PROVA DE ANTROPOLOGIA

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ANTROPOLOGIA 4 RESPOSTAS: Questão 1 Roberto Cardoso de Oliveira discorre sobre duas tradições que a antropologia alcançou introduzir no Brasil no seguimento de sua implantação. Uma tradição ocorreu no período denominado de heroico, onde teve as produções de obras nos anos de 1920 e 1930 e, a outra tradição denominada de período carismático com produções publicadas nos anos de 1940 e 1950. O período heroico teve vários autores fundamentais para esse período, mas foi o nome de dois autores que marcaram de forma imprescindível este período, sendo eles: Curt Nimuendaju e Gilberto Freyre. Estes dois autores marcaram profundamente o período heroico. Nimuendaju com seus estudos, Robert Lowie, e Gilberto Freyre com os seus estudos de pós-graduação. As obras de Curt Nimuendaju e de Gilberto Freyre deixaram enorme contribuição para este período heroico, foi através deles que, pode-se, mencionar que os estudos e pesquisas da antropologia no Brasil se fixaram de forma que não poderiam voltar a ser como anteriormente. É a partir do período heroico que o conceito de cultura tem uma abordagem permanente e que tem quase uma ação ou efeito de sistematização. O período heroico está relacionado às publicações das obras referentes aos anos de 1920 e 1930.

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ANTROPOLOGIA 4

RESPOSTAS:

Questão 1

Roberto Cardoso de Oliveira discorre sobre duas tradições que a antropologia alcançou introduzir no Brasil no seguimento de sua implantação.

Uma tradição ocorreu no período denominado de heroico, onde teve as produções de obras nos anos de 1920 e 1930 e, a outra tradição denominada de período carismático com produções publicadas nos anos de 1940 e 1950.

O período heroico teve vários autores fundamentais para esse período, mas foi o nome de dois autores que marcaram de forma imprescindível este período, sendo eles: Curt Nimuendaju e Gilberto Freyre. Estes dois autores marcaram profundamente o período heroico. Nimuendaju com seus estudos, Robert Lowie, e Gilberto Freyre com os seus estudos de pós-graduação.

As obras de Curt Nimuendaju e de Gilberto Freyre deixaram enorme contribuição para este período heroico, foi através deles que, pode-se, mencionar que os estudos e pesquisas da antropologia no Brasil se fixaram de forma que não poderiam voltar a ser como anteriormente.

É a partir do período heroico que o conceito de cultura tem uma abordagem permanente e que tem quase uma ação ou efeito de sistematização. O período heroico está relacionado às publicações das obras referentes aos anos de 1920 e 1930.

No período heroico, o antropólogo ainda não era tido como um profissional, esta área não era reconhecida como uma profissão, portanto, quem estava voltado para fazer estudos e pesquisas antropológicas poderiam ser considerados como verdadeiros “herois”.

Curt Nimuendaju parte do conceito evolucionista de cultura. Ele procura resgatar o papel do etnólogo.

Nimuendaju não é considerado como um etnólogo comum, mas sim vai ser considerado como o detentor mais importante do conhecimento em relação às culturas indígenas.

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Curt Nimuendaju realizou um trabalho mais extenso acerca das singularidades e características da etnologia indígena no Brasil. Ele fez estudos sobre o contato de alterações dos indígenas em contato com os brancos. Nimuendaju não era a favor da miscigenação do branco com o índio. Para ele, o branco alterava a cultura do índio, adotando uma posição de crítica em relação aos mestiços.

Defensor da preservação das sociedades nativas. Nimuendaju vai discorrer que é a dimensão histórica entre os eixos que são possíveis para aparecer à figura dos indígenas.

Nimuendaju procura se distanciar dos conflitos entre os índios e os patrões dos seringais. Buscando resgatar o papel do índio através da reconstituição do campo de trabalho do etnólogo que tem que ter as suas próprias condições para permanecer em seu local de trabalho.

Gilberto Freyre descreve a formação da sociedade brasileira a partir da colonização portuguesa como um equilíbrio de antagonismos. Ele vai procurar ressaltar que foi através da miscibilidade e este é que vai ser o nosso caráter social brasileiro. Ele vai pensar a cultura brasileira a partir do negro.

Com as publicações das obras dos anos de 1940 e 1950 é que se denomina o período carismático, onde aparecem os nomes de Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro. A partir deste período é que surge o conceito de estrutura e que inicia a introduzir na maneira de reconhecer a disciplina de antropologia, essencialmente, através da obra etnológica de Florestan Fernandes.

Roberto Cardoso de Oliveira utiliza o nome de dois autores: Darcy Ribeiro e Florestan Fernandes para relacioná-los ao período do qual ele (Oliveira) denomina de carismático.

Darcy Ribeiro e Florestan Fernandes são considerados como os antropólogos que possibilitaram juntar em volta de si mesmos e também em volta de seus trabalhos acadêmicos e científicos, conseguindo seguidores como, por exemplo, os alunos da área da disciplina de antropologia.

O período heroico, de acordo com a concepção de Roberto Cardoso de Oliveira é tido como um período intermediário, onde houve a passagem de um período para outro, esse período foi fundamental para o fortalecimento da Antropologia no Brasil, como também para expandir o trabalho dos antropólogos que conseguiriam enorme desenvolvimento para o próximo período que foi denominado de período burocrático (que corresponde a partir das décadas de 60).

Roberto Cardoso de Oliveira, referente á Antropologia no Brasil, buscou compreender nos momentos iniciais de sua profissionalização e instalação no

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Brasil, para tanto, ele toma como base dois períodos aqui já mencionados: o período heróico e o período carismático.

QUESTÃO 2

Gilberto Freyre vai diferenciar a problemática em torno da raça e da cultura, para tanto, Freyre vai separar os traços de raça que estão relacionados à experiência da cultura ou sobre o contexto em que o negro está inserido. Ele vai diferenciar entre as causas relacionadas à influência social ou de relação relativamente genética. Freyre vai trabalhar sob a perspectiva de diferenciar essencialmente a raça e a cultura através da sua obra Casa-Grande e Senzala.

O exílio proporcionou o material para construção da obra Casa-Grande e senzala, onde existiam correlações de Portugal com o Brasil.

Gilberto Freyre procurou compreender a sociedade brasileira, para tanto, ele recriou todo o período colonial com suas características e singularidades. Ele propõe uma interpretação sobre a colonização portuguesa no Brasil através da formação da cultura indígena brasileira híbrida.

Freyre retrata a formação da sociedade brasileira através da colonização portuguesa no Brasil como um equilíbrio de antagonismos.

A formação social brasileira estava voltada para a Casa-Grande. Nas relações ente o branco e o negro, entre o senhor e o escravo que conviveram juntos na Casa-Grande, havendo assim vários aspectos da cultura brasileira.

É através da rotina, da vida doméstica que melhor se sente o caráter de um povo, desta maneira é que vai exprimir esse caráter brasileiro

O colonizador português com sua mobilidade, esta que é uma qualidade de quem é móvel ou adaptável como nenhum outro povo é que foi o triunfo de Portugal para que pudesse se fixar no Brasil, através de suas fundamentais condições físicas e psíquicas eles puderam assim possibilitar a formação da colonização portuguesa na formação da sociedade brasileira através de sua mobilidade. A mobilidade foi um dos triunfos dosa portugueses.

Outro fator que também favoreceu a fixação dos portugueses aqui no Brasil foi através da miscibilidade com que estes povos foram se misturando com as mulheres de cor, isto é, as índias, como nenhum outro povo colonizador. Foi pela miscibilidade que os portugueses conseguiram compensar sua deficiência humana para a colonização em larga escala e sobre áreas extensas.

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Gilberto Freyre vai estacar que a miscibilidade teve mais relevância para os portugueses do que mesmo a mobilidade. Freyre procurou destacar que foi através da miscibilidade é se pode ter o nosso caráter social brasileiro.

A obra de Casa-Grande e Senzala dá uma enorme contribuição para entendê-la, como aconteceu a formação da sociedade brasileira. Gilberto Freyre mostrou que através do contexto histórico, da cultura do período colonial é que foi possível ter um entendimento da formação do Brasil como nação.

Foi através da miscigenação que largamente se praticou aqui no Brasil é que possibilitou corrigir o distanciamento social.

Gilberto Freyre foi muito influenciado por Franz Boas, a partir daí é que resultou o interesse de Freyre pela raça, pela cultura, pois começou a ver o negro na perspectiva de seu verdadeiro valor.

A obra Casa-Grande e Senzala teve grande contribuição para a diferenciação do deslocamento da problemática de raça para o conceito de cultura.

No texto Cultura Brasileira e Identidade Nacional de Renato Ortiz o autor busca resgatar a relação do negro como pertencente ao meio, partindo do conceito de sociedade brasileira.

Pensa a cultura brasileira a partir do negro. Vai diferenciar os negros, não a partir do biológico, mas sim do social e, porque não dizer da cultura.

Atualmente, pode-se dizer, evidentemente, que a nação brasileira é originária da mestiçagem do encontro entre três raças: do branco, do negro e do índio.

O Brasil passou por transformações intensas no início do século XX. Neste período houve um aceleramento nos processos industriais e urbanos, haverá também o desenvolvimento de uma classe média, havendo assim o aparecimento de um proletariado urbano.

Neste século o Estado busca tornar estável o seu próprio desenvolvimento social. Várias mudanças aconteceram com a Revolução de 30 e estas eram encaminhadas através da política.

Deste modo era necessário mudar a concepção das teorias raciológicas que já eram antiquadas para essa época, precisando ser ultrapassada, porque a realidade social estabelecia outra forma de interpretar o Brasil.

Precisando haver uma ruptura nestas interpretações que pudessem possibilitar a passagem da problemática da raça para a discussão sobre a cultura a partir das primeiras décadas do século XX entre os antropólogos brasileiros.

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O próprio Arthur Ramos mencionava em seus estudos que só era mudar o conceito de raça pelo de cultura para estudar a obra de Nina Rodrigues.

Gilberto Freyre em Casa-Grande e Senzala vai à contra partida com outros autores, pois Freyre deixa de lado a negatividade da imagem do negro por autores anteriores, passando a positivar o negro, possibilitando assim preencher completamente os obstáculos acerca de uma identidade negativa sobre o negro.

A discussão da passagem do conceito para a cultura descarta inúmeras barreiras que foram introduzidas antes acerca da herança advindas do negro.

O que vai permitir uma análise de grande valor da sociedade é o afastamento entre o biológico e o social, quer dizer entre a passagem da raça para a cultura.

A questão da raça e da cultura para Nina Rodrigues foi tida como dois elementos de um mesmo problema, sendo considerado, unicamente como discernimento que deve tornar compreensível a sua divisão dos povos do Brasil em duas enormes categorias: a dos civilizados e a dos inferiores.

O foco fundamental de Nina Rodrigues estava relacionado com a certeza das diferenças das raças humanas. Ele se interessava pelos estudos dos negros ou mestiços.

As suas análises possibilitaram a contribuição à história da antropologia através das multiplicações do viés laterais que os seus estudos são de suma importância para a história social e para os antropólogos.

O conceito de raça é considerado como elemento decisivo de suas análises acerca do enfraquecimento físico e psíquico do povo brasileiros e, evidentemente, de seu enfraquecimento cultural.

Nina Rodrigues era contra a mestiçagem visto que ela permeava na análise do povo brasileiro. Ele contribuiu para a passagem do conceito da raça para cultura, ao estabelecer a expressão raça-aspecto biológico-constitutivo do ser humano, simultaneamente, que demonstrado de sua qualidade de pertinente cultural.

Questão 3

Darcy Ribeiro vai estudar o problema da aculturação e, também os estudos brasileiros que buscam entender causa sólidas de interação entre os grupos indígenas e a sociedade nacional. Estuda o impacto da civilização

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sobre as populações indígenas brasileiras. O foco dos estudos de aculturação gira em torno dos fenômenos culturais transcorrente do fixamento de contato entre entidades étnicas.

O objetivo de Darcy ribeiro é buscar um entendimento aprimorado das causas de interação entre frentes de expansão e os índios, com o intuito de almejar a significação comum sobre os processos de mudança cultural. Tendo como marca as sociedades tribais e as nacionais em áreas e períodos extensos.

Darcy ribeiro discute o conceito de aculturação indicando que seu aspecto essencial é a transfiguração étnica. Procura dar o diagnóstico das tribos indígenas brasileiras, buscando analisar o conceito de transfiguração étnica relacionando ao processo de formação e transformação das etnias, usando de modo geral a transição dos grupos indígenas de posição de isolamento para condição de integração.

Darcy ribeiro centra-se universalmente no processo de transfiguração étnica. Ele usa uma abordagem inovada, executada para possibilitar as relações entre civilizados e índios da história atual. Darcy estudou o significado da integração almejada pelos índios, transitando por todo viés da aculturação.

As transfigurações étnicas podem ser modificadas dependendo de determinadas características das populações indígenas. Os diferentes estágios de integração relacionam em direção dos processos das transfigurações étnicas culturais.

A transfiguração étnica não vai do indígena ao brasileiro, mas sim do índio-tribal ao índio-genérico. As transfigurações étnicas são muito mais resistentes do que se supõe de forma geral, pois elas só exigem condições de formas para eternizar-se. Elas dizem respeito aos grupos humanos, compostas para representações de ação recíproca e de fidelidade em torno do racial ou da cultural.

A partir da aculturação entre brancos e índios é que Darcy Ribeiro vê o processo de perda de descaracterização dos modos de vida e de costumes dos índios (havendo assim a perda da cultura dos índios), mas não vê a perda, troca ou fusão da vida individual dos índios.

Darcy Ribeiro não concorda que a miscigenação dos brancos seja assimilada aos índios. Ele ressalta que o destino da população indígena esteja relacionado ao extermínio ou a assimilação.

Darcy Ribeiro é inspirado por uma noção de cultura evolucionista. Ele é inspirado pelo pensamento evolucionista, através da modificação da natureza.

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Já a preocupação de Arthur Ramos está voltada para a explicação da aculturação negra brasileira. Aculturação tem haver com os processos de adaptação, partindo do pressuposto do sincretismo.

Aculturação é o encontro entre duas culturas em um determinado grupo. É um processo unilateral que é imposto pelos brancos para os índios, gerando assim, uma desigualdade inerente. Mas na realidade deveria existir uma perspectiva de influência recíproca, não só de dominação branca, mas também composta por características negras. Sendo assim, não precisaria existir a perda de uma cultura para a assimilação de outra cultura.

Vale salientar que o importante seria que houvesse a junção entre culturas, sem que precisasse perder as características de uma cultura ou outra. Da mesma maneira, podem-se relacionar também as crenças, não se pode excluir totalmente uma crença para adesão de outra crença, o que pode ocorrer é a continuidade da crença ou a incorporação de vários sistemas religiosos.

Roger Bastilde vai discorrer sobre a influência do negro para a formação da sociedade brasileira. Ele destaca não só o lado positivo das influências africanas, mas também as influências negativas.

Roger Bastilde acredita em uma contribuição de inovação sobre o negro para o seu meio. Ele parte do conceito de cultura para analisar a influência do negro. Vai utilizar da diferenciação de processos de aculturação, isto é, conceito que vem a dizer que a cultura é como algo dinâmico, que ela se fundaria em características de novas culturas, como a cultura material e a imaterial.

A cultura material é a mudança em que o homem faz em seu ambiente, no contexto em eu ele está inserido, são as formas de morar, comer, vestir, utilizar utensílios etc. através dessas fontes de ações dos homens que eles exercem sobre o meio em que vivem. Já em relação à cultura imaterial diz respeito ao que a coletividade produz por si mesma, mas que não pode ser trocado materialmente, lembrando que ela não se concretiza.

A cultura não é somente um complexo de traços culturais, mas sim, se pode dizer que é um processo de transição da perspectiva culturalista para uma perspectiva sociológica.

A influência das culturas africanas e negras deve ser compreendida não apenas o nível da propagação dos traços culturais, mas sim ao nível das inovações coletivas. Os negros em relação quanto à cultura podem ser potencializados e servirem para outros processos, como elementos dinâmicos de mudança cultural, desempenhando assim o potencial revolucionário da cultura dos negros.

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Arthur Ramos parte do pressuposto do sincretismo. A preocupação deste autor está voltada para a explicação da aculturação negra brasileira.

Aculturação é o encontro entre duas culturas em um determinado grupo. É um processo unilateral que é imposto pelos brancos para os índios, gerando assim uma desigualdade inerente. Mas na realidade deveria existir uma perspectiva de influência recíproca, não só de dominação branca, mas também composta por características negras, sendo assim um processo bilateral.

Não precisando existir a perda de uma cultura para a assimilação de outra cultura. O importante seria que houvesse a junção entre culturas, sem que precisasse perder as características de uma cultura ou outra. Da mesma maneira, pode-se, relacionar as crenças, não se exclui uma crença para adesão de outra crença, o que pode ocorrer é a continuidade da crença ou a incorporação de vários sistemas religiosos.

Para Arthur Ramos o que possibilita os estudos sobre o contexto no Brasil só deve ser realizado através dos métodos da aculturação. As culturas não se permaneceram em suas características primitivas no novo contexto, houve o contato com outros tipos de culturas e, nesse longo contato, gerou várias transformações gradativamente.

A cultura gêge-nagô foi a mais interessante de acordo com o método histórico, revisado pelo método cultural. O contato com outras tendências religiosas negro-africanas, ameríndio e branco européias são da própria natureza referentes ao culto gêge-nagô.

A cultura gêge-nagô foi a mais necessária pelas razões de ordem cultural, visando por fim, no trabalho do sincretismo. O sincretismo é um processo que se dá quando há proporção em dois ou mais grupos culturais que convergem para um resultado inovador.

Os estudos de aculturação foram resultados a: resultados não-culturais, mudança do tamanho e densidade da população, mobilidade pessoal, mudança no ambiente natural e mudança em possibilidades econômicas. E os resultados culturais: aceitação, sincretismo e reação.

Arthur Ramos prefere usar o termo sincretismo em vez de adaptação, termo esse utilizado pelos norte-americanos. O significado de sincretismo está relacionado ao contexto de duas ou mais culturas, havendo um resultado harmonioso de contatos de culturas.

Os estudos sobre o contato no Brasil revelam que os métodos de estudo comparativos das culturas para se entender o negro, e o do resultado dos contatos de culturas sob aspectos que se denominam atualmente de aculturação.

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QUESTÃO 4

Roberto Cardoso de Oliveira vai trabalhar com as fases históricas da disciplina referente entre os anos de 1920 e 1950, utilizando de duas tradições brasileiras a primeira é a Etnologia Indígena e a segunda é a Antropologia da Sociedade Nacional. Ele procura identificar as categorias que tinham servido de objeto para execução de um trabalho que estivesse inserido nas mesmas tradições, para isso, Oliveira utiliza dos meios da interpretação histórica.

Esse período é marcado através da Etnologia Indígena de Curt Nimuendaju (que busca resgatar o papel do antropólogo), e através da Antropologia da Sociedade Nacional que está relacionada à Gilberto Freyre, que por sua vez propõe uma interpretação da Antropologia Brasileira sobre a formação de cultura indígena brasileira híbrida.

Em relação à primeira tradição denominada de Etnologia Indígena, as áreas de estudos estão voltadas para o indigenismo, a etnicidade, a cosmologia, a organização social, as relações interétnicas e a religião. Vale destacar que houve um aumento no estabelecimento na área de estudos da ecologia cultural, da mesma forma como também teve um enorme empenho em relação pela etno-história.

Curt Nimuendaju e Darcy Ribeiro encontram-se na tradição da Etnologia Indígena com a presença do conceito de cultura.

Já em relação à segunda tradição que diz respeito à Antropologia da Sociedade Nacional, é necessário salientar como fundamentais áreas de estudos as que centralizam a sociedade do campesinato e a agrária, a cultura nacional, as religiões populares, os movimentos sociais, as étnicas familiares, as minorias sociais e a antropologia urbana.

Já Florestan Fernandes encontra-se na tradição referente ao cruzamento das tradições que diz respeito ao conceito de Estrutura, que resguarda uma Antropologia Funcional-Estrutural.

A preocupação de Florestan Fernandes é voltada para a caracterização da sociedade brasileira. Ele vai levantar a problemática do caminho lógico, para preparar o Brasil para a transição das formas econômicas coloniais para as formas econômicas capitalistas.

Roberto Cardoso de Oliveira vai utilizar de duas tradições denominadas de: etnologia Indígena e a outra tradição denominada de Antropologia da sociedade Nacional. Ele procurou compreender os momentos iniciais da profissionalização e instalação da Antropologia no Brasil.