Relatório Estágio I Assistência Farmacêutica Junison&Cristina

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UNIÃO METROPOLITANA PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E CULTURA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

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Relatório

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UNIÃO METROPOLITANA PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E CULTURAFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Lauro de Freitas2014

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CRISTINA PITOMBOJUNISON OLIVEIRA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO IDE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Lauro de Freitas

Relatório do Estágio Supervisionado I apresentado ao curso de Farmácia como atividade de conclusão do estágio, sob orientação e solicitado pela orientada Profª. Yasmin Lourenzo, como requisito para obtenção de conclusão de nota, do estágio de Assistência Farmacêutica 2014.2.

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2014RESUMO

A Assistência Farmacêutica compreende um conjunto de atividades que envolvem o

medicamento e que devem ser realizadas de forma sistêmica, ou seja, articuladas e

sincronizadas, tendo, como beneficiário maior, o paciente.

É o resultado da combinação de estrutura, pessoas e tecnologias para o desenvolvimento

dos serviços em um determinado contexto social. Dessa forma, necessita de uma

organização de trabalho que amplie sua complexidade, de acordo com o nível de

aperfeiçoamento das atividades e da qualidade impressa nos serviços realizados.

Este relatório traduz as atividades realizadas e as situações vivenciadas no período que

estagiamos na área da Assistência Farmacêutica na Farmácia Básica do Centro de Saúde

Dr. Orlando Imbassahy do Estado da Bahia.

O objetivo principal foi observar como acontece o ciclo da Assistência Farmacêutica, como

foco maior na Atenção Farmacêutica no SUS, ou seja, o contato do farmacêutico com o

paciente, sua importância e benefícios à saúde da população. No período de estágio foram

realizadas atividades na Farmácia Básica e também em sala de aula visando sempre o a

importância do farmacêutico nos Sistemas de Saúde Público ou Privado.

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório possui a finalidade de apresentar a implantação do conhecimento

teórico, abordado durante o curso de Farmácia, em prática, através do desenvolvimento do

programa de estágio.

O Estágio Supervisionado I de Assistência Farmacêutica foi realizado no período 30

de agosto a 02 de dezembro de 2014, na Farmácia Básica do Centro de Saúde Dr. Orlando

Imbassahy do Estado da Bahia.

A Assistência Farmacêutica, como política pública, teve início em 1971 com a

instituição da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como missão o fornecimento de

medicamentos à população sem condições econômicas para adquiri-los (BRASIL, 1971) e

se caracterizava por manter uma política centralizada de aquisição e de distribuição de

medicamentos.

Conforme a Política Nacional de Medicamentos (Brasil, 1998), a reorientação da

Assistência Farmacêutica é uma diretriz fundamental para o cumprimento de seus principais

objetivos, que são: facilitar o acesso aos medicamentos essenciais e promover o uso

racional dos mesmos.

Como uma ação de saúde pública e parte integrante do sistema de saúde, a

Assistência Farmacêutica é determinante para a resolubilidade da atenção e dos serviços

em saúde e envolve a alocação de grandes volumes de recursos públicos.

Em 2004, a Resolução 338 aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica,

que a define como:

Art. 1º III – A Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à

promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o

medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este

conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos,

bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da

qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na

perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da

população.

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2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado constitui um momento de aquisição e aprimoramento de

conhecimentos e de habilidades essenciais ao exercício profissional, que tem como função

integrar teoria e prática.

O Estágio é entendido como eixo articulador da produção do conhecimento em todo o

processo de desenvolvimento do currículo do curso. Baseia-se no princípio metodológico de

que o desenvolvimento de competências profissionais implica colocar em prática os

conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica, quer na vida profissional e pessoal.

O estágio possibilita ao aluno entrar em contato com problemas reais da sua

comunidade, momento em que, analisará as possibilidades de atuação em sua área de

trabalho. Permite assim, fazer uma leitura mais ampla e crítica de diferentes demandas

sociais, com base em dados resultantes da experiência direta.

Este estágio teve como objetivos:

Integrar o processo de ensino, pesquisa e aprendizagem;

Aprimorar hábitos e atitudes profissionais;

Proporcionar aos alunos a oportunidade de aplicar habilidades desenvolvidas

durante o curso;

Possibilitar o confronto entre o conhecimento teórico e a prática adotada;

Proporcionar segurança ao aluno no início de suas atividades profissionais,

dando-lhe oportunidade de executar tarefas relacionadas às suas áreas de

interesse e de domínio adquirido.

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3. CENTRO DE SAÚDE DR. ORLANDO IMBASSAHY

Descuidado nos últimos dez anos, o Centro de Saúde Orlando Imbassahy, no Bairro da Paz,

foi reinaugurado em 11 de setembro de 2014, pelo atual prefeito de Salvador Antonio Carlos

Magalhães Neto. O posto reformado passa a ter uma capacidade de atendimento de mais

de três mil consultas por mês, 1.900 visitas domiciliares, duas mil consultas de enfermagem,

500 consultas odontológicas, além de possuir farmácia, salas de vacinação, dentre outros.

É uma unidade que visa um atendimento aos pacientes e que possui uma equipe de

multiprofissionais.

Especialidades:

Pediatria

Ginecologia

Clinico Geral

Odontologia

Enfermagem

Farmacêutico

Enfermagem

Serviço Social

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4. SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS

A seleção é um processo de escolha de medicamentos, baseada em critérios

epidemiológicos, técnicos e econômicos, estabelecidos por uma Comissão de Farmácia e

Terapêutica (CFT), visando assegurar medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivo com

a finalidade de racionalizar seu uso, harmonizar condutas terapêuticas, direcionar o

processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas. De acordo com a Organização

Mundial de Saúde (OMS), medicamentos essenciais são aqueles que “satisfazem às

necessidades prioritárias de saúde da população, os quais devem estar acessíveis em todos

os momentos, na dose apropriada, a todos os segmentos da sociedade”. Na Farmácia

Básica os medicamentos são selecionados de acordo com o perfil epidemiológico e o

número de pacientes atendidos pelo centro acrescentando-se uma porcentagem de 20% a

mais que esse número. Alguns medicamentos não constam na RESME, mas estão

presentes na RENAME.

“Os medicamentos selecionados devem ser aqueles com eficácia e segurança

comprovadas, ao melhor custo possível, pois são imprescindíveis para o tratamento das

doenças prevalentes na população-alvo, no âmbito municipal, microrregional, estadual e

nacional”.

Relação de medicamentos que contém na Farmácia do posto de saúde Dr. Orlando

Imbassahy;

Acarbose 50 mgÁcido Acetilsalicílico 100 mgAlendronato sódico70 mgAmitriptilina 25 mgAmoxicilina 500 mgAnlodipino 5 mgAtenolol 50 mgCarvedilol 12,5 mgCefalexina 500 mgDigoxina 0,25 mgEnalapril 20 mgEnalapril 5 mg

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Fluconazol 150 mgFurosemida 40 mgGlibenclamida 5 mgGlicazida 30 mgHidroclorotiazida 25 mgInsulina NPH 10 mlInsulina Regular 10 mlLosartana Potássica 50 mgMetformina 850 mgMetronidazol 250 mgMinoxidil 10 mgPropranolol 40 mgSinvastatina 20 mgVitaminas do complexo b

ANEXO COMPARATIVO PLANILHA DE INDICADORES DE DISPENSAÇÃO DE JANEIRO E DE OUTUBRO DE 2014

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INDICADORES GERAL DE DISPENSACÃO DE RECEITAS ATENDIDAS EM 2014

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

No período do estágio, apresentaram a nós o programa SISFARMA utilizado com o

objetivo de proporcionar um maior controle sobre o medicamento, desde sua solicitação pelo

farmacêutico da Farmácia Básica, pela aprovação ou adequação do pedido, até ao cadastro

do paciente para liberação final do medicamento. Manuseamos bastante o programa sobre

a supervisão da Farmacêutica Marly Moraes.

Mesmo não sendo graduados ainda, pudemos de alguma maneira orientar da forma

possível alguns pacientes sobre o horário, a ingestão, possível interação medicamentosa e

o armazenamento dos medicamentos na sua residência, fazendo assim a dispensação de

medicamentos.

Realizamos a conferência dos lotes, validades e quantidade dos medicamentos

solicitados a CAF, o que também é de suma importância e de obrigação do farmacêutico,

depois acompanhamos o lançamento dos medicamentos no SISFARMA para controle de

estoque e só depois pudemos organizá-los nas estantes.

Com a supervisão da Farmacêutica fizemos também um estudo sobre os

medicamentos dispensados na farmácia, com foco maior nos medicamentos para

hipertensão e diabetes de uso oral. E constatamos que esses medicamentos são os de

maior busca e dispensação.

A pedido da Farmacêutica Marly Moraes responsável pela Farmácia Básica foi

desenvolvido um banner de orientação para os pacientes, ensinando o que é a Hipertensão

e Diabetes e como os medicamentos devem ser ingeridos, armazenados e seus efeitos

adversos.

O Centro não consegue atender ao número de pacientes que buscam atendimento.

Um centro que atende um número grande de pessoas e abrange vários bairros próximos

que vão buscar atendimento lá, deveria ter mais investimentos para uma maior quantidade

de medicamentos e atendimento aos pacientes.

O tamanho físico da farmácia não comporta a quantidade de medicamentos

recebidos e os funcionários e estagiários dentro da mesma.

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O farmacêutico não exerce seu papel de profissional da saúde muitas vezes por

conta de várias atribuições administrativa e burocráticas. Muitas vezes deixa de impor sua

palavra quando ocorrem atitudes inadequadas com os funcionários balconistas. Os

funcionários que trabalham na farmácia não têm um treinamento devido, falam errado,

contam na hora de dispensar errado os medicamentos que já foram dispensadas em

quantidades diferentes em outros postos de saúde.

A falta de medicamentos é a maior deficiência, pessoas que precisam desses

medicamentos e não podem comprar. Esses pacientes ficam sem medicamentos por que o

governo parou de mandar a verba que deveria ser destinada à aquisição destes

medicamentos ou falta apenas uma reorganização de cálculo para solicitar os

medicamentos para atender toda a população que chegar ao posto. Trabalhando sempre

com uma margem de erro mínima.

De acordo com a Portaria 1.554 de 30 de julho de 2013:

Capítulo I

Art. 2 - O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de

acesso a medicamentos no âmbito do SUS, caracterizado pela busca da garantia da

integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado

estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério

da Saúde.

Parágrafo único. O acesso aos medicamentos que fazem parte das linhas de cuidado

para as doenças contempladas no âmbito do Componente de que trata o "caput" será

garantido mediante a pactuação entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios,

conforme as diferentes responsabilidades definidas nesta Portaria.

Mesmo sendo documentada a responsabilidade de cada esfera governamental ainda

existe a falta de medicamentos.

A falta de medicamentos é um problema grave de saúde pública, segundo a Lei

8.080/90 é um direito de todos terem atendimento e exames de qualidade, e acesso aos

medicamentos:

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Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado

prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e

execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de

doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem

acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,

proteção e recuperação.

Art. 6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde-SUS:

I - a execução de ações:

a) de vigilância sanitária;

b) de vigilância epidemiológica;

c) de saúde do trabalhador; e

d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

É necessária uma maior fiscalização sobre os bens gerados no país que deveriam ser

destinados ao Sistema Único de Saúde e a aquisição de medicamentos.

Diante do que foi visto é possível perceber que o centro foi criado com uma ótima intenção, mas na prática a falta de investimentos estrutura funcional e o despreparo de alguns profissionais faz do centro alvo de reclamações e críticas.

Antes do ingresso no centro, os funcionários deveriam ser orientados e capacitados

para atenderem os pacientes de forma mais humana. Respeitando-os, dando informações

básicas e incentivando-os a procurar o farmacêutico. Por que há o acumulo de função do

farmacêutico que as vezes atrapalha a orientação, mas também não há a procura dos

pacientes por esse profissional, não por falta de interesse, mas sim pela falta de informação

da importância desse profissional.

Os pacientes atendidos no centro são em sua grande maioria idosos e isso requer um

pouco mais de carinho e paciência. E deveria partir do farmacêutico mais programas

efetivos para saber sobre o tratamento, se houve alguma melhoria, se houve algum efeito

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adverso, como os medicamentos estão sendo guardados em casa. Deveria existir mais

contato entre o farmacêutico e o paciente.

Resolução 227/91

Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º - A Farmácia é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da

coletividade e tem pôr fim a promoção, proteção e recuperação da saúde, ao nível individual

ou coletivo, centradas no medicamento;

Uma forma de melhorar esse contato seria aproveitar o espaço que o centro oferece

para realização de palestras para orientação desses pacientes. Palestras sobre o Uso

Racional de Medicamentos, melhoria na alimentação e a prática de atividades físicas, como

utilizar e onde guardar os medicamentos e, os cuidados que os diabéticos e hipertensos

devem ter. Isso poderia ser feito numa parceria entre médicos, farmacêuticos e enfermeiros.

A equipe de saúde é formada pelos profissionais de saúde responsáveis pela

assistência ao paciente. O farmacêutico tem um importante papel neste contexto, devendo

integrar sua prática continuamente com os outros profissionais. Ele deve adaptar seu

conhecimento, habilidades e atitudes para prestar serviços farmacêuticos de alta qualidade.

O farmacêutico está entre o prescritor e o paciente. Esta é uma posição privilegiada

para a comunicação de informações sobre saúde e medicamentos. E para que isso ocorra,

é necessário que o farmacêutico tenha confiança e conhecimento seguro para interagir com

os outros profissionais de saúde e os pacientes. O paciente seria atendido pelo médico que

avaliaria seu estado e diagnóstico, prescreveria seu tratamento medicamentoso e aí entraria

a atuação do farmacêutico, pois o farmacêutico detém de todo o conhecimento sobre o

tratamento medicamentoso.

Resolução 227/91

Art. 16 – É dever do Farmacêutico:

X. Utilizar os meios de comunicação para prestar esclarecimentos, conceder

entrevistas ou palestras com finalidade educativa e de interesse social;

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6. CENTRO DE SAÚDE E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

A Atenção Farmacêutica é um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no

contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,

comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de

doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a

interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a

obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de

vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as

suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde

(OPAS, 2002).

A farmacêutico responsável pela Farmácia Básica não oferece este serviço aos

pacientes atendidos no Centro. Existem várias salas que poderiam ser usadas para

acontecer essa atuação por conta do farmacêutico exercendo atenção farmacêutica.

Resolução 227/91

Art. 16 – É dever do farmacêutico:

V. Assumir seu papel na determinação de padrões do ensino e do exercício da

Farmácia;

VI. Contribuir para a promoção da saúde pública, principalmente no campo da

prevenção, sobretudo quando desempenhar, nessa área, cargo ou função;

VII. Informar e assessorar ao paciente sobre a utilização correta do medicamento;

Como o farmacêutico vai ocupar o espaço que lhe cabe na sociedade, como os

pacientes vão ter noção da importância que ele tem na sua saúde se o próprio farmacêutico

não se valoriza e luta pelos seus direitos. Pensando somente nos fins lucrativos numa

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sociedade consumista onde medicamento é visto somente como bem de consumo e

farmácia apenas comércio.

O farmacêutico só vai ser reconhecido quando começar impor a sua palavra, quando

mostrar que como profissional da saúde ele é capaz de salvar vidas, que ser farmacêutico

não é somente ficar atrás do balcão da farmácia, e que ele não sabe apenas de

medicamentos. Prestando a atenção ao paciente, o farmacêutico vai pôr em prática o que

lhe foi ensinado.

Resolução 308/97

Art° 5 – Cabe ao farmacêutico:

• Promover a saúde dos profissionais de saúde e pacientes;

• Atuar como fonte de informação sobre medicamentos aos outros profissionais de

saúde;

• Participar ativamente em programas educacionais de saúde pública, promovendo o

uso racional de medicamentos;

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado I é a porta de entrada para uma vivencia na prática das atribuições

do farmacêutico na assistência farmacêutica. Podemos vivenciar todas as dificuldades

(principalmente no SUS) e alegrias da nossa profissão, como temos que nos dedicar e dar

todo o nosso amor para que o nosso esforço não venha ser em vão, para executarmos um

bom trabalho, e que esse trabalho possa ser reconhecido. A nossa profissão tem a cada dia

nos surpreendido, e nos dando mil certezas que estamos indo no caminho certo, espero que

até o final do curso possamos nos apaixonar pela área de ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA.

Os acertos que presenciamos nos fizeram apreciar mais o profissional farmacêutico, e os

erros despertou em nós o desejo de mudança, pois o farmacêutico é um profissional da

saúde e deve colocar em prática o que lhe é ensinado em cinco anos de faculdade.

Com certeza, esse primeiro estágio nos fez acordar pra realidade do sistema de saúde

pública de nosso país e essa experiência vamos levar para o resto das nossas vidas, passar

por um estágio no serviço público e ver de perto as deficiências que ele traz, nos

proporcionou crescer muito como estudantes e trouxe mais amor a profissão que

escolhemos.

As aulas realizadas para discussão com a docente também foram muito importantes, cada

tema discutido em sala, cada lei descrita e cada seminário apresentado nos fez capaz de

discernir o certo do errado.

Escolhemos ser uma profissional da saúde, não somente especialista em

medicamentos, mas sim futuros farmacêuticos que zela pela saúde da população, que

promove o uso racional de medicamentos e que assume o papel que lhe é de direito e

obrigação.

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8. BIBLIOGRAFIA

MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA

SUA ORGANIZAÇÃO

Site da ANVISA: portal. Acessado no dia 24/11/2014. ANVISA.gov.br

Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. /Organizado por Nelly Marin et

al. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003.

Política Nacional de medicamentos. Acessado no dia 24/11/2014. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf

Resolução nº 227, Conselho Federal de Farmácia. Acessado no dia 24/11/2014.

Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/227.pdf

Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta / Adriana Mitsue Ivama [et

al.]. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. Acessado no dia 24/11/2014.

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/PropostaConsensoAtenfar.pdf