Radioterapia e Mucosite
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Transcript of Radioterapia e Mucosite
Características clínicas bucais e tratamento
da mucosite em pacientes submetidos à
radioterapia na região de cabeça e pescoço
Aluna:
Orientadora: Profª Ms.Dulce Helena Cabelho Passarelli
• O câncer é uma doença sistêmica;
• Seu tratamento gera inúmeros efeitos colaterais,
podendo ter várias manifestações na cavidade
bucal;
• Umas das formas de
tratamento para as
neoplasias malignas é a
radioterapia, cujo agente
terapêutico é a radiação
ionizante;http://faciallmed.com.br/wp-
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pescoco.jpg
• Reações adversas à radioterapia irão
depender do volume e dos locais irradiados,
da dose total, do fracionamento, do tempo e
do campo exposto à radiação, além das
condições clínicas do paciente e dos
tratamentos associados.
• A mucosite oral é uma das complicações
mais comuns e importantes do tratamento
anti-neoplásico;
• Este trabalho tem por objetivo, por meio de
uma revisão de literatura, abordar as
caracterizações clínicas bucais, bem como
algumas terapias indicadas para diminuição da
sintomatologia da mucosite oral em pacientes
que foram submetidos à radioterapia.
1. Características clínicas bucais da mucosite
• Inicia-se como um eritema mucoso, resultando em
descamação e ulceração. (SONIS, FAZIO e FANG 1996)
• Após duas semanas do início do
tratamento, a mucosa oral se torna
esbranquiçada, segue-se por
eritema, há perda de espessura da
mucosa e em poucos dias surgem
ulcerações recobertas por fibrina
(SCULY e EPSTEIN 1996)
Profª. DulceCabelho
• Conforme Albuquerque, Camargo (2006) a
mucosite oral apresenta-se como eritema, edema,
ulceração, dor, hemorragia, ausência ou perda
parcial do paladar, xerostomia, infecção local e
sistêmica, podem vir a surgir;
• Para Volpato et al. (2007), a avaliação patológica
da mucosite revela uma úlcera rasa e a resposta
cicatricial a esta injúria é a produção de uma
pseudo-membrana, com aparência branca ou opaca;
• A mucosite oral grave pode exigir interrupção
parcial ou completa da radioterapia antes do
planejado;
• Candida albicans, principal
microorganismo presente no
quadro de infecções da
mucosite oral;
• Uso de álcool e tabaco,
associação com a quimioterapia
hiperfracionamento, infecções
fúngicas e má higienização bucal
podem aumentar e agravar a
mucosite;
BONAN et al. (2005)
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• O quadro sintomatológico
varia da queixa de ardência
bucal até dor intensa e
sangramento espontâneo;
• A reparação geralmente
ocorre entre 10 a 14 dias ou 14
a 21 dias;
• A partir de 2.500 cGy a
mucosa torna-se sensível à
radiação, havendo a perda de
espessura da mucosa;
BONAN et al. (2005)
2.Principais locais da mucosite
Região de palato mole
Mucosa jugal
Borda lateral de língua
Parede faríngea
Pilares amigdalianos
Lábios
Ventre da língua
Soalho da boca
(SONIS, FAZIO e FANG, 1996; RAMPINI et al., 2008)
http://www.scielo.br/img/revistas/rb/v38n2/a07fig02.jpg
http://www.estomatologia.com.br/img/bc02.jpg
http://medicinaoral.org/blog/wp-content/uploads/2008/04/mucositeradiacao50.jpg http://www.odontologia.com.br/artigos/imagens/IMG_artigo_odonto_20070110.JPG
3.Fatores de risco para o desenvolvimento da
mucosite incluem:
Local do campo de radiação;
Preexistência de doença dentária;
Higiene oral precária;
Baixa produção de saliva;
Função imune comprometida;
Focos de infecção local.
ALBUQUERQUE, CAMARGO, (2006)
I. Ardência, eritema
II.Eritema, úlceras, presença de pseudo-membranas
com menos de 1,5 cm de diâmetro (dieta sólida)
III.Confluência de úlceras, presença de pseudo-
membranas com diâmetro maior do que 1,5 cm (dieta
líquida)
IV.Presença de ulcerações, alimentação via oral não é
possível.
4.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a mucosite oral se divide em 4 graus:
• A Candida albicans é o microorganismo
predominantemente associado à infecções
sintomáticas, confirmando ser um fator
agravante para a mucosite oral em todos os
graus. (SIMÕES,CASTRO, CAZAL, 2010)
• Para Carvalho, Junior, Negreiros
(2009), cerca de 80% dos pacientes com
tumores em região de cabeça e pescoço
tratados com radioterapia, irão desenvolver
mucosite oral.
5. TRATAMENTO PARA MUCOSITE
5.1 Colutórios
• Para Sonis, Fazio e Fang, (1996) os tratamentos para a
mucosite oral utilizando colutórios, incluindo a lidocaína,
cloridrato de diclonina, benzocaína em Orabase ou líquida,
tetracaína e cloridrato de difenidramina são apenas
paliativos.
• Labbate, Lehn, Denardini, (2003) relatam que o
medicamento Gluconato de clorexidina a 0,12% amenizou
os sintomas dolorosos durante a radioterapia.
• Sandoval et al., (2003) afirma que bochechos com
clorexidina não se mostrou ideal para o alívio e redução na
intensidade ou duração das lesões.
5.2 Light Amplification by Stimulated of
Radiation – LASER
Baixa potência;
Radiação não ionizante;
Não invasiva;
Não possui efeitos mutagênicos;
Sem riscos;
Alívio da dor.
ROSA, HAMMERSCHMITT e SOUZA, (2005)
Escolha do comprimento de onda;
Densidade de energia e potência;
Frequência do pulso;
Número de sessões;
Tipo de regime de operação do laser;
Características ópticas do tecido.
ROSA, HAMMERSCHMITT, SOUZA, (2005)
A terapia com a luz laser em baixa potência,
deve seguir os seguintes parâmetros:
• Os laseres de baixa intensidade são usados com o
propósito terapêutico, em virtude das baixas densidades
de energia usada e comprimento de onda capazes de
penetrar nos tecidos;
• Os mais utilizados na terapêutica são os de Hélio-
Neônio (He-Ne), e o de Arseneto de Gálio-Alumínio
(GaAlAs);
• Um pequeno estudo randomizado demonstrou que o
laser de baixa potência reduziu a incidência de mucosite
severa e recomenda sua utilização em 20J/cm²
ROSA, HAMMERSCHMITT, SOUZA, (2005)
• A alternativa do laser de baixa potência é uma
forma positiva de tratamento para a mucosite
oral, do ponto de vista clínico e funcional;
• Elimina a dor já na primeira aplicação;
• O tratamento com o laser age estimulando a
atividade celular, resultando numa cicatrização e
reparação mais rápida da lesão.
KELNER, CASTRO, (2006)
• Khouri et al., (2009) observaram que a terapia
com laser é uma técnica não invasiva que
promove o alívio da dor e reduz a gravidade da
mucosite oral.
• Ensaios clínicos usando terapia com laser de
baixa potência, tem sugerido a eficácia na
redução da severidade da mucosite oral. Apesar
do mecanismo de ação não ser claro, sua
intervenção pode promover cura (cicatrização).
GONDIM, GOMES, FIRMINO(2010).
5.3 Terapia Fotodinâmica – PDT
Utilizada em âmbito Internacional;
Laser ou Leds;
Não induz a efeitos colaterais sistêmicos;
Redução de microorganismos patogênicos;
Protocolo de aplicação ;
Baixo custo;
FERREIRA, (2010)
PROTOCOLO DE APLICAÇÃO DA
TERAPIA FOTODINÂMICA (PDT)
DMC JOURNAL – DEZEMBRO 2010
5.4 Light Emitter Diode – LED (VOLPATO et al.,
2010)
É semelhante ao laser;
Única aplicação com mesma intensidade e
densidade energética;
Auto-aplicada;
Não produz calor;
Eliminação do risco de danos teciduais;
Baixo custo
http://pic.tradeage.com/sem-fio-dental-
equipamentos-odontol%C3%B3gicos-led-
curing-light-3522154.jpeg?w=160
• Entretanto, ainda existem parâmetros
(comprimento de onda, potência, energia,
densidade de energia, duração do tratamento,
tempo de intervenção, etc) que devem ser
analisadas em outros estudos para a definição do
melhor protocolo e procedimento clínico (VOLPATO
et al., 2010)
• A mucosite inicia-se após duas semanas do início
do tratamento radioterápico com um
eritema, resultando em descamação e ulceração.
(SONIS, FAZIO E FANG,1996; SCULY E
EPSTEIN, 1996; VOLPATO ET AL. 2007)
• Já Albuquerque, Camargo, 2006 concordam e
complementam a mucosite oral com
eritema, edema, dor, hemorragia, xerostomia e
infecção local
• A Candida albicans é o microorganismo
predominantemente associado à infecções,
sendo um fator agravante em todos os graus da
mucosite. (SIMÕES,CASTRO,CAZAL, 2010;
BONAN et al., 2005)
• Conforme Labbate, Lehn, Denardini, 2003, o
gluconato de clorexidina a 0,12% amenizou os
sintomas dolorosos durante a radioterapia,
enquanto que para Sandoval et al., 2003, o
mediamento não se mostrou ideal para o alívio
ou duração das lesões.
• De acordo com ROSA, HAMMERSCHIMITT,
SOUZA,2005; KELNER E CASTRO 2006; KHOURI
et al., 2009; GONDIM, GOMES, FIRMINO, (2010) o
laser de baixa potência se mostrou eficaz no
tratamento para a mucosite oral, pois faz uso de
uma técnica não invasiva, acelera a reparação da
lesão, além de diminuir a dor.
• FERREIRA, 2010 defende a Terapia
Fotodinâmica, pois não induz a efeitos colaterais
sistêmicos, provoca redução de microorganismos
patogênicos, e por ter custo acessível.
• Entretanto, Volpato et al., 2010 afirma que o
tratamento com LED é melhor, apesar de ser
semelhante ao laser, pois pode ser auto-aplicada
aplicada, não produz calor, não causa danos aos
tecidos, acelera a cicatrização da lesão, diminui
a sintomatologia dolorosa, e de baixo custo.
A mucosite oral é uma das consequências mais
comuns pós radioterapia;
De acordo com a OMS, se caracteriza em
quatro graus;
Clinicamente, duas semanas após o início da
radioterapia localizada, a mucosa oral se torna
esbranquiçada, seguindo-se por eritema, há perda
de espessura da mucosa e em poucos dias
surgem ulcerações recobertas por fibrina, além de
edema e dor.
Colutórios e medicamentos se mostraram apenas
paliativos, ocasionando alívio da dor, porém sem eficácia
na cura;
O laser de baixa potência se apresentou como uma
opção viável tanto para a prevenção quanto para o
tratamento da mucosite oral;
Em contrapartida, o tratamento envolvendo o uso de
LED’s também se mostrou promissor, principalmente por
oferecer menor risco à pele e poder ser auto-aplicada;
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