radioterapia
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TRABALHO DE RADIOTERAPIA
1. PLANEJAMENTO RADIOTERÁPICO
1.1 TIPOS DE PLANEJAMENTO
O planejamento não gráfico, empregado fundamentalmente em campos
simples e em campos paralelos opostos. Neste caso é calculada a unidade monitor
(tempo) para aplicar a dose prescrita a um ponto no eixo central, empregando
geralmente os PDD no eixo central, os TPR ou os TMR, assim como as tabelas de
taxa de dose do feixe. O tamanho e forma do campo, que define o volume de
tratamento de termina a partir de filmes radiográficos realizados durante a
simulação.
O planejamento com representação gráfica é empregado em grande número
de pacientes. Neste método o volume de tratamento é definido a partir dos cortes da
Tomografia Computadorizada (CT) ou a partir de placas ortogonais de simulação. O
contorno do paciente é obtido mediante o uso de implementos mecânicos (por
exemplo, cintas de chumbo, instrumentos de medida de contorno, simulador de
tratamento) ou com o emprego da CT. (O arranjo de campos e o cálculo das
distribuições de dose é realizado utilizando um sistema de planejamento
computadorizado; o tamanho dos campos é decidido como no processo a).
Posteriormente o radioterapeuta prescreve a dose em um ponto ou em um
volume.
O planejamento de tratamento em 3D se diferencia das opções acima
mencionadas na definição dos volumes-alvo, os volumes de tecido normal e as
superfícies dos contornos que são obtidos diretamente da CT. É muito significativo o
fato de que apesar do desenho dos campos (angulações), o tamanho e forma destes
são definidos a partir da 3D são capazes de produzir radiografias por reconstrução
digital a partir dos dados da CT. É possível prescrever a dose em um ponto, em uma
curva de isodose, uma superfície de isodose ou um nível de dose em um histograma
de dose-volume (HDV).
O processo representado esquematicamente na Tabela VI é descrito no
Apêndice G.
2. DELINEAMENTO DE ESTRUTURAS PARA UM PLANEJAMENTO 3D (GTV,
CTV, PTV).
Conceitos importantes foram publicados com finalidade de se padronizar as
nomenclaturas em tratamentos radioterápicos (ICRU, 1993). A definição de tecido
alvo seguiu a nomenclatura utilizada internacionalmente. O gross tumor volume
(GTV) ou volume do tumor grosseiro, foi definido como toda área tumoral vista na
tomografia de planejamento em conjunto com exame físico e exames
complementares como o PET-CT. O clinical target volume (CTV), ou volume-alvo
clínico, é o volume de doença clínica e subclínica por meio de definição do GTV, ou
seja, uma margem de segurança ao redor do GTV que leva em consideração
probabilidade de doença fora da região acometida. É o GTV com as áreas de
possível doença microscópica. O planning target volume (PTV), ou volume-alvo
planejado, inclui o volume a ser tratada com adição de margem de segurança para
compensar erros de posicionamento, movimentação da respiração e movimento dos
outros órgãos (ICRU, 1993).
CTV: volume-alvo clínico;
PTV: volume-alvo planejado
GTV: volume do tumor grosseiro
3. RADIOCIRURGIA
Radiocirurgia é um procedimento que permite uma cirurgia cerebral não invasiva,
ou seja, sem a abertura do crânio, por meio de feixes de radiação. É uma nova
técnica que é usada pra destruir, por meio de dosagem precisa de radiação, tumores
intracranianos que poderiam ser inacessíveis ou inadequados para cirurgia aberta.
Existem muitas doenças do cérebro nas quais o tratamento cirúrgico convencional é
difícil ou tem muitas consequências deletérias para o paciente, devido às artérias,
nervos, e outras vias estruturais danificadas.
A radiocirurgia emergiu como resultado de muitos desenvolvimentos que
ocorreram nos campos da neuroimagem e radiocirurgia, e continua a expandir suas
áreas de aplicação na neurocirurgia, oncologia (câncer), cirurgia de cabeça e
pescoço, e outras especialidades.
O principal fundamento da radiocirurgia é aquele da ionização seletiva sobre o
tecido a ser operado, por meio de feixes de radiação de alta energia. A ionização é a
produção de íons orgânicos que geralmente são deletérios às células, por formar
radicais livres que são danosos à membrana celular e nuclear, e mesmo à cadeia de
RNA e DNA das células, produzindo um dano irreparável a estas estruturas e então
à morte da célula. Então, a inativação biológica é realizada em um volume de tecido
a ser tratado, com um efeito destrutivo preciso. A dose de radiação absorvida pela
massa de tecido tratado é que define o grau de inativação biológica. Ele geralmente
é medido em unidades de Gray, a quantidade de energia definida por um joule por
kilo de massa.
A fim de executar uma terapia satisfatória, o neurocirurgião, assistido por
físicos especializados em medicina nuclear, escolhe o melhor tipo de radiação a ser
usada, e como ela será liberada. Geralmente, a dose total de radiação requerida
para matar um tumor, por exemplo, não é liberada em uma única sessão massiva
porque isto causaria efeitos colaterais indesejáveis sobre o paciente. Ao contrário,
ele é dividido em várias sessões de duração menor e dose de energia, em um
procedimento chamado dose fracionada. Mesmo quando administrada em
intervalos de vários dias entre elas, o efeito ionizante se acumula no tecido,
alcançando então, os mesmos resultados com consequências menos indesejáveis
para o paciente. A fim de planejar a incidência de radiação e dosagem, os
físicos desenham esboçando linhas de intensidade igual de radiação sobre a cabeça
do paciente (isto é chamado de mapa de isodose). Informação sobre a localização
de tumores é obtida de uma série de tomogramas compoutadorizados, os quais são
então alimentados por software computadorizados de planejamento.
Existem dois tipos de radiações usadas em radiocirurgia: nêutrons e raios
gama. O primeiro tipo de radiação é compreendido por raios gama, os quais são
feixes de fótons de alta energia que interagem com a coroa de elétrons dos átomos
que compõem o tecido irradiado, ionizando-os. Radiação gama é usada no
dispositivo gamma-knife, onde eles são produzidos por.
Eles também são usados em radiocirugia executada em um acelerador linear,
a fonte sendo agora um dispositivo comercial médico de uso universal na
radioterapia. O linac consiste de um tubo emissor de raios gama, com uma energia
de 4, 6 ou 18 milhões de elétron-volts (MeV).
A cabeça de emissão (chamada "gantry") é
mecanicamente rodada ao redor do paciente, em um
círculo completo. A cama onde o paciente se deita,
pode também ser movida em estágios lineares ou
angulares. A combinação dos movimentos do gantry e
a cama tornam possível o planejamento
computadorizado do volume do tecido cerebral o qual
irá ser irradiado. Dispositivos com uma energia de 6
MeV são mais adequados para o tratamento do cérebro, devido ao menor volume a
ser irradiado. Além disso, o diâmetro do feixe de energia deixando a cabeça de
emissão pode ser ajustado ao tamanho da lesão por meio de colimadores (um
orifício com diferentes diâmetros, variando de 5 a 40 mm, em passos de 5 mm).
O segundo tipo de radiação é usada na terapia por captura de nêutrons
(TCN). O processo de absorção de radiação que acontece aqui é descrito em física
como efeito "Bragg-peak". Uma pilha nuclear é usado para irradiar a cabeça do
paciente com nêutrons pesados. Os nêutrons deixam a pilha através de um conduto
chamado "porta médicos". Ao chegar à região-alvo do cérebro, os nêutrons colidem
com os núcleos dos átomos-alvo na área a ser tratada. A fim de alcançar energia
máxima, são usados átomos de boro. Eles são absorvidos por células cancerosas
no cérebro, quando realizados por uma subst6ancia especial que é injetada na
circulação sanguínea do paciente. A fissão nuclear dos átomos de boro liberam,
então, os prótons (chamados partículas alfa), conduzindo à ionização e à morte das
células "más". Tudo isto acontece dentro de um círculo com um raio de 0.01 mm
circulando o átomo fissionado, alcançando um alto grau de ionização nesta região.
A seleção do tipo apropriado de radiação e
dispositivo dependem de muitos fatores. Radiocirurgia
por Gamma-knife é aplicada em isocentros com mais
de 30 mm de diâmetro, que funcionam melhor para
pequenas lesões. Aceleradores lineares alcançam isocentros com mais de 40 mm
de diâmetro. Com ciclotrons de prótons, as lesões tratáveis podem ter mais que 100
mm de diâmetro, enquanto que, na terapia por captura de nêutrons, o campo pode
ser toda a cabeça.
4. IMRT (RADIOTERAPIA COM INTENSIDADE MODULADA)
Radioterapia de Intensidade Modulada – IMRT é uma avançada modalidade de
tratamento altamente preciso que permite administrar altas doses de radiação aos
volumes-alvos, quer seja tumores grosseiros principais, visíveis em exames de
imagem (GTV), que seja em regiões de alta probabilidade de dispersão celular
(CTV), minimizando as doses nos tecidos normais adjacentes de forma muito eficaz.
O planejamento é feito de uma maneira inversa, na qual são prescritas aos
volumes-alvo doses mínimas e máximas necessárias ao controle tumoral, além de
serem prescritas também doses máximas aos órgãos de risco, com base em
restrições bem estabelecidas de probabilidade de complicações. Com isso, a
distribuição de dose ajusta-se mais precisamente em torno do tumor ou em volumes-
alvo em três dimensões, por meio da modulação ou do controle da intensidade da
radiação em pequenos múltiplos volumes de cada campo.
Em geral, é utilizado cerca de cinco a nove campos de radiação, orientados em
torno do paciente e administrados em aceleradores lineares com Sistemas de
Colimação de Múltiplas Folhas – MLC. O paciente permanece imóvel sobre uma
mesa de tratamento e são feitas imagens para servir de guia na localização precisa
do paciente em relação às imagens de referência (IGRT) e para a visualização das
estruturas internas, que em alguns casos podem ser volumes móveis, como a
próstata.
Como é possível reduzir a razão de dose e o volume irradiado em tecidos
normais, muitas vezes é permitido administrar doses maiores e mais efetivas aos
tumores com poucos efeitos colaterais, se comparados com técnicas de radioterapia
convencional.
Atualmente, a IMRT é indicada principalmente para o tratamento de tumores de
próstata e de cabeça e pescoço, tumores ginecológicos, gastrointestinais e tumores
do sistema nervoso central. Esse tipo de terapia também pode ser um poderoso
aliado no tratamento de tumores pediátricos, devido à alta capacidade de redução
de dosagem em tecidos sadios.
Trata-se de uma técnica altamente complexa, na qual um grande número de
profissionais são envolvidos, como: radioterapeuta, físicos-médicos, dosimetristas,
técnicos de radioterapia e enfermeiros.
A complexidade do processo implica na verificação precisa da dose que será
administrada ao paciente, por meio de controles de qualidade executados pelo
físico-médico, para cada plano.
5. BRAQUITERAPIA
É uma forma de radioterapia em que materiais radioativos são implantados nas
proximidades do tumor. A palavra braquiterapia origina-se do grego (brachys = junto,
próximo) e define uma modalidade de tratamento em que doses de radiação são
liberadas para atacar as células tumorais, sem que um grande número de células
sadias seja afetado. Estes implantes podem ser temporários ou permanentes.
Diferenças entre Braquiterapia e Radioterapia externa, Na braquiterapia, a
radiação tem origem nos materiais radioativos colocados no interior do corpo, perto
do tumor. Essa proximidade permite que altas doses de radiação sejam liberadas
para atacar o tumor. A radiação fica restrita à região, não afetando órgãos mais
distantes. Na radioterapia externa, a fonte de radiação é geralmente um acelerador
linear, que emite feixes de raios que alcançam o tumor após atravessar diferentes
tecidos. Dessa forma, órgãos e tecidos sadios, situados no trajeto dos raios estão
sujeitos aos efeitos da radiação. Comparada à radioterapia externa, a braquiterapia
permite aplicar doses maiores, em intervalos de tempo menores e a volumes mais
restritos.
5.1 PRINCIPAIS FONTES
Fontes de radiação normalmente utilizadas (radionuclídeos) para braquiterapia
Radionuclídeo Tipo Semivida Energia
Césio-137 (137Cs) raio γ30,17
anos0,662 MeV
Cobalto-60 (60Co) raios γ 5,26 anos 1,17; 1,33 MeV
Irídio-192 (192Ir) raio γ 74,0 dias 0,38 MeV (média)
Iodo-125 (125I) raios X 59,6 dias 27,4; 31,4 e 35,5 keV
Paládio-103 (103Pd) raio X 17,0 dias 21 keV (média)
Ruténio-106 (106Ru) partículas β 1,02 anos 3,54 MeV
5.2 LDR E HDR
Braquiterapia de taxa de dose baixa (LDR)
A LDR usa pequenas sementes radioativas lacradas e de baixa força, do
tamanho de um grão de arroz, para ministrar a radiação no alvo. Essas sementes
são permanentemente implantadas no corpo. À medida que as sementes emitem
radiação, elas têm a força reduzida e em algumas semanas não emitem mais
quantidades sensíveis de radiação.
Braquiterapia de taxa de alta dose (HDR)
A HDR usa fontes radioativas de maior força (comparada à LDR) para
ministrar radiação no alvo. Em oposição à LDR, essas fontes só são implantadas no
corpo temporariamente.
5.3 ESTRATEGIAS DE BRAQUITERAPIA
Os dois principais tipos de tratamento por braquiterapia em termos de
colocação da fonte radioativa são intersticial e de contato.
No caso da braquiterapia intersticial, as fontes são colocadas diretamente no
tecido alvo do local afetado, como a próstata ou a mama.
A braquiterapia de contato implica a colocação da fonte de radiação num
espaço junto ao tecido alvo. Este espaço pode ser uma cavidade corporal
(braquiterapia intracavitária), como o colo do útero, útero ou vagina; um lúmen
corporal (braquiterapia endoluminal), como a traqueia ou o esófago; ou situar-
se no exterior (braquiterapia de superfície), como por exemplo, a pele.
Também é possível colocar uma fonte de radiação nos vasos sanguíneos
(braquiterapia intravascular) para o tratamento da reestenose do stent
coronário.
A colocação de fontes de radiação na área alvo pode
ser temporária ou permanente.
A braquiterapia temporária implica a colocação de fontes de radiação por um
período definido (normalmente um determinado número de minutos ou horas)
antes de serem retiradas.
A braquiterapia permanente, também conhecida por implantação de
sementes, implica a colocação de pequenos blocos ou sementes radioativos
(aproximadamente do tamanho de um grão de arroz) de baixa taxa de dose
no local do tumor ou de tratamento, que são deixados permanentemente
nesse local e se vão decompondo gradualmente. Durante um período de
semanas ou meses o nível de radiação emitido pelas fontes reduz até quase
zero. As sementes inativas permanecem então no local de tratamento sem
efeitos duradouros.
6. BIBLIOGRAFIA
http://www.cerebromente.org.br/n02/tecnologia/radiocirurg.htm
http://wikihosp.com.br/index.php/Braquiterapia
http://www.clinirad.com.br/?system=news&eid=156
http://content.atomz.com/pb00002f26/stage/lapt/patient/radiation-therapy/
treatment-techniques.html