Relatório atividades-2007-SERTE

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Relatório de Atividades Síntese (Intra-institucional) 50 + 1 1956 2007 Florianópolis Santa Catarina 2007

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Relatório de Atividades

Síntese

(Intra-institucional)

50 + 1

1956 2007

Florianópolis – Santa Catarina 2007

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“Um só nada faz, é o conjunto que opera” Demóstenes

(um espírito amigo, 1957)

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VISÃO DE CONSELHO

“Para ser eficaz, uma organização sem fins lucrativos necessita de um conselho forte, mas que faça o seu trabalho. O conselho não só ajuda a definir a missão da instituição, mas também é o guardião dessa missão e garante que a organização viva de acordo com seu compromisso básico. O conselho tem a função de garantir que a instituição tenha uma gerência competente – e a gerência certa. O papel do conselho é avaliar o desempenho da organização. E se houver uma crise, seus membros podem ter que ser bombeiros.” (DRUCKER, Peter F. Administração de

Organizações Sem Fins Lucrativos. Pioneira. 3ª edição. 1995, p.115.)

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APRESENTAÇÃO Irmãos Associados e Mantenedores,

Este é o Relatório de Atividades intra-institucional, onde consta a síntese das principais realizações e a Demonstrações da Receita e da Despesa (Balanço Social), relativo ao exercício social de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2007, visando possibilitar aos associados uma reflexão sobre o momento atual da instituição, seus enfrentamentos, seus avanços e oportunidades e suas perspectivas quanto ao futuro.

Oportuno destacar que os recursos financeiros oriundos dos 08 (oito) mil mantenedores da entidade foram exclusivamente destinados para atendimento dos idosos (80) e crianças (25), abrigados no Lar dos Idosos Irmão Erasto e Lar das Crianças Seara da Esperança, respectivamente.

A idade média dos idosos variou nestes últimos 12 meses, entre 82 e 79 anos, e a dependência física alcançou o índice de 90% dos idosos.

A maioria dos idosos é beneficiária da Lei Orgânica da Assistência Social (recebe o recurso financeiro denominado ‘benefício de prestação continuada’ - BPC). Estes dados impõem à SERTE uma maior qualidade de atendimento e serviços, o que se reflete sobre os custos institucionais, aumentando-os.

O atendimento à criança, em razão da especificidade de direitos violados e ameaçados, tem exigido abordagem técnica e atenção especializada. A presença de equipe multiprofissional e de técnicos de saúde se faz necessária. Estes serviços que visam à melhoria da qualidade do atendimento à criança, acrescem os custos institucionais.

A presença da SERTE em espaços públicos, como o dos Direitos Humanos e Cidadania, não é só uma exigência legal, mas é determinada pela própria Doutrina Espírita e pelo movimento federativo nacional, que orienta as organizações e os dirigentes espíritas a estarem conectados com os movimentos sociais, oportunizando a troca de experiências e de bons exemplos, realizando depoimentos, visando à construção do Mundo de Regeneração.

Já no que diz respeito à Divulgação da Doutrina Espírita, responsabilidade primeira da SERTE, ela se faz mediante os Centros Espíritas Allan Kardec e Irmão Erasto, como também pela constituição do estabelecimento “Centro de Comunicação Comunitária”.

Conselho de Administração (SERTE)

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Sumário I PARTE – SERTE 1. Introdução 2. Breve Histórico 3. Nosso Lema 4. Nossa Missão e Visão 5. Visão do Homem 6. Visão sobre a Política Pública para o Idoso 7. Visão do Meio Ambiente 8. Visão da Doutrina Espírita 9. Aonde Vamos (artigo) 10. A SERTE e a preservação dos princípios doutrinários na prática

espírita 11. A Agenda 21: Momento para a SERTE 12. Principais Compromissos da Gestão 2006-2008 13. Diretrizes da Gestão 2006-2008 14. Organograma 15. Plano de Desenvolvimento Sócio-Econômico e Espiritual II PARTE – ÁREAS DE ATUAÇÃO 1. Lar das Crianças Seara da Esperança (LC) 2. Lar dos Idosos Irmão Erasto (LV) 3. Educandário Lar de Jesus (ELJ) 4. Centro de Promoção, Proteção e Defesa de Direitos Humanos

(CPPDH) Centro de Atenção a Vítimas de Crimes Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas de Crimes Apoio aos Reeducandos da Grande Florianópolis Prestadores de Serviço: Orientação Judicial

5. Universidade Livre da SERTE (ULISERTE) 6. Centro de Comunicação Comunitária (CCC) 7. Centro de Atenção à Saúde e Terapia do Ser (CASIL)

Atendimento Mediúnico Serviço de Fisioterapia Serviço de Enfermagem Serviço de Psicologia Serviço Odontológico Perspectiva para o CASIL

8. Centro Espírita Allan Kardec (CEAK) 9. Centro Espírita Irmão Erasto (CEIE) 10. Centro de Profissionalização, Esporte, Lazer e Cultura (CEPELC) 11. Meio Ambiente e Patrimônio

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12. Centro de Memórias (Memorial) 13. Brechó (CEIE) 14. Livraria (CEAK) 15. Trabalho Voluntário na SERTE 16. Recursos Humanos 17. Fórum das Obras Sociais 18. Assessoria Jurídica 19. Eventos III PARTE – MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS

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I PARTE – SERTE 1. INTRODUÇÃO

A SERTE iniciou suas atividades em 26 de dezembro de 1956. Nesse ano de 2007, comemoramos os 51 anos de sua existência.

Hoje, a SERTE assiste 225 pessoas nas suas Obras Assistenciais: 80 leitos para os idosos institucionalizados, 25 crianças abrigadas e 120 crianças em regime de Educação Infantil. Para este atendimento, funciona em regime de 24 horas e dispõe de 102 trabalhadores especializados e mais de 224 voluntários nas Obras Assistenciais. A SERTE também orienta, por meio dos serviços de apoio sócio-familiar, mais de 100 famílias na periferia de Florianópolis, além de desenvolver o amparo fraterno e religioso para mais de 1.000 pessoas. Incursiona também na execução de programas de promoção, proteção e defesa da cidadania, como no caso, o de proteção a vítimas de crimes. 2. BREVE HISTÓRICO

A SERTE, entidade filantrópica e assistencial, sediada na Cachoeira do Bom Jesus, Florianópolis, surgiu em setembro de 1956, a partir do esforço de nove abnegados trabalhadores do espiritismo, estimulados pela visão espiritual de Nelito, Leonel Timóteo Pereira, comerciante e morador da Cachoeira.

A máxima ‘fora da caridade não há salvação’ foi o referencial que sustentou o grupo inicialmente. Depois, pela mediunidade de alguns deles, obteve-se de Demóstenes, um Espírito amigo, o segundo referencial, ‘um só nada faz, o conjunto que opera’.

A princípio, a unidade na Cachoeira do Bom Jesus servia para os encontros mediúnicos, no “Ranchinho dos Trabalhadores do Espaço”. Seu fundador, Leonel Timóteo Pereira, o Nelito, pouco depois teve uma visão: viu uma grande casa e nas janelas alguns velhinhos sorrindo para ele. Nelito e sua equipe, pela sua mediunidade e clarividência, e sob a orientação do Plano Maior, ” plantou a frondosa árvore chamada SERTE, aonde todos, a seu tempo, viriam resgatar seus compromissos de outrora (outras vidas), através do trabalho, perseverança, dedicação e amor para com os velhinhos e as crianças: recuperando o Ser, segundo o Evangelho do Cristo, para o crescimento dos tesouros, que nem o tempo, nem a ferrugem destroem, os tesouros da vida eterna” (Abreu, Helio & Wolter, Lenir – “SERTE – Uma História de Amor”, 1990, p. 218).

Foi criado então o Lar de Idosos Irmão Erasto, o Educandário Lar de Jesus e o Lar das Crianças Seara da Esperança. Também foi edificado e funcionou por alguns anos o Hospital e Maternidade Irmã Liz.

Durante 50 anos, foram abrigados pela SERTE mais de 600 idosos e 1.000 crianças, além de outras 4.500 crianças que passaram pela educação infantil. Também nasceram na SERTE cerca de 3.000 crianças do Norte da Ilha.

Ampliando o foco de suas potencialidades, com base na força do voluntariado, a SERTE constituiu diversos estabelecimentos, fortalecendo de diferenciadas formas, a prática da caridade, com o experimento de cada obreiro, aumentando a capilaridade para captação de recursos: no lazer, na profissionalização, na cultura, na comunicação; na saúde, na educação e nos direitos humanos.

Nesta ação interativa e inter-relacional, a instituição percebeu que precisava não apenas de profissionais competentes, com conhecimento técnico adequado voltado

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para a missão que abraça, mas de propostas de trabalho que se sustentassem no conhecimento espírita. Principais Momentos 1956 - Fundação da SERTE - Objetivos da gestão:

Tornar conhecida a ‘visão espiritual’ do Nelito

Buscar adesão dos espíritas: sensibilizar e comprometer

Divulgar a ação executada 1957 - Fundação do Centro Espírita em Cachoeirinha do Bom Jesus - Preparo do terreno para a construção do Lar dos Velhinhos 1961 - Transferência da sub-sede (terreno de terceiros) para terreno doado por Manoel Venâncio Pereira (próximo ao Lar dos Velhinhos) - Em construção, o Lar dos Velhinhos e o Educandário Lar de Jesus (Associação Proteção Maternidade e Infância de Florianópolis) - Início das atividades do Gabinete Dentário (Associação Proteção Maternidade e Infância de Florianópolis) - Criação da Escola Espírita Infantil “Mabel” - Início da construção da segunda sede: Centro Espírita Allan Kardec, na Agronômica, com apoio da Juventude Espírita - Proposta da construção da Maternidade Irmã Liz 1967 - Substituição do nome “Sociedade Ranchinho dos Trabalhadores do Espaço” para “Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação” 1974 - Falecimento do fundador: Leonel Timóteo Pereira 1975 - Cerca circundando o terreno – 1 milhão e 100 mil m2 - Funcionamento do Hospital (Apoio FUNRURAL), contendo gerador de energia, incinerador de lixo e necrotério - Objetivos da gestão:

Término das obras do Lar dos Velhinhos

Conclusão da construção do Lar das Crianças

Inauguração do Hospital FUNRURAL no mês de janeiro

Conclusão das obras do Galpão

Construção da represa para captação de um milhão de litros de água 1979/80 - Fechamento do Hospital, por falta de recursos 1988 - Planejamento Estratégico – sócios convocados para discutir alternativas de receita e manifestação sobre o ‘tamanho e grandiosidade desejada’ da Obra 1989 - Reforma dos estatutos - administração colegiada 2000 - Formulação de um Plano Diretor (Plano de Desenvolvimento Sócio- Espiritual) da SERTE - Plano de cargos e salários para os funcionários da SERTE

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2001 - Criação de estabelecimento com fins esportivos, culturais e de lazer, com o objetivo de apresentar projetos e obter recursos para desenvolvimento de programas comunitários - Apreciação do novo regimento interno da SERTE - Apresentação do Plano de Ação 2002/2005 e do Plano Político Pedagógico, construído com base no planejamento estratégico, realizado com sócios, voluntários e técnicos - Criação do Setor de Captação de Recursos 2002 - Apresentação do relatório de atividades da SERTE e apreciação do planejamento visando parceria com Projeto SAPIENS - Indicativos no Acordo a ser efetuado:

Zelar para que o compromisso não fique vinculado a um período de governo

Possibilidade da manutenção dos colaboradores atuais da SERTE, garantindo a caridade pessoal e não apenas financeira junto à instituição

Garantia do bem estar dos assistidos e do local em que vivem (poluição ambiental e sonora)

Criação da comissão técnica para estudo de Planos de Negócios

Zelar pela manutenção da filantropia 2004 - Criação da ULISERTE – Universidade Livre da SERTE - Criação do Centro de Comunicação Comunitário (CCC): - Assunção do Programa de Proteção a Vítimas (CEVIC) em Florianópolis - Proposta Novo Centro Espírita para Cachoeira do Bom Jesus - Inicio do Plano Diretor (Plano de Desenvolvimento Sócio-Espiritual) 2006 A gestão 2005-2008 tem um compromisso com o Planejamento Estratégico e a Gestão Participativa. Nesse ano de 2006, ocorreram alguns avanços junto a este comprometimento, a saber: (a) Consolidação do Plano Diretor, firmando-se na filosofia (missão da SERTE), para encaminhar a gestão do Patrimônio imóvel. O Plano Diretor, apresentado à Sociedade e aos colaboradores, prevê o uso parcial da área física da SERTE, um milhão de m2, para o desenvolvimento de um projeto de auto-sustentação (b) Criação do Planejamento de Melhorias Institucionais: formação da família “serteana”, que pretende consorciar todas as opiniões e unir colaboradores, por um único sentimento: a Fraternidade (como o caminho da “Caridade Cristã”) (c) As Bases Institucionais, estabelecidas pela filosofia do Plano Diretor, devem abraçar a partir de 2007, todos os estabelecimentos e frentes de trabalho da SERTE, alcançando as diretrizes do Planejamento Estratégico, que se anunciam:

Vivenciar a Fraternidade Internamente

Promover os funcionários e voluntários à condição de colaboradores, acreditando no potencial deles, como agentes criativos que podem contribuir no processo de mudança organizacional

Integrar os segmentos nas unidades

Fazer com que a SERTE tenha consistência e coesão interna, capacitando-a a enfrentar os desafios externos

Diminuir a responsabilidade da diretoria e gerência quanto à solução de problemas institucionais.

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3. NOSSO LEMA Um só nada faz, o conjunto é que opera. (pelo espírito Demóstenes) 4. NOSSA MISSÃO E VISÃO

Em seu cinqüentenário, a SERTE transferiu a visão de um homem “carente” materialmente e espiritualmente e que precisava de recursos para sua subsistência, para um homem capaz, digno de confiança e responsabilidades.

A assistência social é uma ação da Cidadania que possibilita a independência, a emancipação e a libertação da sua clientela, por intermédio do conhecimento e esclarecimento dos direitos públicos e da Política Pública inclusiva, diferentemente do assistencialismo que cria dependência e humilha. Na caridade, o Ser está em relação direta com o outro Ser, voltando-se para aqueles que não podem trabalhar (doentes crônicos, crianças e idosos) e que precisam de cuidados especiais de toda a sociedade.

Proporcionar a inclusão social do ser humano e seu aprimoramento, por intermédio de vivências em empreendimentos inovadores e de excelência no campo assistencial, que tenham como foco o conhecimento intelecto-moral do homem, o ambiente em que vivencia e no qual SE encontra inserido, por eleição, e a sociedade que experiencia, inserindo-o, amparando-o e assistindo-o, por intermédio de serviços diferenciados (assistência social, saúde, educação e profissionalização).

Missão da SERTE

Vivenciar e divulgar a Doutrina Espírita, integrando-se ao movimento espírita catarinense e brasileiro; amparar, assistir, orientar, capacitar, recuperar e educar o ser humano em sua integralidade, proporcionando ao voluntário campo de trabalho para o seu aprimoramento espiritual.

Visão da SERTE

Tornar-se instrumento de transformação do Ser, embasada nos princípios da Doutrina espírita, tanto para os assistidos quanto para os voluntários e servidores, que prestam serviço de qualidade, que atuem nas carências dos homens. Quer ser conhecida como promotora do reordenamento institucional, preconizado pela Lei Orgânica de Assistência Social, Lei Orgânica de Saúde, Política Nacional do Idoso e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. 5. VISÃO DO HOMEM

O homem que emerge da evolução é um ser em constante processo de ação - reflexão - ação. A sua meta é a felicidade material e espiritual. Enquanto ser contingente (físico) orienta-se para a busca do aperfeiçoamento

biológico e para a qualificação do ambiente ou da circunstância que faz o suporte da vida.

Enquanto ser transcendente (espiritual) orienta-se para a perfeição da essência e

a comunhão com Deus.

A proposta filosófica da SERTE percebe a existência material do homem como etapa de superação da condição humana para atingir a espiritualidade.

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Neste sentido, pactua com o ESTAUTO DO IDOSO e com o ESTATUTO DA CRIANÇA que compreendem o ser humano no seu tríplice aspecto: corpo, mente e espírito.

A espiritualidade é o plano imediato superior ao da humanidade. “O verdadeiro espírita deve ser: bondoso, altruísta, trabalhador, sincero e

estudioso. E, quando toda a humanidade for construída de criaturas assim, então poderemos dizer que nosso planeta ingressou em nova fase evolutiva, deixando de ser mundo de provas e expiações, para constituir um mundo de regeneração” (in: SERTE – Uma História de Amor. Abreu filho, Helio & Wolter, Lenir. p.168).

A Felicidade, portanto, é o conjunto das muitas virtudes que o homem pode

alcançar (João Nunes Maia - In: Ave luz), transcendendo a matéria, independente de ter as necessidades materiais atendidas ou não. 6. VISÃO SOBRE A POLÍTICA PÚBLICA PARA O IDOSO

A SERTE acompanha o Plano Internacional sobre o Envelhecimento (Madri, 2002), que é um exercício direcionado à atuação dos governos e da sociedade civil, mediante suas organizações. Em 2008, ocorrerão análises e avaliações sobre as políticas públicas executadas para o idoso e a presteza destas ações de atendimento, públicas e privadas.

A perspectiva é de que as ações a serem recomendadas para execução nos próximos anos tenham como foco a promoção das potencialidades das pessoas idosas e a superação de sua pobreza, o que lhes possibilitará uma vida digna. Ou seja, “garantir que em todas as partes a população possa envelhecer com segurança e dignidade e as pessoas de idade possam continuar participando em suas respectivas sociedades como cidadãos com seus plenos direitos”.

A SERTE busca, neste contexto, afinar seus procedimentos não só com o conjunto das legislações internacionais que vem orientando este setor, mas principalmente, com o ESTATUTO DO IDOSO. 7. VISÃO DO MEIO AMBIENTE

Tudo o que esteve, está ou estará no mundo se orienta e deve se orientar para o Homem. O homem é, num ambiente concreto (ecologia), incapaz de servir-se sempre a contento. O ambiente precisa, pois, ser ajustado às conveniências do homem. Mas, nessa transformação, o Bem mais valioso precisa ser respeitado: a vida!

O homem influencia o meio e o meio influencia o homem. Seguindo essa premissa básica, sabemos em que meio a SERTE está inserida, além da influência na demanda e nos objetivos da instituição. Da mesma forma, a SERTE influencia o meio: com a fraternidade, colaboração e transparência em suas ações. 8. VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

A SERTE está fundamentada na doutrina, teoria e ação espírita, que se fundamenta em um tripé: filosofia, ciência e religião.

Allan Kardec concretizou o Espiritismo no século XIX. A doutrina espírita era definida como uma ciência que tratava da natureza, origem e destino dos espíritos, assim como de suas relações com o mundo corpóreo. Kardec afirma: "Apliquei a essa

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nova ciência o método experimental. Nunca elaborei teorias preconcebidas. Observava cuidadosamente, comparava para remontar às causas, por dedução e pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da questão".

"Kardec foi o codificador do Espiritismo. Com um raciocínio lógico, investigador, ele conseguiu compreender o fenômeno mediúnico e possibilitar a análise aprofundada e séria da existência dos espíritos", afirma Nestor Masotti, presidente da Federação Espírita Brasileira e secretário-geral do Conselho Espírita Internacional. Pesquisador destinado, Kardec começou a freqüentar sessões de mesa girante com o objetivo de estudar o fenômeno. Por intermédio de médiuns, ele fazia inumeráveis perguntas aos espíritos. As respostas eram então analisadas, comparadas e organizadas. O resultado desse trabalho foi O Livro dos Espíritos, publicado em 1857. A obra traz mais de mil perguntas e respostas sobre a doutrina espírita. Mais tarde vieram outras quatro obras: O que é o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno. Em conjunto, os cinco exemplares formam o embasamento da doutrina espírita.

Kardec reconhecia as influências das religiões orientais - e mesmo do pensamento celta - sobre a doutrina espírita. Escreveu num artigo para a Revista Espírita, em 1858: "Sempre nos esforçamos por provar que da idéia da reencarnação encontram-se traços na mais alta Antiguidade. Pitágoras não foi o autor do sistema da metempsicose, ele a hauriu dos filósofos indianos e, entre os egípcios, onde existia desde os tempos imemoriais. A idéia da transmigração das almas era, pois, uma crença vulgar". Em outro texto para a Revista, comentou sobre a teoria da migração das almas, segundo a escala evolutiva dos druidas, os sacerdotes celtas, mas apontou diferenças: "O druidismo admite o retorno possível nas classes inferiores, ao passo que, segundo o Espiritismo, o espírito pode permanecer estacionário, mas não pode degenerar.“

"O trabalho de Kardec descortinou um mundo novo, já que passamos a melhor compreender de onde viemos, para onde vamos e quais são as leis que regem a vida", conforme Nestor Masotti.

Segundo Chico Xavier, ele aceitou a doutrina espírita, quando afirmou: “Fora da caridade não há Salvação”, e não fora do espiritismo não há salvação.

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Dia 26 de Dezembro de 2006, dia do Cinqüentenário da SERTE, comemorado na Cachoeira do Bom Jesus, salão de festas, pela manhã. Estão presentes todos os ex-presidentes, que foram homenageados com um mimo (uma borboleta e seu casulo), o qual representa a busca do homem pela sua reforma íntima, sua ‘redenção’, na caminhada evolutiva. Da direita para esquerda: José João Gonçalves – substituiu presidentes em diversos momentos; Norberto Ungaretti – presidente de honra; Helio Abreu Filho; José Santiago – presidente de honra; Julia Cascaes Pereira – representando os fundadores; Romeu Del Rey Souza; Julio Doin Vieira; Messias Antonio Dores Bastos; Eugenio Doin Vieira – representado por Paulo Afonso; Regine Abreu e Tertuliano Cardoso.

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9. AONDE VAMOS por Helio Abreu Filho

O espiritismo veio oportunizar ao homem sua libertação e a Educação passa a

ser o conduto desta transformação. Isto exige o emprego da moral religiosa, bem como de uma ética que garanta a dignidade do “ser” humano (“ser” solidário), ao ajudar e ser ajudado, e, de aprender a ser democrático.

A Educação, particularmente a educação espírita, situa-se na vanguarda, oportunizando decisivas transformações sociais, na medida em que transmite noções sobre a imortalidade, com conhecimento claro e objetivo do que vai nos acontecer na vida espiritual, em decorrência do nosso comportamento. Assim, por exemplo, o reconhecimento oficial da reencarnação operará verdadeira revolução no campo das idéias, semelhantes àquelas promovidas por Galileu.

Convivem na SERTE diversos grupos, muitos criados com motivação e contendo tempo de formação diferenciado. Isso identifica que a SERTE, enquanto grande grupamento, possui uma cultura em “processo de formação”. E a consolidação dessa cultura, enquanto imagem, valores, pressupostos e visão de mundo, é diretamente proporcional ao tempo que o grupamento possui de convivência, à estabilidade do grupo e à intensidade da aprendizagem gerada na organização.

Assim, estratégico para a SERTE será desenvolver, no plano institucional, uma política educacional voltada para a comunidade e para o seu ambiente interno, de forma a guarnecê-la com seu senso de missão e com bases da Doutrina Espírita.

Promovida esta consolidação, abre-se a possibilidade para que este exemplo irradie por todas as instituições, na reformulação das bases de uma cultura institucional que persiste em permanecer no século XX. 10. A SERTE E A PRESERVAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS NA PRÁTICA ESPÍRITA

Durante a reunião do Conselho Federativo Nacional (CFN), de 10 a 12 de novembro de 2006, foi aprovado um documento intitulado “Mensagem aos Espíritas”, cujo tema versou sobre “preservação dos princípios doutrinários na prática espírita”.

Compulsando o texto, percebe-se que o mesmo direciona o Movimento Espírita para os desafios da atualidade, tanto internos, quanto, e principalmente, da ambiência:

trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, impondo silêncio aos nossos ciúmes e às nossas discórdias, para não prejudicar e nem retardar a execução do trabalho, em qualquer área de atividade em que nos encontremos;

colaboremos com os órgãos públicos e com a sociedade em geral, em todas as suas ações marcadas pelos propósitos de solidariedade e de fraternidade, visando à assistência e à promoção material, social e espiritual do ser humano, preservando e praticando, todavia, a integridade dos princípios e objetivos doutrinários espíritas que caracterizam a instituição;

relacionemo-nos com os representantes e seguidores de todos os segmentos religiosos, procurando construir a base de um convívio salutar, marcado pelo respeito recíproco e pela fraternidade, base fundamental para a construção de uma sociedade em que a multiplicidade de convicções sociais, filosóficas ou religiosas não seja impedimento para a coexistência fraterna.

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A SERTE, ao focar no seu ambiente interno a imperiosidade da fraternidade, a

exercita mediante o Programa de Terapia Espiritual (TE), a instituição periódica de Grupo de Melhorias e atividades do Fórum Participativo.

Quanto ao ambiente externo, a SERTE exercita a fraternidade interagindo com os conselhos sociais e o próprio conselho federativo regional (CRE-1).

Assim, a SERTE está fazendo a sua parte, vivenciando e preservando plenamente os princípios da Doutrina Espírita. 11. A AGENDA 211: MOMENTO PARA A SERTE

VIVÊNCIA DO AMOR Sendo o Espiritismo o resgate da proposta original do Cristo, que Ele mesmo resumiu na vivência da lei do amor, cabe-lhe, para atender ao seu propósito, centrar seu foco no ensino do amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Não apenas no discurso, mas, sobretudo, por intermédio de atitudes de amor. “A meta primordial é aprendermos a amarmo-nos uns aos outros”.

RENOVAÇÃO DAS ATITUDES É a prática do “Espiritismo por dentro”, a interiorização de conteúdos para a moralização do ser humano, em contraponto ao “Espiritismo das Aparências”. Representa o processo de reforma íntima, de autotransformação, no caminho da evolução espiritual.

COMBATE AO ORGULHO Simbolizando o conjunto de numerosas mazelas morais, o orgulho deverá ser identificado e trabalhado pelo espírita, focando a causa e não a casa, numa “luta íntima e não exterior, não contra organizações, mas contra nós mesmos”, na busca do desenvolvimento da humildade.

PROMOÇÃO DAS CASAS ESPÍRITAS EM ESCOLAS DO ESPÍRITO E DE AMOR

A finalidade primeira da Casa Espírita é a educação integral do ser, contribuindo para seu autodescobrimento, auto-encontro e autotransformação. Para isso, é necessário “promover as Casas, de posto de socorro e alívio, a núcleo de renovação social e humana, pelo incentivo ao desenvolvimento de valores éticos e nobres capazes de gerar transformação”. Cabe-lhe, ainda, elaborar um programa educacional centrado em valores humanos para desenvolver homens de bem, com ênfase no Evangelho de Jesus, inserindo a pedagogia do afeto como instrumento para reeducação dos sentimentos e fermento para a plenitude das convivências.

DISSEMINAÇÃO DA CULTURA DA ALTERIDADE Promover o respeito à diversidade, à opinião do outro, aprendendo a conviver harmoniosamente com o diferente em todas as oportunidades de relacionamento humano e, em especial, no meio espírita e fora dos ambientes doutrinários. “A atitude de alteridade será o termômetro do progresso das idéias espíritas no movimento”.

1 In: Atitude de Amor. Médium Wnaderley Soares (MG)

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FORMAÇÃO DE REDE DE INTERCÂMBIOS Incrementar o debate, a interação e a parceria internamente e com outros

segmentos do saber e de atuação, que proclamem objetivos semelhantes aos do Espiritismo, por meio da criação de um relacionamento de trocas permanentes e construtivas, num regime de transdisciplinaridade, mediante a “abertura de canais interinstitucionais”.

ESTRUTURAÇÃO DE ENTIDADES ESPECÍFICAS A partir da especialização de atividades internas e de intercâmbios intersetoriais, criar espaços de trabalho específicos para atender à enormidade de demandas que chegam à Casa Espírita. Serão oficinas de idéias e diálogo que fomentarão as cooperativas de afeto cristão.

RECICLAGEM DE MÉTODOS Para fazer frente às demandas do mundo atual, torna-se imprescindível a reciclagem dos métodos nas diversas áreas de atuação espírita (práticas mediúnicas, promoção social, comunicação pública, etc.), na direção da contextualização.

MUDANÇA DA MENTALIDADE ORGANIZACIONAL Criação de um clima organizacional nas Casas Espíritas que estimule a participação autêntica do trabalhador espírita, por intermédio de mecanismos de delegação e de debate das decisões, e o desenvolvimento de lideranças que promovam relacionamentos de integração e de parceria, na busca da união grupal.

UNIFICAÇÃO ÉTICA União dos espíritas pela vivência dos valores instituídos no Evangelho de Jesus, formando-se pólos de congraçamento ecumênico. A ética do amor e o comportamento fraterno devem prevalecer quando não forem possíveis, por respeito ao pluralismo das idéias, a unidade institucional. 12. PRINCIPAIS COMPROMISSOS DA GESTÃO 2006-2008

O elenco de compromissos, abaixo identificados, remonta ao início desta gestão, quando todos os companheiros foram convidados a integrar uma Chapa que teria como base os seguintes propósitos e encaminhamentos:

(a). reconhecer a necessidade de se obter a sustentabilidade das obras, mediante as seguintes estratégias institucionais: a) filantrópica (estímulo às doações) b) assistencial (estímulo às vivências com os assistidos) c) produtiva (realização de serviços) d) marketing social (transparência das ações e quanto aos recursos captados). (b) aceitar a alteração estatutária realizada no primeiro trimestre de 2003: a) a Diretoria eleita se transforma em Conselho de Administração, assumindo a condição de instância deliberativa da política institucional e do seu controle b) o Conselho de Administração escolhe o Presidente da SERTE c) o Presidente escolhe os coordenadores setoriais e os de programas d) os coordenadores setoriais e de programas (voluntários) possuem a função de coordenação da política institucional - orientação para que aconteça como desejado pela instituição – contando com a articulação intersetorial e o apoio das gerências

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técnica e administrativa, exercidas por empregados, os quais estão a serviço da política (c) adotar o modelo de gerenciamento por programas e setores (d) adotar o planejamento como estratégia de superação de problemas e constituir um sistema de acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas, buscando parcerias com o movimento espírita e centros universitários afins (e) manter ativo o Fórum Permanente Participativo dos trabalhadores espíritas (f) definir o conjunto de diretrizes gerais espíritas para a administração da Sociedade (g) divulgar permanentemente a missão da SERTE (h) estimular permanentemente a integração dos trabalhadores da SERTE (i) manter uma política de cargos e salários compatível com a arrecadação e as necessidades de manutenção e investimento (j) garantir a execução do Plano de Desenvolvimento Sócio-Econômico Espiritual da SERTE, que envolve o plano de expansão das obras assistenciais e o plano de parceria com o projeto SAPIENS. 13. DIRETRIZES DA GESTÃO 2006-2008

Assegurar às pessoas que, direta ou indiretamente estão relacionadas com a organização, para que compreendam as razões de sua existência;

Fornecer o apoio moral e substancial que os dirigentes (vice-presidentes, coordenadores, empregados-chefes) necessitam e proceder às avaliações formais e informais, antecipadamente acordadas;

Garantir um planejamento eficaz da organização, participando da elaboração e revisão dos planos setoriais;

Apoiar o trabalho voluntário, direcionando sua ação, acompanhando as atividades grupais e, eventualmente, as individuais.

Oferecer um embasamento às finalidades das obras assistenciais, de acordo com a Doutrina Espírita, em especial as relações interpessoais, sem interferir nas medidas jurídico-administrativas;

Proporcionar uma melhor integração aos servidores no ambiente de trabalho, bem como uma atuação pautada nos princípios institucionais;

Comprometer o corpo técnico a respeito de sua responsabilidade operacional e utilização dos conteúdos científicos;

Conscientizar os funcionários de que o exercício das atividades de comando não deve gerar a dependência dos comandados ou tolher-lhes a autonomia inerente ao trabalho;

Repassar aos dirigentes que as regras devem ser claras e simples e que devem ser amplamente debatidas, antes de implantadas.

Page 18: Relatório atividades-2007-SERTE

14. ORGANOGRAMA

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15. PLANO DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONOMICO E ESPIRITUAL PARA O NORTE DA ILHA DE SC

Todos os equipamentos e serviços disponibilizados à clientela e aos assistidos

no Plano de Auto-Sustentação (Plano de Desenvolvimento Sócio-Econômico e Espiritual) permitem a satisfação das necessidades biopsicoespirituais e sociais e o aprendizado integrado ao entretenimento e aplicação de tecnologia, num processo interativo, integrativo e intergeracional, a partir da premissa de desenvolvimento urbano sustentável: Ambiental, Tecnológico, Econômico e Social.

Enquanto o objeto da atenção do idoso possa ser a cultura, o do jovem é o esporte e a profissionalização; para a criança, o lazer e para o adulto, a qualificação e reinserção no mercado de trabalho. Todos os ambientes são permissivos às trocas de experiências, ao desenvolvimento de vocações e de interesses, garantindo dessa forma, aos que se disponibilizarem e despertarem, um crescimento cognitivo-afetivo-espiritual.

Os serviços e equipamentos sociais do Plano de Desenvolvimento da foram pensados para garantir a estabilidade do desenvolvimento econômico – ambiental - social, de forma harmônica e equilibrada, embasado na PAZ SOCIAL e no pacto pela cidadania. EIXO COMERCIAL (gerador de renda para manutenção e criação de aparelhos assistenciais)

Deverá ocorrer ao longo de toda área de ATR-e, com continuação na área de

ACI (Área Comunitária Institucional), nos limites com a Rua Leonel Pereira, que configura um verdadeiro portal de comunicação com as áreas do Sapiens Park e/ou outras iniciativas comercias possíveis, de acordo com a tabela de usos e atividades permitidos nesses zoneamentos. FIGURA 1 – FLUXO DO EIXO COMERCIAL

No zoneamento previsto em lei municipal para a ATR-e (Área Turística Residencial Especial), vamos encontrar um grande número de opções para equipamentos de fins econômicos e residenciais.

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USOS E ATIVIDADES DA ÁREA ATR-E :

hotéis residência, hotéis, hotéis de lazer

pré-escola, escolas de primeiro grau

serviços de alimentação (bares, lanchonetes, cantinas, sorveterias, confeitarias, restaurantes, pizzarias, choperias, etc)

estacionamentos

varejistas em geral (lojas, magazines, livrarias, floristas, etc)

galerias e centros comerciais

pavilhões para feiras, parques de exposição e similares

serviços financeiros e administrativos (bancos, financeiros, escritórios de administração pública e privada, etc)

ambulatórios, laboratórios e similares

clinicas veterinárias

clinicas, maternidades, hospitais. EIXO INSTITUCIONAL (Pólo Assistencial):

A área de ACI, na previsão do Plano de Desenvolvimento, segue na transversal do eixo comercial entre os aparelhos já existentes e os limites com as áreas de AVL e APL. Observa-se uma outra possibilidade de acesso, no extremo leste, planejada pelo IPUF, acrescentando novas situações de implantação de aparelhos com funções diversas ao longo desta área.

O Plano de Desenvolvimento possui, assim, um diferencial em relação a todos os outros documentos pensados nesses dois anos, desde a autorização da Assembléia Geral de 2004, que é a interação dos equipamentos econômicos, de educação, de lazer, esportivos, aos assistenciais, permitindo-se abraçar o projeto internacional (ONU), rumo à Paz. APARELHOS PLANEJADOS PARA O FUTURO

Centro Espírita (em construção)

(Novo) Lar dos Idosos

(Novo) Lar das Crianças

(Novo) Educandário

Hospital

Universidade Livre

Centro de Profissionalização

Albergue

Casa da Mulher

Crematório

Page 21: Relatório atividades-2007-SERTE

FIGURA 2 – FLUXO DO EIXO INSTITUCIONAL

Nesses dois anos, diversos projetos foram pensados, elaborados e avaliados pelo Comitê Técnico e pelo seu instituidor, o Grupo de Estudos para o Plano de Auto-Sustentação (GEPAS), deles resultando um MIX, cuja exposição faremos adiante. APRENDIZADO OBTIDO

O trabalho executado pelo Comitê Técnico e GEPAS orienta atualmente a reformulação do perfil de empreendimento a ser explorado, internamente e externamente, nela inclusa a pesquisa de mercado.

Na busca de objetivar o projeto pensado pela SERTE, o Comitê produziu aprendizados, como:

as atuais leis geram impedimento de condomínios residências unifamiliares;

existe dificuldade em estimar o valor de mercado das terras para a situação de permuta.

E, quanto ao custo operacional do empreendimento, uma atitude pouco mais ousada da Sociedade irá gerar a sua tranqüilidade quanto a rendimentos projetados, e sem que se venha aditar desafios adicionais para a Administração da SERTE.

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II PARTE - ÁREAS DE ATUAÇÃO 1. LAR DAS CRIANÇAS SEARA DA ESPERANÇA (LC)

Entre 1988 e 1990, em decorrência da Constituição Federal de 1988, intitulada “Constituição Cidadã”, houve uma grande mobilização por parte da sociedade civil, visando a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, e em 13 de julho de 1990, é aprovada a Lei Federal nº 8.069/90, que passou a ser aplicada a todas as crianças e os adolescentes do território nacional.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representa um grande avanço na política de atendimento, no qual crianças e adolescentes passaram a ser sujeitos de direitos, tendo também como responsáveis pelos mesmos, o Estado, a sociedade e a família.

Assim, a partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, estabeleceram-se direitos para todas as crianças e adolescentes brasileiros, indistintamente. Nesse contexto, a valorização do convívio familiar e comunitário passa a ser prioridade, e se insere na obrigatoriedade da promoção do direito e nos serviços prestados pelas entidades que oferecem programas de abrigo como medida de proteção.

Esta legislação transfere a tutela das crianças e dos adolescentes para o Estado. Assim, crianças e adolescentes de todo o território nacional, sem distinção de cor, raça, credo e classe social, passam a ter seus direitos fundamentais garantidos.

Em suas disposições preliminares, esta Lei define a garantia de proteção com absoluta prioridade, considerando que criança é a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade (ECA, art. 12).

O artigo 134 do Estatuto assegura que é dever de cada município a prestação de recursos necessários para o funcionamento do Conselho Tutelar. A Lei prevê que cada município tenha ao menos um Conselho Tutelar e também um Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

Esta lei contempla uma série de programas com o objetivo de atender as diversas demandas e problemáticas das crianças e/ou dos adolescentes, em situação de risco pessoal e/ou social.

O Estatuto destaca, como uma das medidas de proteção, no artigo 101, parágrafo VII, o abrigo em entidade e ainda prevê, no parágrafo único, que o abrigo deve ser uma medida excepcional e provisória, como forma de transição para a colocação em família substituta, sem implicar a privação de liberdade.

Quanto à política de atendimento dos abrigos, o ECA assegura que: Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de abrigo deverão adotar

os seguintes princípios: I – preservação dos vínculos familiares; II – integração em família substituta, quando esgotados os recursos de

manutenção da família de origem; III – atendimento personalizado e em pequenos grupos; IV – desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; V – não desmembramento de grupos de irmãos; VI – evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de

crianças e adolescentes abrigados; VII – participação na vida da comunidade local; VII – preparação gradativa para o desligamento; IX – participação de pessoas da comunidade no processo educativo.

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Parágrafo único. O dirigente de entidade de abrigo é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, além de assegurar os direitos da

infância e da juventude, estabeleceu novas formas de buscar-se a eficácia dos mesmos. Assim, as entidades de abrigo, denominadas “Casas Lares”; passaram, desde então, a se organizar de acordo com a legislação pertinente, implementando suas ações de forma a contemplar as novas diretrizes e formas de atendimento.

O Serviço Assistencial Espírita das entidades deverá ser realizado integralmente, com orientação doutrinária e assistência espiritual, sem imposições, de modo que possa se constituir em um dos meios para a libertação espiritual do homem, finalidade primordial da Doutrina Espírita. Palestrantes devem ser empregados, à luz da Doutrina Espírita, métodos e técnicas modernas, tanto nas atividades de assistência social quanto nas de ação social.

As entidades espíritas, ao instituírem obras assistenciais, precisam levantar as necessidades do meio, incorporando as experiências já realizadas e promovendo a imprescindível avaliação de suas próprias possibilidades, relativamente aos projetos em vista.

As entidades espíritas mantenedoras de obras assistenciais devem procurar se ligar a programas mais amplos de assistência, de modo a integrar-se a um sistema de ação comum, capaz de, a seu nível, melhor responder aos problemas sociais(FEPR). Diagnóstico Situacional

Em 1970 inicia o atendimento a crianças na modalidade de acolhimento

institucional/abrigo. Em novembro de1977, inaugura-se as instalações do Lar das Crianças Seara da Esperança, na Cachoeira do Bom Jesus.

Com o advento do ECA em 1990, observa-se uma diminuição dos abrigamentos, em função dos direitos assegurados às crianças e aos adolescentes, preconizados por tal Lei.

Posterior à década de 90, há uma incidência maior no abrigamento de meninos, crianças brancas, grupos de irmãos, pais dependentes químicos, alto grau de agressividade e com conhecimento sobre o processo de institucionalização, ou seja, o que faz o Conselho Tutelar, quem é o Juiz, onde recorrer,etc.

Na década de 90, são abrigados três portadores de necessidades especiais, em 2002, mais dois, o que fez com que a Instituição buscasse mais do Poder Público, recursos que auxiliassem na manutenção na qualidade do desenvolvimento dessas crianças, uma vez que exigem cuidados peculiares as suas deficiências.

Abaixo, dados compilados nos últimos três anos com respectivas análises que nos levam a associá-las aos aspectos sociais e econômicos do País, refletindo a má distribuição de renda, políticas públicas insuficientes, clientelistas e eleitoreiras, mudanças dos valores éticos, morais e espirituais e as mudanças de paradigmas.

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Movimentação Anual (último triênio)

Gráfico 1 - ENTRADAS

Fonte: elaborado pela Diretora do LC, 2007 Gráfico 2 - SAÍDAS

Fonte: idem anterior Os dados chamam a atenção para o fato do número de abrigamento de

meninas ter aumentado nos últimos três anos e, de maneira inversa, o número de meninos diminuindo visivelmente.

A análise dos dados pertinente a este novo dado, certamente exigiria um tempo maior de pesquisa junto a outros programas de abrigo e órgãos de atendimento, para podermos atribuir os fatos reais para esta significativa incidência de meninas.

Contudo, não se percebe uma alteração expressiva, entre os anos referidos, em relação ao total de abrigamentos de ambos os sexos.

No Estado de Santa Catarina os fatos relativos à violação de direitos chegam a 190.504, dentre eles 102.637 se referem a crianças e aos adolescentes do sexo masculino e 87.867 ao sexo feminino, computados no período de 01-01-1999 a 01-08-2007.

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Gráfico 3 - DESFECHO

Fonte: idem anterior Sobre o desfecho dos processos de institucionalização, percebe-se uma

constância do retorno às famílias de origem, o que reflete o cumprimento do artigo 19 do ECA, bem como no investimento dos programas junto às famílias, com intuito de potencializá-las para assegurarem os direitos das crianças e dos adolescentes.

Os registros acerca das adoções internacionais são poucos. Utilizou-se pesquisa informal entre funcionárias e voluntários com, aproximadamente, 25 anos de Casa para compilar os dados, e chegou-se ao resultado de 10 adoções por estrangeiros europeus, devidamente acompanhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude e pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção/CEJA.

Outro dado novo e significativo refere-se a adoções por homossexuais. Nos últimos três anos, ocorreram 03 adoções por casais homossexuais, o que evidencia uma novidade nas relações sociais. Ainda que o assunto seja um tabu, deve ser considerada a quantidade de crianças e adolescentes a serem beneficiadas caso seja admissível a adoção, por pessoas que expressem sua sexualidade de forma diversa da convencional.

Gráfico 4 - MUNICÍPIO DE ORIGEM

Fonte: idem anterior Os dados referentes à procedência das crianças, levando-se em

consideração as internações, as solicitações de vagas por outras comarcas, a quantidade de programas de abrigos, percebe-se a incidência maior de casos de situação de risco infantil no município de Florianópolis.

Page 26: Relatório atividades-2007-SERTE

Gráfico 5 - MOTIVO DE ABRIGAMENTO

Fonte: idem anterior Em relação aos motivos que levam à medida de proteção e abrigo, o que

lidera ainda é a negligência, principalmente em se tratando de cuidados com a saúde; este dado nos faz pensar acerca do verdadeiro funcionamento das políticas públicas de base.

Em seguida o abandono e, a partir daí, se faz outra constatação em relação à morosidade da Justiça, uma vez que os genitores dessas crianças declinaram do Poder Familiar, não havendo empecilho para o encaminhamento, o mais rápido possível, de candidatos habilitados e inscritos nos cadastros (municipal, estadual, nacional e internacional).

Violência intrafamiliar, este motivo nos leva a reflexões um tanto mais

profundas e até filosóficas. Teorizar sobre tal questão é algo que ultrapassa qualquer formação e conhecimento técnico. Contudo, são dados reais, nem tão incidentes quanto os anteriores, mas que protagonizam a violação dos direitos das crianças e que vêm aumentando a cada ano.

A violência que enseja a suspensão do poder familiar, por vezes ocorre em “pacto de silêncio”, onde 70% está dentro da própria família. Ademais, de 1 a 2% das crianças e dos adolescentes brasileiros sofre algum tipo de agressão. O ECA prevê no artigo 13 que, em caso de suspeita ou confirmação de maus-tratos, deve-se comunicar o Conselho Tutelar. A violência não é justificável e observa-se, mormente, que adultos que sofreram violência na infância reproduzem a vitimização em seus filhos.

Analisando relatórios técnicos anteriores, pode-se perceber que a ocorrência de abrigamentos por motivo de violência ou abuso sexual, vem aumentando. E o envolvimento com a dependência química na dinâmica familiar acaba sendo o contexto que caracteriza esta violação.

A esta análise podemos fazer uma ligação direta com os motivos acima citados com um que permeia estes e muitos outros a carência econômica. Infelizmente, ainda assola nossas relações sociais uma diferença de classes,

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diferença esta que, em função de anos e anos, gerações e gerações, tenha acabado por provocar uma alteração de valores morais e éticos, a ponto de banalizarem a vida, principalmente a de crianças que se encontram na faixa etária de atendimento do LC. A falta de recursos materiais faz com que o abrigo seja uma opção para assegurar os direitos básicos, demonstrando uma vulnerabilidade das famílias. A pobreza pode ser um fator que potencializa os demais. A pobreza, como único fato, é causa insuficiente para justificar o abrigamento.

E, contrariando o senso comum, a orfandade não é o maior motivo de abrigamento de crianças e adolescentes; corresponde apenas a 3% das causas. Em Florianópolis, das 158 crianças e adolescentes abrigados, apenas 5 órfãos (dados fornecidos pela Central de Atendimento à Adoção). Outra razão de abrigamento é a internação de pai e/ou mãe, em razão de problemas psiquiátricos.

As proporções dos motivos de abrigamento em Florianópolis estão dispostas no gráfico a seguir: Gráfico 6 - Causas de abrigamento das crianças e adolescentes

Fonte: TCC/CESUSC – Marina Uliano Os abrigamentos realizados via Conselhos Tutelares ocorrem diante de uma

situação extrema em que a criança se encontre em grave situação de risco. Do contrário, somente o Juizado da Infância e da Juventude pode fazer o encaminhamento para os programas de abrigo.

Gráfico 7 – ENCAMINHAMENTO

Fonte: elaborado Diretora do LC, em 2007 Lamentavelmente, ainda é grande a intervenção do Conselho Tutelar no que

tange à medida de proteção, indicando que a criança ainda é protagonista de situações de vulnerabilidade.

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Evolução Histórica (últimas três décadas) Gráfico 8 - ABRIGAMENTO POR SEXO

Fonte: idem anterior

média de meninos abrigados na década de 80 - 17/ano média de meninas abrigadas na década de 80 - 10/ano média de meninos abrigados na década de 90 – 13/por ano média de meninas abrigadas na década de 90 – 09/ano média de meninos abrigados nos últimos sete anos – 13/ano média de meninas abrigadas nos últimos sete anos – 09/ano de 1980 a agosto de 2007, passaram pelo LC, 729 crianças

Gráfico 9 – DESFECHO

Fonte: idem anterior

média de crianças abrigadas na década de 80 – 37/ano média de crianças abrigadas na década de 90 – 23/ano nos últimos sete anos, média de crianças abrigadas – 22/ano média de retorno familiar na década de 80 –28/ano média de adoção na década de 80 – 09/ano média de retorno familiar na década de 90 – 15/ano média de adoção na década de 90 – 07/ano

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os registros acerca das adoções internacionais são poucos (utilizou-se pesquisa informal entre funcionárias e voluntários com, aproximadamente, 25 anos de Casa, para compilar dados/10 adoções)

nos últimos sete anos, três adoções por casais homossexuais

Prognóstico

Com base nos dados obtidos e nas associações elaboradas, estima-se que a

medida de proteção ‘abrigo’ continue sendo aplicada pelos órgãos de competência, o que leva a Instituição a uma posição importante dentro da sociedade, que é a de estar desenvolvendo a sua Missão sem, contudo, esquecer do papel do Poder Público frente à demanda que é atendida pela SERTE. Isto, conseqüentemente, exigirá recursos materiais e humanos qualitativos e quantitativos que dêem conta desses atendimentos, que aumentam cada vez mais, agregadas a um perfil mais vulnerável e vitimizado.

A violência contra a criança e o adolescente, ao que se percebe, vem aumentando. São diversos os agentes violadores, diversas as espécies de violência e os lugares onde pode ocorrer. A dignidade e a vulnerabilidade da criança e do adolescente exige, assim, uma proteção especial contra a violência. É esta a premissa do artigo 5º do Estatuto, onde é exigida a promoção de mecanismos específicos para que a criança e o adolescente permaneçam a salvo da vitimização. E por esta razão, a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente prevê, como linha de ação, o oferecimento, por meio de um conjunto de ações governamentais e não-governamentais, de serviços especiais de prevenção e atendimento psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão, nos termos do inciso III do artigo 87 e artigo 86 do ECA.

Também será necessário um ajustamento coerente com o “discurso nacional” que perpassa pela idéia de que, cada vez mais, as instituições de abrigo - que em sua maioria configuram abrigo institucional – configurem de fato casa-lar, onde as crianças e adolescentes têm pais e mães ‘sociais’. Quanto menor o número de crianças e/ou adolescentes forem atendidos em cada casa, maior será a similaridade com uma família, e melhor é o atendimento individual previsto no artigo 92 do ECA, pois é mais específico, com mais profissionais para atendimento de uma criança/adolescente. Em algumas cidades de São Paulo e Paraná, se almeja que, em

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dois anos, as crianças de zero a seis anos de idade não sejam mais institucionalizadas, mas encaminhadas para “famílias acolhedoras” (informação divulgada pelo CONANDA no ano passado).

Sugere-se aqui, como alternativa para o atendimento dessa demanda, algo semelhante aos ‘centros de atenção dia’ (CAD’s’), que assistem as famílias das crianças e dos adolescentes de baixa renda, dando às mães suporte, para que possam trabalhar e auferir renda que possibilidade criar os filhos, diminuindo o abandono. Enid Silva (2004, p. 94, 150) considera que as crianças e os adolescentes abrigados têm atendidas as suas necessidades e, por vezes, em melhores condições do que se estivessem nos ambientes familiares.

É chegado o momento em que a Instituição SERTE deverá refletir acerca do atendimento desejado para idosos, crianças, adolescentes, mulheres, famílias, portadores de necessidades especiais, que compõem uma sociedade que se almeja baseada em relações justas, fraternas, em condições de liberdade e pleno desenvolvimento do indivíduo, coisa que ainda é um grande desafio para a Humanidade. Valorizar a educação do indivíduo como fator transformador, conscientizando sobre o processo evolutivo do Ser.

Não há progresso sustentável sem a confiança e o investimento no presente para as gerações futuras, marchando com a certeza do bem-estar resultante dos atos equilibrados, os quais são efetuados com coragem, determinação e uma fé inabalável, fundamentada na razão e na moral, fortalecendo e ampliando cada vez mais a ‘rede de atendimento’ nas instâncias públicas e privadas, estabelecendo contratos tácitos e factuais que assegurem e garantam os direitos dos cidadãos que fazem parte da ‘comunidade serteana’. Dados da tabela

Segue quadro de dados da década de 80 até a atualidade, acerca da movimentação dos abrigamentos no Lar das Crianças, e de aspectos a serem considerados que, ao longo do tempo, foram mudando, em decorrência da economia do país, realidade institucional, flagelos humanos, novas estruturas familiares, etc.

TABELA 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA – 1980 a 2007

EVOLUÇÃO HISTÓRICA – 1980 a 2007 ENTRADAS/SAÍDAS/DESFECHO

ANO

SEXO DESFECHO

MASC FEM REINTEGR. FAMILIAR

ADOÇÃO NACIONAL

ADOÇÃO INTERNAC

. OUTROS

1980 07 08 09 05 --- 01

1981 13 15 17 08 --- 03

1982 18 17 19 11 --- 04

1983 13 16 17 14 --- 01

1984 30 23 43 10 --- ---

1985 39 39 73 12 --- ---

1986 37 33 45 21 --- 02

1987 28 20 37 10 03 01

1988 08 03 08 02 02 ---

1989 Lar temporariamente fechado

1990 05 06 07 04 01 ---

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TABELA 2 - MOTIVO DO ABRIGAMENTO

Situação - ANO 98-99 00-01 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Maus Tratos 04 / 04 - / 02 05 03 03 01 04 01

Pais drogaditos 04 / 01 - / - 02 - 04 06 02 10

Abuso sexual - / - - / 01 01 - - - - 04

Alcoolismo familiar - / 02 - / 01 - 02 - 04 04 06

Abandono - / 05 02 / 02 04 08 05 03 03 05

Negligência severa - / 02 - / 04 07 01 10 10 12 11

Miserabilidade 01/ 03 03 / - 01 03 02 05 01 02

Inadaptação à guarda

- / - - / - - - - - -

-

Doença genitor(a) - / - - / - - - - 01 01 01

Adoção irregular - / - - / - - - 01 01 02 -

1991 07 07 08 06 02 01

1992 05 01 05 01 --- ---

1993 06 07 07 07 --- ---

1994 10 11 13 08 --- ---

1995 26 18 29 13 --- 02

1996 23 15 29 05 --- 03

1997 17 11 17 11 --- ---

1998 15 10 16 08 --- 01

1999 13 19 25 09 --- 01

2000 20 05 15 10 --- ---

2001 08 09 10 05 --- 01

2002 10 11 09 10 --- 01

2003 14 05 08 05 02 ---

2004 11 07 09 04 --- ---

2005 11 02 06 03 --- 01 (transf)

2006 12 10 13 04 --- 01

2007 08 17 13 10 --- 04

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2. LAR DOS IDOSOS IRMÃO ERASTO (LV)

Enquanto campo de saber, a velhice/envelhecimento vem se tornando objeto de estudo e práticas específicas no final do século XIX e início do século XX, período marcado pela expansão do capitalismo e por grande atividade intelectual.

Ao longo desses séculos, vem ocorrendo um aumento expressivo do número e da variedade de iniciativas, bem como de discussões em torno das características e direitos voltados para pessoas idosas, em particular quando relacionadas à aposentadoria e a sua qualidade de vida. A velhice, considerada por muitos anos como própria da esfera privada e familiar, torna-se uma questão de ordem pública.

Tendo-se em vista que a velhice é uma categoria construída socialmente, entende-se que a cada período histórico e dependendo do cenário sócio-econômico, político e cultural de cada nação, é percebida e tratada de modo diferente. Nesse sentido, não existe um conceito pronto e acabado sobre velhice, porque ela assume características distintas dentro de um mesmo país, estado, município, bairro, em cada família. Desse modo, os valores essenciais à representação que uma sociedade tem da velhice é que darão a direção das ações que irão viabilizar ou não a proteção e inclusão dos idosos.

Nas últimas décadas, o processo de envelhecimento tem sido reconhecido como fenômeno mundial, uma vez que a longevidade tem ocasionado um aumento da população idosa.

Este novo contexto tem exigido do Estado a formulação e operacionalização de políticas públicas e um preparo da família, do Estado e da sociedade em geral acerca dos mecanismos de acesso aos recursos e serviços que garantam a esta faixa da população atendimento às suas necessidades específicas.

As transformações nas funções e papel do Estado refletiram de forma direta e indireta sobre a questão da velhice, como a reforma da previdência e a formulação de políticas sociais para os idosos, de caráter nacional. E diante da condição de pobreza e marginalidade envolvendo parte da população idosa, a velhice passa a fazer parte da esfera das preocupações sociais.

A gerontologia, enquanto campo de saber e de intervenção, assinala que se deve levar em conta aspectos biopsicossociais que envolvem o envelhecimento humano, a dimensão social da velhice – como um fato a ser considerado não somente para o indivíduo e sua família, mas para a sociedade e, que as especificidades dos idosos justificam um tratamento diferenciado.

Particularizando a realidade brasileira, pode-se compreender que foi a partir do processo de elaboração da Constituição Federal de 1988, que se garantiu a formulação de diversas leis que vieram ao encontro dos interesses de segmentos sociais específicos, como os de idosos.

Com a redução das taxas de fecundidade e mortalidade, da expansão da urbanização, da incorporação da mulher no mercado de trabalho e das transformações nos padrões socioculturais advindos da migração, altera-se a estrutura etária da população brasileira, evidenciando-se o desenvolvimento heterogêneo dos processos de transição demográfica e epidemiológica no Brasil, atrelados, principalmente, às desigualdades sociais.

Nesta direção, pode-se aferir que a população idosa se constitui como um grupo entre si e em relação às demais faixas etárias, bastante distinto, tanto no que diz respeito às condições sociais, quanto aos aspectos demográficos e epidemiológicos.

A realidade do idoso institucionalizado segue a mesma tendência mundial, porém o processo de institucionalização apresenta uma realidade dúbia para o idoso, sendo que, enquanto para alguns esse processo significa baixa da auto-estima,

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sentimentos negativos e algumas limitações, para outros estar numa Instituição é ter segurança, acesso mais facilitado aos cuidados específicos e serviços especializados.

Partindo deste contexto, as Instituições de Longa Permanência têm ampliado cada vez mais os atendimentos aos idosos. A SERTE, nos últimos anos conquistou um vasto espaço neste sentido, estabelecendo por meio de convênios um aumento expressivo do número de abrigados, fechando em 80 o número atual.

Redefinindo seu papel, o Serviço Social e a instituição passaram a perceber o idoso como indivíduo integral e cidadão portador de direitos e deveres, garantindo assistência e cidadania, proporcionando condições de aprimoramento pessoal e espiritual ao assistido.

As novas frentes de trabalho, as parcerias, os novos projetos que estão sendo elaborados e desenvolvidos, pelos profissionais e pela Diretoria da SERTE buscam efetivar a missão da instituição, que é caridade no seu sentido mais amplo, fortalecendo o comprometimento de todos os envolvidos com as obras, proporcionando-lhes assim, o desenvolvimento dos valores morais necessários à sua evolução espiritual.

Perfil atual dos idosos abrigados na SERTE

Os aspectos atuais referentes ao idoso que ingressa na SERTE delineia um perfil que tem por base os indicadores sociais e de saúde dos últimos anos. A faixa etária tem se expandido cada vez mais, com uma média passando de 65 anos para os primeiros registros para 79 para os anos atuais. Juntamente com a maior expectativa de vida, há um declínio físico e psíquico que acometem esses idosos, levando às condições de dependência para várias atividades da vida diária como: higiene, alimentação e locomoção.

A procedência da maioria desses idosos refere-se a famílias de baixa-renda, que possuem várias limitações no que se refere à garantir um atendimento especializado. A falta de conhecimento acerca dos serviços disponibilizados pela rede de apoio também faz com que as famílias busquem alternativas junto a instituições de longa permanência.

Esse fato é explicitado principalmente nas solicitações de vaga que ocorrem, quase que diariamente. Ao orientarmos sobre as diferentes possibilidades que a família pode dispor junto à rede, a institucionalização passa a ser a última alternativa.

A questão das fragilidades de saúde físicas e mentais desses idosos têm demandado atendimentos mais especializados, aumentando significativamente o número de consultas a especialistas, exames, terapias, medicamentos e exigido da equipe técnica uma maior qualificação no sentido de responder às necessidades e cuidados exigidos pelos idosos.

Page 34: Relatório atividades-2007-SERTE

O perfil atual do idoso mostra ênfase na questão de atendimento e tratamento na área da saúde, e a busca efetiva de parcerias e convênios que permitam tratar as doenças apresentadas pelos idosos, principalmente na área de fisioterapia, psiquiatria, neurologia, geriatria.

Dados estatísticos sobre o perfil dos idosos abrigados na SERTE

Gráfico 10 - Abrigamento por sexo

A partir dos dados apresentados, percebe-se que o número de abrigados do sexo feminino é maior, com 6% de diferença. Esse fato pode ser explicado pela expectativa de vida que é maior nas mulheres brasileiras do que nos homens.

Gráfico 11 - Motivo do abrigamento

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Diante do gráfico anterior, podemos concluir que a institucionalização ocorre em grande parte pela falta de condições da família em assistir ao idoso na própria casa. A falta de suporte e orientações à família faz com que a melhor solução aparente seja institucionalizá-lo. As condições de vulnerabilidade social e de saúde do idoso, alidado ao fato de os familiares trabalharem em tempo integral, faz com que optem pelo abrigamento do seu familliar numa ILPI.

Essa situação ressalta a fragilidade da rede de atendimento e das políticas públicas voltadas a esse setor específico, pois a falta de segurança da família em assistir ao idoso muitas vezes é pela quase ausência de esclarecimento das políticas setorias existentes, assim como, a dificuldade de acesso.

Gráfico 12 - Encaminhamento

Esse gráfico anterior vai ao encontro da mesma situação do gráfico anterior, em que confirma que o maior número de encaminhamentos é proveniente da família, perfazendo 68% do total. Idosos com relação às visitas

Page 36: Relatório atividades-2007-SERTE

Diante do gráfico apresentado, podemos analisar que a maioria dos idosos abrigados na Instituição recebe visitas regulares. Vale ressaltar que esse fato não significa que seja somente a família que as realiza, pois muitas vezes essas visitas são feitas por amigos, voluntários, parentes distantes, entre outros. Os 44% restantes implicam naqueles idosos que não são visitados regularmente, fato que evidencia a fragilidade e/ou ausência dos vínculos afetivos e familiares.

Idosos com relação ao grau de parentesco

Gráfico 13 – Idosos em relação a visitas

Page 37: Relatório atividades-2007-SERTE

Gráfico 14 – Idosos em relação ao grau de parentesco

Compreende-se por familiar direto os parentes de 1º grau: seriam eles: pai,

irmãos e filhos. A maioria dos idosos possui esse familiar, porém entre os 65% somente 50% mantém o vínculo, por contato freqüente e regularidade das visitas. Situação social dos idosos

A conjuntura atual tem evidenciado grandes mudanças nos indicadores

sociais dos idosos institucionalizados na SERTE. Percebe-se que tem aumentado o número de idosos portadores de doenças crônico-degenerativas, o que tem ocasionado maior dificuldade de sociabilização entre eles.

O baixo nível cultural e a conseqüente dificuldade de discernimento fazem com que a integração social fique prejudicada, tornando-os mais alheios ao exercício efetivo da cidadania.

Na intenção de diminuir essa lacuna, priorizamos trabalhos que promovam a preservação dos aspectos cognitivos e os níveis de socialização dos idosos, pertinentes às limitações geradas pelo aspecto cultural e também dos prejuízos ocasionados pela fragilidade física e psíquica dos mesmos.

A fragilidade dos vínculos familiares é visível com o passar do tempo. Percebe-se que, no período inicial, há uma participação mais efetiva da família no dia-a-dia do idoso. Depois, as visitas vão ficando menos regulares e o contato familiar cada vez mais distante.

Dessa forma, o serviço social busca trabalhar a responsabilização da família junto ao idoso institucionalizado, no intuito de garantir uma participação mais efetiva na prestação de cuidados e assistência.

Percebe-se que há uma maior participação da sociedade civil referente ao apoio e assistência ao idoso, evidenciando-se nas atividades de recreação, lazer e assistenciais que têm sido desenvolvidas por voluntários, que assumem a causa com assiduidade e comprometimento, contribuindo significativamente para o desenvolvimento biopsicossocial e espiritual dos idosos.

Da mesma forma, as atividades voltadas ao apoio e desenvolvimento espiritual, não só dos idosos como também dos funcionários, têm tido relativo aumento, como por exemplo, o trabalho dos grupos mediúnicos, evangelização e terapias espirituais.

Page 38: Relatório atividades-2007-SERTE

A dinâmica de intervenção do Serviço Social

O Serviço Social tem na questão social a matéria-prima do seu trabalho e expressa um projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. Além disso, orienta-se também pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população.

Neste sentido, o Serviço Social no Lar dos Idosos (LV) da SERTE atua na intenção de garantir a esse segmento da sociedade os direitos que lhes cabem enquanto cidadãos.

Há um grande desafio profissional neste contexto, uma vez que o processo de envelhecimento traz inúmeras privações ao idoso e, aliado ao processo de institucionalização, acaba por privá-los ainda mais do acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.

Neste sentido, o papel do Assistente Social é buscar a viabilização desses direitos junto aos órgãos competentes, família e sociedade em geral, garantindo o acesso igualitário aos direitos que lhes são concernentes.

A SERTE, ao longo desse meio século de atuação, tornou-se referência da sociedade florianopolitana no atendimento aos idosos. Dessa forma, a comunidade busca auxílio e orientação ao serviço social que tem atuado no sentido de fornecer esclarecimentos e encaminhamentos ao grande número de solicitações recebidas, facilitando o acesso aos programas e recursos existentes, que garantam cesta básica, medicamentos, equipamentos, fraldas, passagens, exames, tratamentos diversos, a todos que recorrem à instituição e que efetivamente necessitam de suporte e auxílio.

No cotidiano institucional, o Assistente Social trabalha com a equipe interdisciplinar, a fim de garantir o desenvolvimento integral do idoso, partindo do princípio biopsicossocial e espiritual.

O grupo de convivência desenvolvido pelo Serviço Social e pelo Serviço de Psicologia do LV tem apresentado resultados positivos, no que se refere a uma melhor adaptação do idoso na casa, assim como tem proporcionado uma maior integração entre os idosos abrigados. Esse processo é observado nas abordagens diárias, onde se identifica que a rede de apoio interna tem se manifestado de forma sutil, mas presente.

Ademais, a criação de novas frentes de trabalho e as parcerias, os novos projetos que estão sendo elaborados e desenvolvidos buscam atender aos idosos e à comunidade em suas necessidades biopsicossociais e espirituais.

TABELA 3 - Dados estatísticos da dinâmica de atendimento do Serviço Social

Intervenção Quantidade

Abordagens junto ao idoso 246

Abordagens junto à família 119

Administração de conflitos 20

Solicitação de vaga 91

Atividades burocráticas (relatórios, pareceres, documentação, visitas domiciliares e institucionais, entre outros)

456

Atendimento e orientações à comunidade 44

Contatos com a rede de apoio 65

Reuniões 158

Grupo de Convivência 74

Supervisão de estágio 17

Contato telefônico com familiares 45

Participação em palestras, eventos, cursos e seminários 30

Atendimento aos funcionários e voluntários 68

Page 39: Relatório atividades-2007-SERTE

Entrada e acolhida dos idosos 19

Atendimento às necessidades sociais dos idosos 358

Óbitos 06

TOTAL 1.816

Evolução Histórica do Lar de Idosos

O Lar dos Velhinhos foi formalmente registrado em 14 de abril de 1957, contando

já com seus primeiros idosos. A partir do ano de 1969, foi criado o livro de registros do Lar dos Idosos, onde

estão anotadas todas as entradas, saídas, óbitos, etc, juntamente com os dados mais importantes de cada idoso que foi acolhido e assistido na instituição.

O levantamento de dados históricos comprova que a SERTE, nestes 51 anos,

prestou atendimento a, aproximadamente, 648 idosos, contando somente com os registrados no livro de entrada. Trata-se de um atendimento que foi realizado para aqueles que não tinham mais respostas, seja em suas famílias ou no Estado.

Os dados e registros que se têm acesso vêm consolidando a tendência de haver

sempre um maior número de idosas do sexo feminino, tanto nas abrigadas como nas solicitações de vagas.

A maioria dos idosos abrigados na instituição possui agravos de saúde, e as

maiores incidências são os Distúrbios Psiquiátricos, como: (a) esquizofrenia, psicose, demência senil, depressão, ansiedade,

hipocondria (b) distúrbios neurológicos, como as seqüelas de AVC, Mal de Parkinson,

Mal de Alzheimer (c) diabetes, cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica, doença pulmonar

obstrutiva crônica, oncologias, etc. A média anual é de 06 óbitos e as causas mais freqüentes são as paradas

cardio-respiratórias, decorrentes do agravo da saúde e degeneração física causada pelo envelhecimento.

Outro dado importante de se comparar é a média de idade dos idosos abrigados, passando de 62 anos, nos primeiros registros, para 79 anos nos atuais.

A grande incidência de doenças, as limitações e o grande número de idosos dependentes estão mudando o perfil dos idosos assistidos pela instituição, enquanto nos primeiros anos a proporção era de 40% de dependentes e 60% de independentes, atualmente, com raras exceções, todos os idosos abrigados possuem algum tipo de limitação física ou mental, necessitando, de auxílio para realizar atividades da vida diária.

TABELA 4 - Dinâmica de Atendimento do Lar dos Idosos ( MÉDIA)

Ano Feminino Masculino

1969 42 18

1970 40 20

1971 43 18

1972 47 16

1973 41 18

Page 40: Relatório atividades-2007-SERTE

1974 47 17

1975 43 18

1976 53 21

1977 43 22

1978 55 23

1979 53 27

1980 50 23

1981 48 27

1982 51 24

1983 48 30

1984 46 34

1985 46 38

1986 49 35

1987 44 30

1988 42 28

1989 40 30

1990 37 30

1991 35 30

1992 33 30

1993 31 31

1994 31 31

1995 30 26

1996 27 26

1997 26 25

1998 26 23

1999 32 29

2000 31 28

2001 26 23

2002 26 23

2003 26 23

2004 25 22

2005 28 25

2006 37 36

2007 40 34

TABELA 6 - Movimentação

ANO SOCIAL INGRESSOS ÓBITOS REINTERAÇÃO FAMILIAR

1993/94 07 07 01

1994/95 07 05 02

1995/96 08 09 01

1996/97 15 11 03

1997/98 11 13 00

Page 41: Relatório atividades-2007-SERTE

1998/99 13 10 05

1999/2000 11 11 04

2000/2001 22 05 02

2001/2002 06 05 01

2002/2003 04 05 02

Jan a Dez de 2004

08 07 03

Jan a Dez de 2005

06 08 00

Jan a Dez de 2006

20 08 00

Jan a Dez de 2007

23 06 02

(*) de 1993 a 2003 os dados dizem respeito aos meses de novembro e outubro, exercício social de então. Considerações finais O processo do envelhecimento em nossa sociedade foi, por um grande período de tempo, rodeado por “tabus”. O idoso era considerado o “velho”, aquele que não dispunha de grande serventia e que só trazia preocupações para a população, pois suas limitações e particularidades evidenciavam uma sociedade despreparada e sem estrutura para lidar com o que os índices demográficos já anunciavam há muito tempo: o aumento da expectativa de vida populacional e o seu conseqüente crescimento da população idosa.

Partindo desses novos índices, o conceito generalista começou paulatinamente a dar lugar ao conceito natural do envelhecimento, em que se fazia necessária a elaboração e execução de políticas públicas para lidar com os aspectos intrínsecos desta fase da vida. Percebeu-se que muitas das limitações vinham da falta de estrutura e planejamento, tanto da família, do Estado, como da Sociedade em geral.

Novos estudos na área permitiram uma nova concepção de conceitos, fatos que geraram significativas conquistas neste campo do saber, como por exemplo, a Política Nacional do Idoso de 1994, que conceitua o idoso como cidadão de direitos. Mais tarde, com a promulgação da Lei 10.741, o Estatuto do Idoso amplia a concepção da PNI e passa a trabalhar o conceito de inclusão social e proteção integral desses indivíduos.

Os valores intrínsecos da sociedade em relação ao envelhecimento estão se alterando de maneira a nortear as ações de proteção e a inclusão destes indivíduos, bem como a qualidade das relações a serem estabelecidas com eles. Todas as ações, sejam do poder público, seja da sociedade em geral devem contemplar os direitos, as necessidades, as preferências e a capacidade de todos os idosos. O desenvolvimento socioeconômico do país deve incluir políticas que promovam um envelhecimento ativo, possibilitando qualidade de vida a esses indivíduos.

Nesta perspectiva, o Serviço Social, como profissão interventiva e que interfere na reprodução material da força de trabalho, assim como na reprodução sócio-política e ou ideo-política dos indivíduos sociais, particulariza-se ao trabalhar no desenvolvimento integral dos indivíduos, incluindo-os na dinâmica societária como sujeitos providos de direitos e deveres, rompendo com a visão paternalista de exclusão e vitimização que muitas vezes recebe da sociedade.

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Essa ruptura é um processo contínuo, em que as ações devem ser analisadas e estudadas cotidianamente, não só no fazer profissional, mas também no contato interdisciplinar, a fim de compartilhar com os outros profissionais essa concepção de cidadania em seu sentido mais amplo e integral.

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3. EDUCANDÁRIO LAR DE JESUS (ELJ) Antecedentes Históricos 1961 – Construção do Educandário Lar de Jesus (Associação e Proteção à Maternidade e à Infância), que começou como Jardim de Infância na sala do prédio onde funcionava a padaria. 1963 – Criação da Escola Espírita Infantil Mabel. 1970 – Educandário Lar de Jesus incluído no novo estatuto social. 1980 – O ELJ passa a funcionar no prédio em que foi desativado o Hospital e a Maternidade Irmã Liz. 1988 – Registro de 60 crianças no Educandário.

Fundamentos Legais da Educação

Os direitos e deveres de todos os cidadãos que vivem em nosso país, estão estabelecidos na Constituição Brasileira, na qual também estão definidas as responsabilidades dos Municípios, Estados, Distrito Federal e União.

Dentre os Direitos Sociais encontra-se a educação e um capítulo específico é dedicado ao assunto.

Além da Constituição Federal existem as Constituições Estaduais, a do Distrito Federal e as Leis Orgânicas dos Municípios que completam a Carta Magna.

A regulamentação dessas normas é feita pelas leis que podem ser federais, estaduais (ou do Distrito Federal) ou municipais que, por sua vez, são mais detalhadas por decretos, portarias e normas complementares (resoluções ou deliberações).

Interpretando a legislação há os Pareceres que, no campo da educação, podem ser originários dos Conselhos de Educação (Nacional, Estadual, Distrito Federal ou Municipal).

Esse conjunto de documentos constitui o direito na educação ou, mais modernamente chamado, O Direito Educacional.

São, na prática, milhares de textos legais que dizem o que deve e o que não pode ser feito e, em inúmeros casos, há divergências e conflitos de interpretações,

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causando grandes dúvidas pelos alunos e demais membros da comunidade educacional. LEI Nº. 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional Seção II - Da Educação Infantil Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: a) Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; b) Pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Breve Histórico da Educação Infantil

Não faz parte de este documento recuperar a história da educação infantil no Brasil. No entanto, alguns recortes dessa história representam a exigência de um determinado momento histórico e clarificam os paradigmas existentes.

O sistema educacional brasileiro é marcado há mais de um século pelo início da preocupação com a educação infantil. Surge, sem nenhuma indicação legal a respeito, no momento em que o processo de industrialização do país atrai a mulher ao mercado de trabalho. Os registros oficiais da educação pré-escolar mais remotos são descritos, na década de 1930, na Lei Orgânica do Ensino Normal (Decreto-Lei 8.530) de Gustavo Capanema, onde os Institutos de Educação eram responsáveis pelo profissional do magistério primário e também pelo curso de especialização para o trabalho pré-escolar.

Em 1961, a Lei 4024/61, pela primeira vez no país, contempla todos os níveis de educação, não alterando a formação do professor da pré-escola que continua sendo realizada no ensino médio. Refere-se à educação infantil como os ”Jardins de Infância” e, em acordo com a CLT (1943), define que as mães que trabalhassem e com filhos menores de sete anos, seriam estimuladas a organizar instituições de educação pré-primária. Só que, com o golpe militar de 1964, as discussões educacionais passam por uma longa fase de conformismo e silêncio.

Durante esse período, a influência do tecnicismo norte-americano e os acordos MEC-USAID tornam-se os marcos das Leis 5.540/68 e 5.692/71 que reorganizavam o ensino superior e de 1. º e 2. º graus, respectivamente. O Curso de Magistério transformou-se em Habilitação Específica para o Magistério, tendo um núcleo comum destinado à formação geral e à formação especial, de caráter profissionalizante, que habilitava o aluno, em quatro anos, a lecionar da pré-escola a 6. ª série do 1º grau. À educação infantil ficava reservada a parte da formação especial nas matérias que contemplavam o desenvolvimento infantil e didático-pedagógico para esta fase, consideradas iniciativas isoladas, movidas por idealismo de educadores, traçando uma educação realmente preocupada com a infância.

Neste sentido, a Constituição Brasileira (1988) torna-se um ponto decisivo na afirmação dos direitos da criança, incluindo, pela primeira vez na história, o direito à educação em creches e pré-escolas (art. 208, inciso IV). Em 1990, O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, insere as crianças no mundo dos direitos, mais especificamente no mundo dos Direitos Humanos, reconhecendo-as como pessoas em condições peculiares de desenvolvimento, como cidadãs, com direito ao afeto, a brincar, a querer, a não-querer, a conhecer, a opinar e a sonhar. O referido Estatuto

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foi considerado pela UNICEF como uma das legislações mais avançadas do mundo na área do direito da criança e do adolescente, ao enfatizar a vida, a educação, a saúde, a proteção, a liberdade, a convivência familiar e o lazer.

É neste contexto que o Ministério de Educação e Desporto (MEC), em 1994, assume o papel de propor a formulação de uma Política Nacional de Educação Infantil. Neste período, a Coordenação Geral de Educação Infantil (Coedi) da Secretaria de Educação Fundamental do MEC publicou uma série de documentos para a educação infantil no Brasil, entre os quais se destacam: "Por uma política de formação do profissional de educação infantil" (1994), "Política Nacional de Educação Infantil” (1994), "Critérios para um atendimento em creches e pré-escolas que respeitem os direitos fundamentais das crianças" (1995).

Reafirmando estas mudanças, a LDB – Lei de Diretrizes e Bases n.º/96 estabelece o vínculo entre a educação e a sociedade e, ao longo do texto, faz referências específicas à educação infantil, de forma sucinta e genérica. Reafirma que a educação para crianças com menos de seis anos é a primeira etapa da educação básica; destaca a idéia de desenvolvimento integral e o dever do Estado com o atendimento gratuito em creches e pré-escolas. Outro avanço refere-se à avaliação na educação infantil, ressaltando que não tem a finalidade de promoção, em oposição à visão preparatória para as séries iniciais. A exigência da formação dos profissionais para a educação infantil em nível superior e ensino médio, apresentada pela Lei, vem sendo motivo de debates e reflexões, em nível nacional.

De acordo com a LDB, considerando seu papel e sua responsabilidade na indução, proposição e avaliação das políticas públicas relativas à educação nacional, o Ministério da Educação e do Desporto propõe, em 1998,o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. São três volumes, sem valor legal, que se constituem num conjunto de sugestões para os professores de creches e pré-escolas, para que possam promover e ampliar as condições necessárias ao exercício da cidadania da criança brasileira.

GARCIA (2001:41), ao fazer uma análise das críticas ao documento, ressalta que "mesmo desconsiderando a imensa diversidade cultural e social da sociedade brasileira e das propostas curriculares de educação infantil existentes, a leitura crítica deste documento pode ser um importante subsídio para o debate sobre a criança e a educação infantil".

Em dezembro de 1998, o Conselho Nacional de Educação publica as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, com o intuito de nortear as propostas curriculares e os projetos pedagógicos para educação da criança de 0 a 6 anos e estabelece paradigmas para a própria concepção de programas de cuidado e educação, com qualidade, em situações de brincadeiras e aprendizagem orientada de forma integrada, contribuindo para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, em uma atitude de respeito e confiança, enquanto tem acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

O documento destaca a evolução do conceito de criança na história da educação infantil e os impactos da modificação da constituição familiar e da vida na sociedade sobre a vida da criança. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil confirmam os Princípios, Fundamentos e Procedimentos da Educação Básica na orientação das instituições de educação infantil. No entanto, sabe-se que a lei e as diretrizes, ao assegurarem a concepção de criança cidadã e da educação infantil como direito da criança no Brasil, não determinam a mudança na realidade das crianças brasileiras e nas propostas e trabalho das creches e pré-escolas.

E a quem cabe agilizar e concretizar toda esta proposta? Qual é a real situação dos profissionais que atuam diretamente em creches e pré-escolas do país?

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Que perguntas se fazem esses profissionais sobre sua identidade e tarefa de educadores infantis?

A análise dos impactos das transformações sociais, tecnológicas e culturais sobre a criança de 0 a 6 anos, as conseqüências sobre seu modo de ser e se relacionar têm sido alvo das discussões pertinentes na formação do professor de educação infantil, em nível superior. Os questionamentos estão presentes nas abordagens pedagógicas, de conhecimento geral e específico, do universo infantil e da formação do perfil profissional do professor.

Sabe-se que a intervenção pedagógica tem oscilado entre as concepções de mundo e de educação em que, ou se permite à criança ser criança em seu processo de desenvolvimento natural, no seu tempo e singularidade, ou se opta a forçar a natureza, estipulando regras, modelos e padrões a serem aprendidos, seguidos e repetidos.

A educação infantil, comprometida e planejada para ser um tempo e um espaço de aprendizagem, socialização e diversão, oportuniza a criança a viver como criança em instituições educacionais. Por meio de atividades que não têm as conotações escolares ou iguais às de sua casa, à criança é reservado o lugar de viver sua infância, sem encurtá-la com tarefas rotineiras e desmotivantes ao ser “aluno” ou ser “trabalhador”, em seu contexto familiar e social.

O reconhecimento da educação infantil, como espaço de aprendizado e conhecimento, traz a importância de repensar as relações da Pedagogia com a educação infantil, orientada para uma prática comprometida com uma intencionalidade educativa que resgate a infância. Pascal & Bertran (apud ROSEMBERG, 1994) afirmam que, se quisermos melhorar a qualidade da educação de crianças pequenas, devemos nos preocupar com a qualidade de seus professores.

Ao considerar a concepção de infância e de educação na formação acadêmica do professor de educação infantil, destaca-se a importância do estudo da educação e da investigação da realidade, para que possa intervir e fazer sua ação pedagógica relacionada com os componentes da prática educativa, ou seja, a criança, o professor e o contexto em que vivem. Cabe, pois, considerar os valores e princípios presentes na concepção de criança, sociedade, conhecimento, educação e cultura, necessários à contextualização sócio-política da formação do pedagogo crítico, reflexivo, pesquisador, criativo e comprometido com a responsabilidade social e inovadora na educação infantil.

A perspectiva da relação pedagogia-educação infantil considera necessária à mobilização frente às discussões sobre a reorganização institucional e legal da educação de crianças de zero a seis anos como, também, pelo campo educacional que aponta para uma nova concepção da infância e para a exigência de uma formação geral e cultural continuada dos professores para a educação infantil, instaurando e fortalecendo os processos de mudança na perspectiva de um profissional pedagogo, especialista nas questões da educação, um cientista da educação e pesquisador da prática educativa, como resposta aos desafios que a criança solicita em seu desenvolvimento. É um desafio permanente que se impõe para pensar e realizar uma pedagogia que invista em fazeres e saberes pedagogicamente comprometidos com uma educação humanizadora de nossas crianças. Diagnóstico Situacional do Educandário (ELJ)

O Educandário Lar de Jesus, existe desde 1963, tendo sempre funcionado em prédios aproveitados, construídos para outras finalidades que não a educação. O espaço onde funciona atualmente é o da antiga maternidade da SERTE.

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O Educandário Lar de Jesus funciona de segunda á sexta-feira no horário das 8:00 às 17:00horas.

O nosso trabalho é acompanhar o desenvolvimento da criança, na faixa etária de 2 à 5 anos e onze meses, proporcionando um atendimento com qualidade, isto é, o educar e o cuidar, embasados nos princípios da pedagogia espírita.

A manutenção do ELJ se dá por meio de convênios estabelecidos entre a SERTE e a Prefeitura de Fpolis/SC- Merenda Escolar/FNE, Fundo Municipal de Ass. Social/FMS- Subvenção Social/FMS. A entidade sobrevive de doações e, ao mesmo tempo, contribui para que a PMF/SME, atenda seus objetivos que é garantir a educação gratuita aos seus munícipes.

A contrapartida do ELJ é o pagamento de encargos sociais, espaço físico, manutenção, serviço voluntário e a complementação da folha de pagamento.

O processo de seleção de vagas ocorre de acordo com a Resolução nº01/2006 - SERTE, que estabelece prioridades de concessão de vagas para as crianças do ELJ:

a) crianças abrigadas no Lar Seara da Esperança/SERTE, enquanto perdurar o seu

abrigamento, independente deste acontecer no inicio ou decorrer do ano letivo; b) filhos de funcionários da SERTE; c) filhos dos moradores da comunidade da Cachoeira do Bom Jesus,

preferencialmente daqueles em situação sócio-econômico carente. Este processo se dá em parceria com a equipe de Assistentes Sociais da SERTE.

De acordo com o último censo fornecido pela Secretaria de Saúde, há 503

crianças na faixa etária de 0 a 4 anos de idade que, somadas às que já completaram 5 anos, formam o público alvo do Educandário Lar de Jesus.

O ELJ atende 120 crianças divididas em grupos por faixa etária:

TABELA 7 – Grupos de Crianças e Faixa Etária

Idade Grupo Turno Quantidade

2 a 3 anos III Matutino 12

2 a 3 anos III Vespertino 12

3 a 4 anos IV Matutino 17

3 a 4 anos IV Vespertino 17

4 a 5 anos V Matutino 16

4 a 5 anos V Vespertino 16

5 a 5anos e onze meses VI Matutino 15

5 a 5 anos e onze meses VI Vespertino 15

TOTAL 120 crianças.

Número de salas para atendimento: Matutino – 04 salas Vespertino _ 04 salas Outras dependências: 01_Biblioteca infantil

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01_Sala de coordenação 01_ Sala dos professores 01_ Sala do Soninho 01_ Parquinho

TABELA 8 - Atendimento, período 2003 a 2007

ANO IDADE GRUPO TURNO Nº. CRIANÇAS

2003 2 A 3 ANOS MATERNAL II MATUTINO 17

2 A 3 ANOS MATERNAL II VESPERTINO 18

3 A 4 ANOS JARDIM I MATUTINO 16

3 A 4 ANOS JARDIM I VESPERTINO 17

4 A 5 ANOS PRÉ- I MATUTINO 15

4 A 5 ANOS PRÉ-I VESPERTINO 18

5 A 6 ANOS PRÉ-II MATUTINO 18

5 A 6 ANOS PRÉ-II VESPERTINO 18

TOTAL 08 02 137 crianças

2004 2 A 3 ANOS MATERNAL II MATUTINO 19

2 A 3 ANOS MATERNAL II VESPERTINO 18

3 A 4 ANOS JARDIM I MATUTINO 16

3 A 4 ANOS JARDIM I VESPERTINO 16

4 A 5 ANOS PRÉ-I MATUTINO 20

4 A 5 ANOS PRÉ-I VESPERTINO 21

5 A 6 ANOS PRÉ-II MATUTINO 20

5 A 6 ANOS PRÉ-II VESPERTINO 20

TOTAL 08 02 131 crianças

2005 2 A 4 ANOS GRUPO IV/MISTO

MATUTINO 09

2 A 4 ANOS GRUPO IV/MISTO

VESPERTINO 10

3 A 4 ANOS GRUPO V MATUTINO 19

3 A 4 ANOS GRUPO V VESPERTINO 20

4 A 5 ANOS GRUPO VI MATUTINO 16

4 A 5 ANOS GRUPO VI VESPERTINO 16

5 A 6 ANOS GRUPO VII MATUTINO 16

5 A 6 ANOS GRUPO VII VESPERTINO 18

TOTAL 08 02 124 CRIANÇAS

2006 IDADE GRUPO TURNO Nº DE CRIANÇAS

2 A 3 ANOS GRUPO IV MATUTINO 11

2 A 3 ANOS GRUPO IV VESPERTINO 13

2 A 4 ANOS GRUPO V MATUTINO 10

2 A 4 ANOS GRUPO V VESPERTINO 13

4 A 5 ANOS GRUPO VI MATUTINO 18

4 A 5 ANOS GRUPO VI VESPERTINO 17

5 A 6 ANOS GRUPO VII MATUTINO 15

Page 49: Relatório atividades-2007-SERTE

5 A 6 ANOS GRUPO VII VESPERTINO 15

TOTAL 8 GRUPOS 2 TURNOS 112

2007 2 A 3 ANOS GRUPO IV MATUTINO 12

2 A 3 ANOS GRUPO IV VESPERTINO 13

3 A 4 ANOS GRUPO V MATUTINO 12

3 A 54ANOS GRUPO V VESPERTINO 14

4 A 5 ANOS GRUPO VI MATUTINO 08

4 A 5 ANOS GRUPO VI VESPERTINO 14

5 A 6 ANOS GRUPO VII MATUTINO 13

5 A 6 ANOS GRUPO VII VESPERTINO 17

TOTAL 8 GRUPOS 2 TURNOS 103 CRIANÇAS

No qüinqüênio 2003 a 2007, o Educandário Lar de Jesus atendeu 607 crianças, sempre com a preocupação de modificar as características assistencialistas da educação que, historicamente, têm permeado as ações dentro da educação infantil, procurando desenvolver atividades educacionais que objetivam a formação do Homem Integral, ou seja, corpo e espírito. Atividades pedagógicas desenvolvidas

No dia 15 de março de 2007, assume a coordenação do Educandário Lar de Jesus, a pedagoga Carmen Halsey, em substituição à pedagoga Magna Martins.

Nossas atividades pedagógicas são norteadas pelos objetivos que determina a LDB(1996)- Educação Infantil.

O ELJ trabalha com projetos de pesquisa que são elaborados por eixos de interesses das crianças. Os educadores semanalmente preparam atividades ou conjunto de atividades, organizando o ambiente de aprendizagem.

O engajamento, a sintonia das interações entre as crianças e entre as crianças e professores, mediadas por diferentes artefatos, é uma meta sempre presente em nossas atividades.

Semanalmente, é realizado o momento do Planejamento, onde o objetivo é determinar a direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado.

Atividades mensais desenvolvidas durante o Ano de 2007:

Março Tema gerador: O coelho Maroto Objetivos:

1. Desenvolver atividades integradoras referentes ao tema gerador, buscando, por meio de brincadeiras e musicas, trabalhar os aspectos biopsicosocial espiritual de nossas crianças.

2. Decorar a escola com símbolos da páscoa 3. Adquirir dois coelhos 4. Distribuição de chocolates e balas para as crianças 5. Integração ELJ e Lar dos Idosos,(apresentação de números musicais e

oferecimento de cartões para os Idosos da SERTE). 6. Segunda Parada pedagógica – A afetividade estabelecendo relacionamentos.

Abril Tema gerador: Monteiro Lobato/Sítio do Pica-pau Amarelo.

Page 50: Relatório atividades-2007-SERTE

Atividades: 1. Criação da biblioteca do ELJ 2. Criação do depósito do ELJ 3. Sessão pipoca/vídeo do sítio do Pica-pau Amarelo. 4. Hora do conto/histórias de Monteiro Lobato 5. Visita da Emilia 6. Comemoração dos aniversariantes do mês/ crianças e professoras 7. Confecções de bonecos articulados. 8. Reunião com Pais e Responsáveis

Maio Tema Gerador: Comemoração do dia das Mães. Atividades:

1. Decoração da escola 2. Apresentação das crianças e educadoras do ELJ 3. Trabalho de parceria com o GEP – Grupo Espírita de Pais/CEAK (homenagem

às Idosas do Lar dos Idosos). 4. Comemoração do aniversário da D.Julia com as crianças (moradora do Lar dos

Idosos) 5. Oficinas pedagógicas: Brincando e Aprendendo com Alimentos, Construindo e

Descontruindo com Lego, a Verdadeira Historia dos Três Porquinhos, a Galhinha dos Ovos de Ouro.

6. Hora do livro 7. Reunião administrativa. 8. Terceira Parada pedagógica – Eu,meu grupo e o educandário

Junho e Julho Tema Gerador: Folclore Junino Atividades:

1. Festa Junina,em parceria com o GEP- Grupo de Pais Espíritas. 2. Compra das mesas para as salas de atividades – dinheiro arrecadado com a

festa junina. 3. Greve dos Professores da PMF – as funcionárias do ELJ assumiram as

crianças do Lar das Crianças. 4. Quarta parada pedagógica - A Educação Infantil no Educandário Lar de Jesus. 5. Reunião administrativo-pedagógica. 6. (fotos)

Agosto Atividades:

1. Reinício das atividades com as crianças 2. Projeto de valorização do parquinho 3. Criação do espaço guarda-volumes para as funcionárias do ELJ. 4. Curso sobre o Diálogo: Profº Alkindar. 5. Oficinas pedagógicas: Dia do circo, Pinóquio e a Fada. 6. Dia da diferença: Projeto TV RECORD 7. Socialização dos relatos de avaliação das crianças.

Setembro

1. Atividades nos Sábados – reposição da greve dos professores 2. Atividades da Semana da Pátria 3. Campanha contra Escabiose 4. Curso sobre o Diálogo Profº Alkindar 5. Oficinas pedagógicas – O Mundo de Emília, construindo com sucatas.

Page 51: Relatório atividades-2007-SERTE

6. Comemoração dos aniversariantes 7. Atividades com os idosos 8. Comemoração dos 50 anos da SERTE.

Outubro

1. Doação dos ingressos para as famílias acompanharem suas crianças ao cinema.

2. Decoração dos ambientes com frases de felicitações para as crianças 3. Comemoração dos aniversariantes do mês 4. Dia do algodão – doce e pipoca 5. Dia do hot-dog 6. Dia no Amazônia Center/Churrasco para as crianças.

Prognóstico do ELJ

A educação é tarefa de todos. Educam pais, professores , evangelizadores etc., enfim, todos aqueles que desempenham tarefas socialmente úteis podem ser considerados educadores.

Nós do Educandário Lar de Jesus temos uma função mais especifica: somos responsáveis pela educação formal e espiritual das crianças que assistimos, percebendo a necessidade de desenvolvermos a Educação Integral. Segundo Cosme D.B.Massi, a ‘Educação Integral’ está associada a uma outra expressão: ‘Homem Integral”. O Homem Integral é o indivíduo essencialmente constituído e que desenvolveu ao máximo as três faculdades irredutíveis entre si: a faculdade de pensar, sentir e querer. Ordinariamente, a referência a essas três faculdades é feita utilizando as expressões razão, sentimento e vontade.

Segundo Dora Incontre, “a pedagogia espírita está entranhada nas obras de Kardec e tem sua origem nos antecessores do Espiritismo, que são os grandes pedagogos que antecederam o Mestre de Lyon. Na Antiguidade, Sócrates e Platão, depois Comenius no Século XVII e Rousseau e Pestalozzi, todos eles deram contribuições importantes que desembocam numa proposta espírita de educação, mas a prática da pedagogia espírita começou no Brasil com Eurípedes Barsanulfo, em Minas Gerais, no começo do Século XX”.

Percebendo a Educação como instrumento que os Espíritos se utilizam para

sua evolução é que atribuímos ao Educandário Lar de Jesus as funções de instrumento facilitador e propagador da Doutrina Espírita. Para que este processo se concretize de maneira mais eficaz é que apresentamos as seguintes propostas:

Proposta nº. 01:

Dado o grande o crescimento populacional e econômico que a Cachoeira do Bom Jesus está apresentando nos últimos 5 anos, é que sugerimos a construção de um Escola Espírita para tender a, aproximadamente, 130 crianças na faixa etária de 7 a 10 anos de idade, correspondendo assim ao ensino fundamental básico (1ª a 4ª série).

Por esta ampliação de vagas atenderíamos uma clientela sócio-econômica que arcasse com os custos financeiros do ELJ. Obviamente que esta proposta estaria acoplada a já existente (atendimento a 120 crianças carentes da Comunidade Cachoeira do Bom Jesus).

Proposta nº. 02:

Construção de uma escola profissionalizante para atender inicialmente 80 jovens de 16 a 18 anos com o 1º grau completo nos cursos de:

Page 52: Relatório atividades-2007-SERTE

· Hotelaria · Hidráulica · Eletricidade Residencial Sem descuidar dos ensinamentos morais imprescindíveis para a formação do

homem de bem.

Proposta n°. 03 - Curso de capacitação em Pedagogia Espírita No primeiro semestre de 2008 estamos programando a realização do curso

de Capacitação da Pedagogia Espírita para os profissionais em educação do ELJ e Evangelizadores que atuem na Evangelização Espírita do movimento Espírita de Florianópolis.

Nossa proposta e realizarmos juntamente com a ULISERTE um curso que premei os fundamentos da Pedagogia Espírita.

Proposta nº. 04 - Alfabetização para Adultos.

Aproveitando o espaço existente, abriríamos em parceria com alguma instituição governamental, salas de alfabetização de adultos, que funcionariam no período noturno.

Para elaborarmos estes projetos solicitamos a devida apreciação e autorização para desenvolver nos anos seguintes os trâmites, necessários a realização deste prognostico.

Page 53: Relatório atividades-2007-SERTE

4. CENTRO DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS (CPPDH/SERTE)

O ‘referencial teórico’ sobre Direitos Humanos deve ser pensado em interface

com as ações do Serviço Social. Nesse sentido, estão sendo desenvolvidas no Lar dos Idosos e das Crianças, ações de cidadania social, por iniciativa e reflexão do CPPDH.

Vejamos:

- no Lar das Crianças, desenvolvemos um projeto chamado “Laços de Carinho e Proteção”, voltado às famílias das crianças abrigadas, com o foco na busca da preservação ou do restabelecimento dos vínculos afetivos entre a criança e sua família. Nesse contexto, a valorização do convívio familiar e comunitário passa a ser prioridade, e se insere na obrigatoriedade de promoção do direito nos serviços prestados;

- na aplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente, assegurando-lhes os direitos da infância, organizando-os de acordo com a legislação pertinente;

- no acolhimento de crianças de zero a seis anos que estejam em situação de risco; - na garantia da subsistência dos recursos materiais (direitos sociais); - representamos a SERTE junto aos Conselhos de Direitos, Fóruns de Direitos,

Ministério Público, Juizados da Infância e da Juventude, organizações da sociedade civil, organizações governamentais (INSS, secretarias da saúde, secretaria do desenvolvimento social...), sempre agindo na garantia, na defesa e na promoção dos direitos das crianças;

- na veiculação de artigos, nas palestras proferidas em seminários, grupos de estudo, universidades, órgãos de representação das crianças, onde constam informações acerca dos direitos civis, públicos e sociais, abrangência dos direitos humanos.

Além de desenvolver uma ação intra-institucional junto as Obras Assistenciais

e as entidades vinculadas (CEPELC – CASIL – CCC – ULISERTE), o CPPDH também contribui com programas como o CEVIC e o PROVITA. O CPPDH também colabora com o movimento espírita, CRE-1 (Conselho Regional Espírita), na atenção dispensada ao presidiário e administra o programa de Prestação de Serviço a Comunidade. 4.1. Centro de Atendimento a Vítimas de Crimes

O Centro de Atendimento a Vítimas de Crimes (CEVIC) segue a Resolução

40/34 da ONU, aprovada em 1985, que estabelece a "Declaração dos Princípios Básicos de Justiça para Vítimas de Delitos e Abuso de Poder" com detalhamentos que explicitam procedimentos que deverão ser tomados em esferas internacional e regional para melhorar o acesso à justiça, ao tratamento justo, ao ressarcimento, à indenização e à assistência social às vítimas de delitos. Também esboça as principais medidas que deverão ser tomadas para prevenir a vitimização ligada ao abuso de poder. Tal resolução define vítima, em seu art. 1º, como:

“Qualquer pessoa que, individual ou coletivamente, tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou diminuição substancial de seus direitos fundamentais, como conseqüência de ações ou omissões que violem a legislação penal vigente nos Estados Membros, incluídas as que prescrevem o abuso criminal de poder.”

Page 54: Relatório atividades-2007-SERTE

O livreto Sistema Nacional de Assistência a Vítimas e Testemunhas – Programas e legislação, Compilado e organizado por Alexandre Avelino Pereira e publicado pelo Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, 2001, página 20, informa o objetivo do CEVIC:

“O objetivo desses centros de assistência e apoio a vítimas de crimes é basicamente o de conceder amparo jurídico, social e psicológico às pessoas vitimizadas. A atuação interdisciplinar das áreas jurídica, social e psicológica busca primordialmente a reestruturação moral, psíquica e social da vítima. O acesso à justiça significa para essas pessoas o restabelecimento da ordem social individual e familiar, o que implica, em última instância, o controle da violência, o exercício da cidadania e o resgate dos direitos humanos.”

Neste sentido, com a proteção dos direitos das vítimas e de seus familiares, o Programa pretende garantir o respeito aos Direitos Humanos das vítimas de crime, o exercício pleno de sua cidadania, garantia social e melhor qualidade de vida.

No ano de 2005 foram feitos 295 (duzentos e noventa e cinco) atendimentos. Esses atendimentos iniciais se desdobraram em, aproximadamente, 1.061 (mil e sessenta e um) procedimentos técnicos que são os atendimentos de cada área para cada usuário.

Em 2006, o CEVIC/Fpolis atendeu 274 (duzentos e setenta e quatro) casos novos e realizou 1.420 (um mil e quatrocentos e vinte) procedimentos técnicos entre social, jurídico e psicológico.

A clientela do CEVIC encontra-se, em sua maioria, na faixa etária de 20 a 40 anos; é predominantemente do sexo feminino (88,73%) e de cútis branca (80,75%). Quanto ao grau de escolaridade, 34,79% tem ensino médio completo.

A procedência da clientela é predominantemente de Florianópolis (74,65%), São José (11,27%) e Palhoça (6,57%).

Dentre as ocupações das vítimas, predominam: ‘atividades do lar’ (6,57%) e ‘desempregada’ (8,45%).

Os principais parceiros no encaminhamento das vítimas para o atendimento no CEVIC são: (a) Polícia Civil (33,33%) e IML (15,02%).

As principais motivações da violência entre as vítimas do CEVIC são provenientes da: (a) violência doméstica (42%); (b) violência contra a pessoa (36%); violência contra o patrimônio (17%); e, Crimes contra os Costumes (5%).

Gráfico 15 – Tipos de Violência – Florianópolis, 2007

Page 55: Relatório atividades-2007-SERTE

Deste conjunto de crimes, ressalta como principal violência a agressão física. E o agressor tem apresentado sua condição psicofísica como ‘normal’ em 45% dos casos.

TABELA 9 - Situação-Problema do atendimento do CEVIC/Fpolis – 2007

CRIMES CONTRA PESSOA: QTDE %

Homicídio 3 1.40%

Tentativa de Homicídio 1 0.47%

Lesões Corporais 11 5.17%

Agressão Física 14 6.58%

Dano Moral 3 1.40%

Violência Psicológica 7 3.28%

Outros 3 1.40%

CRIMES CONTRA OS COSTUMES: QTDE %

Estupro 8 3.76%

Atentado Violento ao Pudor 1 0.47%

Assédio Sexual 1 0.47%

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:

Física 52 24.42%

Física e Psicológica 20 9.39%

Psicológica 15 7.04%

Física, Psicológica e Sexual 0 0%

Sexual 3 0.93%

CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO:

Roubo 0 0%

Latrocínio 0 0%

Ameaça 35 16.44%

Violação de Domicílio 1 0.47%

ABUSO DE PODER 1 0.47%

INFORMAÇÕES 35 16.44%

TOTAL 214 100 %

4.2 Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas de Crimes

Em Santa Catarina, o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas – PROVITA/SC é uma parceria da Secretaria de Segurança Pública e de Defesa do Cidadão do Estado de Santa Catarina, Ministério da Justiça e de uma Organização não-governamental.

O PROVITA/SC oferece assistência social, psicológica e jurídica às testemunhas e seus familiares, para que tenham sua integridade assegurada e possam reconstruir suas vidas.

O PROVITA/SC está engajado na execução de uma nova política de combate à impunidade e à violência, em expansão no Brasil.

O PROVITA/SC tem como objetivo assegurar os direitos fundamentais relacionados à pessoa protegida e contribuir para a construção de uma Política Pública de Direitos Humanos. E ainda, contribuir para a qualidade no atendimento aos usuários, por meio da garantia dos seus direitos fundamentais, como moradia, alimentação, saúde, capacitação profissional, geração de renda, lazer; construir e consolidar uma equipe interdisciplinar comprometida com o atendimento ao cidadão,

Page 56: Relatório atividades-2007-SERTE

tendo em vista não apenas o atendimento aos seus direitos básicos, mas o comprometimento de construir uma nova realidade social.

4.3. Apoio aos Reeducandos da Grande Florianópolis

A SERTE vem contribuindo com a divulgação e ensino espírita nas Unidades

Prisionais, sob a coordenação geral de um representante do CRE-1. A SERTE tem contribuído com doação de roupas e agasalhos, brinquedos,

livros, além de outras situações, sempre orientada pela coordenação do CRE-1. Segundo o Coordenador, os resultados do trabalho têm sido animadores, apesar

da especificidade de suas características, exigindo preparo dos voluntários, adaptabilidade ao ambiente, naturalmente denso em termos de energias espirituais, bem como de conhecimento e firmeza de convicções doutrinárias.

Tem-se conseguido despertar o interesse dos reeducandos que participam ativamente das reuniões com questionamentos pertinentes e, até mesmo, propostas de temas para estudo.

Pode-se afirmar que tem havido bom aproveitamento na assimilação dos ensinamentos ministrados. Tem-se, também, ouvido comentários favoráveis dos responsáveis pela disciplina interna quanto à sensível mudança – para melhor – do relacionamento e do "clima" emocional reinante nas galerias de onde procedem os reeducandos participantes. Também se tem recebido manifestações de agradecimento por parte de egressos e das famílias.

Este grupo de trabalho, formado por membros de diversas casas espíritas, esforçou-se por montar uma Biblioteca Espírita “Amor e Liberdade”, que conta com a doação de mais de 100 livros e mensagens. 4.4. Prestadores de Serviço: Orientação Judicial

A SERTE vem experienciando o desenvolvimento de atividade por parte de pessoas que obtêm o privilégio de cumprir determinadas penalidades em instituições assistenciais e educacionais.

Existe, implantado e em funcionamento, no Sistema Penitenciário de Santa Catarina, procedimentos destinados a ocupar os apenados, mediante aplicação de penas alternativas.

Contudo, não existe até o momento, um processo de permanente acompanhamento e controle das expectativas das instituições, dos mediadores e dos próprios prestadores de serviço, que cumprem ordem judicial.

Atualmente, para a SERTE, tem sido fácil a execução, o controle e o monitoramento das atividades laborais físicas (carpir, plantar, limpeza, pintura, jardinagem, etc.).

Contudo, as atividades laborais intelectuais exigem, pela sua complexidade, uma forma de execução e controle diferenciados. Nestas tarefas os prestadores de serviço passam a integrar grupos de estudos, de planejamento, de execução de projetos e planos institucionais, com datas e horários de reuniões os mais variados (todos são voluntários), e muitos com demandas singulares, por exemplo, realização de entrevistas, consultas, envolvendo instituições e empresas da ambiência, e mesmo entidades parceiras.

No ano de 2007 a SERTE apoiou o trabalho de 45 prestadores de serviço, a

saber:

- Justiça Estadual: 26 pessoas

Page 57: Relatório atividades-2007-SERTE

- Justiça Federal: 09 pessoas - Liberdade Assistida: 10 adolescentes.

A SERTE vê a pena alternativa como uma idéia de sucesso, onde todos os envolvidos são beneficiados: o Estado, a Administração Penitenciária, a Entidade Gestora e, fundamentalmente, o PRESTADOR DE SERVIÇOS.

É preciso ampliar e especializar o sistema e adentrar, por exemplo, nas atividades profissionalizantes realizadas dentro dos presídios.

Recuperar o ser humano, seja na condição de prestador de serviços, seja de ‘tolhido em sua liberdade’, amparando-o, (re) educando-o, capacitando-o e preparando-o para (re) ingresso na sociedade, é tarefa de todos, mediante organizações sociais.

Passos a dar nessa direção:

a) Treinar o coordenador, o supervisor, a entidade, para que internalizem que o ser humano que comete um crime, que é julgado e condenado, continua sendo um ser humano que, com cuidados especiais e capacitação adequada, poderá (re) ingressar no convívio com a sociedade e se livrar plenamente de sua índole.

b) Emprestar respeito e reconhecimento, como contra - ponto à vigilância, à

repressão e ao tratamento indigno. c) Saber que resgatar os vínculos do prestador de serviços para convivência com a

sociedade é plantar em cada um a condição cidadania e de responsabilidade social.

Quando esse espírito de solidariedade estiver totalmente assimilado por toda

corporação dos trabalhadores que cuidam dos prestadores de serviço, será possível começar a implantar uma maior especialização do sistema de penas alternativas.

AUTOESTIMA

Essa é a moeda mais valiosa junto à população de condenados. Cerceamento de liberdade e/ou estabelecimento de penas alternativas

(horários fixos e compromissos sociais não transigíveis) já é, por si, um enorme fardo a que se submete um ser humano.

Na medida em que se tornam pró-ativos, preparam-se para o retorno ao convívio social e para a revisão de seus valores, aproximando-os aos da sociedade.

Page 58: Relatório atividades-2007-SERTE

5. UNIVERSIDADE LIVRE DA SERTE (Uliserte) Antecedentes Históricos

Em 31 de janeiro de 2001, a Diretoria da SERTE aprovou a criação da ULISERTE, e em 23 de fevereiro de 2001 foi constituída a sua primeira Diretoria Executiva.

A atual Diretoria Executiva foi eleita em outubro de 2004. Missão da Uliserte

Assegurar, no âmbito universitário, de maneira institucional, a presença dos

fundamentos espiritualistas face aos desafios que enfrenta a humanidade atual. Objetivos

promoção da educação integral do ser humano, baseada em ensino de alto padrão;

intercâmbio e cooperação com outras instituições de ensino, visando o desenvolvimento do saber nas diversas áreas do conhecimento, promovendo cursos de graduação e pós-graduação lato-sensu, de extensão e de treinamento profissional;

promoção de palestras e cursos livres, firmando convênios com instituições de ensino oficialmente reconhecidas.

Atividades Ano 2002 - meses de março e abril: ciclo de palestras na área da Parapsicologia, enfocando o Poder Mental e os Fenômenos Paranormais Ano 2003 - meses de junho e novembro, a palestra “Parapsicologia: Os Segredos das Personalidades” Ano 2005 - em 27/04/2005, reformulação dos Estatutos da ULISERTE, registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas/Florianópolis - em agosto, promoveu o Curso de Extensão – Dinâmica e Integração Grupal e Interpessoal - em outubro, o Workshop: Pais & Filhos – O Enigma das Personalidades - em novembro, Curso Básico de Parapsicologia – O Potencial Humano - em dezembro, dias 9, 10 e 11, Seminários com Alkindar de Oliveira: * Modelos das Organizações: O Desafio do Século XXI * Aprimoramento à Liderança Espírita * O Mundo de Regeneração: Valores a Perseguir * Uma Viagem em Direção a Nossa Essência Divina * Administrando Conflitos Interpessoais na Seara Espírita Ano 2006 - em junho, assinatura de convênio com a UNIVALI.

Page 59: Relatório atividades-2007-SERTE

- de agosto a outubro, o Curso de Capacitação de Cuidadores de Idosos (destinado a capacitar pessoas para interagir com idosos)

- em setembro, a Palestra: Gestação Feliz – Filhos Vitoriosos. - em outubro, Curso de Extensão: “A Física Quântica e a Mente Humana” - em dezembro, o Seminário: Diálogo com Parapsicólogos. - planejamento das atividades para o ano letivo de 2007. Ano 2007

TEMAS

Julho Abertas as inscrições para o primeiro curso de pós-graduação no Brasil com a proposta de uma Pedagogia Espiritualista. (não alcançou quórum).

Agosto Seminário: Educação, Empresa e Espirítualidade – O paradigma do séc. XXI, com o conferencista e escritor Alkìndar de Oliveira.

Setembro Diálogo com Parapsicológos: Assis Rupestre

Outubro Palestra: Decifrando o Segredo – O que faltou explicar: Assis Rupestre

Novembro Colóquio: Capitalismo versus Espiritualismo versus Humanismo

Convênios Realizados Ano 2004 - 02 de dezembro – a ULISERTE assinou convênio com a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, visando à certificação e validação, por instituição de ensino reconhecida oficialmente, de cursos de seu interesse. Ano 2006 – junho – a ULISERTE assinou convênio com a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, visando à certificação e validação de cursos de seu interesse, ampliando sua inserção no meio acadêmico oficialmente reconhecido. Ano 2006 – agosto – aprovado pela UNIVALI o curso “Especialização em Pedagogia Espiritualista”, criado pela ULISERTE, cujo início está previsto para o mês de março de 2007. Turma em formação.

Page 60: Relatório atividades-2007-SERTE

6. CENTRO DE COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA (CCC/SERTE) Antecedentes Históricos

O Centro de Comunicação Comunitária da SERTE – CCCSERTE foi fundado em 06 de dezembro de 2005, com o objetivo de administrar meios de comunicação para empreender uma ação pedagógico-educativa-cidadã, voltada à criança, ao adolescente, ao idoso e à família, com fundamentação religioso-cristã, de orientação Espírita. Valores

Buscar, por meios éticos, lícitos, honrados e dignos, contribuir com a sociedade pela democratização do conhecimento e da disseminação de conceitos doutrinários Espíritas, justos, não apenas desenvolvendo cidadãos mais informados, mas também preparando novos formadores. Visão

Atuar como rede de comunicação entre a SERTE e a comunidade. Ter uma comunicação interna eficiente, projetando os valores da SERTE e evidenciando suas potencialidades. Servir como veículo de disseminação de informação e conhecimento, fomentando o desenvolvimento social.

Missão

Ser uma associação voltada para o atendimento da comunicação externa e contribuir para o desenvolvimento da comunicação interna. Potencializar as capacidades humanas transformadoras, pelo empreendimento de um trabalho pedagógico, educativo e cidadão, voltado aos colaboradores e voluntários da SERTE e à sociedade, que leve em consideração o homem como ser biopsicossocial e espiritual. Objetivos Sociais

Contribuir para a democratização dos meios de comunicação, para a erradicação

do analfabetismo, da alienação tecnológica e da dignidade cidadã. Coletar, pesquisar, elaborar e divulgar informações e comunicações de caráter social e cultural. Promover cursos de capacitação profissional na área de comunicação em geral, eventos e debate objetivando o avanço dos projetos sociais e comunitários locais, regionais, estaduais e nacionais e de abrangências do Mercosul. Propagar uma ação solidária e fraterna, de caráter humanitário e religioso universalista, pautado nos ditames da Doutrina Espírita, tendo como foco principal a atenção ao idoso e à criança. Prestação de Serviços

Para tornar viável a execução dos seus objetivos maiores de transformação social, o CCCSERTE comercializa materiais audiovisuais para o público externo, pela conversão de fitas VHS para DVD, aluguel de equipamentos de captação de imagens e de edição e produção de vídeos.

Neste 2008 a CCC pretende retomar a mídia impressa, produzindo novamente o Jornal NOVA DIMENSÃO, que aborda por meio dos valores espíritas, temas de

Page 61: Relatório atividades-2007-SERTE

interesse público, promovendo a democratização do conhecimento, bem como praticando a transparência das ações institucionais da SERTE.

Os programas de televisão “Espiritismo em Ação” e “Conhecendo o Espiritismo” são produzidos, gravados e editados pelo CCCSERTE. Trazem debates e entrevistas acerca da doutrina espírita.

Brevemente, a Rádio Comunitária deverá ser consolidada, estendendo ainda mais a comunicação com a comunidade. A doutrina e os valores espíritas estarão permeando a programação do veículo.

O CCC presta assessoria de comunicação, divulgando e registrando os eventos promovidos e prestigiados pela SERTE. A assessoria engloba propagação de atividades junto aos veículos de imprensa, bem como ao público, por meio de contato direto, registrando por imagens e fotos. Site da SERTE

Dentre as frentes de trabalho da SERTE que tem como objetivo primordial

levar ao conhecimento do maior número de pessoas possível a presença efetiva e marcante da instituição na Ilha de Florianópolis e municípios do entorno, por meio de seus trabalhadores, frequentadores e beneficiários, pessoas que vem em busca de ajuda, orientação e ocupação em torno do movimento espírita, está nos dias de hoje a internet como veículo de comunicação e marketing.

Dentro deste contexto, a SERTE incorporando ao CCC toda e qualquer ferramenta utilizada para a divulgação do seu nome e de suas ações na sociedade, abriu as portas para o serviço voluntário nesta área, dando oportunidade para a elaboração de um novo site para a instituição, com o objetivo de reformular o que tinha sido feito até então.

No dia 19/03/1999 foi criado o domínio www.serte.org.br na internet, dando início ao projeto que ficou parado até o ano de 2003, quando sentiu-se a necessidade de uma reformulação em tudo que tinha sido feito até então.

No ano de 2004 foi lançada a versão 2 do site, contendo uma quantidade maior de material, espaço multi-mídia com vídeos, fotos e a história da instituição. Porém, não havia um controle no número de visitações e também não havia o espaço para alguns departamentos de maior relevância ao processo de envangelização e ensino, como no caso da ULISERTE.

No ano de 2006, já incorporada ao CCCSERTE, foi publicada a versão 3 do site, fazendo aluzão ao cinquentenário da fundação da instituição, ocorrido no dia 26 de dezembro de 2006. Esta versão destacava a história da instituição, o acervo de fotos antigas e as campanhas para captação de recursos mantenedores. Esta versão está na internet até os dias de hoje, fazendo-se necessária uma renovação, agora no sentido de fornecer seviço na internet.

Em 2007 teve início o projeto da versão 4 do site tendo dois objetivos principais. O primeiro é o fornecimento de serviços na internet, o segundo é a transferência do domínio do site para um servidor que forneça as funcionalidades necessárias ao pleno funcionamento do portal – suporte a linguagens de programação, banco de dados e afins.

O mesmo tem como foco o fornecimento de serviços na internet. Para isto, está sendo aplicada uma ferramenta de administração de portais corporativos – WebexLive 1.0 – com o objetivo de manter o conteúdo do portal sempre atualizado, de maneira que os internautas possam visitar constantemente o portal da SERTE e obterem informações mais precisas e sempre atualizadas a respeito dos mais variados departamentos.

A ferramenta disponibilizará login e senha de acesso para as pessoas responsáveis pelos seus respectivos departamentos, de maneira que as mesmas possam atualizar o conteúdo.

Page 62: Relatório atividades-2007-SERTE

O lançamento desta versão está programado para o primeiro trimestre de 2008, pelo voluntário Rafael Silveira de Souza, Analista de Sistemas. Perspectivas

Encontra-se em discussão ações para tornar viáveis as programações nas seguintes emissoras:

- TV Mundo Maior – a Serte pretende prover a instalação de parabólica para

retransmitir sua programação, sendo oportunizada a transmissão dos nossos programas pela emissora;

- TV São José – continuidade da transmissão nos horários atuais; - TV Floripa - levar ao ar minis programas de fundo social; - TV Barriga Verde - programas ao vivo, com custo a negociar; - TV por internet - programação com tempo ilimitado.

Essa diversidade de possibilidades dará oportunidade de uma invejável variação de programas.

Além do estudo sobre novas possibilidades de divulgação da Doutrina Espírita, está sendo estudada uma nova formatação para os programas, tais como:

Entrevistas (continuar) com espíritas proeminentes, presidentes de casas espíritas e obras sociais (inclusive não espíritas);

Mesa Redonda (vários debatedores com um moderador) sobre diversos assuntos à luz da Doutrina Espírita;

Pinga-fogo (vários perguntam para um determinado assunto); Perguntas do telespectador (ao vivo, se for possível, ou respondidas em

programa seguinte); Vivendo a Modernidade: sobre a vida de relação, assuntos atuais; discutir

notícias da mídia em geral; Palestra, aula, apresentação com mídia (data-show, filmetos) O Lado Social: participação de outras obras sociais, ONGs, personalidades

governamentais, mostrando o que se está realizando no terceiro setor.

Por fim, a SERTE encontra-se cadastrada no Ministério das Comunicações,

buscando autorização para pôr no ar uma Rádio Comunitária. O processo encontra-

se pendente de decisão desde o ano de 2006. Atualmente estamos envidando

esforços para obter a autorização para funcionamento, ainda em 2008.

Page 63: Relatório atividades-2007-SERTE

7. CENTRO DE ATENÇÃO À SAÚDE E TERAPIA DO SER (CASIL)

O Centro de Atenção à Saúde e Terapia do Ser (antes, Centro de Atenção a Saúde Irmã Liz) tem sido sonhado há mais de 40 anos, como relatamos a seguir, de acordo com todo o histórico recebido.

Entre desejos, sonhos e realidade, as ações tomadas neste sentido foram vingando ou se perdendo pelos anos, ora por falta de clientela, ora por falta de apoio do governo ou pela nossa própria inexperiência e – certamente – a diferença entre sonhar e realizar.

Para tanto, relatamos a seguir os passos que culminaram com os dias atuais: Em dezembro de 1961, entrou em fase de construção o Lar dos Velhinhos e o

Educandário Lar de Jesus (Associação Proteção à Maternidade e à Infância de Florianópolis)

Em 1962, tiveram início as atividades do Gabinete Dentário (Associação Proteção Maternidade e Infância de Florianópolis)

Dois anos depois, dezembro de 1964, teve início a construção da nova sede do Centro Espírita da cidade, com apoio da Juventude Espírita. Nesta data, foi proposta a construção da Maternidade Irmã Liz, com autorização do uso da sigla SERTE.

Em junho de 1965, foi realizada uma grande campanha – Campanha de mantenedores pró-construção e manutenção do Lar dos Velhinhos e Maternidade Irmã Liz. Cinco anos depois, em junho de 1970, foi elaborado um Novo Estatuto Social.

Em dezembro de 1986, infelizmente por falta clientes, os trabalhos com homeopatia foram desativados.

Em maio de 1988, aconteceu o 1º Seminário Interno das Obras Assistenciais, onde foram tratadas as suas diretrizes. Também foram pensados estudos para programa de apoio aos toxicômanos e drogaditos. O prédio destinado ao funcionamento do Hospital e Maternidade Irmã Liz foi construído pelo FUNRURAL e funcionou até 1980. Essa construção está hoje sendo usada pelo Educandário Lar de Jesus e também pelo atendimento Odontológico e Posto de Saúde João Di Bernardi, ex-Ambulatório Médico.

Da realidade ao sonho, muitos empecilhos aconteceram, a ponto de as atividades terem sido, em parte, abandonadas. Mas, graças ao interesse e espírito realizador de muitos trabalhadores liderados pelo presidente Hélio Abreu Filho, os trabalhos foram retomados.

Assim sendo, em abril de 2006, em encontro na sede da Cachoeira do Bom Jesus, cerca de quinze pessoas se reuniram com o fim de retomar o projeto CASIL – Centro de Atenção à Saúde e Terapia do Ser.

Foram realizadas algumas reuniões, a maior parte delas na Cachoeira do Bom Jesus, onde de certa forma já acontecem atividades relacionadas ao objetivo da obra, nas quais ficaram definidas as diretrizes do CASIL.

A principal dessas diretrizes é a de dar atendimento aos moradores idosos e crianças, bem como aos empregados e voluntários, utilizando diagnósticos e tratamentos da medicina formal e da medicina complementar. 7.1 Atendimento Mediúnico

O Grupo Mediúnico que exerce suas atividades de assistência espiritual na Instituição da SERTE, localizada em Cachoeira do Bom Jesus, na cidade de Florianópolis – Santa Catarina, no momento é formado pelos seguintes componentes: Ademar Dias, Adroaldo Bernhardt, Cidele Madeira, Fernanda Luz Maciel, Graziella da Silva, Keila Cristiane Arimura Gaussman, Maria, Tatiane Martins, os quais contam

Page 64: Relatório atividades-2007-SERTE

com a ajuda de duas assistentes sociais, uma responsável pela parte dos idosos - Keila Cristiane Arimura Gaussman - e outra responsável pela parte das crianças - Fernanda Luz Maciel -, além de uma naturóloga voluntária - Graziella da Silva - na parte de idosos e crianças. Elas nos fornecem informações acerca do histórico familiar e social dos moradores da casa, bem como estado de saúde de uma forma holística dos pacientes.

Contudo apresenta-se neste relatório informações dos resultados dos atendimentos espirituais, agregados às observações feitas pelas assistentes sociais e pela naturóloga.

O grupo mediúnico sempre esteve a postos, desde o dia em que iniciou a atividade. Pode-se dizer que cada paciente recebeu o atendimento adequado às suas necessidades, sempre que seu caso foi apresentado ao grupo mediúnico. Número de atendimentos:

Funcionários da Serte atendidos pelo Grupo Mediúnico: 27

Crianças atendidas pelo Grupo Mediúnico: 24

Pessoas da Comunidade atendidas pelo Grupo Mediúnico: 09 Resultado dos atendimentos

Nos vários atendimentos de mesa mediúnica, investigamos suas vidas, pela abertura de freqüência de passado.

Nas limpezas que iniciam o atendimento, há sempre encaminhamento de entidades alcoolizadas, que insistem em acompanhá-los.

Em nossos atendimentos mediúnicos, temos feito limpeza de níveis e de chacras.

Há quase sempre presença de entidades raivosas e irritadiças. Algumas são incorporadas e doutrinadas e outras encaminhadas por meio de campos magnéticos para nossos hospitais astrais. Quando doutrinados, passam a compreender que o idoso está tendo um outra vida, buscando corrigir seus erros passados, prestando-se a atos de solidariedade a seus atuais amigos.

Em alguns casos, a doença é refúgio de suas culpas, o que implica em encaminhamentos para modificação de freqüência mental.

Aplicação de Passes

O Grupo Mediúnico visa atuar na área de prevenção, evitando congestionamentos nos atendimentos de Terapias Complementares.

A prática do passe tem grande aceitação entre os seus moradores que mesmo não sendo dia de Passe pedem constantemente a aplicação do mesmo, pois relatavam sentir-se bem, dormir melhor, sentir melhora significativa em casos de tonturas, agressividade, machucados e dores em geral.

Os idosos da Casa relataram estar gostando muito desta prática, pois estavam sentindo grande falta das atividades de palestras realizadas semanalmente pelo dirigente do Grupo Mediúnico Ademar Dias e dos atendimentos de Passe realizados pelo grupo durante os atendimentos e após a palestra.

Missão do serviço mediúnico

A Filosofia Espírita, caminhando lado a lado com as aquisições da ciência formal, assimila as contribuições de outras abordagens teóricas e apresenta um paradigma de orientação holística, que vislumbra o ser humano integral, englobando os diversos aspectos: biológico, psíquico, social e espiritual. No âmbito desse caleidoscópio de estruturas, que se entrelaçam, a missão do grupo mediúnico é de grande importância, pois representa o amparo do Evangelho do Cristo, alcançando a todos pelas mãos sinceras e despretensiosas de irmãos que se reúnem à luz da orientação da nossa Casa e sob a proteção do Mestre. A mensagem do grupo

Page 65: Relatório atividades-2007-SERTE

mediúnico é de paz, esperança e amor, com esclarecimentos do Evangelho. Nossa missão: minimizar o sofrimento, com palavras e atos de amor genuíno.

Objetivo geral do serviço mediúnico

Atender o máximo de pessoas e que elas sejam abençoadas pela luz do Evangelho, por meio de nossos serviços de caridade semanais.

Objetivo do serviço mediúnico

Ampliar o número de pessoas atendidas, idosos, crianças e funcionários (principalmente aqueles que trabalham diretamente com os albergados).

Objetivos específicos do serviço mediúnico

Desenvolver um trabalho espiritual, na área da depressão, tão necessário, notadamente nos idosos, que trazem culpas, mágoas, saudade, baixa auto-estima, ingredientes sempre presentes na depressão.

Criar condições favoráveis para iniciar os serviços mediúnicos de atendimento à depressão (de crianças e funcionários da Serte). 7.2 Serviço de Fisioterapia

A fisioterapia é uma das áreas da saúde que vem ganhando espaço como

profissão e, consequentemente, reconhecimento de sua importância para o bem-estar dos seres humanos. Segundo o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), a Fisioterapia tem como definição: “é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas”.

O fisioterapeuta, portanto, é o profissional – com formação acadêmica superior – habilitado a identificar estes distúrbios cinético-funcionais (relacionados com movimentos e funcionalidade de órgãos e sistemas) e tratá-los, promovendo bem-estar físico. Para tanto, fazem-se necessários, conhecimentos de Biologia, Morfologia, Fisiologia Humana, Patologia, Bioquímica e Biofísica, além dos conhecimentos das áreas comportamentais e sociais.

O envelhecimento populacional é uma realidade no mundo inteiro. Com o aumento da média de idade dos indivíduos, há um aumento na incidência de doenças e distúrbios orgânicos associados ao envelhecimento, principalmente crônico-degenerativos. Essas alterações levam a disfunções em vários órgãos e sistemas no idoso, como os distúrbios da marcha e da mobilidade.

Essas alterações, comumente, levam a limitações na realização das atividades de vida diária (AVD´s). Neste contexto, a intervenção fisioterapêutica objetiva melhorar a funcionalidade e controle da deambulação, suficiente para tornar o idoso seguro e para lhe permitir maior grau de independência.

Objetivos do Serviço de Fisioterapia da SERTE

No lar dos Idosos da SERTE, o serviço de fisioterapia tem como objetivo

geral, a melhoria da qualidade de vida dos idosos moradores. Especificamente, o serviço toma medidas para:

Manutenção da mobilidade global (seja ativa ou passivamente, de acordo com as condições clínicas de cada idoso);

Page 66: Relatório atividades-2007-SERTE

Estimulação à marcha independente;

Estimulação para maior grau de independência possível nas AVD´s;

Manutenção e/ou melhoria das condições cardiovasculares e pulmonares;

Manutenção e/ou melhoria das condições músculo-esqueléticas.

Sala de Fisioterapia: Condições do Espaço Físico Desde outubro, a sala de fisioterapia está instalada onde era o antigo Centro

Espírita da casa. Um ambiente amplo e bem arejado, que possibilitou a instalação de dois boxes para atendimentos individuais. O setor de fisioterapia divide o ambiente com os profissionais de Terapias Complementares, o que, pela troca de informações e de união de habilidades, enriquece o trabalho de recuperação dos moradores.

Com relação aos materiais disponíveis, contamos com:

Espaldar;

Tábuas de propriocepção;

Bicicletas ergométricas (2);

Esteira elétrica;

Escada e rampa;

Diversos colchonetes (para trabalho no solo);

Macas (5);

Travesseiros (2);

Rolos para repouso de membros;

Bolsas térmicas de gel (2);

Halteres de 0,5; 1,0 e 2,0 kg;

Caneleiras de 1,0 e 2,0 kg;

Bolas Bobath (2);

Massageadores;

Bolas comuns;

Escada de dedos;

Tábua de quadríceps;

Bastões;

Sistema de roldanas para membros superiores;

Espelhos. Possuímos Thera-Bands, porém já estão muito partidas. Precisamos de

reposição desse material, pois ele é muito utilizado para reforço muscular localizado, uma das bases da maioria dos tratamentos propostos. A quantidade de travesseiros é incompatível com a de macas. Portanto, seria interessante, pelo menos, ter o mesmo número de macas e de travesseiros. Em termos de infra-estrutura, o artigo que mais se sente falta são as barras paralelas, imprescindíveis para treino de marcha.

Não possuímos aparelhos de eletroterapia, porém não são muito adequados às necessidades dos moradores da casa. Quando medidas antiinflamatórias se fazem necessárias, utilizamos gelo tópico (crioterapia). Como descrito acima, possuímos duas bolsas térmicas de gel – utilizadas para crioterapia – entretanto, além de dividi-las com a equipe de enfermagem, elas, muitas vezes, não cobrem a demanda. O ideal seria ter mais, pelo menos, um par delas para alternar o uso e não perder temperatura.

O piso da sala não é muito adequado para reabilitação de idosos, pois é muito escorregadio, o que aumenta risco de quedas. Entretanto, tem-se conhecimento de que em breve ele será trocado. Desta forma, a SERTE possui um ambiente com estrutura satisfatória para que sejam realizados atendimentos de qualidade. Para melhorar, faltariam somente um novo jogo de Thera-Bands, barras paralelas e um ponto telefônico para comunicação interna e externa.

Page 67: Relatório atividades-2007-SERTE

TABELA 18 - Produção do Serviço de Fisioterapia

MÊS NÚMERO DE ATENDIMENTOS TOTAL

MORADORES FUNCIONÁRIOS COMUNIDADE

Janeiro 39 - - 39

Fevereiro 185 1 - 186

Março 181 - - 181

Abril 130 - - 130

Maio (1) 76 3 4 83

Junho 120 4 6 130

Julho (2) 132 - 17 149

Agosto 175 3 39 217

Setembro (3) 127 11 60 198

Outubro (4) 144 4 72 220

Novembro 117 10 43 170

Dezembro 103 7 35 145

TOTAL 1529 43 276 1848

(1) Mês em que iniciou o trabalho da Fisioterapeuta. (2) Iniciou o trabalho de mais uma Fisioterapeuta, cedida pela PMF. (3) Aumento da Carga-horária da Fisioterapeuta da SERTE. (4) Desligamento da Fisioterapeuta da PMF.

Durante o ano de 2007, o Serviço de Fisioterapia passou por diversas

transições. No início do ano, ou seja, de janeiro ao dia 17 de maio, não havia nenhum fisioterapeuta responsável pelos atendimentos. Inclusive, os registros que constam são de que os idosos e funcionários realizavam “exercícios” orientados por outros profissionais.

No dia 18 de maio de 2007, iniciou o trabalho da Fisioterapeuta, que foi contratada como prestadora de serviço, com uma carga-horária de 12 horas por semana. Até esta data, os atendimentos de maio totalizavam 74, sendo que todos eram para idosos moradores da SERTE. Portanto, de 18 a 31 de maio, o número de atendimentos de moradores aumentou em 76 e os atendimentos de funcionários (3) e de pacientes da comunidade (4) passaram a fazer parte da rotina do setor.

A partir de então, os meses seguintes caracterizam aumento significativo da produção (em termo de números de atendimentos por mês), além do que, pode-se considerar que são atendimentos feitos por profissional capacitado. Em 30 de julho de 2007, mais uma Fisioterapeuta passou a fazer parte do serviço, cedida pela Prefeitura Municipal de Florianópolis em decorrência de um convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a SERTE. A carga horária era de 30 horas semanais. Em conseqüência, houve mais um aumento significativo na produção.

Realizado o convênio, as pessoas da comunidade passaram a contar com horário para tratamento fisioterapêutico, nos seguintes períodos: café da manhã, almoço e descanso dos idosos moradores. E, com isso, a procura de atendimentos de fisioterapia na SERTE aumentou muito, obrigando a criação de uma lista de espera.

Firmando a importância do serviço para o bem-estar de seus moradores, a SERTE contratou uma Fisioterapeuta para 30 horas semanais (em 03 de setembro de 2007), mais uma vez contribuindo para o aumento na produção. Concomitantemente, aumentou a demanda dos pacientes da comunidade. Para resolver a crescente lista de espera, tivemos que limitar o tratamento em 10 sessões por vez, podendo voltar ao final da lista e aguardar novo chamado.

Em 30 de outubro de 2007, a fisioterapeuta da PMF desligou-se das atividades da SERTE. Desde então, tem-se somente uma fisioterapeuta atuando,

Page 68: Relatório atividades-2007-SERTE

contratada pela própria instituição e tendo que dar conta da demanda interna e externa. GRÁFICO 21 – Atendimento de Fisioterapia, mês a mês, em 2007

Atendimentos de Fisioterapia Realizados na

SERTE - 2007.

0

50

100

150

200

250

Jane

iro

Fevere

iro

Mar

çoAbr

il

Mai

o

Junh

o

Julho

Agosto

Setem

bro

Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

N° de Atendimentos

Organização e Funcionamento do Setor de Fisioterapia O serviço de fisioterapia em questão está em processo de adaptação para

adequar-se à demanda mais emergencial: os idosos moradores. Tendo em vista que o número de pessoas aqui institucionalizadas tem aumentado, o quadro de profissionais não tem conseguido acompanhar esse crescimento e a PMF não repôs o profissional que foi desligado, tornando necessária a redução dos horários predestinados aos atendimentos à comunidade, para poder suprir as necessidades internas da SERTE.

Assim sendo, à medida que os pacientes da comunidade vão terminando suas 10 sessões, somente nos horários do almoço dos idosos (onze horas da manhã), tem sido feita reposição segundo a lista de espera. Os horários do café da manhã (oito horas da manhã) e do descanso (meio-dia e trinta minutos) têm sido ocupados por mais moradores.

Além disso, a duração dos atendimentos foi bastante reduzida de 50 minutos a entre 20 e 30 minutos (garantindo que mais moradores possam realizar seus tratamentos por dia); e a periodicidade dos atendimentos foi restringida a duas vezes por semana (com eventuais atendimentos extras de curta duração: geralmente para manter a caminhada para aqueles que estão em processo de reeducação da marcha). Mesmo com todas essas restrições, o serviço não está próximo de cobrir a demanda, infelizmente.

O setor de fisioterapia da SERTE divide o espaço físico com o setor de terapias complementares. Este fato, por outro lado, permite que a assistência prestada a cada paciente seja de caráter integrativo, garantindo uma abordagem holística dentro de um trabalho interdisciplinar.

Page 69: Relatório atividades-2007-SERTE

Sugestões de Melhoria Em resumo, serão feitas aqui algumas observações que podem auxiliar na

melhoria do serviço de fisioterapia e, consequentemente, da qualidade de vida dos idosos institucionalizados.

Com relação ao material disponível, volta-se a salientar que seria de suma importância obter barras paralelas. Trata-se de um aparelho que garante maior segurança para o idoso e a possibilidade de melhor correção, quando se está treinando a marcha. Da mesma forma, o conjunto de Thera-Bandas é muito importante para reabilitação de idosos, pois eles fornecem resistência elástica, menos lesiva às articulações. Infelizmente, trata-se de um material que se desgasta com o uso e, aqueles que disponibilizamos no setor, não estão em boas condições de uso.

Contudo, a questão primordial a ser resolvida é a demanda que aumenta constantemente e o setor que permanece inalterado e, portanto, insuficiente para cobrir as exigências. Resolvendo esse impasse, garantir-se-á a qualidade de vida do idoso e, consequentemente, poder-se-á reduzir o custo que o institucionalizado tem, tanto para instituição quanto para o Estado.

Bibliografia 1. www.coffito.org.br 2. MACIEL, A. C. C.; GUERRA, R. O. Fatores Associados à Alteração da Mobilidade

em Idosos Residentes na Comunidade. Rev. bras. fisioter. Vol. 9, No. 1 (2005), 17-23.

7.3. Serviço de Enfermagem Introdução

A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e bem estar do ser humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos e legais. Engloba ações que assumem a responsabilidade de atender às necessidades de cuidados de enfermagem com os pacientes e suas famílias, seja este desenvolvido nos setores primário, secundário e terciário do sistema de saúde e, ainda, no cuidado domiciliar e comunidade.

A SERTE mantém seu lar de idosos desde 1956, sempre procurando adequar-se a preceitos éticos. Na instituição, a enfermagem tem papel fundamental, pois proporciona cuidados específicos e paliativos a cada idoso institucionalizado, visando contemplar o conceito de saúde. Atuação

Na instituição a Enfermagem exerce várias funções; uma das funções técnico-

administrativas do enfermeiro é o gerenciamento de serviços da Instituição. Ele desenvolve ações de programação e avaliação das atividades de enfermagem; delega e distribui tarefas para os funcionários; supervisiona a equipe de enfermagem e as atividades realizadas; é responsável pela previsão e provisão de material e equipamentos necessários às ações de enfermagem; auxilia na conservação de aparelhos e equipamentos e, quando necessário, solicita consertos; elabora e atualiza procedimentos, rotinas e normas de enfermagem; revisa periodicamente o registro de dados e os sistemas de comunicação; analisa e avalia a assistência prestada aos idosos institucionalizados.

Page 70: Relatório atividades-2007-SERTE

As funções educativas estão relacionadas à capacitação da equipe de enfermagem, onde identifica necessidades dos funcionários, planeja, executa e avalia os cursos ministrados.

Promove ações educativas com os usuários durante consultas, seja nas consultas de Enfermagem, seja nos trabalhos de grupo, visando a autonomia individual em relação à prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Discute com grupos organizados da sociedade os problemas de saúde e as alternativas para resolvê-los.

Entre as atividades técnico-assistenciais o enfermeiro aplica o processo de enfermagem individual e comunitário, executando a consulta de enfermagem. Conforme a necessidade, é utilizado o diagnóstico da comunidade, no qual são levados em consideração os dados epidemiológicos. Além disto, planeja e executa atividades e cuidados de enfermagem de maior complexidade - os de menor complexidade são delegados, em sua grande maioria, aos auxiliares de enfermagem - conforme a Lei do Exercício Profissional (Lei nº 7.498,de 25/06/1986).

Os medicamentos que são estabelecidos em programas de saúde pública podem ser prescritos pelos enfermeiros em suas consultas e atendimentos, assegurando as ações terapêuticas prescritas por outros profissionais. Promove a vigilância à saúde supervisionando a convocação de usuários com agravos, de acordo com a necessidade de saúde identificada (idosos desnutridas, que faltaram na vacinação, diabéticos e outros) realizando ações educativas.

Buscando melhoria de qualidade na recepção dos idosos e encaminhamento dos usuários, realiza e participa de pesquisa visando a melhoria de qualidade nos atendimentos prestados.

Juntamente com o Lar dos idosos, a Enfermagem também é responsável pelos cuidados prestados na Casa da Criança, onde estão abrigadas crianças oriundas da designação do conselho tutelar, vítimas de negligência familiar, mau tratos e outros. As crianças deverão estar na faixa etária de 00 a 06 (seis) anos e 29 dias, para as quais presta-se toda a assistência médica e de enfermagem tanto preventiva quanto curativa.

Acompanha-se o crescimento e desenvolvimento sempre atentando para o calendário de imunização preconizado pelo ministério público. A partir deste acompanhamento no crescimento e desenvolvimento, é referido a soma de numerosas mudanças que ocorrem durante a vida de um indivíduo. Sua trajetória completa é um processo dinâmico, que engloba várias dimensões inter-relacionadas.

Crescimento implica mudança em quantidade. Ocorre crescimento quando as células se dividem e sintetizam novas proteínas. Este aumento em número e tamanho das células reflete-se em um aumento de tamanho e peso de todo o organismo, ou de qualquer das partes.

Maturação significa amadurecimento. É preciso como um aumento das capacidades e da adaptabilidade. Este termo é utilizado para descrever uma mudança quantitativa, isto é, uma mudança na complexidade de uma estrutura que a possibilita iniciar suas funções ou funcionar em nível mais elevado.

Diferenciação descreve, principalmente, o processo biológico pelo qual as células e estruturas iniciais, são sistematicamente modificadas e alteradas para obter propriedades físicas e químicas e características específicas.

Desenvolvimento é o crescimento, expansão gradativa das capacidades do indivíduo, no sentido de proporcionar-lhe cada vez mais mecanismos que facilitem seu funcionamento. O desenvolvimento é atingido pelo crescimento, pela maturação e pelo aprendizado.

As medidas seriadas do crescimento são registradas periodicamente em gráficos padronizados de crescimento para comparar a criança em exame com as normas para faixa etária em particular. Este sempre aliado ao Cronograma de

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Vacinação, medida preventiva das doenças infecciosas, que se inicia desde o nascimento até a idade pré–escolar. INDICADORES DE SAÚDE TABELA 19 - Quadro Vacinal,utilizado em 2007.

Vacina Doenças preveníveis

BCG Tuberculose

Anti poliomielite Paralisia Infantil

Tríplice (DPT) Difteria, Coqueluche e tétano

Triviral Sarampo, Rubéola e Caxumba

DT (dupla tipo adulto) Difteria e tétano

TT (Anatoxi tetânico) Tétano

Anti haemophilus B Meningite por haemophilus B, pneumonia e outras doenças

Anti hepatite B Hepatite B

Anti varicela Varicela (catapora)

Anti Hepatite A Hepatite A

Anti febre amarela Febre amarela

Anti influenza Gripe

Há obviamente muitos tipos diferentes de doenças causadas for vários

agentes infecciosos. Ao longo da história, desenvolveu-se uma metodologia para combater muitas doenças indiretamente, ou seja, "preparar" o sistema imune de um indivíduo para melhor lutar contra um ser vivo ou produto específico antes que o indivíduo se exponha ao mesmo de forma perigosa e ameaçadora. Imunização Ativa (vacinas)

Vacinas podem ser preparadas a partir de vírus ou bactérias inativadas como organismos inteiros ou seus produtos, ou organismos inteiros vivos, mas atenuados. Após receber a vacina, o indivíduo irá esperançosamente desenvolver uma resposta secundária humoral ou celular,o qual obviamente envolve desenvolvimento de células B ou T de memória, produção de IgG ou IgA, e uma rápida e ligeira resposta contra o patógeno poderá ocorrer mais tarde.

Em alguns casos, uma resposta imune humoral versus celular pode ser preferida, ou mesmo dentro de uma resposta humoral, a produção de IgA pode ser preferida a uma anticorpo IgG (se o patógeno especificamente infecta o epitélio da mucosa associada com a devida região do corpo, como intestino, aparelho respiratório, urogenital por exemplo). Imunização Ativa, ou seja, VACINAS, como nos exemplica o quadro acima esquema este que rege o C lendário de Vacinação Nacional. No Lar dos Idosos Irmão Erasto

A depressão é uma doença mental classificada como "distúrbio de humor" e pode acometer qualquer pessoa, em qualquer faixa etária.

Entretanto, em razão do aumento do número de idoso (pessoas acima dos 65 anos), a incidência da depressão tardia vem se tornando cada vez mais freqüente.

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TABELA 20 - PRINCIPAIS PATOLOGIAS NO LAR DOS IDOSOS, período 2005-2007

PATOLOGIAS 2005 2006 2007

AGITAÇÃO PSICOMOTORA 27 20 32

DEPRESSÃO 52 25 30

LOMBALGIAS 42 20 60

ALERGIAS 12 10 28

CONJUNTIVITE 10 4 29

HIPERGLICEMIA 5 5 18

ITU( Infecção do Trato Urinário) 7 6 5

CRISE HIPERTENSIVA 130 100 127

BPN ( broncopneumonia) 20 15 16

ESCABIOSE 2 20 15

ANEMIA 9 10 13

OTITE 5 6 8

GRIPE 10 5 23

INSONIA 44 15 11

DIABETE DESCOMPENSADA 5 2 3

Além disso, dada as situações vividas em decorrência do avanço da idade, a desvalorização da sabedoria dos mais velhos e da sua importância na sociedade podem desencadear sinais depressivos que, juntamente com sintomas físicos, requerem atenção médica e tratamento adequado. Como este diagnóstico não era preciso, a depressão não era tratada, aumentando o número de pacientes. Agora, fazemos o diagnóstico e tratamos a doença.

Já a Dor Lombar é a segunda causa mais freqüente da incapacidade de idosos, perdendo apenas para as dores de cabeça. A dor lombar também conhecida como lombalgia ou lombociatalgia (porque acomete o nervo ciático) é a segunda causa mais freqüente de incapacidades dos idosos; na maioria das vezes, pode ter sido causada pelo carregamento de peso de forma incorreta ao longo da vida, que acaba por prejudicar não só a coluna lombar, mas também a coluna cervical (região do pescoço), por posições ruins, viciosas e exercícios físicos feitos incorretamente. Em grau extremo, a lesão deixa a coluna com a forma de “cobra” e recebe o nome científico de escoliose.

A HAS (hipertensão) em idosos está associada a um importante aumento nos eventos cardiovasculares com conseqüente diminuição da sobrevida e piora na qualidade de vida.

Inúmeros estudos demonstraram os benefícios do tratamento da HAS na população desta faixa etária, com redução significativa dos eventos cardiovasculares e melhora na qualidade de vida.

Tanto o tratamento medicamentoso como o não-farmacológico devem ser empregados.

Page 73: Relatório atividades-2007-SERTE

TABELA 21 - PRINCIPAIS PATOLOGIAS NO LAR DOS IDOSOS, EM 2007

PATOLOGIAS NUMERO

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) 15

ALZHEIMER 1

ARTROSE 6

ARTEROSCLEROSE 7

BRONCOPNEUMONIAS FREQUENTES 5

CANCER (PELE) 1

DEFICIÊNCIA AUDITIVA 2

DEFICIÊNCIA MENTAL 4

DEFICIENCIA VISUAL GRAVE 5

DEMÊNCIA SENIL 6

DEPRESSÃO 15

DIABETES MELLITUS (DM) 7

DOENÇA DA PROSTATA 2

DOENÇA PSIQUIATRICA 10

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA (DPOC)3 4

HIPERTENSÃO ARTERIAL 17

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) 3

INSUFICIÊNCIA CORONARIANA (Ico) 5

MIOCARDIOPATIAS 3

NEUROFIBROMA 1

OSTEOPOROSE 5

PARKINSON 2

A tabela anterior demonstra as principais enfermidades que acometem os

idosos em nossa instituição, visto que a cada ano aumenta a expectativa de vida, devido aos cuidados adequados prestados e adesão do idoso ao tratamento. Este estudo foi realizado durante o período de agosto a dezembro de 2007. CONSULTA MÉDICA EXTERNA PARA IDOSOS - 2005-2007 Tabela expositiva das consultas médicas externas com especialistas realizadas nos três últimos anos. TABELA 22 – Consultas Médicas Especializadas, 2005 a 2007

ESPECIALIDADES 2005 2006 2007

DERMATOLOGIA 10 06 0

EMERGÊNCIA 46 30 18

GINECOLOGIA 3 6 0

NEUROLOGIA 9 12 1

ENDOCRINOLOGIA 4 3 0

OFTALMOLOGIA 15 15 3

PSIQUIATRIA 21 20 2

CARDIOLOGIA 13 15 0

Page 74: Relatório atividades-2007-SERTE

ONCOLOGIA 8 10 0

PROCTOLOGIA 1 4 0

OTORRINOLOGIA 4 8 2

UROLOGIA 5 4 0

GERIATRIA 2 4 0

ORTOPEDIA 12 8 0

GASTROLOGIA 1 0

PEQUENAS CIRURGIAS 9 5

CIRURGIAS VASCULARE 3 2

CLINICO GERAL 10 16 21

TOTAL 182 52

Devido ao grande número de patologias que acometem nossos idosos,

rotineiramente necessitamos que sejam encaminhados a consultas com especialistas. Como consta na tabela, os casos de Emergência são todas aquelas situações

que põeM em risco a vida do idoso, ou seja, que acarrete um comprometimento dos órgãos vitais, coração, pulmão e cérebro.

Estas situações são inusitadas; não temos como prevê-las ou preveni-las, pois lidamos com uma população de risco devido a avançada idade e comprometimento de alguns órgãos vitais pelas patologias já instaladas nos nossos residentes. CONSULTAS MÉDICAS INTERNAS PARA IDOSOS - 2005-2007 Tabela expositiva das consultas médicas realizadas na instituição, comparativa nos três últimos anos. TABELA 24 – Consultas Médicas da Equipe do Lar dos Idosos

SERVIÇO MEDICO 2005 2006 2007(#)

Odontologia 64 78 -

Drª Luiza (Cardiologista) 8

Dr Max da Cruz (Médico da Instituição) 381 400 258

EMERGÊNCIAS 3 4

Dr. Vicente P. Oliveira (dermatologista)

Dra Saada (Geriatra) - - 144

Dr. Paulo (oftalmologista) - -

# Os dados referentes ao ano de 2007 são a partir do mês de agosto CONSULTAS MÉDICAS CORTESIA – 2005/2007 Tabela expositiva das consultas médicas realizadas na instituição, comparativa nos três últimos anos.

Page 75: Relatório atividades-2007-SERTE

TABELA 25 – Consultas de Cortesia

SERVIÇO MÉDICO 2005 2006 2007

Dr. VICENTE (dermatologista)

- - -

Dr. PAULO DE SÁ (neurologista)

1 1 -

Dr. CESAR PALEARI (cardiologista)

- - -

Dr. PAULO BOCCO( Cardiologista) 6 4 -

DR. CAPELA (Cardiologista) - - -

CONSULTAS DE ENFERMAGEM - PERÍODO 2005/2007

Tabela expositiva das Consultas de enfermagem realizadas na instituição. TABELA 26 – Consultas de Enfermagem, período, 2005 - 2007

Instituição 2005 2006 2007

Lar dos Idosos 301 712 169

Lar das Crianças 88 174 35

Educandário 20 23 15

Funcionários 114 214 42

Comunidade 50 69 0

Total 573 1192 261

A consulta de enfermagem é um importante instrumento de estímulo à adesão

aos programas de hipertensão e diabetes. Tal atividade é fundamental no início do acompanhamento, quando deverão ser apresentados e discutidos o plano de tratamento específico a cada paciente.

O paciente receberá informações sobre os medicamentos a serem utilizados e a estratégia de controle dos fatores de risco que influenciam o controle da patologia.

No quadro anterior dissertamos os atendimentos de Enfermagem e os profissionais que nela trabalham, no seu local de trabalho, visto que os mesmos são subordinados a Enfermeira. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM: Lar dos Idosos – 2005/2007 Tabela expositiva dos procedimentos executados pela equipe de Enfermagem diariamente aos idosos da instituição. TABELA 27 – Procedimentos de Enfermagem

PROCEDIMENTO 2005 2006 2007

Medicação V.O (Via Oral) 78.532 82.425 42.252

Medicação S.C (Via Subcutânea)

51 32 239

Medicação E.V (Via Envovenosa)

82 90 124

Medicação I.M (Via intra-muscular)

55 35 80

Medicação S.L (Via Sub-lingual)

7 40 59

Page 76: Relatório atividades-2007-SERTE

Punção Venosa 50 35 124

Curativos 2.181 2.600 1.731

Nebulização 1.009 880 562

SNG (Sondagem Nasogástrica)

34 24 26

Sonda de Alívio 25 3 3

Cateter de 02 61 6 23

Banho Aspersão 17.045 18.250 8.569

Temperatura 796 800 186

Pulso 883 880 238

PA (Pressão Arterial) 17.061 18.000 4.360

Respiração 755 775 186

Glicemia capilar 1.444 1.800 190

Higiene oral 18.315 18250 973

Unhas cortadas 2.151 3.000 1.177

Barbas feitas 2.395 5.475 598

Higiene Ocular 825 770 534

Esta tabela exemplifica os cuidados prestados aos idosos, desde o banho de

aspersão (higiene corporal feita no chuveiro),aos dados de sinais vitais e outros.Podemos contatar que houve uma redução em alguns dados, pelo fato de não haver necessidade de aferirmos em todos os idosos residentes e sim naqueles que tenham alguma patologia que justifique, como o caso da glicemia capilar nos diabéticos descompensados. INTERNAÇÕES HOSPITALARES: Lar dos Idosos – 2005/2007 Tabela Expositiva das internações hospitalares e os respectivos hospitais das internações. TABELA 28 – Internações, quantidade - período 2005/2007

HOSPITAL 2005 2006 2007

HGCR ( Hospital Governador Celso Ramos)

7 5 3

HNR ( Hospital Nereu Ramos) 1 0 0

HU ( Hospital Universitário) 10 2 3

HF ( Hospital Florianópolis) 0 0 0

IPQ ( Instituto de Psiquiatria) 0 0 0

HC ( Hospital de Caridade) 0 0 0

HRSJ(Hospital Regional São José) 2

CEPON (Centro Pesquisas Oncológicas)

0 0 0

TOTAL 18 7 8

# Os dados referentes ao ano de 2007 são a partir do mês de agosto

Page 77: Relatório atividades-2007-SERTE

ÓBITOS: Lar dos Idosos - 2005/2007 Tabela expositiva de óbitos existentes na instituição nos três últimos anos. TABELA 29 – Óbitos, quantidade – 2005/2007

ANO 2005 2006 2007

ÓBITOS 9 6 3

EXAMES LABORATORIAIS (externos): Lar dos Idosos – 2005/2007 TABELA 30 – Exames Laboratoriais, quantidade, período 2005-2007

EXAMES 2005 2006 2007

HEMOG 44 35 18

CULTURA DE URINA 34 42 0

PU( parcial de urina) 36 40 8

PSA 17 15 0

TSH 22 24 0

SODIO 22 20 18

POTASSIO 22 20 18

VDRL 30 23

GLICOSE 39 35 18

TRIGLIC. 33 35 18

COLEST.T 36 35 18

LDL 5 35 18

HDL 5 35 18

AC URICO 35 20 0

CREAT 33 15 8

CALCIO 5 10 18

P. FEZES 24 15 12

ANTIBIOG. 10 15 0

UREIA 1 4 8

MAGNÉSIO 1 2 8

ANTI-HBS 1 2 0

HEPATITE B 1 6 0

HEPATITE C 1 0

ELISA/HIV 5 0

Estas são as siglas utilizadas internacionalmente para nomear estes exames.

Os avanços da medicina têm permitido diagnósticos cada vez mais precisos, por meio de métodos de investigação pouco invasivos para o paciente. Entre os métodos mais freqüentemente utilizados destacam-se os exames laboratoriais. Baseando-se neste avanço tecnológico e científico, utilizamos deste artifício como complemento ao diagnóstico clínico e avaliação da eficácia do tratamento. Pela Sociedade Brasileira de Gerontologia, deve-se realizar esta bateria de exames que nos informam como está o paciente e sua adesão ao tratamento, trimestralmente.

Page 78: Relatório atividades-2007-SERTE

Estes exames avaliam desde a função urinária, renal, vascular, urológica, hematológica, assim como as principais doenças auto-imunes no caso do ELISA, que diagnostica o HIV.

EXAMES PARA DIAGNÓSTICO: Lar dos Idosos – 2005/2007 TABELA 31 – Quantidade de Exames para Diagnóstico - 2005/2007

EXAMES COMPLEMENTARES 2005 2006 2007

RX 12 18 12

ENDOSCOPIA 3 4 0

ULTRASSONOGRAFIA 4 5 0

ELETROCARDIOGRAMA 2 5 3

ELETROENCEFALOGRAMA 1 0

ECOCARDIOGRAMA 2 2 0

AUDIOMETRIA 1 4 0

# Os dados referentes ao ano de 2007 são a partir do mês de agosto.

Os dados dessa tabela são chamados de exames complementares, ou seja,

ajudam na confirmação do diagnóstico, conduta médica e tratamento. Metas para 2008:

Capacitação da Equipe de Enfermagem;

Implantação do Manual do Cuidador na Instituição;

Implantação do Prontuário de Enfermagem a todos institucionalizada;

Controle da perda de peso ponderal, pelo controle de IMC dos idosos;

Controle rigoroso das endemias e notificação das mesmas;

Controle das saídas de idosos a partir de tabela com as especificações (em anexo);

Implantação de Terapias Ocupacionais por meio de orientação de um Terapeuta Ocupacional;

Formulação do Plano Assistencial à Saúde, com implantação e Normatização das Rotinas (Manuais Técnicos) a serem seguidos na instituição;

Inclusão dos idosos no CARTÃO SUS, mediante o qual se terá acesso ao prontuário do idoso.

Anexo:

Atividades Total

01. Entrada de idosos

02. Saída de idosos

03. Consultas médicas externas

- Hospital Universitário

- Hospital Regional

Page 79: Relatório atividades-2007-SERTE

- Hospital da Polícia Militar

- Centro de Saúde da Cachoeira

- Hospital Celso Ramos

- Cortesia

- CEPON

- PAM

- Hospital Florianópolis

- Maternidade Carmela Dutra

- Hospital Nereu Ramos

04. Consultas médicas Internas

05. Consultas médicas para funcionários

06. Cirurgias

- Hospital Universitário

- Hospital Florianópolis

07. Internações hospitalares

- Hospital Florianópolis

- Hospital Universitário

- Hospital Nereu Ramos

08. Exames laboratoriais

- SUS (LASEM, HF, HU)

- Outros laboratórios (Machado Filho)

- Citopatológico

09. RX

10. Óbitos

11. Visitas domiciliares

12. Atendimento odontológico

- CS II Cachoeira

13. Atendimento psicológico

- CS II Cachoeira

14. Atendimento em fisioterapia (Massagem e outros) (*)

15. Consultas de enfermagem

16. Intervenções de enfermagem

17. Atendimento médico voluntário

18. Atendimento em acupuntura - voluntário

Page 80: Relatório atividades-2007-SERTE

19. Exames diversos (ultrassonografia, ECG, endoscopia, etc.)

Tabela que será usada em 2008 para controle de todos procedimentos relacionados a saúde com nossos idosos. No Lar das Crianças Seara da Esperança

As aquisições posturais da criança são adquiridas com o organismo em

desenvolvimento e pelo funcionamento do mesmo. A criança brinca e repete sem cessar os mesmos gestos e ações que lhe permitem as aquisições que a amadurecem progressivamente. O controle e desenvolvimento neuromuscular da criança ocorrem de forma gradual e constante.

Compete ao serviço na assistência básica de saúde proporcionar à criança as condições essenciais para que se processe o crescimento e desenvolvimento integral com qualidade de vida e exercício de Cidadania. TABELA 32 - PRINCIPAIS PATOLOGIAS NO LAR DAS CRIANÇAS, EM 2007

IVAS (Infecção de Via Aérea Superior) 25

PNEUMONIA 29

OTITE 08

TRAUMA (QUEDA) 10

PEDICULOSE 23

ESCABIOSE 11

ALERGIAS 21

BRONQUITE 11

Esta tabela exemplifica as patologias que mais acometem as crianças em

nossa instituição, norteando a cuidados específicos com doenças sazonais, como no caso das IVAS e PNM, ou seja, doenças de inverno. Conclusão

Na área pediátrica, nossa ação é voltada à assistência no crescimento e desenvolvimento da criança visando um futuro elaborado dentro de valores previstos no Estatuto da Criança.

A característica da criança, em situação de abandono e maus tratos, deve ser abolida da sociedade com uma atuação constante no que visa a afetividade e integração social, desde os cuidados básicos das necessidades do ser até a formação adulta.

Para tal, há necessidade de ações junto à equipe de enfermagem, visando uma educação continuada e uma assistência contínua ao emocional da criança.

Em ambas as situações de assistência é clara a participação da equipe preparada com conhecimento específico para uma melhor qualidade de assistência, culminando assim com um projeto de capacitação assistencial. 7.4 Serviço de Psicologia

O serviço de Psicologia da SERTE iniciou suas atividades de acordo com o novo modelo conceitual, no início do segundo semestre de 2006. Os primeiros meses de

Page 81: Relatório atividades-2007-SERTE

implantação do novo modelo de serviço demandaram inúmeras reuniões dificultando o atendimento direcionado aos idosos e às crianças.

Atualmente, a atuação do serviço tem sido bastante expressiva conforme o quadro de atendimentos adiante apresentado.

A Psicologia no Lar dos Idosos Irmão Erasto (LV)

A partir dos anos 80, o envelhecimento populacional tem se tornado um

fenômeno que atinge grande parte do mundo, tanto em países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento (OMS, 1984). O que era no passado privilégio de alguns poucos passou a ser uma experiência de um número crescente de pessoas em todo o mundo.

Envelhecer no final deste século já não é proeza reservada a uma pequena parcela da população. O envelhecimento de sua população é uma aspiração natural de qualquer sociedade. Mas tal fato, por si só, não é bastante; é importante também almejar uma melhoria da qualidade de vida daqueles que já envelheceram ou que estão no processo de envelhecer, mantendo a integridade mental e física até os últimos anos de vida.

Segundo Berquó (1996), no Brasil, por exemplo, a população maior de sessenta e cinco anos atingiu, no ano 1991, mais de sete milhões de pessoas e estima-se que entre os anos 2010 e 2020 a taxa de crescimento de indivíduos dessa faixa etária seja de 3,80, o que comparando-o com a taxa de 1991-2000 (de 2,25), representará um aumento considerável.

No entanto, em muitas regiões, ainda se rejeita o idoso, seja de maneira direta ou indireta. Existem pesquisas que mostram como os próprios idosos simplificam o envelhecimento humano, exclusivamente a partir das perdas, representando o processo com predisposições desfavoráveis, estereótipos negativos e preconceitos. Medrado (1994), na cidade de Carnaíba (Bahia), encontrou representações sobre o idoso caracterizadas por conteúdos tais como: "não serve para nada, inutilidade, não vai para a frente, não tem saúde, só doença, não tem destino, não volta", etc. Em outro trabalho desenvolvido por Santos (1990), acerca da influência da aposentadoria sobre a identidade do sujeito, é pontuado que nas sociedades modernas a ênfase continua sendo dada à juventude e à capacidade de produção. Nas mesmas, "ser velho representa um afastamento do mundo social"(p.22).

Outros autores brasileiros, como é o caso de Debert (1996), destacam que, além dos estudos feitos mostrando a atual representação da velhice em termos de processo contínuo de perdas, estão se abrindo outros espaços para que diversas experiências de envelhecimento bem sucedidas possam ser vividas coletivamente. Por exemplo, os grupos de convivência de idosos e as universidades da terceira idade, entre outras. Longe de serem pessoas improdutivas à espera da morte, os idosos fazem parte do cotidiano contemporâneo e tendem a permanecer como agentes participativos de todo o processo dinâmico da vida em sociedade.

A presença do idoso cada vez maior em nossa sociedade traz consigo um sentimento ambíguo, onde por um lado, há o triunfo das políticas de saúde pública e desenvolvimento social, e por outro, observa-se um despreparo para lidar com as demandas advindas deste processo. Este contexto aumentou a demanda das instituições de longa permanência. Segundo pesquisa realizada por PRADO e FETRILLI (2002), os principais motivos de admissão em casa de longa permanência consistem na falta de respaldo da família relacionado a dificuldades econômicas, distúrbios de comportamentos e precariedade nas condições de saúde.

Ao ser institucionalizado o idoso, geralmente, vivencia uma ruptura com seus vínculos afetivos e a sua rotina. Precisa se adaptar a novos horários, normas e

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pessoas. Sua individualidade também é diminuída, devido à predominância de espaços, objetos e atividades coletivas. Entretanto, esta experiência proporciona também aumento do processo de socialização, pela expansão das relações estabelecidas; a realização de atividades que promovem o crescimento pessoal e da auto-estima; e a possibilidade de atendimento especializado em diferentes áreas da saúde. Objetivo

Levando em consideração todo este contexto social apontado, o serviço de psicologia no LV pretende proporcionar um espaço que permita a elaboração das transformações decorrentes do processo de envelhecimento e institucionalização. Pelo resgate da auto-estima e mecanismos compensatórios e adaptativos, procura-se estimular a autonomia do indivíduo dentro de suas limitações para que possam redescobrir-se, enquanto sujeitos com potencialidades, reconhecendo a terceira idade como uma fase não apenas de perdas, mas principalmente de sabedoria, de maturidade e de serenidade.

Avaliando a atuação no ano de 2007 percebe-se que o trabalho no LV possui

três vertentes principais: A primeira vertente constitui o trabalho preventivo em saúde mental, que por

meio de atividades em grupos e individuais, focalizam-se padrões e condutas que levem a um envelhecimento bem-sucedido. Entre eles encontram-se:

- Auto-aceitação – implica em uma atitude positiva do indivíduo em relação a si

próprio e a seu passado; reconhecer e aceitar diversos aspectos de si mesmo e de sua história;

- Relações positivas com os outros – envolve ter uma relação de qualidade com os outros, ou seja, uma relação calorosa, satisfatória e verdadeira; preocupar-se com o bem-estar alheio e ser capaz de relações empáticas e afetuosas;

- Flexibilidade – desenvolver habilidade para resistir às pressões sociais; adaptar-se às mudanças e dificuldades de maneira saudável;

- Propósito na vida – implica ter metas na vida e um sentido de direção; o indivíduo percebe que há sentido em sua vida presente e passada; possui crenças que dão significado a sua vivência;

- Crescimento Pessoal – institui um senso de crescimento contínuo, desenvolvimento como pessoa e auto-conhecimento.

A segunda vertente está ligada ao oferecimento de suporte, amparo e

tratamento, quando o idoso está com alguma patologia de ordem física ou mental. Busca-se neste caso a melhora do quadro geral e remissão dos sintomas.

A terceira vertente é a concessão de cuidados paliativos. Configura uma tendência de atendimento ao LV e está ligada ao crescente envelhecimento populacional que faz com que os nossos idosos estejam cada vez mais idosos trazendo consigo as demandas relacionadas ao avanço da idade (demências, doenças vasculares, etc).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), Cuidado Paliativo consiste no “Cuidado dirigido a pacientes e familiares quando diante de uma doença ativa e progressiva, que ameace a continuidade da vida. Tem como objetivo prevenir e aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida.”

O diagnóstico de uma doença é sempre um tempo de muito sofrimento e angústia. É um período difícil, onde é preciso reformular planos e metas. Os Cuidados Paliativos têm como objetivo promover a qualidade máxima de vida num período onde a doença não tem mais a possibilidade de cura. A atenção e prioridade

Page 83: Relatório atividades-2007-SERTE

está focalizada no controle dos sintomas, o alívio satisfatório da dor, das necessidades emocionais, sociais e espirituais do idoso. Principais encaminhamentos

Entre as principais demandas de atendimento interno observadas no LV estão

os seguintes encaminhamentos:

Distúrbios afetivos – Síndromes depressivas;

Sintomas de demência - Esquecimento, desorientação temporal e/ou espacial, confusão mental e delírio;

Transtorno de conduta – Agressividade

Dificuldades de relacionamentos – Com outros residentes, funcionários e/ou com a família.

Entre as principais demandas de atendimento externo estão:

Interconsulta profissional com técnicos da rede de apoio sendo os principais a Gerência do idoso e Ministério Público;

Confecção de pareceres e relatórios situacionais para as mesmas instâncias públicas.

Atendimentos realizados

TABELA 33 - Número de Atendimentos e Intervenções no LV, em 2007

Tipo de atendimento LV

Jan Fev Mar Abril Maio Jun Jul Ag Set Out Nov Dez Total

Atendimento e intervenções idosos

88 85 90 75 60 75 80 87 93 80 61 40 914

Atendimentos e intervenções família idosos

3 11 6 2 4 3 3 6 12 15 20 10 95

Reuniões Lar dos Velhinhos

40 25 30 17 15 25 20 15 22 33 25 15 279

A tabela de atendimentos está divida em três categorias: atendimento

individual ao idoso, atendimento a família e reuniões com a equipe. Entre os atendimentos individuais estão todas as intervenções já citadas no

relatório (terapia de apoio, avaliação de personalidade, atendimento clínico e triagem cognitiva).

Os atendimentos e intervenções a família consistem na orientação clínica a família, técnica, também já explicitada.

As reuniões com a equipe abrangem todas as trocas com outros profissionais da instituição com o objetivo de aumentar a qualidade do atendimento ao idoso.

Page 84: Relatório atividades-2007-SERTE

GRAFICO 22 – Número de atendimentos e intervenções no LV, em 2007

No gráfico 22 observa-se que as intervenções individuais aos idosos ocorrem em número significativamente maior do que os atendimentos à família. Isto se explica devido à intensa demanda no cotidiano da instituição. Contudo percebe-se também um aumento nas intervenções familiares nos meses de setembro a novembro, número que denota uma tendência do serviço de psicologia em incluir a família nas intervenções realizados (na medida do possível) com os idosos a fim de ampliar os efeitos do acompanhamento. Durante o mês de dezembro percebe-se uma diminuição de todos os tipos de intervenções visto que neste período o número de atividades burocráticas (relatórios internos e externos) foi significativamente maior, ocupando grande parte do tempo de trabalho.

Page 85: Relatório atividades-2007-SERTE

Morbidades Cognitivas TABELA 34 - Incidência de morbidades cognitivas no LV, em 2007

Categoria Nosológica N° de Diagnósticos

Síndrome Demencial 39

Outros tipos de prejuízos cognitivos 19

Desempenho cognitivo adequado 10

GRÁFICO 23 – Incidência de Morbidades Cognitivas no LV, em 2007

Segundo o Gráfico 23, a demência é a patologia cognitiva com maior

incidência entre os residentes do LV, com 39 diagnósticos, seguido de 19 diagnósticos de outras síndromes que trazem prejuízo cognitivo, entre elas estão a oligofrenia (retardo mental), esquizofrenia e outras síndromes psiquiátricas ainda não esclarecidas. Dentre as avaliações, apenas 10 residentes foram identificados pelo serviço com o funcionamento cognitivo adequado para a faixa etária e escolaridade.

As avaliações foram realizadas pelas entrevistas e técnica de triagem cognitiva.

Percebe-se que a maior parte dos idosos possui algum tipo de prejuízo cognitivo. Em geral, a tendência dos quadros é o agravamento devido ao caráter degenerativo. Isto acarreta uma dependência maior do idoso no dia a dia para realização das atividades corriqueiras como banho, alimentação, locomoção, etc. Contudo a literatura pontua que o estímulo contínuo e a realização de atividades ocupacionais promovem uma melhor evolução dos sintomas, diminuindo a dependência, permitindo que o idoso mantenha-se ativo por mais tempo.

Page 86: Relatório atividades-2007-SERTE

Síndromes psíquicas no LV TABELA 35 - Incidência de síndromes psíquicas no LV, em 2007

Categoria Nosológica N° de Diagnósticos

Síndrome Depressiva 18

Oligofrenia 4

Esquizofrenia 9

Demência Vascular 10

Doença de Alzheimer 5

Doença de Parkinson 4

Neuropatia pelo consumo de álcool 3

Outros tipos de demência 17

Outras Síndromes Psiquiátricas 6

Idosos sem morbidades diagnosticadas 5

A Tabela 35, além de incluir os diagnósticos das dificuldades cognitivas

como as demências, abrange as síndromes depressivas e outras síndromes psiquiátricas não esclarecidas (nesta categoria estã incluídas as suspeitas de transtorno anti-social, transtorno orgânico da personalidade, transtornos psicóticos, entre outros).

GRÁFICO 24 - Síndromes Psíquicas no LV, em 2007

Page 87: Relatório atividades-2007-SERTE

No Gráfico 24 observa-se que, entre todas as patologias mentais

diagnosticadas no LV, a depressão é a que possui maior incidência. A literatura técnica relata a depressão no idoso como conseqüência das recorrentes perdas vivenciadas nesta fase da vida. Em seguida, o diagnóstico com maior incidência é o de demência (com etiologia a esclarecer) que se sobressai as demais patologias com 17 diagnósticos. Esta falta de certeza sobre o tipo de demência apresentada pode ser explicado pelo alto índice de diagnóstico tardio da patologia e a ausência de relatórios com o estudo psico-social dos ingressos mais antigos da instituição . Nestes casos há ausência de conhecimento da evolução dos sintomas iniciais e da história pregressa que são essenciais para estabelecimento do diagnóstico correto. Entre as demências diagnosticas com precisão as Vasculares estão com índice maior com 10 diagnósticos , seguido da doença de Alzheimer com 5 casos comprovados. Se somarmos todos os tipo de demência ela ultrapassa o diagnóstico de depressão com 39 diagnósticos. Avaliação do idosos ingressos no LV durante o ano de 2007 TABELA 36 - Morbidades cognitivas apresentadas pelos indivíduos ingressos no LV, em 2007

Categoria Nosológica N° de Diagnóticos

Síndrome Demencial 12

Outras Síndromes Cognitivas 5

Desempenho cognitivo Adequado 5

GRÁFICO 25 – Morbidades cognitivas apresentadas pelos indivíduos ingressos no LV, em 2007

12

5 5

Sindrome Demencial Outras Sindromes Cognitivas Desempenho cognitivo Adequado

Morbidades Cognitivas Apresentadas pelos Indivíduos ingressos no LV, em 2007

Sindrome Demencial Outras Sindromes Cognitivas

Desempenho cognitivo Adequado

Page 88: Relatório atividades-2007-SERTE

Observa-se que os idosos ingressos durante o ano de 2007 seguem a

tendência já citada no relatório geral sobre as morbidades cognitivas. A maioria possui prejuízo cognitivo decorrente da senilidade. Apenas 05 ingressos demonstraram o desempenho cognitivo adequado para sua faixa etária e idade. TABELA 37 - Incidência de morbidades psíquicas nos indivíduos ingressos no LV, em 2007

Categoria nosológica N° de Diagnósticos

Síndrome Depressiva 5

Oligofrenia 2

Esquizofrenia 2

Demência Vascular 4

Doença de Alzheimer 2

Doença de Parkinson 1

Neuropatia pelo consumo de Álcool 1

Outros tipos de demência 4

Outras síndromes psiquiátricas

1

Ingressos sem morbidades diagnosticadas

3

GRáFICO 26 - Morbidades psíquicas dos indivíduos ingressos no LV, em 2007

No gráfico 26, percebe-se também similaridade com a classificação geral

das morbidades psíquicas dos idosos. A depressão possui um alto índice superada apenas pela soma do número total de demências (12).

Page 89: Relatório atividades-2007-SERTE

Plano de trabalho no LV (Lar dos Idosos) para 2008

Durante a atuação no ano de 2007, além das atividades já desenvolvidas,

percebeu-se a necessidade do desenvolvimento de alguns projetos que serão apresentados durante o ano corrente:

- Grupo com os funcionários cuidadores – com o objetivo de refletir sobre

a prática diária com o idoso; - Grupo de Ajuda Mútua para familiares (em parceria com o serviço

social) – com o intuito de proporcionar um espaço para debater aspectos da institucionalização e as relações familiares;

- Projeto Sala de Convivência (também em parceria com o serviço social) – propor soluções e otimizar recursos para organização de um espaço aonde os idosos possam realizar atividades sociais e ocupacionais.

Avaliação da Situação de Dependência, período entre 1976-2005

O Setor de Psicologia do Lar dos Idosos, implantado em 2002, com

o intuito de fazer um reconhecimento da clientela, utilizou, além das observações das rotinas diárias, dos contatos individuais e grupais e das entrevistas estruturadas, os dados obtidos em pesquisa junto aos livros de registro históricos, visando dar início ao trabalho de inserção deste ramo de atividade na SERTE.

Observamos naquela oportunidade que a grande maioria dos abrigado apresentava um diagnóstico pré-estabelecido, tanto por médicos do Instituto de Psiquiatria (IPQ), como pelo médico da Casa. Diante destes diagnósticos, foram traçadas algumas diretrizes e iniciado uma terapia de apoio, para a elevação da auto-estima, sempre trabalhando em parceria com os funcionários da equipe de enfermagem, com o médico da Casa e os profissionais do IPQ.

Dentre os diagnósticos apresentados, a depressão apresentou um alto índice entre 2002 e 2005, seguida da esquizofrenia e senilidade e parkinson.

O grau de dependência física e psíquica também apresentou níveis elevados, tendo visto que a média de idade aumenta com o passar do tempo e que nos últimos anos a grande maioria dos abrigados apresenta algum tipo de limitação.

Foi oportuno então buscar junto aos livros de registro os dados sobre estas duas dependências, física e psíquica, para entender um pouco mais as demandas do serviço de psicologia na SERTE. De 1976 a 1985

Abrigados Dependência Física

Dependência Psíquica

Independente

Homens 82 24 10 50

Mulheres 125 35 16 77

De 1986 a 1995

Abrigados Dependência Física

Dependência Psíquica

Independente

Homens 60 31 07 30

Mulheres 72 24 12 46

Page 90: Relatório atividades-2007-SERTE

De 1996 a 2005

Abrigados Dependência Física

Dependência Psíquica

Independente

Homens 55 20 20 18

Mulheres 48 22 13 19

# Em algumas tabelas o nº anotado não fecha com o total de idosos do respectivo ano, pois, além de contabilizar algumas situações como idosos psiquiátricos também estes foram computados como idosos independentes.

A Psicologia no Lar das Crianças Seara da Esperança (LC)

Durante a história, as sociedades sempre tiveram parte de suas crianças

separadas de seus pais pelos mais variados motivos, incluindo morte, abandono, ou por regras e padrões da própria cultura e comunidade. Seu cuidado, historicamente, já foi assumido pela Igreja, pelo Estado, ou por pessoas e entidades guiadas pelo princípio da responsabilidade social.

A primeira instituição a atender crianças em situação de vulnerabilidade foi a Roda dos Expostos, que acolhia crianças abandonadas, prestando atendimento e encaminhamentos a outras famílias com fins de adoção ou absorção como mão-de-obra familiar. A extinção das rodas iniciou no final do século XIX quando a filosofia liberal liderada pelos médicos higienistas começou a denunciar o alto índice de mortalidade dentro das casas dos expostos, as precárias condições de atendimento e a incipiente educação recebida.

Com isso, a filantropia se instituía como modelo assistencial fundamentada na ciência, para substituir o modelo da caridade, com a responsabilidade de organizar a assistência dentro das novas exigências sociais, políticas, econômicas e morais. Concomitante a este processo, começaram a surgir instituições de acolhimento e proteção à infância desamparada que eram chamadas de asilos e/ou orfanatos.

A partir daí intensificaram-se as reflexões sobre a infância e adolescência e nos dias atuais elas são temas alvo de muitos debates. A promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, se deve a alterações culturais que ocorreram ao longo do tempo sobre o conceito de infância que forçaram a mudança na forma de atendimento. O Estatuto destinou-se a garantir os direitos de cidadania proporcionando à criança e ao adolescente proteção integral e conseqüentemente o seu adequado desenvolvimento biopsicossocial.

Está previsto no ECA o desenvolvimento de programas de abrigo como uma medida de proteção excepcional e provisória. Nos abrigos residem crianças e adolescentes que foram separados temporariamente do convívio familiar porque tiveram seus direitos violados, seja pela exposição a situações de negligência, abandono, violência física ou sexual .

O Lar das Crianças Seara da Esperança realiza atendimento integral à criança (biopsicossocial e espiritual) como está disposto no ECA. A instituição ultrapassa a visão puramente assistencialista, configurando-se um espaço de socialização e de desenvolvimento.

A literatura da área reconhece que a vivência institucional influencia a trajetória de vida das crianças, e que as relações estabelecidas neste meio influenciam seu desenvolvimento cognitivo, social, moral e afetivo, bem como a construção de sua identidade e seus projetos de futuro.

A criança institucionalizada precisa de muito mais do que um teto e de alimentação. Conforme Weiss (1999), o cuidado é também uma prática pedagógica. Cuidado e educação devem mesclar-se, conforme enfatiza o autor, para possibilitar

Page 91: Relatório atividades-2007-SERTE

crescimento nas diversas esferas do desenvolvimento humano. Para tal, no cuidado, o educador e a criança, estão num processo contínuo de interação que se desenrola entre dois seres humanos com seus valores, crenças e costumes.

É na relação criança-ambiente institucional que se espera encontrar encorajamento material, emocional e social compatíveis com as necessidades e capacidades de cada uma. Este encorajamento ocorrerá nas possibilidades do encontro da criança com “outros significativos”. Dessa forma, a confiança, o sentimento afetivo positivo, reciprocidade e equilíbrio de poder são fundamentais para a construção de interações que favoreçam o seu desenvolvimento psicológico.

Para as crianças institucionalizadas, o mundo social expande-se no momento em que elas deixam o núcleo familiar, incluindo membros não pertencentes à família, tais como cuidadores, técnicos e demais crianças com os quais convivem na instituição. Dessa forma, observa-se a importância destes vínculos na proteção contra os efeitos negativos causados por situações de vulnerabilidade, por meio da promoção da resiliência, que representa capacidade de adaptar-se positivamente a adversidades, para a construção de um futuro adequado e com direitos garantidos.

Objetivo

Levando em consideração o que foi abordado acima, no Lar das Crianças

busca-se, por meio de medidas terapêuticas, viabilizar um ambiente que estimule o desenvolvimento saudável onde as crianças tenham condições de superar a situação de institucionalização vivenciada e seja preparada para retornar a conviver com a família de origem ou para inserção em família substituta.

Observando-se o trabalho desenvolvido no ano de 2007 percebe-se que para

o atendimento eficaz é necessário abordar 3 aspectos: - 1- Atendimento a criança; - 2- Atendimento as famílias que não tiveram suspensão no poder familiar e

freqüentam o abrigo para avaliar a possibilidade de retorno ao ambiente familiar e auxiliar neste processo;

- 3 - Suporte ao funcionário cuidador, para que suas intervenções no dia-a-dia tenham embasamento técnico e favoreçam o desenvolvimento infantil saudável.

Principais encaminhamentos

Entre as principais demandas de atendimento interno no LC estão os

seguintes encaminhamentos: - Necessidade de acompanhamento no processo de adaptação da criança em

sua chegada ao lar, preparação para o retorno à família de origem ou destituição familiar e adoção;

- Os principais sintomas emocionais e comportamentais observados são: humor deprimido, choro excessivo, dificuldade de aprendizagem, dificuldade de aceitação de limites, agressividade, geralmente relacionados à ansiedade pela separação dos pais.

Entre a demanda externa de atendimento estão:

Interconsulta profissional com técnicos da rede de apoio sendo os principais o Conselho tutelar, o Tribunal de justiça, Ministério Público, Programa de apoio Sócio-Familiar, Sentinela e demais abrigos da capital;

Confecção de avaliações, pareceres e relatórios situacionais para as mesmas instâncias.

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Atendimentos realizados TABELA 38 - Número de atendimentos e intervenções no LC, em 2007

TIPOS ATENDIMENTO

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TO- TAL

ATENDIMENTOS E INTERVENÇÕES CRIANÇAS

74 85 80 68 82 77 63 80 78 73 83 45 888

ATENDIMENTOS E INTERVENÇÕES CRIANÇAS

11 11 9 4 4 8 7 6 12 10 8 6 96

REUNIÕES LAR DAS CRIANÇAS

23 33 28 18 12 15 10 12 20 17 15 20 223

GRÁFICO 27 – Atendimentos realizados em 2007

A tabela de atendimentos possui as mesmas categorias do atendimento ao

idoso: atendimento individual, atendimento a família e reuniões com a equipe. Observa-se no gráfico que o atendimento a criança é substancialmente maior

que os demais. A necessidade de atendimento é elevada devido à complexidade do momento que estão vivenciando. Os números referentes ao atendimento as famílias

Page 93: Relatório atividades-2007-SERTE

são menores, evidenciando a dificuldade de adesão da maioria das famílias ao processo de reintegração familiar e a natureza dos processos no juizado (casos de suspensão do poder familiar). Plano de trabalho do LC para 2008

O Projeto de capacitação das funcionárias cuidadoras do LC foi desenvolvido durante o ano de 2007 e terá seu inicio em fevereiro de 2008. Consiste num grupo para reflexão e discussão de temas peculiares ao universo infantil e o processo de institucionalização.

Considerações finais (LV e LC)

Pelos dados observados percebe-se que a demanda institucional está a cada dia mais específica e intensa. A necessidade de investimento quantitativo e qualitativo em recursos materiais e humanos é cada vez maior. A instituição tem o desafio de cumprir sua missão ultrapassando a visão assistencialista desviando o foco da carência e priorizando os recursos a serem desenvolvidos nos indivíduos atendidos.

Não podemos esquecer também que a atividade filantrópica tem seu espaço, mas é essencial cobrar a responsabilidade do poder público em fornecer recursos e proporcionar ao idoso e à criança atendimento global, por meio de políticas complementares para promoção do desenvolvimento humano.

Importante salientar que apesar de sabermos que o ideal não se apresenta como realidade, podemos ter confiança e continuar firmes em nossa trajetória, à medida que há avanços visíveis e a certeza de que há um caminho a ser trilhado ainda que em passos lentos, porém constantes.

Por fim, se a instituição SERTE procura, enquanto sociedade espírita de recuperação, trabalho e educação, possibilitar um ambiente propício à melhoria da qualidade de vida das pessoas beneficiado-as e assistindo-as biopsicossocial e espiritualmente; entende-se que o Serviço de Psicologia pode contribuir eficazmente para com todos os envolvidos neste objetivo, auxiliando na busca do autoconhecimento e procurando encontrar maneiras de solucionar as dificuldades inerentes do processo de crescimento e desenvolvimento do Ser. 7.5 Serviço de Odontologia

O Serviço de Odontologia na SERTE é executado por um conjunto de abnegados dentistas, que dispensam aos idosos e crianças algumas horas da semana para esta ação de caridade.

Page 94: Relatório atividades-2007-SERTE

Serviço Odontológico para Idosos e Servidores

No último período do ano, foram executadas mais de 150 intervenções e 279

ações de higienização. Todo material utilizado é obtido com a articulação dos próprios voluntários do setor.

A todos eles, que desejam o anonimato, o agradecimento de nossa Instituição. TABELA 39 – ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS EM 2007

Exame clínico 64

Profilaxia/RAR 23

Prótese total 3

Exodontia 14

Conserto de prótese -

Restauração definitiva 7

Restauração provisória 2

Higienização 279

Prótese parcial removível 2

Consulta de urgência 4

Ajuste de prótese total 8

Placa anterior 2

Aplicação de flúor em consultório 1

RX 10

Serviço Odontológico para Crianças

Foram feitos 32 (trinta e dois) atendimentos no Lar das Crianças Seara da Esperança no ano de 2007.

Desses atendimentos, estão relacionados abaixo os casos:

Extrações de dentes – 15

Profilaxia e flúor – 32

Restaurações de amálgama – 04

Aparelho ortodôntico removível – 02 Os aparelhos acima citados foram feitos para a criança com custo pago pela

profissional Odontóloga,. Registre-se que o Equipo esteve por algum tempo sem condições de uso, por

motivos técnicos, e com alguma habitualidade não estavam disponíveis materiais básicos para execução dos atendimentos, os quais foram algumas vezes comprados pela própria profissional. 7.6 Perspectivas do CASIL para 2008

O CASIL ainda se encontra em fase de implantação, desde os prontuários como também a parte burocrática.

Dentro da nossa proposta inicial, estamos desenvolvendo:

Page 95: Relatório atividades-2007-SERTE

- Relatórios para prontuário de paciente - Fichas para atendimentos. - Relação dos terapeutas - Organograma interno

A princípio, estamos apenas começando, o que de certa forma será uma conquista para o futuro.

Então, deveremos ter ainda pela frente muita burocracia. Isto quer dizer trabalho lento, com muita boa vontade e muita dedicação.

Page 96: Relatório atividades-2007-SERTE

8. CENTRO ESPÍRITA ALLAN KARDEC Histórico

O termo "centro espírita" vem diretamente das atividades do codificador Allan

Kardec na Sociedade de Estudos Espíritas, por ele fundada. Lá os adeptos da nova doutrina reuniam-se em um salão, constando de uma mesa diretora com o presidente e o orador do dia, e a platéia. Uma outra sala, menor, contendo uma grande mesa, era destinada às reuniões de prática mediúnica.

Este formato básico permanece até hoje, decorrido o tempo de um século e meio.

O Centro Espírita Allan Kardec, ainda sob a denominação de Sociedade Espírita Ranchinho dos Trabalhadores do Espaço, iniciou suas atividades em 1957, numa edícula de 20 m2 da residência dos fundadores da Serte, Leonel e Júlia Pereira, sita à rua Monsenhor Topp 24-A. Um ano após, o espaço estava dobrado.

Maravilhas operavam-se naquele espaço: sessões de ectoplasmia, materializações, vidência de muitos, médium que cantava incorporada, enfim, a fenomenologia atraía novos adeptos, mas comprovava a sobrevivência dos espíritos após a morte do corpo.

Na década dos anos '60, por sugestão de Eugênio Doin Vieira, antevendo futuros e necessários convênios, visando construir uma casa para idosos, o nome da entidade foi trocado pelo que vigora até hoje: Sociedade Espírita de Recuperação Trabalho e Educação, selando aí o compromisso com a recuperação bio-psico-emocional e espiritual das pessoas, passando pelo trabalho e pela educação.

Ao longo dos anos, e por ter mudado para um terreno no Loteamento Stodiek, o templo ficou conhecido por "Centro Espírita da Serte" A rua, por projeto aprovado na Câmara dos Vereadores, recebeu o nome de Allan Kardec. Daí, como estava sem nome, e por não haver na Grande Florianópolis qualquer casa espírita homenageando o codificador do Espiritismo, a Diretoria adotou o nome CEAK – Centro Espírita Allan Kardec.

Ao longo dos tempos, as modificações e inovações foram acontecendo, como o primeiro PBDE – Programa Básico da Doutrina Espírita implantado na região, em 1984. No ano seguinte, deu início o COEM, também pioneiro na região, que é um curso para orientar e educar médiuns. A aceitação desses estudos foi imediata, e, desde então, foram ministrados anualmente, com aproveitamento considerável.

O interesse pelo estudo foi crescendo, e ali formaram-se médiuns, dirigentes mediúnicos e doutrinários, bem como expositores, entrevistadores.

Vieram a Fluidoterapia e, pouco mais tarde, o TE – Terapia Espiritual. A primeira tem por base tratamento por passes, mas antecedido por palestra edificante. A última, também conhecido por "Tratamento Espiritual", é considerado exemplar, pela modificação interior que produz nos participantes.

Atualmente, os serviços oferecidos pelo CEAK à comunidade estão voltados à melhoria física, psicológica, emocional, mediúnica e principalmente moral daqueles que procuram a Casa para minimizar suas agruras.

Para tanto, o CEAK precisa contar com uma equipe dedicada e capaz naquilo a que se propôs fazer, respeitando o que está consignado no artigo 3º do seu Estatuto, como sua missão:

"O Centro Espírita Allan Kardec tem por missão assistir biopsicossocial e espiritualmente a sua clientela, com a presença dos fundamentos espirituais sedimentados nas Obras Básicas de Allan Kardec, buscando a fraternidade em todos os níveis de relação, sob a inspiração da Filosofia Espírita, que se volta para o estudo, pesquisa e terapia do ser, respeitada rigorosamente a natureza própria da legislação e do ordenamento doutrinário vigente."

Page 97: Relatório atividades-2007-SERTE

A Estrutura organizacional

O Centro Espírita Allan Kardec tem suas atividades separadas em

departamentos, e esses, em serviços organizados por grupos e equipes, conforme segue:

Administrativo – atende às atividades de secretaria, bem como controle

financeiro. Doutrinário - responsável pelas sessões doutrinárias, que são quatro por

semana e grupos de estudo caracterizado por pequeno número de participantes, a saber:

a) do Livro dos Espíritos, b) do Evangelho, c) técnicas mediúnicas, d) reforma íntima e f) GAEDE - Grupo Aberto de Estudo da Doutrina Espírita.

Mediúnico - supervisiona o setor envolvido com a mediunidade, constituído

por: grupos de apoio ao TE , grupos de atendimento emergencial, grupos de assistência espiritual, e grupos da área de ensino, que são Avaliação da Mediunidade, Equilíbrio Mediúnico, Aprimoramento I, Aprimoramento II e Desenvolvimento Mediúnico.

Atendimento ao Ser - administra uma série de serviços integrados voltados

ao bem estar de pessoas nos campos espiritual, físico, psíquico e emocional, que são: Atendimento Fraterno, Entrevista, TE – Terapia Espiritual, Irradiação, Fluidoterapia, Grupo de Perdas e Ombro Amigo.

Ensino - coordena os cursos anuais: PBDE – Programa Básico da Doutrina

Espírita; GEDE – Curso de estudo do Evangelho; COEM – Curso de Orientação e Educação Mediúnica. Também é o setor responsável por cursos de capacitação voltados aos passistas, dirigentes doutrinários, dirigentes mediúnicos, expositores, evangelizadores, entrevistadores.

Cultural - abrange a Biblioteca, setor de teatro e de música e eventos

culturais. Infância e Juventude - o DIJ cuida da educação espírita dos jovens e

crianças. Este departamento tutela um trabalho denominado Caravana Irmão Nelito, junto às comunidades dos morros da vizinhança.

Família - objetiva levar orientação espírita aos pais de crianças e jovens do

DIJ. Mantém o Projeto Colibri, que dá apoio social e religioso às famílias carentes da região.

Ação Social: promove atendimento às gestantes carentes com enxovais e

cestas básicas, em dois grupos distintos. Atividades de 2007

SESSÕES DOUTRINÁRIAS PÚBLICAS: No ano de 2007 ocorreram 249 sessões doutrinárias com assistência média de 81 pessoas. Equipe de 13 dirigentes e 8 auxiliares, 40 expositores da Casa e 20 convidados e uma equipe de 51 passistas.

Page 98: Relatório atividades-2007-SERTE

Destaque para a visita, palestra e sessão de psicopictografia do médium baiano Florêncio Anton, dos expositores Paulo Davi (Curitiba) para a celebração dos 150 anos de "O livro dos Espíritos" e Alkindar de Oliveira (São Paulo).

ENCONTROS: Realizados encontros de Passistas, Dirigentes Doutrinários, e Expositores da Casa, monitores de TE e Entrevistadores.

GRUPOS DE ESTUDO:

GAEDE – Grupo Aberto de Estudos da Doutrina Espírita: destinado às pessoas que concluem tratamento no TE e desejam estudar o Espiritismo. Passaram 71 pessoas pelo grupo ao longo de 2006.

ESTUDO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS: funciona após a sessão doutrinária da 2ª feira à tarde; o grupo congrega cerca de dez pessoas.

EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL - A evangelização no CEAK ocorre a partir dos quatro anos de idade, com divisão em ciclos de acordo com o número de inscritos, como segue: jardim - 04 a 06 anos; 1º ciclo – 07 e 08 anos, 2º ciclo – 09 e 10 anos; 3º ciclo – 11 e 14 anos Juventude – 15 a 24 anos.

O D.I.J. da SERTE contou com a colaboração de 10 trabalhadores com média de freqüência de 45 alunos na faixa de 04 a 14 anos e 25 alunos na faixa de 15 a 24 anos.

O D.I.J. desenvolve com os jovens a campanha de distribuição de mensagens em locais públicos, em datas comemorativas: Carnaval; Dia das Mães; Dia da Criança; Finados e Natal.

No dia de finados foram distribuídas aproximadamente, 35.000 (quarenta mil) mensagens em 14 (catorze) cemitérios de Fpolis (ilha e continente), São José e Tijucas. Neste trabalho participaram jovens do CE Amor e Humildade do Apóstolo, Casa Espírita Joana Lima, Associação Espírita Fé e Caridade e SERTE. Também ministra palestras com duplas de jovens nas casas espíritas, da região, reforçando as campanhas.

ATIVIDADES DO DPTO DA FAMÍLIA: O Grupo do Evangelho no Lar (atividade semanal) em vários lares. O Grupo Espírita de Pais (domingo, das 18h às 19:30h), realizou estudo interativo com aplicação de passes (média de freqüência, 28 pais). Preparou apostilas contendo material sobre a família e a interação pais e filhos.

ÁREA DE ENSINO

Cursos anuais:

PBDE – 43 participantes GEDE – 32 participantes COEM – 22 participantes

Cursos de Capacitação

Passistas – 3 cursos; foram treinados 61 novos passistas.

Expositores: capacitados 8 trabalhadores da Casa.

Atendimentos em 2007

ENTREVISTA FRATERNA Foram entrevistadas 585 pessoas, com uma equipe de 19 entrevistadores.

TRATAMENTO ESPIRITUAL (T.E.)

Page 99: Relatório atividades-2007-SERTE

Passaram pelo TE nos oito grupos existentes, 536 pessoas. Equipe: 8 monitores e 17 auxiliares

FLUIDOTERAPIA Compareceram na fluidoterapia 291 pessoas durante 2007; a média de

atendimentos é de oito aplicações por pessoa. Ministradas 44 palestras específicas no período.

Equipe: 03 dirigentes de palestras e 02 dos passes; 22 passistas.

ÁREA MEDIÚNICA

Pelo GEM - Grupo de Equilíbrio Mediúnico passaram 36 pessoas, em 03 turmas.

No GAM - Grupo de Avaliação de Mediunidade foram avaliadas 71 pessoas.

O Grupo de Aprimoramento Mediúnico I treinou 09 médiuns.

O Grupo de Aprimoramento Mediúnico II treinou 11 médiuns.

GRUPOS DE IRRADIAÇÃO Foram atendidas 2.300 pessoas nos 05 grupos de irradiação. Note-se que a

média de atendimento é cerca de 07 vezes cada pessoa.

GRUPOS MEDIÚNICOS DE DESOBSESSÃO Foram atendidas 487 pessoas pelos 13 grupos de desobsessão que dão

apoio ao grupo de TE, como parte do tratamento espiritual.

GRUPOS MEDIÚNICOS ORIENTADOS PARA CURA As pessoas atendidas pelos 03 grupos orientados à cura estão incluídas no

número do item anterior.

GRUPOS MEDIÚNICOS DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL Os grupos de assistência espiritual não fazem registros de atendimentos

LOCADORA / BIBLIOTECA - adquiridos 537 obras, por compra e doações - acervo atual: 4.171 livros – movimentação 2.493 locações de livros e 133 de fitas VHS – a equipe da locadora contou com 6 voluntários, sob a coordenação de Valdenir

Nascimento da Silva. - Atividades principais: escolha de livros a serem adquiridos, mediante análise da

procura de obras pelos usuários; pedido às editoras e distribuidoras; registro no livro-tombo das obras compradas e recebidas por doação; aplicação de carimbo, elaboração de fichas e restauração de livros.

ATENÇÃO ÀS GESTANTES E CARENTES

Confeccionados e distribuídos ao longo do ano 297 enxovais para bebês (em 2007/176).

Arrecadadas e distribuídas 780 cestas básicas durante o ano (em 2007/670).

Conserto, recuperação e distribuição de roupa e sapatos usados.

Na festa de final de ano foram distribuídos 200 brinquedos, cachorro quente, refrigerante, balas, panetones e latas de frutas em calda.

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9. CENTRO ESPÍRITA IRMÃO ERASTO

Histórico

Menos de um ano após a fundação da SERTE, foi criado um pequeno núcleo

de atividades espirituais, o qual assumiu em pouco tempo as funções de um centro espírita. Esse dia era 23 de setembro de 1957.

As atividades espirituais garantiam a estabilização vibratória das obras sociais que viriam.

Iniciou numa humílima casa de madeira, pequena, porém imensa espiritualmente e repleta de entidades protetoras até hoje. As atividades deixaram a pequena construção e se transferiram para um setor do Lar os Velhinhos, ali permanecendo até março de 2007. Ao longo do tempo, outras atividades foram sendo criadas, na medida em que a população dos trabalhadores ia crescendo. Grande parte dessas atividades ocorria em um setor de outra obra social, o Educandário Lar de Jesus.

Por esforço conjunto dos companheiros que trabalhavam nessa Casa, foi construído um novo templo, amplo, moderno e adequado às funções.

Entretanto, muitos obreiros preferiram estabelecer outra casa e o número de colaboradores, bem como de atividades baixou consideravelmente. Trabalhos Realizados

ATIVIDADES ATENDIMENTO

Doutrinárias quartas- feiras

Doutrinárias sábados

Grupo de Estudos da Doutrina Espírita

Grupo de Estudos da Mediunidade

Grupo de Desenvolvimento da Mediunidade

Fluidoterapia

Evangelização

Curso para passistas

Curso de Irradiadores

62 pessoas em média

68 pessoas em média

12 pessoas

09 pessoas

12 pessoas

45 pessoas atendidas

17 crianças

21 pessoas participaram

09 pessoas participaram

Outras atividades serão implantadas, à medida do possível, tendo em vista o

número reduzido de colaboradores.

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Fotos atuais CEIE

Espaço frontal – Hall de entrada

Espaço lateral – entrada secundária

Page 102: Relatório atividades-2007-SERTE

10. CENTRO DE PROFISSIONALIZAÇÃO, ESPORTE, LAZER E CULTURA – CEPELC

O CEPELC veio substituir o COPTA – Centro de Orientação Profissional e

Treinamento Agrícola, criado pela SERTE em meados de 1970. As atividades do CEPELC iniciaram em junho de 2006 e, na medida do possível,

vem cumprindo as determinações de seus Estatutos Sociais. Lutamos com muita garra para superar as dificuldades que são muitas, especialmente no tocante a espaço físico para a realização de cursos profissionalizantes.

Quase todos os recursos, provenientes de eventos e almoços, são destinados à construção de um galpão que abrigará o brechó (na parte térrea) e o CEPELC (no segundo pavimento), sendo pois, patrimônio da SERTE.

Tão logo o galpão fique pronto, 50% dos recursos arrecadados serão destinados ao Lar dos idosos e Lar das Crianças e o restante deverá ser aplicado na melhoria das instalações do CEPELC, tais como quadra de esporte com arquibancada coberta, equipamentos necessários aos cursos (máquinas de costura, mesas, armários, utensílios, eletrodomésticos e outros).

O Plano de Trabalho para 2008 prevê: término do galpão; continuidade dos cursos programados; realização de eventos e almoços habituais; contratação de firma especializada para realizar a EXPOSERTE (no Beiramar Shoping); busca de recursos para término da quadra de esportes; reabertura do CENTRO DE MEMÓRIAS da SERTE Irmão Nelito; e, se possível, início das obras do RECREIO DOS MANTENEDORES. ATIVIDADES DE 2007

PESQUISA – Realizamos uma pesquisa comunitária colhendo opções e contatamos com o SENAC, o qual se propôs a realizar cerca de vinte cursos, desde que tenhamos o local apropriado e um ou mais intervenientes. O CEPELC fornece a relação de alunos e o SENAC se encarrega de fornecer todo o material e pagar os professores, como também dará os certificados, o que é muito importante para que o interessado ingresse no mercado de trabalho.

CURSOS REALIZADOS – Foram realizados pelo CEPELC: (a) culinária básica (SENAC), pintura em tela, bijuteria, informática, cancã cigana, dança árabe, yoga, tai-yoga, massoterapia e teatro. Estes cursos, antes instalados na casa de madeira onde nasceu o trabalho social da SERTE, em agosto, passaram a ocupar o salão, de 117 m2, parte já construída do galpão que, como se disse, abrigará o brechó e o CEPELC.

BAZAR COMUNITÁRIO – A referida casa de madeira foi demolida, pois se encontrava em péssimas condições e quase nada pôde ser aproveitado. Fizemos uma campanha e, no dia 23 de setembro, data do cinqüentenário da fundação do Centro Espírita e do serviço comunitário de Cachoeira do Bom Jesus, inauguramos o novo Ranchinho dos Trabalhadores do Espaço, ao lado da sala de administração do CEPELC, defronte ao galpão social. O prédio agora está abrigando o Bazar Comunitário (na parte de madeira) e a sala de pintura em tela (parte de alvenaria). O valor total da obra foi de R$ 23 mil reais.

MUSEU IRMÃO NELITO – Quando construímos o novo Ranchinho dos Trabalhadores do Espaço fizemos uma parte de madeira, para o Bazar Comunitário Irmão Demóstenes, e uma sala de alvenaria destinada ao Museu, cujas peças encontram-se encaixotadas, aguardando novo local. Entretanto, em virtude da urgência de se instalar a sala do curso de pintura em tela, realizado pelo Irmão Milton Ascendino Pereira, em lugar apropriado, resolvemos ocupar a parte de alvenaria do

Page 103: Relatório atividades-2007-SERTE

Ranchinho para esse fim e o Museu aguarda oportunidade para instalar-se definitivamente.

GALPÃO SOCIAL – O galpão social, onde são realizados os habitais almoços e alguns eventos, está necessitando de uma boa reforma, especialmente troca do telhado, mudança de churrasqueira e transferência da entrada do banheiro masculino para a sala ao lado. A renda dos próximos almoços será destinada para esse fim.

GALPÃO BRECHÓ/CEPELC – A construção desse prédio está paralisada em face da falta de recursos financeiros, porém terá continuidade tão logo tenhamos possibilidade, permitindo que as dependências do brechó, ora no prédio do Educandário Lar de Jesus, sejam utilizadas para outros fins e também para que tenhamos local para os cursos profissionalizantes.

GRUPO DE CONVIVÊNCIA – Programados para o mês demarco de 2008, o início das atividades desse setor, cuja coordenadora é a Sra. Lúcia Helena, professora de Yoga há quase dois anos e que costuma trabalhar com a comunidade. O Grupo tem por finalidade congregar a comunidade para um trabalho conjunto , uma espécie de cooperativa, que permitirá maior entrosamento entre as participantes e a possibilidade de trocarem experiências e também executarem tarefa que permitirão engrossar o orçamento doméstico, além de lhes proporcionar tardes de lazer, inclusive utilizando a biblioteca que em breve será instalada no salão.

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11. MEIO AMBIENTE E PATRIMONIO

A SERTE está presente na comunidade de Cachoeira do bom Jesus há cinqüenta anos, transmitindo a base de sua Doutrina, que é a educação, por intermédio de seus cursos ou mesmo da ação do Educandário Lar de Jesus, já que mais de quatro mil crianças passou pela sua creche e pré-escola.

A sede de suas Obras Sociais encontra-se instalada em área de 550 mil m2, devidamente unificadas no Cartório de Registro de Imóveis.

Na relação patrimônio ambiental e Educação, a SERTE tem acompanhado o desenvolvimento da região e vem se preocupando com o uso dos recursos naturais, especialmente os hídricos, e neste sentido busca alcançar benefícios a curto e médio prazo à comunidade.

Esta atividade relacionada ao Meio Ambiente encontra-se sob a responsabilidade do Gabinete da Presidência, até que um estabelecimento específico seja criado, com o propósito de dinamizar o setor. RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL

A SERTE dispõe de cinco áreas de terras, localizadas na Cachoeira do Bom

Jesus, ao final da Rua Progresso (sobe o Morro que divisa Cachoeira dos Ingleses, alcança o cume e desce alguns metros pelo lado dos Ingleses).

Estas áreas, que se encontra em sua posse, têm mais de quarenta anos, possuindo as seguintes medições:

1° de 1.621,17 m2,

2° de 32.370,47 m2,

3° de 76.184,01m2,

4° de 11.105,64 m2 e o

5° com 7.068,88 m2. Parte desta área, que é de preservação permanente (APP), existe três

nascentes de água potável e uma represa. Um dos objetivos da SERTE é desenvolver ações positivas junto ao Meio

Ambiente, e para isso faz-se necessária a preservação das nascentes e dos estudos das ações específicas para preservação das mesmas.

É vital para a sobrevivência daquele ambiente natural a avaliação das condições em que se encontram as espécies da mata ciliar e levantamento das espécies nativas protegidas por lei, evitando o extrativismo que acontece na região pelos moradores locais – o corte de palmito ainda é verificado.

Com objetivo de realizar ações, de modo que possa transformar as áreas citadas em "RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL", a SERTE entende necessária a realização de quatro frentes de trabalho:

a) Estabelecimento de um conjunto de iniciativas visando a preservação das fontes de

águas e a utilização adequada da represa local, hoje utilizada como área de lazer para muitos adolescentes da comunidade;

b) Demarcação das áreas citadas, com confrontações e histórico; c) Avaliação para a necessidade de recuperação das áreas em questão; d) Ação Judicial de Usucapião

Mas, para alcançar este objetivo maior da SERTE, transformando estas áreas em "RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL" , faz-se necessária a obtenção de recursos financeiros, hoje indisponíveis na Sociedade, que ainda luta

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para manter seus 80 idosos e 25 crianças abrigados, 120 crianças em Creche, entre outras variadas ações assistenciais.

Em razão do exposto, a SERTE consultou a Coordenação do "FUNDO DE RECONSTITUIÇÃO DOS BENS LESADOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA", sobre a possibilidade de colaboração no financiamento das ações anteriormente descritas, que exigem pagamento de:

Conclusão dos levantamentos topográficos;

Descrição das espécies nativas existentes;

Descrição da situação em que se encontram as fontes de água potável, e emissão de laudo técnico para manutenção e recuperação;

Demarcação definitiva da área com cercas adequadas;

Assessoria Jurídica para regularização da posse mediante a Ação Judicial de Usucapião. Caso o Projeto venha a ser aprovado, a SERTE terá à disposição uma cifra

de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) que poderá garantir sua execução.

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12. CENTRO DE MEMÓRIAS (Memorial)

O memorial foi inaugurado em dezembro de 2006. Os documentos estão organizados por entradas de assuntos e estas entradas possuem cores distintas, para melhor visualização. Há documentos organizados em caixas e também em arquivos de metal.

OBJETIVO

Proporcionar, resgatar, preservar e contar um pouco da história da instituição

e da comunidade do entorno.

DADOS FOTOGRÁFICOS Os registros fotográficos apresentam grande importância como objeto

evocador de memória, graças à imediata relação da imagem fotográfica com a retomada de informações sobre um momento passado.

O Memorial fotográfico da SERTE proporciona resgatar, preservar e contar um pouco a história da instituição. Nesta perspectiva, acredita-se que com a disponibilização deste acervo fotográfico, se oportunize a sensibilização para a defesa do patrimônio sócio–cultural da entidade, que sugere um elemento essencial para a memória: a identidade.

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13. BRECHÓ

No processo de seleção de roupas e móveis doados, uma parte é direcionada para o Almoxarifado dos Lares (Idoso e Criança) e outra é encaminhada para o Brechó.

Junto ao Brechó funciona o centro de triagem das roupas e objetos doados à SERTE.

No ano de 2006 as atividades do Brechó (Dna Nilza Pacheco Bastos) possibilitaram à SERTE uma arrecadação financeira de R$ 58 mil reais. O Brechó Infantil (Dna Adelia Pereira) rendeu o valor de R$ 13 mil reais. Os recursos financeiros obtidos foram direcionados especialmente para pagamento das despesas com matéria prima, visando a confecção de fraldas para idosos e crianças, atividade realizada por voluntários. BENEFÍCIO A ENTIDADES CO-IRMÃS Gente Amiga Centro Espírita Caravaneiros da Luz Centro Espírita Seara do Amor Presídio de Florianópolis Brechó Adulto e Móveis

O resultado financeiro obtido neste exercício de 2007 foi R$ 79 mil reais, ou seja, 37,04% superior em comparação ao do ano passado. A venda dos produtos da Receita Federal foi significativa.

O lucro obtido pela venda de roupas, móveis e objetos usados teve um decréscimo, atingindo respectivamente, 12,9% e 0,06%.

O Brechó no Largo da Alfândega, que permitia significativa arrecadação anual, teve um decréscimo obtendo a margem de 39,53%, em 2007, nos meses de Maio a Dezembro. Neste 2008 corre o risco, por decisão do IPHAN, de deixar de existir. Articulações estão sendo feitas pela Dna. Nilza Pacheco Bastos para que seja revertida esta situação.

“EIS QUE O SEMEADOR SAIU A SEMEAR”. Jesus (Mateus, 13:03).

Brechó Infantil

Durante o ano de 2007 recebemos muitas doações como roupas, brinquedos, calçados, material escolar, produtos de higiene, camas, carrinhos para bebês, roupas para bebês e outros utensílios. Uma parte desta doação foi utilizada no lar, pelas crianças, outra parte foi doada para outras instituições e pessoas carentes, e, uma terceira parte, foi vendida no brechó infantil. Este dinheiro foi entregue mensalmente na secretaria da Serte visando suprir as necessidades do Lar das Crianças. Também contribuímos com o Educandário em tudo que nos é solicitado.

Recebemos algumas doações em dinheiro de pessoas amigas que vivenciam nosso trabalho e dedicação neste lar. Estas doações foram utilizadas nas reformas de banheiro, troca de portas internas da lavanderia, aumento do muro com tela para maior segurança, compras de moveis e utensílios.

Neste ano tivemos também uma grande ajuda da nossa amiga Regina Gonzaga Sampaio, que contribuiu para liberação de artigos da Receita Federal. A

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venda destes artigos nos rendeu uma boa soma de dinheiro que foi utilizada nas despesas do lar e boa parte foi depositada junto à renda do Brechó.

Dentre os produtos adquiridos com tais recursos temos: 01 geladeira, 03 armários de aço, 01 máquina de lavar roupa, 02 guarda-roupas.

O valor bruto arrecadado totalizou: R$ 30 mil reais.

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14. LIVRARIA DA SERTE A Livraria Espírita da SERTE, vinculada ao CENTRO ESPÍRITA ALLAN

KARDEC, foi fundada em 1975, com o nome de Barraca do Artesanato, nas proximidades da Praça XV, e oferece uma imensa variedade de obras a um preço acessível ao público em geral, com o objetivo de divulgar a Literatura Espírita. Desde 2003, a prática de trabalho na Livraria foi alterada.

A Livraria se tornou um centro de divulgação da Doutrina Espírita e de articulação do Movimento Espírita na Região do CRE-1 e CRE-14.

Além dessas atividades, a Livraria da SERTE:

- repassa recursos financeiros para as Obras Assistenciais da SERTE - orienta literaturas e faz pesquisas para grupos de estudo, clientes e novas

Casas Espíritas - divulga lançamentos de livros - atende pedidos por encomendas - realiza promoções - participa de Feiras de Livros - recebe e distribui correspondências do CRE 1 e CRE 14 para as demais Casas

e auxilia na divulgação de eventos - efetua vendas através da Livraria Virtual

Atualmente a Livraria da SERTE está localizada no Largo da Alfândega e

atende das 9h às 18h - Fone (48) 3224-2651. TABELA 40 - RECEITAS E DESPESAS LIVRARIA DA SERTE – Ano 2000 a 2007

ANO RECEITA DESPESA

2000 92.056,73 70.156,38

2001 101.113,54 92.374,57

2002 13.357,48 12.376,79

2003 108.007,80 110.177,47

2004 149.808,67 118.791,67

2005 198.699,45 144.642,26

2006 247.255,48 226.792,88*

2007 265.639,03 158.870,49

Observações: 1) Em 2006, foram considerados os valores com salário dos empregados e os encargos sociais, além de algumas outras despesas. 2) Em 2005, não foram considerados os valores da folha de pagamento, constatando-se portanto, a discrepância no histórico dos valores.

VENDAS COM CARTÕES DE CRÉDITO (Meta para 2008)

2007 VISA REDECARD

Janeiro a Dezembro 57.234,90 40.210,80

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ESTOQUE (01.01.2007)

Número de Livros Valor

6.099 60.419,72

ESTOQUE em ( 31.12.2007 )

Número de Livros Valor

5.162 R$ 59.906,79

1º lugar nas VENDAS: Obras Básicas 2º lugar nas VENDAS: Romances Destaque: Sermão da Montanha – Huberto Hohden

LIVROS MAIS VENDIDOS AUTOR QuantIdade

O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec 663

O Livro dos Espíritos Allan Kardec 453

O Livro dos Médiuns Allan Kardec 180

Nosso Lar Francisco Xavier 119

Gotas de Esperança Lourival Lopes 108

Minutos de Sabedoria C. Pastorino 99

O Amanhã a Deus Pertence Zibia Gasparetto 86

Exilados por Amor Sandra Carneiro 64

Sempre Existe Uma Razão Elisa Masselli 51

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15. TRABALHO VOLUNTÁRIO

Introdução O trabalho voluntário no Brasil nasceu incentivado pela religião e era

realizado principalmente por mulheres, nas Casas de Misericórdia. Nos anos 80, com advento do neoliberalismo, diminuíram-se os investimentos

na assistência social, agravando ainda mais as desigualdades e problemas sociais. A partir da década de 90, o voluntariado cresce em consciência e em

quantidade de adesões, ganhando força principalmente após a criação do programa voluntários, da comunidade solidária no ano de 1996.

Em 18 de fevereiro de 1998 o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei 9608/98, segundo o qual, o serviço voluntário consiste em uma atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada, sem fins lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.

A lei determina ainda, que “o serviço voluntário será exercido mediante termo de adesão entre a entidade publica ou privada e o prestador voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício”.

No ano de 2001 foi proclamado pela assembléia geral das Nações Unidas como o ano internacional dos voluntários com apoio de 123 países e foi instituído o dia 5 de dezembro para celebrar este trabalho que reúne cada vez mais interessados em realizá-lo. Foram criados e desenvolvidos programas e projetos, onde a mídia promoveu espaços de divulgação para o assunto propiciando o interesse da comunidade em geral.

A partir deste ano houve significativo aumento de voluntários na SERTE. Diante desta realidade surgiu a necessidade de se criar uma coordenação para receber, orientar e supervisionar o trabalho destas pessoas que se dispõem a contribuir voluntariamente.

Hoje, esta casa possui um profissional Assistente Social, responsável pela coordenação do trabalho e outro responsável pela supervisão deste, sendo desenvolvido no Lar das crianças, no Lar dos idosos e Educandário.

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O Trabalho Voluntário

O trabalho voluntário consiste em ações que proporcionam oportunidades

para que todos se desenvolvam como cidadãos atuantes, com base em valores humanos.

Segundo a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade, doando seu tempo e conhecimentos, realiza trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político e emocional.

Fazem parte das ações do trabalho voluntário:

a) Comemoração dos aniversariantes do mês: a supervisora do trabalho voluntário presenteia os funcionários que aniversariam no mês. É feita a comemoração, com balões, bolos e salgados, oportunidade em que se promove uma boa integração entre os funcionários. Fica em frente à sala do trabalho voluntário um quadro contendo o nome dos idosos e funcionários aniversariantes do mês para que todos possam visualizar e dar o seu abraço no dia, numa demonstração de carinho e amizade.

b) Eventos Internos e festas: divulgação, elaboração e execução da decoração, sob a dedicação da voluntária Elza Gomes, por ocasião da Páscoa, Natal, Ano novo, e outras datas, cuja criatividade vem enfeitando o lar dos idosos e das crianças.

c) Eventos Externos: realização da vibrante festa cigana no mês de Abril cuja renda é revertida para a instituição.

d) Apadrinhamento afetivo: propicia ao idoso um apoio emocional e suporte afetivo. Nas datas especiais como aniversário, Páscoa, Natal, Reveillon poderão contar com a presença amiga de seus padrinhos ou madrinhas para lhes oferecer um carinho, um abraço, um presente simbólico.

e) Plantão do amor: atenção especial aos idosos acamados pelos 11 voluntários cadastrados.

f) Tarde gulosa: desenvolvido em todas as segundas-feiras, proporcionando aos idosos um lanche gostoso e diversificado no café da tarde.

g) Quadro de Doações: posicionado no corredor para nele serem anotadas as necessidades diárias da casa para aqueles que ao visitarem a instituição quiserem colaborar.

h) Quadro do Trabalho Voluntário: instrumento de divulgação das notícias do trabalho voluntário da SERTE, do IVA (Instituto Voluntários em Ação) mensagens reflexivas, fotos de eventos, cursos, etc.

O trabalho voluntário também faz o acompanhamento dos bolsistas

beneficiados pelo do artigo 170 da Constituição do Estado de Santa Catarina. O acadêmico que recebe esse benefício tem a obtenção ou renovação da bolsa condicionada à prestação de serviço voluntário nos termos da lei federal, o qual poderá realizar 20 horas semestrais em instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos. Atualmente recebemos cerca de 4 alunos solicitando a prestação de serviços voluntários na Serte. Atendemos a Unisul, Univali e ultimamente a Assesc, incentivada pelo programa da Secretaria de Educação que também está enviando bolsistas que atuam junto aos voluntários nas diversas áreas.

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O trabalho voluntário é cada vez mais uma via de mão dupla, não só de generosidade e doação, mas também abertura a novas experiências, oportunidade de aprendizado, estabelecimento de novos vínculos. Todos podem contribuir a partir da idéia de que “o que cada um faz bem pode fazer bem a alguém.” O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar e o prazer de sentir útil.

O voluntariado que nasce do encontro da solidariedade com a cidadania exprime a capacidade da sociedade de assumir responsabilidades e de agir por si mesmo.

EDUCANDÁRIO Cerca de 08 voluntários trabalham nas atividades de recreação, auxiliar de

classe, biblioteca, jardinagem. LAR DAS CRIANÇAS Cerca de 27 voluntários atuando em atividades lúdicas, rotina da casa, reforço

escolar , suporte, evangelização. Alguns colaboram também com doações. LAR DOS VELHINHOS Cerca de 59 voluntários em atividades de auxílio aos cuidadores, atenção aos

idosos, atendimento mediúnico, evangelização, dança, atenção aos idosos acamados. CASIL: Terapias Complementares – Cerca de 11 voluntários atuam nas terapias complementares tais como: Reik,

floral, acupuntura, massoterapia, do-in complementando o trabalho da outras áreas de saúde já existentes na Instituição.

Têm-se observado grandes progressos nesta área. ODONTOLOGIA Realizado por 05 voluntários profissionais na área de odontologia que buscam

amenizar o sofrimento bucal dos idosos e/ou crianças promovendo a prevenção e tratamento curativo.

PODOLOGIA Realizado por um profissional da área que trata dos problemas relacionados a

unha encravada, olho de peixe, infecção e correção de unhas, pedicure, pé diabético, etc.

AUXÍLIO AO CUIDADOR Um voluntário formado em técnico de enfermagem auxilia aos funcionários

nos cuidados referentes ao idoso, tais como: troca de roupa, auxílio na alimentação, etc.

Todos os voluntários que atuam no Casil são profissionais na área e

apresentam na assinatura do termo de adesão o certificado referente ao trabalho que desenvolvem.

ROUPARIA 07 voluntárias costuram, reformam, consertam e arrumam as roupas dos

idosos, ajudando também nas reformas executadas na casa. Todas as roupas são discriminadas por tamanho (P – M – G) e estação de inverno e verão.

FRALDÁRIO

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Grupo de 13 voluntários fazem fraldas para os idosos e um grupo de 05 voluntários fazem fraldas para as crianças, totalizando uma produção semanal de 2000 para o Lar dos Idosos e 250 para o Lar das Crianças.

CEPELC – Centro de Profissionalização, Esporte, Lazer e Cultura. Resgatando o aprendizado como forma de crescimento, proporcionando

opções de trabalho para a comunidade, o CEPELC conta com 12 voluntários ensinando Tay Yoga, Reik, artesanato, pintura em tela, culinária, espanhol e dança, entre outras.

ALMOÇO FRATERNO Realizado no primeiro domingo de cada mês, confraternizando, ajudando a

manter a SERTE e saboreando o já tradicional galeto, que conta com 17 voluntários para ajudam a preparar e servir o almoço.

BRECHÓ 06 voluntários atuam no brechó fazendo a triagem das doações e

posteriormente a venda para a comunidade. Temos o brechó de roupas infantil e adulto e também o de móveis. Mensalmente o brechó de roupas expõe para venda na Alfândega.

SALÃO DE BELEZA Voluntários fazendo os idosos se sentirem mais bonitos, melhorando suas

aparências e muitas vezes aumentando sua auto-estima. Neste trabalho contamos com a participação de 03 voluntários .

Diagnóstico Situacional

Inicialmente, conversamos com os responsáveis dos diversos setores para

que possam elencar a necessidade do trabalho voluntário. O voluntário que chega à instituição é recebido e passa por uma entrevista

com a coordenadora do trabalho voluntário que verificará seu potencial e sua disponibilidade. Após, é preenchido o termo de adesão, que representa uma maneira de formalizar a relação entre a pessoa e a entidade voluntária. Em seguida é encaminhado à coordenação no qual irá atuar, e lhe será posteriormente, apresentado a casa, seus moradores, funcionários e demais voluntários.

É providenciado o crachá do voluntário que o retira quando chega e devolve ao sair na recepção, pois consideramos de extrema importância a identificação dos voluntários que adentram nas dependências da SERTE. Em seguida é feito sua inclusão na folha de freqüência do trabalho voluntário na área em que irá atuar.

A partir de 01 de novembro de2007, elaboramos uma planilha (Anexo I) para controle da freqüência do trabalho voluntário dos setores: Lar dos idosos, Lar das crianças, Casil, Fraldário e Educandário, cujo objetivo é verificar assiduidade e o resultado desta prestação de serviço voluntário. Ao final de cada mês este controle é encaminhado à Coordenação do Trabalho voluntário para compilação dos dados e posteriormente repassado ao departamento de contabilidade.

O registro da freqüência do trabalho voluntário do Lar dos Idosos, Lar das Crianças e Casil fica na recepção; a do Educandário e Fraldário, fica em seus respectivos locais.

É feito o agendamento do voluntário para orientação que é realizada trimestralmente com a participação dos demais técnicos da Instituição.

Com intuito de melhor elucidarmos as normas do trabalho voluntário na instituição, elaboramos uma cartilha contendo um breve relato da Serte, direitos e responsabilidades do voluntário, perfil do voluntário e as normas para a realização

Page 115: Relatório atividades-2007-SERTE

deste trabalho. Junto desta cartilha será colocado um e-mail específico para o trabalho voluntário ([email protected]) que servirá de ligação entre estes e a instituição. GRÁFICO 28 - Desenvolvimento do Trabalho Voluntário na SERTE

No gráfico anterior não foram incluídos no número total de voluntários, os

trabalhadores dos Centros Espíritas Irmão Erasto e Allan Kardek.

Objetivos da Coordenação

● Planejar e supervisionar o trabalho voluntário no Lar dos Idosos, Lar das

Crianças e Educandário. ● Recepcionar cordialmente o voluntário que chega, apresentando à

Instituição e esclarecendo a importância do trabalho voluntário; ● Ampliar o número de voluntários, buscando aquele que se enquadra no

perfil do voluntário da Instituição: amor, respeito, tolerância, atitude solidária, discrição, ética, criatividade, motivação, comprometimento, assiduidade, iniciativa, paciência, linguagem clara, cordial e acessível, trabalho em equipe, capacidade de adaptação e aprendizagem;

● Encaminhar e orientar o voluntário no trabalho que irá desenvolver, fazendo com que tenha as informações necessárias para realizá-lo;

● Manter o clima de cooperação, união e solidariedade entre os voluntários, funcionários e idosos e/ou crianças propiciando a integração entre os mesmos;

● Avaliar os resultados do trabalho voluntário ● Promover a interdisciplinaridade visando melhorar a comunicação e a

integração na Instituição; ● Identificar através de crachás todos os voluntários; ● Fazer com que o trabalho voluntário seja devidamente reconhecido pelos

funcionários, colocando-os como parceiros de equipe e não competidores de seu trabalho;

● Estimular os voluntários para o desempenho de suas funções; ● Apreciar as idéias e projetos de trabalho trazidos pelos voluntários.

Page 116: Relatório atividades-2007-SERTE

Prognóstico

O trabalho voluntário tem se tornado um importante fator de crescimento das

organizações do terceiro setor. Atualmente existem diversas organizações que se utilizam do trabalho

voluntário de milhares de pessoas, não só no Brasil como também em todo mundo. Há uma tendência mundial de crescimento do trabalho voluntário, motivos que

colaboram para isso, são: o desejo das pessoas se sentirem úteis, em querer apoiar causas que julguem importantes, além da vontade de ajudar, de obter reconhecimento de que contribuem para melhorar as condições de vida de outros seres humanos. O próprio aumento da expectativa de vida em nosso país disponibiliza mais tempo para o voluntariado.

Existem aspectos importantes e que devem ser observados em qualquer lugar onde se desenvolva trabalho voluntário, tais como: ter o cuidado de não abandonar o voluntário á sua sorte dentro da instituição; conservar o voluntário sempre ocupado, com entusiasmo se possível; reconhecer o mérito de seus trabalhos ou participações; tomar iniciativas no sentido de valorizar o trabalho do voluntário; fazer sentir que eles são importantes para a organização e para a causa em questão; dispensar aos voluntários a devida estima e consideração. Para tanto, a orientação aos voluntários que chegam a Instituição é um instrumento fundamental. A partir deste ano de 2008, esta orientação será apresentada em vídeo onde será mostrado à instituição, sua missão, história, condição atual, objetivos, direitos e deveres dos voluntários, todas as frentes de trabalho voluntário (Lar dos Idosos, Lar das Crianças, Educandário, Casil, Brechó, Fraldário, Rouparia e CEPELC). Em seguida é distribuída a Cartilha do voluntário juntamente com folder da Serte.

Outro fator de relevância é termos conhecimento sobre as pessoas que desenvolvem trabalho voluntário. Diante disto elaboramos um documento (ver anexo V) que poderá nos fornecer o perfil do voluntário. Também acrescentamos um novo item ao termo de adesão para sabermos qual o veículo (jornal, televisão, amigos, outros...) que as levaram a tomar conhecimento sobre a Instituição.

Estamos em fase de elaboração de um projeto de laborterapia onde uma voluntária irá ensinar aos idosos trabalhos em argila. Será destinado um dia na semana e acontecerá na sala de atividades.

Em decorrência do período de férias observamos um decréscimo no número de voluntários, portanto a partir do mês de março começaremos a resgatar o projeto do apadrinhamento afetivo fazendo divulgação em nossos murais com o objetivo de conseguir apadrinhar todos os idosos.

As instituições devem ver nos voluntários um recurso precioso para ampliação e aprimoramento de sua ação, e cuidar para estabelecer com eles um relacionamento norteado por princípios estruturados na gestão do trabalho social.

O trabalho voluntário aliado ao comprometimento com a prática da cidadania ajuda a sociedade a encontrar saídas para um mundo melhor.

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16. RECURSOS HUMANOS

O setor de Recursos Humanos participa e assessora os processos de entrada dos trabalhadores na SERTE, desde que surge a necessidade incluindo a captação e o registro do mesmo, o acompanhamento durante o período laborativo e também no desligamento do funcionário.

Em 2007, com o meu ingresso a partir do mês de outubro, além de dar andamento ao que já havia se iniciado, foram tomadas várias iniciativas com o objetivo de organizar as atividades de Recursos Humanos e Rotinas de Pessoal. No primeiro momento, pelas exigências legais, iniciamos a avaliação das providências que estavam sendo tomadas com relação às atividades operacionais e legais: folha de pagamento, registro do ponto dos funcionários, admissões, demissões, afastamentos, e toda a rotina. Mesmo parecendo uma burocracia muito grande, precisa de muita atenção quanto aos detalhes, para não incorrer em sanções indisciplinares, multas ou responsabilidade por algum infortúnio com um funcionário, para que possamos nos resguardar de situações de risco, com cuidado redobrado considerando a escassez de nossos recursos.

Dentre muitos questionamentos, verificamos a necessidade de padronizar alguns procedimentos, e regulamentar outros, verificando junto à Presidência qual diretriz a ser tomada para atender aos objetivos da SERTE: PROGRAMAS DE MEDICINA DO TRABALHO: No final de 2007, os programas de medicina do trabalho abaixo descritos, foram atualizados por empresa especializada Médico do Trabalho e Engenheiro de Segurança do Trabalho:

LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho;

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;

PSMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; Com estes relatórios desenvolveremos atitudes de ordem administrativas em

conjunto com Recursos Humanos, dentro da vigência de um ano para, baseados na legislação do Ministério do Trabalho utilizar os subsídios neles indicados para educar os colaboradores e prevenir acidentes de trabalho, bem como de acompanhar a saúde do trabalhador, e ainda melhorar as condições salubres de trabalho.

Em muitos casos dentro de uma instituição, a aplicação ou não do adicional por insalubridade implica diretamente nas condições que o trabalhador efetua o seu trabalho tornando-o insalubre. Em contrapartida, a educação e a conscientização para a utilização do Equipamento de Proteção (EPI) adequado devolvem a condição de trabalho saudável ao trabalhador. Além disso, o funcionário tem a certeza de que está provido com o cuidado necessário para a execução do trabalho que precisa realizar. DEMAIS AÇÕES:

ESCALA DE FÉRIAS: As programações de férias são baseadas em critérios de quantidade de empregados lotados em cada área, para não prejudicar o andamento da rotina suprindo quando necessário, com trabalhadores temporários para a cobertura das férias. Outro fator importante é a provisão financeira para o pagamento das férias, adequando conforme a necessidade legal. Dentro deste contexto, conseguimos atender às necessidades de descanso dos funcionários com o que a lei obriga.

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DEFINIÇÃO DE ROTINA DE SELEÇÃO, RECRUTAMENTO, CONTRATAÇÃO: onde os candidatos, mesmo os que tiveram alguma indicação, obrigatoriamente devem passar primeiramente pelo setor de Recursos Humanos, onde são cadastrados, avaliados e encaminhados para avaliação da chefia, e com o seu parecer favorável são encaminhados para avaliação do médico do trabalho que também define se o mesmo está apto e só então são contratados pelo período de experiência, conforme rege a legislação. Todas estas medidas garantem a boa relação de trabalho, a organização do serviço e sem riscos de uma contratação fora dos tramites legais.

REVISÃO DA UTILIZAÇÃO DO VALE TRANSPORTE: com nova emissão do Termo de Opção, pois alguns funcionários estavam utilizando o benefício do vale transporte, mas não tinham o devido desconto em folha, o que pode caracterizar adicional de salário. Para complementar, enquadramos os cartões os vales transportes dos funcionários dos programas dentro de suas respectivas unidades para que estas despesas fossem absorvidas pelos mesmos.

CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: O setor de recursos humanos por ter em seu poder os contratos de prestação de serviços vigentes, efetuou avaliação e acompanhamento das datas de vencimentos, para informação à Presidência;

CONTROLES DE HORÁRIOS: ratificamos as orientações aos funcionários com relação ao registro diário do ponto, trocas de plantões, atestados e pedidos de dispensa e saídas antecipadas por motivo de estudo, com o objetivo de conciliar sempre a necessidade assistencial da SERTE em primeiro lugar.

REVISÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO: relativa aos descontos dos impostos e encargos da Folha de Pagamento, bem como revisão das horas-extras, bonificações e gratificações pagas aos funcionários buscando adequá-las à realidade e necessidades da SERTE;

SUBSIDIOS PARA AVALIAÇÃO DAS CONTRATAÇÕES dentro das reais necessidades da SERTE, visto que a função de cuidador é constante e permanente para todos os idosos e crianças, tornando-se tão ou mais necessária do que a função de técnico de enfermagem que compromete-se com o tratamento e medicação dos idosos ou crianças convalescentes que necessitam de medicação e cuidado de enfermagem.

DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO DE VOLUNTÁRIOS dentro da SERTE, os quais precisam se desvincular da atividade voluntariada com a rescisão do Termo de Adesão de Voluntário primeiramente encerrando assim um período.

PROPOSTA DE TRABALHO PARA 2008

I. Dentro da perspectiva de Recursos Humanos, precisamos impulsionar e enfatizar o “relacionamento interpessoal” no ano de 2008, principalmente buscando uma atitude mais humana tanto no convívio entre os colaboradores, quanto no trato com nossos assistidos.

II. Revisar e implementar as atribuições de cada cargo dentro da instituição, delimitando suas responsabilidades.

III. Melhorar a maneira de recepcionarmos os novos funcionários, instituindo o dia da integração dos funcionários com a SERTE. Seria um dia de boas vindas, no qual o funcionário receberá informações sobre o que é a SERTE, assistirá o vídeo institucional e receberá as nossas diretrizes gerais, a missão e a visão, os deveres e as obrigações de cada um. Estimulando o seu sentimento de “pertencer” a uma família profissional.

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IV. Mas deve ser feito com um bom planejamento e organização, pois podemos fazer num grupo, periodicamente, por exemplo quinzenalmente conforme a quantidade de funcionários admitidos no mês.

V. Conforme proposta da Presidência, participar do desenvolvimento e implementação da Política das Atitudes, buscando despertar a essência cristã em todos colaboradores para assim, melhorar a harmonia geral da casa.

ESTATÍSTICA DE FUNCIONÁRIOS TABELA 41 - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR, ANOS 2001, 2003, 2007

CARGO 2001 2003 2007

Assessor de Recursos Humanos - - 1

Assistente Social 3 2 3

Contador - - 1

Enfermeira 2 1 2

Fisioterapeuta 1 - 1

Pedagoga 1 1 1

Psicologa - 1 1

Secretária Executiva 1 1 1

Terapeuta Ocupacional 1 - 1

TOTAL 09 06 12

TABELA 42 - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO E TÉCNICO, ANOS 2001, 2003, 2007

CARGO 2001 2003 2007

Agente Administrativo 1 2

Assistente Administrativo - - 2

Assistente de Direção 3 - -

Assistente Financeiro - - 1

Auxiliar de Classe 2 2 2

Auxiliar de Enfermagem 5 4 8

Secretária - - 1

Técnico de Enfermagem 5 8 10

TOTAL 16 16 24

TABELA 43 – COMPARATIVO ENTRE NÚMERO DE EMPREGADOS E SALÁRIO BASE, PERÍODO ENTRE 1994 E 2007

Ano/Agosto Nº Empregados Salários Base

1994 61 7.868,77

1995 66 16.214,24

1996 71 23.308,46

1997 77 30.624,49

1998 77 33.743,00

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1999 80 30.622,00

2000 76 32.527,70

2001 71 29.056,00

2002 76 27.997,88

2003 69 39.767,44

2004 71 43.895,94

2005 77 52.709,48

2006 85 55.673,31

2007 92 62.180,45

O aumento no salário base em 2003 ocorreu em virtude do Dissídio Coletivo 2001/2002 ter sido pago somente em 2003 e da Convenção Coletiva de Trabalho 2002/2003 também ter sido paga em 2003.

No quadro anterior podemos constatar que o salário-base, quer dizer, o

somatório dos salários individuais, sem encargos e horas extras, não tem variado significativamente, o que implica em afirmar a existência de um controle institucional sobre a conta salários. As variações existentes têm mais a ver com os acréscimos financeiros, decorrentes da Convencão Coletiva de Trabalho, anual.

ESTATÍSTICA DA RECEITA GERAL E DA DESPESA COM PESSOAL TABELA 44 - RECEITAS DO LAR DOS IDOSOS, EM 2007

RECURSO MUNICIPAL - 71 IDOSOS DEPENDENTES: R$ 26.017,24

RECURSO MUNICIPAL - 09 IDOSOS INDEPENDENTES: R$ 2.198,24

R$ 28.215,48

RECURSO FEDERAL - 71 IDOSOS DEPENDENTES: R$ 4.320,35

RECURSO FEDERAL - 09 IDOSOS INDEPENDENTES: R$ 377,19

R$ 4.697,54

VALOR MÉDIO RECEBIDO DA TELESC/L.V.: R$ 32.551,72

TOTAL DOS RECURSOS R$ 65.464,74

REVERTER BENEFÍCIO DOS 33 CURATELADOS R$12.540,00

TOTAL DAS RECEITAS R$ 78.004,74

TABELA 45 - RESUMO DA FOLHA DE PGTO DA ÁREA DE CUIDADOS DO IDOSO - ENFERMAGEM/APOIO TÉCNICO, EM 2007

ENFERMAGEM, SERVIÇO SOCIAL, PSICOLOGIA (32 funcionários) ago set out nov média

Salário base+ dif. Dissidio 19.471,03

21.860,99

20.711,37

22.885,29

22.885,29

Ad. Not.

1.215,14

1.723,78

1.425,81

1.265,14

1.407,47

Insalubridade

1.808,80

1.736,60

1.727,28

2.020,40

1.823,27

Page 121: Relatório atividades-2007-SERTE

Gratificação

300,00

300,00

Quinquenio

88,56

63,17

88,56

63,17

63,17

Sal. Familia

32,52

16,26

48,78

32,52

FGTS

1.823,81

2.357,56

2.086,85

2.368,07

2.159,07

VT

352,89

266,18

291,16

291,66

300,47

Total folha

24.792,75

28.024,54

26.331,03

29.242,51

28.971,26

ÁREA DE APOIO - CUSTOS ADICIONAIS (20 funcionários) ago set out nov média

Motorista Ambulância - 70% 567,25

638,44

641,61

593,37

610,17

Colaboradores Lavanderia - 70%

2.308,16

2.520,89

2.395,35

2.294,49

2.379,72

Colaboradores Zeladoria - 100% 2.834,77

3.096,62

3.516,42

3.421,65

3.217,37

Colaboradores Cozinha - 52% 2.875,07

3.195,43

2.960,15

2.994,57

3.006,31

Total H.Extras pagas

8.585,26

9.451,38

9.513,54

9.304,08

9.213,56

Horas Extraordinárias

ago set out nov média

H. E. 100%

779,02

3.277,32

852,70

3.167,75

2.019,20

H.E. 60%

120,83

214,92

302,99

227,04

216,44

DSR H.E.

150,62

768,89

603,37

696,70

554,89

Total H. Extras pagas

1.050,47

4.261,12

1.759,06

4.091,48

2.790,53

CUSTO MÉDIO DA FOLHA DE PAGAMENTO

- DO LAR DOS IDOSOS R$ 40.975,36

- DO LAR DA CRIANÇA R$ 16.482,59

- DO EDUCANDÁRIO

R$ 8.342,29

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17. FÓRUM DAS OBRAS SOCIAIS

O Fórum das Obras da Cachoeira, foi criado pela presidência da SERTE em

2003 com o intuito de oportunizar aos colaboradores (voluntários, sócios efetivos, funcionários e visitantes) um espaço de diálogo.

O Fórum tem múltiplos objetivos, destacando-se a criação e consolidação de um espaço aonde possamos construir e reforçar caminhos que contribuam para o diálogo, a troca de experiências e vivências, buscando explorar o advento de uma convivência que reconheça que todos estão intrinsecamente interligados. Ao mesmo tempo tomar consciência que motive atitudes no sentido de identificar os conflitos e conduzi-los com base no respeito, nos princípios de solidariedade, fraternidade, irmandade, justiça e amor ao próximo. Tendo como prioridade o atendimento qualitativo direcionado aos idosos e crianças.

Precisamos criar a "consciência coletiva da responsabilidade individual". E o Fórum das Obras é um espaço que certamente permite esse exercício.

A assistente social Fernanda Luz Maciel, assumiu a Coordenação do Fórum em junho de 2007. Anteriormente quem respondia era a assistente social Márcia Barbosa.

Os encontros aconteceram no início de cada mês, obedecendo uma agenda de eventos divulgada pela presidência no início do ano. O horário era das 13:30h às 14:30h. O Extrato de cada reunião foi repassado para o grupo de participantes, bem como para a presidência, sempre no dia seguinte ao encontro.

Vários assuntos surgiram como tema de diálogo. Significativos avanços em relação a entraves, a necessidade de comunicação mais ajustada entre os setores, a revisão de sistemáticas desenvolvidas, as funções de cada funcionário, a reflexão acerca de condutas, etc.

Abaixo, estará exposto um quadro que facilitará visualizar o “andamento” do Fórum no ano de 2007. TABELA 46

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04/07/07 01/08/07 06/09/07 07/10/07 28/11/07

13 pessoas LV, LC, ELJ, CASIL, CEPELC, Voluntariado, Cuidadores, Psicologia, Secretaria Executiva, CEVIC, Sócios Efetivos, Enfermagem

06 pessoas LV, LC, Voluntários, Sócios Efetivos, Cuidadores, Psicologia

Não houve encontro em função da coordenadora estar retornando de férias justamente nesta data. O que dificultou a articulação para a reunião.

08 pessoas LV, LC, Psicologia, Sócio Efetivo, Estagiária, Enfermagem, Voluntariado, Cuidador

Não houve em decorrência de uma festividade agendada para o mesmo dia. O que impediu a participação dos técnicos, voluntários, cuidadores e sócios efetivos, envolvidos na organização da festa.

15 pessoas LC, LV, ELJ, Sócio Efetivo, Voluntariado, Estagiaria, CASIL, Enfermagem, Recursos Humano, Secretaria Executiva, Cuidador, Psicologia

1. CEPELC 2. Manutenção LV 3. Saúde Idosos 4. Lavatório Salão de Beleza LV 5. Almoço / Refeitório 6. Estimulação Cognitiva 7. Work Shop 8. Informes

1. Revisão da pauta anterior 2. Função dos Setores 3. Fraldário 4. Informes

1. Despesas e Receitas 2. Regras para Voluntários 3. Recursos Humanos LV

1. Relógio Ponto 2. Horas Extras 3. Voluntariado 4. Funcionamento Cozinha 5. Recursos Humanos LV 6. Sala da Enfermagem 7Hora Especial p/Estudo 8. Informes

Os encaminhamentos decorrentes das deliberações a respeito de cada item de pauta apresentados na tabela anterior, constam descritos nos Extratos de Cada Reunião, devidamente arquivados, sob a responsabilidade da Coordenação do Fórum das Obras.

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18. ASSESSORIA JURÍDICA 1. Imóveis doados na localidade dos Ingleses

Em fevereiro deste ano, a SERTE foi contemplada com a doação de dois bens imóveis, no bairro dos Ingleses, realizada por uma estrangeira, Sra. Íris Klinger, que reside no Uruguai. Após o envio das documentações, tanto das casas quanto particulares da Doadora, foram realizadas uma série de traduções:

a) Procuração particular designando o Sr. Hélio Abreu Filho, presidente da

instituição beneficiada, como procurador da Sra. Íris Klinger para tratar da doação

das casas à SERTE, traduzido do Espanhol para Português;

b) Passaporte da Sra. Íris Klinger, traduzido do Inglês para Português;

c) Certidão de Nascimento, traduzido do Alemão para Português.

Todas as traduções foram realizadas por tradutores juramentados e registrados

no Cartório de Títulos e Documentos para que estes documentos possam ter validade no Brasil.

Em seguida foi realizado o Contrato de Doação. 2. Processo Notificação do Aeromodelismo

3. Processo de Indenização contra Omega Fraldas

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19. Eventos

Dos muitos eventos realizados, o que cabia uma notícia neste compendio, de breves relatos, é os 50 ANOS das Obras Assistenciais e do Centro Espírita Irmão Erasto (CEIE) ocorrido em Cachoeira do Bom Jesus, no dia 22 de setembro de 2007.

Demos preferência, desta feita, para a publicização das fotos dos nossos colaboradores e elas falam por si...

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III PARTE - Movimentações Financeiras

A SERTE, enquanto entidade filantrópica e assistencial recebe apoio da coletividade florianopolitana e catarinense desde a sua fundação em 1956.

Nos últimos oito anos, a arrecadação com mantenedores variou positivamente, dada a busca incessante da SERTE, por novos mantenedores. No período entre 2005 e 2007, os valores arrecadados apresentam significativo sucesso, decorrente da instalação do CALL CENTER. Este setor, encarrega-se de divulgar a SERTE nas residências, mediante contato telefônico. O quadro a seguir é representativo deste sucesso do CALL CENTER:

Arrecadação Financeira com Mantenedores - Setor de Captação

ANTERIOR AO CALL CENTER

DATA VALOR ENVIADO VALOR ARRECADADO VALOR FINAL

DEZEMBRO 2004 R$ 42.676,00 (4.100 Mantenedores)

R$ 39.608,00 R$ 37.485,16

APÓS O CALL CENTER

DEZEMBRO 2005 R$ 63.475,00 R$ 48.035,00 R$ 45.391,24

AGOSTO 2006 R$ 63.341,00 R$ 60.456,00 (6.701 Mantenedores)

R$ 57.215,78

AGOSTO 2007 R$ 61.972,00 R$ 58. 830,40 (5.889 Mantenedores)

R$ 58.607,49

A evolução do quadro total de mantenedores manteve-se, em 2007, por volta de

8.000 integrantes. O quatro total é formado pelos mantenedores via BrasilTelecom, via Celesc e carnê. Ocorreu uma diminuição de 812 colaboradores na doação via BrasilTelecom.

De outra parte, foi representativo o sucesso obtido com a Receita de Convênios. A Prefeitura Municipal de Florianópolis vem assumindo compromissos com as

ILPI’s (Instituições de Longa Permanência para Idosos) e o valor atual per capita situa-se em R$ 300,00 (trezentos reais) média/idoso/mês.

Estes dados e sua evolução histórica nos últimos oito anos encontram-se no quadro a seguir: Quadro Comparativo das Principais Receitas e a Conta Salários, período 1999 a 2007

Contas 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Mantenedores Brasiltelecom 337,5 386,3 440,3 443,4 478,5 456,8 525,6 684,2 703,1

Mantenedores Carnê 44,4 47,6 50 54,2 52,3 56,5 53,9 60,2 63,01

Convênios 74,3 103 111,4 153,8 198,1 180 229,4 486,4 512,1

Principais Receitas 456,2 536,9 601,7 651,4 728,9 690,7 808,9 1.230,8 1.278,1

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Despesa Principal

Salários 550,2 538,9 488,7 574,4 601,7 661,9 718,4 668,0 800,00

O número de empregado não tem crescido significativamente nos últimos anos,

embora a demanda dos atendimentos esteja em crescente (estamos aumentando o número de idosos abrigados para 80).

Conquanto possa parecer que este aumento de empregados possa representar um aumento no valor da folha de pagamentos, observa-se que a variação decorre principalmente de dois fatores:

(a) dissídios coletivos (percentual de aumento acima do INPC); e, (b) maior qualificação dos agentes (substituição de cuidadores por auxiliares de

enfermagem).

Historicamente, a Receita com Mantenedores Telesc (BRASILTELECOM) tem sido referência para garantir o pagamento dos salários na SERTE. O Gráfico 24 demonstra a evolução desta receita (1999-2007), cujos dados encontram-se na Tabela anterior. A evolução da despesa com salários (vermelho) vem se distanciando da receita com mantenedores (azul).

GRÁFICO 24

Se isto vier a perdurar ou vier a ficar acentuado, implicará em imediata

providência quanto a redução de empregados e do número de idosos assistidos. Mas como efetuar o pagamento das despesas trabalhistas e para onde deslocar os idosos (e quais instituições têm capacidade para esta absorção)? Estas são questões que preocupam a atual administração.

E se esta dificuldade é passível de ocorrer, e já ocorreu no passado, importante será a conquista de outras fontes de receita.

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Em 2006, a Prefeitura Municipal de Florianópolis veio a contribuir com valores substanciais que viabilizaram a manutenção da assistência praticada pela SERTE.

A presença da Prefeitura Municipal nesta parceria com a SERTE é representativa, bastando ver a variação positiva que ocasionou na Receita com Convênios, e seu reflexo sobre a variação nas Principais Receitas, conforme se constata na Tabela anterior.

GRÁFICO 25

Fica evidente, pela simples visualização do Gráfico 25 que, sem o apoio do

Governo, nos últimos dois anos, não teria sido possível garantir o atendimento das crianças e dos idosos assistidos pela SERTE.

E isto ocorre sem que se avalie ainda o impacto financeiro ocasionado pela nova dimensão e compreensão da caridade e da legislação em vigor.

Por fim, o Call Center tem contribuído substancialmente na recuperação da arrecadação financeira da SERTE, o que permite retomar para a busca da auto-sustentação. Mas, percebe-se, no Gráfico 24 que as despesas com salários encontram-se em fase de ascensão e as receitas com mantenedores em estabilização, com possível decréscimo a partir de 2007. CONCLUSÃO

De outra parte, a história das instituições do Terceiro Setor tem demonstrado que, sem a execução de um Plano de Desenvolvimento institucional, no caso da SERTE, envolvendo o seu patrimônio imóvel, será impossível vencer, no médio prazo, as pressões ambientais por aumento de qualidade e, conseqüentemente, dos custos operacionais.

A SERTE encontra-se impedida de cobrar por seus serviços (já que pretende manter sua filantropia), o que dificulta sua sobrevivência num mundo em constante mudança, o qual exige constante adaptação às exigências legais e culturais.

Desvincular-se, no momento, da parceria com o Governo não é recomendável, dada a complexidade dos agravos de saúde e o encarecimento dos custos institucionais por maior especialização.