são desde
vegetarianismo, alimentação sutil, crudivorismo,
alimentação vegana, alimentação macrobiótica até
panificação, confecção de geléias, queijos, massas e
outros, sendo realizadas para adultos e crianças.
A Parapente Sul começou suas atividades em 1991, Quem sabe o que diria Leonardo da Vinci quando Carlos Alberto Dal Molin Silva, o Alemão, diante desta portátil aeronave, que se pode trouxe da Espanha para Floripa o primeiro carregar nas costas, como um casulo, e sair a “brinquedo”. Professores de educação Física, passos assoviando uma canção... descontentes com a política educacional e os baixos Desmistificar é sempre algo difícil...Mas aos salários, Alemão e Márcia de Almeida viram que o poucos o céu vai sendo invadido, por esporte alem de agradável, tinha a “cara da Ilha”, e centenas de voadores com seus parapentes poderia ser também um bom negócio. Investiram em coloridos e despertando cada vez mais nos equipamentos, marketing, e desenvolveram sua habitantes terrestres o sonho de voar como própria metodologia baseada nas escolas européias, os pássaros! Toda a dedicação e muito que primam pela segurança. trabalho sério deram resultado, o Começaram com amigos que queriam aprender; reconhecimento foi surgindo naturalmente e depois começaram a surgir os amigos dos amigos... foram investindo cada vez mais na idéia! “Nossa maior batalha sempre foi para divulgar a “Hoje conseguimos ter uma boa estrutura e imagem positiva do parapente, o que era a chave do patrocínio de grandes empresas, nosso negócio. Só nós dois, Alemão e eu, voávamos acompanhando a velocidade do mercado aqui em Florianópolis, e até então não se via matérias mundial”, diz Márcia em jornais, revistas ou mesmo na tv”, conta Márcia. A Parapente Sul sem dúvida é uma das Para completar existia um forte preconceito dos maiores escolas do Brasil.próprios voadores de asa delta e outros planadores, Comerciantes, médicos, artesãos, dentistas, que consideravam a aeronave muito frágil, por ser policiais, professores, surfistas, compositores, desprovida de uma estrutura rígida. Apelidaram-no aposentados, publicitários; mais de 1200 de invertebrado! alunos; gente que percebe as armadilhas do Era realmente uma idéia bem inovadora... mundo capitalista e foge para “reencontrar o
lado lúdico da vida”!
O Vôo LivreQuem sabe o que diria Leonardo da
Vinci diante desta portátil aeronave,
que se pode carregar nas costas,
como um casulo, e sair a passos
assoviando uma canção...
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A iniciação ao parapente é realizada nas dunas da praia da Joaquina e também nas dunas da av. das Rendeiras, principais pontos turísticos de Floripa. É fato que as dunas inspiram confiança na maioria das pessoas. Com suas areias fofas, o visual do mar e da lagoa ao fundo, tudo contribui para que se fique mais à vontade em contato direto com a natureza... Parece brincadeira, dar pequenos vôos de 2, 3 ou 5 metros de altura.Enquanto perde-se o medo, são acrescentados pequenos detalhes no decorrer das aulas, assim, aprende-se procedimentos de decolagens, curvas e pousos. Então é hora de se conhecer a famosa duna Waimea, com cerca de 40 metros de desnível, para se adaptar a novas alturas e poder aumentar gradativamente o ângulo de inclinação das curvas.Paralelo as dunas são feitos também aulas em morrotes de 30m e 40m de desnível em Santo Amaro da Imperatriz, à cerca de 30 km de Floripa, para se perceber as diferenças do movimento do ar no litoral e no interior e a se adaptar a estas mudanças. Muitas aulas depois são feitos alguns vôos duplos e repassam no ar técnicas sobre aproximação e pouso e checam o nível de adrenalina. Quando se está emocionalmente maduro e com domínio prático e teórico suficientes, se está pronto para fazer o primeiro vôo solo da montanha, sempre realizados na praia Mole, eleita o local padrão de segurança para iniciantes no esporte. Devido à aproximação com o mar, o vento é constante e livre de turbulências. O pouso é na própria areia da praia, com uma excelente extensão e largura. São três vôos solos com equipamentos da escola. Se você gostou da brincadeira e quiser realmente continuar voando, é então a hora de investir em seu próprio equipamen-to! A Parapente Sul dá toda a assessoria necessária para que você saiba exatamente o que está adquirindo. Na própria empresa você irá encontrar um centro de manutenções completo, além de uma grande diversidade de equipamentos novos, usados e acessórios.
Para mais informações sobre cursos e vôos duplos ligue para 48 3232-0791 ou no site:
www.parapentesul.com.br
foto: Flávio Vidigal
foto: Carlos Fernandes
foto: Cid Junkes
23
Ao longo da história da humanidade existem inúmeros Vinte e um dias depois teve a visão e a casos sobre o poder de cura pela energia que flui pelas compreensão dos significados dos símbolos mãos, sendo os de Jesus e Buda os mais famosos. e sua utilização. Foi assim que Mikao Usui E foram justamente eles que motivaram a Mikao Usui, recebeu sua iniciação e re-descobriu o Reiki. um padre católico no Japão de 1900 a estudar e Mikao Usui inicialmente trabalhou com investigar esse grande mistério. mendigos e pedintes para que pudessem ser Certa vez, Mikao Usui foi interpelado por um reintegrados na sociedade, mas após seminarista sobre que está escrito na Bíblia que Jesus melhorarem retornavam a mendicância por curou os doentes e se ele acreditava nisso porque acharem a vida mais fácil. Percebeu então estava escrito ou se já tinha visto acontecer. Usui que não adiantava curar apenas o corpo respondeu que acreditava mas nunca tinha visto. A físico, era necessário também trabalhar partir de então, Usui dedicou-se a investigação. Viajou o caráter da pessoa passando noções de aos EUA onde fez doutorado em Escrituras Sagradas na responsabilidade e gratidão. A partir de Universidade de Chicago, estou antigas linguas para ler então Mikao Usui adotou os 5 preceitos do os textos originais, voltou ao Japão para pesquisar Reiki, princípios que deveriam ser tratados sobre o assunto no Budismo e viajou ao Tibet para como mantras e por isso sempre recitados estudar as Sutras (escrituras budistas), onde encontrou para que se possa alcançar paz e iluminação os símbolos sagrados do Reiki mas não a maneira de e resolveu que só ensinaria a quem pedisse como utilizá-los. Em 1908, Mikao Usui resolveu subir o ajuda. Mikao Usui faleceu em 9 de março de Monte Kuruma, um monte considerado sagrado no 1926, aos 62 anos de idade, deixando 16 Japão, para jejuar e meditar sobre o assunto. m e s t r e s d e R e i k i f o r m ados por ele.
Não se preocupe
Não se aborreça
Honre pais e mestres
Trabalhe honestamente
Seja gentil com todos os seres
Só por hoje:
Uma terapia baseada na cura pela energia universal, direcionada por meio das mãos, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital!
Acima, Patricia Danielli,
massoterapeuta e Mestre
em Reiki, numa aplicação
de Reiki.
Os preceitos do Reiki.Ao lado o ideograma
que simboliza a
palavra Reiki.
Rei significa as
vibrações de
harmonia da energia
vital do Universo e
Ki a energia vital
da pessoa.
ReikiReiki
24
text
os:
Rei
nal
do
Car
uso
O Reiki enquanto terapia
Bárbara Rios:Uma vida dedicada sà terapias naturais.
Bárbara saiu cedo do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Casou e veio morar em Tubarão. Encontrou-se com a mãe mais tarde em São Paulo e acabou herdando o Centro Ananda de Terapias Holísticas, onde aprendeu e ensinou Yoga, terapias corporais e terapias com plantas. No início da década de noventa veio à Floripa onde montou o Centro Holístico Luz Dourada, um dos pioneiros por aqui. Em 94 conheceu o Reiki através de um mestre argentino, com quem fez sua iniciação aos níveis I e II. Essa técnica bateu muito forte nela e não mais conseguiu parar. Como ela mesmo diz, “ a primeira coisa que o Reiki faz é trabalhar a pessoa, você não precisa fazer nada, só permitir que a energia atue sobre suas mãos, sobre seus olhos”. Em 2000 iniciou o Centro Metafísico Atman Amara, um lugar que reúne profissionais e amigos simpatizantes de terapias naturais, vivências de auto- conhecimento e práticas que nos tragam liberdade e qualidade em nossas vidas.
www.atmanamara.com.br
O Sistema de Reiki tradicional ensina que a energia
Reiki é uma energia inteligente, que sabe o que fazer,
ou seja, a energia sente a necessidade do paciente:
muda de cor, e até de intensidade e segue para o local
necessário. Também afirmam que, por outro lado, o ser
humano possui o livre arbítrio e caso o paciente não
esteja aberto ao tratamento (predisposto a enfrentar
as causas de suas emoções, vivências, pensamentos,
sentimentos, e ações) a energia não fluirá: não terá
efeito duradouro no organismo, podendo até mesmo
ser bloqueada pelo paciente. Nesse caso, o desequi-
líbrio energético persistirá, assim como a raiz do
problema íntimo.
Segundo a visão holística, as doenças são criadas
antes no mundo sutil: se manifestam nas várias
camadas da aura a terminar com a última manifestação
física que é o corpo humano (denso). O Reiki atua nas
camadas sutis da aura: age no mundo invisível, e
quando remove o padrão energético do desequilíbrio
em todas as camadas a manifestação física é a cura do
paciente. O tratamento é tradicionalmente efetuado
ao impor-se as mãos. O reikiano solicita ao paciente
para deitar. Em seguida há a imposição das mãos do
reikiano sobre o paciente. O reikiano atua como um
canal para a energia Reiki, a energia flui da palma de
suas mãos (chakra das mãos) para o corpo sutil e físico
do paciente.
Alguns pacientes relatam sentir várias sensações
subjetivas e objetivas: calor, frio, pressão, sonolência,
vibrações, etc. Os praticantes de Reiki atribuem estas
sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura
de quem a recebe. É normal no início do tratamento o
paciente sentir a reação de limpeza que consiste num
agravamento do estado negativo do paciente, que
cessa logo que o bloqueio seja totalmente retirado.
Durante esse período, variável para cada paciente,
é comum os sentimentos que estavam guardados
como rancor, raiva, sonhos, medo, ou outros serem
revividos, até afastamentos de amigos, namorados
(as) ou pessoas perniciosas que prejudicavam a vida
do paciente.
O Reiki repara necessidades energéticas: desbloqueia
nós dos canais energéticos, traz mais energia onde o
fluxo era menor ou redistribui energia presa em algum
local para o restante do corpo através do desbloqueio.
Alguns pacientes nada sentem, outros relatam sentir
muito pouca ou nenhuma alteração, mas é comum para
a maioria a sensação de relaxamento ou sono.
25fonte:wiki
Rede Viva da IlhaRede Viva da Ilha
– Para unir estas iniciativas foi criado um catálogo
de “Iniciativas Sustentáveis”. O catálogo possibilita que
os participantes estabeleçam parcerias entre eles e um
contato mais eficiente com os consumidores.
– A rede dispõe também de um site na
internet aonde os responsáveis podem cadastrar suas
iniciativas. O site funciona como um catálogo permanente
online.
– Para ser forte não basta estar junto é
necessário inter-ação e criar elos. Para facilitar a
interação, existe a rede, que é uma excelente forma dos
centros urbanos e rurais buscarem a sustentabilidade.
O projeto é promovido pelo Instituto Çarakura e se
inspira nas diretrizes da economia solidária, que promove
a solidariedade, cooperação e a autonomia. A rede é uma
nova forma de fazer economia, de despertar valores e
sentimentos internos profundos que possibilitam uma
mudança social.
A rede funciona atualmente com um grupo virtual de
emails e um grupo menor de pessoas, que auxiliam na
organização de algumas atividades e eventos da rede,
como feiras de trocas, oficinas, encontros; Aqui é onde o
céu o limite e os integrantes podem usufruir da
criatividade.
A rede não é formada por representantes de
entidades e sim por pessoas, que conscientemente buscam
formas e atitudes de manifestar um mundo melhor. A
evolução da rede é conseqüência do engajamento,
compromisso de cada integrante participante.
Mande um email para:
[email protected], cadastre-se no grupo virtual e
visite o site. Fique atento aos encontros da rede.
Unir
Divulgar
Fortalecer
Quer participar?
A Rede Viva da Ilha nasce de uma
necessidade de unir, divulgar e
fortalecer as diversas iniciativas que
tem como foco a sustentabilidade,
considerando a sua abrangência
social, cultural, ecológica e
econômica, in ic ialmente em
Florianópolis, podendo abranger
futuramente outros municípios.
Karoline L. Fendel
Bióloga e Integrante da Rede Viva da Ilha
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Mais informações:
www.redevivadailha.com
www.institutocarakura.org.br