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Resultados Anuais _ 2005 Facto Relevante Portugal Telecom

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Resultados Anuais _ 2005 Facto Relevante

Portugal Telecom

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Índice

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 2 / 52

01 Destaques financeiros 4 02 Destaques operacionais 7 03 Demonstração de resultados consolidados 10 04 Capex 18 05 Cash flow 19 06 Balanço consolidado 21 07 Recursos humanos 28 08 Rede fixa 29 09 Móvel Portugal 34 10 Móvel Brasil 37 11 Multimédia 39 12 Outros investimentos internacionais 42 13 Eventos do 4º trimestre e desenvolvimentos recentes 44 14 Maiores participações 46 15 Bases de apresentação 47

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Resultados Anuais_2005 Facto Relevante

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 3 / 52

Portugal Telecom, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Sede: Avenida Fontes Pereira de Melo, 40, Lisboa Capital Social: 1.128.856.500 Euros

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o nº 03602/940706 Pessoa Colectiva nº 503 215 058

Lisboa, 6 de Março de 2006 A Portugal Telecom divulgou hoje os resultados relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005. O resultado líquido ascendeu a 293 milhões de euros no quarto trimestre de 2005, equivalente a um aumento de 448,4% face a igual período do ano anterior. O EBITDA menos Capex totalizou 349 milhões de euros no quarto trimestre de 2005, um aumento de 72,4% face a igual período do ano anterior. Em 2005, os proveitos operacionais totalizaram 6.385 milhões de euros. O resultado operacional antes de amortizações (EBITDA) foi de 2.496 milhões de euros, equivalente a uma margem de 39,1%. O EBITDA menos Capex totalizou 1.552 milhões de euros. O resultado líquido do ano foi de 654 milhões de euros. A dívida líquida atingiu 3.672 milhões de euros no final de Dezembro de 2005, sendo que este valor inclui 300 milhões de euros relativos a uma contribuição extraordinária para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após a idade da reforma. O Conselho de Administração deliberou a submissão à próxima Assembleia Geral Anual de Accionistas de uma proposta de distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2005, no valor de 0,475 euros por acção, sujeita às condições de mercado e à situação financeira da empresa nessa data. O dividendo de 0,475 euros por acção, relativo ao exercício de 2005, representa um aumento de 35,7% face ao dividendo distribuído no ano anterior. Os resultados da PT foram preparados de acordo com os International Financial Reporting Standards (IFRS) desde 1 de Janeiro de 2005. A informação financeira de períodos anteriores foi reajustada de acordo com os IFRS de forma a permitir uma correcta comparação. Tabela 1 _ Destaques Financeiros Consolidados milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 1.715,4 1.557,0 10,2% 4,5% 6.385,4 5.967,4 7,0% Custos operacionais, excluindo amortizações 1.005,1 999,7 0,5% (2,7%) 3.889,8 3.604,4 7,9% EBITDA (1) 710,3 557,3 27,4% 16,8% 2.495,6 2.362,9 5,6% Resultado operacional 409,6 317,6 29,0% 19,4% 1.436,0 1.428,0 0,6% Resultado líquido 293,4 53,5 448,4% 280,7% 654,0 623,2 4,9% Capex 361,1 354,8 1,8% 68,9% 943,1 761,2 23,9% Capex em % dos proveitos operacionais (%) 21,1 22,8 (1,7pp) 8,0pp 14,8 12,8 2,0pp EBITDA menos Capex 349,1 202,5 72,4% (11,4%) 1.552,5 1.601,8 (3,1%)Dívida líquida 3.672,5 3.573,2 2,8% (6,4%) 3.672,5 3.573,2 2,8% Margem EBITDA (2) (%) 41,4 35,8 5,6pp 4,4pp 39,1 39,6 (0,5pp)Dívida líquida / EBITDA (x) 1,3 1,6 (0,3x) (0,3x) 1,5 1,5 (0,0x)EBITDA / juros líquidos (x) 10,2 9,5 0,7x 1,7x 9,7 11,5 (1,8x)(1) EBITDA = Resultado operacional + amortizações. (2) Margem EBITDA = EBITDA / proveitos operacionais.

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01 Destaques Financeiros

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 4 / 52

Os proveitos operacionais aumentaram 7,0% em 2005 face ao ano anterior para 6.385 milhões de euros, impulsionados pela Vivo e PTM. Os proveitos operacionais dos negócios em Portugal (rede fixa, TMN e PT Multimédia) diminuíram 1,7% em 2005, face ao ano anterior, com o crescimento de receitas de 30 milhões de euros na PTM a compensar o decréscimo de receitas na TMN e na rede fixa de 101 milhões de euros. As receitas de retalho em Portugal (rede fixa, TV por subscrição e banda larga) diminuíram 1,8% para 1.808 milhões de euros em 2005, com o crescimento das receitas de banda larga e de TV por subscrição a ser compensado pela diminuição das receitas de tráfego na rede fixa, as quais foram influenciadas negativamente pela redução do volume de tráfego e das tarifas de interligação. As receitas de retalho em Portugal, ajustadas pelo decréscimo das tarifas de interligação fixo-móvel, teriam diminuído apenas 0,6% em 2005. As receitas de retalho líquidas da rede fixa, ou seja, as receitas de retalho da rede fixa deduzidas dos correspondentes custos de telecomunicações, mantiveram-se estáveis em 1.147 milhões de euros em 2005, em resultado do forte crescimento do ADSL e dos novos planos de preços, o qual foi compensado pelo decréscimo das receitas de tráfego. O EBITDA foi de 2.496 milhões de euros em 2005, um aumento de 5,6%, face a 2004, e equivalente a uma margem de 39,1%, em resultado do aumento do EBITDA na rede fixa e na PTM.

O EBITDA dos negócios em Portugal aumentou 5,5% em 2005, face a 2004, devido ao crescimento na rede fixa e na PTM, que compensou a redução do EBITDA na TMN. O desempenho do EBITDA da rede fixa, para além do controlo dos custos operacionais, beneficiou também de uma redução significativa dos custos com benefícios de reforma. Os custos com benefícios de reforma são negativos em Euro 22 milhões, em resultado do reconhecimento de ganhos com serviços passados (“prior years service gains”), no montante de Euro 137 milhões, incluindo Euro 110 milhões referentes à alteração da idade da reforma em Portugal, ratificada em Dezembro de 2005. Adicionalmente, no âmbito da adopção dos IFRS e de acordo com a adenda ao IAS 19 aprovada em Novembro de 2005, a PT decidiu proceder à alteração da política contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, que passaram a ser registados directamente em Capitais Próprios. Anteriormente, os ganhos e perdas actuariais eram diferidos e amortizados em resultados, na rubrica de custos com benefícios de reforma, durante o período médio de vida laboral dos empregados no activo. Em resultado desta alteração, a rubrica de custos com benefícios de reforma, na demonstração de resultados, passou a excluir a amortização das perdas actuariais líquidas, a qual tinha sido estimada para 2005 em aproximadamente Euro 55 milhões. O resultado operacional registou uma subida de 0,6% em 2005 para 1.436 milhões de euros, equivalente a uma margem operacional de 22,5%, apesar do aumento das amortizações de imobilizado incorpóreo, resultante da alocação de goodwill nas recentes ofertas públicas de aquisição das subsidiárias da Vivo em 2004.

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01 Destaques Financeiros

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 5 / 52

O resultado líquido totalizou 654 milhões de euros em 2005, um aumento de 4,9%, face ao ano anterior, em resultado do impacto positivo de 174 milhões de euros da mais-valia obtida com a venda de uma participação na UOL, apesar do aumento dos custos com o programa de redução de efectivos para 314 milhões de euros. O investimento em imobilizado corpóreo e

incorpóreo (capex) aumentou 23,9% em 2005 para 943 milhões de euros, equivalente a 14,8% dos proveitos operacionais, em resultado do incremento dos investimentos efectuados em banda larga e 3G em Portugal, do investimento em dois transponders no negócio de TV por subscrição, e dos investimentos em 1xRTT e cobertura de CDMA na Vivo. O EBITDA menos Capex decresceu 3,1% para 1.552 milhões de euros em 2005, equivalente a 24,3% dos proveitos operacionais. Aproximadamente 95% do EBITDA menos Capex foi gerado pelos negócios em Portugal (rede fixa, TMN e PTM). O free cash flow aumentou para 1.024 milhões de euros em 2005 de 862 milhões de euros no ano anterior, principalmente em resultado do aumento dos fluxos provenientes da alienação de subsidiárias e do decréscimo da saída de fluxos relativos à aquisição de investimentos financeiros (incluindo 231 milhões de euros relativos à Vivo em 2004), que mais do que compensou a redução do free cash flow operacional. O cálculo do free cash flow está efectuado na secção 5. A dívida líquida totalizou 3.672 milhões de euros no final de 2005, um aumento de 99 milhões de euros face ao final de 2004, em resultado principalmente da contribuição extraordinária de 300 milhões de euros para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após a idade da reforma, e do

efeito de 126 milhões de euros da conversão cambial da dívida em reais. A PT emitiu 2 mil milhões de euros de Eurobonds em 2005, 1,5 mil milhões de euros em 24 de Março de 2005, com maturidades de 7 anos (mil milhões de euros) e 12 anos (500 milhões de euros), e mais 500 milhões de euros em 16 de Junho de 2005, com maturidade de 20 anos, como parte do refinanciamento do seu balanço. Em Fevereiro de 2005, a PT utilizou dois empréstimos no total de 250 milhões de euros com maturidade de 10 anos, contratados com o Banco Europeu de Investimento. Adicionalmente, a maturidade de determinadas linhas de crédito disponíveis, que totalizam 750 milhões de euros, foi prolongada por mais dois anos. O custo da dívida da PT (excluindo a dívida brasileira) foi de 4,7% e a maturidade da dívida da PT (excluindo a dívida brasileira) aumentou para 10,2 anos. Considerando a dívida brasileira, o custo da dívida consolidada da PT foi de 6,6%, e a maturidade da dívida aumentou para 9,2 anos. O défice das responsabilidades com benefícios de

reforma, a 31 de Dezembro de 2005, ascendeu a Euro 2.634 milhões, um incremento de Euro 314 milhões, em resultado essencialmente do impacto negativo de Euro 693 milhões referente à alteração de pressupostos actuariais, nomeadamente a taxa de desconto, o qual foi parcialmente compensado pela contribuição extraordinária de Euro 300 milhões para financiar as responsabilidades com benefícios de saúde após a idade da reforma. No seguimento da alteração da política contabilística de reconhecimento dos ganhos e pardas actuariais, conforme mencionado anteriormente, o balanço da PT passou a apresentar uma provisão para benefícios de reforma equivalente ao valor do défice.

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01 Destaques Financeiros

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 6 / 52

A alienação de investimentos financeiros durante o ano de 2005 gerou um encaixe de 328 milhões de euros, nomeadamente 174 milhões de euros relativos à venda da Lusomundo Serviços (a qual detém 80,91% da Lusomundo Media) à Controlinveste, 261 milhões de reais relativos à venda da PrimeSys à Embratel e 201 milhões de reais relativos à venda de 16% da UOL na OPV realizada em Dezembro. A exposição líquida ao Brasil ascendeu a 7.678 milhões de reais, ou 2.798 milhões de euros à taxa de câmbio euro/real de 31 de Dezembro de 2005. No final de 2005, os activos denominados em reais no balanço consolidado da PT representavam aproximadamente 32% do total do activo, e a proporção da PT na dívida líquida da Vivo ascendia a 609 milhões de euros. Na sequência do programa de share buyback de

10%, a PT reduziu o seu capital social de 1.166.485.050 para 1.128.856.500 euros em 21 de Dezembro de 2005. O número de acções canceladas correspondeu a 3,0% do capital social anterior ao cancelamento de 7,0% em Dezembro de 2004, completando assim o programa de share buyback de 10% anunciado em Setembro de 2003. A 6 de Março de 2005, o Conselho de Administração deliberou a submissão à Assembleia Geral Anual de Accionistas de uma proposta de distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2005, no valor de 0,475 euros por acção, sujeita às condições de mercado e à situação financeira da empresa nessa data. O dividendo de 0,475 euros por acção, relativo ao exercício de 2005, representa um aumento de 35,7% face ao dividendo distribuído no ano anterior.

A 6 de Março de 2006, a PT tinha estabelecido contratos de equity swap para adquirir acções da PT, equivalentes a 1,83% do seu capital social. A PT estabeleceu estes contratos no âmbito da execução do seu programa de share buyback, o qual se encontra suspenso em resultado do lançamento pela Sonaecom de uma oferta pública de aquisição a 6 de Fevereiro de 2006. A equipa de gestão considera que a PT deverá continuar a apresentar um perfil de crescimento atractivo para os seus negócios e nível de remuneração elevado para os seus accionistas. A estratégia da PT incluirá: a oferta de serviços triple-play de âmbito nacional em todas as redes; a introdução de ofertas de tarifários planos de voz na rede fixa e ofertas convergentes fixo-móvel, bem como a monetização do valor da sua rede, com o objectivo de criar sinergias em termos de capex e um acesso mais transparente para todos os concorrentes, em troca de um aval regulatório. Através do crescimento das receitas e da optimização dos custos e do capex, o EBITDA deverá aumentar entre 3% a 5% (CAGR) nos próximos três anos e o cash flow operacional acumulado (definido como EBITDA menos Capex) deverá ascender a 5,0-5,5 mil milhões de euros no período.

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02 Destaques Operacionais

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 7 / 52

Tabela 2 _ Indicadores de Desempenho Operacional (Key Performance Indicators – KPI)4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04

Base de clientes (mil)

Rede fixa 4.478 4.377 2,3% 0,2% 4.478 4.377 2,3% Móvel 35.117 31.596 11,1% 3,1% 35.117 31.596 11,1% TV por subscrição (1) 1.479 1.449 2,1% (0,4%) 1.479 1.449 2,1% Banda larga (ADSL retalho + cabo ) 933 687 35,9% 5,0% 933 687 35,9% Rede fixaAcessos (mil) 4.478 4.377 2,3% 0,2% 4.478 4.377 2,3%

PSTN/RDIS 3.769 3.948 (4,5%) (1,7%) 3.769 3.948 (4,5%)Pré-selecção 575 485 18,5% 3,0% 575 485 18,5%

ADSL retalho 585 382 53,4% 6,9% 585 382 53,4% ADSL wholesale 51 39 33,3% 8,3% 51 39 33,3% Lacetes locais desagregados 72 9 n.s. 67,0% 72 9 n.s.

Adições líquidas (mil) 7 65 (88,6%) (71,1%) 101 151 (33,3%)PSTN/RDIS (63) (11) n.s. 64,5% (179) (88) 102,7%

Pré-selecção 17 5 219,8% (10,0%) 90 47 93,2% ADSL retalho 38 70 (45,6%) (19,4%) 204 221 (7,8%)ADSL wholesale 4 4 (1,2%) 108,3% 13 11 13,3% Lacetes locais desagregados 29 2 n.s. 88,9% 63 7 n.s.

Planos de preços (mil) 1.795 947 89,4% 27,5% 1.795 947 89,4% Tráfego total (milhões de minutos) 3.641 3.961 (8,1%) 1,4% 14.818 16.478 (10,1%)ARPU (euros) 32,5 34,9 (6,9%) (6,6%) 33,8 34,8 (2,9%)Móvel Portugal • TMNClientes (mil) 5.312 5.053 5,1% 1,9% 5.312 5.053 5,1% Adições líquidas (mil) 97 113 (13,6%) (9,3%) 259 167 55,2% MOU (minutos) 123 120 2,3% (1,8%) 122 121 0,5% ARPU (euros) 22,2 24,4 (8,9%) (5,2%) 22,8 24,5 (6,8%)Dados em % das receitas (%) 13,6 11,3 2,3pp 1,9pp 11,8 10,0 1,9ppCCPU (2) (euros) 11,4 11,9 (4,1%) (5,5%) 11,6 11,4 1,4% ARPU menos CCPU (euros) 10,8 12,5 (13,5%) (4,8%) 11,2 13,1 (14,0%)Móvel Brasil • VivoClientes (mil) 29.805 26.543 12,3% 3,3% 29.805 26.543 12,3% Adições líquidas (mil) 964 1.898 (49,2%) 144,4% 3.262 5.887 (44,6%)MOU (minutos) 74 87 (14,3%) (2,9%) 78 89 (12,6%)ARPU (reais) 29,0 31,5 (8,0%) 2,5% 28,7 32,8 (12,6%)Dados em % das receitas (%) 6,2 4,8 1,4pp (0,0pp) 6,0 4,2 1,8ppCCPU (2) (reais) 17,4 18,6 (6,5%) 4,1% 17,3 18,5 (6,2%)ARPU menos CCPU (reais) 11,5 12,8 (10,1%) 0,2% 11,3 14,3 (20,8%)Multimédia • PT Multimedia (1)

Casas passadas (mil) 2.666 2.551 4,5% 1,5% 2.666 2.551 4,5% Com capacidades interactivas (mil) 2.547 2.418 5,3% 1,7% 2.547 2.418 5,3%

Clientes TV por subscrição (mil) 1.479 1.449 2,1% (0,4%) 1.479 1.449 2,1% Adições líquidas TV por subscrição (mil) (6) 10 n.s. n.s. 30 54 (43,8%)Acessos banda larga via cabo (mil) 348 305 14,1% 2,0% 348 305 14,1% Adições líquidas banda larga cabo (mil) 7 21 (67,9%) (24,3%) 43 75 (42,7%)ARPU total TV por subscrição (euros) 27,5 25,9 6,1% (2,9%) 27,6 25,4 8,5%

(1) Em resultado de uma limpeza da base de dados no segundo trimestre de 2005, na sequência da migração para novos sistemas de CRM, aprovisionamento e facturação, o número de clientes de TV por subscrição no final de 2T05, 1T05 e 4T04 foi, respectivamente, de 1.465 mil, 1.456 mil e 1.449 mil. O número ajustado de clientes de banda larga via cabo foi no 2T05 de 333 mil, no 1T05 de 319 mil e no 4T04 de 305 mil. (2) CCPU (cash cost per user) = custos operacionais menos provisões, amortizações e vendas de terminais por utilizador.

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02 Destaques Operacionais

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 8 / 52

Clientes

> Os acessos de rede fixa aumentaram 2,3% no

quarto trimestre de 2005 para 4.478 mil, face a igual período de 2004, em resultado do forte crescimento do ADSL e das desagregações de lacete local.

> Os clientes móveis aumentaram 1.061 mil no

quarto trimestre de 2005 para 35.117 mil. > O número total de clientes de TV por subscrição

totalizou 1.479 mil no final de 2005, representando aproximadamente 42% dos lares com televisão em Portugal.

> A PT detinha 933 mil clientes de banda larga de

retalho no final do quarto trimestre de 2005, equivalente a uma taxa de penetração de 21,8% dos acessos (PSTN/RDIS, excluindo os acessos em pré-selecção, e cabo). As adições líquidas de banda larga de retalho foram 45 mil no quarto trimestre de 2005.

Rede Fixa

> O número total de acessos aumentou 2,3% no

quarto trimestre de 2005, face ao período homólogo, para 4.478 mil, incluindo 3.769 mil acessos PSTN/RDIS, 585 mil acessos ADSL de retalho, 51 mil acessos ADSL de wholesale e 72 mil desagregações de lacete local.

> O número de planos de preços aumentou em

387 mil no quarto trimestre de 2005 para 1.795 mil. No quarto trimestre de 2005, a PT lançou novos planos de preços baseados em flat rates de tráfego ilimitado para vários períodos do dia, incluindo um pacote mensal de tráfego fixo-fixo ilimitado dentro da própria rede.

> No quarto trimestre de 2005, o tráfego total diminuiu 8,1% face a igual período do ano anterior. O tráfego de retalho decresceu 12,8%, principalmente em resultado da continuação do efeito de substituição de fixo por móvel e do aumento da concorrência, enquanto o tráfego de wholesale diminuiu 4,2% face a igual período do ano anterior, sobretudo devido ao efeito de migração de Internet de banda estreita para banda larga.

> O ARPU total diminuiu 6,9% no quarto

trimestre de 2005, face ao período homólogo, para 32,5 euros. O ARPU de assinatura e de voz decresceu 9,9% para 27,9 euros, reflectindo a diminuição das receitas de tráfego, enquanto que o ARPU de dados aumentou 16,4% para 4,6 euros, representando já 14,0% do ARPU total no quarto trimestre de 2005.

Móvel Portugal

> No quarto trimestre de 2005 foram adicionados

97 mil clientes, reflectindo o sucesso da expansão do 3G e o lançamento de uma marca de baixo custo. No final de Dezembro de 2005, a TMN detinha 5.312 mil clientes, um aumento de 5,1% face a igual período do ano anterior. Os clientes pós-pagos representaram aproximadamente 51% das adições líquidas no quarto trimestre de 2005, o que compara com 18% no terceiro trimestre de 2005.

> No quarto trimestre de 2005, as receitas de

serviços de dados representaram 13,6% das receitas de serviços, uma melhoria de 2,3pp face a igual período do ano anterior, em resultado do crescimento de 74,2% das receitas de serviços de dados que não os SMS, que já representaram 21,0% do total das receitas de serviços de dados.

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02 Destaques Operacionais

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 9 / 52

> O MOU aumentou 2,4% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, totalizando 123 minutos, em resultado de campanhas que tiveram como objectivo estimular a utilização.

> O ARPU no quarto trimestre de 2005 registou

um decréscimo de 8,7% para 22,2 euros, em resultado da descida de 10,8% do ARPM, reflectindo a redução das tarifas de interligação ao longo do ano. Excluindo o efeito da redução das tarifas de interligação, o ARPU teria decrescido 2,2% no quarto trimestre de 2005 face a igual período do ano anterior.

Móvel Brasil

> As adições líquidas totalizaram 964 mil clientes

no quarto trimestre de 2005. No final de Dezembro de 2005, a Vivo detinha 29.805 mil clientes, um aumento de 12,3% face a igual período do ano anterior. No final de Dezembro de 2005, a quota de mercado da Vivo era de 44,4% nas áreas de operação e de 34,5% em todo o Brasil.

> No quarto trimestre de 2005, as receitas de

dados representaram 6,2% das receitas de serviços, sendo já cerca de 41% geradas por receitas de serviços de dados que não os SMS.

> O MOU da Vivo diminuiu 14,3% no quarto

trimestre de 2005 para 74 minutos, em resultado da evolução negativa do tráfego de entrada, com o respectivo MOU a decrescer aproximadamente 16% face ao quarto trimestre de 2004. O MOU do segmento pós-pago aumentou 2,7% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, reflectindo o forte crescimento do tráfego originado.

> No quarto trimestre de 2005, o ARPU diminuiu 8,0%, face a igual período do ano anterior, para 29,0 reais, em resultado principalmente da redução do tráfego de entrada. O ARPU do segmento pós-pago cresceu 6,7% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, impulsionado pelo crescimento do tráfego originado.

Multimédia

> O número total de clientes de TV por subscrição

atingiu os 1.479 mil no final de 2005, com 6 mil desligamentos líquidos no quarto trimestre de 2005, reflectindo disconecções de clientes relacionadas com a limpeza da base de dados realizada no final do ano, na sequência da migração para um novo sistema, ao fim de mais de dez anos de actividade. No final de 2005, o número de clientes por cabo situou-se em 1.090 mil e por satélite em 389 mil.

> O ARPU total de TV por subscrição no quarto

trimestre de 2005 aumentou 6,1%, face a igual período do ano anterior, para 27,5 euros, em resultado de uma maior penetração da Internet de banda larga e do pacote digital.

> O número de clientes de banda larga via cabo

ascendeu a 348 mil no final de Dezembro 2005, um aumento de 14,1% face ao ano anterior, com 7 mil adições líquidas no quarto trimestre de 2005. A taxa de penetração do serviço Internet entre os clientes por cabo atingiu 32,0%, registando um aumento de 3,3pp no quarto trimestre de 2005, face ao mesmo período do ano anterior.

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 10 / 52

Tabela 3 _ Demonstração de Resultados Consolidados (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 1.715,4 1.557,0 10,2% 4,5% 6.385,4 5.967,4 7,0%Rede fixa 500,6 534,9 (6,4%) (2,8%) 2.050,4 2.144,8 (4,4%)Móvel Portugal • TMN 374,3 382,1 (2,0%) (3,1%) 1.455,4 1.462,4 (0,5%)Móvel Brasil • Vivo (1) 620,0 436,8 41,9% 19,1% 2.036,9 1.599,1 27,4% Multimédia • PT Multimedia 157,5 161,2 (2,3%) (1,7%) 627,4 597,9 4,9% Outros 62,9 42,1 49,4% 5,7% 215,2 163,2 31,9% Custos operacionais, excluindo amortizações 1.005,1 999,7 0,5% (2,7%) 3.889,8 3.604,4 7,9%Custos com pessoal 169,4 161,8 4,7% 5,3% 667,3 631,8 5,6% Custos com benefícios de reforma (PRBs) (88,6) (25,7) 244,6% n.s. (21,6) 58,8 n.s.Custos directos dos serviços prestados 233,3 217,8 7,1% 6,0% 881,2 852,0 3,4%

Custos de telecomunicações 150,3 142,2 5,7% 7,8% 561,6 553,3 1,5% Custos de programação 35,9 32,9 9,2% 2,8% 139,6 126,9 10,0% Listas telefónicas 19,9 21,4 (6,7%) (1,0%) 81,7 86,9 (6,0%)Outros 27,1 21,3 27,3% 6,5% 98,3 85,0 15,7%

Custos das mercadorias vendidas 185,1 200,8 (7,8%) 8,8% 652,3 595,8 9,5% Marketing e publicidade 62,0 45,1 37,6% 44,0% 184,4 159,8 15,4% Serviços de suporte 71,6 63,5 12,8% 18,0% 230,2 203,8 12,9% Manutenção e conservação 38,9 35,4 9,9% (3,2%) 157,2 141,7 10,9% Fornecimentos e serviços externos 212,9 179,4 18,6% 11,7% 760,4 643,5 18,2% Provisões 76,4 77,9 (1,9%) 39,0% 171,5 168,8 1,6% Impostos, excluindo impostos sobre rendimento 46,2 27,4 68,3% 6,3% 166,0 123,2 34,7% Outros custos operacionais (2,2) 16,2 n.s. n.s. 40,9 25,2 62,4% Result. operacionais antes de amort. (EBITDA) 710,3 557,3 27,4% 16,8% 2.495,6 2.362,9 5,6%Amortizações 300,6 239,7 25,4% 13,5% 1.059,6 934,9 13,3% Resultado operacional 409,6 317,6 29,0% 19,4% 1.436,0 1.428,0 0,6%Outros custos (proveitos) 83,6 210,3 (60,2%) (44,4%) 333,1 286,4 16,3%Imparidade do Goodwill 0,0 28,0 n.s. n.s. 0,0 28,0 n.s.Custos do programa de redução efectivos 76,9 118,9 (35,3%) (47,6%) 314,3 165,6 89,8% Menos (mais) valias na alienação de imobilizado 1,1 7,2 (84,8%) n.s. 1,2 9,2 (87,2%)Outros custos não recorrentes 5,6 56,2 (90,0%) 47,4% 17,7 83,6 (78,9%)Resultado antes result. financeiros e impostos 326,0 107,3 203,9% 69,2% 1.102,9 1.141,6 (3,4%)Custos (ganhos) financeiros (118,5) 102,5 n.s. n.s. 51,3 232,5 (77,9%)Juros suportados líquidos 69,6 58,6 18,6% (3,1%) 257,6 204,9 25,7% Diferenças de câmbio desfavoráveis (favoráveis) líq. 5,9 17,6 (66,5%) n.s. (41,3) 4,5 n.s.Perdas (ganhos) em activos financeiros líquidos (26,4) 20,1 n.s. n.s. 8,8 (11,6) n.s.Perdas (ganhos) em empresas associadas (188,1) (11,4) n.s. n.s. (238,2) (20,9) n.s.Outros custos financeiros 20,4 17,6 16,4% 57,9% 64,5 55,6 15,9% Resultado antes de impostos 444,5 4,8 n.s. 248,0% 1.051,6 909,1 15,7%Imposto sobre o rendimento (139,3) 79,9 n.s. 134,6% (384,3) (210,0) 83,0% Resultado das operações continuadas 305,2 84,7 260,3% n.s. 667,2 699,1 (4,6%)Resultado das operações descontinuadas (15,7) (0,1) n.s. n.s. 21,7 26,1 (16,6%)Interesses minoritários 4,0 (31,1) n.s. n.s. (35,0) (102,0) (65,7%)Resultado consolidado líquido 293,4 53,5 448,4% 280,7% 654,0 623,2 4,9%(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005.

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 11 / 52

Proveitos Operacionais Consolidados Tabela 4 _ Proveitos Operacionais Consolidados – Contribuição por Segmento de Negócio (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Rede fixa 500,6 534,9 (6,4%) (2,8%) 2.050,4 2.144,8 (4,4%)Móvel Portugal • TMN 374,3 382,1 (2,0%) (3,1%) 1.455,4 1.462,4 (0,5%)Móvel Brasil • Vivo (1) 620,0 436,8 41,9% 19,1% 2.036,9 1.599,1 27,4% Multimédia • PT Multimedia 157,5 161,2 (2,3%) (1,7%) 627,4 597,9 4,9% Outros 62,9 42,1 49,4% 5,7% 215,2 163,2 31,9% Proveitos operacionais consolidados 1.715,4 1.557,0 10,2% 4,5% 6.385,4 5.967,4 7,0%

Total receitas de retalho (Portugal) 427,7 468,3 (8,7%) (7,1%) 1.807,8 1.841,7 (1,8%)Rede fixa 314,9 344,8 (8,7%) (5,1%) 1.315,7 1.374,0 (4,2%)TV por subscrição e Internet por cabo 112,8 123,5 (8,7%) (12,3%) 492,1 467,8 5,2% Receita média por casa (ARPH) 39,1 42,8 (8,7%) (7,1%) 41,3 42,0 (1,8%)(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. Os proveitos operacionais consolidados aumentaram 7,0% em 2005, face ao ano anterior, para 6.385 milhões de euros, reflectindo uma maior contribuição da Vivo, principalmente devido à apreciação do real no período, da PTM e dos outros negócios. Considerando uma taxa de câmbio constante, os proveitos operacionais consolidados teriam aumentado 1,2% em 2005, face ao ano anterior. Em 2005, as receitas de retalho das operações em Portugal (rede fixa e TV por subscrição) decresceram 1,8%, face ao ano anterior, para 1.808 milhões de euros, com a receita média mensal por casa (ARPH) a totalizar 41,3 euros. Excluindo o efeito da queda das tarifas de interligação, as receitas de retalho das operações em Portugal teriam decrescido 0,6% em 2005 face a igual período do ano anterior. O forte crescimento dos serviços de banda larga e dos produtos de vídeo continua a alterar progressivamente a composição do ARPH. As receitas de dados e de vídeo representaram respectivamente 13,6% e 22,0% do ARPH em 2005, aumentando a sua contribuição para o ARPH em 4,8pp face a igual período do ano anterior. Na rede fixa, as receitas de retalho líquidas, calculadas como as receitas de retalho da rede fixa menos os correspondentes custos de telecomunicações, mantiveram-se estáveis em 2005, reflectindo o forte crescimento do ADSL e dos novos planos de preços, o qual foi compensado pelo decréscimo das receitas de tráfego. A contribuição dos negócios móveis para os proveitos operacionais consolidados aumentou 3,4pp para 54,7%, em 2005, apesar do impacto negativo do forte ajustamento das tarifas de interligação em Portugal. As tarifas de interligação fixo-móvel e móvel-móvel registaram uma redução média anual de 26% e 23%, respectivamente, fixando-se ambas em 0,13 euros por minuto desde Outubro de 2005. As tarifas de interligação vão continuar a cair 0,5 cêntimos em cada trimestre, até atingir os 0,11 euros em Outubro de 2006. O impacto da descida das tarifas de interligação nas receitas da TMN foi de 26 milhões de euros e 82 milhões de euros no quarto trimestre de 2005 e no total do ano, respectivamente. A Vivo representou 31,9% dos proveitos operacionais consolidados em 2005, um aumento de 5,1pp face ao ano anterior, essencialmente em resultado da apreciação do real face ao euro de 19,6% no período.

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 12 / 52

Em 2005, os proveitos operacionais dos outros negócios aumentaram 52 milhões de euros para 215 milhões de euros, em resultado do aumento dos proveitos para fora do grupo da actividade da Mobitel (call centers no Brasil), da PT Inovação (consultoria em I&D) e da PT Contact (call centers em Portugal). A apreciação do real face ao euro no período teve igualmente um impacto positivo nos proveitos operacionais da Mobitel. Considerando uma taxa de câmbio constante, os proveitos operacionais dos outros negócios teriam aumentado 25,7% em 2005, face ao ano anterior, para 204 milhões de euros. Tabela 5 _ Proveitos Operacionais Consolidados – Proveitos por Segmento de Negócio (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Rede fixa 540,0 575,1 (6,1%) (3,2%) 2.213,6 2.305,2 (4,0%)Móvel Portugal • TMN 397,5 415,2 (4,3%) (3,4%) 1.557,1 1.606,3 (3,1%)Móvel Brasil • Vivo (1) 620,0 436,8 41,9% 19,1% 2.036,9 1.599,1 27,4% Multimédia • PT Multimedia 157,8 161,6 (2,3%) (1,7%) 628,5 598,8 5,0% Outros e eliminações 0,1 (31,6) n.s. n.s. (50,6) (142,0) (64,4%)Proveitos operacionais consolidados 1.715,4 1.557,0 10,2% 4,5% 6.385,4 5.967,4 7,0%(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. A diferença na taxa de crescimento dos proveitos operacionais do segmento de negócio TMN e a contribuição desse negócio para os proveitos operacionais consolidados está relacionada com a redução das tarifas de interligação fixo-móvel ocorrida durante o período em análise. EBITDA Tabela 6 _ EBITDA por Segmento de Negócio (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 Margem 2005 2004 ∆ 05/04 MargemRede fixa 360,0 234,7 53,4% 66,7 1.129,3 969,0 16,5% 51,0Móvel Portugal • TMN 166,5 183,0 (9,0%) 41,9 673,5 746,9 (9,8%) 43,3Móvel Brasil • Vivo (1) 124,1 114,4 8,5% 20,0 507,4 499,0 1,7% 24,9Multimédia • PT Multimedia 51,5 47,1 9,4% 32,6 195,3 178,8 9,2% 31,1Outros 8,1 (21,8) n.s. n.s. (9,9) (30,8) (67,8%) n.s.EBITDA total 710,3 557,3 27,4% 41,4 2.495,6 2.362,9 5,6% 39,1Margem EBITDA (%) 41,4 35,8 5,6pp 39,1 39,6 (0,5pp)(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. O EBITDA aumentou 5,6% em 2005, face ao ano anterior, para 2.496 milhões de euros, equivalente a uma margem EBITDA de 39,1%, devido essencialmente ao acréscimo da contribuição da rede fixa e da PTM, que foi parcialmente compensado pela redução do EBITDA da TMN, em resultado da redução das tarifas de interligação e da expansão agressiva do 3G. O aumento do EBITDA da rede fixa resultou essencialmente do aumento dos ganhos com serviços passados relativos a custos com benefícios de reforma (137 milhões de euros em 2005 o que compara com 67 milhões de euros em 2004), e à reversão de uma provisão de 23 milhões de euros sobre uma conta a receber da Angola Telecom, que tinha sido totalmente provisionada em anos anteriores.

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 13 / 52

Em 2005, a contribuição do negócio de rede fixa para o EBITDA consolidado aumentou 4,2pp para 45,3%. A contribuição para o EBITDA consolidado da PTM aumentou 0,3pp para 7,8% em 2005, impulsionado pelo crescimento das receitas e pela melhoria da margem no período. A contribuição dos negócios móveis para o EBITDA consolidado decresceu 5,4pp, para 47,3% em 2005, principalmente em resultado do decréscimo no EBITDA da TMN. O impacto da descida das tarifas de interligação no EBITDA da TMN foi de 14 milhões de euros e 48 milhões de euros no quarto trimestre e no ano de 2005, respectivamente. Excluindo o impacto negativo da descida das tarifas fixo-móvel, o EBITDA da TMN teria decrescido 3,4% em 2005, em resultado do investimento realizado na expansão agressiva do 3G. A redução do EBITDA da Vivo em 2005, considerando uma taxa de câmbio constante, foi impulsionada maioritariamente pelo aumento da pressão competitiva e pelo acréscimo das provisões relativas a tráfego não atribuível a clientes. Custos Operacionais Consolidados Tabela 7 _ Custos Operacionais Consolidados (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04 % Prov.Custos com pessoal 169,4 161,8 4,7% 5,3% 667,3 631,8 5,6% 10,5Custos com benefícios de reforma (88,6) (25,7) 244,6% n.s. (21,6) 58,8 n.s. n.s.Custos directos dos serv. prestados 233,3 217,8 7,1% 6,0% 881,2 852,0 3,4% 13,8

Custos de telecomunicações 150,3 142,2 5,7% 7,8% 561,6 553,3 1,5% 8,8Custos de programação 35,9 32,9 9,2% 2,8% 139,6 126,9 10,0% 2,2Listas telefónicas 19,9 21,4 (6,7%) (1,0%) 81,7 86,9 (6,0%) 1,3Outros 27,1 21,3 27,3% 6,5% 98,3 85,0 15,7% 1,5

Custo das mercadorias vendidas 185,1 200,8 (7,8%) 8,8% 652,3 595,8 9,5% 10,2Marketing e publicidade 62,0 45,1 37,6% 44,0% 184,4 159,8 15,4% 2,9Serviços de suporte 71,6 63,5 12,8% 18,0% 230,2 203,8 12,9% 3,6Fornecimentos e serviços externos 212,9 179,4 18,6% 11,7% 760,4 643,5 18,2% 11,9Provisões 76,4 77,9 (1,9%) 39,0% 171,5 168,8 1,6% 2,7Impostos, excl. imp. s/ rendimento 46,2 27,4 68,3% 6,3% 166,0 123,2 34,7% 2,6Outros custos operacionais diversos 36,7 51,6 (28,9%) (45,5%) 198,1 166,9 18,7% 3,1Custos opercinais, excl. amortiz. 1.005,1 999,7 0,5% (2,7%) 3.889,8 3.604,4 7,9% 60,9Amortizações 300,6 239,7 25,4% 13,5% 1.059,6 934,9 13,3% 16,6Custos operacionais 1.305,8 1.239,5 5,3% 0,6% 4.949,4 4.539,4 9,0% 77,5(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. Os custos operacionais consolidados totalizaram 4.949 milhões de euros em 2005, um aumento de 9,0% face ao ano anterior, devido em parte à apreciação do real face ao euro e ao aumento da actividade comercial em todos os negócios. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos operacionais consolidados recorrentes teriam registado um aumento de 1,8% no período. Os custos com pessoal aumentaram 5,6% em 2005 para 667 milhões de euros, equivalentes a 10,5% dos proveitos operacionais consolidados. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos com o pessoal teriam registado um aumento de 1,1% no período, com o decréscimo de 3,3% registado no negócio da rede fixa a ser compensado pelo crescimento na Mobitel. Nesta operação de call centers no Brasil, os custos com

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 14 / 52

pessoal em reais aumentaram 72,9% em 2005, face ao ano anterior, devido sobretudo à incorporação adicional de 5.460 trabalhadores. Os custos com benefícios de reforma (PRBs) foram em 2005 negativos em 22 milhões de euros, decorrente do registo de ganhos com serviços passados no montante de 137 milhões de euros, em resultado: (1) da alteração da idade de reforma em Portugal (110 milhões de euros), e (2) de alterações adicionais do método de cálculo das pensões, o qual é agora baseado na média dos últimos três anos de salários, em vez do último salário (27 milhões de euros). Em 2004, registou-se igualmente um ganho com serviços passados (67 milhões de euros) relacionado com a alteração do método de cálculo das pensões, de 100% para 90% do último salário ano antes da reforma. Excluindo estes efeitos, os PRBs teriam totalizado 115 milhões de euros em 2005, face a 126 milhões de euros em 2004, em resultado de uma diminuição de 12 milhões de euros no custo financeiro das responsabilidades não financiadas, devido ao efeito combinado das contribuições efectuadas para os fundos e do aumento das responsabilidades projectadas com benefícios de reforma (PBO), resultante das reduções adicionais de efectivos. Os custos directos dos serviços prestados aumentaram 3,4% em 2005, face ao ano anterior, para 881 milhões de euros. Esta rubrica representou 13,8% dos proveitos operacionais consolidados. Em 2005, os custos de telecomunicações, a principal componente dos custos directos dos serviços prestados, aumentaram 1,5% face a 2004, para 562 milhões de euros, com o decréscimo dos volumes de tráfego na rede fixa e a redução das tarifas de interligação móvel-móvel em Portugal a serem compensados pelo acréscimo nos custos de telecomunicações da Vivo, em parte como resultado da apreciação do real face ao euro (37 milhões de euros). Em moeda local, os custos de telecomunicações da Vivo aumentaram 26,5% em resultado do aumento do volume de tráfego, principalmente relacionado com o roaming doméstico. Os custos de telecomunicações representaram 8,8% dos proveitos operacionais consolidados em 2005. Os custos de programação aumentaram 10,0% em 2005, face ao ano anterior, para 140 milhões de euros, principalmente devido ao lançamento da oferta digital no negócio de TV por subscrição com o objectivo de aumentar o ARPU através da promoção da migração do sistema analógico para digital. Os custos das mercadorias vendidas registaram um crescimento de 9,5% em 2005, face ao ano anterior, para 652 milhões de euros, em resultado do impacto da apreciação do real face ao euro (70 milhões de euros) e do aumento da actividade comercial na TMN. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos das mercadorias vendidas teriam diminuído 2,2% no período. Os custos de marketing e publicidade aumentaram 15,4% em 2005 para 184 milhões de euros, reflectindo o aumento dos custos com publicidade e com campanhas promocionais na TMN e na Vivo. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos de marketing e publicidade teriam aumentado 6,3% no período. Os custos com serviços de suporte cresceram 12,9% em 2005, para 230 milhões de euros, devido essencialmente ao aumento desta rubrica na rede fixa e na Vivo, em resultado do outsourcing de determinadas funções adicionais e do aumento de custos de call centers, relacionados com o aumento da actividade comercial. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos com serviços de suporte

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 15 / 52

teriam registado um aumento de 5,1% no período. Esta rubrica de custos representou 3,6 dos proveitos operacionais consolidados. Os custos de fornecimentos e serviços externos registaram um aumento de 18,2% em 2005 para 760 milhões de euros, principalmente em resultado do acréscimo das comissões na TMN e na Vivo, decorrente do aumento da actividade comercial. Considerando uma taxa de câmbio constante, os custos de fornecimentos e serviços externos teriam aumentado 10,8% no período. Esta rubrica representou 11,9% dos proveitos operacionais consolidados. As provisões aumentaram 1,6% em 2005, face ao ano anterior, para 171 milhões de euros. Este acréscimo deveu-se principalmente ao aumento de 93 milhões de euros da contribuição da Vivo para esta rubrica consolidada de custos, em resultado do impacto da apreciação do real face ao euro (24 milhões de euros) e do acréscimo das provisões para dívidas de cobrança duvidosa. Este aumento das provisões da Vivo foi parcialmente compensado por uma redução nas provisões da rede fixa, incluindo o recebimento de uma dívida da Angola Telecom que havia sido totalmente provisionada em anos anteriores (23 milhões de euros) e a redução de uma provisão registada em 2004 para cobrir riscos associados ao cancelamento de determinados contractos onerosos (30 milhões de euros). A redução nesta provisão resulta dos desenvolvimentos positivos nas negociações para resolução destes contratos. Em 2005, esta rubrica de custos representou 2,7% dos proveitos operacionais consolidados. Os impostos, excluindo impostos sobre o rendimento, que incluiem essencialmente impostos indirectos e custos com o espectro (TMN e Vivo), aumentaram de 123 milhões de euros em 2004 para 166 milhões de euros em 2005, dos quais 20 milhões de euros referentes à apreciação do real no período. O acréscimo nesta rubrica resultou principalmente do aumento dos custos de espectro na Vivo no montante de 35 milhões de euros (18 milhões de euros referentes à apreciação do real face ao euro), decorrente do aumento de clientes e de proveitos no período. As amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo aumentaram 13,3% em 2005, para 1.060 milhões de euros, devido ao aumento de 104 milhões de euros na contribuição da Vivo para as amortizações consolidadas. O aumento nas amortizações da Vivo ficou a dever-se essencialmente ao impacto da apreciação do real face ao euro (64 milhões de euros), bem como à alocação de goodwill, gerado nas ofertas públicas de aquisição das subsidiárias da Vivo realizadas no final de 2004, a imobilizado incorpóreo (relativo a licenças de telecomunicações pertencentes a estas empresas), o qual está a ser amortizado pelo período remanescente destas licenças. Esta rubrica de custos representou 16,6% dos proveitos operacionais consolidados. Resultado Líquido O resultado líquido situou-se em 654 milhões de euros em 2005, um acréscimo de 4,9% face a 2004, impulsionado pelo impacto positivo da mais-valia de 174 milhões de euros relativa à venda de uma participação na UOL, apesar do aumento dos custos com o programa de redução de efectivos.

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 16 / 52

Os custos com o programa de redução de efectivos situaram-se em 314 milhões de euros em 2005, em resultado da redução de 1.272 trabalhadores no negócio de rede fixa. Esta rubrica inclui o valor actual dos salários a serem pagos aos empregados em situação de pré-reforma e suspensão de contrato até à idade da reforma e o valor actual dos custos com serviços futuros dos empregados que aderiram ao programa. Os custos não recorrentes situaram-se em 18 milhões de euros em 2005, face a 84 milhões de euros em 2004. Este decréscimo ficou a dever-se essencialmente aos seguintes custos não recorrentes registados em 2004: (1) uma provisão de 26 milhões de euros no negócio da TV por Subscrição relativa ao desmantelamento da oferta analógica dos canais premium; (2) uma provisão de 12 milhões de euros para determinadas contingências na PTM, e (3) um custo de 10 milhões de euros incorrido no negócio da rede fixa relativamente a um litígio com a DECO. Os encargos financeiros líquidos situaram-se em 258 milhões de euros em 2005, face a 205 milhões de euros em 2004. Em 2005, os encargos financeiros líquidos relativos à dívida líquida da PT, excluindo o Brasil, aumentaram 30,0% para 156 milhões de euros, em resultado de: (1) um aumento da dívida líquida média no período, e (2) um acréscimo das disponibilidades, na sequência do refinanciamento em 2005, parcialmente para pagar o Eurobond de Fevereiro de 2006 (cupão anual de 5,75%). Em 2005, a contribuição da Vivo para os encargos financeiros líquidos da PT aumentou 19,8% para 102 milhões de euros, face ao ano anterior, em resultado da apreciação do real face ao euro no período e do aumento da taxa CDI. Em moeda local, os encargos financeiros da Vivo aumentaram 0,2% no período. Os encargos financeiros líquidos corresponderam a um custo médio da dívida, incluindo o Brasil, de aproximadamente 6,6% em 2005. Excluindo o Brasil, o custo médio da dívida foi de 4,7% em 2005. Os ganhos cambiais líquidos aumentaram para 41 milhões de euros em 2005, face a perdas de 4 milhões de euros em 2004, em resultado essencialmente da evolução das taxas de câmbio real/dólar e euro/dólar ao longo do período. Os ganhos registados em 2005 são maioritariamente resultado: (1) da depreciação da taxa de câmbio do dólar face ao real, o que permitiu que a Vivo registasse ganhos relativos à sua dívida denominada em dólares e sem cobertura cambial, e (2) da depreciação da taxa de câmbio do euro face ao dólar, o que gerou ganhos relativos a empréstimos intra-empresas de anos anteriores à Vivo (denominados em dólares), que foram totalmente pagos até final de 2005. As perdas líquidas em activos financeiros totalizaram 9 milhões de euros em 2005, face a ganhos líquidos de 12 milhões de euros em 2004. Esta rubrica inclui ganhos e perdas de determinados contratos derivativos, nomeadamente: (1) contratos de equity swap sobre acções da PTM (ganhos líquidos de 26 milhões de euros em 2005, face a 54 milhões de euros em 2004); (2) derivados cambiais da Vivo, que não cobrem nenhum risco específico (perdas líquidas de 50 milhões de euros em 2005, face a perdas líquidas de 34 milhões de euros em 2004), e (3) derivados cambiais da PT, que não cobrem nenhum risco específico (ganhos líquidos de 14 milhões de euros em 2005, face a perdas líquidas de 12 milhões de euros em 2004). Os ganhos relativos a empresas associadas totalizaram 238 milhões de euros em 2005, face a 21 milhões de euros em 2004. A melhoria nesta rubrica de 214 milhões de euros é explicada essencialmente: (1) a mais-

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03 Demonstração de Resultados Consolidados

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 17 / 52

valia de 174 milhões de euros relativa à reestruturação do investimento da PT na UOL e à subsequente venda de 16% da UOL, na sequência da OPV desta empresa associada da PT realizada em Dezembro de 2005 no Brasil, e (2) pelos aumentos nos resultados líquidos da Unitel (de 17 milhões de euros para 51 milhões de euros), da CTM (de 11 milhões de euros para 16 milhões de euros), e da Médi Télécom (de uma perda de 6 milhões de euros para um lucro de 3 milhões de euros). Os outros custos financeiros totalizaram 64 milhões de euros em 2005, face a 56 milhões de euros em 2004, e incluem os serviços bancários, comissões, descontos financeiros e outro custo de financiamento. O custo relativo ao imposto sobre o rendimento aumentou em 2005 para 384 milhões de euros, face a 210 milhões de euros em 2004, principalmente em resultado do reconhecimento, no exercício de 2004, de impostos diferidos activos no montante de 103 milhões de euros, relativos a prejuízos fiscais reportáveis da PTM. Ajustado este efeito extraordinário em 2004, a taxa efectiva de imposto teria aumentado de 34,4% para 36,5%, principalmente em resultado do aumento dos prejuízos de determinadas subsidiárias da Vivo no período, que não originaram o reconhecimento do correspondente imposto diferido activo. Em 2005, esta rubrica incluiu um montante não cash de 249 milhões de euros (238 milhões de euros em 2004), que correspondeu a uma redução dos impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais registados em anos anteriores. A rubrica de operações descontinuadas inclui o resultado das empresas que foram vendidas nos períodos reportados, e as mais valias líquidas obtidas com a venda desses investimentos. Na sequência do anúncio da venda da Lusomundo Serviços (negócio media da PTM) e da PrimeSys, estes negócios foram apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas de 2004 e de 2005, como operações descontinuadas, de acordo com as normas dos IFRS. Como consequência, os resultados destas empresas foram incluídos nesta rubrica até à data efectiva de venda, que no caso da Lusomundo Serviços ocorreu em 25 de Agosto de 2005 e da PrimeSys em 25 de Novembro de 2005. Em 2005, a rubrica de operações descontinuadas incluiu ainda uma mais-valia de 16 milhões de euros proveniente da venda da Lusomundo Serviços (líquida de uma provisão registada no quarto trimestre de 2005 de 19 milhões de euros relacionada com potenciais responsabilidades relativas ao fecho do negócio) e de 4 milhões de euros da venda da PrimeSys. Em 2004, a rubrica de operações descontinuadas incluiu os resultados do exercício completo de 2004 da Lusomundo Serviços e da PrimeSys, bem como os lucros da Mascom até 7 de Setembro (data efectiva de venda) e a mais-valia de 23 milhões de euros relativa à venda da Mascom. Os interesses minoritários diminuíram para 35 milhões de euros em 2005, de 102 milhões de euros em 2004, principalmente em resultado do decréscimo dos resultados atribuíveis a interesses minoritários: (1) das subsidiárias da Vivo, de lucros de 38 milhões de euros em 2004 para perdas de 11 milhões de euros em 2005, e (2) da PTM, de 52 milhões de euros em 2004 para 34 milhões de euros em 2005.

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04 Capex

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 18 / 52

Tabela 8 _ Capex por Segmento de Negócio (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04 % Prov.Rede fixa 80,4 89,5 (10,2%) 43,2% 233,1 206,8 12,7% 10,5Móvel Portugal • TMN 66,2 92,9 (28,8%) 17,5% 170,2 154,9 9,8% 10,9Móvel Brasil • Vivo (1) 149,3 103,9 43,7% 117,3% 361,0 264,1 36,7% 17,7Multimédia • PT Multimedia 44,5 39,0 14,2% 124,9% 119,9 73,2 63,8% 19,1Outros 20,7 29,5 (29,6%) 62,3% 59,0 62,2 (5,1%) n.s.Capex total 361,1 354,8 1,8% 68,9% 943,1 761,2 23,9% 14,8(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. Em 2005, o total do capex aumentou 23,9%, face a 2004, para 943 milhões de euros, devido ao aumento do capex em todos os negócios, bem como à apreciação do real face ao euro no período (60 milhões de euros). Considerando uma taxa de câmbio constante, o capex teria aumentado 16,0% no período. Em 2005, o total do capex foi equivalente a 14,8% dos proveitos operacionais. Em 2005, o capex do negócio de rede fixa ascendeu a 233 milhões de euros, um aumento de 12,7%, face a 2004, e equivalente a um rácio de capex sobre os proveitos operacionais de 10,5%. Este aumento deveu-se essencialmente ao forte investimento na expansão da banda larga, em termos de cobertura e de largura de banda, bem como a contratos de outsourcing no segmento empresarial. O capex da TMN aumentou 9,8% em 2005 para 170 milhões de euros, equivalente a 10,9% dos proveitos operacionais, principalmente em resultado da aceleração do investimento em 3G. O capex relacionado com o investimento em 3G representou 48,5% do capex de rede da TMN. A proporção da PT no capex da Vivo aumentou 36,7% para 361 milhões de euros em 2005, equivalente a 17,7% dos proveitos operacionais, principalmente em resultou da apreciação do real face ao euro no período (59 milhões de euros). O capex da Vivo em reais aumentou 14,3% face a igual período do ano anterior, como resultado do investimento: (1) no aumento da capacidade; (2) na expansão do 1xRTT e EV-DO, (3) da cobertura de CDMA nas regiões onde a CRT e a TCO operam, e (4) dos sistemas de informação, essencialmente relacionados com a facturação, apoio ao cliente e plataformas e sistemas de gestão. Em 2005, o capex da PTM aumentou 63,8% face ao ano anterior, para 120 milhões de euros, equivalente a 19,1% dos proveitos operacionais. Este aumento é maioritariamente explicado: (1) pela capitalização de 33 milhões de euros, correspondente ao valor actual de contratos de transponders adicionais, utilizados nos negócios de TV por subscrição para os seus serviços de satélite e premium, e (2) pelos investimentos realizados nos novos sistemas de informação, nomeadamente ao nível da facturação e apoio ao cliente. Em 2004, a PTM procedeu à capitalização de 19 milhões de euros relativa a transponders. Em 2005, o capex dos outros negócios cresceu 5,1% para 59 milhões de euros. Esta rubrica incluiu maioritariamente o capex relacionado com despesas em tecnologias de informação e a expansão do SAP corporativo transversal a todos os negócios da PT, tendo em vista o aumento de eficiência dos processos de back-office. Esta rubrica inclui também o capex relativo a outras operações do grupo que são consolidadas integralmente, mas que não fazem parte dos segmentos principais de negócio.

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05 Cash Flow

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 19 / 52

Tabela 9 _ EBITDA menos Capex por Segmento de Negócio (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04 % Prov.Rede fixa 279,5 145,1 92,6% 46,0% 896,1 762,3 17,6% 40,5Móvel Portugal • TMN 100,4 90,1 11,4% (13,8%) 503,3 592,0 (15,0%) 32,3Móvel Brasil • Vivo (1) (25,1) 10,5 n.s. n.s. 146,5 234,9 (37,6%) 7,2Multimédia • PT Multimedia 7,0 8,1 (13,9%) (75,1%) 75,4 105,6 (28,6%) 12,0Outros (12,6) (51,3) (75,5%) (17,7%) (68,9) (92,9) (25,9%) n.s.EBITDA menos Capex total 349,1 202,5 72,4% (11,4%) 1.552,5 1.601,8 (3,1%) 24,3(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6359 em 2004 e de 3,0406 em 2005. O EBITDA menos Capex aumentou 72,4% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior. O EBITDA menos Capex totalizou 1.552 milhões de euros em 2005, uma diminuição de 3,1% em relação ao ano anterior, em resultado do aumento do capex em todos os negócios, que compensou o acréscimo de 5,6% do EBITDA consolidado em 2005. O EBITDA menos Capex dos segmentos de negócio em Portugal (rede fixa, TMN e PTM) representou aproximadamente 95% do total do EBITDA menos Capex em 2005. Tabela 10 _ Free Cash Flow milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 2005 2004 ∆ 05/04EBITDA menos Capex 349,1 202,5 72,4% 1.552,5 1.601,8 (3,1%)Itens não monetários incluídos no EBITDA:

Custos com benefícios de reforma (88,6) (25,7) 244,6% (21,6) 58,8 n.s. Provisões e outras rubricas não monetárias (25,4) 33,6 n.s. 24,8 37,9 (34,7%)

Variação do fundo de maneio 121,4 243,7 (50,2%) (249,9) 53,7 n.s.Free cash flow operacional 356,6 454,0 (21,5%) 1.305,7 1.752,2 (25,5%)Aquisição de investimentos financeiros (1) 0,0 (237,3) (100,0%) (16,8) (332,8) (95,0%)Alienação de empresas (2) 138,4 9,5 n.s. 328,1 20,8 n.s.Juros pagos (41,7) (51,1) (18,4%) (201,6) (252,6) (20,2%)Pagamentos relativos a benefícios de reforma (3) (158,7) (79,9) 98,6% (399,8) (298,6) 33,9% Impostos sobre o rendimento pagos por subsidiárias (9,0) (20,3) (55,6%) (42,0) (66,0) (36,3%)Outros movimentos 41,1 (45,8) n.s. 50,2 38,9 28,9% Free cash flow 326,7 29,1 n.s. 1.023,7 862,0 18,8%

(1) Em 2005, esta rubrica incluiu essencialmente 9 milhões de euros relativos à liquidação do remanescente montante em dívida referente à aquisição da TCO em 2003. Em 2004, esta rubrica incluiu: (i) 16 milhões de euros relativos à aquisição de mais 17% do capital da Sport TV; (ii) 40 milhões de euros relativos a prestações acessórias concedidas à Sport TV para a aquisição dos direitos de transmissão televisiva da Liga Portuguesa de Futebol; (iii) 7 milhões de euros para a aquisição de 1,93% do capital da Media Capital; (iv) 10 milhões de euros relativos à proporção da PT na aquisição pela Vivo de mais 10,5% do capital da Sudestecel (uma holding intermédia que detém uma posição de controlo na Tele Sudeste Celular Participações); (v) 13 milhões de euros relativos à proporção da PT no pagamento pela TCP de uma prestação adicional referente à aquisição da TCO realizada em 2003; (vi) 86 milhões de euros relativos à proporção da PT na aquisição pela Brasilcel de mais 4,2% da Tele Sudeste Celular Participações, 22,7% da Tele Leste Celular Participações e 15,5% da Celular CRT Participações, e (vii) 127 milhões de euros relativos à proporção da PT na aquisição pela TCP de mais 21,7% da TCO. (2) Em 2005, esta rubrica incluiu os encaixes provenientes da venda da Lusomundo Serviços (174 milhões de euros) e da PrimeSys (102 milhões de euros), bem como 85 milhões de euros relativos à venda de uma parte de 16% da participação na UOL na OPV desta empresa associada. (3) Em 2005, esta rubrica incluiu: (i) 198 milhões de euros referentes a contribuições para o fundo de pensões; (ii) 168 milhões de euros referentes a pagamentos de salários a trabalhadores pré-reformados e empregados suspensos até à idade da reforma, e (iii) 34 milhões de euros referentes a pagamentos à PT-ACS relativos a custos com cuidados de saúde prestados a trabalhadores reformados, pré-reformados e empregados suspensos até à idade da reforma.

Em 2005, o free cash flow operacional decresceu 25,5% face ao ano anterior, para 1.306 milhões de euros, em resultado da redução do EBITDA menos Capex e do aumento do investimento em fundo de maneio, que se alterou em 250 milhões de euros em 2005, incluindo 36 milhões de euros relativos à apreciação do real face ao euro ao longo do ano. Considerando uma taxa de câmbio constante, o investimento em fundo de maneio em 2005 ascendeu a 214 milhões de euros em 2005, devido: (1) ao decréscimo das contas a pagar a fornecedores nos negócios em Portugal (116 milhões de euros); (2) ao aumento das contas a receber e das

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05 Cash Flow

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 20 / 52

existências na TMN (16 milhões de euros), e (3) o aumento das contas a receber na Vivo (73 milhões de euros). O free cash flow diminuiu de 862 milhões de euros em 2004 para 1.024 milhões de euros em 2005, principalmente em resultado do aumento dos fundos provenientes da alienação de empresas (328 milhões de euros em 2005, face a 21 milhões de euros em 2004), do decréscimo da saída de fluxos relativos à aquisição de investimentos financeiros (17 milhões de euros em 2005, face a 333 milhões de euros em 2004) e da redução dos juros pagos. Estes movimentos positivos no free cash flow em 2005 foram compensados pela redução do free cash flow operacional descrita anteriormente e pelo aumento dos pagamentos relativos a benefícios de reforma, em resultado do aumento dos custos com o programa de redução de efectivos em 2005.

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06 Balanço Consolidado

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Tabela 11 _ Balanço Consolidado (1) milhões de euros

31 Dezembro 2005 31 Dezembro 2004Activo corrente 6.168,0 3.972,9

Disponibilidades e títulos negociáveis 3.911,8 1.948,5Contas a receber 1.647,7 1.422,9Existências 170,3 193,3Impostos a recuperar 203,8 179,4Custos diferidos e outros activos correntes 234,3 228,6

Activo não corrente 10.475,1 9.955,8Contas a receber 20,5 45,7Custos diferidos 3,4 6,2Impostos a recuperar 117,2 62,6Investimentos financeiros 521,7 433,0Activos intangíveis 3.601,6 3.244,9Activos tangíveis 4.062,0 3.936,3Activos por impostos diferidos 1.387,8 1.423,0Outros activos não correntes 760,8 804,1

Total do activo 16.643,1 13.928,7Passivo corrente 4.947,5 4.077,2

Dívida de curto prazo 2.415,6 1.622,4Contas a pagar 1.129,9 1.276,1Acréscimos de custos 707,9 600,9Proveitos diferidos 208,2 225,8Impostos a pagar 237,2 168,3Provisões e outros passivos correntes 248,7 183,6

Passivo não corrente 9.113,5 7.597,4Dívida de médio e longo prazo 5.168,6 3.899,3Contas a pagar 6,1 17,7Impostos a pagar 30,9 25,6Proveitos diferidos 0,4 15,6Benefícios de reforma 2.635,9 2.321,6Passivos por impostos diferidos 334,9 327,9Provisões e outros passivos não corrente 936,6 989,8

Total do passivo 14.061,0 11.674,5Capital, excluindo interesses minoritários 1.828,4 1.686,5Interesses minoritários 753,7 567,6Total do capital próprio 2.582,1 2.254,2Total do capital próprio e do passivo 16.643,1 13.928,7(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,6147 no final de 2004 e de 2,7440 no final de 2005. O aumento dos activos e passivos em 2005 resultou essencialmente da apreciação do real face ao euro durante o ano (1.307 milhões de euros e 485 milhões de euros, respectivamente), bem como do aumento das disponibilidades na sequência do refinanciamento antecipado deste ano, que foi parcialmente utilizado para o pagamento, em 2006, do Eurobond com maturidade em Fevereiro de 2006. Este refinanciamento levou a um aumento das disponibilidades e da dívida de médio e longo prazo em 2005 de 2 mil milhões de euros. A exposição líquida (activo menos passivo) da PT ao Brasil totalizou 7.678 milhões de reais a 31 de Dezembro de 2005 (2.798 milhões de euros ao câmbio euro/real em 31 de Dezembro de 2005). Os activos denominados em reais no balanço a 31 de Dezembro de 2005 totalizaram 5.402 milhões de euros,

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06 Balanço Consolidado

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 22 / 52

equivalentes a aproximadamente 32% do total do activo. Aproximadamente 95% da exposição líquida da PT ao Brasil corresponde ao investimento de 50% na Vivo. O gearing [dívida líquida / (dívida líquida + capital próprio)] diminuiu para 54,2% no final de 2005, de 61,3% no final de 2004, enquanto que o indicador (capital próprio + dívida de longo prazo)/total do activo aumentou para 46,6% no final de 2005 de 44,2% no final de 2004. O indicador dívida líquida/EBITDA no final de 2005 era de 1,5 vezes e o rácio de cobertura dos encargos financeiros líquidos pelo EBITDA era de 9,7 vezes. Dívida Líquida Consolidada Tabela 12 _ Variação da Dívida Líquida milhões de euros

4T05 2005Dívida líquida (balanço inicial) 3.924,5 3.573,2Free cash flow 326,7 1.023,7Operações descontinuadas (segmento media e PrimeSys) 0,0 39,3Variações no FV de instrumentos derivados para cobertura de risco cambial (5,3) 21,1Efeitos de conversão cambial da dívida 4,4 126,4Remuneração accionista

Dividendos pagos pela PT 0,0 395,1Aquisição de acções próprias / equity swaps (1) 75,6 253,0Dividendos pagos pela PTM 0,0 24,5Warrants emitidos pela PTM 0,0 59,0

Contribuição extraordinária para benefícios após reforma 0,0 300,0Agrupamento de capital das empresas da Vivo (2) 0,0 (16,8)Dívida líquida (balanço final) 3.672,5 3.672,5Aumento da dívida líquida (252,0) 99,3Aumento da dívida líquida (%) (6,4%) 2,8%

(1) Inclui 151 milhões de euros relativos à aquisição de 37,6 milhões de acções próprias no âmbito do programa de share buyback de 10% e 102 milhões de euros relativos ao valor nocional de contratos de equity swap sobre 13,2 milhões de acções da PT no âmbito do programa de share buyback, aprovado na Assembleia Geral de Accionistas em Abril de 2005 (76 milhões de euros no quarto trimestre de 2005 relativos a contratos de equity swap sobre 9,7 milhões de acções da PT). (2) Esta rubrica está essencialmente relacionada com o agrupamento de capital realizado por algumas subsidiárias da Brasilcel, no âmbito do qual as acções antigas foram agrupadas e trocadas por acções novas com um valor nominal mais elevado. Nesta operação financeira, determinados accionistas não exerceram o seu direito de trocar as acções antigas por acções novas e, como tal, estas acções novas foram subscritas por outros accionistas com o respectivo encaixe a ser recebido pelas subsidiárias da Brasilcel. Este valor pode ser exigido pelos accionistas detentores das acções antigas e, consequentemente, foi registado um passivo no mesmo montante pelas subsidiárias da Brasilcel e incluído no balanço da PT (17 milhões de euros).

A dívida líquida consolidada da PT em 31 de Dezembro de 2005 situou-se em 3.673 milhões de euros, um aumento de 99 milhões de euros em relação ao final do ano de 2004, essencialmente em resultado: (1) da contribuição extraordinária de 300 milhões de euros para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após a idade de reforma; (2) dos fluxos relacionados com a remuneração accionista, incluindo dividendos e share buybacks, no montante de 395 milhões de euros e 253 milhões de euros, respectivamente; (3) do fluxo de pagamentos de dividendos efectuado pela PTM a accionistas minoritários (24 milhões de euros) e de share buybacks relativos ao exercício de warrants (59 milhões de euros), e (4) dos efeitos de conversão cambial da dívida denominada em moeda estrangeira que totalizaram 126 milhões de euros, essencialmente relativos à dívida denominada em reais. Estes movimentos mais do que compensaram o cash flow gerado no período de 1.024 milhões de euros. Excluindo a contribuição

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06 Balanço Consolidado

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extraordinária para financiar obrigações com cuidados de saúde após a idade da reforma, a dívida líquida teria diminuído em 201 milhões de euros no período. Tabela 13 _ Dívida Líquida Consolidada milhões de euros

31 Dezembro 2005 31 Dezembro 2004 Variação Variação (%)Dívida de curto prazo 2.415,6 1.622,4 793,2 48,9%Empréstimos bancários 407,8 480,5 (72,7) (15,1%)Empréstimos obrigacionistas 899,5 585,0 314,6 53,8% Obrigações convertíveis 390,3 0,0 390,3 n.s.Outros empréstimos 589,7 338,0 251,8 74,5% Responsabilidades de equity swaps em acções próprias 102,0 189,8 (87,7) (46,2%)Locações financeiras 26,2 29,2 (3,0) (10,3%)Dívida de médio e longo prazo 5.168,6 3.899,3 1.269,3 32,6%Empréstimos bancários 1.956,1 1.373,4 582,7 42,4% Obrigações convertíveis 0,0 386,9 (386,9) (100,0%)Empréstimos obrigacionistas 2.955,8 1.848,2 1.107,7 59,9% Outros empréstimos 31,2 90,7 (59,5) (65,6%)Locações financeiras 225,5 200,2 25,3 12,6% Dívida total 7.584,2 5.521,7 2.062,5 37,4%Disponibilidades e títulos negociáveis 3.911,8 1.948,5 1.963,2 100,8% Dívida líquida consolidada 3.672,5 3.573,2 99,3 2,8% Em 31 de Dezembro de 2005, 68,1% da dívida total era de médio e longo prazo, sendo 66,6% da dívida total a taxas fixas. Nessa data, 85,9% da dívida total estava denominada em euros, 1,8% em dólares e 12,2% em reais. No final de 2005, os únicos empréstimos da PT com rating triggers (no caso de o rating da PT ser igual a BBB+) eram quatro empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI), totalizando 389 milhões de euros, incluindo dois empréstimos de 250 milhões de euros utilizados em Fevereiro de 2005. Adicionalmente, a PT tem contratadas e disponíveis linhas de papel comercial tomadas firme, no montante global de 875 milhões de euros, dos quais 575 milhões de euros estavam utilizadas em 31 de Dezembro de 2005. A PT detém ainda linhas de crédito disponíveis no montante de 900 milhões de euros, das quais estava utilizado em 31 de Dezembro de 2005 um montante total de 575 milhões de euros. A proporção de 50% da PT na dívida líquida da Vivo ascendeu a 609 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005. Aproximadamente 90% da dívida líquida da Vivo está actualmente denominada em reais ou convertida para reais através de contratos derivativos. Em 2005, o custo médio da dívida da PT, incluindo os empréstimos obtidos no Brasil denominados em reais, foi de 6,6%. Excluindo a dívida brasileira, o custo médio da dívida foi de 4,7% em 2005.

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Tabela 14 _ Perfil da Maturidade da Dívida Líquida milhões de euros

Maturidade Dívida líquida Notas2006 (1.498,4)

2007 537,22008 296,22009 1.280,0 Inclui 880 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Abril 1999 2010 463,92011 121,22012 1.196,0 Inclui 1.000 milhões de euros em Eurobonds emitidas em Março 20052013 61,22014 35,32015 e seguintes 1.179,8 Inclui 500 milhões de euros em Eurobonds emitidas em Março 2005 (matura em 2017) e 500

milhões de euros em Eurobonds emitidas em Junho 2005 (matura em 2025)Total 3.672,5

2001 e 390 milhões de euros de obrigações convertíveis emitidas em Dezembro 2001Posição líquida de cash, incluindo 900 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Fevereiro

Em 24 de Março de 2005, a PT emitiu 1,5 mil milhões de euros de Eurobonds com maturidades de 7 anos (mil milhões de euros) e 12 anos (500 milhões de euros) e em 16 de Junho de 2005 emitiu mais 500 milhões de euros de Eurobonds com maturidade de 20 anos, como parte do refinanciamento do seu balanço. Em Fevereiro de 2005, a PT também utilizou 250 milhões de euros de dois empréstimos de 10 anos, contratados com o BEI em Dezembro de 2004 e Janeiro de 2005. Adicionalmente, a maturidade de determinadas linhas de créditos disponíveis da PT, no montante de 750 milhões de euros, foi prolongada por mais dois anos. Como consequência destas operações, a maturidade da dívida da PT aumentou para 9,2 anos. Excluindo a dívida brasileira, a maturidade da dívida da PT foi prolongada para 10,2 anos. Tabela 15 _ Ratings de Dívida

Actual Outlook Última alteraçãoStandard & Poor's A- Negativo 21 de Outubro de 2005Moody's A3 Negativo 27 de Setembro de 2005 Benefícios de Reforma Em 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades projectadas com benefícios de reforma (PBO), incluindo pensões, cuidados de saúde e salários de pré-reformados e empregados suspensos, ascenderam a 5.152 milhões de euros (3.274 milhões de euros para pensões, 913 milhões de euros para cuidados de saúde e 965 milhões de euros para salários de trabalhadores pré-reformados e suspensos). O PBO foi actualizado com base numa taxa de desconto de 4,5% para as responsabilidades com pensões e cuidados de saúde e de 3,5% para as responsabilidades com salários de pré-reformados e empregados suspensos. Os planos de benefícios de reforma encontram-se fechados a novas entradas de trabalhadores, abrangendo aproximadamente 33.200 trabalhadores (27% dos quais são trabalhadores ainda ao serviço) no caso de pensões e aproximadamente 28.700 trabalhadores (30% dos quais são trabalhadores ainda ao serviço) no caso de responsabilidades com cuidados de saúde.

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De acordo com as regras do Instituto de Seguros de Portugal, as responsabilidades com pensões de reforma relativas a reformados deverão estar integralmente financiados. As responsabilidades de pensões da PT com empregados reformados, calculadas de acordo com as regras do ISP, estão totalmente financiadas. No que diz respeito ao financiamento dos fundos de pensões de pré-reformados e a trabalhadores ainda ao serviço, este pode ser efectuado até à idade das respectivas reformas. O período médio estimado que decorre até à reforma dos trabalhadores actualmente ao serviço é de 15 anos. Por razões fiscais, o funding dos fundos de pensões encontra-se limitado a 25% da massa salarial dos trabalhadores abrangidos por esses fundos de pensões. Em Portugal, não existe legislação referente à constituição de fundos relativos a responsabilidades com cuidados de saúde (913 milhões de euros) e salários de pré-reformados e empregados suspensos (965 milhões de euros). A PT só tem que contribuir para esses benefícios quando, respectivamente, os cuidados de saúde são realmente prestados aos trabalhadores e a correspondente despesa é cobrada à PT, e quando a PT paga os salários aos pré-reformados e empregados suspensos. Assim, não existe a necessidade de neste momento efectuar o financiamento desses benefícios. Contudo, em Março de 2005, a PT criou um fundo espelho (PT Prestações) para financiar as responsabilidades com cuidados de saúde, tendo efectuado uma contribuição extraordinária inicial de 300 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2005, a alocação de activos, incluindo os activos da PT Prestações, era de 36% em acções, 35% em obrigações, 13% em imobiliário e 16% em cash e outros. A valorização efectiva dos fundos em 2005 foi de 8,4%. No final de 2005, o valor de mercado dos fundos de pensões ascendia a 2.516 milhões de euros, ascendendo as responsabilidades não financiadas da PT relativas a benefícios de reforma a 2.636 milhões de euros. Em 2005, as responsabilidades não financiadas aumentaram 314 milhões de euros. Tabela 16 _ Variação das Responsabilidades não Financiadas Brutas milhões de euros

2005Responsabilidades não financiadas brutas (balanço inicial) 2.322,6PRBs (21,6)Custos com o programa de redução de efectivos 314,3Contribuições e pagamentos (699,8)Perdas actuariais líquidas (1) 730,3Alienação da Lusomundo Media (8,8)Responsabilidades não financiadas brutas (balanço final) 2.636,9Variação das responsabilidades não financiadas brutas 314,3Variação das responsabilidades não financiadas brutas (%) 13,5%

(1) Esta rubrica inclui principalmente 693 milhões de euros relativos a variações em critérios actuariais em relação à taxa de actualização: (i) pensionistas beneficiários de fundos de cuidados de saúde, de 5,75% para 4,5%, e (ii) salários para trabalhadores pré-reformados e suspensos de 4,0% para 3,5%.

No âmbito da adopção dos IFRS e conforme estabelecido na adenda ao IAS 19, efectivo em Novembro de 2005, a PT alterou a política de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, que são agora reconhecidos directamente no capital próprio. Anteriormente, os ganhos e perdas actuariais eram diferidos e amortizados em resultados (utilizando a alternativa do corredor de 10%), na rubrica de benefícios de reforma, durante o período médio de vida laboral dos trabalhadores activos. A nova política adoptada pela PT está em linha com a recente revisão do normativo dos benefícios de reforma, o qual é considerado como a melhor prática para o tratamento contabilístico desta matéria, contribuindo assim para um melhor entendimento do balanço no

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que diz respeito às responsabilidades não financiadas com benefícios de reforma. Após a adopção desta alteração ao IAS 19, o balanço da PT apresenta actualmente responsabilidades com benefícios de reforma de 2,6 mil milhões de euros, equivalente às responsabilidades não financiadas indicadas anteriormente. Tabela 17 _ Custos com Benefícios de Reforma milhões de euros

2005 2004Serviço do ano 24,8 23,5Custo financeiro 229,1 212,9Rentabilidade esperada dos fundos (139,0) (111,1)Amortização das perdas actuariais - -Ganhos com responsabilidades de serviços passados (1) (136,6) (66,5)Custos com benefícios de reforma (PRBs) (21,6) 58,8

(1) Em 2005, este montante inclui: (i) 110 milhões de euros relativos à alteração da idade de reforma, e (ii) 27 milhões de euros resultante da alteração do método para o cálculo dos benefícios de reforma, passando de 90% do último salário, para 90% da média dos últimos três anos de salários. Em 2004, registou-se igualmente um ganho com serviços passados relacionado com a alteração do método de cálculo dos benefícios de reforma, de 100% para 90% dos salários.

Os custos com o programa de redução de efectivos resultou da redução de 1.272 trabalhadores durante o ano de 2005, e inclui o valor actual dos salários a serem pagos aos empregados em situação de pré-reforma e suspensos até à idade da reforma, bem como o valor actual dos custos com serviços futuros dos empregados em situação de pré-reforma e reforma antecipada. Tabela 18 _ Pagamentos e Contribuições milhões de euros

2005 2004Contribuições regulares 54,3 68,1Contribuições referentes ao programa de redução de efectivos 143,5 57,6Pagamento de salários a pré-reformados e empregados suspensos 167,7 143,1Pagamento de despesas com saúde 34,3 30,3Contribuição extraordinária para responsabilidades com cuidados de saúde 300,0 0,0Pagamentos referentes a custos com benefícios de reforma 699,8 299,1 Capital Próprio (excluindo Interesses Minoritários) Em 31 de Dezembro de 2005, o capital próprio, excluindo interesses minoritários, ascendeu a 1.828 milhões de euros, um aumento de 142 milhões de euros em 2005.

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Tabela 19 _ Variação no Capital Próprio (excluindo Interesses Minoritários) milhões de euros

4T05 2005Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo inicial) 2.195,4 1.686,5Resultado líquido 293,4 654,0Ajustamentos de conversão cambial (1) (43,1) 709,9Perdas actuariais diferidas, líquido do impacto fiscal (530,7) (530,7)Dividendos pagos 0,0 (395,1)Compra de acções próprias (2) (75,8) (253,0)Acções próprias adquiridas pela PTM a accionistas minoritários (3) 0,0 (33,0)Outros (10,8) (10,1)Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo final) 1.828,4 1.828,4Variação no capital próprio antes de interesses minoritários (367,0) 141,8Variação no capital próprio antes de interesses minoritários (%) (16,7%) 8,4%

(1) Esta rubrica está essencialmente relacionada com as alterações da taxa de câmbio do real face ao euro. (2) Esta rubrica inclui 151 milhões de euros relativos à aquisição de 37,6 milhões de acções da PT no âmbito do share buyback inicial de 10%, e 102 milhões de euros relativos aos contratos de equity swap sobre 13,2 milhões de acções da PT no âmbito do share buyback, aprovado na Assembleia Geral de Accionistas em Abril de 2005 (76 milhões de euros no quarto trimestre de 2005 relativos aos contratos de equity swap sobre 9,7 milhões de acções da PT). (3) Esta rubrica inclui o impacto para a PT das acções próprias adquiridas pela PTM aos accionistas minoritários que optaram pelo exercício físico dos warrants emitidos pela PTM em Maio de 2005.

Em 21 de Dezembro de 2005, a PT reduziu o seu capital social de 1.166.485.050 para 1.128.856.500 euros, através do cancelamento de 37.628.550 acções próprias, as quais foram adquiridas em 2005. O número de acções canceladas correspondeu a 3,0% do capital social anterior ao cancelamento de 7,0% em Dezembro de 2004, completando assim o programa de share buyback de 10% anunciado em Setembro de 2003. A PT tem estado a executar o share buyback aprovado na Assembleia Geral de Accionistas de Abril de 2005, tendo em Dezembro de 2005 já estabelecido contractos de equity swap sobre 13,2 milhões de acções próprias, com um valor nocional de 102 milhões de euros, e equivalentes a 1,17% do seu capital social. Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da empresa, de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC). As reservas distribuíveis diminuíram de 851 milhões de euros no final de 2004 para 720 milhões de euros no final de Dezembro de 2005, essencialmente em resultado do cancelamento das acções próprias. Tabela 20 _ Variação nas Reservas Distribuíveis milhões de euros

4T05 2005Reservas distribuíveis (saldo inicial) 389,5 851,495% do resultado líquido de acordo com as normas contabilísticas Portuguesas 233,6 475,0Dividendos pagos 0,0 (395,1)Compra de acções próprias (1) 0,0 (340,5)Dividendos recebidos de empresas subsidiárias (2) 43,1 75,5Outros 53,5 53,5Reservas distribuíveis (saldo final) 719,8 719,8Variação nas reservas distribuíveis 330,3 (131,5)Variação nas reservas distribuíveis (%) 84,8% (15,5%)

(1) Esta rubrica corresponde à aquisição 38 milhões de acções próprias da PT através do exercício de contratos de equity swaps com um valor nocional de 340 milhões de euros (inclui 189 milhões de contractos de equity swaps contratados em 2004 e 151 milhões de contratos de equity swaps contratados em 2005). (2) Esta rubrica inclui o dividendo recebido pela PT da subsidiária PTI Finance BV (43 milhões de euros), e o valor recebido pela PT da PTM, relativo ao exercício financeiro dos warrants emitidos pela PTM em Maio de 2005, os quais correspondem à distribuição efectiva de reservas.

As reservas distribuíveis podem ainda ser influenciadas negativamente pela depreciação do real face ao euro. Tendo em conta o nível de exposição da PT ao Brasil no final de 2005, a depreciação do real face ao euro só teria um impacto negativo nas reservas distribuíveis se a taxa de câmbio euro/real ultrapassasse os 4,01.

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07 Recursos Humanos

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Tabela 21 _ Número de Trabalhadores e Rácios de Produtividade2005 2004 Variação ∆ 05/04 3T05 ∆ 4T/3T

Rede fixa 7.682 8.311 (629) (7,6%) 7.881 (2,5%)Móvel Portugal • TMN 1.184 1.133 51 4,5% 1.166 1,5%Móvel Brasil • Vivo (1) 3.042 3.176 (134) (4,2%) 3.015 0,9%Multimédia • PT Multimedia 1.388 1.302 86 6,6% 1.380 0,5%Outros (2) 19.094 13.858 5.236 37,8% 18.421 3,7%Trabalhadores do grupo 32.389 27.780 4.609 16,6% 31.863 1,7%Portugal 13.100 13.886 (786) (5,7%) 13.310 (1,6%)Mercado internacional (2) 19.289 13.894 5.395 38,8% 18.553 4,0%Acessos fixos por trabalhador 583 527 56 10,7% 567 2,8%Cartões móveis por trabalhadorTMN 4.487 4.460 27 0,6% 4.473 0,3%Vivo 4.899 4.179 720 17,2% 4.783 2,4%

(1) O número de trabalhadores do segmento móvel Brasil corresponde a 50% dos trabalhadores da Vivo. (2) O aumento nesta rubrica resulta essencialmente da incorporação de mais 5.460 empregados de call center na Mobitel, o call center da PT no Brasil. A 31 de Dezembro de 2005, a Mobitel tinha um total de 15.232 trabalhadores, um acréscimo de 55,9% face a 2004.

No final de Dezembro de 2005, a PT tinha 32.389 trabalhadores, dos quais 40,4% em Portugal. No negócio de rede fixa, o número de acessos por trabalhador aumento 10,7% em 2005, face ao ano anterior, para 583 linhas, reflectindo o programa de redução de efectivos, enquanto que na TMN o número de cartões por trabalhador aumentou 0,6% para 4.487. No final de Dezembro de 2005, o número total de trabalhadores da Vivo diminuiu 4,2% para 6.084 trabalhadores, tendo o número de cartões por trabalhador aumentado 17,2% para 4.899.

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08 Rede Fixa

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 29 / 52

Tabela 22 _ Demonstração de Resultados do Negócio de Rede Fixa (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 540,0 575,1 (6,1%) (3,2%) 2.213,6 2.305,2 (4,0%)Prestação de serviços 521,3 556,2 (6,3%) (4,5%) 2.158,2 2.235,3 (3,4%)Vendas 10,2 13,6 (25,3%) 22,5% 34,2 36,1 (5,4%)Outros proveitos operacionais 8,5 5,3 59,2% 168,1% 21,2 33,8 (37,3%)Custos operacionais, excluindo amortizações 180,0 340,4 (47,1%) (41,9%) 1.084,3 1.336,2 (18,8%)Custos com pessoal 70,2 74,9 (6,3%) (1,8%) 286,7 296,6 (3,3%)Custos com benefícios de reforma (PRBs) (88,7) (25,7) 245,0% n.s. (21,8) 58,5 n.s.Custos directos dos serviços prestados 88,5 111,0 (20,3%) (11,7%) 385,5 470,6 (18,1%)

Custos de telecomunicações 67,8 89,6 (24,3%) (14,7%) 301,7 383,8 (21,4%)Listas telefónicas 19,9 21,4 (6,9%) (0,9%) 81,5 86,8 (6,1%)Outros 0,7 (0,0) n.s. 33,3% 2,3 0,0 n.s.

Custo das mercadorias vendidas 12,8 10,9 17,1% 108,3% 33,8 39,1 (13,6%)Marketing e publicidade 8,4 12,8 (34,0%) (20,9%) 42,4 44,6 (4,9%)Serviços de suporte 39,3 38,2 3,0% 8,1% 141,3 114,1 23,9% Fornecimentos e serviços externos 40,1 40,6 (1,0%) 11,2% 148,9 139,0 7,1% Provisões (4,6) 51,7 n.s. n.s. (13,8) 69,8 n.s.Outros custos operacionais 14,0 26,1 (46,3%) (30,7%) 81,4 103,8 (21,6%)EBITDA 360,0 234,7 53,4% 45,4% 1.129,3 969,0 16,5%Amortizações 97,9 92,4 6,0% 12,1% 358,9 369,7 (2,9%)Resultado operacional 262,0 142,3 84,1% 63,5% 770,4 599,3 28,5%Margem EBITDA 66,7% 40,8% 25,9pp 22,2pp 51,0% 42,0% 9,0ppCapex 80,4 89,5 (10,2%) 43,2% 233,1 206,8 12,7% Capex em % dos proveitos operacionais 14,9% 15,6% (0,7pp) 4,8pp 10,5% 9,0% 1,6ppEBITDA menos Capex 279,5 145,1 92,6% 46,0% 896,1 762,3 17,6% (1) Inclui transacções intragrupo. Os proveitos operacionais do negócio de rede fixa diminuíram 6,1% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 540 milhões de euros, principalmente como resultado da descida das receitas de tráfego. Excluindo o impacto do decréscimo das tarifas de interligação fixo-móvel, os proveitos operacionais teriam decrescido 4,6% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior.

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Tabela 23 _ Proveitos Operacionais do Negócio de Rede Fixa (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Retalho 315,7 345,7 (8,7%) (5,2%) 1.318,8 1.379,4 (4,4%)Receitas fixas 168,3 171,8 (2,0%) (0,7%) 679,8 668,5 1,7% Tráfego 102,7 138,3 (25,8%) (15,3%) 473,6 588,4 (19,5%)ADSL retalho 41,2 31,6 30,6% 6,7% 150,6 99,9 50,8% ISP e outros 3,5 4,0 (12,3%) (3,3%) 14,8 22,7 (34,6%)Serviços a operadores (wholesale) 111,8 114,6 (2,4%) (6,9%) 457,7 476,4 (3,9%)Tráfego 54,1 59,3 (8,9%) (3,7%) 216,9 247,9 (12,5%)Circuitos alugados 36,9 39,5 (6,7%) (18,9%) 165,5 164,4 0,6% Outros 20,8 15,7 32,8% 13,0% 75,3 64,0 17,7% Dados e soluções empresariais 58,6 58,9 (0,6%) (5,8%) 244,9 242,0 1,2%Comunicação de dados 20,6 22,1 (6,8%) (30,2%) 110,8 102,3 8,3% Circuitos alugados 8,4 11,3 (26,3%) 9,2% 32,4 48,7 (33,4%)Gestão de redes e outsourcing 9,0 6,4 41,8% 60,2% 26,1 20,1 30,1% Outros 20,6 19,1 7,6% 6,1% 75,5 71,0 6,4% Outros proveitos de rede fixa 53,9 55,9 (3,7%) 27,2% 192,2 207,3 (7,3%)Outros serviços e proveitos operacionais 11,4 8,9 29,0% n.s. 29,8 35,7 (16,4%)Vendas 10,2 13,6 (25,3%) 22,5% 34,2 36,1 (5,4%)Listas telefónicas 29,3 31,8 (7,8%) (1,1%) 120,4 129,7 (7,2%)Portais 3,0 1,7 78,3% 74,3% 7,8 5,8 35,2% Proveitos operacionais 540,0 575,1 (6,1%) (3,2%) 2.213,6 2.305,2 (4,0%)(1) Inclui transacções intragrupo. As receitas de retalho decresceram 8,7% para 316 milhões de euros no quarto trimestre de 2005, face ao período homólogo, com o aumento no ADSL a não ser suficiente para compensar o decréscimo verificado nas receitas fixas e de tráfego, incluindo fixo-móvel, que registou uma redução significativa nos últimos trimestres. As receitas fixas diminuíram 2,0% no quarto trimestre de 2005, em resultado principalmente do decréscimo nas receitas provenientes dos acessos devido à perda de linhas, o qual foi parcialmente compensado pelo crescimento dos planos de preços, que já representaram 9,5% das receitas fixas no período. As receitas de tráfego diminuíram 25,8% face a igual período do ano anterior, em resultado da diminuição dos volumes de tráfego e da redução do ARPM, particularmente no tráfego fixo-móvel. A diminuição das tarifas fixo-móvel teve um impacto negativo nas receitas de tráfego no quarto trimestre e no ano de 2005 de 9 milhões de euros e 23 milhões de euros, respectivamente. O crescimento do peso dos planos de preços de tráfego ilimitado teve também um efeito diluitivo nas receitas de tráfego, dado estas serem substituídas por receitas fixas. As receitas fixas representaram 53,3% das receitas de retalho, face a 49,7% em igual período do ano anterior. Em termos de ADSL, as receitas registaram um aumento de 30,6% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 41 milhões de euros, em resultado do forte crescimento da base de clientes. O novo cabaz de preços para 2005 do serviço fixo de telefone, aprovado pela autoridade reguladora, entrou em vigor em 1 de Julho de 2005, tendo subjacente um price cap de IPC-2,75%, em termos de variação média anual. Em consequência, a variação média anual das principais componentes do cabaz de preços foi: (1) o preço da assinatura registou um aumento de 1,7%; e (2) os preços das chamadas locais aumentaram 0,5%; (3) as chamadas regionais decresceram 24,1%, e (4) as chamadas nacionais de longa distância diminuíram 25,3%. O tipo de chamadas utilizado no cabaz foi reduzido de três para dois, chamadas locais e

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nacionais de longa distância, para simplificar a estrutura das tarifas. Em contraste com o que se tinha verificado em anos anteriores, a nova estrutura de preços foi apenas aplicada ao segmento residencial e não ao segmento empresarial. As receitas de dados e soluções empresariais no quarto trimestre de 2005 decresceram 0,6%, face a igual período do ano anterior, para 59 milhões de euros. Excluindo o efeito extraordinário do Euro 2004, as receitas de dados e soluções empresariais teriam aumentado 4,4%, face a igual período do ano anterior, impulsionadas pela continua melhoria nos serviços de valor acrescentado nas ofertas de voz e dados, assim como o aumento da gama dos serviços prestados, nomeadamente ao nível das tecnologias de informação. As soluções de segurança de backup online e os contractos de outsourcing de longo prazo continuaram a registar uma forte aceitação. Foi introduzido um novo conjunto de planos de preços no segmento de pequenas e médias empresas, com o objectivo de aumentar a utilização. As receitas de wholesale diminuíram 2,4% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 112 milhões de euros, principalmente como resultado do decréscimo das receitas de tráfego, devido ao decréscimo dos preços de interligação móvel internacionais e do decréscimo do tráfego de trânsito. No terceiro trimestre de 2005 foi estabelecido um acordo entre a maioria dos operadores afim de facilitar a transferência de clientes entre operadores ao nível da portabilidade, pré-selecção e desagregação do lacete local. O número de linhas de desagregação do lacete local ascendeu a 72 mil no final de 2005, um aumento de 29 mil no quarto trimestre de 2005, o que compara com um acréscimo de 15 mil no terceiro trimestre de 2005. No quarto trimestre de 2005, as tarifas de interligação diminuíram face a igual período do ano anterior 11,0% para chamadas terminadas e 9,1% para chamadas originadas. O EBITDA no quarto trimestre de 2005 aumentou 53,4% para 360 milhões de euros, equivalente a uma margem de 66,7%. Este aumento deveu-se essencialmente à diminuição dos custos com benefícios de reforma, devido ao registo no quarto trimestre de 2005 do aumento de ganhos com serviços passados (137 milhões de euros), em comparação com o ano anterior (67 milhões de euros). No quarto trimestre de 2005, o capex situou-se em 80 milhões de euros, um decréscimo de 10,2% face a igual período do ano anterior, e equivalente a 14,9% dos proveitos operacionais. O capex foi essencialmente direccionado para: (1) o forte investimento na expansão banda larga em termos de cobertura e de largura de banda; (2) o investimento adaptado ao cliente em resultado do forte crescimento nos contratos de outsourcing empresariais, e (3) o desenvolvimento de um novo centro de dados tendo em vista a melhoria da prestação de serviços de dados aos clientes empresariais. O EBITDA menos Capex no quarto trimestre de 2005 ascendeu a 280 milhões de euros.

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Tabela 24 _ Dados Operacionais do Negócio de Rede Fixa4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04

Acessos (mil) 4.478 4.377 2,3% 0,2% 4.478 4.377 2,3% PSTN/RDIS 3.769 3.948 (4,5%) (1,7%) 3.769 3.948 (4,5%)

Pré-selecção 575 485 18,5% 3,0% 575 485 18,5% ADSL retalho 585 382 53,4% 6,9% 585 382 53,4% ADSL wholesale 51 39 33,3% 8,3% 51 39 33,3% Lacetes locais desagregados 72 9 n.s. 67,0% 72 9 n.s.

Adições líquidas (mil) 7 65 (88,6%) (71,1%) 101 151 (33,3%)PSTN/RDIS (63) (11) n.s. 64,5% (179) (88) 102,7%

Pré-selecção 17 5 219,8% (10,0%) 90 47 93,2% ADSL retalho 38 70 (45,6%) (19,4%) 204 221 (7,8%)ADSL wholesale 4 4 (1,2%) 108,3% 13 11 13,3% Lacetes locais desagregados 29 2 n.s. 88,9% 63 7 n.s.

Planos de preços (mil) 1.795 947 89,4% 27,5% 1.795 947 89,4% ARPU (euros) 32,5 34,9 (6,9%) (6,6%) 33,8 34,8 (2,9%)

Assinatura e voz 27,9 31,0 (9,9%) (6,7%) 29,3 31,3 (6,3%)Dados 4,6 3,9 16,4% (5,7%) 4,5 3,5 26,8%

Rácio chamadas completadas (%) 99,7 99,9 (0,2pp) (0,0pp) 99,8 99,8 0,0ppAvarias por 100 acessos (nº.) 4,0 2,6 1,4pp 0,7pp 10,4 9,7 0,7ppTotal acessos comunicação dados (mil) 36 36 1,4% 1,2% 36 36 1,4%Capacidade vendida de web empresarial (mbps) 14.664 5.387 172,2% 27,3% 14.664 5.387 172,2%Circuitos alugados (mil) 15 16 (8,7%) (3,4%) 15 16 (8,7%)

Capacidade (equival. a 64 kbps) (mil) 186 183 1,9% (0,2%) 186 183 1,9%Digital (%) 96,3 95,8 0,5pp 0,2pp 96,3 95,8 0,5pp

A PT continua a manter a posição de liderança no mercado doméstico em termos do total de minutos de tráfego originado, bem como do parque de acessos principais e de acessos ADSL, apesar do aumento significativo da concorrência. Este desempenho foi conseguido em resultado da implementação com sucesso de medidas de fidelização dos clientes, assentes na diferenciação e inovação, ofertas competitivas em termos de preços, serviço ao cliente e qualidade de serviço. O total de acessos da rede fixa registou no quarto trimestre de 2005 um aumento líquido de 7 mil, suportado pelo elevado nível de adições líquidas de ADSL de retalho e linhas de desagregação do lacete local, que totalizaram 38 mil e 29 mil, respectivamente, no período. No quarto trimestre de 2005, as desmontagens líquidas de acessos PSTN/RDIS situaram-se em 63 mil, em resultado do aumento da concorrência e de uma conjuntura macroeconómica mais desfavorável. No final de 2005, o número total de acessos da rede fixa situou-se em 4.478 mil, dos quais 3.769 mil acessos PSTN/RDIS, 585 mil acessos ADSL de retalho, 51 mil acessos ADSL de wholesale e 72 mil lacetes locais desagregados. No quarto trimestre de 2005, o ADSL de retalho continuou a registar um forte crescimento, tendo atingido um total de 585 mil clientes. Na sequência do upgrade dos clientes de banda larga, em que se multiplicou por quatro as velocidades oferecidas, aproximadamente 70% dos clientes de ADSL da PT dispõem já de velocidades superiores a 2 Mbps. Após o sucesso do lançamento do serviço de instant messenger da PT (Sapo Messenger) no primeiro semestre de 2005, a PT lançou os serviços de VoIP softphone e vídeo. O Sapo Messenger tinha mais de 370 mil utilizadores no final de 2005.

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Os planos de preços continuaram a registar um forte crescimento, com as adições líquidas a totalizar 387 mil no quarto trimestre de 2005, atingindo um total de 1.795 mil planos de preços. No quarto trimestre de 2005, a PT lançou novos planos de preços baseados em flat rates de tráfego ilimitado para vários períodos do dia. A PT lançou ainda, pela primeira vez, um plano mensal de tráfego ilimitado fixo-fixo dentro da própria rede. No quarto trimestre de 2005, o ARPU total (voz e dados) diminuiu 6,9%, face a igual período de 2004, para 32,5 euros. O ARPU de assinatura e voz (PSTN/RDIS excluindo Internet dial-up) decresceu 9,9% para 27,9 euros, em resultado da redução das receitas de tráfego, e o ARPU de dados (incluindo ADSL e Internet dial-up) aumentou 16,4%, representando já 14,0% do ARPU total no quarto trimestre de 2005. O ARPU de ADSL situou-se em 25,5 euros no quarto trimestre de 2005, face a 30,9 euros no quarto trimestre de 2004. A diluição do ARPU de ADSL resultou do aumento da penetração do produto pré-pago. A PT continua a ser o operador líder no mercado de dados e de soluções integradas em Portugal. No quarto trimestre de 2005, a venda de capacidade de Internet a clientes empresariais aumentou 172,2%, face a igual período do ano anterior, devido à expansão da oferta de ADSL. No quarto trimestre de 2005, o número total de acessos de comunicação de dados aumentou 1,4% face a igual período do ano anterior. A capacidade dos circuitos alugados a clientes finais aumentou 1,9% no quarto trimestre de 2005 e a capacidade digital atingiu 96,3% do total da capacidade dos circuitos alugados. Tabela 25 _ Detalhe do Tráfego de Rede Fixa milhões de minutos

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Tráfego total 3.641 3.961 (8,1%) 1,4% 14.818 16.478 (10,1%)Retalho 1.551 1.778 (12,8%) 2,4% 6.400 7.250 (11,7%)

Fixo-fixo nacional 1.051 1.198 (12,3%) 3,2% 4.339 4.961 (12,5%)Fixo-móvel 202 218 (7,5%) (6,6%) 844 918 (8,1%)Internacional 104 97 7,5% (4,9%) 411 372 10,6% Outro 194 265 (26,8%) 13,3% 806 998 (19,3%)

Wholesale 2.091 2.183 (4,2%) 0,8% 8.418 9.229 (8,8%)Internet 369 622 (40,7%) (8,9%) 1.818 3.151 (42,3%)

Tráfego originado na rede fixa 2.499 2.936 (14,9%) 1,2% 10.446 12.440 (16,0%)MOU do tráfego originado (minutos / mês) 217 248 (12,4%) 1,4% 224 260 (13,7%)MOU de retalho (minutos / mês) 163 173 (5,9%) 5,4% 163 175 (6,7%)MOU fixo-fixo nacional (minutos / mês) 92 101 (8,9%) 4,5% 93 104 (9,9%) No quarto trimestre de 2005, o tráfego total diminuiu 8,1% face ao quarto trimestre de 2004, em resultado dos decréscimos de 12,8% no tráfego de retalho e de 4,2% no tráfego de wholesale, determinado essencialmente pela queda de 40,7% no tráfego de Internet de banda estreita, devido à continuação da migração para banda larga. O tráfego fixo-fixo nacional decresceu 12,3% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior. O MOU de retalho, excluindo as linhas de pré-selecção, decresceu 5,9% face a igual período de 2004, para 163 minutos no quarto trimestre de 2005. No quarto trimestre de 2005, o tráfego internacional aumentou 7,5% face ao quarto trimestre de 2004, em resultado do forte crescimento no número de cartões pré-pagos de chamadas.

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09 Móvel Portugal • TMN

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Tabela 26 _ Demonstração de Resultados do Negócio Móvel Portugal (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 397,5 415,2 (4,3%) (3,4%) 1.557,1 1.606,3 (3,1%)Prestação de serviços 347,2 362,9 (4,3%) (5,4%) 1.403,6 1.446,3 (3,0%)

Billing 280,4 274,5 2,1% (5,3%) 1.116,3 1.087,3 2,7% Interligação 66,8 88,4 (24,4%) (5,8%) 287,3 359,0 (20,0%)

Vendas 47,9 53,7 (10,7%) 13,9% 146,3 153,3 (4,5%)Outros proveitos operacionais 2,4 (1,3) n.s. 3,0% 7,1 6,7 5,4% Custos operacionais, excluindo amortizações 230,9 232,2 (0,5%) (3,2%) 883,5 859,4 2,8%Custos com pessoal 10,8 14,1 (23,7%) (27,9%) 54,2 54,1 0,0% Custos directos dos serviços prestados 74,4 82,9 (10,2%) (6,7%) 309,4 320,0 (3,3%)

Custos de telecomunicações 66,5 76,7 (13,3%) (9,0%) 281,4 296,6 (5,1%)Outros 7,9 6,2 27,4% 18,6% 27,9 23,4 19,5%

Custo das mercadorias vendidas 53,5 59,8 (10,5%) (13,1%) 192,7 171,0 12,7% Marketing e publicidade 11,0 7,1 54,2% 32,2% 35,5 27,5 29,3% Serviços de suporte 16,3 9,6 70,6% 128,5% 32,4 36,1 (10,2%)Fornecimentos e serviços externos 34,7 40,1 (13,4%) (17,5%) 162,3 151,5 7,2% Provisões 10,3 (0,6) n.s. 33,8% 26,8 31,7 (15,4%)Outros custos operacionais 20,0 19,3 3,4% 16,0% 70,2 67,5 4,0% EBITDA 166,5 183,0 (9,0%) (3,6%) 673,5 746,9 (9,8%)Amortizações 51,9 46,0 12,9% 1,0% 204,9 193,5 5,9% Resultado operacional 114,6 137,0 (16,4%) (5,6%) 468,7 553,4 (15,3%)Margem EBITDA 41,9% 44,1% (2,2pp) (0,1pp) 43,3% 46,5% (3,2pp)Capex 66,2 92,9 (28,8%) 17,5% 170,2 154,9 9,8% Capex em % dos proveitos operacionais 16,6% 22,4% (5,7pp) 3,0pp 10,9% 9,6% 1,3ppEBITDA menos Capex 100,4 90,1 11,4% (13,8%) 503,3 592,0 (15,0%)(1) Inclui transacções intragrupo. Os proveitos operacionais da TMN, no quarto trimestre de 2005, diminuíram 4,3%, face ao quarto trimestre de 2004, totalizando 397 milhões de euros, em resultado essencialmente do impacto da redução das tarifas de interligação nas receitas de serviço. De facto, o aumento do billing de 2,1% no quarto trimestre de 2005, face ao período homólogo, resultante do crescimento do número de clientes pós-pagos e das receitas de dados, não foi suficiente para compensar a redução de 24,4% nas receitas de interligação. Como resultado, as receitas de serviços diminuíram 4,3% no quarto trimestre de 2005, para 347 milhões de euros. A forte descida das receitas de interligação ficou a dever-se essencialmente à redução das tarifas de interligação, tanto fixo-móvel como móvel-móvel, nos últimos trimestres. A redução nas tarifas de interligação, no início de Outubro de 2005, para 0,13 euros, traduziu-se numa descida média de 30,2% das tarifas de interligação no quarto trimestre de 2005. Excluindo o impacto da descida das tarifas de interligação, os proveitos operacionais teriam aumentado 1,9% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior. No quarto trimestre de 2005, o EBITDA atingiu 167 milhões de euros, uma redução de 9,0% face ao quarto trimestre de 2004, em resultado principalmente: (1) da forte redução das tarifas de interligação, a qual teve um impacto no EBITDA do trimestre de 14 milhões de euros; (2) do aumento dos custos de aquisição e retenção de clientes relacionados com a expansão do 3G, e (3) do acréscimo de outros custos relacionados com a expansão da rede 3G, nomeadamente o aumento dos custos de circuitos alugados. A margem EBITDA no quarto trimestre de 2005 foi de 41,9%.

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09 Móvel Portugal • TMN

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 35 / 52

No quarto trimestre de 2005, o capex totalizou 66 milhões de euros, equivalente a 16,6% dos proveitos operacionais. O capex foi essencialmente direccionado para a capacidade e cobertura de rede, incluindo a expansão dos serviços de 3G (48,5% do capex de rede), e para a melhoria da qualidade de serviço e apoio ao cliente. O EBITDA menos Capex aumentou 11,4% para 100 milhões de euros, equivalente a 25,3% dos proveitos operacionais. Tabela 27 _ Dados Operacionais do Negócio Móvel Portugal

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Clientes (mil) 5.312 5.053 5,1% 1,9% 5.312 5.053 5,1% Adições líquidas (mil) 97 113 (13,6%) (9,3%) 259 167 55,2% MOU (minutos) 123 120 2,3% (1,8%) 122 121 0,5% ARPU (euros) 22,2 24,4 (8,9%) (5,2%) 22,8 24,5 (6,8%)

Customer bill 17,9 18,5 (2,8%) (4,9%) 18,1 18,4 (1,4%)Interligação 4,3 5,9 (28,0%) (6,2%) 4,7 6,1 (23,2%)

ARPM (cêntimos euro) 18,1 20,3 (11,0%) (3,5%) 18,8 20,2 (7,3%)Dados em % das receitas (%) 13,6 11,3 2,3pp 1,9pp 11,8 10,0 1,9ppSARC (euros) 51,3 42,0 22,1% (5,7%) 59,2 44,7 32,3% CCPU (1) (euros) 11,4 11,9 (4,1%) (5,5%) 11,6 11,4 1,4% ARPU menos CCPU (euros) 10,8 12,5 (13,5%) (4,8%) 11,2 13,1 (14,0%)(1) CCPU (cash cost per user) = custos operacionais menos provisões, amortizações e venda de terminais por utilizador. No quarto trimestre de 2005, a TMN continuou a construir a sua posição de liderança no mercado móvel em Portugal. Na sequência do processo de expansão do serviço 3G em Portugal, a TMN lançou uma marca independente de baixo custo, chamada UZO no segundo trimestre de 2005, com o objectivo de servir melhor tanto os actuais como novos segmentos de mercado. As adições líquidas registadas no quarto trimestre de 2005 ascenderam a 97 mil, reflectindo a expansão de 3G e o sucesso inicial do UZO. Como resultado, o número total de clientes no final de 2005 aumentou 5,1%, face a igual período do ano anterior, para 5.312 mil clientes, dos quais 176 mil eram clientes do UZO. Os clientes pós-pagos representaram aproximadamente 51% do total das adições líquidas no quarto trimestre de 2005, face a 18% no terceiro trimestre de 2005 e 43% no quarto trimestre de 2004. Os clientes pós-pagos registaram deste modo um crescimento de 12,4% em relação ao ano anterior, tendo o peso do segmento pré-pago decrescido para 82% da base total de clientes. A expansão de 3G teve uma evolução positiva no trimestre, com o número de clientes 3G a ascender a 385 mil no final de 2005. O ARPU no quarto trimestre de 2005 diminuiu 8,9%, face ao mesmo período do ano anterior, para 22,2 euros, em resultado da descida de 11,0% do ARPM no mesmo período, reflectindo a descida das tarifas de interligação. Excluindo o impacto da redução das tarifas de interligação, o ARPU teria decrescido 2,2% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior. A utilização média mensal (MOU) aumentou 2,3% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 123 minutos, em resultado de campanhas que tiveram como objectivo estimular a utilização. As receitas de serviços de dados tem continuado a suportar a evolução do ARPU, representando já 13,6% das receitas de serviço no quarto trimestre de 2005, face a 11,3% em igual período do ano anterior. O

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09 Móvel Portugal • TMN

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 36 / 52

aumento das receitas de serviços de dados está essencialmente relacionado com o forte crescimento de serviços de dados que não os SMS, que aumentaram 74,2% no quarto trimestre de 2005, face a igual período de 2004, e representaram 21,0% do total das receitas de dados no período. Os toques, screen savers, jogos e desporto (notícias e golos em vídeo) constituem os downloads mais utilizados diariamente. O número de mensagens (SMS) no quarto trimestre de 2005 totalizou 433 milhões, equivalente a cerca de 57 mensagens por mês por utilizador activo de SMS. O número total de clientes que utilizam o serviço SMS representava cerca de 54% da base total de clientes no final do período.

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10 Móvel Brasil • Vivo

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 37 / 52

Tabela 28 _ Demonstração de Resultados do Negócio Móvel Brasil (1) milhões de reais

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 3.425,9 3.158,2 8,5% 13,5% 12.387,0 11.628,1 6,5%Prestação de serviços 2.752,2 2.684,2 2,5% 4,2% 10.567,8 10.364,2 2,0% Vendas 486,1 355,4 36,8% 52,0% 1.422,0 993,0 43,2% Outros proveitos operacionais 187,6 118,6 58,2% 227,0% 397,2 270,9 46,6% Custos operacionais, excluindo amortizações 2.764,3 2.332,5 18,5% 26,1% 9.301,3 7.999,7 16,3%Custos com pessoal 166,8 165,1 1,0% 9,8% 627,3 605,3 3,6% Custos directos de serviços prestados (inc. Cust. tel.) 384,0 301,8 27,2% 33,7% 1.310,0 1.067,6 22,7% Custo das mercadorias vendidas 652,5 905,1 (27,9%) 9,8% 2.557,1 2.751,3 (7,1%)Marketing e publicidade 212,8 114,8 85,4% 104,1% 529,2 415,0 27,5% Serviços de suporte 266,5 130,5 104,2% 25,2% 836,1 681,4 22,7% Fornecimentos e serviços externos 479,9 389,8 23,1% 19,2% 1.647,8 1.378,9 19,5% Provisões 404,5 128,6 214,6% 100,3% 884,9 385,1 129,8% Outros custos operacionais 197,4 196,7 0,3% (17,0%) 908,8 715,1 27,1% EBITDA 661,6 825,7 (19,9%) (20,0%) 3.085,7 3.628,4 (15,0%)Amortizações 687,3 571,8 20,2% 19,9% 2.390,6 2.100,9 13,8% Resultado operacional (25,7) 253,9 n.s. n.s. 695,1 1.527,5 (54,5%)Margem EBITDA 19,3% 26,1% (6,8pp) (8,1pp) 24,9% 31,2% (6,3pp)Capex 856,2 753,0 13,7% 118,9% 2.195,1 1.920,5 14,3% Capex em % dos proveitos operacionais 25,0% 23,8% 1,1pp 12,0pp 17,7% 16,5% 1,2ppEBITDA menos Capex (194,6) 72,7 n.s. n.s. 890,6 1.707,9 (47,9%)(1) Informação preparada de acordo com os IFRS. Os proveitos operacionais da Vivo, em reais e de acordo com os IFRS, aumentaram 8,5% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 3.426 milhões de reais, reflectindo essencialmente o aumento das receitas de serviços e das vendas de equipamentos. O forte crescimento registado nas vendas de equipamentos deveu-se ao aumento do peso nas vendas dos equipamentos topo de gama, bem como das barreiras à entrada para o segmento pré-pago. O EBITDA diminuiu 19,9% no quarto trimestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para 662 milhões de reais. A margem EBITDA decresceu 6,8pp para 19,3% no trimestre, reflectindo essencialmente o aumento das provisões, maioritariamente relacionado com tráfego não atribuível a clientes. A Vivo encontra-se no processo de implementação de sistemas que irão limitar este risco. Excluindo o impacto destas provisões, a margem EBITDA teria sido de aproximadamente 26% em 2005. O capex aumentou 13,7% para 856 milhões de reais no quarto trimestre de 2005, equivalente a 25,0% dos proveitos operacionais. O capex foi essencialmente direccionado para o aumento da capacidade, expansão das tecnologias 1xRTT e EV-DO, bem como para a cobertura de CDMA nas regiões onde a CRT e a TCO operam e para a integração dos sistemas de facturação, CRM e ERP entre as subsidiárias da Vivo. No quarto trimestre de 2005, o EBITDA menos Capex foi negativo em 195 milhões de reais em resultado do aumento do capex.

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10 Móvel Brasil • Vivo

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 38 / 52

Tabela 29 _ Dados Operacionais do Negócio Móvel Brasil (1)

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Clientes (mil) 29.805 26.543 12,3% 3,3% 29.805 26.543 12,3% Quota de mercado áreas de operação (%) 44,4 50,9 (6,5pp) (1,5pp) 44,4 50,9 (6,5pp)Adições líquidas (mil) 964 1.898 (49,2%) 144,4% 3.262 5.887 (44,6%)Churn total (%) 23,0 23,5 (0,5pp) (0,4pp) 21,8 22,4 (0,6pp)MOU (minutos) 74 87 (14,3%) (2,9%) 78 89 (12,6%)ARPU (reais) 29,0 31,5 (8,0%) 2,5% 28,7 32,8 (12,6%)Dados em % das receitas (%) 6,2 4,8 1,4pp (0,0pp) 6,0 4,2 1,8ppSARC (reais) 148,2 164,7 (10,0%) (13,1%) 166,6 152,8 9,0% CCPU

(2) (reais) 17,4 18,6 (6,5%) 4,1% 17,3 18,5 (6,2%)ARPU menos CCPU (reais) 11,5 12,8 (10,1%) 0,2% 11,3 14,3 (20,8%)(1) Dados operacionais calculados de acordo com o GAAP brasileiro. (2) CCPU (cash cost per user) = custos operacionais menos provisões, amortizações e venda de terminais por utilizador. O número total de clientes da Vivo aumentou 12,3%, face ao ano anterior, para 29.805 mil clientes no final de 2005, com os clientes pré-pagos a representar 80,7% da base total de clientes da Vivo. O número de adições líquidas totalizou 964 mil no quarto trimestre de 2005, com a quota de mercado da Vivo a situar-se em 44,4% nas regiões onde opera e 34,5% no mercado total brasileiro. A quota de mercado em regiões importantes como São Paulo, Centro Oeste e Rio Grande do Sul, situou-se em aproximadamente 50%. No quarto trimestre de 2005, o mercado continuou muito competitivo, apesar de se ter registado uma mudança no enfoque do segmento pré-pago para o segmento médio e alto. Como resultado do aumento das barreiras à entrada no segmento pré-pago, o SARC unitário diminuiu 10,0% para 148 reais, com o decréscimo do nível de subsidiação a compensar o aumento unitário das comissões e dos custos de marketing. Neste contexto, a Vivo lançou novas campanhas comerciais com o objectivo de promover o tráfego na própria rede e a utilização de dados. Adicionalmente, a Vivo continuou a liderar em termos de inovação, tendo lançado ofertas adicionais para o segmento empresarial, incluindo novos serviços de mail e de roaming. As receitas de dados representaram 6,2% das receitas de serviços no quarto trimestre de 2005, face a 4,8% no quarto trimestre de 2004. Aproximadamente 41% das receitas de dados foram provenientes de outros serviços de dados que não os SMS, como downloads, acesso à Internet e outros. No quarto trimestre de 2005, o MOU total registou uma redução de 14,3% face a igual período do ano anterior, situando-se em 74 minutos, devido essencialmente à evolução negativa do tráfego de entrada (com o respectivo MOU a decrescer aproximadamente 16%), em particular nos pré-pagos que houve um impacto do rebalanceamento das tarifas e do aumento dos preços de interligação fixo-móvel (V-UM). O MOU pós-pago aumentou 2,7% no quarto trimestre de 2005, face a igual período de 2004, reflectindo o forte crescimento do MOU originado. O ARPU total da Vivo no quarto trimestre de 2005 foi de 29,0 reais, uma redução de 8,0% face a igual período do ano anterior, principalmente em resultado da descida do tráfego de entrada. Contudo, o ARPU do segmento pós-pago no quarto trimestre de 2005 aumentou 6,7%, face a igual período do ano anterior, devido ao aumento do tráfego originado.

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11 Multimédia • PT Multimedia

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 39 / 52

Tabela 30 _ Demonstração de Resultados do Negócio Multimédia (1) milhões de euros

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Proveitos operacionais 157,8 161,6 (2,3%) (1,7%) 628,5 598,8 5,0%TV por subscrição e Internet por cabo 134,6 139,7 (3,7%) (4,5%) 551,7 513,2 7,5% Audiovisuais 21,9 21,3 2,7% 12,1% 75,8 84,9 (10,8%)Outros 1,3 0,5 157,0% n.s. 1,0 0,7 58,9% Custos operacionais, excluindo amortizações 106,3 114,5 (7,2%) (5,7%) 433,2 420,0 3,1%Custos com pessoal 11,2 11,4 (1,3%) 5,5% 43,9 43,7 0,4% Custos directos dos serviços prestados 52,3 48,6 7,7% 4,3% 201,3 185,0 8,9%

Custos de programação 34,7 32,9 5,4% (0,8%) 138,3 126,9 9,0% Custos de telecomunicações 7,6 7,5 0,8% 3,5% 30,5 26,8 13,9% Outros 10,1 8,1 23,5% 27,6% 32,5 31,3 3,9%

Custo das mercadorias vendidas 1,8 4,6 (60,4%) (44,0%) 13,2 18,3 (27,7%)Marketing e publicidade 6,2 7,0 (11,0%) 26,2% 20,3 24,2 (16,0%)Serviços de suporte 9,1 10,9 (17,1%) (23,9%) 40,3 38,2 5,6% Fornecimentos e serviços externos 19,5 22,3 (12,7%) (5,6%) 82,1 83,1 (1,2%)Provisões 0,1 1,8 (92,4%) (97,7%) 9,9 5,7 75,1% Outros custos operacionais 6,0 7,9 (24,0%) 13,3% 22,1 21,9 0,7% EBITDA 51,5 47,1 9,4% 7,9% 195,3 178,8 9,2%Amortizações 17,0 12,6 35,4% 4,0% 61,9 51,4 20,4% Resultado operacional 34,5 34,5 (0,0%) 9,9% 133,4 127,4 4,7%Margem EBITDA 32,6% 29,1% 3,5pp 2,9pp 31,1% 29,9% 1,2ppCapex 110,2 39,0 182,7% n.s. 185,5 73,2 153,6% Capex em % dos proveitos operacionais 69,8% 24,1% 45,7pp 57,5pp 29,5% 12,2% 17,3ppEBITDA menos Capex (58,7) 8,1 n.s. n.s. 9,8 105,6 (90,8%)(1) Inclui transacções intragrupo. Os proveitos operacionais da PTM diminuíram 2,3% no quarto trimestre de 2005, face ao período homólogo de 2004, para 158 milhões de euros, em resultado do decréscimo de 3,7% dos proveitos operacionais da TV por subscrição e Internet por cabo. Os proveitos operacionais da TV por subscrição e Internet por cabo reflectem o impacto negativo dos ajustamentos feitos na base de clientes, no seguimento da migração para novos sistemas após 10 anos de actividade. Os proveitos operacionais dos audiovisuais aumentaram 2,7% no quarto trimestre de 2005, face a igual período de 2004, em resultado do aumento da venda de direitos, quer para canais de cinema de TV por subscrição, quer para canais de televisão de sinal aberto. O EBITDA da PTM aumentou 9,4% no quarto trimestre de 2005, face ao quarto trimestre de 2004, para 51 milhões de euros, com a margem EBITDA a subir 3,5pp para 32,6%. O crescimento do EBITDA e da respectiva margem reflecte essencialmente a racionalização dos custos. No entanto, a PTM continua a investir no desenvolvimento do seu negócio, na qualidade dos serviços e na introdução de novos produtos. Deste modo, o crescimento do EBITDA foi condicionado pelo investimento adicional em programação (2 milhões de euros) resultante do reforço da oferta de televisão com o lançamento do novo serviço digital de televisão (Funtastic Life) e dos novos canais premium. O capex da PTM aumentou de 39 milhões de euros no quarto trimestre de 2004 para 110 milhões de euros no quarto trimestre de 2005. O aumento no capex deveu-se essencialmente à capitalização de 66 milhões de euros, correspondente ao valor actual de pagamentos relativo a um compromisso de longo prazo com o

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11 Multimédia • PT Multimedia

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 40 / 52

negócio de rede fixa, estabelecido no quarto trimestre de 2005, para aquisição dos direitos de utilização da capacidade de rede, que impactará no futuro positivamente os custos de telecomunicações. Como este capex é relativo a um acordo entre a PTM e o negócio de rede fixa, não tem qualquer impacto no capex consolidado da PT. O capex da PTM no quarto trimestre de 2005 inclui ainda investimentos num transponder adicional utilizado no negócio de TV por subscrição, em sistemas de informação, em set top boxes e na capacidade de rede. Tabela 31 _ Dados Operacionais do Negócio de TV por Subscrição e Internet por Cabo (1)

4T05 4T04 ∆ 05/04 ∆ 4T/3T 2005 2004 ∆ 05/04Casas passadas (mil) 2.666 2.551 4,5% 1,5% 2.666 2.551 4,5%

Com capacidades interactivas (mil) 2.547 2.418 5,3% 1,7% 2.547 2.418 5,3% Clientes TV por subscrição (2) (3) (mil) 1.479 1.449 2,1% (0,4%) 1.479 1.449 2,1%

Cabo 1.090 1.066 2,2% (0,6%) 1.090 1.066 2,2% Satélite 389 383 1,7% 0,2% 389 383 1,7%

Adições líquidas TV por subscrição (mil) (6) 10 n.s. n.s. 30 54 (43,8%)Taxa penetração do cabo (%) 40,9 41,8 (0,9pp) (0,9pp) 40,9 41,8 (0,9pp)Subscrições premium (3) ('000) 774 833 (7,1%) (2,9%) 774 833 (7,1%)Pay to basic ratio (%) 52,3 57,5 (5,1pp) (1,3pp) 52,3 57,5 (5,1pp)Acessos banda larga via cabo (mil) 348 305 14,1% 2,0% 348 305 14,1% Adições líquidas banda larga cabo (mil) 7 21 (67,9%) (24,3%) 43 75 (42,7%)ARPU total (euros) 27,5 25,9 6,1% (2,9%) 27,6 25,4 8,5%

(1) Em resultado de uma limpeza da base de dados no segundo trimestre de 2005, na sequência da migração para os novos sistemas de CRM, aprovisionamento e facturação, o número de clientes de TV por subscrição no final do 2T05, 1T05 e 4T04 foi, respectivamente, de 1.465 mil, 1.456 mil e 1.449 mil. O número ajustado de clientes de banda larga via cabo foi no final do 2T05, 1T05 e 4T04 de 333 mil, 319 mil e 305 mil, respectivamente. (2) Os números apresentados referem-se ao número total de clientes do serviço básico da TV por subscrição. A TV por subscrição oferece vários pacotes básicos, suportados em diversas tecnologias, direccionados para diferentes segmentos de mercado (doméstico, imobiliário e hotelaria), com distinto âmbito geográfico (Portugal continental, ilhas e internacional) e com um número variável de canais. (3) Os números apresentados incluem produtos em regime de promoção temporária (i.e., promoções do tipo "Experimente e Compre").

O número de casas passadas totalizou 2.666 mil no final de 2005, das quais 95,6% dispõem de capacidade para Internet de banda larga. A PTM prosseguiu no quarto trimestre com o programa de expansão da sua rede de cabo para áreas de elevada densidade populacional contíguas às actualmente cabladas. Este programa foi iniciado no terceiro trimestre de 2005 e irá continuar em 2006, prevendo-se que o número de casas passadas aumente em aproximadamente 300 mil até ao final de 2006. O serviço de TV por subscrição atingiu 1.479 mil clientes no final de 2005 (1.090 mil clientes por cabo e 389 mil clientes por satélite), o que representa cerca de 42% dos lares com televisão em Portugal. O decréscimo de 6 mil clientes no quarto trimestre resulta do desligamento de clientes efectuado no final do ano, relacionado com uma limpeza da base de dados, nomeadamente a dívidas de cobrança duvidosa, no seguimento da migração para novos sistemas após 10 anos de actividade. Adicionalmente, a base de clientes no quarto trimestre de 2005 reflecte o impacto inicial da alteração do sistema de encriptação no serviço de TV por satélite, bem como o desligamento do sinal analógico nos canais premium no serviço por cabo em quase todo o país. Os clientes de banda larga aumentaram 14,1% no quarto trimestre de 2005, face a igual período de 2004, totalizando 348 mil no final de 2005. Aproximadamente 7 mil clientes Netcabo foram adicionados no quarto trimestre de 2005, com a taxa de penetração do serviço Internet entre os clientes por cabo a aumentar para 32,0% no final de 2005, face a 28,6% no final de 2004. Apesar do sucesso do produto pré-pago em 2005, o

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11 Multimédia • PT Multimedia

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 41 / 52

peso dos clientes de Internet de banda larga com velocidades de download de 2Mbps ou superiores representam mais de 50% da base de clientes residenciais no final de Dezembro de 2005. Com o objectivo de aumentar a fidelidade dos clientes, a PTM aumentou recentemente as capacidades de tráfego de download na totalidade dos seus serviços (no Netcabo 256, a capacidade para download internacional aumentou de 300 Mbps para 1Gbps, e no Netcabo 4 Mega e no Netcabo 8 Mega aumentou para 30 Gbps), tornando a oferta da PTM uma das mais competitivas no mercado. No quarto trimestre de 2005, a PTM continuou o processo de digitalização dos serviços de TV por subscrição, tendo o número instalado de set top boxes digitais ascendido a 508 mil no final de 2005. Nas zonas em que o sinal analógico dos canais premium já foi desligado, a PTM verificou que as vendas de conteúdos premium aumentaram entre duas e seis vezes. O lançamento inicial da oferta de 65 canais de TV digital (Funtastic Life), em Maio de 2005, tem registado uma forte adesão, tendo atingindo 160 mil clientes no final de Dezembro de 2005. O número de subscrições dos serviços premium diminuiu 7,1% no final de 2005, face ao final do ano anterior, para 774 mil, correspondendo a um pay to basic ratio de 52,3%, reflectindo essencialmente a situação macroeconómica mais desfavorável. O canal Sport TV continua a ser o conteúdo premium com mais sucesso, totalizando 417 mil clientes. O ARPU total da TV por subscrição e Internet por cabo no quarto trimestre de 2005 aumentou 6,1%, face ao ano anterior, para 27,5 euros, reflectindo o aumento da penetração dos serviços de banda larga e o pacote digital. Na sequência dos recentes resultados positivos dos testes realizados em tecnologia VoIP, a PTM pretende lançar uma oferta do serviço VoIP na parte final do terceiro trimestre de 2006, sujeito à obtenção das necessárias aprovações regulatórias.

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12 Outros Investimentos Internacionais

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Tabela 32 _ Destaques Financeiros dos principais Activos em Africa e na Ásia (2005) (1) (2) milhões

Posição Proveitos local ∆ 05/04 EBITDA local ∆ 05/04 Margem Proveitos euros EBITDA eurosMédi Télécom 32,18% 4.315,8 20,2% 1.735,9 2,1% 40,2% 392,0 157,7Unitel 25,00% 445,0 81,1% 308,0 91,9% 69,2% 357,4 247,4CTM 28,00% 1.895,1 13,7% 800,9 10,3% 42,3% 190,0 80,3CVT 40,00% 6.094,7 7,3% 3.505,9 0,4% 57,5% 55,3 31,8Timor Telecom 41,12% 17,2 4,3% 5,5 (18,7%) 32,0% 13,9 4,4CST 51,00% 109.609,0 10,6% 38.823,0 10,6% 35,4% 8,3 2,9(1) Todas as informações calculadas em GAAP local. (2) Referente a 100% das empresas. A PT tem um contrato de gestão na Médi Télécom, CVT, Unitel e Timor Telecom. Em 2005, os proveitos operacionais da Médi Télécom aumentaram 20,2% face ao ano anterior, para 4.316 milhões de dirham marroquinos, enquanto que o EBITDA subiu 2,1%, para 1.736 milhões de dirham. A base total de clientes aumentou 37,5% face a 2004, para 4.034 mil clientes, com as adições líquidas em 2005 a totalizarem 1.100 mil. O MOU decresceu 10,9% em 2005, face ao ano anterior, situando-se em 60 minutos. O ARPU foi de 102 dirham em 2005, um decréscimo de 20,9% face a 2004, em resultado do aumento da base de clientes. Os proveitos operacionais e o EBITDA da Unitel registaram um crescimento em 2005 de 81,1% e 91,9%, face ao ano anterior, respectivamente, devido ao forte crescimento da base de clientes. As adições líquidas totalizaram 657 mil em 2005, com a base total de clientes a atingir 1.198 mil no final de 2005, um acréscimo de 121,4% face ao ano anterior. Em 2005, o MOU decresceu 23,5% face a 2004, para 174 minutos, em resultado do crescimento da base de clientes. O ARPU totalizou 45,6 dólares em 2005, um decréscimo de 26,8%, devido essencialmente ao forte crescimento da base de clientes. Os proveitos operacionais da CTM aumentaram 13,7% em 2005, face ao ano anterior, para 1.895 milhões de patacas, em resultado do crescimento dos clientes móveis e de banda larga. O EBITDA registou um acréscimo de 10,3%, face ao ano anterior, reflectindo o crescimento dos proveitos. No segmento móvel, o ARPU da CTM foi de 220 patacas em 2005, representando uma diminuição de 7,2% face a 2004, essencialmente em resultado do aumento da concorrência e do crescimento do segmento pré-pago. Em Cabo Verde, os proveitos operacionais e o EBITDA da CVT em 2005 aumentaram 7,3% e 0,4%, respectivamente, face ao ano anterior. No segmento de rede fixa, o número total de acessos decresceu 2,8% em 2005, face ao ano anterior, para 71 mil, enquanto que a base de clientes do segmento móvel registou um crescimento de 24,2% face a 2004, para 82 mil clientes. O MOU atingiu 81 minutos, um decréscimo de 1,4% em 2005 face ao ano anterior. O ARPU foi de 2.443 escudos em 2005, uma diminuição de 9,4% face a 2004, em resultado do crescimento da base de clientes. Em Timor Leste, os proveitos operacionais da Timor Telecom registaram em 2005 um acréscimo de 4,3%, face a 2004, para 17 milhões de dólares essencialmente em resultado do aumento dos clientes móveis. O EBITDA diminuiu 18,7% em 2005, face ao ano anterior, devido ao aumento dos serviços de suporte e das provisões. No segmento móvel, a Timor Telecom adicionou 7.350 novos clientes em 2005, atingindo um total de 33.072 clientes. O MOU decresceu 14,5% em 2005, face ao ano anterior, atingindo 97 minutos, em

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12 Outros Investimentos Internacionais

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 43 / 52

consequência do aumento da base de clientes. O ARPU do segmento móvel foi de 35 dólares em 2005, representando um decréscimo de 16,5% face ao ano anterior. Em São Tomé e Príncipe, os proveitos operacionais da CST aumentaram 10,1%, face a 2004, para 109.609 milhões de dobras em 2005, e o EBITDA registou um acréscimo de 10,6%, para 38.823 milhões de dobras. No segmento móvel, a CST adicionou 4.208 novos clientes em 2005, atingindo um total de 11.953 clientes. O MOU decresceu 12,8% em 2005, face ao ano anterior, situando-se em 86 minutos, em resultado do aumento da base de clientes. O ARPU foi de 376 mil dobras em 2005, um decréscimo de 3,9% face ao ano anterior.

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13 Eventos do 4º Trimestre e Desenvolvimentos Recentes

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 44 / 52

Capital Social > Em 21 de Dezembro de 2005, a PT reduziu o

seu capital social de 1.166.485.050 para 1.128.856.500 euros, através do cancelamento de 37.628.550 acções próprias, as quais foram adquiridas em 2005. O número de acções canceladas correspondeu a 3,0% do capital social anterior ao cancelamento de 7,0% em Dezembro de 2004, completando assim o programa de share buyback de 10% anunciado em Setembro de 2003.

Dívida

> Em 7 de Fevereiro de 2006, a Moody’s e a

Standard & Poor’s colocaram os seus ratings para a PT em revisão para um eventual downgrade, na sequência do anúncio pela Sonaecom de uma oferta não solicitada de aquisição da totalidade das acções e das obrigações convertíveis da PT. Actualmente, os ratings da Moody’s e da Standard & Poor’s para a PT são, respectivamente, A3 e A-.

Alienação de Activos

> Em 25 de Novembro de 2005, a PT concluiu a

alienação da sua participação de 100% na PrimeSys, no Brasil à Embratel, por um montante de 251 milhões de reais, conforme anunciado em 5 de Agosto de 2005. O encaixe total para a PT ascendeu a 261 milhões de reais (100 milhões de euros), incluindo o recebimento proveniente de uma redução de capital da PrimeSys.

> Em 16 de Dezembro de 2005, a PT alienou uma participação de 16% na UOL no Brasil, por 201 milhões de reais (35 milhões de acções da UOL ao preço de 18 reais por acção) na OPV da empresa.

Reestruturação Societária

> Em 5 de Dezembro de 2005, a PT anunciou que

os Conselhos de Administração da TCP, TCO, TSD, TLE e CRTPar aprovaram a proposta de realização de uma reestruturação societária. Esta operação visa a incorporação de acções da TCO para conversão em subsidiária integral da TCP e a incorporação das sociedades TSD, TLE e CRTPar pela TCP, que passou a ser denominada Vivo Participações S.A. Como consequência da reestruturação, os accionistas da TCO, TSD, TLE e CRTPar irão receber novas acções da TCP: 3,0830 novas acções ou ADS da TCP por cada 1 acção ou ADS da TCO, 3,2879 novas acções ou ADS da TCP por cada 1 acção ou ADS da TSD, 3,8998 novas acções ou ADS da TCP por cada 1 acção ou ADS da TLE, e 7,0294 novas acções da TCP por cada 1 acção da CRTPar.

> Em 22 de Fevereiro de 2006, os accionistas da

TCP, TCO, TSD, TLE e CRTPar aprovaram esta reestruturação societária nas respectivas Assembleias Gerais Extraordinárias.

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13 Eventos do 4º Trimestre e Desenvolvimentos Recentes

Portugal Telecom | Resultados Anuais 2005 45 / 52

Conselho de Administração > Em 29 de Dezembro de 2005, a PT anunciou

que Henrique Granadeiro e Rodrigo Costa foram nomeados, pelo Conselho de Administração, como membros da Comissão Executiva da PT, a qual passou a ser composta por sete membros. A nomeação de Rodrigo Costa para a Comissão Executiva da PT vem na sequência da sua cooptação como membro do Conselho de Administração da PT.

> Em 6 de Janeiro de 2006, a PT anunciou que

Miguel Horta e Costa, CEO da PT, realizou uma redistribuição de alguns pelouros da Comissão Executiva. Henrique Granadeiro assumiu a responsabilidade pelo pelouro de recursos humanos e, em colaboração com o CEO, acompanhar os pelouros de estratégia e regulação. Em acumulação com as suas funções actuais, Zeinal Bava assumiu a responsabilidade pelo negócio móvel doméstico (TMN), cessando as suas funções como Vice-Presidente do negócio de rede fixa. Rodrigo Costa assumiu a responsabilidade pelo negócio de rede fixa.

> Em 6 de Fevereiro de 2006, a PT anunciou que o administrador Jorge Maria Bleck comunicou a sua renúncia ao cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da PT.

> Em 20 de Fevereiro de 2006, a PT anunciou que

o administrador Peter Golob comunicou a sua renúncia ao cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da PT.

Oferta Pública de Aquisição

> Em 7 de Fevereiro de 2006, a PT informou que a

Sonaecom publicou um anúncio preliminar de oferta não solicitada de aquisição de acções da PT, com vista à obtenção de uma posição de controlo na empresa.

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14 Maiores Participações

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Tabela 33 _ Maiores ParticipaçõesEmpresa País Negócio Participação de capital Método de consolidaçãoRede fixa Portugal Rede fixa 100,00% Consolidação integralTMN Portugal Móvel 100,00% Consolidação integralBrasilcel (Vivo) Brasil Móvel 50,00% Consolidação proporcional

TCP Brasil Móvel 66,10% TCO Celular Brasil Móvel 52,47% Global Telecom Brasil Móvel 100,00%Tele Sudeste Celular Brasil Móvel 91,03%Celular CRT Brasil Móvel 68,77%Tele Leste Celular Brasil Móvel 50,67%

PT Multimedia (1) Portugal Multimédia 58,43% Consolidação integralCTM Macau Rede fixa/móvel 28,00% Método de equivalência patrimonialMédi Télécom Marrocos Móvel 32,18% Método de equivalência patrimonialCabo Verde Telecom Cabo Verde Rede fixa/móvel 40,00% Consolidação integralUnitel Angola Móvel 25,00% Método de equivalência patrimonialTimor Telecom Timor Leste Rede fixa/móvel 41,12% Consolidação integralCST São Tome e Príncipe Rede fixa/móvel 51,00% Consolidação integralUOL Brasil ISP 29,00% Método de equivalência patrimonial(1) A 31 de Dezembro de 2005, a PT tinha acesso a 9,9% do capital da PTM através de contratos de equity swap.

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15 Bases de Apresentação

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Aplicação dos International Financial Reporting Standards O Grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards) em 2005, tendo aplicado para o efeito o “IFRS 1 – First-Time Adoption of International Financial Reporting Standards” sendo a data de transição para efeitos de apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004. Anteriormente, as demonstrações financeiras do Grupo eram apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal, conforme estabelecidos no Plano Oficial de Contabilidade e demais legislação complementar (“POC”). Os ajustamentos efectuados às demonstrações financeiras em 1 de Janeiro de 2004, foram calculados de forma retrospectiva, tal como determinado pelo IFRS 1. No âmbito da adopção dos IFRS e conforme estabelecido na adenda ao IAS 19, efectivo em Novembro de 2005, a PT alterou a política de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, que são agora reconhecidos directamente no capital próprio. Anteriormente, os ganhos e perdas actuariais eram diferidos e amortizados em resultados, na rubrica de benefícios de reforma, durante o período médio de vida laboral dos trabalhadores activos. A nova política adoptada pela PT está em linha com a recente revisão do normativo dos benefícios de reforma, o qual é considerado como a melhor prática para o tratamento contabilístico desta matéria. Principais diferenças entre os IFRS e o POC 1. Obrigações com o desmantelamento de activos

De acordo com os IFRS, o custo de aquisição dos activos tangíveis deverá incorporar o valor das obrigações de desmantelamento, remoção ou reposição da situação inicial, desde que o mesmo possa ser estimado com razoável fiabilidade e que o seu pagamento seja provável. De acordo com o POC, o reconhecimento destas obrigações deverá ser efectuado no momento em que o respectivo custo seja incorrido. 2. Transacções de sale and lease back

No âmbito do desenvolvimento da sua actividade, o Grupo celebrou contratos de QTE sobre equipamentos de telecomunicações e operações de venda e aluguer de imóveis, tendo recebido up-front fees na data de celebração dos referidos contratos. De acordo com os IFRS, estas operações consubstanciam um sale and lease back, pelo que os ganhos obtidos com as mesmas são reconhecidos em resultados durante o período de duração do contrato, os activos não deverão ser desreconhecidos do balanço e os veículos utilizados deverão ser consolidados pelas entidades que deles obtenham os benefícios económicos. Em POC, os ganhos obtidos foram reconhecidos no momento em que a operação foi realizada, para determinadas operações os activos foram desreconhecidos e os veículos utilizados nas operações não foram consolidados pelo facto de o Grupo não ter a maioria dos direitos de voto sobre o seu capital. Transacções de Sale and lease back. De acordo com os IFRS, os up-front fees recebidos em operações de cross boarder lease devem ser reconhecidos durante o período do contrato. De acordo com o PGAAP, estes ganhos são registados quando recebidos.

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15 Bases de Apresentação

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3. Benefícios de reforma

De acordo com os IFRS e conforme estabelecido na adenda ao IAS 19, efectiva em Novembro de 2005, a PT adoptou os seguintes procedimentos contabilísticos: (1) o reconhecimento das perdas e ganhos actuariais directamente no capital próprio, e (2) o reconhecimento do deficit relativo a responsabilidades com benefícios de reforma existente na data do reconhecimento inicial dos mesmos (“obrigação da transição”, que no caso da PT foi em 1993), no prazo de 5 anos. De acordo com o PGAAP, os ganhos e perdas actuariais e a obrigação de transição são reconhecidos em resultados durante o período médio de vida laboral dos trabalhadores activos. 4. Distribuição de acções a empregados

De acordo com os IFRS, o custo inerente à distribuição de acções a empregados, a título de prémio ou bónus, é registado pelo justo valor em resultados no momento em que o Grupo assume essa responsabilidade. De acordo com o POC, a distribuição de acções a empregados é reconhecida directamente na situação líquida no momento em que a mesma é efectuada. 5. Provisões para reestruturação

De acordo com os IFRS, as provisões para reestruturação só podem ser registadas mediante o cumprimento de determinados requisitos, nomeadamente no que respeita à existência de planos aprovados pela administração, da razoabilidade da mensuração das obrigações e da probabilidade de ocorrência do pagamento, entre outros. De acordo com o POC, o registo de provisões para reestruturação obedece a critérios de prudência no registo de provisões. 6. Amortização do goodwill

De acordo com os IFRS, o goodwill gerado na aquisição de investimentos financeiros não é amortizado, sendo objecto de análise periódica de imparidade. De acordo com o POC, o goodwill é amortizado regularmente por resultados, sendo também objecto de análise periódica de imparidade. O IFRS 1 estabeleceu que para efeitos de aplicação desta regra a data de transição é 1 de Janeiro de 2004. 7. Amortização das licenças de telecomunicações

De acordo com os IFRS, as licenças de telecomunicações são amortizadas linearmente pelo respectivo período de vigência. De acordo com o POC, é permitida a utilização de diferentes metodologias de amortização, desde que as mesmas se mostrem mais adaptadas aos benefícios esperados das licenças. 8. Alocação do goodwill gerado na aquisição de empresas

De acordo com os IFRS, o preço de compra de investimentos financeiros deve ser alocado ao justo valor dos activos e passivos adquiridos, a intangíveis não registados na empresa, e o remanescente a goodwill. De acordo com o POC, o valor excedente à proporção dos activos líquidos adquiridos não tem de ser alocado de acordo com os critérios estabelecidos nos IFRS, sendo usualmente registado como goodwill. O Grupo fez uso de uma excepção permitida pelo IFRS 1, tendo somente procedido à alocação do preço de compra de acordo com as regras estabelecidas no IFRS 3 nas aquisições efectuadas após 1 de Janeiro de 2004.

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15 Bases de Apresentação

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9. Despesas de instalação e investigação e desenvolvimento

De acordo com os IFRS, as despesas de instalação são reconhecidas directamente em resultados no momento em que são incorridas. De acordo com o POC, as despesas de instalação deverão ser inicialmente reconhecidas como activo fixo incorpóreo e amortizadas linearmente por resultados. De acordo com os IFRS, as despesas referentes à fase de investigação de um qualquer projecto são reconhecidas directamente em resultados quando incorridas, e as despesas referentes à fase de desenvolvimento podem ser inicialmente reconhecidas como um activo e amortizadas por um determinado período (desde que seja possível provar a existência de benefícios económicos futuros gerados pelo respectivo projecto). De acordo com o POC, as despesas de investigação e desenvolvimento podem ser inicialmente reconhecidas como activo fixo intangível e amortizadas por um determinado período, desde que o projecto a elas associado se tenha materializado. 10. Custos diferidos

De acordo com os IFRS, os custos diferidos relativos a despesas de formação, marketing e publicidade, e manutenção e reparação são reconhecidos em resultados quando incorridos. De acordo com o POC, estes custos podem ser diferidos e amortizados por um determinado período, desde que seja possível identificar benefícios futuros para a empresa. 11. Custos com a aquisição de clientes (SAC)

De acordo com os IFRS, os SAC são reconhecidos em resultados quando incorridos. Em alternativa, é permitido reconhecer os SAC como um activo fixo intangível e amortizar durante o período expectável de permanência do cliente na rede, desde que seja possível alocar a cada cliente o respectivo custo. Em POC, as duas alternativas são também possíveis, no entanto, o reconhecimento como activo requer unicamente que se prove a existência de benefícios futuros. Em IFRS, o Grupo optou por reconhecer os SAC em resultados quando os custos são incorridos. 12. Instrumentos financeiros

De acordo com os IFRS, os instrumentos financeiros detidos pelo Grupo são reconhecidos a valor de mercado, sendo a variação dos mesmos reconhecida em capitais próprios ou resultados, em função da existência ou não de cobertura contabilística de acordo com os critérios estabelecidos para o efeito pelo IAS 39. Em POC, somente as variações no valor de mercados dos derivados que claramente não sejam identificáveis como de cobertura são reconhecidas em resultados. 13. Equity swaps sobre acções próprias

De acordo com os IFRS, os equity swaps sobre acções próprias reúnem os requisitos do IAS 32 para serem reconhecidos como um passivo para aquisição efectiva das acções no momento inicial. Em POC, apenas é reconhecida uma provisão para os equity swaps, sempre que o seu valor de mercado seja negativo. 14. Empréstimos por obrigações convertíveis

De acordo com os IFRS, nos empréstimos por obrigações convertíveis emitidos pela empresa são reconhecidas inicialmente duas componentes: (1) o valor actual correspondente à dívida no passivo, e (2) o valor de mercado da opção de conversão directamente na situação líquida. Em cada momento, o passivo é

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registado pelo seu custo amortizado. Em POC, os empréstimos por obrigações convertíveis são reconhecidos directamente no passivo pelo seu valor nominal até à maturidade. 15. Reconhecimento da receita

De acordo com os IFRS, as receitas provenientes da venda de determinados produtos/serviços compostos deverão ser alocadas a cada um dos seus componentes e reconhecidas separadamente de acordo com os critérios definidos para cada um desses componentes. Em POC, as receitas de produtos/serviços compostos são reconhecidas no momento da venda. 16. Investimentos financeiros (disponíveis para venda)

De acordo com os IFRS, os investimentos financeiros classificados para efeitos contabilísticos como disponíveis para venda são registados a valor de mercado, sendo a correspondente variação registada em capitais próprios; no momento da alienação, as variações acumuladas no valor de mercado devem ser transferidas para resultados. Em POC, estes investimentos financeiros são registados ao menor do custo de aquisição ou do valor de mercado, com as variações a serem registadas em resultados. 17. Reclassificações

De acordo com os IFRS, foram ainda efectuadas as seguintes principais reclassificações às demonstrações financeiras em POC: > As provisões para investimentos financeiros foram deduzidas ao valor do correspondente activo; > As provisões para activos fixos foram deduzidas ao correspondente valor do activo bruto; > Os subsídios ao investimento ainda não reconhecidos em resultados foram deduzidos aos

correspondentes activos fixos; > Determinadas receitas operacionais passaram a ser registadas pelo valor bruto dos respectivos custos, e > O goodwill gerado na aquisição de empresas associadas foi incluído no valor do investimento

financeiro.17.

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15 Bases de Apresentação

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Tabela 34 _ Reconciliação do Resultado Líquido milhões de euros

2004Resultado líquido de acordo com o POC 500,1Obrigações com o desmantelamento de activos (1) (1,5)Transacções de sale and lease back (2) (1,6)Benefícios de reforma (3) 60,4Distribuições de acções a empregados (4) (4,5)Provisões para reestruturação (5) (2,0)Amortização do goodwill (6) 88,5Amortização das licenças de telecomunicações (7) (17,9)Alocação do goodwill gerado na aquisição de empresas (8) (0,8)Despesas de instalação e investigação e desenvolvimento (9) 1,6Custos diferidos (10) 2,4Custos com a aquisição de clientes (11) 5,8Instrumentos financeiros (12) 4,5Equity swaps sobre acções próprias (13) (8,2)Empréstimos por obrigações convertíveis (14) (4,0)Reconhecimento da receita (15) 0,4Resultado líquido de acordo com as IFRS 623,2 Tabela 35 _ Reconciliação do Capital Próprio milhões de euros

31 Dezembro 2004Capital próprio antes de interesses minoritários em POC 2.704,8Obrigações com o desmantelamento de activos (1) (20,3)Transacções de sale and lease back (2) (37,7)Benefícios de reforma (3) (765,4)Provisões para reestruturação (5) 4,2Amortização do goodwill (6) 84,6Amortização das licenças de telecomunicações (7) (58,0)Alocação do goodwill gerado na aquisição de empresas (8) (0,8)Despesas de instalação e investigação e desenvolvimento (9) (24,1)Custos diferidos (10) (5,4)Custos com a aquisição de clientes (11) (18,4)Instrumentos financeiros (12) 12,9Equity swaps sobre acções próprias (13) (189,8)Empréstimos por obrigações convertíveis (14) 3,4Reconhecimento da receita (15) (6,5)Investimentos financeiros (disponíveis para venda) (16) 2,9Capital próprio antes de interesses minoritários em IFRS 1.686,5

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Informação Adicional

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Esta informação está também disponível no site da Relação com Investidores da PT em http://ir.telecom.pt Detalhes para a Teleconferência: Data: 7 de Março de 2006 Horário: 16:00 (Portugal/UK), 17:00 (CET), 11:00 (EUA/NY) Números de Telefone Fora EUA: +1 201 689 8261 EUA e Canadá: 877 869 3847 Se não for possível a participação nesta data, o replay da teleconferência estará disponível durante uma semana através dos seguintes números: Fora EUA: +1 201 612 7415 (Código: 3082, ID da Conferência: 194954) EUA e Canadá: 877 660 6853 (Código: 3082, ID da Conferência: 194954) Contactos Zeinal Bava Chief Financial Officer [email protected] Francisco Nunes Chief Accounting Officer [email protected] Nuno Prego Investor Relations Officer [email protected] Portugal Telecom Avenida Fontes Pereira de Melo, 40 1069-300 Lisboa, Portugal Tel.: +351 21 500 1701 Fax: +351 21 500 0800

A presente release contém objectivos acerca de eventos futuros, de acordo com o U.S. Private Securities Litigation Reform Act de 1995. Tais objectivos não constituem factos ocorridos no passado, reflectindo apenas aspirações da comissão executiva da empresa. Os termos “antecipa”, “acredita”, “estima”, ”espera”, “prevê”, “pretende”, “planeia”, e outros termos similares, visam identificar tais objectivos, os quais obviamente envolvem riscos ou incertezas, previstos ou não pela empresa. Os resultados futuros da actividade da empresa podem portanto diferir das actuais aspirações. Os objectivos contidos neste documento traduzem a opinião unicamente na data em que são definidos, não se obrigando a empresa a actualizá-los à luz de novas informações ou desenvolvimentos futuros. Este comunicado foi tornado público pela Portugal Tele-com, SGPS, S.A. (“Empresa” ou “PT”). Os investidores deverão ler o relatório de solicitação/recomendação da Empresa no Schedule 14D-9, assim que o mesmo for registado junto da Securities and Exchange Commission, nos Estados Unidos da América (a “SEC”), dado conter informações relevantes. O relatório de solicita-ção/recomendação, bem como outros documentos públi-cos arquivados pela PT junto da SEC encontram-se dispo-níveis gratuitamente na página de Internet da SEC, www.sec.gov, e junto da PT. A PT está cotada na Euronext e na New York Stock Exchange. Encontra-se disponível informação sobre a empresa na Reuters através dos códigos PTC.LS e PT e na Bloomberg através do código PTC PL.