Monitoramento do risco ambiental de agrotóxicos: princípios e recomendações
PROJETO EXECUTIVO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL · Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental –...
Transcript of PROJETO EXECUTIVO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL · Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental –...
PROJETO EXECUTIVO DE
MONITORAMENTO AMBIENTAL
PERÍODO SEM DRAGAGEM
COMPANHIA DOCAS DO ESPÍRITO SANTO – CODESA
Vitória Julho/2015
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Pontos de coleta principais e complementares. ......................................... 6 Figura 2 – Estação Principal 1 (P1). ............................................................................ 7 Figura 3 – Estação principal 2 (P2). ............................................................................ 7 Figura 4 - Estação Principal 3 (P3). ............................................................................. 8
Figura 5 - Estação Principal 4 (P4). ............................................................................. 8 Figura 6 - Estação Principal 5 (P5). ............................................................................. 8 Figura 7 - Estação Principal 6 (P6). ............................................................................. 8 Figura 8 - Estação Principal 7 (P7). ............................................................................. 8 Figura 9 - Estação Complementar C1. ........................................................................ 8
Figura 10 - Estação Complementar C2. ...................................................................... 9 Figura 11 - Estação Complementar C3. ...................................................................... 9 Figura 12 - Estação Complementar C4. ...................................................................... 9
Figura 13 - Estação Complementar C5. ...................................................................... 9 Figura 14 - Disco de Secchi. ..................................................................................... 11 Figura 15 – Multiparâmetro. ...................................................................................... 11
Figura 16 – Fluxômetro. ............................................................................................ 12 Figura 17 - Garrafa de Van Dorn horizontal. ............................................................. 13
Figura 18 - Estações complementares do PMQS. .................................................... 14 Figura 19 – Ponto de coleta C1. ................................................................................ 15 Figura 20 – Ponto de coleta C2. ................................................................................ 15
Figura 21 – Ponto de coleta C3 ................................................................................. 16 Figura 22 – Ponto de coleta C4 ................................................................................. 16
Figura 23 – Ponto de coleta C5. ................................................................................ 16 Figura 24 – Ponto de coleta C6. ................................................................................ 16 Figura 25 – Ponto de coleta C7. ................................................................................ 16
Figura 26 – Ponto de coleta C8. ................................................................................ 16
Figura 27 – Ponto de coleta C9. ................................................................................ 17
Figura 28 – Ponto de coleta C10. .............................................................................. 17 Figura 29 – Ponto de coleta C11. .............................................................................. 17
Figura 30 – Ponto de coleta C12. .............................................................................. 17 Figura 31 – Ponto de coleta C13. .............................................................................. 17 Figura 32 – Ponto de coleta C14. .............................................................................. 17 Figura 33 - Dragas tipo Van Veen e Petersen. .......................................................... 20
Figura 34 - Estações amostrais do Monitoramento de Ictiofauna. ............................. 22
Figura 35 - Estações de Monitoramento do PMBMP. ............................................... 28
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Coordenadas das estações do PMQA. ..................................................... 7 Quadro 3 – Parâmetros de amostragem e metodologia. ........................................... 10 Quadro 4 – Periodicidade das campanhas a serem realizadas no PMQA. ............... 13 Tabela 5 - Coordenadas das estações complementares do PMQS. ......................... 15
Quadro 6 – Classificação granulométrica dos sedimentos. ....................................... 18 Quadro 7 – Níveis de classificação do material a ser dragado.................................. 19 Quadro 8 - Valores orientadores para COT e nutrientes. .......................................... 19 Quadro 9 – Periodicidade das coletas do PMQS. ..................................................... 21 Quadro 10 - Coordenadas das estações amostrais do Monitoramento da Ictiofauna. .................................................................................................................................. 22 Quadro 11 – Periocidade de coleta no PMBA. .......................................................... 27 Quadro 12 - Coordenadas das estações amostrais do PMBMP. .............................. 29
Quadro 13 – Parâmetros de amostragem. ................................................................ 29 Quadro 14 – Periodicidade de coleta no PMBMP. .................................................... 30
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 5
2 DETALHAMENTO EXECUTIVO DOS PROGRAMAS DE MONITORAMENTO .... 5 2.1 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ..................... 5 2.1.1 Objetivo ........................................................................................................... 5 2.1.2 Metodologia ..................................................................................................... 5 2.1.2.1 Pontos amostrais ............................................................................................ 5
2.1.2.2 Periodicidade .................................................................................................. 9 2.1.2.3 Parâmetros e metodologia de análise ............................................................ 9 2.1.2.4 Procedimentos de coleta .............................................................................. 12 2.1.2 Cronograma Físico ....................................................................................... 13 2.2 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS ... 13
2.2.1 Objetivo ......................................................................................................... 13
2.2.2 Metodologia ................................................................................................... 14
2.2.2.1 Pontos Amostrais.......................................................................................... 14 2.2.2.2 Periodicidade ................................................................................................ 18 2.2.2.3 Parâmetros e metodologia de análise .......................................................... 18 2.2.2.3.1 Físico-químico ............................................................................................. 18
2.2.2.3.2 Ecotoxicológica ........................................................................................... 19 2.2.2.3.3 Biológica ..................................................................................................... 20
2.2.2.4 Procedimentos de Coleta ............................................................................. 20 2.2.3 Cronograma Físico ....................................................................................... 21 2.3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOTA AQUÁTICA ........................... 21
2.3.1 Objetivo ......................................................................................................... 21 2.3.2 Metodologia ................................................................................................... 21
2.3.2.1 Pontos amostrais .......................................................................................... 21
2.3.2.2 Periodicidade ................................................................................................ 22
2.3.2.3 Parâmetros e metodologia de análise. ......................................................... 23 2.3.2.3.1 Monitoramento de Fitoplâncton ................................................................... 23 2.3.2.3.2 Monitoramento de Zooplâncton .................................................................. 23 2.3.2.3.3 Monitoramento de Ictioplâncton .................................................................. 23
2.3.2.3.4 Monitoramento de Ictiofauna ....................................................................... 25
2.3.2.4 Procedimentos de Coleta ............................................................................. 25 2.3.2.4.1 Coleta Fitoplâncton ..................................................................................... 25 2.3.2.4.2 Coleta de Zooplâncton ................................................................................ 25 2.3.2.4.3 Coleta Ictioplâncton ..................................................................................... 26
2.3.2.4.4 Coleta de Ictiofauna .................................................................................... 26
2.3.3 Cronograma Físico ......................................................................................... 27 2.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOACUMULAÇÃO DE METAIS PESADOS ................................................................................................................. 28
2.4.1 Objetivo ......................................................................................................... 28 2.4.2 Metodologia ................................................................................................... 28 2.4.2.1 Pontos Amostrais.......................................................................................... 28
2.4.2.2 Periodicidade ................................................................................................ 29 2.4.2.3 Parâmetros e metodologia de análise .......................................................... 29 2.4.2.4 Procedimentos de Coleta ............................................................................. 30 2.4.3 Cronograma Físico ....................................................................................... 30 3 EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................ 32 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
4
CONTRATANTE
Companhia Docas do Espírito Santo - CODESA
CNPJ: 27.316.538/0001-66
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 556, Centro, Vitória – ES
CEP: 29.010-945
Fone/Fax: (27) 2104-3423
Coordenador de Meio Ambiente: Guilherme Fernandes Magalhães
E-mail: [email protected]
CONTRATADA
Monã Consultoria Ambiental Ltda
CNPJ: 07.322.866/0001-68
REGISTRO CTF: 1001235
CTEA: 1068/2015
Endereço: SRTVN, Quadra 701, Bloco O, nº 110, Sala 846, Parte O4, Asa Sul, Brasília
– DF
CEP: 70.340-000
Fone/Fax: (61) 4141-9444
Cel: (27) 99709-7627
E-mail: [email protected]
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
5
1 APRESENTAÇÃO
Este documento tem a finalidade de apresentar ao Instituto Estadual de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos (IEMA) o Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental, em
atendimento as condicionantes da Licença Ambiental de Regularização Nº
006/2014/Classe IV.
Os programas abordados neste Projeto Executivo são:
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água;
Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos;
Programa de Monitoramento da Biota Aquática;
Programa de Monitoramento da Bioacumulação de Metais Pesados.
Os Programas deste Projeto serão executados no período SEM DRAGAGEM. Após
definição do cronograma da atividade, será apresentado ao IEMA o Projeto de Execução
revisado para o período com dragagem.
2 DETALHAMENTO EXECUTIVO DOS PROGRAMAS DE MONITORAMENTO
2.1 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA
2.1.1 Objetivo
O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA) tem como objetivo
acompanhar as interferências provocadas pelas atividades portuárias sobre a qualidade
das águas da Baía de Vitória preconizados na Resolução CONAMA nº 357/2005.
2.1.2 Metodologia
2.1.2.1 Pontos amostrais
As estações amostrais da Baía de Vitória são divididas da seguinte forma:
Principais (P) (AMARELO): 7 (sete) estações estão distribuídas linearmente ao
longo de toda Baía de Vitória, conforme a Figura 1;
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
6
Complementares (C) (VERMELHO): 5 estações (cinco) estão localizadas nos
afluentes da Baía de Vitória (Rio Santa Maria da Vitória, Rio Bubu, Rio Marinho,
Rio Aribiri e Canal da Costa), Figura 1.
Figura 1 – Pontos de coleta principais e complementares.
Fonte: Google Earth, 2015.
O Quadro 1 apresenta as coordenadas das estações principais e complementares,
respectivamente.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
7
Quadro 1 - Coordenadas das estações do PMQA.
PONTOS DE COLETA COORDENADAS
X Y
PO
NT
OS
PR
INC
IPA
IS P 1 S 20°14'56.4'' W 40°19'35.7"
P 2 S 20°18'56.0'' W 40°21'43.0"
P 3 S 20°19'32.1'' W 40°21'03.2"
P 4 S 20°19'26.3'' W 40°20'10.8"
P 5 S 20°19'22.3'' W 40°19'48.6"
P 6 S 20°19'15.9'' W 40°18'44.1"
P 7 S 20°19'17.4'' W 40°16'56.8"
PO
NT
OS
CO
MP
LE
ME
NT
AR
ES
C1 (Rio Santa Maria) S 20°15'00.0'' W 40°19'47.7"
C2 (Rio Bubu) S 20°16'29.2'' W 40°21'59.8"
C3 (Rio Marinho) S 20°19'35.2'' W 40°21'15.4"
C4 (Rio Aribiri) S 20°19'33.1'' W 40°19'13.9"
C5 (Canal da Costa) S 20°19'24.4" W 40°16'58.1"
As figuras 2 a 13 apresentam as localizações das estações amostrais principais e
complementares.
Figura 2 – Estação Principal 1 (P1).
Figura 3 – Estação principal 2 (P2).
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
8
Figura 4 - Estação Principal 3 (P3).
Figura 5 - Estação Principal 4 (P4).
Figura 6 - Estação Principal 5 (P5).
Figura 7 - Estação Principal 6 (P6).
Figura 8 - Estação Principal 7 (P7).
Figura 9 - Estação Complementar C1.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
9
Figura 10 - Estação Complementar C2.
Figura 11 - Estação Complementar C3.
Figura 12 - Estação Complementar C4.
Figura 13 - Estação Complementar C5.
2.1.2.2 Periodicidade
As campanhas serão realizadas trimestralmente nas estações PRINCIPAIS e
semestralmente nas estações COMPLEMENTARES, de acordo com o cronograma
apresentado na Quadro 3.
2.1.2.3 Parâmetros e metodologia de análise
Todas as coletas servirão para caracterizar os parâmetros físico-químicos da água que
estão descritos no Quadro 2.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
10
Quadro 2 – Parâmetros de amostragem e metodologia.
Parâmetros de Amostragens
Unidade Metodologia Equipamento
Transparência (secchi) Medida Direta Disco de Secchi
Temperatura °C Medida direta Termômetro de Mercúrio e/ou
Digital
pH - Potenciometria pHmetro
Condutividade µS/ cm Medição direta Sonda Multiparâmetros
Salinidade - Medida direta Sonda Multiparâmetros
OD mg/ L Medição Direta Sonda Multiparâmetros
Potencial redox mV Medição Direta Potenciométrico
Turbidez UNT Nefelométrico Sonda Multiparâmetros
Profundidade m Medida Direta Sonar
Sólidos suspensos totais mg/L Gravimetria Balança analítica e estufa
Carbono orgânico total mg/L-Corg Infravermelho Analisador de COT
Nitrato mg/L N-NO3 Espectrofotometria Espectrofotômetro
Nitrito mg/L N-NO2 Espectrofotometria Espectrofotômetro
Nitrogênio amoniacal total mg/L N-NH3 Espectrofotometria Espectrofotômetro
Óleos vegetais e gorduras animais
mg/ L Gravimetria Dessecador e balança analítica
Óleos minerais mg/ L Gravimetria Dessecador e balança analítica
Coliformes termotolerantes UFC/100 mL Membrana filtrante Manifold, estufa e contador de
colônias
Fósforo Total Espectrofotometria Espectrofotômetro
Sulfetos (H2S não dissociado)
mg/L S2- Titulometria Iodométrica
Titolometria
Alumínio total mg/L Al Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Bário total mg/L Ba Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Cádmio total mg/L Cd Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Zinco total mg/L Zn Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Chumbo total mg/L Pb Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Manganês total mg/L Mn Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Cobre total mg/L Cu Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
11
Níquel mg/kg Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Mercúrio total mg/L Hg Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Cianeto total mg/L CN- Espectrofotometria Espectrofotômetro
Cromo Total mg/L Cr Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Ferro mg/L Fe +2 Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
Arsênio total mg/L As Espectroscopia de Absorção atômica
Absorção atômica
As análises físico-químicas serão realizadas em laboratórios credenciados pelo
Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) ou naqueles devidamente aceitos pelo
órgão ambiental competente.
Os métodos empregados para as determinações de metais e compostos orgânicos na
água estão disponíveis em Test method SW 846, USEPA 2004, além de Standart
Methods for the Examination of Water and Wasterwater (SMWW).
Os parâmetros temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido (OD), sólidos dissolvidos,
pH, potencial redox, condutividade e turbidez serão medidos em campo com sonda
multiparâmetro. A transparência será medida pelo Disco de Secchi e a profundidade
pelo echo sounder.
Figura 14 - Disco de Secchi.
Figura 15 – Multiparâmetro.
Fonte: Labmatrix, 2015. Fonte: Splabor, 2015.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
12
Além dos parâmetros citados, será medida a vazão do curso hídrico nos afluentes. A
medida da vazão de um corpo de água é usualmente indireta e o método mais comum
é medir as velocidades em uma seção transversal e multiplicá-las pela área para a qual
assume-se que a velocidade seja representativa. Assim sendo, do ponto de vista de
instrumentação, a medição de vazão implica na medição da velocidade.
Para a medição da vazão, será utilizado um Fluxímetro importado (flowmeter), onde a
profundidade utilizada para medição será de 3 m e o tempo fixo de 120 s, calculando a
velocidade, a distância, a área e o volume, obtendo-se, portanto, a vazão.
Figura 16 – Fluxômetro.
Fonte: UFRGS, 2015.
2.1.2.4 Procedimentos de coleta
As campanhas de coletas de água serão realizadas em maré vazante. Serão coletadas
amostras de superfície e fundo nas estações PRINCIPAIS e nas estações
COMPLEMENTARES apenas na superfície. O amostrador a ser utilizado para a coleta
de água será do tipo garrafa de “Van Dorn” com capacidade de 5 (cinco) litros.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
13
Figura 17 - Garrafa de Van Dorn horizontal.
Fonte: Centaurolab, 2015.
Os frascos (de plástico e/ou de vidro) serão obtidos junto aos laboratórios contratados
e conterão os preservantes adequados ao parâmetro e a matriz a ser analisada, sendo
devidamente etiquetados e contendo as informações necessárias a identificação da
amostra.
As amostras serão identificadas com números, formando um código, com a descrição
exata do local de coleta.
2.1.2 Cronograma Físico
Quadro 3 – Periodicidade das campanhas a serem realizadas no PMQA.
CAMPANHA COLETA ANÁLISE ELABORAÇÃO DO
RELATÓRIO REVISÃO COMAMB
ENVIO DO RELATÓRIO REVISADO
ENTREGA DO
RELATÓRIO
Semestral 20/07/2015 22/07/15 a 31/08/15 01/09/15 a 30/09/15 09/10/2015 16/10/2015 20/10/2015
Trimestral 20/10/2015 23/10/15 a 30/11/15 01/12/15 a 31/12/15 10/12/2015 15/01/2016 20/01/2016
Semestral 18/01/2016 20/01/16 a 01/03/16 02/03/16 a 31/03/16 08/04/2016 14/04/2016 18/04/2016
Trimestral 18/04/2016 20/04/16 a 01/06/16 02/06/16 a 30/06/16 08/07/2016 14/07/2016 18/07/2016
2.2 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS
2.2.1 Objetivo
O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos (PMQS) tem como
objetivo acompanhar as interferências provocadas pelas atividades portuárias sobre a
qualidade das águas e da biota da Baía de Vitória.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
14
2.2.2 Metodologia
2.2.2.1 Pontos Amostrais
Este Programa abrange a Baía de Vitória. As estações amostrais são divididas da
seguinte forma:
Principais: 7 (sete) estações, as mesmas do monitoramento da qualidade da
água, conforme a Figura 1;
Complementares: 14 (quatorze) estações, intituladas: Tecnip canal, 101, 102,
Paul, Peiú, Atalaia, 201, 202, 203, 204, Bacia (bacia de evolução), Aribiri (canal),
Capitania (canal) e Praça do Papa (canal), Figura 18.
O Quadro 4 apresenta as coordenadas das estações complementares do Programa de
Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos.
Figura 18 - Estações complementares do PMQS.
Fonte: Google Earth, 2015.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
15
Quadro 4 - Coordenadas das estações complementares do PMQS.
PONTOS DE COLETA COORDENADAS
X Y
PO
NT
OS
CO
MP
LE
ME
NT
AR
ES
C 1 (Technip canal) S 20°19'27.5'' W 40°20'47.3"
C 2 (berço 101) S 20°19'21.5'' W 40°20'09.4"
C 3 (berço 102) S 20°19'21.2" W 40°20'13.9"
C 4 (Paul) S 20°19'30.2" W 40°20'30.0"
C 5 (Peiú) S 20°19'28.7" W 40°20'17.0"
C 6 (Atalaia) S 20°19'29.1" W 40°20'07.4"
C 7 (Berço 201) S 20°19'27.2" W 40°20'00.1"
C 8 (Berço 202) S 20°19'27.8" W 40°19'55.0"
C 9 (Berço 203) S 20°19'25,4" W 40°19'46.0"
C 10 (Berço 204) S 20°19'23.3" W 40°19'41.5"
C 11 (Bacia de evolução) S 20°19'23.0" W 40°19'56.0"
C 12 (Canal de Aribiri) S 20°19'20.1" W 40°19'15.1"
C 13 (Canal Capitania) S 20°19'13.7" W 40°17'49.6"
C 14 (Canal Praça do Papa) S 20°19'13.3'' W 40°17'37.3"
As figuras 19 a 32 apresentam as localizações das estações amostrais
COMPLEMENTARES.
Figura 19 – Ponto de coleta C1.
Figura 20 – Ponto de coleta C2.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
16
Figura 21 – Ponto de coleta C3
Figura 22 – Ponto de coleta C4
Figura 23 – Ponto de coleta C5.
Figura 24 – Ponto de coleta C6.
Figura 25 – Ponto de coleta C7.
Figura 26 – Ponto de coleta C8.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
17
Figura 27 – Ponto de coleta C9.
Figura 28 – Ponto de coleta C10.
Figura 29 – Ponto de coleta C11.
Figura 30 – Ponto de coleta C12.
Figura 31 – Ponto de coleta C13.
Figura 32 – Ponto de coleta C14.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
18
2.2.2.2 Periodicidade
As campanhas serão trimestrais nas estações PRINCIPAIS e semestrais em todas as
21 estações, conforme a Quadro 8.
2.2.2.3 Parâmetros e metodologia de análise
2.2.2.3.1 Físico-químico
Os parâmetros físico-químicos que serão analisados são: granulometria, potencial
redox, teor de carbonato; fósforo total (P); carbono orgânico total (%COT); Nitrogênio
(N); Arsênio (As); Cádmio (Cd); Chumbo (Pb); Cobre (Cu); Cromo (Cr); Mercúrio (Hg);
Níquel (Ni); Zinco (Zn) e Tributilestanho (TBT).
As características físicas básicas incluem a quantidade de material a ser dragado,
distribuição granulométrica e peso específico dos sólidos, conforme o Quadro 5 de
Classificação Granulométrica dos Sedimentos de acordo com a Resolução CONAMA
454/2012 que revoga a Resolução CONAMA 344/2004.
Quadro 5 – Classificação granulométrica dos sedimentos.
CLASSIFICAÇÃO Phi (φ)** (mm)
Areia muito grossa -1 a 0 2 a 1
Areia grossa 0 a 1 1 a 0,5
Areia media 1 a 2 0,5 a 0,25
Areia fina 2 a 3 0,25 a 0,125
Areia muito fina 3 a 4 0,125 a 0,062
Silte 4 a 8 0,062 a 0,00394
Argila 8 a 12 0,00394 a 0,0002
Fonte: CONAMA 454/2012.
* Referencia: Escala Granulométrica de Wentworth, 1922. ** Phi (φ) corresponde a unidade de medida do diâmetro da partícula do sedimento, cuja equivalência em milímetros (mm) e apresentada na coluna 3 da Quadro 5.
A caracterização química determina as concentrações de poluentes no sedimento, na
fração total. O detalhamento será de acordo com as fontes de poluição preexistentes
na área do empreendimento e seguirá a legislação vigente previstos na Resolução
CONAMA 454/2012, ou seja, para sedimentos em águas salina-salobra em unidade de
material seco.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
19
Quadro 6 – Níveis de classificação do material a ser dragado.
Poluente
NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL A SER DRAGADO (em unidade de material seco)
ÁGUA SALINA/SALOBRA
Nível 1 Nível 2
Arsênio (As) mg/kg 19 70
Cádmio (Cd) mg/kg 1,2 7,2
Chumbo (Pb) mg/kg 46,7 218
Cobre (Cu) mg/kg 34 270
Cromo (Cr) mg/kg 81 370
Mercúrio (Hg) mg/kg 0,3 1,0
Níquel (Ni) mg/kg 20,9 51,6
Zinco (Zn) mg/kg 150 410
Tributilestanho (TBT) µg/kg 100 1.000
Fonte: CONAMA 454/2012.
Quadro 7 - Valores orientadores para COT e nutrientes.
Parâmetros Valor Alerta
Carbono Orgânico Total (%) 10
Nitrogênio Kjeldahl Total (mg/kg) 4800
Fósforo Total (mg/kg) 2000
Fonte: CONAMA 454/2012.
2.2.2.3.2 Ecotoxicológica
A caracterização ecotoxicológica será realizada em complementação a caracterização
físico-química, com a finalidade de avaliar os impactos potenciais na vida aquática, no
local proposto para a disposição do material dragado.
Serão realizadas amostras de sedimento integral com organismos do grupo dos
anfípodas.
Os resultados dos ensaios virão acompanhados da carta controle de sensibilidade dos
organismos, na qual constará o teste com a substância de referência em data próxima
à realização dos ensaios com as amostras de sedimento em questão. Também será
realizada a determinação e apresentação dos resultados das concentrações de amônia
não ionizada no início e no final dos ensaios.
Para a realização desses ensaios, os sedimentos serão coletados nos mesmos pontos
das análises físico-químicas.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
20
2.2.2.3.3 Biológica
A comunidade zoobentônica será analisada através do Índice de Diversidade Animal e
Riqueza de Espécies, sendo calculados através do aplicativo PRIMER v.6 (Plymouth
Routines in Multivariate Ecological Research; CLARKE & WARWICK 2001).
2.2.2.4 Procedimentos de Coleta
Para as análises físico-químicas, ecotoxicológicas e biológicas, o sedimento de fundo
será coletado com dragas do tipo Van-Veen e Petersen, Figura 33.
Figura 33 - Dragas tipo Van Veen e Petersen.
Fonte: NSATEC, 2015.
O material coletado será acondicionado de forma a garantir a qualidade da amostra
para todas as análises a serem realizadas, não ultrapassando o período de 15 dias.
Cabe ressaltar que o acondicionamento das amostras para análise ecotoxicológica será
em recipientes comprovadamente inertes.
No monitoramento de zoobentos em cada uma das estações, as amostras serão
obtidas através de três lançamentos da draga, formando uma amostra composta do
zoobentos marinhos. Na embarcação, a amostra será padronizada em um recipiente
com volume de 0,002 m3. Será disposto em sacos plásticos devidamente identificados,
fixados em formalina 10% e colocado em caixas apropriadas para transporte até o
laboratório.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
21
2.2.3 Cronograma Físico
Quadro 8 – Periodicidade das coletas do PMQS.
CAMPANHA COLETA ANÁLISE ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
REVISÃO COMAMB
ENVIO DO RELATÓRIO REVISADO
ENTREGA DO
RELATÓRIO
Semestral 20/07/15 a 21/07/15
22/07/15 a 31/08/15
01/09/15 a 30/09/15
09/10/2015 16/10/2015 20/10/2015
Trimestral 20/10/2015 23/10/15 a 30/11/15
01/12/15 a 31/12/15
10/12/2015 15/01/2016 20/01/2016
Semestral 18/01/16 a 19/01/16
20/01/16 a 01/03/16
02/03/16 a 31/03/16
08/04/2016 14/04/2016 18/04/2016
Trimestral 18/04/16 a 19/04/16
20/04/16 a 01/06/16
02/06/16 a 30/06/16
08/07/2016 14/07/2016 18/07/2016
2.3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOTA AQUÁTICA
2.3.1 Objetivo
O Programa de Monitoramento da Biota Aquática (PMBA) tem como objetivo
acompanhar a evolução temporal e espacial dos componentes bióticos do sistema
estuarino da Baía de Vitória, na área de influência direta do Porto Organizado de Vitória,
gerando dados em séries temporais capazes de resultar em análises da qualidade
ambiental (índices de qualidade e de integridade ambiental).
Tendo em vista que a atividade portuária tem interface direta com o ecossistema
estuarino da Baía de Vitória, podendo resultar em interferências sobre a mesma, será
realizado o acompanhamento sistemático dos elementos bióticos a fim de detectar as
alterações e adotar as medidas corretivas cabíveis.
2.3.2 Metodologia
2.3.2.1 Pontos amostrais
As estações amostrais para o monitoramento das comunidades planctônicas
(fitoplâncton, zooplâncton e ictioplâncton) serão as mesmas estações PRINCIPAIS do
Monitoramento da Qualidade da Água e Sedimentos.
O monitoramento da Ictiofauna será realizado nas estações amostrais PRINCIPAIS P1,
P2, P5, P6 e P7 do PMQA, conforme ilustra a Figura 34. Suas coordenadas são
apresentadas na Quadro 9.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
22
Figura 34 - Estações amostrais do Monitoramento de Ictiofauna.
Fonte: Google Earth 2015.
Quadro 9 - Coordenadas das estações amostrais do Monitoramento da Ictiofauna.
PONTOS DE COLETA COORDENADAS
X Y
ICT
IOF
AU
NA
P 1 S 20°14'56.4'' W 40°19'35.7"
P 2 S 20°18'56.0'' W 40°21'43.0"
P 5 S 20°19'22.3'' W 40°19'48.6"
P 6 S 20°19'15.9'' W 40°18'44.1"
P 7 S 20°19'17.4'' W 40°16'56.8"
2.3.2.2 Periodicidade
O Monitoramento da ictiofauna e das comunidades planctônicas será realizado
trimestralmente, conforme a Quadro 10.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
23
2.3.2.3 Parâmetros e metodologia de análise.
2.3.2.3.1 Monitoramento de Fitoplâncton
A identificação dos organismos será realizada utilizando-se um microscópio com até
1000 vezes de aumento, equipado com câmara clara e aparelho fotográfico. A análise
quantitativa do fitoplâncton será feita utilizando-se um microscópio invertido Zeiss
através do método de sedimentação de Utermöhl (1958), como descrito por Hino
(1979).
Serão observados o Índice de Riqueza (MARGALEF, 1958), o Índice de Diversidade
(SHANNON; WEAVER, 1963), o Índice de Dominância (SIMPSON, 1949) e o Índice de
Estado Trófico (TOLEDO et al, 1983).
2.3.2.3.2 Monitoramento de Zooplâncton
O material será concentrado e conservado em solução de formol a 4%, saturada com
açúcar. De cada ponto de amostragem serão retiradas 3 (três) amostras (réplicas),
sendo que os valores apresentados representarão a média desses valores.
Será observado Índice de Diversidade onde serão calculados os índices de diversidade
de Shannon (H'), em todos os pontos de amostragem. Para tal, utilizar-se-á o Programa
estatístico do livro Statistical Ecology (LUDWIG; REYNOLDS, 1988).
2.3.2.3.3 Monitoramento de Ictioplâncton
As amostras serão triadas em laboratório com o uso de microscópio estereoscópico
sobre placa acrílica de Bogorov. Os ovos e as larvas serão quantificados e as larvas
identificadas ao menor grupo taxonômico possível. A abundância de ovos e larvas será
padronizada para um volume de 10 m³ de água filtrada (NAKATANI et. al., 2001).
As densidades de capturas de ovos e larvas foram padronizadas para um volume de
10m³, e será calculado através da seguinte expressão:
Y= (X/V).10
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
24
Onde: Y = Densidade de ovos ou larvas por 10 m³; X = Número de ovos ou larvas coletadas;
V = Volume de água filtrada (m³).
Para o cálculo do volume de água filtrada será utilizada a expressão:
V= a.n.c
onde:
V = Volume de água filtrada (m³ );
a = Área da boca da rede (m² );
n = Número de rotações do fluxômetro;
c = Fator de calibração do fluxômetro.
E para o cálculo da densidade média de ovos e larvas será utilizado a seguinte
expressão
D= C/B
Onde:
C = Nº total de ovos e/ou larvas coletados;
B = Número de estações ou meses amostrados.
Análise Estatística
As análises estatísticas serão realizadas utilizando-se ANOVA, DCA, TESTE DE
TURKEY E CORRELAÇÃO DE PEARSON.
ANOVA – Análise de Variância (α= 5%). Foi usada uma análise unifatorial que
permite avaliar a variação espaço e temporal, da abundância de ovos e larvas,
isoladamente.
DCA – Correção do Arco da Análise de Correspondência. Para avaliar a
estrutura das assembleias de larvas através da abundância relativa das
espécies consideradas, para uma frequência de ocorrência maior que 4%. Os
dados de abundância serão transformados para raiz quarta.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
25
Teste de Tukey – Para comparação das médias.
Correlação de Pearson – Para avaliar a relação entre as variáveis ambientais
e os táxons mais abundantes.
2.3.2.3.4 Monitoramento de Ictiofauna
Após cada despesca a captura será identificada por estação e arte de pesca e
armazenada em sacos plásticos que por sua vez serão acondicionadas em caixas
isotérmicas com gelo e/ou fixados em formol a 10%. Posteriormente, serão
transportados para o laboratório para identificação, mensuração (comprimento total e
peso total) e observação do sexo e do grau de maturação gonadal. Alguns exemplares
de cada espécie serão fixados em formol a 10%, preservados em álcool 70% e
tombados em uma instituição científica credenciada.
A captura por unidade de esforço (CPUE) será utilizada para determinar a densidade
(ind. m-2) e a biomassa (g m-2).
2.3.2.4 Procedimentos de Coleta
2.3.2.4.1 Coleta Fitoplâncton
Para análise da composição do fitoplâncton as amostras serão coletadas com rede de
plâncton de 20 μm de malha, acondicionadas em frascos âmbar de aproximadamente
200 ml e preservadas com lugol acético. As amostras em profundidade serão coletadas
com garrafa de Van Dorn, de 5 litros de capacidade, em 3 (três) níveis de profundidade.
2.3.2.4.2 Coleta de Zooplâncton
As coletas serão realizadas utilizando rede planctônica, do tipo Wisconsin, com 12 cm
de abertura de boca e 50 μm de poro de malha. Serão realizados arrastos verticais para
coletas realizadas no canal.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
26
2.3.2.4.3 Coleta Ictioplâncton
Para as coletas de ovos e larvas serão realizadas amostragens na superfície e fundo
do reservatório, ao longo de cinco pontos de captura diferenciados (P1 a P5),
localizados em área de influência ao Porto de Vitória.
Nas amostragens de superfície será utilizada redes de plâncton do tipo cônico-
cilíndrica, com malha 0,5 mm, área da boca da rede de 0,1104 m², as quais serão
expostas ou arrastadas, dependendo da velocidade da corrente, por 10 minutos.
As amostragens de fundo serão realizadas com redes do mesmo tipo de malha com
área da boca de 0,06605 m² acoplada a uma draga do tipo trenó, a qual será arrastada
ou exposta por 15 minutos.
As amostras serão acondicionadas em frascos de polietileno etiquetados e
conservadas em solução formalina 4%. Ambas as redes serão equipadas com
fluxômetro para a obtenção do volume de água filtrada. Em todas as estações de
amostragem as coletas serão realizadas no período noturno.
2.3.2.4.4 Coleta de Ictiofauna
A coleta do Monitoramento de Ictiofauna será realizada por diferentes petrechos de
pesca, a fim de inventariar da melhor maneira possível os recursos pelágicos e
demersais existentes. A fase de campo envolverá três dias de coleta, sendo dois dias
destinados a obtenção das amostras provenientes das redes de espera e um dia para
a operação com as redes de arrasto.
Nas áreas amostrais será utilizado redes de diferentes malhas (4, 7 e 14 cm). Como
complemento será realizado lances com cerco de praia. Estas redes serão armadas
apenas em locais próximos aos bosques de manguezais. Todas as redes serão
revisadas a cada 6 horas por ciclos completos de 12 horas.
Cada arrasto terá uma duração de 10 minutos, sendo a posição do início e do final de
cada arrasto determinada com auxílio do GPS (Sistema de Posicionamento Global).
Estas informações serão utilizadas para calcular a área percorrida pelas redes. Todas
as estações foram definidas com o objetivo de inventariar a ictiofauna pelágica e
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
27
demersal. Porém, crustáceos e moluscos, bem como outros organismos, presentes nas
capturas, também serão considerados e inventariados.
As coletas serão realizadas em embarcações de pesca devidamente regulamentadas
para cada uma das artes de pesca citadas. Os petrechos de pesca obedecerão às
legislações vigentes
Obs.: Os animais bentônicos que eventualmente forem capturados junto com as coletas
dos peixes serão encaminhados para o pesquisador responsável pela subárea de
bentos de fundos inconsolidados.
2.3.3 Cronograma Físico
Quadro 10 – Periocidade de coleta no PMBA.
CAMPANHA COLETA ANÁLISE ELABORAÇÃO
DO RELATÓRIO
REVISÃO COMAMB
ENVIO DO RELATÓRIO REVISADO
ENTREGA RELATÓRIO
1ª CAMPANHA
Trimestral Comunidades Planctônicas
23/07/15 a 25/07/15
27/07/15 a 07/09/15
08/09/15 a 30/09/15
09/10/15 16/10/15
20/10/2015 Trimestral
Ictiofauna
2ª CAMPANHA
Trimestral Comunidades Planctônicas
22/10/15 a 24/10/15
26/10/15 a 01/12/15
02/12/15 a 31/12/15
10/12/15 15/01/16 20/01/16
Trimestral Ictiofauna
3ª CAMPANHA
Trimestral Comunidades Planctônicas
20/01/16 a 22/01/16
25/01/16 a 07/03/16
08/03/16 a 31/03/16
08/04/16 14/04/16 20/04/16
Trimestral Ictiofauna
4ª CAMPANHA
Trimestral Comunidades Planctônicas
20/04/16 a 22/04/16
25/04/16 a 06/06/16
07/06/16 a 30/06/16
08/07/16 14/07/16 18/07/2016
Trimestral Ictiofauna
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
28
2.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOACUMULAÇÃO DE METAIS
PESADOS
2.4.1 Objetivo
O Programa de Monitoramento da Bioacumulação de Metais Pesados (PMBMP) tem
como objetivo avaliar a bioacumulação de metais pesados nos tecidos de mexilhões
(Perna Perna) e ostras (Crassostea rhizophorae) em estações localizadas dentro e fora
da área do porto. Busca, ainda, analisar a bioacumulação ativa em mexilhões oriundos
de ambiente não contaminado (e transplantados para a área de monitoramento), bem
como, presentes nos pilares de sustentação de pontes da região, boias de sinalização
e berços de atracação do porto.
2.4.2 Metodologia
2.4.2.1 Pontos Amostrais
O Monitoramento da Bioacumulação de Metais Pesados será realizado nas estações
PRINCIPAIS P1, P3, P5 e P7 do Monitoramento da Qualidade da Água e Sedimentos,
conforme Figura 35.
Figura 35 - Estações de Monitoramento do PMBMP.
Fonte: Google Earth, 2015.
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
29
Quadro 11 - Coordenadas das estações amostrais do PMBMP.
PONTOS DE COLETA COORDENADAS
X Y
PO
NT
OS
PR
INC
IPA
IS
P 1 S 20°14'56.4'' W 40°19'35.7"
P 3 S 20°19'32.1'' W 40°21'03.2"
P 5 S 20°19'22.3'' W 40°19'48.6"
P 7 S 20°19'17.4'' W 40°16'56.8"
2.4.2.2 Periodicidade
O Monitoramento ocorrerá em período sazonal, de acordo com a Quadro 13.
2.4.2.3 Parâmetros e metodologia de análise
No interior da Baía de Vitória serão monitorados tanto mexilhões transplantados como
ostras do próprio ambiente.
Os parâmetros a serem analisados no tecido dos organismos estão descritos no
Quadro 12.
Quadro 12 – Parâmetros de amostragem.
Parâmetros Amostragem
Arsênio (As) mg/kg
Examinar níveis de concentração em Mexilhões e Ostras
Cádmio (Cd) mg/kg
Chumbo (Pb) mg/kg
Cobre (Cu) mg/kg
Cromo (Cr) mg/kg
Mercúrio (Hg) mg/kg
Níquel (Ni) mg/kg
Zinco (Zn) mg/kg
Alumínio Total Al mg/L
Bário Total Ba mg/L
Manganês (Mn) mg/L
Ferro (Fe) mg/L
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
30
Os resultados devem ser comparados com o Limite Máximo de Tolerância (LMT)
estabelecido na legislação brasileira (Portaria MS nº 685/98 e Decreto nº 55.871/1965),
para fins de consumo humano.
Os resultados também serão utilizados para avaliar a qualidade ambiental mediante
comparação com valores reportados na literatura, que utilizam o grau de contaminação
para classificar os ambientes em: i) Natural ou levemente contaminado; e ii)
contaminado.
Os métodos empregados para as determinações de metais e compostos orgânicos nos
tecidos dos organismos estão disponíveis em Test method SW 846, USEPA 2004, além
de Standard Methods for the Examination of Water and Wasterwater (SMWW).
2.4.2.4 Procedimentos de Coleta
Serão coletados mexilhões oriundos de ambiente não-contaminado e serão
transplantados para a área de monitoramento. Serão coletados também ostras
presentes nos pilares de sustentação de pontes da região, boias de sinalização e
berços de atracação do porto.
No caso dos organismos transplantados, será coletado sementes em ambientes não-
contaminados, retirado um lote e realizado uma análise preliminar dos contaminantes
no tecido dos organismos. Após este procedimento será transplantado o restante do
lote nos locais de monitoramento e será realizado nova coleta após 60 (sessenta) dias
de exposição.
2.4.3 Cronograma Físico
Quadro 13 – Periodicidade de coleta no PMBMP.
CAMPANHA COLETA ANÁLISE ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
REVISÃO COMAMB
ENVIO DO RELATÓRIO REVISADO
ENTREGA RELATÓRIO
1ª CAMPANHA
Sazonal Inverno
23/07/15 a 25/07/15
27/07/15 a 07/09/15
- - - -
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
31
Transplantados 23/09/15 a 25/09/15
26/09/15 a 30/10/15
02/11/15 a 30/11/15
08/12/15 15/12/2015
2ª CAMPANHA
Sazonal Verão
20/01/16 a 22/01/16
25/01/16 a 07/03/16
- - - -
Transplantados 21/03/16 a 23/03/16
24/03/16 a 04/05/16
05/04/16 a 30/04/16
25/05/16 10/06/16 20/06/2016
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
32
3 EQUIPE TÉCNICA
Coordenador de Meio Ambiente
Wilker Melchiades Alvarenga
Engenheiro Ambiental
CREA-ES 019548/D
CTF: 5043478
CTEA:1022/2015
Supervisora de Meio Ambiente
Carla Renata Firme Gobo
Engenheira Ambiental
CREA-ES 017123/D
CTF: 6332153
CTEA: 791/2015
Técnica Ambiental
Edilene Betânia da Cunha Coelho Brito
Geógrafa – Especialista em Química Ambiental
CRQ: 15400414
CTF: 4337884
CTEA: 1027/2015
MONÃ CONSULTORIA AMBIENTAL
Vitória – ES E-mail: [email protected]
Coordenador
Wilker Alvarenga
Equipe Técnica
Betânia Brito Renata Gobo
MONÃ_RELPA 001
Revisão 02
Data: 27/07/2015
Projeto Executivo de Monitoramento Ambiental – Período sem Dragagem
2015
Fl.:
33
REFERÊNCIAS Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução CONAMA n° 454, de 01 de novembro de 2012. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=693>. Acesso em: 13 jul. 2015. Labmatrix. Disponível em: <http://www.labmatrix.com.br/>. Acesso em: 13 jul. 2015. NSATEC. Disponível em: <www.nsatec.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2015. Splabor. Disponível em: <www.splabor.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2015. UFRGS. Disponível em: <www.ufrgs.br>. Acesso em: 13 jul. 2015.