Revista 08 - SBOT-ES - jul/ago 2010

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AO TRAUMA Um dos cursos mais importantes de tratamento cirúrgico de fraturas do mundo esteve em Vitória Carta do Presidente 2 pg. 14 Artigo SBOT-ES 18 Artigo SBOT-ES 20 Matéria Especial 5 Raio X 3 Dicas SBOT-ES 12 Entrevista 4 Revista 08 jul/ago ano 2010

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Edição número 08 da revista da SBOT-ES

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Page 1: Revista 08 - SBOT-ES - jul/ago 2010

AO TrAumA Um dos cursos mais importantes de tratamento cirúrgico de fraturas do mundo esteve em Vitória

Carta do Presidente2

pg.14

Artigo SBOT-ES18 Artigo SBOT-ES20Matéria Especial5

Raio X3Dicas SBOT-ES12

Entrevista4

revista 08jul/agoano 2010

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COMBINAÇÃO COM EXCELENTE PERFIL DE SEGURANÇA.1,2

Xao dia 2

Posologia indicada:

Artrolive é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer componentes de sua fórmula.4 É recomendável que pacientes diabéticos monitorem seus níveis sanguíneos de glicose mais frequentemente durante o tratamento com Artrolive.4

Referências Bibliográficas: 1. Rich F, Bruyere O, Ethgen O, Cucherat M, Henrotin Y, Reginster JY. Structural and symptomatic efficacy of glucosamine and chondroitin in knee osteoarthritis: a comprehensive meta-analysis . Arch Intern Me d. 163(13):1514-22, 2003. 2. HUNGEFORD DS. Treating Osteoarthritis with Chondroprotective Agents. Disponível em: <http://www.aboutjoints.com/physicianinfo/topics/osteoarthritisknee/chondro.htm>. Acesso em: 29 Out 2004. 3. SEDA H & SEDA AC. Osteoartrite. In: MOREIRA, C. & CARVALHO, M.A.P. (Eds). Reumatologia-Diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001. p. 289-307. 4. BULA DO PRODUTO. Artrolive (sulgato de glicosamina + sulfato de condroitina). MS – 1.0573.0286. 5.

Diminuição da dor1

• Ajuda na recuperação da mobilidade articular.1

glicosamina• Estimula a síntese de proteoglicanos.3

• Efeito anti-inflamatório.3

condroitina• Estimula a síntese de hialuronato e proteoglicanos.3

INFORMAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO: ARTROLIVE. sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina. MS – 1.0573.0286. INDICAÇÕES: ARTROLIVE é indicado para osteoartrite, osteoartrose ou artrose em todas as suas manifestações. CONTRA-INDICAÇÕES: ARTROLIVE É CONTRA-INDICADO EM PACIENTES QUE APRESENTEM HIPERSENSIBILIDADE A QUAISQUER DOS COMPONENTES DE SUA FÓRMULA; GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: SÃO NECESSÁRIOS O DIAGNÓSTICO PRECISO E O ACOMPANHAMENTO CUIDADOSO DE PACIENTES COM SINTOMAS INDICATIVOS DE AFECÇÃO GASTRINTESTINAL, HISTÓRIA PREGRESSA DE ÚLCERA GÁSTRICA OU INTESTINAL, DIABETES MELLITUS, OU A CONSTATAÇÃO DE DISTÚRBIOS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO OU DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA ASSIM COMO PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA DAS FUNÇÕES RENAL, HEPÁTICA OU CARDÍACA. SE OCORRER EVENTUALMENTE ULCERAÇÃO PÉPTICA OU SANGRAMENTO GASTRINTESTINAL EM PACIENTES SOB TRATAMENTO, A MEDICAÇÃO DEVERÁ SER SUSPENSA IMEDIATAMENTE. DEVIDO À INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL, ARTROLIVE NÃO ESTÁ INDICADO PARA SER UTILIZADO DURANTE A GRAVIDEZ. NÃO EXISTEM INFORMAÇÕES SOBRE A PASSAGEM DO MEDICAMENTO PARA O LEITE MATERNO SENDO DESACONSELHADO SEU USO NESSAS CONDIÇÕES E AS LACTANTES SOB TRATAMENTO NÃO DEVEM AMAMENTAR. PODE OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ SOLAR. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. FORAM RELATADOS POUCOS CASOS DE PROTEINÚRIA LEVE E AUMENTO DA CREATINO-FOSFOQUINASE (CPK) DURANTE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA, QUE VOLTARAM AOS NÍVEIS NORMAIS APÓS INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O tratamento concomitante com antiinflamatórios não-esteroidais pode incorrer no agravamento de reações adversas do sistema gastrintestinal, sendo recomendado um acompanhamento médico mais rigoroso nesses casos. Alguns autores da literatura médica descrevem que o uso de glicosamina e condroitina pode incorrer em um aumento da resistência à insulina, porém, esses estudos foram realizados com doses muito superiores às indicadas na terapêutica clínica normal e sua validade ainda é discutida por vários outros autores. Estudos recentes demonstraram que a associação condroitina e glicosamina, quando empregada em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo II, não levou a alterações no metabolismo da glicose. Os resultados destes estudos não podem ser extrapolados para pacientes com diabetes mellitus descompensado ou não-controlado. É recomendável que pacientes diabéticos monitorem seus níveis sanguíneos de glicose mais freqüentemente durante o tratamento com ARTROLIVE. O uso concomitante de ARTROLIVE com os inibidores da topoisomerase II (etoposídeo, teniposídeo e doxorrubicina) deve ser evitado, uma vez que a glicosamina induziu resistência in vitro a estes medicamentos em células humanas cancerosas de cólon e de ovário. O tratamento concomitante de ARTROLIVE com anticoagulantes como o acenocoumarol, dicumarol, heparina e varfarina, pode levar ao aumento das chances de sangramento, devido a alterações nos valores de INR (International Normalized Ratio). Há relato de um caso na literatura de potencialização do efeito da varfarina, com conseqüente aumento dos valores sanguíneos de INR. Portanto, o uso concomitante de ARTROLIVE com anticoagulantes orais deve levar em conta avaliações rigorosas do INR. Reações adversas: SISTEMA CARDIOVASCULAR: EDEMA PERIFÉRICO E TAQUICARDIA JÁ FORAM RELATADOS COM O USO DA GLICOSAMINA, PORÉM NÃO FOI ESTABELECIDA UMA RELAÇÃO CAUSAL. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: MENOS DE 1% DOS PACIENTES EM ESTUDOS CLÍNICOS APRESENTARAM CEFALÉIA, INSÔNIA E SONOLÊNCIA NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM A GLICOSAMINA. ENDÓCRINO-METABÓLICO: ESTUDOS RECENTES DEMONSTRARAM QUE A ASSOCIAÇÃO CONDROITINA E GLICOSAMINA, QUANDO EMPREGADA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II, NÃO LEVOU A ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DA GLICOSE. OS RESULTADOS DESTES ESTUDOS NÃO PODEM SER EXTRAPOLADOS PARA PACIENTES COM DIABETES MELLITUS DESCOMPENSADO OU NÃO-CONTROLADO. É RECOMENDÁVEL QUE PACIENTES DIABÉTICOS MONITOREM SEUS NÍVEIS SANGUÍNEOS DE GLICOSE MAIS FREQUENTEMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. GASTRINTESTINAL: NÁUSEA, DISPEPSIA, VÔMITO, DOR ABDOMINAL OU EPIGÁSTRICA, CONSTIPAÇÃO, DIARRÉIA, QUEIMAÇÃO E ANOREXIA TÊM SIDO RARAMENTE DESCRITOS NA LITERATURA NA VIGÊNCIA DE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PELE: ERITEMA, PRURIDO, ERUPÇÕES CUTÂNEAS E OUTRAS MANIFESTAÇÕES ALÉRGICAS DE PELE FORAM REPORTADAS EM ENSAIOS CLÍNICOS COM GLICOSAMINA. PODE OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ SOLAR. POSOLOGIA: Adultos: Recomenda-se iniciar a terapêutica com a prescrição de 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia. Como os efeitos do medicamento se iniciam em média após a terceira semana de tratamento deve-se ter em mente que a continuidade e a não-interrupção do tratamento são fundamentais para se alcançar os benefícios analgésicos e de mobilidade articular. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MB 08 SAP 4056603(A) 03/10 - MB 08 SAP 4056801(D) 03/10 Agosto/2010

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contrato de prestação de serviços para o

Estado. Ressalta-se também, neste perío-

do, a atuação do Departamento de Defe-

sa Profissional, na figura dos associados

Marcelo Soneghetti e Eduardo Pombo,

que fizeram várias visitas técnicas para a

implementação da tabela de videoartros-

copias junto aos convênios da Vale e do

Banco do Brasil.

Neste novo número da Revista SBOT-

ES, agora na versão eletrônica, trazemos a

cobertura de outra importante realização

da Sociedade neste primeiro semestre: O

Curso AO Trauma, um dos mais importan-

tes cursos sobre princípios de tratamentos

cirúrgicos de fraturas do mundo, realizado

em Vitória. Além dessa matéria, a Revista

SBOT-ES traz uma entrevista especial com

o presidente da Comissão de Defesa Pro-

fissional da SBOT, o médico Robson Aze-

vedo; e muito mais.

Finalizando, aproveito para convidar

todos os associados a participarem, no dia

do Ortopedista, 19 de setembro, de um fó-

rum de debates sobre remuneração, com

os planos de saúde e entidades médicas.

O evento - que acontecerá no Cerimonial

Oásis, em Vitória – será uma ótima opor-

tunidade de conhecer e debater os nossos

direitos.

4 Carta do Presidente

Caros associados,

Há sete meses à frente de nossa Sociedade, aproveito este espaço para fazer um

pequeno balanço das ações empreendidas até o momento. Ações que demandaram um

grande envolvimento de nossa diretoria para poder colocarmos em prática as ideias que

defendemos e que nos alçaram à direção da entidade.

Neste primeiro semestre, além de solucionarmos uma série de questões burocráticas com

relação à área administrativa - como ratificação de atas de posse das diretorias anterio-

res que nos impedia de cumprir alguns deveres legais - firmamos parcerias que possibili-

taram fomentar atividades importantes em nossa gestão, o que muito nos orgulha pela

compreensão e a ajuda dispensada por esses parceiros em tempos tão difíceis.

Sem o envolvimento dessas pessoas, não conseguiríamos realizar as duas Jornadas

programadas para este semestre, além da institucionalização de aulas quinzenais do

Curso de Reciclagem e Preparativo para o TEOT - evento coordenado com extrema com-

petência pelos membros da Comissão de Ensino e Treinamento, os especialistas Nelson

Elias e Rodrigo Rezende.

Outra atribuição de nossa Sociedade, que é lutar pela solução de problemas médicos-

profissionais, foi realizada a contento por meio de efetiva participação ao lado da Coo-

tes, da difícil negociação com o Governo do Estado que resultou na assinatura do novo

Um peqUeno balanço até então

Wallace CapuchoMTB 1934/ES

redaçã[email protected]

Editor Wallace Capucho

Repórter Yollanda Gomes

Diretor de Arte Felipe Gama

Diagramação e Arte Willi Piske JúniorMaíra Calegário

Revisão Marcos Alves

PublicidadeSBOT-ES(27) 3325-3183

Periodicidade Bimestral

Uma publicação Balaio Comunicação e Designwww.balaiodesign.com.br

Jornalista reponsável

As matérias e anúncios publi-citários, bem como todo o seu conteúdo de texto e imagens, são aqui publicadas sob direi-to de liberdade de expressão, sendo total e exclusiva res-ponsabilidade de seus autores/anunciantes. É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial desta publicação ou de qualquer um de seus componentes (texto, imagens, etc.), sem a prévia e expressa autorização da SBOT-ES.

Gestão 2010DiretoriaPresidente: Dr. Alceuleir Cardoso de SouzaPrimeiro Vice-Presidente: Dr. Adelmo Rezende F. da CostaSegundo Vice-Presidente: Dr. Marcelo Rezende da SilvaPrimeiro Secretário: Dr. Carlos Henrique O. CarvalhoSegundo Secretário: Dr. Janeilson Roberto MattosPrimeiro Tesoureiro: Dr. Rui Rocha Gusman Segundo Tesoureiro: Dra. Roberta Ramos Silveira

Conselho Fiscal Dr. Alexandre André Ciriaco Dr. Massimo Caliman Gurgel Dr. Luiz Augusto N. Maciel Dr. Jovani TorresDr. Sander Amorim DalepraniDr. Eduardo Ferri

DelegadosDr. Akel Nicolau Akel JúniorDr. Geraldo Lopes da SilveiraDr. José Lorenzo Solino

Comissão ExecutivaDr. Alceuleir Cardoso de SouzaDr. Carlos Henrique O. Carvalho

Dr. Jair Simmer FilhoDr. Nelson EliasDr. Rui Rocha Gusman

Comissão de Ensino e TreinamentoDr. Nelson EliasDr. Jorge Luiz KrigerDr. Rodrigo RezendeDr. Luiz Augusto B. Campinhos

Comissão de Ética, Defesa Profissional e Honorá-rios MédicosDr. Eduardo H. PomboDr. José Eduardo G. R. FilhoMarcelo Augusto S. PimentelMarcelo G. Martins

Comissão de Educação ContinuadaDr. Bruno Barreira CampagnoliDr. Cid Pereira Moura JúniorDr. Everaldo José MarcheziniDr. Flávio Vieira SimõesDr. Jair Simmer Filho Dr. Marcelo Nogueira Silva

Rua Abiail do Amaral Carneiro, 191, Ed. Arábica, Sala 607, Enseada do Suá. Vitória-ES. CEP 29055-220

Telefone: 3325-3183 | www.sbotes.org.br | [email protected]

Comissão de Estatuto e RegimentoDr. Alceuleir Cardoso de SouzaDr. Clark M. Yazaki

Comissão de Campanhas Públicas e Ações SociaisDr. José Fernando DuarteDr. Roberto Casoti LoraDr. Francisley Gomes BarradasDr. Antônio Carlos P. ResendeDr. Sérgio Ragi Eis

Comissão de PresidentesDr. Pedro Nelson PrettiDr. Roberto Casotti LoraDr. José Fernando DuarteDr. Eduardo Antônio B. UvoDr. Geraldo Lopes da SilveiraDr. Hélio Barroso dos ReisDr. Jorge Luiz KrigerDr. José Lorenzo SolinoDr. Akel Nicolau Akel JúniorDr. Clark M. YazakiDr. Anderson De Nadai Dr. João Carlos Medeiro Teixeira

Comissão de Publicação, Divulgação e MarketingDr. Jorge Luiz KrigerDr. Júlio Claider G. MouraDr. João Carlos Medeiros TeixeiraDr. Edmar Simões da Silva Júnior

Alceuleir Cardoso de SouzaPresidente da SBOT-ES

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Raio x

3ª Jornada

Calendário de eventos SBOT-ES

(Set/Out)Curso TEOT

21 de setembro

Tema: Radiologia do Punho, Fraturas do Carpo e

Sd Túnel do Carpo e Sd Quervain

Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória

Hora: 19h30

Curso TEOT

5 de Outubro

Tema: Fraturas do punho e Lesão Plexo Braquial

Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória

Hora: 19h30

Curso TEOT

19 de Outubro

Tema: Paralisia cerebral e Mielomeningocele

Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória

Hora: 19h30

42° CBOTA SBOT-ES firmou uma parceria com a Eté-

rea Turismo e Eventos, que elaborou um

pacote de viagem para quem se dispuser

a participar do 42° Congresso Brasileiro de

Ortopedia e Traumatologia (CBOT), que

acontecerá no mês de novembro em Brasí-

lia. O valor do pacote é de R$ 1.020,00 e o

prazo para a confirmação das reservas é até

o dia 3 de setembro. Entre no site www.ete-

rea.com.br ou mande um e-mail para even-

[email protected] para fazer a sua reserva

ou obter mais informações.

De olho na regraDesde o dia 1° de setembro tornou-se obrigatório o uso de

cadeirinhas para transporte de crianças de até sete anos e

meio em carros de passeio, de acordo com o Código de Trân-

sito Brasileiro (CTB). No entanto, o produto ainda está em

falta no mercado, mas a previsão é de que a distribuição seja

normalizada em 2011. Fique atento, pois quem descumprir a

norma será multado em R$ 191,54, além de ter sete pontos

registrados na carteira de motorista e o veículo será retido.

Defesa ProfissionalNo dia 19 de setembro, a partir das 9h, a SBOT-ES promoverá

um Fórum de debates relacionado à Defesa Profissional, ten-

do como tema principal a Remuneração da Classe Médica. Já

confirmaram presença representantes dos planos de saúde

Unimed e São Bernardo, além de entidades médicas como a

Ames, o CRM-ES e o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo.

O fórum será no cerimonial Oásis, localizado em Santa Lúcia,

Vitória. Logo após, haverá almoço de confraternização para

comemorar o Dia do Ortopedista.A 3ª Jornada realizada pela SBOT-ES, que será no

dia 16 de outubro, já tem tema definido: Trau-

mas no idoso. Na ocasião, os especialistas convi-

dados irão discutir doenças como a osteoporose

e outras fraturas mais comuns na terceira idade,

além de técnicas de tratamento e de reabilita-

ção. O evento, que está sendo coordenado pelo

membro da Comissão de Educação Continuada

da SBOT-ES, o especialista Jair Simmer Filho,

acontecerá no Auditório da Unimed Bento Fer-

reira, em Vitória.

Foram abertas as inscrições para o exame que permite a obtenção do Tí-

tulo de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT). Ortopedistas

de várias partes do Brasil interessados em participar da avaliação, que

acontecerá entre os dias 13 e 15 de janeiro de 2012, no The Royal Palm

Plaza, em Campinas, São Paulo, devem se inscrever até 30 de setembro,

diretamente no site da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo-

gia (SBOT) - www.sbot.org.br.

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10Entrevista Sbotes

rOBSON

Entrevista SBOT-ES

AZEVEDOQuestionametos sobre defesa profissional

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Entrevista Sbotes

Uma reivindicação muito recorrente

da classe médica é um Plano de Car-

reira, Cargos e Salários (PCCS), para

que o Estado valorize, assim como o

INSS, o conhecimento adquirido pela

competência, pelo interesse e pelo de-

sempenho do médico. A Defesa Profis-

sional (DP) tem discutido isso?

A maioria das prefeituras e dos estados

não valorizam o trabalho do médico. Prin-

cipalmente no interior, os contratos são fei-

tos de forma verbal, não há estabilidade e

os salários são irrisórios. Pensando nisso, a

Federação Nacional dos Médicos (Fenam),

que é a entidade nacional responsável por

essa questão, elaborou um plano de cargos

e salários que foi enviado a todas as fede-

radas para apreciação.

Porém, nós achamos que as regionais

devem encabeçar essa luta e levar essa

ideia aos sindicatos e entidades para que

eles cobrem do legislativo discussões a cer-

ca de um PCCS para a nossa categoria.

Nos últimos onze anos, as operado-

ras de saúde elevaram em 136,65%

os valores das mensalidades para os

usuários enquanto os médicos recebe-

ram, em média, 60% de reajuste nos

honorários. Qual a posição da DP com

relação a essa questão?

Estamos trabalhando junto às entida-

des médicas e a Agência Nacional de Saú-

de (ANS), para que o órgão regulamente e

passe a interferir nessa relação prestador-

plano de saúde. A agência tem que exigir

do plano de saúde, por exemplo, que se

estabeleça um contrato correto e adequa-

do, que prevê reajustes anuais, data do pa-

gamento e multas para o caso de atrasos.

Para isso, a SBOT tem uma parceria muito

forte tanto com o Conselho Federal de

Medicina (CFM) quanto com a Associação

Médica Brasileira (AMB) no sentido de par-

ticipar dessa discussão, acompanhando e

levando subsídios para que realmente con-

sigam esse feito.

A Emenda Constitucional (EC) 29,

aprovada em 2000, prevê, entre ou-

tras coisas, a aplicação de porcenta-

gem fixa na saúde, porém não é o que

vem acontecendo. A regulamentação

da EC, em tramitação no legislativo,

pode impedir que os recursos aplica-

dos na saúde não sofram “desvio de

finalidade”?

Sem dúvida. A SBOT espera que essa

regulamentação seja aprovada ainda este

ano porque somente assim vamos ter a

garantia de que o Governo Federal, os

Assuntos relacionados à Defesa Profissional Médica -

como os planos de cargos e salários, honorários e con-

tratos com as prestadoras - estão sempre em pauta nas

reuniões dos profissionais de medicina, que anseiam

pelo reconhecimento de sua importância social e seu

espaço profissional. Pensando nisso, a SBOT pretende

realizar, no Dia do Ortopedista, 19 de setembro, o 1°

Fórum Nacional de Defesa Profissional da Sociedade

Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, cujo objetivo

é de resgatar a força da especialidade e garantir me-

lhores condições de trabalho que, segundo o presiden-

te da comissão de defesa profissional da SBOT, Robson

Azevedo, só será alcançada por meio de união da classe.

Enquanto o Fórum não acontece, Robson, que é pro-

fessor da PUC de Goiás; membro do Conselho Regional

de Medicina de Goiás (CRM-GO); atual diretor-técnico

do Hospital Geral de Goiânia; e preceptor da Residên-

cia Médica do Hospital Ortopédico de Goiânia, fez

uma pausa em sua vida atribulada e concedeu uma

entrevista para o informativo SBOT-ES. Nela, ele escla-

receu algumas dúvidas de especialistas capixabas so-

bre questões relacionadas à Defesa Profissional (DP).

Entrevista SBOT-ES 7

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10Entrevista SBOT-ES8

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a CBHPM, ou sua nomenclatura ou sua co-

dificação, para falarmos uma linguagem

só. Isso será um avanço muito grande, pois

muniria o governo de estatísticas reais.

E sobre a segurança nos pronto-socor-

ros? Há discussão a esse respeito?

A falta de segurança em nossa profis-

são é um problema sério. Há muitos casos

de assalto, roubo e sequestro de médicos,

muitas vezes dentro dos consultórios, em

várias partes do País. Primeiramente, todo

o servidor público é resguardado por lei

contra agressões, verbal ou física, em seu

local de trabalho, seja ele um porteiro, um

segurança, um médico ou um enfermeiro.

É obrigação da direção das unidades médi-

cas implementar ações de segurança como

o controle de acesso à área do consultório,

ao ambulatório, ao pronto-socorro, câme-

ras, porteiros etc.

Isso também vale para o serviço pri-

vado. Caso a direção dessas empresas

não tome nenhuma atitude com relação

à segurança do local de trabalho de nos-

sos profissionais, cabe a nós mesmos de-

nunciarmos ao CRM o diretor técnico da

unidade. O CRM vai fazer a fiscalização no

local e cobrará dos responsáveis as devidas

providências. Se o Conselho entender que

não existe condição mínima de segurança

e de trabalho para os seus associados, ele

solicita a interdição da unidade.

E o que a DP tem feito para motivar

o médico a ir atrás dos seus direitos?

Nos últimos anos, a SBOT e a comissão

da DP nacional tem focado em estimular,

valorizar e implementar ações em cada

uma de suas regionais com o objetivo de

conscientizá-las da necessidade de uma

melhor estruturação que envolve com-

preender como funcionam os contratos

e as dificuldades que os ortopedistas se

deparam no seu dia a dia. A ideia é fazer

com que eles se unam localmente e criem

forças para lutar contra as ingerências dos

planos de saúde, do SUS, dos compradores

de serviços do Estado, municípios e outros

problemas regionais. A partir daí poderí-

amos tirar soluções práticas e específicas

para cada local.

Sendo assim, no mês de setembro fa-

remos um grande Fórum Nacional em for-

ma de workshop. Serão vários encontros

regionais, mais ou menos na mesma data,

em que os colegas irão chamar as autori-

dades locais, os planos de saúde e, juntos,

analisar nossa realidade e necessidades.

No final, teremos propostas para que a

SBOT possa fazer uma cartilha de orien-

tação direcionada a todos os ortopedistas

brasileiros, mostrando como eles podem

enfrentar as suas dificuldades, principal-

mente com relação à remuneração.

Estados e os municípios irão aplicar essas

porcentagens na saúde como manda a lei.

Não vai ser possível destinar esse dinheiro

para o bolsa família, “bolsa isso” e “bol-

sa aquilo”, como alguns querem fazer. Se

a lei for respeitada, certamente o serviço

público de saúde irá melhorar muito.

A Proposta de Emenda Constitucio-

nal (PEC) 454, que tramita há algum

tempo na Câmara, propõe, entre ou-

tras coisas, a criação de uma Carreira

de Estado para o médico. Nesse caso,

quem sai ganhando além do médico?

A população. Assim como o direito a

educação, a saúde também é um bem so-

cial. Então, nós acreditamos que o médico

merece uma carreira de Estado como ou-

tros profissionais já possuem. Dessa forma,

o médico ingressaria por concurso com o

atrativo salarial de 25 mil reais, por exem-

plo, e ainda teria garantias de estabilida-

de. Essa seria uma grande oportunidade

e incentivo inclusive para interiorização

do profissional de medicina. Se a gente

conseguir a aprovação desse projeto, com

certeza poderemos oferecer um atendi-

mento de maior qualidade à população e

inaugurar uma nova fase da saúde pública

no Brasil.

Qual a possibilidade do governo uti-

lizar no SUS a codificação da CBHPM

(Classificação Brasileira Hierarquizada

de Procedimentos Médicos)?

A CBHPM é uma tabela de codificação

de todos os procedimentos que o médico

faz. Já existe um entendimento, por parte

das entidades funcionais, que o SUS deve-

ria adotá-la. Nós estamos trabalhando jun-

to a essas entidades para que o SUS adote

“Nós acreditamos que o médico merece uma carreira

de Estado como outros profissionais já possuem.”

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Entrevista SBOT-ES

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1010 Matéria Especial

rESPONSABiliDADE ciVil E PENAl DOS méDicOSEm um ambiente marcado por cobranças e pressões de caráter judicial, estar precavido e bem informado sobre suas responsabilidades civis e penais não é apenas um diferencial do médico; atualmente é uma obrigação.

Ao longo dos tempos, percebemos

que a relação médico-paciente

sofreu intensas modificações,

decorrentes, principalmente, das transfor-

mações sociais e econômicas que o mun-

do viveu. Hoje, por exemplo, é comum as

pessoas irem atrás de seus direitos, obter

compensação por prejuízos sofridos e não

se calarem perante à injustiça o que, para

elas, nada mais é do que exercer a cidada-

nia. Uma das consequências disso é o ex-

pressivo aumento das demandas judiciais,

dos mais baixos aos mais elevados valores,

que os médicos estão sendo alvos.

Infelizmente, há pessoas que se apro-

veitam dessa situação e querem discutir

toda e qualquer conduta que entenda

danosa, mesmo que isso não esteja devi-

damente comprovado. A ganância, a avi-

dez de lucros, a ânsia de tirar proveito,

assim como a secreta inclinação humana

para apontar um responsável pelos erros,

mesmo quando eles decorram de aconte-

cimentos imprevisíveis ou inevitáveis, são

fatores que contribuem para aparição des-

se mau costume que vai se enraizando na

mentalidade popular: o demandismo.

A medicina é, sem sombra de dúvidas,

uma atividade de risco pois cuida da saú-

de do ser humano. Sendo assim, o médico

deve estar preparado para responder por

suas consequências como a deformidade,

restrição da capacidade física ou mental

do paciente, ou até com a sua morte. Al-

guns desses atos constituem os tão temí-

veis erros médicos.

O sensível aumento nas demandas ju-

diciais contra os profissionais da área da

saúde como um todo, e mais especifica-

mente contra o médico que age culposa-

mente, deveria fazer com que as entida-

des passassem a tomar precauções quanto

a isso, pois no final das contas, todos saem

perdendo. Sofre o paciente, o hospital,

o plano de saúde e o médico, que pode

sair perdendo duas vezes se o hospital se

achar no direito de processá-lo pelo dano

ocorrido.

Segundo o advogado da SBOT-ES e da

Cootes, Alexandre de Lacerda Rossoni, os

médicos passam por isso pelo simples mo-

tivo de não conhecerem a lei. As dúvidas

mais comuns desses profissionais são sobre

o que caracteriza a infração civil e penal;

como se aplica a penalidade; quais são

os casos que levam a prisão; casos de sus-

pensão da atividade do médico; como se

quantifica as indenizações; ou seja, o que

é crime e o que não é.

“Seu direito termina onde começa o meu”

É preciso lembrar que o erro médico

nem sempre se traduz numa atitude cri-

minosa. Na verdade, todos pensam que

o médico é milionário e ganha dinheiro

fácil. Então, quando a denúncia aconte-

ce, ela tem que ser apurada, e o médico,

seguro de sua inocência, deve entrar com

um procedimento chamado reconvenção,

para que ele passe de acusado para acusa-

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11Matéria Especial

mudando. O médico agora sabe que vai ser

responsabilizado se algum problema resul-

tar das más condições de trabalho, e a obri-

gação legal de conceder condições dignas

de trabalho ao médico e de atendimento

à população é do Governo, de acordo com

a lei e a Constituição Federal”, explica Ale-

xandre Rossoni.

As unidades hospitalares que não pos-

suem condição técnica de trabalho já estão

sendo denunciadas. Segundo Alexandre,

à medida que os médicos oficializam es-

sas reclamações na Cooperativa ou na So-

ciedade, os hospitais são notificados e, se

preciso, o Ministério Público, que pode até

fechar a unidade.

Com base neste cenário, a proposta da

SBOT-ES é de manter essas aulas sobre as

responsabilidades civis e penais a que os

médicos estão sujeitos. As palestras estão

abertas a membros da Sociedade e da Coo-

tes, mas se algum médico de fora quiser

participar, explica Alexandre, ele pode as-

sistir sem nenhum problema. O importante

é conscientizar o médico da responsabilida-

de que ele pode estar sujeito se cometer

algo ilegal e, também, dos seus direitos

para reivindicar, inclusive, melhores condi-

ções de trabalho.

Termo de consentimentoOutra medida que o advogado da Coo-

tes pensa ser cabível, é um termo de con-

sentimento que deveria ser assinado pelo

médico e pelo paciente. “O ato cirúrgico

é fator de preocupação para todos, tanto

para o paciente quanto para o médico. A

cirurgia, por mais simples que possa ser,

contém riscos previsíveis e imprevisíveis”,

explica. Por isso Alexandre defende que o

paciente, por meio de uma relação contra-

tual, teria que estar ciente de todo proce-

dimento operatório. Dessa forma, o cirur-

gião faria a avaliação dos riscos antes de

qualquer intervenção cirúrgica, informan-

do o paciente sobre o grau de complexi-

dade do procedimento, deixando tudo

documentado em um “termo de consenti-

mento” ou contrato, por exemplo.

Dessa forma, explica Rossoni, o pacien-

te optaria de forma consciente pela cirur-

gia, livre de ilusões e com conhecimento

da natureza e dos riscos dos serviços que

lhe foram ofertados. Isso minimizaria,

certamente, a possibilidade de contendas

posteriores, salvo, é claro, ocorrência de

ato doloso do profissional. Lembrando

que os direitos do paciente são resguar-

dados pela Constituição Federal, Código

Civil, Código de Defesa do Consumidor,

Código Penal e Código de Processo Penal.

Perguntado sobre a possibilidade da

criação desse termo, o vice-presidente do

CRM-ES, Oswaldo Luiz Pavan Júnior, disse

que o Conselho está aberto a discussões

com as entidades médicas para levar esse

assunto adiante.

Cobrar do Estado condições de traba-

lho e, por consequência lógica, propiciar à

população melhor atendimento. Tudo na

verdade é uma grande cadeia: se o médico

não tem condições de fazer corretamente

o seu trabalho, a população fica insatisfei-

ta e muitas vezes o médico é que sai pena-

lizado. “Denunciar condições de trabalhos

impróprias quando elas existirem. Essa é a

mentalidade que a SBOT-ES e Cootes que-

rem que seus associados tenham, porque

se eles não agirem dessa forma, muitos

processos poderão ser revertido contra

eles”, diz Rossoni

A SBOT-ES e o advogado da Sociedade,

Alexandre Rossoni, disponibilizaram seus

telefones e e-mails para quaisquer dúvidas

eventuais ou para marcar aulas em grupo

sobre o assunto.

Alexandre Rossoni

(27) 9943-1265

[email protected]

SBOT-ES

(27) 3325-3183

[email protected]

dor, explica o advogado da Cootes.

“Na prática não vejo isso ocorrer e acho

que isso acontece porque os médicos são

e estão completamente desamparados e

vulneráveis. Por não saber de seus direitos,

acham que serão presos, que pagarão inde-

nizações milionárias e serão cassados, e te-

merários, querem se livrar do problema pa-

gando a indenização mesmo sem apuração

fática e julgamento final. O ideal seria que

as entidades patrocinassem esses direitos e

advertências para eles porque esse deman-

dismo é uma industria que cresce cada vez

mais”, adverte Alexandre.

Para elucidar e prevenir os seus profis-

sionais das suas responsabilidades civis e

penais, a SBOT-ES e a Cootes vêm promo-

vendo aulas sobre a responsabilidade civil e

criminal dos médicos. Para Alceuleir, “esse

problema que afeta muitos médicos só será

resolvido no momento em que eles tiverem

consciência, e essa consciência só vem com

informação, pois muitos não sabem, por

exemplo, o que é crime e o que não é”. O

presidente da SBOT-ES conta que, após os

colóquios, muitos médicos têm ligado para

a Sociedade fazendo reclamações das uni-

dades em que trabalham.

“É muito comum um médico ir para

um hospital público que não tem condi-

ções nenhuma de trabalho e se virar como

pode, só que, agora, essa mentalidade está

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1012 Dicas SBOT-ES

É muito comum em certas épocas do

ano, como no verão, algumas pes-

soas procurarem academia somen-

te com a intenção de melhorar o visual. A

maioria leva uma vida sedentária e que-

rem ganhar em dois meses a quantidade

de massa muscular que só ganhariam com,

no mínimo, um semestre de musculação.

As conseqüências não são nada boas para

a saúde desses praticantes.

Segundo o especialista em ortopedia

e traumas do esporte, Geraldo Lopes da

Silveira, exercícios musculares intensos po-

dem até causar hipertrofia com rapidez,

porém, além de ser uma hipertrofia fragi-

lizada, traz uma série de malefícios como a

perda rápida da musculatura, após cessar

as atividades, e principalmente lesões.

Os danos mais comuns relatados pelos

ortopedistas são extensão de panturrilha,

dor no joelho, dor na coluna lombar, cer-

vical e dores articulares. “O paciente che-

ga aqui com dor articular, examino e não

acho nada. Enquanto vamos conversando,

descubro que ele está fazendo exercício

em excesso e quando eu recomendo a di-

minuição da carga de exercício, ou suspen-

são total deles, a dor desaparece”, conta

Geraldo.

Para Geraldo, o excesso de carga, mui-

tas vezes, é por negligência dos instruto-

res. O Personal Fitness e professor de Edu-

cação Física, Cláudio Silva, concorda em

parte. “O profissional de educação física

precisa analisar bem a estrutura de cada

aluno, como a resistência e seu histórico,

para não prescrever exercícios que possam

prejudicá-lo. Mas, mesmo que o professor

faça a orientação corretamente, o aluno é

dono do seu juízo. Às vezes, mesmo sen-

do corrigido, ele adquire lesões por usar

lESÕESGErADAS Em AcADEmiA:É melhor prevenir do que remediar

os aparelhos de forma incorreta e também

por excesso de carga para obter resultados

mais rápidos”, explica.

O personal defende que o correto é

o aluno, seja qual for sua idade, procurar

um médico antes de se matricular em uma

academia. Ele irá medir o grau de aptidão

física do indivíduo, fazer uma bateria de

exames e depois prescrever o tipo de exer-

cício adequado para ocasião, mesmo que

o objetivo da pessoa seja somente chegar

em boa forma ao verão.

Geraldo também defende a necessida-

de de um profissional para instruir o alu-

no. Se ainda assim o aluno insistir em exce-

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13Dicas SBOT-ES

der a carga, o instrutor deve registrar essa

conduta errônea em seu acompanhamen-

to, para se isentar de qualquer responsabi-

lidade. “Há casos de indivíduos que inclusi-

ve morrem após sofrer parada cardíaca, no

momento em que estavam se exercitando

em academias”, relata o médico.

O número de pessoas que estão se pre-

ocupando mais com a saúde e procurando

exercícios para obter uma melhor condição

física é cada vez maior. Para quem não gos-

ta de frequentar academias, há outras op-

ções como as caminhadas, hidroginástica,

subir e descer mais escadas, andar de bici-

cleta, dançar ou simplesmente passear com

seu cachorro ou carrinho de bebê. “As pes-

soas não devem esperar ficar doentes para

procurar fazer atividade física, ela deve

Hidratação e dormir bem é importante não só para o atleta, mas para todos

que se preocupam com a saúde.

O alongamento é essencial após qualquer atividade. Essa atitude é pri-

mordial para evitar algumas lesões.

Primeiro você deve consultar o seu médico para saber se pode submeter-se àquela ativi-

dade física que pretende fazer. Ele saberá orientá-lo.

Para as pessoas que transpiram muito, é recomen-

dável comer uma banana ou chupar uma laranja

antes das atividades físicas, pois elas são frutas

que possuem muito potássio, um dos minerais

mais expelidos pelo suor.

Antes de qualquer exercício físico, recomenda-se fazer um aquecimento

para alertar ao cérebro que você vai iniciar uma atividade física.

Não forçe a barra. Se houver dor, é sinal de que algo está

acontecendo ou o músculo está exausto e então o exercí-

cio deve ser suspenso. A dor não deve acontecer nem na

primeira semana de musculação e nem no aumento da

carga. O processo de fortalecimento muscular é progres-

sivo e sem dor.

Respeite a série que seu médico ou instrutor prescreve,

pois se um iniciante, por exemplo, fizer um exercício

impróprio, pode acarretar em lombalgias ou dores ar-

ticulares em função de sobrecargas.

funcionar como prevenção.

Todos nós devemos incorpo-

rar esse hábito em nosso dia

a dia”, alerta Cláudio.

Movimento é vida e vida é movimento. Está mais que provado que todos nós devemos fazer uma atividade física, mas sem exageros. Confira algumas

dicas para manter ou ganhar uma boa forma sem correr riscos.

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10Matéria de Capa

AO TrAumAUm dos cursos mais importantes de tratamento cirúrgico de fraturas do mundo esteve em Vitória

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Matéria de Capa

Troca de conhecimentos, experiên-

cias e técnicas. É assim que todos

os participantes e envolvidos des-

creveram o curso AO Trauma - Princípios

do Tratamento Cirúrgico das Fraturas, que

ocorreu no início de julho, em Vitória. O

evento, ministrado pelo Cursos AO Brasil,

foi prestigiado por especialistas de Norte

a Sul do Estado e só foi possível acontecer

porque a SBOT-ES conseguiu uma data ex-

tra por meio de negociações que aconte-

ceram no ano passado. A importância do

curso é tamanha na área médica que, em-

bora o valor fosse um pouco elevado, todas

as 24 vagas oferecidas foram preenchidas

na segunda semana de inscrição, demons-

trando um grande interesse por parte dos

especialistas capixabas.

Segundo William Belangero, coordena-

dor técnico do curso, a AO é uma espécie

de escola de tratamento de fraturas que se-

gue princípios que normatizam formas de

procedimentos no mundo inteiro. Para ele,

o curso que ainda não faz parte da forma-

ção dos residentes deveria fazer, pois au-

xilia muito no atendimento dos pacientes

com fratura, trauma ou lesões tão frequen-

tes nos prontos socorros.

Concordando com Belangero, o presi-

dente da SBOT-ES, Alceuleir Cardoso, diz

que a entidade já discute a possibilidade de

propor à Cootes que os seus cooperados,

que trabalham no serviço de emergência e

não têm esse treinamento, façam este cur-

so. “Não se justifica mais termos profissio-

nais na linha de frente de nossos hospitais

sem esse tipo de treinamento. As técnicas

estão evoluindo e nós precisamos evoluir

também”, argumenta Alceuleir.

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10Matéria de Capa

Formado em 2008, o residente do Vi-

tória Apart, David Hoffmann, viu no AO

Trauma a oportunidade de aprender e

praticar em um curso de respaldo interna-

cional. Além de enfatizar os princípios da

formação AO de tratamento de fraturas,

a importância do curso está na troca de

informações com profissionais mais expe-

rientes que também participam com o ob-

jetivo de se reciclar, como Lauro Evaristo

Júnior, de Cachoeiro de Itapemirim, que

fez o curso pela segunda vez.

AcidentesA preocupação dos especialistas com

o aumento dos acidentes envolvendo mo-

tocicletas e automóveis é evidente. “Hoje,

há um grande índice de acidente auto-

mobilístico e de motos, e é cada vez mais

comum o paciente cobrar resultados, ba-

seado em como ele era antes do acidente.

Então, é preciso saber conduzir os casos

da melhor maneira possível”, declarou o

especialista Massimino Nelson Caliman, de

Vitória.

O ortopedista Wendel Menelli, que

atua em Linhares, concorda com seu co-

lega e diz que a população acaba sendo

a maior beneficiada com iniciativas como

essa da SBOT-ES, pois há uma grande ne-

cessidade de aprimoramento nas cirurgias

ortopédicas por causa desses acidentes.

O curso Foram apresentados 11 módulos com

aulas teóricas sobre técnicas de tratamen-

tos das mais variadas formas de lesões

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Matéria de Capa

O que há de novidade nos princí-

pios de tratamento que vocês estão

apresentando neste curso?

Um dos assuntos que abordaremos

é sobre cirurgias minimamente invasivas

que, de alguns anos pra cá, tem cresci-

do muito. A concepção é de realizar o

tratamento das lesões ou das fraturas

com técnicas cada vez menos agressivas

e eficientes, que favoreçam uma recu-

peração mais rápida do paciente.

A SBOT-ES está sempre realizando

campanhas de conscientização com

relação ao número de acidentes de

carros e motos, que vêm crescen-

do a cada dia. Muitos ortopedistas

também manifestaram sua preocu-

pação com esse quadro. Qual é a

sua opinião quanto a isso?

É fundamental procurarmos envol-

ver a opinião pública nesse assunto.

Você tem que criar campanhas edu-

cacionais, alertar a população do risco

que está correndo, mostrar que isso traz

um custo social não só para o individuo

como para a sociedade. A cada pessoa

que perde a vida em um acidente de

moto, quatro ou cinco outras ficam com

alguma sequela. Essas pessoas, em ge-

ral, são jovens que perdem a sua capa-

cidade produtiva, onerando a família e

a sociedade.

Como está a ortopedia e a trauma-

tologia brasileira em relação a ou-

tros países?

Estamos bem. Temos especialistas

que são expoentes não só aqui, mas

também internacionalmente. Parte des-

sa evolução é creditada à SBOT, que é

extremamente atuante e procura, a

todo o momento, proporcionar meios

de atualização para que seus associados

progridam cada vez mais.

Em sua passagem pelo Estado,

William Belangero deu uma rá-

pida entrevista para a SBOT-ES.

Nela, ele falou, entre outros as-

suntos, das novidades nos prin-

cípios de tratamento e sobre a

conscientização dos médicos e

pacientes em relação aos aci-

dentes automobilísticos.

Belangero conheceu o curso

AO quando fez um estágio fora

do Brasil, e teve a oportunida-

de de fazer seu primeiro curso

em 1979, na Suíça. Atualmente,

faz parte do conselho da AO

e também é responsável pelas

pesquisas.

como planejamento pré-operatório, dis-

cussão de casos, classificação de materiais,

entre outros. O curso também ofereceu

aulas práticas, citadas como um de seus

diferenciais pelos participantes.

É a segunda vez que o Estado sedia

um curso desse porte, que contou com a

presença de renomados professores como

Pedro Tucci (SP), Vicenzo Giordano (RJ),

Pedro Labronici (RJ), Nelson Elias (ES),

José Eduardo Grandi Ribeiro Filho (ES) e

William Dias Belangero (SP), que também

foi o coordenador técnico do curso.

A AO promove apenas dez eventos

como esse por ano, nos principais estados

do País. Além do aplicado em Vitória, a

entidade também ministra cursos sobre ci-

rurgia minimamente invasiva, cirurgias de

pé, mão, coluna e bucomaxilofacial.

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1018 Artigo Sbotes

A cirurgia de coluna vertebral ainda

vive na contramão das cirurgias

ortopédicas, isto, pelo fato de

a artrodese ainda ser a principal cirurgia

realizada na coluna vertebral. Esse méto-

do, considerado obsoleto, foi abandonado

nas demais especialidades ortopédicas que

preconizam o ganho de movimento preco-

ce e a reconstrução articular o mais preciso

possível, deixando a artrodese como últi-

ma opção no arsenal

terapêutico.

Diversos novos

procedimentos, como

os sistemas dinâmicos

de estabilização ou

substituições discais

através das artroplas-

tias vertebrais, surgi-

ram na tentativa de

substituição da discec-

tomia e da artrodese,

porém, nenhum se tornou consenso. Eles

ficaram restritos a uma pequena porção

de pacientes que completam critérios ri-

gorosos de indicação, necessitando, ainda,

de maiores e melhores estudos.

Seguindo uma tendência universal,

existe um aumento no número de cirur-

gias minimamente invasiva da coluna ver-

tebral, justificado pela menor agressão

ao sistema nervoso e ao músculo esque-

lético, propiciando um tempo reduzido

de internação, menor taxa de infecção e

o retorno precoce ao trabalho e a prática

de atividade física. Lembrando que essas

técnicas necessitam de uma curva maior

de aprendizado por parte do cirurgião,

além de melhores estruturas do centro

cirúrgico, por não serem procedimentos

isentos de complicações, devendo ser indi-

cado somente no insucesso do tratamento

conservador.

Em relação ao tratamento, a maioria

das doenças degenerativas da coluna ver-

tebral melhoram com a realização de fisio-

terapia associada à atividade física super-

visionada. Sempre que possível, devemos

esclarecer aos pacientes sobre os avanços

que estão por vir com a terapia gênica e

sobre a possibilidade de utilização de ge-

nes no tratamento das doenças degenera-

tivas da coluna vertebral.

O conceito de terapia gênica foi es-

tabelecido em 1998, como sendo “o tra-

tamento dirigido a curar uma doença

genética introduzindo genes normais em

cirurGiA DE cOluNA: Possibilidades de tratamentos e avanços

Artigo SBOT-ES

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19Artigo Sbotes

pacientes que apresentavam genes defei-

tuosos…”(Martin,EA). Recentemente, a te-

rapia gênica vem tendo papel promissor na

área de estudo dos tecidos músculo-esque-

léticos pela melhor compreensão da ação

dos fatores de crescimento, processo de

cicatrização e regeneração de tecidos tais

como o osso, a cartilagem e os ligamentos.

A forma de aplicação da terapia gêni-

ca pode ser dividida em sistêmica ou local,

sendo a forma local a mais utilizada, onde

se injeta o vetor em um tecido específico

por via direta ou indireta. Na abordagem

direta, o vetor é injetado diretamente no

tecido, e na indireta, as células-alvo são

removidas do corpo e expostas ao vetor,

escolhido in vitro, e então reinseridas no

corpo. Chamamos o método direto de te-

rapia gênica de in vivo e o indireto, ex vivo.

Para a aplicação da terapia gênica ex

vivo é necessário tecnologia mais apurada

que o método in vivo, porque as células

devem, primeiro, ser retiradas do paciente

para manipulação. Tal técnica tem a van-

tagem de selecionar células, transferir os

genes e também testá-las logo após mani-

pulação, no sentido de verificar se essas cé-

lulas expressam as proteínas que os genes

injetados em seu interior codificam.

A terapia gênica in vivo tem a vanta-

gem de ser de mais fácil implementação

do que a terapia gênica indireta e pode ser

efetivamente usada em estudos em joelho,

tornozelo, músculos esqueléticos, coluna,

osso, ligamento cruzado anterior, ligamen-

to colateral medial, menisco, assim como

tendões, ligamentos e outros.

Especificamente na coluna vertebral, o

mundo estuda a possibilidade de se aplicar

terapia gênica no tratamento das doenças

degenerativas da coluna, visando recupe-

rar a biomecânica vertebral e o equilíbrio

no plano sagital. Talvez com a conclusão

destes estudos a cirurgia de coluna verte-

bral passe a estar na mesma mão que as

cirurgias ortopédicas.

Rodrigo RezendeMestre e Doutor em Medicina

Especialista em Coluna Vertebral

Artigo SBOT-ES

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O impacto fêmoro-acetabular (IFA) é uma condição clínica

decorrente do atrito anormal entre o bordo anterior do

acetábulo e a transição da cabeça com o colo femoral,

podendo desencadear coxoartrose precoce. O conhecimento desta

patologia e o seu diagnóstico e tratamento precoces, podem mu-

dar a história de casos de coxartroses, que no passado eram consi-

derados idiopáticos.

Os pacientes geralmente tornam-se sintomáticos na segunda e

terceira décadas, com queixas de diminuição da rotação interna e

dor no quadril à flexão, adução e rotação interna. De acordo com

a localização das alterações, o impacto fêmoro-acetabular pode ser

dos tipos “pincer”, “cam” ou misto, quando presentes no acetá-

bulo, na transição da cabeça com o colo ou em ambos respectiva-

mente.

O tipo “pincer” pode ser decorrente de acetábulos profundo,

protruso ou de “os acetabular”. O tipo “cam” pode ser decorrente

de abaulamentos ósseos ântero-superior ou lateral, na transição da

cabeça com o colo femoral ou de coxa vara. A investigação diag-

nóstica deve ser iniciada com uma rotina radiológica específica,

que poderá, junto à avaliação clínica, definir a conduta terapêutica

ou ser prosseguida com Tomografia Computadorizada, Ressonân-

cia Magnética e/ou Artro-Ressonância/Artro-Tomografia.

A rotina radiológica ideal para o IFA

deve incluir as seguintes incidências: AP da

bacia com rotação interna dos membros

inferiores, falso perfil de Lequesne e perfil

de Ducrocquet. Esta rotina permite detec-

tar acetábulos profundo ou protruso, “os

acetabular”, ângulo de cobertura acetábu-

lar (n=25 a 39º), ângulo cérvico-diafisário

(n: 135 – 140º), retroversão acetabular

(“cross-over” sinal), “bump” anterior ou

lateral na transição da cabeça com o colo

femoral (deformidade em cabo de pistola)

com pequenos cistos contíguos, cisto na

parede ântero-externa do acetábulo e ho-

rizontalização da fise femoral.

A Tomografia computadorizada (TC)

com reformatações multiplanares e em

3D, permite uma reprodução anatômica

com alta definição destas alterações ósse-

as, assim como medidas de ângulos.

A Ressonância Magnética tem como vantagens em relação a

TC, melhor contraste entre as estruturas de partes moles (lábios,

cartilagens, ligamentos, tendões e músculos), visualização de ede-

ma ósseo e, com o uso de contraste venoso, detectar alterações

inflamatórias associadas.

As Artro-Ressonância e Artro-Tomografia têm maiores sensibi-

lidade para detectar alterações condrais, labiais e ligamentares, e

são indicadas nos casos de suspeita clínica não confirmada na roti-

na precedente.

imPAcTO FêmOrO

AcETABulAr (iFA):

Aspectos por imagens

Zileide Barros Torresmédica radiologista do grupo de

músculo-esquelético da clínica Multiscan

Artigo SBOT-ES

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Referências bibliográficas: 1. Circular aos Médicos (bula) de FOSAMAX D (alendronato de sódio, MSD /colecalciferol). Laboratório Merck Sharp & Dohme, São Paulo, 2010. 2. Black DM, Thompson DE, Bauer DC et al, for the FIT Research Group. Fracture risk reduction with alendronate in women with osteoporosis: the Fracture Intervention Trial. J Clin Endocrinol Metab. 2000;85(11):4118 -4124. 3. Black DM, Cummings SR, Karpf DB et al. Randomised trial of effect of alendronate on risk of fracture in women with existing vertebral fractures. Lancet. 1996;348:1535 -1541. 4. Black DM, Thompson DE. The effect of alendronate therapy on osteoporotic fracture in the vertebral fracture arm of the Fracture Intervention Trial. Int J Clin Pract Suppl. 1999;101:46 -50.

FOSAMAX D* (alendronato de sódio, MSD/colecalciferol). INDICAÇÃO: é indicado para o tratamento da osteoporose, para prevenir fraturas e para ajudar a garantir uma ingestão adequada de vitamina D em mulheres pós-menopáusicas e em homens. CONTRAINDICAÇÕES: anormalidades do esôfago que retardem o esvaziamento esofágico, tais como estenose ou acalásia; incapacidade de permanecer em pé ou na posição sentada durante, no mínimo, 30 minutos; hipersensibilidade a qualquer componente do produto; hipocalcemia. ADVERTÊNCIAS: FOSAMAX D, assim como outros produtos que contenham bisfosfonato, pode causar irritação da mucosa do trato gastrintestinal superior. Em alguns casos, essas ocorrências foram graves e requereram hospitalização. Os pacientes devem ser instruídos a descontinuar o uso de FOSAMAX D e a procurar orientação médica se apresentarem disfagia, odinofagia, dor retroesternal, pirose ou agravamento de pirose preexistente. Deve-se ter cautela ao administrar FOSAMAX D a pacientes com distúrbios ativos do trato gastrintestinal superior. Os pacientes devem ser especialmente instruídos a não tomar FOSAMAX D à noite, ao deitar, ou antes de se levantar. Os pacientes devem ser instruídos a interromper o uso de FOSAMAX D e a procurar um médico se desenvolverem sintomas de doença esofagiana (tais como dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal, pirose ou agravamento de pirose preexistente). Caso o paciente se esqueça de tomar a dose semanal de FOSAMAX D, deverá ser instruído a tomá-la na manhã do dia seguinte em que se lembrou. FOSAMAX D não é recomendado para pacientes com depuração da creatinina plasmática <35 ml/min. A hipocalcemia deve ser corrigida antes do início da terapia com FOSAMAX D. Outros distúrbios do metabolismo mineral (tais como deficiência de vitamina D) também devem ser tratados. Em pacientes nestas condições, devem ser monitorados os níveis séricos de cálcio e os sintomas de hipocalcemia durante a terapia com FOSAMAX D. A vitamina D

3 pode aumentar a magnitude da hipercalcemia e/

ou da hipercalciúria quando administrada a pacientes com doenças associadas à superprodução desregulada de calcitriol (por exemplo, leucemia, linfoma, sarcoidose). Nestes pacientes deve ser realizado monitoramento do cálcio na urina e no soro. Os pacientes com má absorção podem não absorver adequadamente a vitamina D

3. FOSAMAX D

inclui-se na categoria C de risco de gravidez e não deve ser administrado a mulheres grávidas nem a nutrizes por não ter sido estudado nesses grupos. FOSAMAX D não deve ser administrado a crianças por não ter sido estudado em grupos pediátricos. Não houve diferença nos perfis de eficácia e segurança do alendronato relacionada à idade. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: suplementos de cálcio, antiácidos e outros medicamentos podem interferir na absorção do alendronato. Deve-se esperar pelo menos meia hora após ter ingerido FOSAMAX D para tomar qualquer outra medicação por via oral. O uso combinado de TRH e FOSAMAX resultou em aumentos maiores da massa óssea e reduções maiores da reabsorção óssea do que o observado com cada terapia isoladamente. Olestra, óleos minerais, orlistate, e sequestrantes do ácido biliar (p. ex., colestiramina, colestipol) podem impedir a absorção da vitamina D. Os anticonvulsivantes, a cimetidina e as tiazidas podem aumentar o catabolismo da vitamina D. REAÇÕES ADVERSAS: em estudos clínicos, FOSAMAX foi geralmente bem tolerado. As seguintes experiências adversas foram relatadas pelos pesquisadores como possível, provável ou definitivamente relacionadas à medicação em ≥1% das pacientes tratadas com 10 mg/dia de FOSAMAX: dor abdominal, dispepsia, úlcera esofágica, disfagia, distensão abdominal, regurgitação ácida, gastrite, úlcera gástrica, náuseas, cãibras musculares, dores musculoesqueléticas; constipação, diarreia, flatulência; cefaleia. Após a comercialização, foram relatadas as seguintes reações adversas: reações de hipersensibilidade; náuseas, vômitos, esofagite, erosões e úlceras esofageanas; estenose esofageana, ulcerações orofaríngeas e úlceras gástricas e duodenais (raramente); erupções cutâneas (ocasionalmente com fotossensibilidade); uveíte (raramente). POSOLOGIA: a posologia recomendada é de um comprimido de 70 mg/2.800 UI uma vez por semana. FOSAMAX D deve ser ingerido pelo menos meia hora antes do primeiro alimento, bebida ou medicação do dia, somente com água. Outras bebidas (inclusive água mineral), alimentos e alguns medicamentos parecem poder reduzir a absorção de alendronato. FOSAMAX D deve ser tomado apenas pela manhã, ao despertar, com um copo cheio de água, e o paciente não deve se deitar por 30 minutos, no mínimo, após a ingestão, e até após a primeira refeição do dia. FOSAMAX D não deve ser ingerido à noite, ao deitar ou antes de se levantar. Caso a ingestão diária seja inadequada, os pacientes devem receber doses suplementares de cálcio e/ou vitamina D. Os médicos devem considerar a ingestão de vitamina D a partir de suplementos vitamínicos ou nutricionais. FOSAMAX D proporciona as necessidades semanais de vitamina D com base em uma dose diária de 400 UI. Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos ou para pacientes com insuficiência renal leve a moderada (depuração da creatinina plasmática de 35 a 60 ml/min). FOSAMAX D não é recomendado para pacientes com insuficiência renal mais grave (depuração da creatinina plasmática <35 ml/min). REGISTRO MS: 1.0029.0165.002-3.Dentre as informações citadas em bula, ressaltamos que este medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto, assim como a interação medicamentosa com suplementos de cálcio e óleos minerais.A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.Nota: antes de prescrever, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos (bula) completa para informações detalhadas sobre o produto.

Prevenção de fraturas no quadril e na coluna vertebral1-4

Com uma dose semanal de vitamina D1

Em um único comprimido, administrado uma vez por semana1

* Marca registrada de Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA. MC 215/10 IMPRESSO EM MAIO/2010. 04-2012-FSM-10-BR-215-J

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