Relatório de evolução da atividade seguradora – 4.º Trimestre 2015
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RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO
DA ATIVIDADE SEGURADORA
ASFAutoridade de Supervisãode Seguros e Fundos de Pensões
4.º TRIMESTRE • 2015
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RELATÓRIO DE EVOLUÇÃODA ATIVIDADE SEGURADORA
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4.º TRIMESTRE • 2015
AUTORIDADE DE SUPERVISÃO DE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES
ÍNDICE
SUMÁRIO SUMÁRIO
I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS
1. Análise global
2. Ramo Vida
3. Ramos Não Vida
a. Acidentes de Trabalho
b. Doença
c. Incêndio e Outros Danos
d. Automóvel
II PROVISÕES TÉCNICAS E ATIVOS REPRESENTATIVOS
1. Cobertura das provisões técnicas
2. Composição das carteiras de investimento
III RESULTADOS E MARGEM DE SOLVÊNCIA
1. Resultados líquidos
2. Margem de solvência
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ÍNDICE
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A inclusão, no início de 2015, de um operador dos ramos Não Vida que exercia atividade em Portugal
sob a forma de sucursal, no universo das empresas supervisionadas, veio implicar a necessidade de
efetuar alguns ajustamentos na análise da evolução da atividade seguradora.
Assim, retirando o efeito da inclusão deste operador, a produção de seguro direto, relativa à atividade
em Portugal, das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou, em termos globais, uma
variação de -12,6%, face ao período homólogo de 2014 (-17,8% em Vida e 3,8% em Não Vida).
Os custos com sinistros globais verifi caram um aumento de 8,4%, fortemente infl uenciado pelo ramo
Vida.
Em dezembro de 2015 observou-se um decréscimo do valor das carteiras de investimento das
empresas de seguros de 2,6%, face aos montantes sob gestão no fi nal do ano de 2014.
O rácio de cobertura das provisões técnicas registou um decréscimo de 0,3 pontos percentuais, tendo
passado de 105,8% em dezembro de 2014 para 105,5% no fi nal de 2015.
O resultado líquido global apurado neste período atingiu o valor de 378 milhões de euros.
A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pela ASF situou-se, no
fi nal de 2015, em 238%, o que representa um aumento de 32 pontos percentuais face ao fi nal de 2014.
SUMÁRIO
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ÍNDICE
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I. PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS
1. Análise global
Em termos globais, a produção de seguro direto registou uma diminuição de 11,6% face a igual período
de 2014, situando-se em cerca de 11,9 mil milhões de euros. Para este decréscimo foi determinante a
quebra de 17,8% verifi cada no ramo Vida. Os ramos Não Vida, por sua vez, registaram um acréscimo de
7,7%, para o qual também contribuiu a entrada, no período em análise, de uma empresa de seguros
Não Vida no universo das empresas supervisionadas (crescimento de 3,8% retirando o efeito deste
operador).
Produção de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 12 275 101 13 511 773 11 942 359
Ramo Vida 8 990 575 10 230 683 8 407 010
Ramos Não Vida 3 284 526 3 281 090 3 535 348
Os valores registados no ramo Vida conduziram a uma diminuição do peso deste ramo no total da
carteira de prémios de seguro direto de 5,3 pontos percentuais, face a dezembro de 2014.
Estrutura da carteira (2015)
Ramo Vida70,40%
Ramos Não Vida29,60%
O desenvolvimento global da produção, tomando como base os valores trimestrais, é modelado pelo
ramo Vida, dada a sua dimensão e dado que o comportamento da produção dos ramos Não Vida tem
revelado alguma constância – em média, ao longo dos trimestres, em torno dos 840 milhões de euros,
embora com uma tendência crescente.
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Evolução da produção de seguro direto
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Ramo Vida Ramos Não Vida Total
Milhões euros
Os custos com sinistros de seguro direto apresentaram em 2015, em termos globais, um incremento
de 9,3%, superior ao verifi cado no ano anterior (4,9%).
No ramo Vida os custos com sinistros aumentaram 10%, enquanto os ramos Não Vida apresentaram
um acréscimo de cerca de 6,6%.
Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 10 814 065 11 342 351 12 399 067
Ramo Vida 8 519 518 9 104 644 10 012 570
Ramos Não Vida 2 294 548 2 237 707 2 386 497
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O valor trimestral dos custos com sinistros do conjunto dos ramos Não Vida tem-se mantido
relativamente estável, em torno dos 570 milhões de euros, sendo a evolução global muito infl uenciada
pelo ramo Vida.
Evolução dos custos com sinistros de seguro direto em Portugal
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Ramo Vida Ramos Não Vida Total
Milhões euros
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2. Ramo Vida
A produção de seguro direto do ramo Vida registou uma variação negativa de cerca de 1820 milhões
de euros. Para esta diminuição contribuíram as variações negativas em quase todas as modalidades, à
exceção dos contratos de investimento ligados.
Produção de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 8 990 575 10 230 683 8 407 010
Contratos de Seguro 3 137 854 4 314 576 3 341 565
Vida Não Ligados 3 086 494 4 253 116 3 285 297
Vida Ligados 51 233 61 185 56 265
Operações de Capitalização 127 274 2
Contratos de Investimento 5 852 721 5 916 107 5 065 445
Vida Não Ligados 4 050 204 3 959 674 2 989 449
Vida Ligados 1 798 907 1 949 068 2 054 112
Operações de Capitalização 3 610 7 365 21 885
De salientar a evolução negativa dos Planos Poupança Reforma (PPR), que registaram uma diminuição
de 24,6% face ao período homólogo de 2014, representando em termos globais 22,3% da produção
total.
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Os gráfi cos seguintes, que comparam trimestres homólogos, evidenciam a evolução já mencionada.
Ramo Vida - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
1 8292 068
2 511 2 5822 549 2 460 2 434
2 7892 662
2 014 1 928 1 802
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
Vida Não Ligados - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
1 4761 597
1 9602 1042 010 1 978 1 966
2 2602 031
1 3461 519
1 378
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
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Vida Ligados - Produção de seguro direto (períodos homólogos)
353
471
552
474536
480 467527
630 657
404 419
0
100
200
300
400
500
600
700
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
As alterações verifi cadas na produção do ramo Vida implicaram um decréscimo de 3,1 pontos
percentuais no peso relativo dos contratos de investimento não ligados (35,6% em dezembro de
2014), por contrapartida do aumento registado nos contratos de investimento ligados que viram a sua
importância relativa aumentar 5,4 pontos percentuais.
Estrutura da carteira do Ramo Vida (2015)
Vida Não Ligados39,08%
Vida Ligados0,67%
Operações de Capitalização0,00%
Operações de Capitalização0,26%
Não Ligados35,56%
Ligados24,43%
Contratos deInvestimento
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Os custos com sinistros de seguro direto do ramo Vida aumentaram 10% face a 2014, conforme
indicado no seguinte quadro:
Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 8 519 518 9 104 644 10 012 570
Contratos de Seguro 2 762 387 2 884 305 3 587 699
Montantes pagos 2 723 742 2 887 673 3 553 399
Vida Não Ligados 2 690 336 2 856 263 3 511 518
Vida Ligados 32 858 30 369 41 418
Operações de Capitalização 548 1 041 463
Variação da provisão para sinistros 38 646 - 3 368 34 300
Vida Não Ligados 38 652 - 2 733 33 769
Vida Ligados - 74 - 610 535
Operações de Capitalização 67 - 26 - 4
Contratos de Investimento 5 757 130 6 220 339 6 424 872
Vida Não Ligados 2 400 902 2 846 094 2 976 176
Vida Ligados 3 104 797 2 940 750 2 460 741
Operações de Capitalização 251 431 433 495 987 954
Esta evolução é determinada pelo comportamento dos resgates, que apresentaram um aumento de
25% face ao período homólogo, tendo este aumento representado cerca de 53% dos custos com
sinistros do período em análise (46,5% em dezembro de 2014).
Refi ra-se que o valor dos resgates cresceu em todas as modalidades, à exceção dos contratos de seguro
e de investimento ligados.
A taxa de resgate, medida em função do valor das provisões e passivos fi nanceiros dos produtos
resgatáveis, foi de 13%, valor superior ao verifi cado em dezembro de 2014 (10,9%).
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O gráfi co seguinte evidencia o desenvolvimento trimestral do peso relativo de cada modalidade nos
custos com sinistros do ramo Vida.
Evolução da estrutura de custos com sinistros de seguro direto do Ramo Vida
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Não Ligados Ligados Operações de Capitalização
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3. Ramos Não Vida
A produção dos ramos Não Vida ultrapassou 3,5 mil milhões de euros, mais cerca de 254 milhões do
que em igual período do ano anterior. Contudo, retirando o efeito da referida entrada de um novo
operador, verifi ca-se um incremento de cerca de 3,8% face a 2014.
Produção de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 3 284 526 3 281 090 3 535 348
Acidentes de Trabalho 445 632 450 906 514 743
Doença 538 755 553 573 611 746
Incêndio e Outros Danos 667 340 666 145 698 977
Automóvel 1 258 082 1 236 139 1 307 260
Restantes Ramos 374 716 374 327 402 622
Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 96 697 97 371 102 582
Transportes e Mercadorias Transportadas 56 753 52 261 50 543
Responsabilidade Civil Geral 81 182 83 282 89 943
Diversos 140 085 141 412 159 553
Contratos de Prestação de Serviços 0 0 0
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Ramos Não Vida - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
932
777 796 780
924
770 804 782
984
826 871 855
0
200
400
600
800
1 000
1 200
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
Não obstante o facto da estrutura de prémios se ter mantido relativamente estável, a modalidade de
Acidentes de Trabalho e o ramo Doença aumentaram o seu peso no cômputo dos ramos Não Vida (0,8
e 0,4 pontos percentuais respetivamente), por contrapartida de decréscimos pouco signifi cativos do
peso nos outros ramos / modalidades.
Estrutura da carteira dos Ramos Não Vida (2015)
Automóvel36,98%
Acidentes e Doença34,77%
Aéreo0,19%
Diversos4,51%
Incêndio e Outros Danos19,77%
Marítimo e Transportes0,60%
Merc. Transportadas0,64%
Resp. Civil Geral2,54%
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Os custos com sinistros de seguro direto apresentaram um acréscimo de 6,6%, tendo a quase totalidade
dos ramos / modalidades seguido esta evolução positiva (exceção para Incêndio e Diversos).
De referir que, retirando a entrada do novo operador, os custos com sinistros cresceram apenas 2,1%.
Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 103 Euro
dez-13 dez-14 dez-15
Total 2 294 548 2 237 707 2 386 497
Montantes pagos 2 457 432 2 345 149 2 403 521
Acidentes de Trabalho 456 853 449 539 498 196
Doença 420 640 420 093 465 727
Incêndio e Outros Danos 443 297 377 790 319 163
Automóvel 996 724 977 977 993 738
Restantes Ramos 139 918 119 749 126 696
Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 37 009 37 607 35 275
Transportes e Mercadorias Transportadas 37 782 30 625 33 968
Responsabilidade Civil Geral 33 466 28 372 31 458
Diversos 31 661 23 144 25 996
Variação da provisão para sinistros - 162 885 - 107 442 - 17 025
Acidentes de Trabalho 9 621 62 728 56 830
Doença 1 103 1 817 - 214
Incêndio e Outros Danos 3 137 - 24 950 - 22 512
Automóvel - 153 303 - 140 812 - 46 060
Restantes Ramos - 23 443 - 6 225 - 5 068
Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 1 345 - 696 7 705
Transportes e Mercadorias Transportadas 3 518 4 168 - 7 809
Responsabilidade Civil Geral - 13 470 - 4 631 4 379
Diversos - 14 837 - 5 065 - 9 343
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A estrutura dos custos com sinistros de seguro direto dos ramos Não Vida tem sido semelhante ao
longo dos trimestres homólogos. Saliente-se, contudo, que no período em análise, o ramo Incêndio
e Outros Danos perdeu peso no conjunto dos custos com sinistros dos ramos Não Vida (menos 3,3
pontos percentuais face a setembro de 2014). Por seu lado, o ramo Automóvel registou um aumento
de 2,3 pontos percentuais.
Evolução da estrutura de custos com sinistros de seguro direto dos Ramos Não Vida
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
AT Doença Incêndio Automóvel Restantes Ramos C. Prestação Serviços
Analisando o rácio de sinistralidade (custos com sinistros / prémios brutos emitidos) do quarto trimestre
de 2015, constata-se que o mesmo aumentou 1,7 pontos percentuais face ao trimestre homólogo do
ano anterior, traduzindo o facto de o aumento dos prémios ter sido inferior ao dos custos com sinistros.
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Ramos Não Vida - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
69%72%
68%
71%
63%
72% 68%71%
60%
73%
66%
72%
52%
57%
62%
67%
72%
77%
82%
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Em termos acumulados, para 2015, este rácio decresceu 0,7 pontos percentuais, situando-se em 67,5%
(68,2% em igual período de 2014 e 69,9% em 2013), em resultado das referidas evoluções de prémios
(7,7%) e custos com sinistros (6,6%).
Ramos Não Vida - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal
66,0%
66,5%
67,0%
67,5%
68,0%
68,5%
69,0%
69,5%
70,0%
70,5%
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
dez-13 dez-14 dez-15
Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade
Milhões euros
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a. Acidentes de Trabalho
A produção de seguro direto de Acidentes de Trabalho apresentou, em dezembro de 2015, um
crescimento de 14,2%, superior ao verifi cado em dezembro do ano anterior.
Em termos comparativos, retirando o efeito do novo operador, o aumento real foi de cerca de 8,1%,
refl etindo o resultado dos esforços efetuados pelo setor segurador, nomeadamente na sequência das
recomendações da ASF e das medidas tomadas pelos operadores no sentido do restabelecimento do
equilíbrio técnico desta modalidade.
Acidentes de Trabalho - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
123106 107 109
124107 111 109
141
121 127 126
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
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4.º TRIMESTRE • 2015
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O rácio de sinistralidade do quarto trimestre diminuiu 4 pontos percentuais, situando-se em 129%.
Tal evolução refl ete o aumento dos prémios brutos emitidos.
Acidentes de Trabalho - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal(períodos homólogos)
86%
104% 100%
131%
90%
117% 118%
133%
94%106% 104%
129%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
De igual modo, analisando o rácio de sinistralidade acumulado verifica-se um decréscimo deste
indicador em 5,8 pontos percentuais (107,8% face a 113,6% em dezembro de 2014).
Acidentes de Trabalho - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal
70%
80%
90%
100%
110%
120%
0
100
200
300
400
500
600
dez-13 dez-14 dez-15
Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade
Milhões euros
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4.º TRIMESTRE • 2015
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b. Doença
A produção de seguro direto do ramo Doença apresentou um aumento de 10,5% (6,2% retirando o
efeito do novo operador) face ao trimestre homólogo do ano anterior.
Doença - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
Milhões euros
180
122 118 119
184
125 122 123
204
137 137 134
0
50
100
150
200
250
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
O rácio de sinistralidade trimestral cresceu dois pontos percentuais, atingindo os 91%.
Doença - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
59%
85% 87%
93%
57%
85%83% 89%
58%
83% 81%
91%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
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4.º TRIMESTRE • 2015
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O mesmo rácio, analisado o acumulado do ano, manteve o valor em cerca de 76%.
Doença - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal
75,0%
75,5%
76,0%
76,5%
77,0%
77,5%
78,0%
78,5%
0
100
200
300
400
500
600
700
dez-13 dez-14 dez-15
Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade
Milhões euros
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ÍNDICE
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c. Incêndio e Outros Danos
Em 2015, a produção de seguro direto do ramo Incêndio e Outros Danos cresceu 4,9% (retirando o
efeito do novo operador, esta evolução foi de 1,7%) face ao período homólogo do ano anterior.
Incêndio e Outros Danos - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
Milhões euros
198
154171
144
198
150172
146
202
155181
160
0
50
100
150
200
250
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Atendendo às diversas modalidades que compõem o ramo, torna-se conveniente analisar o impacto
que algumas delas têm na variação global. Assim, em termos relativos, apesar de quase metade das
modalidades apresentarem um decréscimo nos prémios brutos emitidos, este foi compensado pela
evolução positiva das modalidades de Riscos Múltiplos Habitação e Industrial, que em conjunto detêm
um peso no cômputo do ramo de cerca de 74%.
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Estrutura do ramo Incêndio e Outros Danos (2015)
Inc. Elem. Natureza0,06%
Agrícola-Incêndio0,06% Agrícola-Colheitas
2,58%
Avaria Máquinas2,14%
Cristais0,03%
Det. Bens Refrigerados0,00%
Outros Danos3,24%Pecuário
0,01%
Riscos Múlt. Comerciantes16,77%
Riscos Múlt. Habitação61,28%
Riscos Múlt. Industrial11,24%
Riscos Múlt. Outros1,93%
Roubo0,67%
Conjugando as variações associadas aos prémios e aos custos com sinistros, o rácio de sinistralidade do
quarto trimestre diminuiu de 57% em 2014 para 50% em 2015.
Incêndio e Outros Danos - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal(períodos homólogos)
82% 71%
49%
62%60%
45% 48% 57%
34%
59%
32%
50%
20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
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Para o período acumulado, este rácio registou uma melhoria de 10,5 pontos percentuais face a 2014,
atingindo o valor de 42,4%, em consequência da redução de 15,9% verifi cada nos custos com sinistros.
Incêndio e Outros Danos - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
0
100
200
300
400
500
600
700
800
dez-13 dez-14 dez-15
Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade
Milhões euros
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d. Automóvel
O ramo Automóvel registou uma variação positiva dos prémios brutos emitidos de seguro direto,
tendo-se verifi cado um aumento de 5,8% (retirando o efeito do novo operador, esta evolução foi de
2,1%) face ao período homólogo do ano anterior.
Automóvel - Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos)
323 304 310 321311 298 310 317323 316 329 339
0
100
200
300
400
500
600
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
Milhões euros
Os custos com sinistros do ramo Automóvel cresceram 26,7% face ao período homólogo de 2014.
Como consequência, o rácio de sinistralidade apresentou um aumento de 11 pontos percentuais.
Automóvel - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal(períodos homólogos)
71%66%
70%
61%
70%
76%
68%
58%
73% 75%73%
69%
55%
60%
65%
70%
75%
80%
85%
Março Junho Setembro Dezembro
2013 2014 2015
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Em termos acumulados, o aumento dos custos com sinistros de seguro direto do ramo em questão,
originou um rácio de 72,5%, 4,8 pontos percentuais acima do calculado para o mesmo período de
2014.
Automóvel - Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal
64%
65%
66%
67%
68%
69%
70%
71%
72%
73%
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
dez-13 dez-14 dez-15
Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade
Milhões euros
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1. Evolução trimestral da cobertura das provisões técnicas
No ano de 2015 observou-se um decréscimo de 2,6% no valor dos ativos detidos pelas empresas de
seguros face a dezembro de 2014. Esta redução é atenuada pelos investimentos alocados aos ramos
Não Vida.
O rácio de cobertura das provisões técnicas registou um valor de 105,5%, o que corresponde a uma
diminuição de 0,3 pontos percentuais em relação ao fi nal de 2014, provocado pelo decréscimo quer
dos ramos Vida quer dos ramos Não Vida, como se constata nos quadros seguintes:
Provisões técnicas do ramo Vida Valores em 103 Euros
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Total Ativos 44 990 971 46 096 650 44 679 995 44 071 171 43 598 306
Total PT 43 126 238 43 826 795 42 630 010 42 263 003 41 882 658
Vida excluindo ligados e PPR 16 384 830 16 271 222 16 058 684 15 871 299 16 077 505
PPR 13 571 034 14 113 003 13 942 699 14 005 943 13 789 418
Ligados 13 170 374 13 442 570 12 628 626 12 385 760 12 015 736
Cobertura das PT Vida 104,3% 105,2% 104,8% 104,3% 104,1%
103%
104%
105%
106%
38 00039 00040 00041 00042 00043 00044 00045 00046 00047 000
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Cobe
rtur
a PT
Milhões eurosVida
Total ativos Total PT Cobertura das PT Vida
II. PROVISÕES TÉCNICAS E ATIVOS REPRESENTATIVOS
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Provisões técnicas dos ramos Não Vida Valores em 103 Euros
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Total Ativos 6 254 827 6 855 839 6 501 500 6 345 225 6 317 844
Total PT 5 304 599 5 603 379 5 587 443 5 560 391 5 446 195
Acidentes de Trabalho 1 981 077 2 061 687 2 064 775 2 072 872 2 089 067
Outros seguros Não Vida 3 323 521 3 541 691 3 522 669 3 487 519 3 357 128
Cobertura das PT Não Vida 117,9% 122,4% 116,4% 114,1% 116,0%
112%
114%
116%
118%
120%
122%
124%
5 0005 2005 4005 6005 8006 0006 2006 4006 6006 8007 000
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Cobe
rtur
a PT
Milhões euros
Não Vida
Total ativos Total PT Cobertura das PT Não Vida
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2. Evolução trimestral da composição das carteiras de investimentos
A estrutura das carteiras de investimentos afetas à cobertura das provisões técnicas dos ramos Vida e
Não Vida é semelhante à observada ao longo de 2015. No entanto, importa destacar no ramo Vida, a
continuação da tendência de aumento do peso das ações e a diminuição do peso dos títulos de dívida.
Nos ramos Não Vida observa-se a tendência inversa.
No fi nal de 2015 os títulos de dívida representavam 72% das carteiras do ramo Vida e 58% das carteiras
dos ramos Não Vida.
Composição das carteiras de investimento do ramo Vida
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Total ativos (103 Euros) 44 990 971 46 096 650 44 679 995 44 071 171 43 598 306
Dívida pública 37% 37% 35% 36% 35%
Obrigações privadas 38% 37% 37% 36% 37%
Ações 3% 4% 6% 6% 7%
Fundos de investimento 10% 10% 10% 10% 10%
Depósitos bancários 11% 12% 10% 12% 11%
Outros 0% 1% 1% 1% 1%
Composição das carteiras de investimento dos ramos Não Vida
dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Total ativos (103 Euros) 6 254 827 6 855 839 6 501 500 6 345 225 6 317 844
Dívida pública 24% 26% 25% 26% 27%
Obrigações privadas 30% 29% 32% 33% 30%
Ações 14% 13% 13% 11% 13%
Fundos de investimento 7% 7% 5% 6% 6%
Imóveis 11% 10% 10% 10% 11%
Depósitos bancários 5% 6% 5% 5% 5%
Outros 8% 9% 10% 9% 8%
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4.º TRIMESTRE • 2015
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No fi nal do ano a composição das carteiras dos investimentos representativos das provisões técnicas,
dividida em carteira Vida Não Ligados, Vida Ligados e Não Vida, era a seguinte:
Composição das carteiras de investimentos em 31-12-2015
Vida Ligados Não Vida Total
Total ativos (103 Euros) 31 576 262 % 12 022 043 % 6 317 844 % 49 916 150 %
Dívida Pública 12 576 819 40% 2 785 309 23% 1 716 439 27% 17 078 567 34%
Obrigações Privadas 11 828 807 37% 4 112 084 34% 1 919 119 30% 17 860 010 36%
Ações 2 788 780 9% 86 496 1% 797 737 13% 3 673 012 7%
Fundos de investimento 1 471 333 5% 2 836 278 24% 390 957 6% 4 698 568 9%
Imóveis 73 301 0% 0 0% 687 771 11% 761 072 2%
Depósitos remunerados 876 948 3% 1 663 842 14% 54 056 1% 2 594 847 5%
Disponibilidades à vista 1 702 584 5% 465 371 4% 240 845 4% 2 408 800 5%
Derivados 42 447 0% 126 125 1% - 91 0% 168 481 0%
Empréstimos 1 934 0% 0 0% 14 750 0% 16 684 0%
Créditos sobre ress. 159 951 1% 2 871 0% 100 486 2% 263 308 1%
Outros ativos aceites 53 359 0% - 56 332 0% 395 775 6% 392 801 1%
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ÍNDICE
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4.º TRIMESTRE • 2015
AUTORIDADE DE SUPERVISÃO DE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES
1. Resultados Líquidos
No fi nal de 2015, os resultados líquidos das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF
estimam-se na ordem dos 378 milhões de euros (das 46 empresas de seguros, 37 apresentam valores
positivos).
2. Margem de solvência
A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pela ASF estima-se,
no fi nal de 2015, em 238%, o que representa um aumento de 32 pontos percentuais face ao fi nal
de 2014. Como é usual, as entidades especializadas no ramo Vida tiveram uma taxa de cobertura
inferior à dos operadores dos ramos Não Vida (217% e 249% respetivamente). As empresas mistas
apresentaram um rácio na ordem dos 255%.
Margem de solvência das empresas de seguros 31-12-2015 (estimativa)
190%
200%
210%
220%
230%
240%
250%
260%
- 500
500
1 500
2 500
3 500
4 500
5 500
Mistas Não Vida Vida Total
Milhões euros
MSD MSE Taxa de cobertura
III. RESULTADOS E MARGEM DE SOLVÊNCIA